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1 Nome dos acadêmicos 
2 Nome do Professor tutor externo 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Educação Física (Bacharelado) (3405679) – Prática 
do Módulo I – 29/11/2023 
A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA E DO 
ESPORTE NA VIDA DE PESSOAS COM 
DEFICIÊNCIA 
 
 
 
 
Fabiana Inácio C. da Silva¹ 
Tutor Externo² 
 
 
 
 
RESUMO 
 
As dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência são enormes, desde a inclusão 
social, a aceitação, adaptação ao meio onde vivem e também diversos problemas de 
acessibilidade etc. O presente artigo tem como objetivo explanar assuntos envolvendo a 
inclusão social de pessoas com deficiência e a importância das atividades física e do esporte 
na vida destes alunos. Percebe-se que quanto a atividade física ou quanto ao esporte, ambos 
possuem um papel fundamental na evolução das pessoas com deficiência, sendo elas 
intelectual ou física, porém não é só isso, se faz necessário também o auxílio e apoio da 
família e da sociedade em geral, visto que é necessário um trabalho em conjunto, para 
garantir o acolhimento destas pessoas tão especiais. Pois são diversos os benefícios 
alcançados com a aplicabilidade da atividade física e o esporte na vida dessas pessoas. 
Sendo assim para a realização da pesquisa, o procedimento metodológico consistiu num 
levantamento bibliográfico de cunho descritivo, e uma avaliação qualitativa a partir de um 
questionário aplicado a uma profissional da área de educação física e especialista em 
educação especial. 
 
 
 
Palavras-chave: Inclusão social, deficiência, esporte, atividade física. 
 
 
2 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
No presente trabalho iremos abordar a respeito da importância da inclusão social 
dentro da sociedade em que vivemos, buscando entender os conceitos de inclusão social, 
deficiência e compreender a importância do esporte adaptado na vida das pessoas com 
deficiência sendo elas deficiência física ou intelectual. 
Deficiente físico é todo aquele ser humano que possua quaisquer alterações completas 
ou parciais de um ou mais segmentos do corpo humano, que implicam no comprometimento 
da mobilidade ou da coordenação geral, podendo também afetar a fala, em diferentes graus. Já 
o deficiente intelectual é todo aquele que possui limitações, tanto no funcionamento 
intelectual quanto no comportamento adaptativo expresso nas habilidades conceituais, sociais, 
etc. 
Para auxiliar na promoção da saúde da população com deficiência, e também melhorar 
a qualidade de vida, convívio social e melhoras no desenvolvimento motor, etc. Atualmente o 
esporte e a atividade física são um dos elos mais importantes nesta jornada, juntamente com o 
apoio de profissionais qualificados sendo eles educadores/professores de educação física, nos 
quais auxiliam e garantem o desenvolvimento dos alunos/atletas com deficiência. Neste 
contexto, fica evidente que esta prática vem ganhando espaço ao longo dos anos, visto que 
cada vez mais há um aumento na inclusão social de pessoas com deficiência, bem como uma 
melhora expressiva na qualidade de vida destas pessoas. 
Neste contexto, é de suma importância garantir o acesso de pessoas com deficiência 
aos esportes e a prática de atividade física, sendo na escola, nas praças ou em clubes e 
escolinhas, sempre promovendo o acolhimento desta população e auxiliando na adaptação das 
atividades, buscando a integração e a garantia da participação efetiva do aluno. Na sequência 
será explanado a respeito da inclusão social das pessoas com deficiências, as formas de 
acolhimento e as maneiras de inserção destas pessoas no esporte e nas atividades física e quais 
os benefícios adquiridos por estas pessoas praticantes das modalidades em questão. 
 
