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Imunologia av1

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IMUNOLOGIA 
Prof. Adriana Mayrink 
 
 
Ataque de vírus HIV contra a superfície de 
linfócito T CD4 
Os linfócitos T CD4 são importantes glóbulos 
relacionados à defesa do nosso organismo 
contra bactérias, vírus, toxinas, proteínas 
estranhas, etc. Na fotografia, os vírus HIV são 
as pequenas esferas azuladas grudadas na 
superfície do linfócito T. Numa etapa seguinte, 
os vírus HIV penetram no linfócito e o destrói. 
 
Ataque a uma célula tumoral 
A célula tumoral se origina de uma célula 
jovem normal, por indução genética ou 
adquirida. Ao se transformar em célula 
tumoral, ela se torna agressiva (observar 
projeções que a célula lança em várias 
direções). Contra a presença das células 
tumorais, o organismo envia os linfócitos T 
citotóxicos. Na foto, quatro linfócitos T 
citotóxicos atacam uma célula tumoral. 
 
 
 
A destruição da célula tumoral 
A ação dos linfócitos T citotóxicos contra uma 
célula tumoral geralmente é um sucesso, pois 
a célula é morta. Na foto, observa-se um 
linfócito T citotóxico sobre o cito-esqueleto da 
célula tumoral destruída. 
 
O pseudópode e a bactéria 
Quando bactérias invadem nosso organismo, as 
nossas defesas formadas por glóbulos brancos 
tentam destruí-las. Os principais tipos de glóbulos 
brancos que atacam as bactérias são os 
macrófagos ou monócitos e os neutrófilos. A 
fotografia mostra um macrófago lançando o 
pseudópode - uma extensão da membrana 
citoplasmática - em direção a uma bactéria 
(bacilo). 
 
 
 
Microscopia de varredura: 
aumento de 20.000 vezes. 
Vírus HIV atacando leucócito 
 O vírus HIV (em vermelho) ataca 
preferencialmente o leucócito (branco) 
denominado por linfócito T auxiliar. O 
vírus penetra nesta célula e a destrói. O 
linfócito T auxiliar tem a função de 
coordenar a função de defesa 
imunológica contra vírus, bactérias e 
fungos. A sua destruição pelo vírus HIV 
dá início à deficiência imunológica. 
 
 
 
 
 
 
 
Vírus HIV introduzindo seu material 
genético no linfócito T auxiliar 
 Os vírus HIV (em vermelho) no momento 
que reagem com receptores de 
membrana do linfócito T auxiliar, abrem 
“buracos” para introduzirem seu 
material genético RNA (em verde). 
Microscopia eletrônica de varredura: 
360.000 vezes. 
Linfócito Citotóxico atacando 
uma célula cancerosa 
 Os linfócitos T citotóxicos são importantes 
leucócitos que atacam células que se 
tornam anormais, geralmente tumorais. A 
presente foto de MEV aumentada 20.000 
vezes mostra um linfócito T citotóxico 
(amarelo) atacando célula tumoral 
(vermelho). 
IMUNOLOGIA 
 
 
. É o ramo da Biologia que estuda o sistema imunitário (ou 
imunológico). 
 
. Trata do funcionamento fisiológico do sistema imune de um 
indivíduo no estado sadio ou não, mal funcionamento do 
sistema imune em casos de doenças imunológicas (doenças 
autoimunes, hipersensibilidade, deficiência imune, rejeição pós 
enxerto); características físicas, químicas e fisiológicas dos 
componentes do sistema imune in vitro, in situ e in vivo. 
 
. O ramo da Imunologia que estuda a sua interação com o 
comportamento e o sistema neuroendócrino chama-se 
psiconeuroimunologia. 
INTERAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS: 
IMUNO 
NEURO ENDÓCRINO 
 Imunidade Inata 
IMUNOLOGIA 
Imunidade Adquirida: 
 .Humoral 
 . Celular 
 Imunidade Inata 
 
- Barreiras físicas e químicas 
. A pele é a principal barreira. A sua superfície lipofílica é constituída de células mortas 
ricas em queratina, uma proteína fibrilar, que impede a entrada de microorganismos. 
As secreções ligeiramente ácidas e lípidicas das glândulas sebácea e sudorípara criam 
um microambiente cutâneo hostil ao crescimento excessivo de bactérias. 
 
