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Tópicos Introdutórios à Microeconomia - Economia para Engenharia

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Introdução à 
Microeconomia 
Disciplina: Economia 
para Engenharia
Prof. Dr. Eduardo Aquino Hübler eduardo.hubler@ifsc.edu.br
Contexto Ambiental em que se dá o 
Processo Decisório nas Organizações 
Organizações
Contexto 
Microeconômico
Contexto 
Macroeconômico
Análise de Conjuntura: uma 
abordagem macroeconômica 
Política 
Fiscal
Política 
Monetária
Política 
Cambial
Política 
Comercial
Mercado de bens e serviços: uma 
abordagem microeconômica 
Mercado (market): espaço onde a oferta e a demanda transacionam 
bens e serviços...
Marketplace: modelo de negócio que consiste em uma plataforma virtual
na qual diferentes lojas (e/ou pessoas) podem vender seus produtos
Oferta Demanda
Competição Necessidade
Colaboração
Segundo setor 
da Economia: 
espaço de ação 
das sociedades 
empresarias e 
empresas 
individuais. 
Notadamente 
competitivo
Terceiro setor 
da Economia: 
espaço de ação 
das 
Associações e 
Cooperativas 
(também 
conhecidas por 
ONG’s). 
Notadamente 
colaborativo
ConsumidoresFornecedores
Inovação
Conceitos Fundamentais da 
Microeconomia
A Microeconomia, ou Teoria dos Preços, analisa a formação de preços
no mercado, sendo que o preço de mercado é determinado pelo
equilíbrio entre as forças de demanda e de oferta.
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2019)
Ou seja, como a empresa (oferta) e o consumidor (demanda) interagem
e decidem qual o preço e a quantidade de determinado bem ou serviço
em mercados específicos.
Os fundamentos da Microeconomia estão
alicerçados no conceito subjetivo de Utilidade,
que representa o grau de satisfação que os
consumidores atribuem aos bens e serviços que
podem adquirir no mercado
LEMBRE-SE
A 
Macroeconomia
envolve o 
comportamento da 
Economia como 
um todo, com base 
em variáveis 
amplas como 
consumo agregado, 
renda nacional e 
investimentos 
globais...
Assim, a Microeconomia adota uma visão mais
restrita, com ênfase no comportamento do consumidor,
da produção, dos custos, das estruturas de mercado e
da repartição da renda entre fatores de produção.
Conceitos Fundamentais da 
Microeconomia
A Microeconomia, ou Teoria dos Preços, preocupa-se, em mercados
específicos, com o funcionamento da oferta (o conjunto de empresas
que produzem bens e serviços) e da demanda (conjunto de
consumidores de bens e serviços) para:
➢ Formação de preços de bens e serviços: como, por exemplo, da
soja, dos automóveis...
➢ Formação de fatores de produção: como, por exemplo, salários,
aluguéis, lucros...
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2019)
Conceitos Fundamentais da Microeconomia: 
o que são Bens e Serviços?
• Bens: é tudo aquilo que tem uma utilidade e que pode satisfazer uma
necessidade, caracterizado por se tangível, estocável e transportável
• Serviços: distinguem-se dos bens por serem intangíveis, não
estocáveis, não transportáveis e cujo consumo é simultâneo à sua
produção, logo, apresentando variabilidade em sua oferta
Pode ser classificados em:
✓ Bens de produção
✓ Bens de capital
✓ Bens de consumo
Distinção 
baseada na 
durabilidade 
e 
tangibilidade 
dos produtos
Conceitos Fundamentais da Microeconomia: 
Os Tipos de Bens
✓Bens de produção
Os bens de produção são bens primários, geralmente associados à matéria-
prima (as comodities) ou à energia necessária para a produção de outros
bens.
São provenientes das indústrias de base (indústrias pesadas ou extrativas) e
destinados a outras indústrias (intermediárias ou leves).
