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Economia para engenharia

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Economia-Aula-1.pdf
 
Economia 
 
Módulo 1/Aula 1 
 
Profa. Dra. Simone El Khouri Miraglia 
 
simone.miraglia@unifesp.br 
 
 
 
Conteúdo da Aula 1 - Apresentação do 
Curso e Conceitos Básicos 
1. Apresentação do Curso: conteúdo, bibliografia e forma 
de avaliação 
2. Conceitos básicos de economia: conceito, métodos de 
investigação, definições sobre ciência econômica, 
problemas econômicos básicos e aplicações da 
economia na engenharia. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Ementa 
• Introduz conceitos básicos de economia e 
definições sobre a ciência econômica e 
aplicações; 
• Apresentação das teorias microeconômica e 
macroeconômica e aplicação através de diversos 
exercícios práticos de equilíbrio, análise 
mercadológica e medidas da atividade 
econômica; 
• Prepara e subsidia o aluno com os conceitos 
econômicos para fazer associação e aplicação 
em economia ambiental e aplicação em 
empresas, ênfase em engenharia química. 
Conteúdo 
• Conceitos básicos de economia; 
• Mercantilismo, fisiocracia, escola clássica, marxismo, 
neoclassicismo e a fase contemporânea; 
Microeconomia 
• Teoria da utilidade (total e marginal); 
• Teoria e curva da demanda e excedente do consumidor; 
• Teoria da escolha: cestas de mercadorias, curvas de 
indiferença, preço dos bens e renda do consumidor, linha 
de restrição orçamentária; 
• Teoria da oferta, equilíbrio de mercado; 
• Elasticidade da demanda; 
• Teoria da firma: função de produção, fatores de produção 
fixos e variáveis, custos de produção; 
• Rendimentos da firma (receita total, média e marginal); 
• Estruturas de mercado: monopólio, concorrência perfeita, 
oligopólio, cartel; 
• Prova P1. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Conteúdo (continuação) 
Macroeconomia 
• Indicadores Socioeconômicos (PIB, PIB-verde); 
• Considerações sobre o conceito de inflação; 
• Matemática financeira: taxa de juros, estimativas de valor 
presente X valor futuro; 
• Análise Custo-Benefício Ambiental; 
• Análise de viabilidade econômica; 
• Economia Ambiental, Ecológica, Marxista X Recursos Naturais; 
• Instrumentos Econômicos – instrumentos de comando e 
controle / princípio poluidor pagador, mercados de direito a 
poluir, taxas e subsídios; 
• Valoração Econômica: classificação dos recursos naturais, 
externalidades, custos ambientais; 
• Métodos de Valoração Ambiental: fundamentos teóricos e 
exemplos; 
• Prova P2. 
• Subs – (Atestado médico segundo normas UNIFESP); 
• Exame. Economia Profa. Simone Miraglia 
Bibliografia Básica 
• Diva Benevides Pinho e Marco Antonio 
S. de Vasconcellos. Manual de Economia. 
 São Paulo: Saraiva, 5a. edição (2006). 
ISBN85-02-04662-4. 
 
 
 
• H. Hirschfeld. Engenharia econômica 
 e análise de custos. São Paulo: Atlas, 
7a. edição (2001). ISBN: 8522426627. 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Bibliografia Complementar 
• Artigos técnicos selecionados, artigos 
publicados em jornais - a serem indicados 
no decorrer do curso. 
 
• Moura, Luiz A. A.. Economia Ambiental: Gestão 
de Custos e Investimentos. Editora Juarez de 
Oliveira, 3a. edição (2006). ISBN 85-7453-601-6. 
 
• Mankiw, N. Introdução à Economia. São Paulo. 
Thomson Pioneira, 3a. edição (2005). ISBN 8522104085. 
 
• Casarotto Filho, N., Kopittke, B.H. Análise de 
Investimentos: matemática financeira, 
engenharia econômica, tomada de decisão, 
estratégia empresarial. São Paulo: Atlas, 10a. edição 
(2007). ISBN 9788522448012. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
• Torres, Oswaldo Fadigas Fontes. 
Fundamentos da Engenharia Econômica 
 e da Análise Econômica de Projetos. Editora 
Thomson, 3a. edição (2006). ISBN 85-22105227. 
 
Avaliação 
• Prova P1 (40%) => 25/06 
 
• Prova P2 (40%) => 13/08 
 
• Exercícios e Trabalhos (20%) => 06/08 
 
• Prova SUBS => 20/08 (para quem perder 
somente, justificado normas UNIFESP) 
 
 Exame => 27/08 
 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Observação: Aulas 
• 16/07/13 => Aula à distância: A evolução da 
economia no Brasil 
Trabalhos 
• A serem definidos, um em cada bimestre. 
 
Material de Apoio 
 
• Ambiente Moodle 
Conceitos Básicos 
• Teoria: conjunto de idéias sobre a realidade, sempre 
analisadas de forma interdependente. 
• Definições: significado dos termos (idéias) da teoria. 
• Argumentos: referem-se às condições nas quais a 
teoria se sustenta. 
• Hipóteses: conjecturas relativas à maneira como as 
coisas da realidade se comportam. 
• Modelos: representação das principais 
características dos componentes de uma teoria. 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Conceitos Básicos (continuação) 
Métodos científicos caracterizam-se pelo raciocínio 
lógico e são classificados em: 
 
• Método indutivo: parte dos fatos específicos para 
chegar a conclusões gerais. 
• Método dedutivo: método que parte das conclusões 
gerais para explicar o particular. 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Introdução 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
Diariamente, nos deparamos com informações sobre 
economia nos jornais e noticiários na TV. 
 
 Com a intensificação das relações econômicas 
internacionais, determinados fatos e conceitos 
econômicos estão cada vez mais presentes no cotidiano 
das pessoas, tais como: 
 
 Inflação Desemprego 
 Taxa de Juros Taxa de Câmbio 
 Crise do Petróleo Crise Cambial 
Introdução 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
Todos esses assuntos, além de fazerem parte das 
inúmeras questões estudadas pela ciência 
econômica, também possuem grande importância 
nas mais diversas áreas do conhecimento, como 
por exemplo: 
 Direito 
 Administração 
 Ciência Política 
 entre outros. 
Natureza da Investigação na Ciência 
Econômica 
• Biologia e Química => é possível produzir 
fenômenos por meio da experimentação controlada 
de laboratório. 
• Economia e Astronomia => é necessário esperar 
pelo tempo para desenvolver observações, a fim de 
serem utilizadas como evidências no teste das 
hipóteses sobre o comportamento dos fenômenos. 
• A investigação científica no campo da Economia 
procura testar pela evidência a estabilidade do 
comportamento humano, segundo uma hipótese 
formulada. 
• Como é possível predizer o comportamento humano? 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
• O caráter estável do comportamento humano deve-se ao 
fato de ser possível gerar (prever) observações a priori 
com certa margem
aceitável de erro. 
• Exemplo: suponha-se uma multidão nas praias do 
Guarujá tomando banho de mar sob uma temperatura 
elevada de 39 ºC => é bastante aceitável a idéia de que o 
consumo local de sorvetes e refrigerantes deve ser 
estimulado. É difícil predizer que alguns indivíduos 
particularizados vão ou não participar deste consumo. 
Falando pelo comportamento da coletividade, estaríamos 
propensos a dizer que sim, e a chance de acertar é maior 
do que a de errar. 
• O comportamento humano apresenta caráter estável pela 
simples determinação da maior chance associada à 
tendência das ações da maioria das pessoas da 
coletividade que se está estudando => vantagem da 
Economia sobre as demais ciências sociais => o 
comportamento econômico é o mais estável. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Conceito de Economia 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
 ECONOMIA OIKONOMOS 
 oikos = casa 
nomos = lei 
 
Economia 
 Ciência social que estuda como o indivíduo e a 
sociedade decidem empregar recursos produtivos 
escassos na produção de bens e serviços, de 
modo a distribuí-los entre as várias pessoas e 
grupos da sociedade, a fim de satisfazer as 
necessidades humanas da melhor maneira 
possível. 
Economia (definição) 
• “Economia é uma ciência social que estuda a 
administração dos recursos escassos entre usos 
alternativos e fins competitivos.” (Paul Samuelson) 
 
• “Economia é arte de pensar.” Antonio Delfim Neto 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Inter-relação com as demais ciências 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Conceito de Economia 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
 Conceitos Fundamentais 
 Em qualquer sociedade, os recursos produtivos 
(ou fatores de produção) são limitados, em 
oposição às necessidades humanas, que são 
ilimitadas. 
 