 
 
 
 
 
 
. O ácido gástrico é uma poderosa defesa contra a invasão por bactérias do intestino. 
Poucas espécies são capazes de resistir ao baixo pH e enzimas destruidoras que 
existem no estômago. 
 
. A saliva e as lágrimas contêm enzimas bactericidas, como a lisozima, que destroem a 
parede celular das bactérias. 
 
 
 
 
 
 
. No intestino, as numerosas bactérias da flora normal competem com potenciais patógenos 
por comida e locais de fixação, diminuindo a probabilidade de estes últimos se 
multiplicarem em número suficiente para causar uma doença. É por isso que o consumo de 
demasiados antibióticos orais pode levar à depleção da flora benigna normal do intestino. 
Com cessação do tratamento, espécies perigosas podem multiplicar-se sem competição, 
causando, posteriomente, diversas doenças. 
 
 
 
 
. O muco é outra defesa, revestindo as mucosas. Ele sequestra e inibe a mobilidade dos 
corpos invasores, sendo a sua composição hostil para muitos microorganismos. Além disso, 
contém anticorpos do tipo IgA. 
 Imunidade Inata 
- Células fagocíticas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. Os fagócitos são as células, como neutrófilos e macrófagos, que 
têm a capacidade de estender porções celulares (pseudópodes) de 
forma direcionada, englobando uma partícula ou microrganismo 
estranho. 
 
. O microrganismo fagocitado é contido num vacúolo, o fagossoma, 
que depois é fundido com lisossomas, vacúolos ricos em enzimas e 
ácidos, que digerem a particula ou organismo. 
. Os fagócitos reagem a citocinas produzidas pelos linfócitos, mas 
também fagocitam, ainda que menos eficazmente, de forma 
autônoma sem qualquer estimulação. Naturalmente esta forma 
de defesa é importante contra infecções bacterianas, já que vírus 
são demasiado pequenos e a maioria dos parasitas demasiado 
grandes para serem fagocitados. A fagocitose também é 
importante na limpeza dos detritos celulares após infecção ou 
outro processo que leve a morte celular nos tecidos. 
 
. Os fagócitos morrem após algumas fagocitoses, e se o número 
de invasores e de detritos for grande, poderão ambos, fagócitos 
e bactérias, ficar presos num liquido pastoso e rico em proteínas 
estruturais, que se denomina pús. 
 
. Algumas bactérias têm mecanismos de defesa contra a digestão 
após fagocitos. 
- Células NK e citotóxicas 
 Imunidade Adquirida 
 
- Imunidade Humoral 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Imunidade Adquirida mediada por células 
 Órgãos linfoides 
Primários 
Secundários 
Medula óssea 
Timo 
(Fígado fetal) 
Linfonodos 
Baço 
Tecidos associados 
BALT 
GALT 
MALT 
 Órgãos linfoides 
 Órgãos linfóides Primários 
- Medula óssea 
 
 
Local onde se situam as células pluripotentes, que dão origem a todas as 
células do sistema imune e ainda das plaquetas (megacariócito) e eritrócitos. É 
ainda o local de maturação de todas estas células, com exceção dos linfócitos T. 
 
- Timo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Órgão bilobado, situado por trás do mediastino. É o local de maturação dos linfócitos T 
-Fígado fetal 
 Órgãos linfoides Secundários 
- Linfonodos 
São órgãos pequenos com forma de feijão, situados em todo o corpo. 
Eles contém linfócitos B e linfócitos T. São os locais de recolha de 
antígenos (filtração) presentes na linfa. 
O sistema linfático é uma rede complexa de órgãos linfóides, 
linfonodos, ductos linfáticos, tecidos linfáticos, capilares linfáticos e 
vasos linfáticos que produzem e transportam o fluido linfático (linfa) 
dos tecidos para o sistema circulatório. O sistema linfático é um 
importante componente do sistema imunológico, pois colabora com 
glóbulos brancos para proteção contra microrganismos invasores. 
 