Ex: produtos agropecuários, naturais, siderúrgicos e petroquímicos.
✓Bens de capital
São bens de longa duração que possibilitam o desenvolvimento ou
gerenciamento do produto acabado. Estão divididos em dois grupos:
Instalações e Equipamentos.
Ex.: Instalações (imóveis, fabricas e escritórios e seus itens acessórios como
elevadores, geradores etc) e Equipamentos (máquinas, ferramentas, motores,
softwares)
Fonte: Kotler e Keller (2006)
Conceitos Fundamentais da Microeconomia: 
Os Tipos de Bens
✓Bens de consumo
Os bens de consumo são bens finais, diretos, que completaram o ciclo de
produção e são efetivamente utilizados pelos indivíduos e pelas famílias. Ou
seja, são produtos finais vendidos diretamente ao consumidor.
Podem ser:
Duráveis: são bens tangíveis normalmente usados durante
determinado período.
Ex.: carros, celulares, eletrodomésticos
Não duráveis: bens tangíveis normalmente consumidos imediatamente
ou em uma única vez.
Ex.: alimentos, bebidas, higiene pessoal
Semiduráveis: bens tangíveis normalmente que vão se desgastando aos
poucos com seu consumo.
Ex.: roupas, calçados
Fonte: Kotler e Keller (2006)
Os Fatores de Produção consistem no conjunto de elementos
indispensáveis a um processo produtivo, seja ele de um bem ou
serviço.
Tradicionalmente, os economistas identificaram três fatores
essenciais para a produção de um bem ou serviço: a terra, o
trabalho e o capital.
❖ Terra
O elemento terra inclui não apenas as áreas para cultivo ou
construção, mas todos os recursos naturais que estão acima e abaixo
dela. O conceito engloba, portanto, florestas, minas, água, ar e
energia.
Conceitos Fundamentais da Microeconomia: 
o que são Fatores de Produção?
Fonte: Dicionário Financeiro (2019)
❖ Trabalho
O fator trabalho inclui tanto as horas de trabalho empregadas na
produção como também o conhecimento, a técnica e as capacidades
daqueles que participam do processo.
Esse elemento também costuma chamado de recursos humanos.
❖ Capital
O elemento capital se refere ao conjunto de elementos materiais que
apoiam a produção, como as máquinas industriais, equipamentos de
informática e de telecomunicações, meios de transporte e instalações,
entre outros.
Em suma, o capital equivale aos bens voltados à produção.
Conceitos Fundamentais da Microeconomia: 
o que são Fatores de Produção?
Fonte: Dicionário Financeiro (2019)
Novas teorias econômicas foram, posteriormente, acrescentando
elementos a esta divisão. Sua adoção, porém, não é consensual e
depende do modelo de análise empregado. São eles:
➢ Capacidade empresarial;
➢ Capacidade tecnológica
Um dos fatores de produção acrescentados à divisão clássica é
a capacidade empresarial, por vezes chamada
de Empreendedorismo.
Esse fator se refere à organização da produção, ou seja, à ação de
reunir e combinar os outros fatores de produção, assumindo os riscos
do processo.
Fonte: Dicionário Financeiro (2019)
Conceitos Fundamentais da Microeconomia: 
o que são Fatores de Produção?
Outro fator acrescentado à divisão clássica é a capacidade
tecnológica.
Ela engloba três categorias: invenção, inovação e operação.
✓ Invenção é a capacidade de pesquisa e desenvolvimento;
✓ Inovação é a capacidade de aplicação da tecnologia no processo
produtivo;
✓ Operação se refere à capacidade para pôr em curso as atividades
inerentes ao processo produtivo.
Todo processo produtivo envolve Processos (fluxo do produto) e
Operações (fluxo do trabalho)
Fonte: Dicionário Financeiro (2019); Shingo (2003)
Conceitos Fundamentais da Microeconomia: 
o que são Fatores de Produção?