 
 
 
 
 
Problema de escassez 
recursos limitados 
X 
 necessidades humanas 
ilimitadas. 
 
Conceito de Economia 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
 Sociedade escolhe entre alternativas de 
produção e de distribuição dos resultados das 
atividades produtivas. 
Questão central: 
Como alocar recursos produtivos 
limitados para satisfazer todas as 
necessidades da população? 
 
Objeto da Ciência Econômica: a lei da 
escassez 
• Lei da Escassez: produzir o máximo de bens e 
serviços com os recursos escassos disponíveis em 
cada sociedade. 
• Recursos disponíveis: trabalho, terra e capital 
(máquinas, edifícios, matérias-primas, etc) => são 
combinados para a produção de bens, chamados de 
“bens econômicos”. 
• Exemplo: jazidas de minério de ferro são 
abundantes; já o minério em forma de chapas de aço 
e o automóvel são bens econômicos escassos. Só 
haverá escassez se houver procura para aquisição 
de um determinado bem. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Por que os bens são desejados? 
Um bem é demandado porque é útil. 
• Utilidade: a capacidade que tem um bem de 
satisfazer a necessidade humana. 
• Bem: tudo aquilo capaz de atender uma 
necessidade humana. Podem ser materiais ou 
imateriais. 
• “Economia é a ciência social que se ocupa da 
administração dos recursos escassos entre usos 
alternativos e fins competitivos.” 
• “Economia é o estudo da organização social, pela 
qual os homens satisfazem suas necessidades de 
bens e serviços escassos.” 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Problemas Econômicos Básicos 
• O que e quanto produzir? 
Isso significa quais produtos deverão ser produzidos 
(carros, cigarros, café, vestuários, entre outros) e em 
que quantidades deverão ser colocados à disposição 
dos consumidores. 
• Como produzir? 
Isto é, por quem serão os bens e serviços produzidos, 
com quais recursos e de que maneira ou processo 
técnico. 
• Para quem produzir? 
Ou seja, para quem se destinará a produção 
(fatalmente, para os que têm renda). 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
• O que, quanto, como e para quem produzir não 
seriam problemas se os recursos utilizáveis fossem 
ilimitados. 
• Na realidade existem ilimitadas necessidades e 
limitados recursos disponíveis e técnicas de 
fabricação. 
• Baseada nessas restrições, a Economia deve optar 
dentre os bens a serem produzidos e os processos 
técnicos capazes de transformar os recursos 
escassos em produção. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Sistema de Preços na Economia de Mercado 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Sistemas Econômicos 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
 Sistema Econômico 
 Forma política, social e econômica de 
organização de uma sociedade. É um particular 
sistema de organização da produção, distribuição 
e consumo de todos os bens e serviços que as 
pessoas utilizam, buscando uma melhoria no 
padrão de vida e bem-estar. 
Sistemas Econômicos 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
 Elementos Básicos de um sistema econômico 
 
 Estoques de recursos produtivos ou fatores de 
produção; 
 
 Complexo de unidades de produção (empresas); 
 
 Conjunto de instituições políticas, jurídicas, 
econômicas e sociais. 
 
Sistemas Econômicos 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
Classificação em dois grandes grupos 
 
 Sistema Socialista (ou economia planificada ou 
centralizada) 
 Sistema Capitalista (ou economia de mercado) 
 
Sistemas Econômicos 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
 Sistema Socialista 
 - Questões econômicas resolvidas por um órgão 
central de planejamento; 
 - Propriedade pública dos fatores de produção 
(meios de produção). 
 Sistema Capitalista 
 - Funcionamento da economia é regido pelas forças 
do mercado; 
 - Propriedade privada dos fatores de produção; 
 - Sistema de mercado predominante atualmente. 
Curva de possibilidades de produção 
 (ou curva de transformação) 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
 
 A curva (ou fronteira) de possibilidades de produção 
(CPP) é a fronteira máxima de produção da sociedade, 
supondo pleno emprego dos recursos ou dos fatores de 
produção de que se dispõe em dado momento. 
 
Trata-se de um conceito teórico que ilustra como a escassez 
de recursos impõe um limite à capacidade produtiva de uma 
sociedade, que terá de fazer escolhas entre opções de 
produção  produto de pleno emprego 
 
Curva de possibilidades de produção 
 (ou curva de transformação) 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
 Exemplo: 
 
Alternativas 
de produção 
Máquinas 
(milhares de 
unidades) 
Alimentos 
(milhões de 
toneladas) 
A 10 0 
B 8 6 
C 6 8
D 0 10 
Curva de possibilidades de produção 
 (ou curva de transformação) 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
Conceito de Custo de Oportunidade 
A transferência dos fatores de produção de um bem X para 
produzir um bem Y implica um custo de oportunidade que 
é igual ao sacrifício de se deixar de produzir parte do bem X 
para se produzir mais do bem Y. 
 
Custo de Oportunidade Custo Alternativo 
Custos de Oportunidade são crescentes (aumento da 
produção de um bem  aumento do grau de sacrifício  
diminui a produção dos outros bens) 
 
Curva de possibilidades de produção é côncava. 
Curva de possibilidades de produção 
 (ou curva de transformação) 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
 Deslocamentos da curva de possiblidades de produção 
No curto prazo, os deslocamentos ocorrem sobre a CPP 
 realocação de fatores, obtém-se mais de um bem 
sacrificando a produção do outro. 
 
No longo prazo, ocorrem deslocamentos da CPP para 
fora (para a direita)  progresso tecnológico, maior 
eficiência produtiva, elevação do grau de qualificação da 
mão de obra, etc, possibilitam a expansão da produção de 
ambos os bens. 
Funcionamento de uma economia de mercado: 
fluxos reais e monetários 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
Fluxo real de uma economia de mercado fechada e 
sem interferência do governo 
Famílias e empresas exercem duplo papel: ofertantes e 
demandantes. 
Funcionamento de uma economia de mercado: 
fluxos reais e monetários 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
Fluxo monetário de uma economia de mercado 
fechada e sem interferência do governo 
O fluxo real da economia só se torna possível na presença de 
moeda, utilizada para remunerar fatores de produção e para 
pagar bens e serviços. Daí a razão de incluirmos conjuntamente 
nesta análise o fluxo monetário. 
Funcionamento de uma economia de mercado: 
fluxos reais e monetários 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
Fluxo Circular 
da Renda 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
Definição de bens de capital, bens de consumo, bens 
intermediários e fatores de produção 
 
 Bens de capital - São utilizados na fabricação de outros bens, 
mas não se desgastam totalmente no processo produtivo. Exemplo: 
máquinas, equipamentos e instalações. 
 
 Bens de consumo - Destinam-se diretamente ao atendimento 
das necessidades humanas. De acordo com sua durabilidade, podem 
ser classificados como duráveis (por exemplo,- geladeiras, fogões, 
automóveis) ou como não-duráveis (alimentos, produtos de limpeza). 
Funcionamento de uma economia de mercado: 
fluxos reais e monetários 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
Definição de bens de capital, bens de consumo, bens 
intermediários e fatores de produção 
 
 Bens intermediários - são transformados ou agregados na 
produção de outros bens e são consumidos totalmente no processo 
produtivo. Exemplo: insumos, matérias-primas e componentes. 
Diferenciam-se dos bens finais, que são vendidos para consumo ou 
utilização final. Os bens de capital, como não são “consumidos” no 
processo produtivo, são bens finais, e não intermediários. 
 
 Fatores de produção – também chamados recursos de produção 
da economia, são constituídos pelos recursos humanos (trabalho e 
capacidade empresarial), terra, capital e tecnologia. 
Funcionamento de uma economia de mercado: 
fluxos reais e monetários 
Inter-relação da economia com outras áreas 
do conhecimento 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
Economia, Física e Biologia 
 
  Economia sob a influência das concepções 
organicistas (biologia) e mecanicistas (física). 
 
  Concepção humanística com o passar do 
tempo. 
 
