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aula 2a fase aula 6 resolucao do primeiro exercicio reclamacao trabalhista

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OAB – 2º FASE 
Direito do Trabalho 
Aryanna Manfredini 
 
1 
RESOLUÇÃO DO PRIMEIRO EXERCÍCIO DE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
(Elaborado pela professora AryannaManfredini) 
I - PROPOSTA 
Murilo Tufão foi contratado na cidade de Fortaleza, na data de 05 de fevereiro de 2008 pela Companhia de 
Atletismo Avenida Brasil Ltda. para trabalhar como auxiliar administrativo, prestando atividades somente 
no escritório da empresa, mediante salário fixo de R$1.800,00 mais o benefício de utilizar, para fins 
particulares, um peugeot 207, modelo do ano, cujo valor aproximado do aluguel mensal seria de R$ 
600,00, os quais nunca foram considerados no cômputo dos demais direitos trabalhistas. Seu contrato de 
trabalho findou-se em 12 de novembro de 2011. Ao se pactuar o contrato de trabalho, ficou estabelecido 
que Murilo Tufãocumpriria uma jornada de trabalho das 8 h às 17 h, com 1hora de intervalo, de segunda a 
sexta-feira, e das 16 h às 20 h aos sábados. Murilo lhe informa que demorava 15 minutos andando para 
chegar da portaria até o escritório e o mesmo tempo para o retorno.Em razão dos balanços quinzenais 
realizados na empresa, a cada duas semanas Murilo trabalhava das 18h as 22h aos sábados, nada 
recebendo a mais por isso. Na segunda feira, iniciava sua jornada de trabalho normalmente as 8h da 
manhã. Nos dois últimos anos do contrato de trabalhosubstituiusua supervisora administrativa, Carminha, 
que recebia um adicional de 40% em razão de sua função gerencial, no período de suas férias, sem 
receber a mais por isso. Murilo era um empregado tãoapaixonado pelo seu trabalho, que quando a 
empresa passou por dificuldades financeiras, aceitou a proposta que seu empregador lhe fez, de reduzir 
seu salário para R$ 900,00 a partir de janeiro de 2009, até que a situação da empresa melhorasse. Quase 
um ano depois, no mês de novembro de 2009, a empresa conseguiu se reerguer. A situação ficou tão 
favorável que o empregador resolveu abrir uma filial do escritório na cidade de Campinas/SP, sendo 
Murilotransferido para a nova filial por 5 meses para treinar os novos funcionários. Murilo não recebeu 
qualquer adicional para tanto e seu salário também não foi reestabelecido. Ao voltar para a matriz da 
empresa teve uma surpresa, foi demitido, sem qualquer justificativa,sem receber qualquer verba rescisória. 
Murilo Tufão, inconformado com a situação o procura em seu escritório, disposto a tomar a medida 
cabível, informando que usufruiu as férias relativas aos períodos aquisitivos 2008/2009 e 2009/2010 . Na 
qualidade de advogado de Murilo elabore a medida processual cabível, formulando os pedidos do que 
entender ser devido a seu cliente. 
II - RESOLUÇÃO DO PRIMEIRO EXERCÍCIO DE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ..... VARA DO TRABALHO DE FORTALEZA– CE 
MURILO TUFÃO, auxiliar administrativo, qualificação e endereço completos, vem, respeitosamente, 
perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado adiante assinado (procuração em anexo), com 
escritório profissional no endereço completo, onde recebe intimação ou notificação, com fulcro no artigo 
840 da CLT, PROPOR: 
 
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA pelo rito ordinário 
 
Em face de Companhia de Atletismo Avenida Brasil qualificação e endereço completos, pelas razões de 
fato e de direito a seguir expostas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OAB – 2º FASE 
Direito do Trabalho 
Aryanna Manfredini 
 
2 
 
I – MÉRITO 
 
1. DO CONTRATO DE TRABALHO 
 
 O reclamante foi admitido pelo reclamado no dia 05 de fevereiro de 2008, para exercer a função de 
auxiliar administrativo, recebendo por última remuneração a importância de R$ 900,00, sendo dispensado 
em 12 de novembro de 2011. 
2. DO SALÁRIO IN NATURA 
 O reclamado concedia mensalmente em favor do reclamante, durante todo o período de duração 
do contrato de trabalho, o beneficio de utilizar, para fins particulares, um veículo Peugeot 207, modelo do 
ano, cujo valor aproximado do aluguel mensal seria de R$ 600,00, os quais nunca foram considerados no 
cômputo dos demais direitos trabalhistas. 
 Nos termos do artigo 458, caput, da CLT, as utilidades fornecidas ao empregado pelo 
empregador,pelos serviços prestados, de forma habitual,gratuita, que não tenham caráter nocivo e que a 
lei não lhes retira a natureza salarial possuem natureza salarial, devendo, portanto, integrar o seu salário 
para fins de projeções legais. 
 Diante do exposto, requer a integração ao salário do reclamante dos valores correspondente ao 
aluguel do veículo fornecido pela reclamada para fins de reflexos em aviso prévio, décimo terceiro, férias 
acrescidas de 1/3 e FGTS (depósitos e multa de 40%), bem como, que a utilidade seja anotada na CTPS 
do reclamante, nos termos do art. 29 da CLT. 
 