Os Fatores de Produção podem ser definidos como fixos ou
variáveis, conforme o período de tempo que está sendo analisado
(curto ou longo prazo)
Fatores de produção variáveis: são aqueles cujas quantidades
utilizadas variam quando o volume de produção se altera.
Ex.: mão de obra e matérias-primas
Fatores de produção fixos: são aqueles cujas quantidades não
mudam quando a quantidade do produto varia.
Ex.: no curto prazo, instalações e base tecnológica
Conceitos Fundamentais da Microeconomia: 
o que são Fatores de Produção?
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2019)
A principal característica dos fatores de produção é a ESCASSEZ,
ou seja, serem finitos.
O fator trabalho, por exemplo, depende do tamanho da população
economicamente ativa (PEA) de uma determinada região.
A mesma lógica se aplica aos recursos naturais e aos bens de
produção.
É a escassez dos fatores de produção que limitaa capacidade de se
atender totalmente os desejos dos consumidores (que a teoria
econômica classifica como infinitos).
Fonte: Dicionário Financeiro (2019)
Conceitos Fundamentais da Microeconomia: 
características dos Fatores de Produção
Essa escassez, apontada como a principal razão para o
desenvolvimento dos estudos de economia, aumenta a importância da
tomada de decisões pela sociedade sobre como os fatores que estão
disponíveis devem ser empregados.
Ou seja, sobre o que deve e o que não deve ser produzido.
Fonte: Dicionário Financeiro (2019)
Conceitos Fundamentais da Microeconomia: 
características dos Fatores de Produção
Conceitos Fundamentais da 
Microeconomia
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2019)
A Teoria Microeconômica consiste no seguintes tópicos:
I. Análise da demanda
II. Análise da oferta
III. Análise das estruturas de mercado
Conceitos Fundamentais da 
Microeconomia
Fonte: Mello/FGV (2019)
Curva da Demanda (DD)
Produto 
substituto ou
Concorrência
Quantidade (Q)
Preço 
unitário 
(P)
Moda ou 
modismo
A curva de 
demanda (DD) 
mostra a 
quantidade que os 
consumidores 
desejam (e 
podem!) comprar 
a cada preço P, 
considerando que 
tudo o mais 
permaneça 
constante (ceteris
paribus). A inclinação negativa de DD reflete 
a lei da demanda, que estabelece 
que preços e quantidades se 
movam em direções opostas
Conceitos Fundamentais da 
Microeconomia
Fonte: Mello/FGV (2019)
Curva da Oferta (SS)
Produto 
substituto ou
Concorrência
Quantidade (Q)
Preço 
unitário 
(P)
Moda ou 
modismo
A curva de 
oferta (SS) 
mostra o 
relacionamento 
entre a quantidade 
do bem que os 
produtores estão 
dispostos a ofertar 
durante 
determinado 
período e o preço 
de mercado, 
considerando que 
tudo o mais 
permaneça 
constante (ceteris
paribus).
A inclinação positiva da curva de 
oferta indica que, quanto maior é o 
preço, maior é a quantidade 
oferecida
Conceitos Fundamentais da 
Microeconomia
Fonte: Mello/FGV (2019)
Preço 
unitário 
(P)
O equilíbrio de 
mercado é 
representado pelo 
ponto E, em que 
as curvas de 
demanda e oferta 
se interceptam.
Equilíbrio de Mercado
Quantidade (Q)
Conceitos Fundamentais da 
Microeconomia
Fonte: Mello/FGV (2019)
Excessos de Oferta e Demanda
Preço 
unitário 
(P)
Quantidade (Q)
A reta MN representa o excesso de demanda, 
que provoca uma pressão altista sobre os 
preços.
A reta AB representa o excesso 
de oferta, que provoca uma 
pressão baixista de preços.