 
Inter-relação da economia com outras áreas 
do conhecimento 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
Economia, Matemática e Estatística 
  Economia se ocupa de quantidades físicas e 
das relações entre essas quantidades. Nesse 
aspecto, a matemática e a estatística são importantes 
ferramentas. 
 
  A área da Economia que está voltada para a 
quantificação dos modelos é a Econometria, que 
combina teoria econômica, Matemática e Estatística. 
 
Inter-relação da economia com outras áreas 
do conhecimento 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
Economia e Política 
  Economia e política são áreas muito 
interligadas, sendo difícil estabelecer uma relação 
causa-efeito entre elas. 
 
  A política fixa as instituições sobre as 
quais se desenvolverão as atividades econômicas. 
Nesse sentido, a atividade econômica se 
subordina à estrutura e ao regime político do país. 
Inter-relação da economia com outras áreas 
do conhecimento 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
Economia e História 
  Fatos econômicos afetam o desenrolar da 
História. 
Economia e Geografia 
  Estudos de economia regional, economia 
urbana, teorias de localização industrial e 
demografia econômica. 
 
Inter-relação da economia com outras 
 áreas do conhecimento 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
Economia, Moral, Justiça, Direito e Filosofia 
 
  Na Idade Média, a atividade econômica 
era vista como parte integrante da Filosofia, Moral 
e Ética (economia era orientada por princípios 
morais e de justiça). 
Divisão do Estudo Econômico 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
Microeconomia ou teoria de formação de preços 
 Examina a formação de preços em mercados específicos, 
ou seja, como consumidores e empresas interagem no 
mercado e como decidem os preços e a quantidade para 
satisfazer a ambos simultaneamente. 
Macroeconomia 
 Estuda a determinação e o comportamento dos grandes 
agregados nacionais, como o produto interno bruto (PIB), 
investimento agregado, a poupança agregada, o nível geral 
de preços, entre outros. Seu enfoque é basicamente de 
curto prazo (ou conjuntural). 
Divisão do Estudo Econômico 
Capítulo I 
Introdução à Economia 
Economia internacional 
 Analisa as relações econômicas entre residentes e 
não residentes do país, as quais envolvem transações 
com bens e serviços e transações financeiras. 
 
Desenvolvimento econômico 
 Preocupa-se com a melhoria do padrão de vida da 
coletividade ao longo do tempo. O enfoque é também 
macroeconômico, mas centrado em questões 
estruturais e de longo prazo (como progresso 
tecnológico, estratégias de crescimento). 
Bibliografia desta Aula 
 
• Diva Benevides Pinho e Marco Antonio 
S. de Vasconcellos. Manual de Economia. 
 São Paulo: Saraiva, 5a. edição (2006). 
ISBN85-02-04662-4. Capítulo 1. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Economia-Aula-2.pdf
 
Economia 
 
 Evolução da Ciência Econômica 
Aula 2 
Profa. Dra. Simone El Khouri Miraglia 
 
simone.miraglia@unifesp.br 
 
 
 
Conteúdo da Aula 2a 
1. Raízes da ciência econômica; 
2. Mercantilismo; 
3. Fisiocracia; 
4. Escola Clássica; 
5. Marxismo; 
6. Fase contemporânea; 
7. Observações Finais; 
8. Exercício para 15/03/12. 
 
Raízes da Ciência Econômica das origens até 1750 – 
fase pré-científica da Economia 
• Grécia antiga => idéias econômicas 
fragmentadas em estudos filosóficos e políticos. 
• Econômico = oikos (casa) e nomos (lei) usado 
pela primeira vez por Xenofontes,
tratava de 
conhecimentos práticos de administração 
doméstica. Aristóteles referia-se aos aspectos das 
transações comerciais, e apresentou contribuições 
às teorias do valor, preços e moedas. 
• Roma antiga => apesar da economia de troca ter 
sido mais intensa em Roma do que na Grécia, as 
preocupações eram mais políticas. 
Raízes da Ciência Econômica das origens até 
1750 – fase pré-científica da Economia 
• Idade Média => surgimento de atividade 
econômica regional e inter-regional (feiras 
periódicas: Flandres, Champagne, Beaucaire e 
outras), onde ocorriam trocas urbano-rurais e 
impulsionamento do comércio mediterrâneo 
(Gênova, Pisa, Florença e Veneza => grandes 
centros comerciais da época). 
• Igreja => procurou “moralizar”o interesse 
pessoal, dignidade do trabalho, condenou as 
taxas de juros e buscou o “preço justo” e 
equilíbrio dos atos econômicos => moral cristã. 
 
Mercantilismo (1450-1750) 
• Mercantilismo => imprimiu ao pensamento 
econômico um cunho de arte empírica, de preceitos 
de administração pública em que os governantes 
deveriam usar para aumentar a riqueza da nação e 
do príncipe. 
• Espanha e Portugal => os economistas 
aconselharam a proibição da saída de metais 
preciosos e da entrada de mercadorias estrangeiras; 
• França => intervencionismo na indústria e o 
protecionismo alfandegário, a fim de desenvolver a 
industrialização interna, exportar mais e reduzir as 
importações ao mínimo possível; 
• Grã-Bretanha => comércio e navegação 
apareceram como as principais fontes de riqueza 
nacional. 
Mercantilismo (continuação) 
Importantes transformações marcaram o início do 
Mercantilismo, destacando-se: 
 
• Transformações intelectuais: Renascimento – 
artes (da Vinci, Miguel Ângelo, Rafael, etc); 
literária, imprensa (Gutemberg – impressão da 
Bíblia em 1450); 
• Transformações religiosas: Reforma – Calvino, 
exaltando o individualismo e a atividade 
econômica, justificando empréstimo a juros, lucro, 
etc; 
• Transformações do padrão de vida: desejo de 
bem-estar, alimentação requintada, habitações 
arejadas, viagens, etc; 
Mercantilismo (continuação) 
• Transformações políticas: Estado Moderno, 
coordenador dos recursos materiais e humanos 
da nação; 
• Transformações geográficas: ampliação dos 
“limites do mundo”, graças às grandes 
descobertas (bússola) e navegação => Colombo 
(1492); Vasco da Gama (1498); Cabral (1500), 
etc; 
• Transformações econômicas: afluxo à Europa 
de metais preciosos do Novo Mundo, provocando 
o deslocamento do eixo econômico mundial, ouro 
e prata instrumentos de aquisição de riqueza. 
Mercantilismo (continuação) 
• Atribuiu demasiado valor ao metal precioso; 
• Considerou a produção apenas em função da 
prosperidade do Estado ou enriquecimento 
público, sem se preocupar com o bem-estar 
dos indivíduos; 
• Comércio internacional unilateral e agressivo 
– o lucro de um país é o prejuízo de outro 
(Montaigne); as perdas de um país 
equivalem aos lucros realizados pelo 
estrangeiro (Montchrétien); um país não 
ganha sem que o outro perca, etc. 
 
Política Colonial Mercantilista 
• Consistia em explorar a colônia ao máximo e 
impedir que se desenvolvesse nela qualquer 
atividade econômica que pudesse, ainda que 
remotamente, fazer concorrência à Metrópole 
(protecionismo mercantilista). 
 
A criação científica da Economia: 
de 1750 a 1870 
 
• Fisiocracia => impôs-se principalmente como 
doutrina da ordem natural: o Universo é regido 
pelas leis naturais, absolutas, imutáveis e 
universais, desejadas pela Providência Divina 
para a felicidade dos homens. 
• Quesnay (1694-1774) => Quadro Econômico - 
representou o fluxo de despesas e de bens 
entre as diferentes classes sociais, 
distinguindo um equilíbrio de quantidades 
globais => precursor da economia quantitativa. 
 
