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Esôfago e Doenças do esôfago - Dietoterapia

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O esôfago é um órgão do sistema 
digestório, formado por tecido muscular e 
possui cerca de 25 cm de comprimento e 3 
cm de diâmetro. 
• É responsável pelo transporte dos 
alimentos da faringe ao estômago. 
 
Onde o esôfago fica localizado? 
Fica localizado no tronco do corpo e é 
classificado como: 
• Cervical: é o inicio do esôfago, faz 
ligação com a traqueia e possui 4 
cm. 
 
• Torácico: é a maior parte do 
esôfago, tem aproximadamente 18 
cm, localizado atrás do brônquio 
esquerdo. 
 
• Abdominal: região conectada com o 
diafragma e que se liga ao 
estômago, possui cerca de 3cm. 
 
Funções do Esôfago 
Sua função é garantir que o bolo 
alimentar chegue até o estômago. 
 
Realizando contrações da sua 
musculatura, para que possa mover o bolo 
alimentar pela sua extensão. 
 
• Conhecido como movimentos 
peristálticos. 
 
 
 
 
 
Os esfincteres do esôfago: 
Esfíncter Esofágico Superior (EES): 
• Permite que o alimento passe da 
faríngea para o esôfago. 
 
• Através de seu relaxamento abre o 
espaço para passagem de 
alimentos e líquidos. 
 
• Ele permanece contraindo para 
impedir a passagem de ar. 
Esfíncter Esofágico Inferior (EEI): 
• Controla a passagem do alimento 
esôfago para o estômago. 
 
• Atua impedindo que as secreções 
gástricas não cheguem ao esôfago. 
 
• Ele deve permanecer fechado, para 
evitar o refluxo. 
 
Funcionalmente, o EES, o corpo do 
esôfago e o EEI agem de forma 
coordenada para possibilitar a deglutição 
normal, que tem início quando o bolo 
alimentar é impulsionado para a faringe a 
partir da boca. 
 
Camadas do Esôfago 
Camada Mucosa: camada que reveste o 
interior do esôfago, é dividida em; 
• Epitélio: camada mais interna do 
esôfago, composta por células 
escamosas. 
 
• Lâmina própria: camada de tecido 
conjuntivo formada sob o epitélio, 
possível identificar glândulas que 
secretam muco. 
 
• Muscular mucosa: fina camada de 
musculo que fica localizada sob a 
lâmina própria. 
A camada muscular é formada tanto de 
musculo esquelético quanto liso. 
Esôfago e doenças do Esôfago 
@isabellarizattonut 
Camada Submucosa: é a camada que fica 
localizada abaixo da mucosa, apresenta 
vasos sanguíneos e nervos. 
• Possui glândulas secretoras de 
muco. 
 
• Plexo submucoso de Meissner é o 
responsável pela sensibilidade, é 
localizado na submucosa. 
 
Camada Muscularis própria: é a camada 
que musculo que atua contraindo- se para 
que o alimento seja empurrado, passando 
pelo esôfago até chegar no estômago. 
• Plexo mioentérico de Auerbach é o 
responsável pela peristalse. 
 
Camada Adventícia: é a camada mais 
externa do esôfago. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disfagia 
A disfagia é caracterizada pela 
dificuldade no processo de deglutição.
 
• Pode ser classificada como disfagia 
orofaríngea e esofágica. 
 
A disfagia resulta de alterações na 
orofaringe e/ ou esôfago que pode ser 
causada por doenças estruturais ou 
orgânicas ou doenças que alterem a 
fisiologia dos sistemas envolvidos no 
processo de deglutição. 
 
Podem estar relacionados ao seu 
desenvolvimento: 
• AVC, doenças neurodegenerativas. 
Sinais de aspiração 
• Complicações pulmonares 
• Funcionalidade da alimentação 
 
Suas complicações podem levar: 
• Desnutrição 
• Desidratação 
• Asfixia 
• Aspiração 
 
A manifestação mais comum é a disfagia 
orofaríngea que afeta principalmente: 
• Idosos 
• Doenças Neurodegenerativas 
• Doenças Neurológicas 
• Pacientes com doenças de cabeça e 
pescoço. 
 
Obs: é o tipo que apresenta maior risco de 
complicações respiratórias. 
 
@isabellarizattonut 
Doenças do Esôfago 
 
Graus de disfagia 
 
 
 
Leve 
A deglutição é demorada. 
• Pode ocorrer engasgos 
• Fracionamento em 
porções menores 
• observação na 
deglutição de líquidos. 
 
 
 
 
 
Moderada 
Dificuldade para iniciar a 
deglutição. 
• Risco de aspiração. 
• Presença de tosse, 
pigarro e voz molhada. 
• Manobras facilitadoras 
e posturais. 
• Líquidos engrossados 
via oral. 
 