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2019)
a. Concorrência perfeita: tipo de mercado em que há grande
quantidade de vendedores (empresas), de tal sorte que uma empresa,
isoladamente, não afeta a oferta de mercado ne, consequentemente, o
preço de equilíbrio
b. Concorrência imperfeita ou monopolística: estrutura
de mercado intermediária entre a concorrência perfeita e o monopólio,
mas que não se confunde com o oligopólio pelo:
✓ número relativamente grande de empresa com certo poder concorrencial,
mas que atuam em segmentos de mercado específicos e com produtos
diferenciados;
✓ além de ter limitada margem de manobra para fixação de preços, em
virtude da existência de produtos substitutos no mercado
Conceitos Fundamentais da 
Microeconomia: estruturas do mercado de 
bens e serviços
Conceitos Fundamentais da 
Microeconomia: estruturas do mercado de 
bens e serviços
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2019)
c. Monopólio: estrutura de mercado onde há uma única empresa
(vendedor) dominando inteiramente a oferta, de um lado, e todos os
consumidores, de outro. Não há, portanto, concorrência, nem produtos
substitutos ou concorrentes.
Entre as barreiras de entrada nesse tipo de estrutura estão:
✓ Monopólio puro ou natural: quando o mercado, por suas características
próprias, exige elevado volume de capital
✓ Patentes: quando a empresa detém a tecnologia para produzir algo
✓ Controle de matérias-primas básicas
d. Oligopólio: tipo de estrutura onde há um pequeno número de
empresas que dominam a oferta de mercado
➢ O setor produtivo brasileiro é altamente oligopolizado
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2019)
a. Concorrência perfeita: tipo de mercado cuja oferta do fator de
produção é abundante, tornando o seu preço constante
b. Monopsônio: tipo de mercado onde há somente um comprador
para muitos vendedores dos insumos
c. Oligopsônio: tipo de mercado onde há poucos compradores que
negociam com muitos vendedores
Conceitos Fundamentais da 
Microeconomia: estruturas do mercado de 
Fatores de Produção
Conceitos Fundamentais da 
Microeconomia
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2019)
Central em Microeconomia é o conceito de Custos de Oportunidade,
que são aqueles custos implícitos, relativos a insumos que não
representam desembolso monetário.
Dada externalidade é positiva quando uma
unidade econômica gera benefícios sem
cobrar por isso e;
a externalidade é negativa quando cria custos
sem pagar por isso
A noção de Externalidade também é importante por abordar o custo
para sociedade decorrente da produção das empresas.
Conceitos Fundamentais da 
Microeconomia
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2019)
A receita total (RT) do vendedor, que equivale ao gasto total dos
consumidores, é dada pela quantidade vendida (Q) vezes o seu
preço unitário de venda (P)
Dada uma variação no preço dos produtos, ocorrerá uma resposta
por parte dos consumidores. A isso denomina-se elasticidade-preço
da demanda e podem ocorrer as seguintes possibilidades:
❖ Demanda elástica: redução no preço repercute em aumento da
receita total, pois o aumento % da quantidade vendida é maior que
a redução % do preço
RT = P x Q
❖ Demanda inelástica: aumento de preço aumenta a
receita total e redução de preços provoca
diminuição da receita total
Conceitos 
Fundamentais de 
Microeconomia:
Analisando Setores e 
Empresas 
Prof. Dr. Eduardo Aquino Hübler eduardo.hubler@ifsc.edu.br
Análise Estrutural de Indústrias: as 5 
Forças Competitivas de Porter
Conceitos Fundamentais da 
Microeconomia: produtos substitutos
12 itens que o Smartphone substituiu
Conceitos Fundamentais da 
Microeconomia: novos entrantes
As Estratégias Genéricas de Porter
Liderança Geral de Custos
Através dessa estratégia, que visa o baixo custo produtivo, a redução e
controle total de custos, proporciona uma postura defensiva ante as cinco
forças competitivas de diversas formas.