A linfa é um líquido transparentee esbranquiçado, levemente 
amarelado ou rosado, alcalino e de sabor salgado, constituído 
essencialmente pelo plasma sanguíneo, proteínas e por glóbulos 
brancos. A linfa é transportada pelos vasos linfáticos em sentido 
unidirecional e filtrada nos linfonodos (também conhecidos como 
nódulos linfáticos ou gânglios linfáticos). Após a filtragem, é 
lançada no sangue, desembocando nas grandes veias torácicas. 
Os vasos linfáticos têm a função de drenar o excesso de líquido 
que sai do sangue e banha as células. Esse excesso de líquido que 
circula nos vasos linfáticos e é devolvido ao sangue chama-se 
LINFA 
. A circulação linfática é responsável pela absorção de detritos e 
macromoléculas que as células produzem durante seu 
metabolismo,ou que não conseguem ser captadas pelo sistema 
sanguíneo. 
 
. O sistema linfático coleta a linfa por difusão pelos capilares 
linfáticos, e a retorna para dentro do sistema circulatório. Uma 
vez dentro do sistema linfático o fluido é chamado de linfa, e tem 
sempre a mesma composição do que o fluido intersticial. 
 
. Produzida pelo excesso de líquido que sai dos capilares 
sanguíneos ao espaço intersticial ou intercelular, sendo recolhida 
pelos capilares linfáticos que drenam aos vasos linfáticos mais 
grossos até convergir em condutos que se esvaziam nas veias 
subclávias. 
 
. A linfa percorre o sistema linfático graças a débeis contrações 
dos músculos, da pulsação das artérias próximas e do 
movimento das extremidades. Se um vaso sofre uma 
obstrução, o líquido se acumula na zona afetada, produzindo-
se um inchaço denominado edema. 
 
. Pode conter microrganismos que, ao passar pelo filtros dos 
linfonodos (gânglios linfáticos) e baço são eliminados. Por isso, 
durante certas infecções pode-se sentir dor e inchaço nos 
gânglios linfáticos do pescoço, axila ou virilha, conhecidos 
popularmente como "íngua". 
 
. Ao contrário do sangue, que é impulsionado através dos vasos 
através da força do coração, o sistema linfático não é um sistema 
fechado e não tem uma bomba central. A linfa depende 
exclusivamente da ação de agentes externos para poder circular. 
 
. A linfa move-se lentamente e sob baixa pressão devido 
principalmente à compressão provocada pelos movimentos dos 
músculos esqueléticos que pressiona o fluido através dele. A 
contração rítmica das paredes dos vasos também ajuda o fluido 
através dos capilares linfático. Este fluido é então transportado 
progressivamente para vasos linfáticos maiores acumulando-se 
no ducto linfático direito (para a linfa da parte direita superior do 
corpo) e no duto torácico (para o resto do corpo); estes dutos 
desembocam no sistema circulatório na veia subclávia esquerda 
e a direita. A linfa segue desta forma em direção ao adbome, 
onde será filtrada e eliminará as toxinas com a urina e fezes. 
 
 
. Ao caminharmos, os músculos da perna comprimem os vasos 
linfáticos, deslocando a linfa em seu interior. Outros 
movimentos corporais também deslocam a linfa, tais como a 
respiração, atividade intestinal e compressões externas, como a 
massagem. 
 
. Permanecer por longos tempos parado em uma só posição faz 
com que a linfa tenha a tendência a se acumular nos pés, por 
influência da gravidade, causando inchaço. 
 Lipodistrofia ginoide = celulite estética 
NORMAL FIBROSE 
 
- Baço 
Possui diferentes funções fisiológicas: Destruição das hemácias 
velhas, senis, alteradas, ou parasitadas (hemocaterese); Filtragem 
do sangue e retenção de microrganismo e outros corpos estranhos 
a serem fagocitados; local de seleção clonal entre linfócitos e 
antígenos. 
. O fígado é primariamente um órgão metabólico, mas também 
alberga muitos fagócitos e é ele que produz as proteínas 
imunitárias como o sistema complemento. Controla as invasões 
intestinais, já que filtra todo o sangue proveniente do intestino, 
pela veia porta. 
 
. O intestino e os brônquios contêm uma camada com folículos 
linfóides (o MALT ou BALT), plenos de linfócitos, que reagem 
aos antígenos e outras reações contra eles. Controlam também 
a flora normal de bactérias intestinais. 
 