 
3 
 
 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Conforme França (2020) a inclusão nada mais é que um conjunto de meios e ações 
que combatem a exclusão aos benefícios da vida em sociedade, visa o desenvolvimento dos 
seus elementos e como estes se encontram inseridos. Podemos concluir que a inclusão é 
provocada por inúmeros fatores, sendo eles: deficiência, diferenças de classe social, 
preconceito social, educação, idade, gênero ou até preconceitos raciais. 
A partir do século XVIII, tem-se uma nova visão sobre a deficiência no qual se faz 
notória como um problema de saúde médica, relacionando ao processo de saúde e doença, na 
qual cura, melhoria física e reabilitação eram as metas de intervenção. No Reino Unido em 
1960 a idealização do modelo social no qual contrariava os outros modelos, onde se 
posicionavam de forma crítica, a respeito das deficiências, como a sociedade se organizava, 
ou seja, ignorando a diversidade das pessoas e excluindo as pessoas com deficiência. Foram 
identificadas três barreiras principais que deveriam ser enfrentadas por essa população: 
físicas, atitudinais e institucionais. Para esse modelo a deficiência deve ser uma questão de 
convívio em sociedade e não como um problema individual (BAMPI; GUILHEM; ALVES, 
2010, RETIEFI; LETSOSA, 2018). 
Para compreendermos o que é a deficiência se faz de suma importância traçar o 
caminho histórico da sociedade. Pois Historicamente existem aversão e crenças 
estigmatizadas que ainda prevalecem em nossa sociedade, sendo eles modelos caritativos 
surgido na Era Cristã, que inferia a pessoa na caridade e na ajuda, vitimada pela sua 
incapacidade, e ainda reforçavam a ideologia que essas pessoas eram indivíduos impotentes, 
não sendo capazes e os considerando dependentes de outras pessoas, o que colaboravam para 
a preservação de estereótipos nóxios e equivocados (OMS, 2017; HOWE; SILVA, 2018; 
RETIEFI; LETSOSA, 2018). 
 
De acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência, também conhecida como Lei 
Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015), pessoa com 
deficiência será toda “aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza 
física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais 
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade 
de condições com as demais pessoas. (GONÇALVES, 2022, P.106) 
 
Conforme APAE(2011): Deficiente físico é todo ser humano que possua alterações 
completas ou parciais de um ou mais segmentos do corpo humano, que resultam no 
comprometimento da mobilidade ou da coordenação geral, podendo também afetar a fala, em 
diferentes graus. E deficiência intelectual é todo aquele que possui limitações, tanto no 
4 
 
 
 
funcionamento intelectual quanto no comportamento adaptativo expresso nas habilidades 
conceituais, sociais, etc. 
Buscando a integração das pessoas com deficiência e também procurando extinguir 
preconceito quanto a exclusão social, nos dias de hoje uma das ferramentas de suma 
importância são a aplicação das atividades físicas e esportivas e de lazer. Tanto para a busca 
de melhoria e uma vida saudável quanto aumento na qualidade de vidada do portador de 
alguma deficiência. Conforme (Santos)2022, através da atividade física e do esporte é 
possível garantir as pessoas com deficiência a inclusão social, uma vez que as diferenças 
precisam ser consideradas como formas positivas de ações que favorecem o convívio e o 
respeito com essas diferenças. 
 
Assim sendo, é importante que os professores de educação física adaptada ajudem 
os alunos a desenvolver imagens corporais e autoconceitos positivos, a fim de 
ficarem intrinsecamente motivados para mostrar todo o seu potencial na educação 
física e nos esportes (WINNICK, 2004, p. 87). 
 
Pois para a promoção de saúde e de convívio em sociedade é de suma importância a 
inclusão das crianças, jovens e adultos com deficiência, atrelada a prática de atividades físicas 
e o esporte adaptado. Para Winnick (2004, p. 4) menciona que a “Educação Física Adaptada 
designa um programa individualizado de aptidão física e motora, habilidades e padrões 
motores fundamentais de esportes aquáticose dança, além de jogos e esportes individuais e 
coletivos”. Ou seja, há uma variedade de possibilidades que parecem nunca se esgotar, 
quando falamos em adaptar esportes e atividades físicas, desta forma aumentando cada vez 
mais o horizonte em busca de acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência, seja no 
esporte ou no laser, basta o profissional de educação física se envolver no processo de ensino 
e aprendizagem, buscando sempre melhorar a didática e seu método de ensino, buscando 
atender as necessidades de seus alunos. 
Podemos observar conforme citado por Santana (2018, p.28) que a educação física 
adaptada busca utilizar métodos tradicionais, porém utilizando adaptações para que possam 
atender as necessidades de seus alunos, assim conseguindo dar a oportunidade dos alunos com 
deficiência de participarem de projetos, aulas/atividades e consequentemente praticar o 
esporte adaptado. Desta forma tanto o esporte adaptado quanto as atividades físicas adaptadas 
buscam proporcionar qualidade de vida aos praticantes e consequentemente aumentar o prazer 
pelo o aluno ao participar de projetos nos quais envolvam os mesmos. Desta forma 
5 
 