3. HORAS EXTRAS 
 
 O reclamante demorava 15 minutos andando para chegar da portaria até o escritório, momento a 
partir do qual cumpria integramente sua jornada de trabalho. 
Nos termos da súmula 429 do TST considera-se tempo à disposição do empregador, na forma do 
art. 4º da CLT, o necessário ao deslocamento do trabalhador entre a portaria da empresa e o local de 
trabalho, desde que supere o limite de 10 (dez) minutos diários, como no caso do reclamante. Nos termos 
do art. 58, § 1º, da CLT e súmula 366 do TST o legislador estabeleceu uma tolerância de apenas 5 
minutos antes e 5 minutos após o início e término da jornada de trabalho. Ultrapassado tal limite, o 
excedente é devido como horas extras. Assim, os quinze minutos despendidos na chegada e depois os 
quinze minutos despendidos na saída devem ser computados na jornada de trabalho da reclamante, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OAB – 2º FASE 
Direito do Trabalho 
Aryanna Manfredini 
 
3 
sendo-lhe assegurada como horas extras as excedentes ao limite de 8 horas diárias e 44 semanais (art. 
7º, XIII, CF e art. 58, CLT). 
 
Diante do exposto requer que os 30 minutos sejam considerados na jornada de trabalho e a 
reclamada seja condenada a pagar as horas extras, assim consideradas as excedentes à 8ª e 44ª 
semanais acrescidas no adicional de 50% (art. 7º, XVI, CF e art. 59, § 1º, da CLT), bem como, reflexos em 
descanso semanal remunerado e com este em aviso prévio, décimo terceiro salário, férias acrescidas do 
terço constitucional e FGTS (depósitos e multa de 40%). 
 
4. DO INTERVALO INTERJORNADA E DESCANSO SEMANAL REMUNERADO 
 
 O reclamante informa que em razão dos balanços quinzenais realizados na empresa, a cada duas 
semanas trabalhava das 18h às 22h nos sábados e segunda feira, iniciava sua jornada de trabalho 
normalmente, às 8h. 
Nos termos do art. 66 da CLT entre 2 (duas) jornadas de trabalho deverá haver um período mínimo 
de 11 (onze) horas consecutivas para descanso e conforme estabelecem os arts. 7º, XV da CF, art. 67 da 
CLT e 1º da Lei 605/49 será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) 
horas consecutivas, preferencialmente aos domingos. Sendo assim o reclamante tinha direito a 35 horas 
de intervalo entre a jornada de trabalho de sábado e a de segunda, uma vez que entre elas estava o 
repouso semanal remunerado. Intervalo este que não foi observado. 
Diante do exposto, requer a condenação do reclamado ao pagamento de 1 hora extra a cada 
quinze dias acrescidas do adicional de 50%, bem como, reflexos em descanso semanal remunerado e 
com este em aviso prévio, décimo terceiro salário, férias acrescidas do terço constitucional e FGTS 
(depósitos e multa de 40%). 
5. DA SUBSTITUIÇÃO EM VIRTUDE DE FÉRIAS 
O reclamante informa que nos dois últimos anos do contrato de trabalho substituiu sua supervisora 
Carminha, que recebia um adicional de 40% em razão de sua função gerencial, no período de suas férias, 
sem receber a mais por isso.Nos termos da súmula 159 do TST, item I, enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter 
meramente eventual, inclusive nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do 
substituído. 
 Diante do exposto requer a condenação do reclamado ao pagamento das diferenças salariais, 
correspondente a 40% do salário do reclamante, relativas aos meses em que ocorreu a substituição. 
6. DA REDUÇÃO SALARIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OAB – 2º FASE 
Direito do Trabalho 
Aryanna Manfredini 
 