-Tecidos linfóides associados: 
. aos brônquios (BALT – bronquial associated lymphoid tissue) 
. ao trato gastrointestinal (GALT - gut associated lymphoid tissue) 
. a mucosas (MALT - mucosal associated lymphoid tissue) 
. As tonsilas (amígdalas) são aglomerados de tecido linfóide em 
redor da entrada da faringe, controlando os invasores que 
entram pela via oral. 
Nos mamíferos, as células sanguíneas circulantes têm sua origem 
comum em um pequeno grupo de células originárias no saco 
embrionário primitivo, passando para o fígado fetal e finalmente 
sendo produzidas na medula óssea, onde são residentes e 
permanentes. Estas células são chamadas células-tronco 
hematopoiéticas (células não diferenciadas a partir das quais todas as 
outras células são geradas). 
 
HEMATOPOIESE 
As células - tronco hematopoiéticas possuem a capacidade de proliferar 
por toda vida, como um reservatório próprio e auto renovável que 
repõe grupos de células maduras quando necessárias. Estas células 
troncos primárias são consideradas pluripotentes; isto é, são capazes de 
desenvolver-se em qualquer linhagem de células, sob a influência de 
uma variedade de fatores solúveis, que controlam a extensão e a 
direção da maturação. 
 
Toda as células contidas no sangue derivam de um mesmo progenitor 
da medula óssea: as células tronco hematopoiéticas (CD34+), por isso 
são também chamadas pluripotentes pois possuem capacidade imortal 
de divisão celular. 
 
No processo de hematopoiese, células tronco originam os progenitores 
linfóides e mielóides. 
Células tronco hematopoiéticas são células tronco que dão origem a diversos 
tipos de células dosangue, da linhagem mielóide (monócitos e macrófagos, 
neutrófilos, basófilos, eosinófilos , eritrócitos, megacariócito) e da linhagem 
linfóide (linfócitos T, B e células NK). 
 
 
LEUCÓCITOS 
(Glóbulos brancos) 
ERITRÓCITOS 
Glóbulos vermelhos 
Granulócitos Agranulócitos 
PROGENITOR 
 MIELOIDE 
PROGENITOR 
LINFOIDE 
MEGACA- 
RIÓCITO 
ERITRO- 
BLASTO 
CÉLULA TRONCO HEMATOPOIÉTICA 
Hemograma 
. Eritrograma - é o estudo da série vermelha (eritócitos ou hemácias). Os resultados a 
serem avaliados são: 
 Os valores normais: variam de acordo com o sexo e com a idade. 
 Homem de 5.000.000 - 5.500.000 
 Mulher de 4.500.000 - 5.000.000. 
 Hematócrito: é um índice, calculado em porcentagem, definido pelo volume de todas as 
 hemácias de uma amostra sobre o volume total desta amostra (que contém, além das a 
hemácias, os leucócitos, as plaquetas e, é claro, o plasma, que geralmente representa 
mais de 50% do volume total da amostra). Os valores variam com o sexo e com a idade. 
 Valores: Homem de 40 - 50% e Mulher de 36 - 45%. Recém nascidos tem valores altos 
que vão abaixando com a idade até o valor normal de um adulto. 
 
. Leucograma - é o estudo da série branca (ou leucócitos), faz-se uma contagem total dos 
leucócitos e uma contagem diferencial contando-se 100 células. 
 Valores normais: 5.000-10.000 leucócitos por 1 mm³ de sangue. 
 
. Plaquetograma - são observadas em relação à quantidade e a seu tamanho. O tamanho 
de uma plaqueta varia entre 1 a 4 micrometros. 
 Valores normais: 150.000 à 400.000 por microlitro de sangue 
O sangue do indíviduo é colhido com anticoagulante (EDTA), para se evitar a 
coagulação do mesmo. Não há necessidade de colher o sangue com o 
indivíduo em jejum. 
 Células anucleadas, forma de disco bicôncavo 
 Coloração rósea-clara com um halo central 
 Diâmetro: de 6 μm a 8,5 μm 
 Função: transporte de O2 e CO2 
 Valores de referência:. Mulheres: 4.200.000 a 5.500.000 hemácias/μL 
 . Homens: 4.400.000 a 6.000.000 hemácias/μL 
Diminuição: anemia 
Avaliação de: 
 . Quantitativo 
 . Volume 
 . Coloração (Normocromia 
 . Normocitose 
 
 
 