 
 
melhorando sua saúde física, psicológica e emocional, posteriormente auxiliando no convívio 
social e familiar. 
Segundo TAVARES são as atividades físicas que dizem respeito ao movimento, onde 
se apresentam de suma importância para o processo de desenvolvimento humano nas aulas de 
educação física adaptada, pois saibamos que influencia no aspecto motor, socioafetivo ou 
cognitivo, evidencia-se que os alunos ficam de fora desta realidade e deste aprendizado, 
podem assim, impossibilitar sua interação com o mundo e com a sociedade devido à falta do 
conhecimento corporal. Ou seja, a pessoa com deficiência quando praticante de alguma 
atividade ou esporte, apresenta melhoras em seu desenvolvimento se comparada a uma pessoa 
com mesma deficiência e sedentária. 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Foi realizada uma pesquisa qualitativa, através de um questionário possuindo um total 
de 10 questões, envolvendo questionamentos correlacionados a inclusão de pessoas com 
deficiências e relacionando a importância do educador físico e a prática de atividades físicas e 
do esporte para a vida destes alunos. 
O questionário foi aplicado a instrutora e professora Valéria Terezinha Bernardo de 50 
anos, formada em educação física e Graduada em Pedagogia – UNIPLAC, Graduada em 
Educação Especial complementação – FAPI, Graduada em Educação Física – ESUCRI, 
Especialista em Educação Especial Inclusiva – ICPG, Especialista em Educação Física – 
UNIPLAC e Mestra em Saúde Coletiva – UNESC. A mesma leciona a mais de 20 anos na 
área da educação especial, auxiliando no desenvolvimento de crianças, jovens, adultos e 
idosos com deficiência, auxiliando na promoção da saúde e promovendo qualidade de vida 
desses alunos. 
O questionário foi de suma importância para o desenvolvimento do estudo, 
contemplando as práticas realizadas pela profissional e discorrendo sobre as ações e práticas 
utilizada pela entrevistada, no qual visa o desenvolvimento e a inserção do esporte de forma 
prazerosa e de fácil acesso aos seus alunos. Onde a profissional de educação física 
entrevistada relatou o resultado da aplicação da pesquisa e seus benefícios. 
A partir dos dados extraídos tem-se a base para o estudo referente a importância do 
esporte e a atividade física adaptada e seus benefícios a pessoas portadoras de deficiência 
(física ou intelectual). Com a pesquisa realizada, pode extrair informações de suma 
6 
 
 
 
importância para o trabalho, adquirindo conhecimentos e práticas na área dos esportes e 
práticas de atividades físicas adaptadas. 
 
QUADRO 1: PESQUISA QUALITATIVA 
1- Qual sua profissão? Qual área de atuação e quanto tempo de atuação na área? 
R: Profissional de Educação Física, as áreas que atuo dentro da educação física da educação 
especial são: ministrar aulas de educação física para turmas específicas, projeto 
emagrecimento saudável, projeto exercícios adaptados em meio líquido, (piscina), 
treinamentos e captação de novos e possíveis atletas para o paradesporto esse é uma parceria 
entre APAE de Criciúma, paradesporto de Criciúma e FME. O intuito desses treinamentos é 
a participação em eventos poliesportivos, como parajasc entre outros. Tenho 28 anos e 9 
meses de trabalho contínuo na área da Educação especial. 
2- Quais são as atividades que você propõe a seus alunos, visando a inserção dos 
esportes? 
R: Treinamentos específicos direcionados, visando o aprendizado tanto da parte técnica, 
tática e de fundamentos, quanto a preparação física, os exercícios são executados através de 
atividades educativas relacionadas ao sistema da modalidade pretendida. 
3- Quais são as turmas ou a idade média de alunos? 
R: Os atletas são convidados para participar dos treinamentos através da observação de suas 
performances no decorrer das aulas de Educação Física, a grande maioria já treina a alguns 
anos desde o início da adolescência, as idades atualmente variam desde os 20 anos até 40 
anos. 
Temos atletas das mais variadas deficiências, desde a deficiência intelectual até às 
deficiências físicas enquadradas em múltiplas deficiências. 
4- Quais as dificuldades que você encontra hoje para estar aplicando as suas aulas? 
R: As questões de tempo de treinamento é uma das únicas barreiras que atrapalham um 
melhor desempenho dos atletas e dos treinadores. 
5- Você tem alunos que se destacam no atletismo ou em algum outro esporte? 
R: Temos atletas incríveis, que se destacam em até mais de uma modalidade e/ ou área como: 
na corrida, dança, no teatro entre outros. 
6- Qual sua opinião sobre a inclusão de crianças jovens e adultos com deficiência nos 
esportes? Você consegue mensurar quais são os benefícios adquiridos com a prática 
de esportes para os alunos com algum tipo de deficiência, se sim, quais são? 
R: A inclusão das pessoas com deficiências incomuns em qualquer setor da sociedade só traz 
7 
 