A Escola Clássica 
• Adam Smith (1723-1790) => Riqueza das Nações – teoria 
de desenvolvimento econômico, especialização da força 
de trabalho, que acompanha o avanço econômico, e a 
alocação da força de trabalho entre várias linhas de 
emprego. 
• Distinguiu “valor de uso” do ‘valor de troca” atribuindo 
interesse econômico ao valor de troca. Considerou valor 
distinto de preço, afirmando ser o trabalho “a medida de 
valor”. 
• Analisou a distribuição da renda ao discutir as 3 
componentes do “preço natural”: salários, lucros e rendas 
da terra. 
• Concorrência maximiza o desenvolvimento econômico e 
os benefícios são partilhados por toda a sociedade. 
• Discípulos: Malthus, Ricardo, Stuart Mill e Say. 
• Thomas Robert Malthus (1766-1834) => tentou 
precisar a terminologia teórica e colocar a 
economia em sólidas bases empíricas. 
Estabeleceu a lei da população onde a potência 
da população é infinitamente maior do que a 
potência da terra na produção: crescimento a 
taxa geométrica e a subsistência a taxa 
aritmética. Subestimou o impacto do progresso 
tecnológico e não previu a revolução agrícola e 
técnicas de limitação da fertilidade humana. 
• David Ricardo (1772-1823) => banqueiro, 
mostrou as interligações entre expansão 
econômica e distribuição de renda. Tratou dos 
problemas do comércio internacional e defendeu 
o livre-cambismo. 
• John Stuart Mill (1806-1873) => filho de 
economista, sistematizou e consolidou a 
análise clássica. Introduziu na economia 
preocupações de ‘justiça social” que o 
qualificaram como “clássico de transição” 
entre sua Escola e as reações socialistas 
(distribuição de renda). 
• Jean Baptiste Say (1768-1832) => jornalista, 
industrial e professor de economia, retomou 
a obra de Smith para corrigi-la e completa-la 
em vários pontos. Concepção de que a oferta 
cria a procura equivalente (“Lei de Say”). 
 
O marxismo 
• Karl Marx (1818-1883) => opôs-se aos processos analíticos 
clássicos e às suas conclusões. Modificou a análise do valor, 
desenvolveu conceitos como o de mais-valia, capital variável, 
analisou a acumulação do capital, a distribuição da renda, as 
crises econômicas, etc. 
• Afirmou que “o valor da força de trabalho é determinado, como 
no caso de qualquer mercadoria, pelo tempo de trabalho 
necessário à produção,e conseqüentemente à reprodução 
desse artigo em especial.” 
• Sistema capitalista => obrigam o trabalhador a vender mais 
tempo de trabalho do que o necessário para produzir valores 
equivalentes às suas necessidades de subsistência. Os 
trabalhadores são obrigados a aceitar as condições impostas 
pelos empregadores pois não dispõem de fontes alternativas 
de renda. 
• Capitalismo tende a separar as classes sociais de modo 
crescente, permite abundante oferta de trabalho e salários 
baixos. 
A elaboração dos princípios teóricos 
fundamentais: 1870-1929 
• Análise econômica moderna: o economista se 
preocupa com a alocação dos recursos escassos 
entre usos alternativos, com o fim de maximizar a 
utilidade ou satisfação dos consumidores. 
• Neoclassicismo ou Marginalismo: buscou integrar 
a teoria da utilidade do valor com a teoria do custo 
de produção dos clássicos, bem como explicar os 
preços dos bens e dos fatores, a alocação dos 
recursos com o auxílio da análise marginal. 
• Análise marginal: representou um instrumento, 
rapidamente difundido, para explicar a alocação de 
determinados recursos escassos entre os usos 
correntes, com o objetivo de se chegar a resultados 
ótimos. 
 
• Alfred Marshall (1842-1924) => professor de 
Economia Política da Universidade de 
Cambridge – Principles of Economics – 
considerava
a economia como o estudo da 
humanidade nos negócios comuns da vida, 
ou seja, ciência do comportamento humano e 
não ciência da riqueza. 
• Tornou-se famoso seu exemplo de uso da 
metodologia dedutiva ou abstrata para 
investigar a interação das forças da oferta e 
da procura e para explicar o aparecimento do 
preço de equilíbrio. 
A fase contemporânea: de 1929 em diante 
• Problemas da Primeira Guerra Mundial e da crise de 
1929 => ocasionaram elevados índices de 
desemprego e descontentamento do povo; 
• Ausência de um diagnóstico teórico sobre a 
economia do desemprego, os políticos e 
governantes restringiram importações, aumentaram 
tarifas, desvalorizaram a moeda, realizaram obras 
públicas para estimular a economia, etc. 
• John Maynard Keynes (1883-1946) => programa 
de ação governamental para a promoção do pleno 
emprego – “Revolução Keynesiana” – fundou o FMI 
(Fundo Monetário Internacional) e o BIRD (Banco 
Internacional para a Reconstrução e o 
Desenvolvimento). 
• Autores pós-keynesianos: Robinson, Hicks, 
Samuelson, etc. 
• Keynes reabilitou o capitalismo; Socialismo implantado 
nacionalmente pela primeira vez em 1917 na URSS 
serviu de modelo depois da Segunda Guerra Mundial 
(China, Vietnão, Cuba, etc). 
• Final do Século XX => bruscas mudanças econômicas, 
tecnológicas, políticas, sociais e culturais surpreenderam 
o mundo. Implodiram modelos socialistas. 
• Áreas científica e tecnológica => crescente e intenso 
progresso. 
• Globalização => aumento das desigualdades entre os 
países, reforçada pela revolução da informática, em 
especial novas tecnologias de comunicação planetária. 
• Pós-Keynes => nenhuma obra de grande impacto, mas 
inúmeras publicações. Permanece o problema das 
desigualdades sociais e pouca atenção na análise das 
agressões ecológicas. Caminho possível => examinar as 
contribuições dos Prêmio Nobel de Economia. 
 
Principais Tendências Atuais da 
Ciência Econômica 
• Revolução matematizante da ciência 
econômica; 
• Oposição econometristas versus 
economistas institucionalistas; 
• Os grandes modelos macroeconômicos; 
• A divulgação didática da teoria econômica 
matematizada; 
• Os grandes questionamentos. 
Observações Finais 
• Importância da interação entre fatos 
marcantes e contribuições de pesquisadores 
e cientistas da área econômica; 
• Economia da Informação – toma como base 
as análises dos mercados com informações 
assimétricas; 
• Evolução histórica da ciência econômica; 
• O atual estágio das teorias econômicas; 
• Críticas e desafios. 
Exercício para 28/05/13 
• Dividir a turma em grupos; 
 
• Cada grupo deverá entregar uma linha cronológica 
posicionando os economistas clássicos, indicando 
seus principais feitos e escolas. 
Bibliografia de Referência 
• Manual de Economia. Diva Benevides Pinho e 
Marco Antonio S. de Vasconcellos. 5a. edição, São 
Paulo: Editora Saraiva 2005 – Capítulo 2. 
Conteúdo da Aula 2b – 
Microeconomia: Teoria Elementar de 
Funcionamento do Mercado 
1. Teoria Elementar da Demanda 
2. Relação entre quantidade demandada e preço do bem 
3. Relação entre a demanda de um bem e o preço de 
outros bens 
4. Relação entre a demanda por um bem e a renda do 
consumidor 
5. Relação entre a demanda por um bem e o gosto do 
consumidor 
6. Teoria Elementar da Oferta 
7. Equilíbrio de Mercado 
8. Exercícios 
9. Bibliografia 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Microeconomia 
 É o ramo da ciência econômica voltado ao estudo do 
comportamento das unidades de consumo 
representadas pelos indivíduos e/ou famílias ao 
estudo das empresas => suas respectivas produções 
e custos, e ao estudo da geração e preços dos 
diversos bens, serviços e fatores produtivos. 
Visão microscópica dos fenômenos econômicos. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Macroeconomia 
 Interessa-se pelo estudo dos agregados como a 
produção, o consumo e a renda da população 
como um todo. 
Ótica telescópica, funcionamento da economia de modo global. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Introdução 
 Atualmente, muito se fala sobre o mercado: que o 
mercado determina isso ou aquilo, que o mercado não 
permite que um governo tome uma ou outra medida, 
etc... Neste contexto, o que buscamos entender é: 
 
 O que é o mercado? 
 
 Como ele funciona? 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Teoria Elementar da Demanda 
• Demanda = desejo de adquirir, aspiração, plano, e não 
sua realização. 
• Demanda individual => a quantidade de um 
determinado bem ou serviço que o consumidor deseja 
adquirir em certo período de tempo. 
• Demanda = fluxo por unidade de tempo. Ex.: Maria tem 
desejo de adquirir 1 Kg de feijão por semana. 
 