HEMÁCIAS 
PLAQUETAS 
Não são células, são fragmentos da célula 
megacariócito. Também são chamadas de 
trombócitos 
Valores de referência: 
Adultos: 150.000 a 450.000 /μL 
Diminuição: plaquetopenia (ou trombocitopenia) 
LEUCÓCITOS 
(Glóbulos brancos) 
Granulócitos Agranulócitos 
. Neutrófilos (PMN) 
. Basófilos 
. Eosinófilos 
. Monócitos 
. Linfócitos 
LEUCÓCITOS TOTAIS 
 
Adulto normal: 5.000 a 10.000 leucócitos/mm3 
 
ALTERAÇÕES: 
Leucocitose = + 10.000 leucócitos/mm3 
Leucopenia = - 5.000 leucócitos/mm3 
Leucemia = + 100.000 leucócitos/mm3 
Eosinófilo Neutrófilo Basófilo 
Monócito Macrófago Linfócito Diferenciação 
NEUTRÓFILOS 
 PMN (polimorfonucleadas) 
 65% dos leucócitos do sangue 
Os NEUTRÓFILOS são defesas fagocíticas primárias contra as infecções bacterianas. 
Abandonam o sangue e concentram-se no local de infecção, em resposta a fatores 
quimiotáticos. Durante a infecção, o número de neutrófilos aumenta, incluindo 
formas precursoras. Estes precursores são denominados BASTÕES, em contraste 
com o neutrófilo segmentado de diferenciação terminal. 
. Os neutrófilos ingerem bactérias por fagocitose e 
expõem as bactérias a substâncias e enzimas 
antibacterianas contidas nos grânulos primários 
(azurófilos) e secundários (específicos), que contêm 
diversas enzimas. 
Desvio à esquerda 
EOSINÓFILOS 
 Os EOSINÓFILOS também são células fagocíticas, móveis 
e granuladas. Desempenham um papel na defesa contra 
infecções parasitárias. As proteínas básicas contidas nos 
grânulos são tóxicas para muitos parasitas. 
BASÓFILOS 
Os BASÓFILOS são granulócitos não fagocíticos, porém liberam o conteúdo 
de seus grânulos (HISTAMINA) durante as respostas alérgicas. 
MASTÓCITOS: células conjuntivas que liberam mediadores 
de inflamação (histamina, heparina e Fatores quimiotáxicos 
dos neutrófilos) 
MONÓCITOS 
 SISTEMA MONONUCLEAR FAGOCÍTICO – (sistema reticuloendotelial) é constituído por 
monócitos no sangue, por células derivadas dos monócitos, como macrófagos, 
macrófagos alveolares nos pulmões, células dendrídicas nos tecidos, células de Kupffer 
no fígado, histiócitos do tecido conjuntivo, células sinoviais e células microgliais no 
cérebro e osteoclastos nos ossos. Os diferentes monócitos exibem morfologias distintas, 
que correspondem à sua localização tecidual e funções. 
 
. Os MACRÓFAGOS são células de vida longa que são fagocíticas e contêm mitocôndrias e 
lisossomos. Desempenham três funções básicas: a fagocitose, a apresentação de 
antígenos às células T para iniciar respostas imunes específicas e a secreção de 
linfocinas para ativar e promover as respostas imunes e inflamatórias. Quando ativados 
apresentam maior capacidade fagocítica, destruidora e de apresentação de antígenos. 
As moléculas bacterianas que se ligam aos receptores estimulam as células a ingerirem 
bactéria. 
Monócito Macrófago Diferenciação 
LINFÓCITOS 
. As duas classes de linfócitos , as células B e as células T, possuem grande 
núcleo e citoplasma agranular menor. As células B e T são 
morfologicamente indistinguíveis, porém podem ser diferenciadas pelas 
suas funções e marcadores de superfície. 
 
. Os linfócitos granulares grandes são células destruidoras naturais (NK) 
anticorpo-dependentes. Estas células contêm grânulos citoplasmáticos com 
proteínas citolíticas. 
. 20 a 30% dos leucócitos do sangue 
 Seu número varia de acordo com o estado de saúde do paciente: 
 - Depressão e stress: diminuição 
 - Infecção viral: aumento 
 - Enxerto: aumento 
. A principal função das CÉLULAS B consiste na produção de anticorpos. Estas 
células também internalizam o antígeno, o processam e o apresentam às 
células T para iniciar ou intensificar a resposta imune. As células B ativadas 
podem sofrer diferenciação terminal em plasmócitos. Os plasmócitos 
atuam como fábricas para a produção de anticorpos. 
 