4 
O reclamante informa que, em razão de dificuldades financeiras pelas quais passava a empresa, 
em janeiro de 2009 seu salário foi reduzido para R$ 900,00, sem jamais ter sido reestabelecido. 
Nos termos do art. 7º, VI, CF o salário é irredutível, salvo por acordo ou convenção coletiva de 
trabalho, os quais não se verificam no presente caso. Outrossim, a redução implicaria em alteração 
contratual e esta só é lícita por mútuo consentimento, e ainda assim, desde que não resultem, direta ou 
indiretamente, prejuízos ao empregado (art. 468, CLT). 
Diante do exposto requer a condenação do reclamado ao pagamento das diferenças salariais, bem 
como, reflexos em aviso prévio, décimo terceiro salário, férias acrescidas do terço constitucional e FGTS 
(depósitos e multa de 40%). 
7. DA TRANSFERÊNCIA TEMPORÁRIO 
O reclamante informa que em novembro de 2009, o empregador resolveu abrir uma filial do 
escritório na cidade de Campinas, transferindo o reclamante pelo lapso temporal de 5 meses para tal 
localidade, a fim de treinar os novos funcionários. O reclamante não recebeu qualquer adicional para tanto 
 Nos termos do artigo 469, § 3º, da CLT tratando-se de transferência provisória o empregador ficará 
obrigado a pagar um adicional nunca inferior a 25% dos salários que o empregado percebia naquela 
localidade, enquanto durar essa situação. 
 
Diante do exposto requer a condenação da reclamada ao pagamento do respectivo adicional 
referente ao período em que perdurou a transferência, bem como reflexos, em 13º salário, férias 
acrescidas de 1/3 e FGTS (depósitos e multa de 40%) relativos ao período da transferência. 
8. VERBAS RESCISÓRIAS 
O reclamante foi demitido, sem justa causa no dia 12 de novembro de 2011, e sem receber 
qualquer rescisória. 
 Diante disso, requer a condenação do Reclamado ao pagamento de todas as verbas rescisórias 
próprias da extinção do contrato de trabalho sem justa causa, quais sejam: saldo de salário (12 dias), 
aviso prévio (39 dias), décimo terceiro salário (12/12), férias integrais simples + 1/3 relativas ao período 
aquisitivo 2010/2011 eférias proporcionais + 1/3 (11/12) e multa de 40% do FGTS. Ademais, requer a guia 
para levantamento do FGTS e a guia para percepção do seguro desemprego(súmula 389, TST). 
Esclarece-se que a Lei 12506/2011 entrou em vigor na data de sua publicação, 13/10/2011, 
regulamentando o aviso prévio proporcional previsto no art. 7º, XXI, CF, assegurando-o na proporção de 
30 (trinta) dias aos empregados que não completarem 1 (um) ano de serviço na mesma empresa, 
acrescidos 3 (três) dias por ano completo de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 
(sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. Assim, como o reclamante laborou 3 anos 
completos para a empresa faz jus a 39 dias de aviso prévio. 
9. MULTA DO ART. 467, CLT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OAB – 2º FASE 
Direito do Trabalho 
Aryanna Manfredini 
 
5 
 Nos termos do artigo 467 da CLT, o Reclamante requer que o pagamento das verbas 
incontroversas seja realizado em primeira audiência, sob pena da incidência de multa de 50% sobre o 
valor correspondente. 
10. MULTA DO ART. 477, § 8º, CLT 
O Reclamado não respeitou o prazo para pagamento das parcelas rescisórias previsto no artigo 
477, §6º da CLT, vez que até o presente momento não pagou as verbas rescisórias. 
Diante deste fato, o Reclamante requer a condenação do Reclamado ao pagamento de multa no 
valor equivalente ao seu salário, nos termos do §8º do artigo 477 da CLT. 
11. HONORÁRIOS ADVOGATÍCIOS 
 O art. 133 da CF não recepcionou o “jus postuandi”, razão pela qual requer a condenação do 
reclamado ao pagamento de honorários advocatícios no importe de 20%, nos termos do art. 20, § 3º, do 
CPC. 
II - PEDIDOS 
Diante de todo o exposto, requer: 
Isto posto, requer: 
a) a integração ao salário do reclamante dos valores correspondente ao aluguel do veículo fornecido pela 
reclamada para fins de reflexos em aviso prévio, décimo terceiro, férias acrescidas de 1/3 e FGTS 
(depósitos e multa de 40%). 
b) que sejam computados na jornada de trabalho 30 diários e a reclamada condenada a pagar as horas 
extras, assim consideradas as excedentes à 8ª e 44ª semanais acrescidas no adicional de 50% (art. 7º, 
XVI, CF e art. 59, CLT, § 1º, CLT), bem como, reflexos. 
c) requer a condenação do reclamado ao pagamento de 1 hora extra a cada quinze dias acrescida do 
adicional de 50% a título de intervalo interjornada e DSR, bem como, reflexos em descanso semanal 
remunerado e com este em aviso prévio, décimo terceiro salário, férias acrescidas do terço constitucional 
e FGTS (depósitos e multa de 40%). 
d) a condenação do reclamado ao pagamento das diferenças salariais, correspondente a 40% do salário 
do reclamante, relativas aos meses em que ocorreu a substituição. 
e) condenação do reclamado ao pagamento das diferenças salariais decorrentes da redução salarial, bem 
como, reflexos em aviso prévio, décimo terceiro salário, férias acrescidas do terço constitucional e FGTS 
(depósitos e multa de 40%). 
f) a condenação da reclamada ao pagamento do respectivo adicional de transferência referente ao 
período em que perdurou a transferência, bem como reflexos, em 13º salário, férias acrescidas de 1/3 e 
FGTS (depósitos e multa de 40%). 
g) a condenação do Reclamado ao pagamento de todas as verbas rescisórias próprias da extinção do 
contrato de trabalho sem justa causa, quais sejam: saldo de salário (12 dias), aviso prévio (39 dias), 
décimo terceiro salário proporcional (11/12), férias integrais simples + 1/3 relativas ao período aquisitivo 
2010/2011 e férias proporcionais + 1/3 (10/12) e multa de 40% do FGTS. Ademais, requer a guia para 
levantamento do FGTS e a guia para percepção do seguro desemprego (súmula 389, TST). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OAB – 2º FASE 
Direito do Trabalho 
Aryanna Manfredini 
 