 
 
• Obs.: Não confundir demanda com compra. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Teoria Elementar da Demanda 
• Do que depende a demanda? Quais são os fatores ou 
variáveis que influenciam a demanda? 
• A teoria da demanda é derivada de hipóteses sobre a 
escolha do consumidor entre diversos bens que seu 
orçamento permite adquirir => O objetivo é explicar o 
processo de escolha do consumidor perante as diversas 
alternativas existentes. 
• Tendo um orçamento limitado (determinado nível de 
renda), o consumidor procurará distribuir esse seu 
orçamento (renda) entre os diversos bens e serviços de 
forma a alcançar a melhor combinação possível, ou 
seja, aquela que lhe trará maior nível de satisfação. 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Teoria Elementar da Demanda 
• Exemplo: o que influencia a escolha de um indivíduo ao 
ir almoçar num restaurante? 
• Recebendo o cardápio, a primeira coisa que ele olha 
são os preços. 
• A escolha de um determinado prato, digamos um filé, 
depende não só do preço do filé, mas também do preço 
das outras carnes, do preço das massas e outros. 
• Quanto maior for o preço do filé, menos o indivíduo 
estará propenso a pedir um. 
• Quanto menor for o preço dos outros pratos principais, 
como massas e carnes, menor o desejo ele terá de 
comer filé. 
• Isso ocorre porque o filé, as outras carnes e as massas 
são substitutos. 
 Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Teoria Elementar da Demanda 
• Dificilmente o consumidor pedirá um frango 
acompanhado de um peixe. 
• Existem acompanhamentos e complementos. Filé 
com fritas, com arroz, ou com fritas e arroz. 
• Caso o preço dos acompanhamentos seja alto, ele 
reduzirá sua vontade de pedir um filé. 
• Além dos preços, outra variável afeta essa escolha: a 
renda. Se o indivíduo não tiver dinheiro para pagar a 
conta, não irá pedir o filé com fritas. 
• O gosto do consumidor também determina a escolha. 
Mesmo que o preço do bife de fígado e seus 
acompanhamentos seja baixo, o indivíduo não pedirá, 
caso não suporte fígado. 
 
Economia
Profa. Simone Miraglia 
Teoria Elementar da Demanda 
Principais determinantes da demanda individual: 
 
 Preço do bem 
 
 Preços dos outros bens 
 
 Renda do consumidor 
 
 Gosto ou preferência do indivíduo 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Determinantes da Demanda Individual 
Matematicamente: 
Dx = f (Px, P1, P2 .... Pn-1, R, G) 
 
sendo: 
• Dx = a demanda do bem x; 
• Px = o preço do bem x; 
• P1 = o preço dos outros bens, i = 1,2, ... n-1; 
• R = renda; 
• G = preferências. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Teoria Elementar da Demanda 
• Para estudar a influência de cada fator sobre a 
demanda é necessário fazer uma simplificação, que 
é considerar cada efeito, cada variável, 
separadamente, fazendo a hipótese de que tudo o 
mais permaneça constante. 
 
• Esta hipótese é também conhecida como a cláusula 
do coeteris paribus. 
 
• Assim, considerando que a quantidade demandada 
depende apenas do preço do bem, teríamos que: 
 
Dx = f(Px) 
 
Tudo o mais 
permanecendo constante 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Relação entre quantidade demandada e 
preço do bem 
Dx = f (Px), tudo o mais permanecendo constante (cláusula 
coeteris paribus) 
• Relação inversa entre o preço do bem e a quantidade 
demandada. Quando o preço do bem, este fica mais 
barato em relação a seus concorrentes e dessa forma, os 
consumidores deverão aumentar seu desejo de comprá-lo. 
• De outra parte, quando o preço cai, o indivíduo fica mais 
rico em termos reais. 
• Quando o indivíduo fica mais rico, normalmente 
aumentam suas demandas. 
Px Dx 
 
Px Dx 
 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Curva de demanda 
• Curva de demanda: mostra a relação entre a demanda 
e o preço da mercadoria, ou seja, a relação entre o 
preço do bem e a quantidade desse bem que o 
consumidor está disposto a adquirir em certo período 
de tempo, tudo o mais permanecendo constante. 
 
 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Relação entre a demanda de um bem e o 
preço de outros bens 
• Dx = f (Px), tudo o mais permanecendo constante. 
• Para essa função não há uma relação geral: o aumento do 
preço do bem i poderá aumentar ou reduzir a demanda do 
bem x. A reação depende do tipo de relação existente entre 
os dois bens. 
• Neste caso, os bens podem ter entre si estabelecidas 
relações de substituição ou complementariedade. 
 
• a) Se o aumento do preço do bem i aumentar a demanda 
do bem x, os bens i e x serão chamados substitutos ou 
concorrentes. Exemplo do restaurante: o filé e as massas 
são bens substitutos. Outros: manteiga e margarina, trem e 
avião, café e chá. 
• Bens concorrentes são aqueles que guardam relação de 
substituição. Consome-se um ou outro. O consumo de um 
pode substituir o consumo do outro. Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Bens substitutos ou concorrentes 
O aumento do preço do bem i 
aumenta a demanda do bem x. 
Quando o preço do bem i aumenta, aumenta 
ao mesmo tempo o preço do bem x, a 
quantidade demandada deste bem aumenta. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Relação entre a demanda de um bem e o 
preço de outros bens 
• b) Se o aumento do preço do bem i ocasionar uma 
queda na demanda do bem x, serão chamados de 
bens complementares. Exemplos: pão e manteiga, 
caneta e tinta, etc. => Bens complementares são 
aqueles que, em geral, são consumidos 
conjuntamente. 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Bens complementares 
O deslocamento será apresentado em sentido oposto ao dos bens 
substitutos. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Relação entre a demanda por um bem e a 
renda do consumidor 
• Dx = f (Px), tudo o mais permanecendo constante. 
• Em geral, existe uma relação crescente e direta entre a 
renda e a demanda por um bem ou serviço. 
• Quando a renda cresce, a demanda do bem deve aumentar. 
O indivíduo ficando mais rico, vai desejar aumentar seu 
padrão de consumo e, portanto, demandar maiores 
quantidades de bens e serviços. 
• Bem Normal  Tipo de bem cuja quantidade demandada 
varia diretamente a variações na renda do consumidor, 
coeteris paribus. 
 
• Bem de Consumo Saciado  Dada uma variação na renda 
do consumidor, a quantidade demandada não se altera, 
coeteris paribus. 
 
• Bem Inferior  Tipo de bem cuja quantidade demandada 
varia inversamente a variações na renda do consumidor, 
coeteris paribus. 
Relação entre a demanda por um bem e a 
renda do consumidor 
• Bens inferiores => bens cuja demanda 
diminui quando a renda aumenta. 
Exemplo: a demanda por carne de 
segunda diminui quando o indivíduo 
aumenta seus ganhos, pois ele passará a 
demandar carne de primeira e não mais 
de segunda. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Bens normais (1), bens de consumo saciado 
(2) e bens inferiores (3) 
Relação entre a demanda de um bem e 
a renda do consumidor 
Deslocamento da curva de demanda, 
dado um aumento da renda do 
consumidor 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Relação entre a demanda por um bem e o 
gosto do consumidor 
Influência do gosto ou da preferência do consumidor 
sobre sua demanda. 
• Exemplo: se houver uma campanha publicitária 
incentivando a população a beber mais leite, 
mostrando o valor nutritivo do leite e os benefícios 
para a saúde. O que ocorrerá com a curva de 
demanda por leite? 
 
 
A curva de demanda se deslocará para a direita. 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Curva de demanda de mercado 
• Demanda de mercado = soma das demandas 
individuais. 
Quantidade Procurada 
 
 
Preço Consumidor 
 A 
Consumidor 
B 
Consumidor 
C 
Mercado 
2500 4 5 12 21 
2000 14 10 22 46 
1500 24 15 32 71 
1000 34 20 42 96 
500 44 25 52 121 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Teoria Elementar da Oferta 
• Oferta = a quantidade de um bem ou serviço que os 
produtores desejam vender por unidade de tempo. 
• Oferta = desejo, plano, aspiração. 
• Oferta = fluxo por unidade de tempo. 
 
 
• Obs.: Não confundir oferta com venda. 
 