 
 
 
. As CÉLULAS T amadurecem no timo é constituam 60 a 80% dos linfócitos do 
sangue circulante. Desempenham três funções importantes na resposta 
imune a antígenos estranhos: ativam as respostas imunes e inflamatórias 
através da liberação de linfocinas; matam diretamente células infectadas 
por vírus, células estranhas (por ex. enxerto tecidual) e tumores; e 
controlam e suprimem (quando necessário) a resposta imune. 
. Todas as células T expressam um receptor de célula T (TCR) de ligação de 
antígenos que se assemelha ao anticorpo, porém difere dele, e proteínas 
associadas CD2 e CD3 sobre a superfície celular. As células T são divididas 
em três grupos principais com base no TCR e na expressão de duas 
proteínas CD4 e CD8, sobre a superfície celular. 
CD3 CD3 
CD4 CD8 
Linfócito T CD4 Linfócito T CD8 
CD2 CD2 
LINFÓCITOS 
B T 
T CD4+ T CD8+ 
CD3 CD3 
CD4 CD8 
Linfócito T CD4+ Linfócito T CD8+ 
CD2 CD2 
+ + 
DUPLO NEGATIVOS 
TCD4- TCD8- 
DUPLO POSITIVOS 
TCD4+ TCD8+ 
UNI POSITIVOS 
TCD4+ TCD8- 
 
TCD4- TCD8+ 
 
TIMO 
Linfócito TCD4+ 
Linfócito TCD8+ 
ANTÍGENOS 
 
• Antígeno pode ser definido como qualquer substância que pode ser 
especificamente ligada a uma molécula de anticorpo. 
 
• Qualquer substância que possa desencadear uma resposta imune é considerada 
imunogênica sendo chamada de imunógeno. 
 
• Embora todo o imunógeno seja um antígeno, nem todo o antígeno é imunogeno. 
Por isso precisa ser associado a um imunógeno para desencadear uma resposta 
imune. 
 
• Hapteno: São moléculas que podem reagir com o anticorpo, mas não são capazes 
de, por si mesmas, induzir uma resposta imune adaptativa. Os haptenos devem ser 
quimicamente unidos a portadores protéicos para poderem evocar resposta em 
anticorpos e em células T 
• Quando os antígenos são macromoléculas estas possuem regiões específicas de 
ligação ao antígeno denominadas de determinantes antigênicos ou epítopos. 
 
• A maioria dos linfócitos T reconhecem antígenos peptídicos que estão ligados e 
são apresentados pelas moléculas do complexo de Histocompatibilidade maior 
(MHC). 
• Os linfócitos B usam os anticorpos 
ligados à membrana para reconhecer 
uma ampla variedade de antígenos, 
incluindo proteínas, polissacarídeos, 
lipídios 
Reconhecimento do antígeno Resposta da célula T 
Antígeno Antígeno 
Epítopo do antígeno 
apresentado pela 
célula APC 
Célula 
APC 
Não 
Sim 
Célula APC = célula apresentadora de antígenos 
 (macrófagos, linfócitos B e células dendríticas) 
. As células T que expressam CD4+ (células T CD4+) incluem as células 
auxiliares (Ta), antigamente denominadas T helper (Th). 
. Estas células T produzem e secretam linfocinas, que estimulam ou 
ativam outras respostas imunes e são indutoras de hipersensibilidade 
do tipo tardio. As células T CD4+ podem ainda ser subdivididas em 
TH0, TH1 e TH2, dentre outras. 
 
. As células Ta1 (Th1)promovem as respostas inflamatórias. 
. As células Ta2 (Th2)promovem a produção de anticorpos. 
 