Diferenciação
Com a diferenciação, a empresa se preocupa menos com os custos e tenta
ser vista no setor como tendo algo de singular a oferecer. Em contrapartida
à liderança em custos, onde só existirá um grande líder no setor, nessa
estratégia pode haver muitos diferenciadores em um mesmo setor, cada um
deles enfatizando um atributo diferente dos de seus rivais.
As Organizações que optam pela estratégia de diferenciação precisam,
necessariamente, investir mais em pesquisa do que os líderes em custos,
além de possuírem melhores projetos de produtos.
Ainda, na maioria das vezes é necessário a utilização em seus produtos
matéria-prima mais cara e de melhor qualidade, bem como aplicar maior
investimento no serviço ao cliente.
As Estratégias Genéricas de Porter
Enfoque (Foco)
Pode ser entendida como a estratégia que direciona seus esforços para um 
nicho bem mais específico de atuação, oferecendo produtos e serviços 
estritamente destinados àqueles clientes inclusos em seu nicho de atuação, 
não buscando atingir outros nichos, mas sim se especializar e comprovar 
sua superioridade em fornecimento frente a outras empresas optantes por 
estratégias de custos e diferenciação.
A Curva U do desempenho 
superior
Retorno do 
Investimento
Participação de Mercado
Diferenciação Liderança de 
Custo
Flexibilidade
Ênfase no 
produto
Produtos 
padronizados
Ênfase no 
processo
O posicionamento de mercado: 
Estratégias Genéricas de Porter
A
lv
o
 e
s
tr
e
it
o
A
lv
o
 a
m
p
lo
A
m
p
lit
u
d
e
 d
o
 s
e
g
m
e
n
to
-a
lv
o
DiferenciaçãoBaixocusto
Vantagem Competitiva
Diferenciação
Foco em
Diferenciação
Foco em
baixo custo
Liderança
em custo
O posicionamento de mercado: 
Estratégias Genéricas de Porter
Analisando empresas:
a Matriz SWOT
Analisando empresas:
a Matriz SWOT
Analisando Empresas:
a Metodologia CANVAS
O Business Model Generation, ou simplesmente Canvas, é
uma metodologia criada em meados dos anos 2000 pelo Suíço Alex
Osterwalder em sua tese de doutorado na prestigiada HEC Lausanne, com
colaborações de Yves Pigneur.
O Canvas é um esquema visual que possibilita as pessoas co-criarem
modelos de negócios analisando nove elementos que toda empresa
ou organização possuem.
São eles:
✓ Proposta de valor
✓ Segmentos de clientes
✓ Relacionamento com clientes
✓ Parcerias chaves
✓ Atividades chaves
✓ Recursos chaves
✓ Canais de distribuição
✓ Estrutura de custos
✓ Fluxo de receitas.
Ideia
Modelo 
de 
Negócio
Plano 
de 
Negócio
Analisando Empresas:
a Metodologia CANVAS
“Um modelo de negócios 
descreve a lógica de criação, 
entrega e captura de valor por 
parte de uma organização”
Parcerias
Principais
Atividades-
chave
Recursos
Principais
Proposta 
de Valor
Relação 
com 
clientes
Segmentos 
de clientes
Canais
de distribuição
Estrutura de custo Fontes de receita
12
3
4
5
6
78
9
Analisando Empresas:
a Metodologia CANVAS
Lado esquerdo do cérebro
LÓGICA
Ênfase: Eficiência
Lado direito do cérebro
EMOÇÃO
Ênfase: Valor 
Analisando Empresas:
a Metodologia CANVAS
Análise de Empresas:
Abordagem fundamentalista 
(Suno, 2019)
Análise de Empresas:
abordagem fundamentalista 
(Clube do Valor, 2019)
Análise de Empresas:
abordagem fundamentalista 
(Clube do Valor, 2019)
Decisões de Investimento
Como estabelecer o valor econômico de empresas
Identificar aquele que seria o valor justo de determinados ativos (no nosso caso
específico, ações de empresa) cotados no Mercado de Capitais é o foco de todo
investidor que se orienta pela Análise Fundamentalista para suas decisões
de investimento.