Fatores dependentes da oferta 
• Preço: quanto maior for o preço do bem, mais 
interessante será produzi-lo e, portanto, a oferta é 
maior. 
 
 
Economia
Profa. Simone Miraglia 
Curva de oferta 
• Curva de oferta: relaciona a quantidade ofertada de 
um produto com seu preço. 
 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Fatores dependentes da oferta 
 Preço do bem 
 Preços dos fatores de produção 
 Preços dos demais bens produzidos 
 
• A oferta do bem x depende dos preços dos fatores de 
produção => o preço dos fatores, juntamente com a 
tecnologia empregada determinam o custo de produção => 
havendo aumento do preço do fator, aumentará o custo de 
produção. 
• Os bens em cuja produção se empregam grandes 
quantidades desse fator sofrerão aumentos de custos 
significativos, enquanto os que pouco o utilizam sofrerão 
menos. Exemplo: aumentando o preço da terra, teremos 
grande aumento no custo de produção de café, enquanto 
que em outros setores que aproveitam em menor 
intensidade o fator terra teremos aumentos menores de 
custos. 
• Outros exemplos? 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
 
• A mudança no preço do fator acarretará alterações 
na lucratividade relativa das produções, e isso 
ocasionará deslocamentos nas curvas de oferta das 
diferentes mercadorias. 
• Bens que se beneficiam da mudança tecnológica 
terão uma lucratividade aumentada, surgindo 
deslocamentos nas curvas de oferta de diversos 
bens e serviços. 
• A oferta de um bem pode ser alterada por mudança 
nos preços dos demais bens produzidos => se os 
preços dos demais bens subirem e o preço do bem x 
permanecer idêntico, sua produção tornar-se-á 
menos atraente em relação à produção dos outros 
bens, conseqüentemente diminuindo sua oferta => 
deslocamento da demanda para a esquerda. 
• Exemplos? 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Função Oferta 
Ox = f(Px, P1 ... P n-1, 1 , 2 , ... m, T), 
 
onde: 
 
• Ox = quantidade ofertada do bem x; 
• Px = o preço do bem x; 
• Pi = o preço do bem i, i = 1, 2 ... n-1; 
• j = o preço dos fatores de produção , j= 1, 2 ...m; 
• T = tecnologia. 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
O Equilíbrio de Mercado 
• O preço na economia de mercado é determinado tanto pela 
oferta quanto pela demanda. 
• A curva de demanda, que representa o desejo dos 
consumidores, é decrescente. A curva de oferta, crescente. 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
• E = intersecção das curvas, ponto de preço P0 e 
quantidade Q0. Ponto de coincidência de desejos: a 
quantidade que os consumidores desejam comprar é 
exatamente igual à quantidade que os produtores 
desejam vender. 
• Para qualquer preço superior a P0 a quantidade que 
os ofertantes desejam vender é maior que aquela 
que os consumidores desejam comprar = excesso de 
oferta => quanto > o preço > excesso de oferta. 
• Para qualquer preço inferior a P0 surgirá um excesso 
de demanda. Quanto < o preço > o excesso de 
demanda. 
• Não há compatibilidade de desejos quando os 
preços estão acima ou abaixo de P0. 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
• Conseqüências: 
I – quando existir excesso de demanda surgirão pressões 
para que os preços subam, pois: 
• a) os compradores, incapazes de comprar tudo o que 
desejam ao preço existente, dispõem-se a pagar mais; e 
• b) os vendedores vêem a escassez e percebem que podem 
elevar os preços sem queda em suas vendas. 
• Conseqüências: 
II – quando existir excesso de oferta surgirão pressões para 
os preços caírem, pois: 
• a) os vendedores percebem que não podem vender tudo o 
que desejam, seus estoques aumentam e, assim, passam a 
oferecer a preços menores; e 
• b) os compradores notam a fartura e passam a regatear no 
preço. 
• No ponto E (P0, Q0) não existem pressões para alterações 
nos preços. Nesse ponto os planos dos compradores são 
consistentes com o plano dos vendedores. Sendo o único 
nessas condições, E é o ponto de equilíbrio das curvas de 
oferta e demanda. 
• P0 = preço de equilíbrio; Q0 = quantidade de equilíbrio. 
Exercícios 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Bibliografia desta Aula 
 
• Diva Benevides Pinho e Marco Antonio 
S. de Vasconcellos. Manual de Economia. 
 São Paulo: Saraiva, 5a. edição (2006). 
ISBN85-02-04662-4. Capítulo 6. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Economia-Aula-3.pdf
 
Economia 
 
Aula 3 
 
Profa. Dra. Simone El Khouri Miraglia 
 
simone.miraglia@unifesp.br 
 
 
 
Conteúdo da Aula 3 
1. Mudanças do ponto de equilíbrio devido a 
deslocamentos das curvas de oferta e demanda 
2. Elasticidade-preço da demanda 
3. Elasticidade-preço da oferta 
4. Exercícios 
5. Bibliografia 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Mudanças do ponto de equilíbrio devido a 
deslocamentos das curvas de oferta e demanda (1/2) 
a) Aumento de renda real dos consumidores => a 
demanda do bem x, ao mesmo preço, será maior 
 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
=> Portanto, há um 
deslocamento da 
curva de demanda 
para a direita, para 
D’D’. 
=> Novo equilíbrio 
com preço e 
quantidade maiores. 
 
Mudanças do ponto de equilíbrio devido a 
deslocamentos das curvas de oferta e demanda (2/2) 
b) Os preços das matérias-primas do bem x se reduzem 
=> o preço de equilíbrio será menor e a quantidade 
maior. 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
=> Portanto, há um 
deslocamento da curva 
de oferta para a direita, 
para O’O’. 
=> Novo equilíbrio com 
preço menor e 
quantidade maior 
 
Elasticidade-preço da demanda 
• Mudanças nos preços dos bens, coeteris paribus, 
provocam mudanças nas quantidades demandadas. 
• Análise do grau em que a quantidade demandada 
responde a uma variação nos preços: 
 
A situação de equilíbrio é modificada por um aumento 
da oferta. A nova posição de equilíbrio vai depender 
da curva de demanda do referido bem. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Elasticidade-preço da demanda 
Em ambos os casos, as curvas O e O’ são as mesmas; 
Caso 1: grande aumento na quantidade de equilíbrio e pequena variação 
no preço; 
Caso 2: pequeno acréscimo na quantidade e grande redução no preço. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Elasticidade-preço da demanda 
• Suposição: o governo deseja aumentar o consumo de 
batatas e concede estímulo aos seus produtores. Estes 
reagem ao estímulo aumentando
a oferta (deslocamento 
da curva). Se o mercado de batatas for do tipo do caso 
1, o governo obterá bons resultados => haverá grande 
aumento do consumo e pequena redução dos preços. 
• O mesmo não ocorrerá no caso 2 => os resultados 
obtidos serão fracos nesta situação => o aumento na 
quantidade consumida será pequeno, apesar da grande 
redução nos preços. 
 
• Como se poderia medir essa sensibilidade da demanda 
a mudanças nos preços? Que medida utilizar? 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
• Elasticidade-preço da demanda: variação 
percentual de quantidade demandada do bem x, 
para cada unidade de variação percentual no preço 
do bem x. 
• e =  Qx 
 _____ 
  Px 
• Ou seja, a relação das porcentagens da variação da 
quantidade e do preço do bem x. 
• Variação percentual da quantidade: 
 Q/Q, onde  Q = Q2 – Q1 
• Variação percentual do preço: 
 P/P, onde  P = P2 – P1 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
• Situação inicial: o preço do bem x é P1 e a 
quantidade demandada é Q1. No segundo momento, 
o preço mudou para P2 em que P2 > P1. Logicamente 
a quantidade demandada passa a ser Q2 < Q1. 
 
 A declividade da 
curva de demanda é 
sempre negativa. 
 