 
 
benefícios, se falando dos esportes, esses benefícios são ainda maiores, pois a pessoa terá a 
oportunidade de se desenvolver naquilo que ela tem interesse, tem prazer em realizar, trará 
em primeiro lugar saúde emocional (mental), isso não apenas para as pessoas com 
deficiências incomuns, mais sim para todo ser vivo. Temos como benefícios, além da saúde 
emocional, a socialização, a auto aceitação e assim a auto estima é beneficiada com as 
práticas esportivas. 
7- Você acredita que possui algum entrave ou dificuldades na inserção dos alunos com 
deficiência no esporte? Se sim quais? 
R: O que mais dificulta essa inserção é a falta de conhecimento por parte dos profissionais 
tanto da Educação Física quanto de outras áreas e familiares, acerca das deficiências. Quando 
se conhece, o pensamento de dó, de piedade e coitadinho acaba e assim aquele pensamento 
de que um diagnóstico não é uma sentença, cai por terra e essa pessoa finalmente poderá 
buscar a liberdade, a superação e assim encontrar suas ideias e sua felicidade, juntamente 
com seus, amigos familiares e responsáveis. 
8- Porque você recomendaria a prática de esportes para os alunos da educação especial? 
R: A recomendação é a mesma sendo uma pessoa com deficiências incomuns ou sem 
deficiências incomuns. O grande sonho é que possamos chegar em um tempo em que não 
teremos mais que falar em inclusão, que isso será tão comum que vai acontecer naturalmente. 
O conhecimento acerca das deficiências será o grande precursor para essa realidade. 
9- Como você identifica as características de um aluno que possua maior aptidão para a 
prática de esportes? 
R: Assim como no ensino regular a pessoa se apresenta interessado, participativo e com uma 
performance específica relacionada a modalidade, mesmo tendo deficiências mais 
significativas, consigo observar lá no íntimoda pessoa a aptidão. Não sei te descrever em 
palavras, tenho um olhar com muita credibilidade e amor as pessoas, em especial as pessoas 
com deficiências incomuns. Amo poder oportunizar a liberdade de movimentos e de viver, 
com entusiasmo a essas pessoas maravilhosas. 
10- Como você lida com as limitações de seus alunos, no momento da aplicação de 
alguma atividade? 
R: Nos momentos de treinamentos, assim como em todos os momentos, não olhamos para as 
limitações, as limitações não os impede de executar os exercícios e as atividades, e não me 
impedem também de estimular e cobrar seus empenhos e desempenhos. Sempre adaptamos 
os exercícios e as atividades realizadas de acordo com as necessidades apresentadas, essas 
8 
 
 
 