Para tanto, são adotadas diferentes técnicas que constituem a abordagem analítica de
valoração econômica de ativos denominada Valuation.
O Valuation envolve diferentes métodos de valoração, agrupados em dois
encaminhamentos básicos, sendo eles os:
a) Intrínsecos – baseiam-se no valor de um ativo que é determinado pelo fluxo de
caixa que este ativo tem capacidade de gerar em um horizonte de tempo futuro. O
método mais conhecido nesse abordagem é o do Fluxo de Caixa Descontado
(FCD)
b) Relativos – baseiam-se em observações de como o mercado valora ativos
similares, atuantes no âmbito de setores econômicos específicos. Dentre as
alternativas que integram essa abordagem, considerado aquele de execução mais
simples, destaca-se a o método dos Múltiplos de Mercado.
De fato, os métodos de valoração de ativos tem por objetivo identificar assimetrias no
que se refere ao Preço e o Valor de determinado ativo.
Em síntese, o que se procura são ativos cujo custo (preço) não reflita o potencial de retorno
(valor) que determinado ativo apresenta. Ou seja, que estão baratos em relação ao seu
potencial.
De fato, Koller, Goedhart e Wessels (2010), entendem que, dentre as abordagens disponíveis
para a valoração de dada empresa, o método do Fluxo de Caixa Descontado (FCD) é o mais
efetivo.
Contudo, eles destacam a importância do método de Múltiplos de Mercado como
complemento ao FCD, permitindo verificar sua consistência, bem como, identificar os drivers
de valor em determinado setor industrial.
Nesse sentido, segundo Assaf Neto, o método de avaliação econômica de empresas conhecido
por Método do Múltiplos de Mercado é um dos mais utilizados e de mais
simples execução, voltado a
Determinar o valor da empresa comparando seu desempenho com o de outras empresas
semelhantes cotadas em bolsa de valores. O múltiplo é estimado a partir de precificações
feitas em empresas comparáveis, destacando quanto o mercado estaria disposto a pagar
pela empresa em avaliação (ASSAF NETO, 2009)
Decisões de Investimento em empresas
por meio do Método dos Múltiplos de Mercado 
Quanto a sua operacionalização, o método dos Múltiplos de Mercado parte
da análise indicadores contábeis, bem como seus resultados, que integram o Balanço
Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) de determinadas
empresas atuantes em determinado setor econômico em comparação com outros
players do mesmo setor.
Dessa forma, tal análise caracteriza-se por considerar um recorte temporal específico
dessas empresa, notadamente estático, sem considerar perspectivas futuras e tendências
que possam impactar o setor econômico ao qual pertence as empresas avaliadas.
Em síntese, empresas atuante em um mesmo setor econômico são comparadas com
suas concorrentes naquele setor, tendo por base os mesmo indicadores selecionados
para fundamentar a análise
Cabe destacar que identificar aqueles que seriam os indicadores mais adequados a
serem considerados para análise por meio do método dos Múltiplos de
Mercado decorre da experiência e do conhecimento do setor econômico por
parte analista. É fundamental que o analista estude o setor econômico em
análise!!!
Decisões de Investimento em empresas
por meio do Método dos Múltiplos de Mercado 
Análise de Empresas:
abordagem fundamentalista 
O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil obrigatória,
destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, numa
determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade e
que é apresentado normalmente ao final do exercício.
O objetivo da DRE
(Demonstração do 
Resultado do Exercício) é 
demonstrar a composição 
do resultado líquido em 
um exercício ou em 
determinado período de 
interesse da empresa, 
valendo-se do confronto 
das receitas, despesas e 
resultados apurados. 
Dessa forma, ela gera 
informações de impacto 
para tomada de decisão.
Análise de Empresas:
abordagem fundamentalista 
Custos fixos são a soma de todos os fatores fixos de produção.