6 
h) Multas do arts. 467 e 477, § 8º da CLT; e 
i) Honorários advocatícios. 
III – REQUERIMENTOS FINAIS 
Diante do exposto, requer: 
a) notificação da Reclamada para oferecer resposta à Reclamatória Trabalhista, sob consequência de 
revelia e confissão quanto a matéria de fato. 
b) a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial a prova documental, o 
depoimento pessoal e a oitiva de testemunhas. 
c) por fim a procedência da ação com a condenação do reclamado ao pagamento das verbas 
pleiteadas, acrescidas de juros e correção monetária. 
Atribui-se a causa valor acima de 40 salários mínimos 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
Local, data 
Advogado 
OAB nº 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OAB – 2º FASE 
Direito do Trabalho 
Aryanna Manfredini 
 
7 
QUESITOS AVALIADOS VALORES 
POSSÍVEIS 
NOTA 
Endereçamento à Vara do Trabalho de São Paulo 
(0,1), qualificação das partes (0,1) e indicação da 
espécie de ação (ação/reclamatória trabalhista). 
(0,2) 
0/0,1/0,2/ 
0,3/0,4 
 
Salário „in natura‟ – fornecimento de veículo para 
uso particular e não poder necessidade do 
trabalho (0,2) – integração do valor ao salario 
para fim de reflexos (0,1) – artigo 458 CLT (0,1) 
0/0,1/0,2/ 
0,3/0,4 
 
Tempo a disposição do empregador - 
deslocamento entrea portaria e o local de 
trabalho em tempo superior a 10 minutos – pedido 
de horas extras (0,1) – súmula 429, TST (0,1), art. 
7 XIII e XVI CF (0,1) e Arts. 58 e 59, § 1º, da CLT 
(0,1) 
0/0,1/0,2/0,3/0,4 
Intervalo Interjornadae DSR(35h) (0,1) – arts. 66 e 
67 da CLT (0,1), art. 7, XV CF (0,1) e art. 1º, Lei 
605/49. 
0/0,1/0,2/0,3/0,4 
Substituição temporária do chefe em virtude de 
férias – direito a percepção de seu adicional (0,2) 
– sumula 159, I, TST (0,2) 
0/ 0,2/0,4 
Redução salarial – ilícita independentemente da 
anuência do empregado – (0,1) artigo 468 da CLT 
(0,1) art7, VI, CF (0,1) 
0/0,1/0,2/0,3 
Transferência temporária do empregado – direito 
a percepção do adicional de 25% (0,2) - artigo 
469, § 3º , CLT (0,2) 
0/0,2/0,4 
Pagamento das verbas rescisórias inerentes a 
dispensa sem justa causa (aviso prévio, saldo de 
salário, férias proporcionais, 13º salário 
proporcional, salários em atraso e seguro-
desemprego) (0,2), sumula 389, TST (0,2) 
0/0,2/0,4 
Atraso no pagamento das verbas rescisórias - 
Multa do artigo 477, parágrafos 6º e 8º da CLT 
0/0,4 
Requerimentos finais, com pedido de procedência 
da ação, indicação do valor da causa, data e 
nome do advogado. 
0,50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OAB – 2º FASE 
Direito do Trabalho 
Aryanna Manfredini 
 
8 
 
_____________________________________________ 
 
LEGISLAÇÃO 
 
2. DO SALÁRIO IN NATURA 
Art. 458 CLT- Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a 
alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por fôrça do contrato ou 
do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com 
bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. 
 