Grave 
Suplementação via oral devido 
dificuldade de manter a 
ingestão hídrica e de alimentos. 
• Alto risco de aspiração 
 
Disfagia Orofaringea 
 
Ocorre por conta de anormalidades que 
afetam o mecanismo neuromuscular do 
movimento do Palato, da faringe e do EEI.
 
Quando o alimento se desloca para 
faringe, ocorre a contrição do musculo 
constritor da faringe e a elevação do 
palato mole que fecha a nasofaringe e em 
seguida relaxamento do EES. 
• Esse processo corresponde a fase 
faríngea da deglutição. 
 
• Alterações nessa fase levam a 
disfagia orofaríngea. 
 
Esse tipo de disfagia pode ser tão 
impactante à saúde de idosos quanto as 
doenças cardiovasculares, metabólicas e 
alguns tipo de câncer. 
 
Disfagia Esofágica 
 
Ocorre por distúrbios que afetam o 
estômago, levando a dificuldade na 
propulsão do bolo alimentar. 
 
Suas causas podem ser decorrentes a 
distúrbios de motilidade ou obstrução 
mecânica. 
 
 
Nos distúrbios de motilidade, a tendência 
é que a disfagia piore, chegando a permitir 
apenas a ingestão de líquidos. 
 
Acalasia 
É um distúrbio de motilidade esofágica 
caracterizada por alterações no 
peristaltismo esofágico e falta de 
relaxamento do EEI durante a deglutição. 
 
• Leva ao desenvolvimento de 
disfagia. 
 
A desnutrição é comum nesses pacientes, 
mas comparada a disfagia orofaríngea a 
esofágica leva a menor risco de aspiração. 
 
Terapia Nutricional 
Tem como objetivo: 
• Estabelecer via de administração 
nutricional mais segura. 
 
• Adaptar a alimentação oral ao grau 
de disfagia. 
 
• Manter o estado Nutricional ou 
promover a recuperação. 
 
Geralmente é proposta a dieta 
hipercalórica e hiperproteica, visto que a 
disfagia frequentemente leva à 
desnutrição. 
 
@isabellarizattonut 
Fatores que devem ser considerados na 
prescrição: 
• Grau de disfagia 
• Grau cognitivo 
• Grau de independência alimentar 
• Estado nutricional 
• Aceitação e preferência alimentar 
• Disponibilidade de supervisão 
familiar e profissional 
• Condições socioeconômicas. 
 
Obs: 
• Grau de disfagia determina a 
textura dos alimentos e a 
viscosidade dos líquidos. 
 
Deve- se ter atenção aos líquidos, que 
podem oferecer maior risco de aspiração 
por exigirem maior controle fisiológico. 
• Geralmente a consistência deles é a 
primeira a ser alterada. 
 
O espessamento dos líquidos: 
Pode ser feito por meio de produtos 
industrializados ou naturais, como: 
• Farinhas a base de amido que ao 
aquecer aumentam a viscosidade. 
p.ex. amido de milho, creme de arroz 
 
• Gomas feitas a partir de fibras. 
p.ex. goma guar, ágar-ágar. 
 
• Produtos Industrializados que 
permitem espessar sem alterar o 
sabor, podem ser em pó e quando 
adicionados a água ou diferentes 
preparações permitem o 
espessamento sem necessidade de 
aquecimento. 
p.ex. nuttilis, thick and easy, 
thickenUp 
 
Para garantir a alimentação segura e 
adequada, cabe ao nutricionista junto 
com o fonoaudiólogo orientar e treinar os 
pacientes e cuidadores. 
 
Pode ser utilizada a tabela de 
características da dieta de acordo com o 
grau de disfagia. 
Graus de 
Disfagia 
 
Características da Dieta 
 
 
Disfagia 4 
 
Dieta geral: todos alimentos e 
texturas 
 
 
 
 
 
 
Disfagia 3 
 
Dieta branda: alimentos macios 
como: 
• Carnes cozidas e úmidas 
• Verduras e legumes 
cozidos 
• Paes e frutas macias 
Alimentos de difícil mastigação 
deve ser excluídos, com: 
• Secos(farofa) 
• Verduras e legumes crus 
• Alimentos com mistura 
de consistência 
 
 
 
 
 
 
 
Disfagia 2 
 
Dieta Pastosa: alimentos bem 
cozidos, em pedaços ou não, 
que necessitem de pouca 
habilidade de mastigação. 
• Arroz papa 
• Carne e legumes bem 
cozidos e picados 
• Paes macios 
• Sopas cremosas com 
pedaços de legumes bem 
cozidos 
 
 
 
Disfagia 1 
 
Dieta pastosa homogênea: 
alimentos cozidos batidos, 
coados e peneirado quando 
necessário.Refluxo Gastroesofágico 
A doença do Refluxo Gastroesofágico 
(DRGE) é a doença mais comum do sistema 
digestório. 
Ela ocorre decorrente do fluxo retrógado 
do conteúdo do estômago para o esôfago. 
 