Independem do nível de atividade da empresa, ou seja, produzindo-se
ou vendendo-se em qualquer quantidade, os custos fixos existirão e
serão os mesmos.
É o caso, por exemplo, do aluguel.
O aluguel será cobrado pelo mesmo valor qualquer que seja o nível
de produção, inclusive no caso de não se produzir nada.
Análise de Empresas:
abordagem fundamentalista 
DESCRIÇÃO CMENSAL
ALUGUEL 3.000
CONDOMÍNIO 500
IPTU 50
ÁGUA 50
ENERGIA ELÉTRICA 200
TELEFONE 100
HONORÁRIOS DO 
CONTADOR
650
PRÓ-LABORE 2000
MANUTENÇÃO DOS 
EQUIPAMENTOS
1500
SALÁRIOS + ENCARGOS 
(70%)
5000
MATERIAL DE LIMPEZA 200
MATERIAL DE ESCRITÓRIO 100
DESCRIÇÃO CMENSAL
COMBUSTÍVEL 500
TAXAS DIVERSAS 150
SERVIÇOS DE 
TERCEIROS
500
OUTRAS DESPESAS 500
CUSTO FIXO TOTAL 15.000
Análise de Empresas:
abordagem fundamentalista 
Custos variáveis são a soma dos fatores variáveis de
produção.
Custos que mudam de acordo com a produção ou a quantidade de
trabalho, exemplos incluem o custo de materiais, suprimentos e
salários da equipe de trabalho.
São exemplos de custos variáveis:
• Matéria prima, insumos diretos e embalagem (CMV);
• Comissão de vendas;
• Impostos diretos sobre a venda
(ICMS/SIMPLES/IPI/ISS);
• Fretes de vendas;
• Comissão de administradora de cartão de crédito, entre outros.
Análise de Empresas:
abordagem fundamentalista 
DEMONSTRATIVO DE RESULTADO
DESCRIÇÃO R$
1. Preço de Venda 50,00
2. Custos Variáveis Totais
(-) Custo da Mercadoria Vendida (matéria prima) 25,00
(-) Impostos sobre vendas (ICMS=17% em SC/12% em 
SP = 5%) (ver TIPI, mas considere IPI=10%)
10,50
(-) Despesas com vendas 
(Comissões/Combustível/Diárias)
5,00
Subtotal de 2 40,50
Ok! Mas o que isso significa?? É necessário encontrar a Margem de 
Contribuição de cada item vendido, ou seja, aquilo que me ajuda a 
cobrir também os custos fixos...
Análise de Empresas:
abordagem fundamentalista 
Margem de Contribuição é a quantia em dinheiroque
sobra do preço de venda de um produto, serviço ou mercadoria após
retirar o valor do gasto variável unitário, este composto por custo
variável unitário e despesas variáveis.
Tal quantia é que irá garantir a cobertura do custo fixo e do lucro,
após a empresa ter atingido o Ponto de equilíbrio, ou ponto crítico
de vendas (Break even point).
Ela representa uma margem de cada produto vendido que
contribuirá para a empresa cobrir todos seus custos e despesas fixas,
chamados de custo de estrutura/suporte.
Análise de Empresas:
abordagem fundamentalista 
A Margem de Contribuição é representada da seguinte 
forma:
MC = PV - CV
Onde:
MC= Margem de contribuição;
PV = Preço de Venda ou Receita Op. Bruta Total;
CV = Custo variável TOTAL (Custo das Mercadorias Vendidas 
(CMV) + Despesas com vendas);
Análise de Empresas:
abordagem fundamentalista 
DEMONSTRATIVO DE RESULTADO
DESCRIÇÃO R$
1. Preço de venda 50,00
2. Custos Variáveis Totais
(-) Custo da Mercadoria Vendida (matéria prima) 25,00
(-) Impostos sobre vendas (ICMS=17% em SC/12% em SP 
= 5%) (ver TIPI, mas considere IPI=10%)
10,50
(-) Despesas com vendas (Comissões/Combustível/Diárias) 5,00
Subtotal de 2 40,50
3. Margem de Contribuição (1-2) 9,50
Análise de Empresas:
abordagem fundamentalista 
Ponto de Equilíbrio (PE)
Representa o quanto sua empresa precisa faturar para pagar todos os
seus custos em um determinado período.