adaptações são realizadas tão naturalmente que nem lembramos das limitações. A capacidade 
de adaptação de todo ser vivo com alguma ou algumas limitações, são incríveis, basta ter 
pessoas que possam acreditar e oportunizar, momentos de aprendizagem, de interação social 
e de superação deles com eles mesmos. 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Ao analisar as informações obtidas pode-se observar que a prática de atividades físicas 
e do esporte seja ele amador ou profissional, pelo deficiente (físico ou intelectual) é de suma 
importância no desenvolvimento motor, cognitivo e na formação de cidadãos, 
comprometidos, sadios e ativos, pois a partir da pesquisa foi possível observar que cada aluno 
especial se desenvolve de forma única. São muitos os benefícios gerados pelo esporte 
adaptado as pessoas com deficiência sendo eles: Melhora da disposição, qualidade de vida, 
saúde psicológica, física, emocional, melhora nos aspectos relacionados a diminuição das 
limitações ocasionadas pela deficiência. Diversos pontos positivos em sua formação na 
infância, adolescência e consequentemente em sua formação adulta. Sendo eles: melhor 
condicionamento físico, preferência por práticas de esportes e vida mais saudável, auxílio na 
melhoria da saúde, prevenção de doenças, melhora na concentração, agilidade, flexibilidade 
auxiliando nas atividades do cotidiano e também melhora no convívio social e posteriormente 
auxílio no desenvolvimento da deficiência, diminuindo suas limitações. 
“Sabe-se que a atividade física tem efeitos benéficos sobre o desenvolvimento da 
criança, do adolescente, jovem adulto ou idoso, porém é necessário que este trabalho seja 
aplicado por profissional qualificado, respeitando as características individuais, para que tal 
atividade não prejudique esses indivíduos”. Macena (2011, p.13). Desta forma é de suma 
importância que os alunos portadores de deficiência sejam acompanhados por profissional 
legalmente habilitado durante todo o processo de ensino aprendizagem/treinamento. 
 
5. CONCLUSÃO 
 
Com base na pesquisa realizada, foi possível constatar melhoras significativas quanto 
a inclusão de pessoas com deficiência nos esportes e também o aumento dos praticantes de 
atividades físicas. Com base nisto pode-se observar que há profissionais preparado para 
acolher e desenvolver estes alunos, através de aplicação de aulas adaptadas aos alunos 
deficientes. 
9 
 
 
 
Visto que são realizadas adaptações nos exercícios e as atividades realizadas, de 
acordo com as necessidades apresentadas pelo aluno, essas adaptações são realizadas tão 
naturalmente que na maioria das vezes o profissional nem lembra das limitações de seus 
alunos, pois com o passar do tempo ele vai se adaptando e apresentando ótimos resultados. 
Conforme citada pela entrevistada: “A capacidade de adaptação de todo ser vivo com alguma 
ou algumas limitações, são incríveis, basta ter pessoas que possam acreditar e oportunizar, 
momentos de aprendizagem, de interação social e de superação deles com eles mesmos”, 
assim ficando evidente a importância das adaptações das atividades para os alunos com 
deficiência, proporcionar a eles uma prática saldável e acessível. 
Porém segundo a pesquisa ainda existem dificuldades quanto inserção e a falta de 
conhecimento por parte dos profissionais tanto da Educação Física quanto de outras áreas 
sendo também desconhecimento pelos próprios familiares, acerca das deficiências. Assim 
dificultando um bom diagnóstico do aluno e consequentemente atrasando seu 
desenvolvimento. 
Outra dificuldade encontrada foi questões de tempo de treinamento sendo uma das 
pequenas barreiras que atrapalham um melhor desempenho dos atletas e dos treinadores. Pois 
muitas vezes dependendo da deficiência se faz necessário um maior tempo de adaptação e de 
estímulo que devem ser dados ao aluno. Para que o mesmo possa se desenvolver de forma 
mais promissora. Desta vez, ambos acabam obtendo um resultado mais tardio, mas vale 
lembrar que mesmo assim, conseguem atingir os resultados esperados, mesmo que não no 
tempo desejado, mais sim no tempo proposto. 
Visando a inserção das pessoas com deficiência nos esportes, alguns profissionais 
utilizam-se da aplicação de treinamentos específicos direcionados, visando o aprendizado 
tanto da parte técnica, tática e de fundamentos, quanto a preparação física, os exercícios são 
executados através de atividades educativas relacionadas ao sistema da modalidade 
pretendida, visando sempre o desenvolvimento do aluno. 
Conforme apresentado pela entrevistada geralmente a inserção de pessoas com 
deficiência se dá através de análise qualitativa durante a pratica das atividades nas aulas de 
educação física, posteriormente, a professora busca integrar o aluno ao esporte que o mesmo 
apresenta maior aptidão, e inicia o desenvolvimento deste na modalidade escolhida. Assim 
inicia-se a captação de novos e possíveis atletas para o paradesporto, onde segundo a 
professora Valéria há uma parceria entre APAE de Criciúma, paradesporto de Criciúma e 
FME. O intuito desses treinamentos é a participação em eventos poliesportivos, como 
10 
 
