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DisfagiaDisfagia Professora: Rafaella de Andrade O que é O que é DISFAGIA?DISFAGIA? Qualquer distúrbio que compromete o processo de deglutição, alterando ou dificultando a passagem do bolo alimentar ou da própria saliva da boca até o estômago ≠ ODINOFAGIA Qualquer interferência na precisão e sincronia dos movimentos de músculos e estruturas associadas à deglutição, que resultam em inabilidade, seja por debilidade no controle ou pelo sistema nervoso ou disfunção mecânica Classificação: - Orofaríngea - Esofágica A obstrução mecânica é caracterizada inicialmente pela disfagia a sólidos (esofágica) e a orofaríngea predomina a dificuldade de deglutir líquidos. Disfagia orofaríngea: Anormalidades que afetam o mecanismo neuromuscular de controle do movimento do palato, faringe e esfíncter esofágico superior Sintomas: dificuldade em iniciar o ato de deglutição, na transferência dos alimentos da boca para o esôfago Causas: - Relacionadas ao sistema nervoso central (AVC, doença de Parkinson, esclerose múltipla, neoplasias) - Distúrbios neuromusculares (miastenia grave, poliomielite bulbar, neuropatia periférica) Disfagia esofágica: Distúrbios que afetam o esôfago Sintomas: dificuldade na transferência do bolo alimentar pelo esôfago Causas: - Distúrbios de motilidade (acalasia, esclerodermia, espasmos esofágicos) - Obstruções mecânicas (neoplasias, estreitamento, lesões vasculares, lesões esofágicas induzidas por medicamentos) Causas: - Desordens neurológicas: sequelas de AVC, traumatismo crânio-encefálico, paralisia cerebral, mal de Parkinson, mal de Alzheimer) - Desordens mecânicas: câncer de cabeça e pescoço, mal formações congênitas, ferimentos - Desordens de origem psicogênica: alterações emocionais - Desordens por envelhecimento: flacidez muscular, xerostomia, uso de medicações Sintomas que podem acompanhar a disfagia: - Tosse ou engasgo com alimento ou saliva - Pneumonia de repetição - Refluxo gastroesofágico - Febre sem causa aparente - Sensação de bolo na garganta - Recusa alimentar - Sonolência durante as refeições - Sinais clínicos característicos de aspiração, ou seja, ausência de tosse, voz com qualidade vocal molhada (gargarejo), dispneia ou aumento da secreção em vias aéreas superiores Principais complicações da disfagia: - Desidratação - Desnutrição - Broncoaspiração e pneumonia aspirativa Diagnóstico: Realizado pelo Fonoaudiólogo através da avaliação funcional de deglutição Anamnese fonoaudiológica, avaliação funcional da deglutição, avaliação instrumental através da ausculta cervical e definição de conduta e tratamento através de programas de reabilitação Videofluoroscopia e nasolaringofibroscopia Videofluoroscopia Nasolaringofibroscopia Objetivos do tratamento: - Reabilitar a deglutição de forma segura para o indivíduo - Tratar a enfermidade de base e buscar soluções para evitar problemas derivados da disfagia - Assegurar a adequada nutrição e hidratação e diminuir o risco de aspiração Tratamento: - Mudança na consistência da alimentação / Espessantes - Adaptação da posição ao se alimentar - Prática de exercícios especiais para o fortalecimento dos maxilares, língua e laringe - Uso de técnicas respiratórias para eliminar o risco de aspiração e facilitar o processo de deglutição Tratamento fonoterápico: - Reabilitar a alimentação plena pela via oral em condições que atendam às necessidades do paciente, sem risco de complicações, principalmente as pulmonares Tratamento nutricional: - Adaptar a dieta ao grau de disfagia, quando for o caso indicar Terapia Nutricional Enteral - Promover recuperação nutricional Dieta hipercalórica e hiperprotéica - Manter a hidratação Objetivos da terapia nutricional: - Estabelecer a via de administração nutricional mais segura - Adaptar a alimentação oral ao grau de disfagia - Manter o estado nutricional ou promover a recuperação nutricional - Escolha da via de administração nutricional: Avaliar o grau de disfagia Casos mais graves Nutrição Enteral Acompanhamento e aplicação de técnicas e manobras que visam à melhora da mobilidade e sensibilidade para deglutição progressão para via oral Fonoaudiólogo textura dos alimentos Prevenção da desidratação: A disfagia orofaríngea afeta principalmente a ingestão de líquidos Pode necessitar de reposição via enteral ou endovenosa Necessidade hídrica para adultos: - 16-30 anos 40mL/Kg - 25-55 anos 35mL/Kg - 56-65 anos 30mL/Kg - 66-75 anos 25-30mL/Kg - >75 anos 25mL/Kg Terapia nutricional via oral: O grau de disfagia determina a consistência (textura dos alimentos e viscosidade dos líquidos) Classificação dos líquidos conforme viscosidade: - Ralo: líquidos regulares, sem alteração (ex: leite) - Néctar: líquidos levemente espessados, mas finos o suficiente para poder ser ingerido aos goles, sem colher (ex: leite batido com fruta e mingau ralo) (gotas) - Mel: líquido espessado que deverá ser consumido com colher (mingau grosso) (fio) - Pudim: aparência sólida, devem ser consumidos com colher, mas rapidamente desfazem-se na boca (flan) Líquidos espessados podem ser indicados, pois permitem melhor controle oral sobre o bolo alimentar Líquidos ralos podem representar risco de aspiração Espessantes: farinhas à base de amido (creme de arroz, amido de milho, fibras solúveis (goma guar), ágar-ágar, produtos industrializados Espessantes industrializados: Suplemento espessado: Nível Classificação Orientação Observações 1 Grave Restrição total da via oral NE necessária 2 Moderada- Grave Uso parcial da via oral. O paciente tolera uma dieta modificada de forma segura NE necessária 3 Disfagia Moderada Dieta semi-sólida e/ou pastosa Dieta Modificada 4 Leve- Moderada Dieta branda e/ou semi-sólida Dieta Modificada 5 Leve Dieta Branda Modificada 6 Deglutição funcional Dieta normal. Requer maior tempo para completar refeição Via oral completa 7 Normal Normal Via oral completa Alimentação do paciente disfágico:
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