É um Índice de Viabilidade do negócio!
Para o cálculo do número de unidades que deverão ser vendidas
(ponto de equilíbrio contábil, em unidades), o PE é representado
da seguinte forma:
PE = CF/MC
Análise de Empresas:
abordagem fundamentalista 
Para termos um percentual da MC de modo a calcular o faturamento
necessário (Ponto de equilíbrio contábil, em faturamento), usamos:
MC (%) = R – CV/R
PE = CF/MC(%)
Análise de Empresas:
abordagem fundamentalista 
Entretanto, conforme apresentado no conteúdo anterior referente à analise
fundamentalista, em geral os especialistas utilizam algum indicadores básicos para
realizar a análise comparativa entre empresas de um mesmo setor econômico, tais
como:
• Preço/Lucro (P/L)
• Preço/Valor Patrimonial (P/VP)
• Dividend Yield (DY)
• Retorno sobre Patrimônio Liquido (ROE)
• Retorno sobre o Capital Investido (ROIC)
• Valor da Empresa/Resultado Operacional (EV/EBIT)
• Margem Liquida (ML)
• Liquidez corrente
• Divida Bruta pelo Patrimônio Liquido (DB/PL)
• Crescimento da Receita nos últimos 5 anos
• Crescimento dos Lucros no últimos 5 anos
Todavia, cabe destacar que, na medida que o analista for se familiarizando e
aprofundando seu conhecimento sobre o setor econômico e sobre os indicadores que
melhor retratam o desempenho relativo de seus players, outros indicadores poderão ser
considerados na análise.
Decisões de Investimento em empresas
por meio do Método dos Múltiplos de Mercado 
Análise de ações:
abordagem fundamentalista 
(Suno, 2019)
Análise de ações:
abordagem fundamentalista 
(Suno, 2019)
Também 
conhecido 
pela equação
P/VPA
Ou
Preço sobre o 
Valor 
Patrimonial 
por Ação 
Análise de ações:
abordagem fundamentalista 
(Suno, 2019)
Também 
conhecido 
pela equação
LL/PL
Ou
Lucro 
Liquido 
sobre o 
Patrimônio 
Liquido
Análise de ações:
abordagem fundamentalista 
(Suno, 2019)
Também 
conhecido 
pela equação
EBIT/CI
Ou
Lucro 
Operacional 
sobre o 
Capital 
Investido
Análise de ações:
abordagem fundamentalista 
(Suno, 2019)
EV =
Valor de Mercado (no
de ações x cotação) +
Dívida de curto e de 
longo prazo – Caixa
Análise de ações:
abordagem fundamentalista 
(Suno, 2019)
Análise de ações:
abordagem fundamentalista 
(Suno, 2019)
Decisões de Investimento em empresas
por meio do Método do Fluxo de Caixa 
Descontado (FCD) 
Método de Valuation que procura identificar o valor intrínseco de
uma empresa considerando que o valor de um ativo que é determinado pelos
fluxos de caixa que este ativo tem capacidade de gerar em um
horizonte de tempo futuro.
Fonte: Assaf Neto (2009) 
VPL =
FCO1
(1 + K)1
FCO2
(1 + K)2
FCO3
(1 + K)3
FCO4
(1 + K)4+ + + + ...
Onde:
VPL = Valor Presente Líquido
FCO = Fluxo de Caixa Operacional
K = Taxa de Desconto
n = Período
O K envolve aquilo que chamamos de
taxa mínima de atratividade e deve ser
considerado com base no custo médio
ponderado de Capital (WACC).
Assim K = WACC

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