 
 
parajasc entre outros, assim visando preparar possíveis atletas, com intuito no 
desenvolvimento do atleta com deficiência e posteriormente o aumento do número de pessoas 
com deficiência no esporte. 
No caso dos alunos envolvidos nos projetos de captação de atletas para participar das 
competições promovidas pela instituição APAE de Criciúma, paradesporto de Criciúma e 
FME, a idade média dos atletas variam entre 20 a 40 anos, porém podem ocorrer de haver a 
participação de atletas mais jovens. Pode – se observar através da pesquisa que a instituição 
possui atletas de alta performance, onde se destacasse na corrida, dança, no teatro entre 
outros. 
Tendo em vista os aspectos observados, pode se mensurar a importância da aplicação 
das atividades físicas e do esporte na vida de pessoas com deficiência. Através do estudo 
realizado ficou evidente que este tema, traz inúmeros benefícios a estas pessoas, sendo eles a 
inclusão social, pois estas pessoas terão a oportunidade de se desenvolver pessoalmente 
dentro da sociedade, terão melhorias na saúde emocional (mental) e física, isso não apenas 
para as pessoas com deficiências incomuns, mais sim para todo ser vivo. Temos como 
benefícios, além da saúde emocional, a socialização, a auto aceitação e assim a auto estima é 
beneficiada com as práticas esportivas. Posteriormente agrega no desenvolvimento da 
deficiência, diminuindo suas limitações, auxiliando na melhoria da saúde, prevenção de 
doenças, melhora na concentração, agilidade, flexibilidade auxiliando a aptidão nas atividades 
do cotidiano, evidencia-se uma melhora no condicionamento físico e motor dos alunos. Desta 
forma fica claro a importância da inclusão social do deficiente e a necessidade de o mesmo 
realizar a pratica de atividades físicas e a prática do esporte, para seu desenvolvimento no 
geral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
APAE, Revista de Deficiência Intelectual. Ano I. Número 1. Julho/Dezembro 2011. APAE 
de São Paulo, SP. Disponível em: www.apaesp.org.br.BAMPI, L. N. S.; GUILHEM, D.; ALVES, E. D. Modelo social: uma nova abordagem 
para o tema deficiência. Rev. Latino-Am. Enfermagem, v. 18, n. 4, 2010. 
FRANÇA, Ricardo Santos, Inclusão, Desporto e Deficiência., 2020, 162. Dissertação 
(âmbito do Mestrado de Sociologia), Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2022. 
GONÇALVES, Ane Elise Brandalise, Aspectos legais para diversidade e inclusão. – 
Indaial: UNIASSELVI, 2022. 
 
HOWE, P. David; SILVA, Carla Filomena. The fiddle of using the Paralympic Games as a 
vehicle for expanding [dis] ability sport participation. Sport in Society, v. 21, n. 1, p. 125-
136, 2018. 
MACENA, Raimunda, Contribuição da educação física na produção de conhecimento 
sobre a prática de atletismo na infância e na adolescência. Disponível em: bases virtuais, 
Educação Física em Revista ISSN: 1983-6643, Vol.5 Nº1, p.(1, 20) jan/fev/mar/abr – 2011. 
OMS, Organização Mundial de Saúde. Saúde adolescente. 2017. Disponível em: 
https://nacoesunidas.org/opasoms-e-ministerio-da-saude-lancam-publicacao-sobre 
saúde-deadolescentes. 
RETIEFI, M.; LETSOSA, R. Models of disability: A brief overview. HTS Teologiese 
Studies, n.74, v.1, 2018. 
 SANTOS, Marco Aurélio Gonçalves Nóbrega, ESPORTE E INCLUSÃO: UM ESTUDO 
SOBRE ACESSIBILIDADE. 2022, 31, Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em 
Estudos do Lazer, Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do 
Lazer – UFMG, Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Divinópolis, 21 de 
Dezembro de 2022. 
WINNICK, Joseph P. Educação física e esportes adaptados. 3. ed. São Paulo: Manole, 
2004.

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