A elasticidade-preço 
da demanda 
também é negativa. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Exemplo 
• Elasticidade entre os pontos A e B 
• Dada a seguinte curva de demanda: 
• QD = 10 – 2P 
onde QD é a quantidade demandada e P é o preço. 
Dados P1 = 2 e P2 = 4, teremos: 
• Ponto A => P1 = 2 => Q1 = 6 
• Ponto B => P2 = 4 => Q2 = 2 
 Q = Q2 – Q1 = 2 – 6 = - 4 
 P = P2 – P1 = 4 – 2 = 2 
e =  Q/  P = -4/2 = - 2 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Definições 
• Em valor absoluto, a elasticidade varia entre zero e infinito. 
Desse modo, dividem-se as demandas de bens em três 
categorias no que se refere à elasticidade-preço da 
demanda: 
• I – demanda inelástica, quando e > - 1 ou |e| < 1 
 => a variação percentual da quantidade demandada é 
menor que a variação percentual dos preços; 
• II – demanda de elasticidade unitária, quando e = - 1 ou |e| 
= 1 
 => ocorre igualdade entre essas variações percentuais; 
• III – demanda elástica, quando e < - 1 ou |e| > 1 
 => inverso do caso I => variação percentual da quantidade 
demandada é maior que a variação percentual de preços. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Extremo do Caso I: demanda inelástica = elasticidade é 0 
=> qualquer variação nos preços não provocará variação 
na quantidade demandada. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Extremo do Caso III: demanda elástica = elasticidade 
tende ao infinito => a quantidade demandada pode 
variar sem que haja modificação no preço. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Fatores que influenciam a elasticidade-preço 
da demanda (1/2) 
• Existem muitos fatores que determinam o valor da 
elasticidade de um bem. É muito difícil a priori afirmar 
que um bem tenha demanda elástica ou inelástica. 
• Existem certos elementos que podem explicar ou 
influenciar a elasticidade: 
I – A existência de bens substitutos: quanto melhores 
substitutos tiver o bem, maior deverá ser sua 
elasticidade. Exemplo: se o preço da Coca-cola 
aumentar, o indivíduo poderá passar a beber guaraná 
ou outro refrigerante => com pequeno aumento no 
preço haverá grande redução na quantidade 
demandada. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Fatores que influenciam a elasticidade-preço 
da demanda (2/2) 
II – O peso do bem no orçamento: se for pouco 
substituível quanto menor seu peso no orçamento, 
menor será sua elasticidade. Exemplo: cafezinho, sal 
de cozinha. 
III – Essencialidade do bem: quanto mais essencial for 
o bem, menor deverá ser sua elasticidade-preço. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Elasticidade-preço da oferta do bem x 
• Elasticidade-preço da oferta do bem x = variação 
percentual na quantidade ofertada do bem x para 
cada unidade de variação percentual no preço do 
bem x. 
 
• Ao contrário da elasticidade da demanda, a 
elasticidade-preço da oferta é positiva, pois as 
variações de preço e quantidade são no mesmo 
sentido => se aumentar o preço, aumenta a 
quantidade oferecida. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Casos Particulares 
I – Elasticidade-preço da oferta zero: a 
qualquer preço a quantidade ofertada será a 
mesma. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Casos Particulares 
II – Elasticidade-preço da oferta infinita: a 
curva de oferta será horizontal. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Algumas aplicações da teoria de mercado 
Aplicações importantes da teoria de mercado podem ser 
notadas diariamente: 
 
• Fixação de preços mínimos 
• Controle de preços e racionamento 
• Lançamento de imposto sobre as vendas 
 
– Por exemplo, se a oferta de um bem aumentar, 
coeteris paribus, o preço de equilíbrio deve cair. 
 
– A teoria de preços desenvolvida, apesar de elementar, 
é muito poderosa em sua aplicação a uma série de 
situações concretas. 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Fixação de preços mínimos 
 Quando o governo garante preços mínimos, 
pretensamente justos, visando proteger os 
produtores de flutuações de mercado. 
 
 
 2 casos devem ser considerados: 
 
 preço de equilíbrio superior ao preço mínimo 
 
 preço de equilíbrio inferior ao preço mínimo 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
 Garantias de preços mínimos 
 Preço de equilíbrio superior ao preço mínimo 
 Como o preço mínimo é inferior ao preço de 
mercado, ninguém vai usar essa garantia, pois é 
melhor para o produtor vender diretamente ao 
mercado, no qual recebe P0, do que recorrer às 
autoridades e ganhar PM por unidade. 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Garantias de preços mínimos 
• Preço de equilíbrio inferior ao preço mínimo 
 Como o preço mínimo é superior ao preço de 
mercado, haverá excesso de oferta, pois os 
produtores preferirão vender ao preço PM do 
que ao preço P0, pois PM>P0. Nesse caso, o 
excesso de oferta será a diferença QS – QD. 
 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia
Neste caso, o governo pode intervir no mercado de duas 
formas: 
 a) programa de compras – o governo compra o 
excedente ao preço PM (a curva de demanda se 
desloca para a direita). 
 
 
 
Garantias de preços mínimos 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
 
 b) programa de subsídios – o governo permite que 
os preços caiam, mas, para manter a receita dos 
produtores, paga-lhes um subsídio, exatamente igual à 
diferença entre o preço mínimo e o preço de mercado. 
 
 
 
Garantias de preços mínimos 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Controle de preços e racionamento 
 
• A política de preços mínimos visa defender o 
produtor. Já a política de controle de preços tem 
por objetivo defender o consumidor, pois nesses 
casos o governo fixa um preço máximo pelo qual a 
mercadoria poderá ser vendida. 
 
• Este preço deve ser, portanto, inferior ao preço de 
equilíbrio, o que ocasionará necessariamente um 
excesso de demanda. Como os preços não podem 
subir, serão necessários outros mecanismos para 
distribuir a quantidade ofertada entre os 
demandantes. 
 Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Controle de preços e racionamento 
Formas de resolver o 
problema do excesso de 
demanda: 
I) Filas: o primeiros são 
contemplados 
II) Vendas por “debaixo 
do pano” 
III) Mercado negro (que 
surge quando as 
autoridades não dispõem 
de meios adequados para 
fiscalizar as vendas) 
IV) Racionamento 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Lançamento de imposto sobre as vendas 
Imposto específico 
• O imposto específico é aquele que recai sobre a 
unidade vendida. 
• Sua primeira repercussão é o deslocamento da 
curva de oferta para a esquerda, sendo que a distância 
vertical do deslocamento é igual ao valor do imposto. 
• Sendo P o preço de mercado e I o valor do imposto, 
o preço recebido pelo produtor será: 
P’ = P – I 
• Logo, haverá um aumento do preço de mercado e 
uma diminuição da quantidade de equilíbrio. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Lançamento de imposto sobre as vendas 
 
Imposto específico 
 
Parcela do imposto paga 
pelo consumidor: 
∆P = P1 – P0 
 
Parcela do imposto paga 
pelo produtor: 
∆P’ = P0 – P’ 
 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Lançamento de imposto sobre as vendas 
Imposto ad valorem 
 
• O imposto ad valorem é aquele que incidirá 
sobre o valor das vendas. É, portanto, uma 
porcentagem da receita total do produtor. 
 
• Logo, o preço efetivamente recebido pelo 
produtor é uma parcela do preço de mercado. 
 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Lançamento de imposto sobre as vendas 
 
Imposto ad valorem 
Parcela do imposto paga 
pelo consumidor: 
∆P = P’ – P0 
 
Parcela do imposto paga 
pelo produtor: 
∆P’ = P0 – P’ 
 
 Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Exercícios 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Bibliografia 
• Manual de Economia – Capítulo 6 
• Organizadores: Diva Benevides Pinho e 
Marco Antonio S. de Vasconcelos 
• Editora Saraiva 
• 5a. Edição, 2005. 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Economia-Aula-4.pdf
 
Economia 
 
Aula 4 
 
Profa. Dra. Simone El Khouri Miraglia 
 
simone.miraglia@unifesp.br 
 
 
 
Conteúdo da Aula 4: 
Teoria do Consumidor 
1. A Teoria da Utilidade: Utilidade Total e Utilidade 
Marginal 
2. A Curva da Demanda Individual e o Equilíbrio do 
Consumidor 
3. O Excedente do Consumidor 
4. Exercícios 
5. Bibliografia 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
A Teoria da Utilidade 
 Como a demanda fundamenta-se no comportamento dos 
consumidores? 
 
a) ela serve de guia para a elaboração e interpretação de 
pesquisas de mercado, principalmente as relacionadas 
com o lançamento de um novo produto cuja demanda 
potencial é ainda desconhecida; 
b) ela fornece métodos para comparar a eficácia de 
diferentes políticas de incentivo ao consumidor; 
c) ela fornece alguns elementos necessários à avaliação da 
eficiência dos sistemas econômicos. 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Teoria da Utilidade 
Por quê as pessoas demandam mercadorias? 
 