3. HORAS EXTRAS 
Art. 58, CLT. A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não 
excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite. 
§ 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no 
registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. 
(Parágrafo incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) 
 
Súmula 366, TST. CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E 
SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 23 e 326 da 
SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro 
de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se 
ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada 
normal. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 23 - inserida em 03.06.1996 - e 326 - DJ 09.12.2003) 
 
Súmula 429, TST. TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR. ART. 4º DA CLT. PERÍODO DE 
DESLOCAMENTO ENTRE A PORTARIA E O LOCAL DE TRABALHO. 
Considera-se à disposição do empregador, na forma do art. 4º da CLT, o tempo necessário ao 
deslocamento do trabalhador entre a portaria da empresa e o local de trabalho, desde que supere o limite 
de 10 (dez) minutos diários. 
 
Art. 4º CLT. Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do 
empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada. 
Condições gerais de petição, raciocínio jurídico, 
linguagem forense e fundamentação. 
1,00 
TOTAL: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9 
Parágrafo único - Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e 
estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar ... 
(VETADO) ...e por motivo de acidente do trabalho. 
Art. 7º CF/88 - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de 
sua condição social: 
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada 
a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; 
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; 
 
Art. 58 CLT - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não 
excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite. 
 
4. DO INTERVALO INTERJORNADA e DSR 
 
Art. 7º CF/88 - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de 
sua condição social: 
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; 
 
Art. 66 CLT. Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas 
consecutivas para descanso. 
 
Art. 67 CLT. Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas 
consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá 
coincidir com o domingo, no todo ou em parte. 
Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos 
teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro 
sujeito à fiscalização. 
 
Art. 1º, lei 605/49. Art. 1º Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e quatro 
horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, 
nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local. 
5. DA SUBSTITUIÇÃO EM VIRTUDE DE FÉRIAS 
 
Súmula 159, TST. SUBSTITUIÇÃO DE CARÁTER NÃO EVENTUAL E VACÂNCIA DO CARGO 
(incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 112 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
I - Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, inclusive nas férias, o 
empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído. (ex-Súmula nº 159 - alterada pela Res. 
121/2003, DJ 21.11.2003) 
 
5. DA REDUÇÃO SALARIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 7º CF/88 - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de 
sua condição social: 
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; 
 
Art. 468 CLT - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por 
mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao 
empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. 
 
6. DA TRANSFERENCIA TEMPORÁRIA 
 
Art. 469 CLT - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade 
diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar 
necessariamente a mudança do seu domicílio . 
§ 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade 
diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará 
obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o 
empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação. 
 
7. VERBAS RESCISÓRIAS 
 
Súmula nº 389 do TST. SEGURO-DESEMPREGO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. 
DIREITO À INDENIZAÇÃO POR NÃO LIBERAÇÃO DE GUIAS (conversão das Orientações 
Jurisprudenciais nºs 210 e 211 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e empregador 
tendo por objeto indenização pelo não-fornecimento das guias doseguro-desemprego. (ex-OJ nº 210 da 
SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) 
II - O não-fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro-desemprego 
dá origem ao direito à indenização. (ex-OJ nº 211 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) 
LEI Nº 12.506, DE 11 DE OUTUBRO DE 2011 
Dispõe sobre o aviso prévio e dá outras providências 
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1
o
 O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, 
aprovada pelo Decreto-Lei nº 5452, de 1º de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos 
empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa. 
Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço 
prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OAB – 2º FASE 
Direito do Trabalho 
Aryanna Manfredini 
 
11 
Art. 2
o
 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 11 de outubro de 2011; 190o da Independência e 123o da República. 
DILMA ROUSSEFF 
José Eduardo Cardozo 
Guido Mantega 
Carlos Lupi 
Fernando Damata Pimentel 
Miriam Belchior 
Garibaldi Alves Filho 
Luis Inácio Lucena Adams 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 13.10.2011 
8. MULTA DO ART. 477, § 8º, CLT 
Art. 477 CLT.É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do 
respectivo contrato, e quando não haja êle dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direto 
de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na 
mesma empresa 
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por 
trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu 
salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o 
trabalhador der causa à mora.

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