LINFÓCITOS T CD4+ 
T CD4+ 
Ta2 Ta1 
CD4+ 
D
E
L
E
Ç
Ã
O
 C
L
O
N
A
L
 
S
E
L
E
Ç
Ã
O
 C
L
O
N
A
L
 
E
X
P
A
N
S
Ã
O
 C
L
O
N
A
L
 
LINFÓCITOS T CD8+ 
Os linfócitos T CD8+ são os linfócitos citotóxicos ou também chamado de 
Killers. Eles têm cada um, um tipo de receptor especifico nas suas membranas, 
gerado aleatoriamente numa fase de recombinação genética do seu 
desenvolvimento,denominado de TCR (T-cell receptor, semelhante aos 
anticorpos da célula B, mas de localização membranar). 
 
Os receptores ligam-se a outros que todas as células humanas possuem 
(complexo MHC I), e que apresentam peptídeos (fragmentos de proteínas) que 
elas estejam a produzir à superfície da célula. No caso que os complexos MHC I 
(Complexo de Histocompatibilidade) - peptídeo seja reconhecidos por uma 
célula T CD8+, esta última desencadeará a morte da célula que apresenta o 
peptídeo através de enzimas citolíticas chamadas de porinas que induzem a 
apoptose da célula alvo por desequilíbrio osmótico. de MHC classe I. 
Todos os linfócitos T CD8+ que têm receptores que reagem a substâncias do 
próprio corpo morrem durante o seu "estágio" no timo. Quando o linfócito T 
CD8+ reconhece um antígeno não-self com o seu receptor numa molécula 
MHC classe I de uma célula do organismo, ele liberta substâncias (perforina) 
que criam um poro na membrana, lisando (rompendo osmoticamente) a 
célula, ou então libertam mediadores (granzima) que induzem a célula a iniciar 
a apoptose (morte celular programada). 
 
Há milhões de linfócitos CD8+ em circulação no organismo, cada um com 
receptores aleatórios para todos os peptídeo possíveis não-self. 
 
Se um linfócito T CD8+ com determinado receptor for estimulado dessa forma, 
ele divide-se em mais células citotóxicas e um pequeno grupo de células 
quiescentes e de longa esperança de vida, as células memória, manter-se-ão 
em circulação (entre o sangue e os gânglios linfáticos). Estas células de 
memória podem ser ativadas mais tarde de uma forma mais eficiente, mais 
rápida e independentemente da presença de citocinas produzidas pelos 
linfócitos CD4+, após reconhecimento do peptídedo para o qual são específicas 
apresentado por uma molécula de MHC classe I. 
• A morte apoptótica é diferente da 
necrótica, que aparece geralmente em 
estados inflamatórios; a célula TCD8+ 
é capaz de provocar a apoptose da 
célula target sem prejudicar as células 
vizinhas 
Linfócitos T CD8+ ou T Citotóxicos 
• As CTLs organizam os seus 
organelos e citoesqueleto de 
maneira a descarregar os seus 
grânulos no sítio de contacto com 
a célula target 
Ataque a uma célula tumoral 
 
A célula tumoral se origina de uma célula jovem normal, por indução genética 
ou adquirida. Ao se transformar em célula tumoral, ela se torna agressiva 
(observar projeções que a célula lança em várias direções). Contra a presença 
das células tumorais, o organismo envia os linfócitos T citotóxicos. Na foto, 
quatro linfócitos T citotóxicos atacam uma célula tumoral. 
 
 
 
A destruição da célula tumoral 
 
A ação dos linfócitos T citotóxicos contra uma célula tumoral geralmente é um 
sucesso, pois a célula é morta. Na foto, observa-se um linfócito T citotóxico 
sobre o citoesqueleto da célula tumoral destruída 
 
 
 
 
 
 
Linfócito Citotóxico atacando uma célula tumoral 
 
Os linfócitos T citotóxicos são importantes leucócitos que atacam células que 
se tornam anormais, geralmente tumorais. A presente foto de MEV 
aumentada 20.000 vezes mostra um linfócito T citotóxico (amarelo) atacando 
célula tumoral (vermelho). 
MHC 
Moléculas de Histocompatibilidade Principal 
. Molécula de histocompatibilidade principal (MHC) é constituída, entre outros, por 
genes com importantes funções imunológicas e foi descoberto em 1937 por 
Peter Gorer, durante o estudo de transplantes em ratos. Em humanos são 
chamadas de antígenos leucocitários humanos (HLA). 
 