Porque seu consumo lhes traz algum tipo de prazer 
ou satisfação. 
 
 A utilidade é, portanto, uma medida comumente 
utilizada que tem por objetivo quantificar a satisfação 
do consumidor, ou ao menos aproximar-se disso. 
 
 
Suposição: o prazer e a satisfação podem ser medidos 
através da medida “utilidade”. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Exemplo: consumo de uma barra de chocolate 
• Suponhamos uma criança que não consumia nada de 
chocolate; 
• Se passarmos a dar uma barra de chocolate por semana a 
essa criança, essa barra de chocolate provavelmente trará uma 
satisfação muito grande a essa criança, gerando assim uma 
utilidade relativamente alta; 
• O que acontecerá se depois disso, passarmos a dar duas 
barras de chocolate por semana a essa criança? 
• Essas serão bem recebidas por essa criança mas 
provavelmente não com o mesmo entusiasmo com que foi 
recebida a primeira; 
• Uma terceira barra será recebida com entusiasmo ainda menor; 
• Se formos aumentando o número de barras de chocolate, 
chegaremos ao ponto em que uma barra adicional de 
chocolate representará um benefício tão pequeno que para ela 
será quase indiferente receber ou não essa barra adicional. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
• A utilidade total derivada do consumo de chocolate 
cresce à medida que aumentamos o número de 
barras por semana. 
• Entretanto, o valor acrescentado à utilidade total pela 
última barra de chocolate consumida é tão menor 
quanto maior for o total consumido de barras de 
chocolate. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Variação da utilidade total de acordo com o 
consumo 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Utilidade Total 
• A utilidade total derivada do consumo de 
determinado bem cresce à medida que elevamos a 
quantidade consumida desse bem. 
• Mas esses acréscimos ocorrem a taxas 
decrescentes:
quanto mais temos de um bem, 
menos utilidade uma unidade a mais desse bem nos 
acrescerá na utilidade total. 
 
Utilidade Marginal 
 
• Utilidade marginal => a utilidade que a última 
unidade consumida acrescenta à utilidade total. 
ou 
• A utilidade marginal do consumo de determinada 
mercadoria é o acréscimo à utilidade total decorrente 
do consumo de uma unidade adicional dessa 
mercadoria. 
• Na figura anterior, a utilidade marginal é 
representada pela área escura em cada coluna. 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Utilidade Marginal 
 
• No nosso exemplo, a utilidade marginal do chocolate 
diminui à medida que aumenta o seu consumo. 
Comportamento semelhante deve ser esperado para 
a utilidade marginal de qualquer mercadoria. 
• À medida que o consumo de uma mercadoria por 
parte de uma pessoa aumenta, o prazer decorrente 
de uma unidade adicional, isto é, a utilidade marginal 
dessa mercadoria diminui. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Variação da utilidade marginal conforme a 
quantidade consumida 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Lei da utilidade marginal decrescente 
• Lei da utilidade marginal decrescente => à 
medida que aumenta o consumo de 
determinada mercadoria, a utilidade marginal 
dessa mercadoria diminui. 
• Utilidade total do consumo da 1a. barra = 
Utilidade marginal da1a. barra; 
• Utilidade total do consumo da 2a. barra = soma 
da utilidade marginal da 1a. e 2a. barras; 
• Utilidade total do consumo da 3a. barra = soma 
da utilidade marginal das 1a., 2a. e 3a. barras. 
 
 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Utilidade total e utilidade marginal 
 Dessa forma, podemos concluir que a utilidade 
total de se consumir certa quantidade de um bem é 
igual a soma das utilidades marginais de cada 
unidade consumida desse bem, ou seja: 
 



n
i
iUMgnU
1
)()(
onde U(n) é a utilidade total do consumo de n 
unidades e Umg(i) é a utilidade marginal da i-ésima 
unidade consumida. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
• Qual a utilidade total do consumo de três barras de 
chocolate por semana? 
 
• Somar o valor das três primeiras barras do gráfico da 
utilidade marginal. 
• Aumentar a precisão => o consumo de chocolate 
pode variar de grama em grama. 
 
• As colunas dos gráficos ficarão pequenas podendo 
ser substituídos por gráficos de linha. 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Relação entre utilidade total e o consumo de 
uma mercadoria 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
 Utilidade marginal e o consumo de 
chocolate 
A área sob a curva de utilidade marginal indica a utilidade total do consumo. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Curva de demanda individual e o equilíbrio 
do consumidor 
• Falamos de utilidade total e utilidade marginal sem 
definirmos uma medida; 
• Uma pessoa valoriza mais aquilo que lhe traz mais 
utilidade, ou, ela está disposta a pagar mais por algo 
que tenha utilidade maior para ela. 
• Definição de medida de utilidade do consumo de 
qualquer mercadoria: o máximo que a pessoa está 
disposta a pagar por esse consumo. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Exemplo da criança e as barras de chocolate: 
• A primeira barra de chocolate acrescenta mais utilidade que 
todas as outras barras individualmente, então, a criança está 
disposta a pagar um preço maior por essa barra => R$ 4,00. 
• Como a segunda barra de chocolate é a que acrescenta, depois 
da primeira, a maior utilidade à utilidade total, então o preço que 
a criança está disposta a pagar pela segunda barra deve ser 
menor que o da primeira e maior do que a terceira => R$ 3,00. 
• Do mesmo modo, o preço máximo que a criança está disposta a 
pagar pela terceira barra é menor do que a segunda e maior do 
que a quarta e assim por diante. 
 
• Preço marginal de reserva = preço máximo que o consumidor 
está disposto a pagar por unidade adicional da mercadoria. 
 
• O preço marginal de reserva é uma medida da utilidade 
marginal. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Preço marginal de reserva e quantidade 
consumida 
As barras mais à direita são menores em decorrência da lei da utilidade marginal 
decrescente. Se o preço efetivo da barra de chocolate for igual a R$ 1,50, a 
criança consumira três barras e o excedente do consumidor será dado pela área 
em cinza-escuro. 
• O fato de o preço marginal de reserva ser decrescente 
decorre da lei da utilidade marginal decrescente. 
• Imaginemos que a barra de chocolate seja vendida pelo preço 
de R$ 1,50 = preço efetivo ou preço de mercado. 
• A criança com certeza comprará a primeira barra, pois o preço 
máximo que está disposta a pagar pela primeira barra (R$ 
4,00) é superior ao seu preço efetivo. 
• Por uma segunda e por uma terceira barra a criança pagaria 
até R$ 3,00 e R$ 2,00, respectivamente => por isso ela 
compraria também estas duas barras. 
• Por uma quarta barra, entretanto, a criança só estaria disposta 
a pagar R$ 1,00. Como esse preço é inferior ao preço efetivo 
da barra de chocolate (R$ 1,50), a criança não comprará a 
quarta barra. 
 
• Ela comprará todas as barras de chocolate que tiverem seu 
preço marginal de reserva superior ou igual ao preço efetivo 
da barra de chocolate. 
 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Preço marginal de reserva e quantidade 
consumida 
Se o preço for Po, a quantidade consumida será qo, ou seja, a quantidade que 
iguala o preço existente ao preço marginal de reserva. A curva representada no 
gráfico é, portanto, a curva de demanda do consumidor. 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Curva de demanda do consumidor 
• Curva de demanda do consumidor: curva que relaciona 
preço e quantidade adquirida pelo consumidor. 
• Se preço marginal de reserva > preço de mercado => o 
consumidor poderá comprar unidades adicionais de 
mercadoria por um preço < da disposição a pagar => 
aumenta o consumo. 
• Se preço marginal de reserva < preço de mercado => o 
consumidor está pagando + do que o máximo da 
disposição a pagar => diminui o consumo. 
 
• Quando o preço marginal de reserva for exatamente igual 
ao preço de mercado, então o consumidor não terá 
incentivo nem para aumentar nem para diminuir o seu 
consumo. 
 
Economia 
Profa. Simone Miraglia 
Equilíbrio do Consumidor 
• Equilíbrio do consumidor: ocorre quando a 
quantidade

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