 
@isabellarizattonut 
As principais causas do refluxo são: 
• Redução da pressão do EEI. 
Depois da deglutição, ocorre o 
relaxamento do EEI de 8 a 10 
segundos, é um processo fisiológico.
 
• Aumento da pressão intra-
abdominal. 
Excesso de peso, volume gástrico, 
gravidez e obesidade. 
 
• Hérnia de hiato 
 
A pressão do EEI é influenciada por 
refeições volumosas e com grande 
quantidade de gordura, fumo, álcool, 
ingestão de alimentos como café, mate, 
chá preto, chocolate, menta e hortelã. 
• podem piorar o refluxo. 
 
Esofagite: é a inflamação decorrente do 
efeito irritante da secreção gástrica na 
mucosa do esôfago. 
 
Estenose: é um estreitamento (diminuição 
do calibre) do esôfago, que dificulta que os 
alimentos e líquidos passem para o 
estômago. 
Úlcera: pode ocorrer decorrente da 
inflamação que corrói a mucosa podendo 
causar lesões. 
 
 
Pirose: também conhecida como azia, é 
caracterizada pela sensação de 
queimação. 
Ocorre 30 a 60 minutos após as refeição.
 
Pode estar associada com refeições 
volumosas, com alto teor de gordura, uso 
de condimentos e alimentos cítricos. 
 
Regurgitação: retorno do conteúdo 
liquido e, por vezes acompanhado de 
restos alimentares para o esôfago 
podendo ou não atingir a a cavidade oral. 
(golfada) 
 
Terapia Nutricional 
 
Objetivos do tratamento do refluxo: 
• prevenir a irritação da mucosa 
• auxiliar na prevenção do refluxo 
• diminuir a capacidade de irritação 
 
Objetivos do tratamento dietético: 
• manter e corrigir o peso ideal em 
pacientes com excesso de peso e 
obesidade. 
 
• Evitar a progressão de lesões já 
existente 
 
• Promover educação alimentar e 
nutricional 
A dieta deve ser individualizada, levando 
em consideração as queixas particulares 
em relação a cada alimento. 
 
Conduta: 
• LIP: dieta normo a hipolipídica, 
sendo recomendado a hipo para 
pacientes mais graves como 
estenose, ulcera. 
Priorizar as gorduras boas. 
O Hormônio CCK é produzido pelo 
estimulo gorduroso e pode diminui a 
pressão do EEI e facilitando o refluxo. 
 
 
@isabellarizattonut 
• Carboidratos: dieta normo, evitar 
sacarose em casos de desconforto. 
 
• Proteínas: normo, em casos de 
cicatrização pode ser aumentada 
para 1,2 g/kgp/dia. 
(lesões) 
 
• Fracionada de 6 a 8 refeições 
 
• Pouco volumosas, para evitar a 
distensão abdominal. 
 
Recomendações Nutricionais: 
• Fracionar a alimentação de 5 a 6 
refeições por dia. 
 
• Comer devagar, mastigando bem os 
alimentos em ambientes tranquilos. 
 
• Consumir preferencialmente 
vegetais cozidos. 
 
• Preferir preparações assadas 
grelhadas ou cozidas. 
 
• Retirar gorduras visíveis de carnes e 
pele de aves. 
 
• Usar leite e iogurte desnatados 
 
• Queijos com baixo teor de gorduras. 
 
Evitar: 
• Bebidas alcoólicas. 
 
• Líquidos durante as refeições 
 
• Alimentos ricos em cafeína como 
café, chocolate, coca-cola. 
 
• Alimentos carmitativos como: 
hortelã, menta, canela. 
 
• Preparações muito gordurosas
 
• Alimentos muito condimentados
 
• Alimentos que causem desconforto.
 
 
 
Recomendações gerais: 
• Não deitar após as refeições 
• Elevar a cabeceira da cama 
• Evitar roupas e cintos apertados 
• Evitar o fumo. 
 
Hérnia de hiato 
 
 
 
É uma causa comum do refluxo 
gastroesofágico, que é uma proeminência 
da porção do esôfago para o tórax 
através do hiato esofágico do diafragma. 
 
• A pressão gerada pelo diafragma 
força os conteúdos ácidos do 
estômago para dentro do esôfago. 
 
A dieta para Hérnia de hiato consiste 
evitar os mesmo alimentos prejudiciais à 
DRGE. 
 
@isabellarizattonut

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