. Um anticorpo pode reconhecer um antígeno na sua forma livre, as células T só o 
reconhecem quando associado a moléculas MHC: MHC influencia o repertório de 
resposta celular T auxiliar e T citotóxico 
MHC 
 
. A informação genética de histocompatibilidade está presente no gene localizado 
no braço curto do cromossomo 6. 
 
 
 
 
 
. Indivíduos normalmente herdam um conjunto de cromossomos e, portanto, um 
conjunto de genes HLA de cada pai e mãe. Os genes HLA herdados são expressos 
de forma codominante na superfície celular, a menos que um evento de 
recombinação tenha ocorrido. 
 
. Os genes classe I e II constituem no seu conjunto 1998 alelos diferentes, sendo o 
mais polimórfico o locus HLA-B com 627 alelos, seguindo-se o HLA-DRB1 com 
394, o HLA-A com 349, o HLA-Cw com 182 e o HLA-DPB1 com 116 
 
. Os transplantes que requerem compatibilidade HLA são os de medula óssea e rim. 
MHC de classe I 
. As células T CD8 (citolíticas e supressoras “patrulham” o corpo à procura de 
células que expressam vírus ou proteínas anormais de tipo tumoral apresentados 
por moléculas MHC da classe I. as moléculas MHC da classe I são encontradas 
em todas as células nucleadas. 
. As células T CD4 (auxiliares) interagem com antígenos peptídicos apresentados em 
MHC de classe II, expressas em células apresentadoras de antígenos (APC). Os 
tipos de linfocinas secretadas pelas células T CD4 específica em resposta à 
estimulação antigênica diferenciam a célula CD4 em TH1 ou TH2. 
MHC de classe II 
. CÉLULAS B 
- São produzidos e maturados na medula óssea 
- Quando ativados, se tornam PLASMÓCITOS que produzirão 
anticorpos. 
- Podem estar na função de células apresentadoras de antígenos. Estas 
células também internalizam o antígeno, o processam e o apresentam 
às células T para iniciar ou intensificar a resposta imune. 
 
 
IMUNIDADE INATA IMUNIDADE ADQUIRIDA 
 
Células 
 
neutrófilos, macrófagos, 
eosinófilos, mastócitos e NK 
Linfócitos 
 
Mecanismos 
 
fagocitose, proteínas fase 
aguda (CRP, complemento 
(via alternativa – 
opsonização), citotoxicidade 
(NK) 
 
Anticorpos, 
complemento (via clássica), 
citotoxicidade (células T) 
 
Especificidade 
 
+ 
 
++++ 
 
Induz 
memória? 
 
NÃO 
 
SIM 
 
Proteção 
contra 
 
Bactérias, fungos e vermes 
 
Bactérias (intracelulares), 
vírus e protozoários. 
 
Citocinas 
. As citocinas são proteínas de baixo peso molecular secretadas pelos leucócitos e várias 
outras células no organismo em resposta a inúmeros estímulos. 
 
• Assim como os hormônios atuam como mensageiros do sistema endócrino. Atuam 
como mensageiros do sistema imune. 
 
• No entanto, os hormônios exercem seus efeitos a grandes distâncias e a maioria das 
citocinas atua localmente. 
 
• De um modo geral, as citocinas estão envolvidas em vários processos celulares, 
incluindo: 
 Ativação celular 
 Fatores de crescimento 
 Proliferação celular 
 Diferenciação celular 
 Maturação celular 
 Migração celular 
 Secreção de anticorpos 
 Imunopatologia 
 
• Principais produtores de citocinas: células TH e macrófagos. 
• O termo citocina agrupa as citocinas secretadas pelos: 
 linfócitos (linfocinas), monócitos (monocinas) ou ainda leucócitos (interleucinas – as 
“IL-...”). 
 
• Ainda temos um grupo de citocinas conhecidas como quimiocinas que afetam a 
quimiotaxia e outros aspectos dos leucócitos. 
 
• As citocinas se ligam aos receptores específicos das membranas das células-alvo, 
disparando sinais que alteram a expressão gênica na célula-alvo. 
 
• Existem 3 maneiras que as citocinas podem ligar com seus receptores: 
 
 AUTÓCRINA: ligando em receptor da própria célula que a secretou; 
 PARÁCRINA: ligando em receptor de uma célula-alvo nas proximidades da célula 
produtora; 
 ENDÓCRINA: ligando em receptores de células-alvo em locais distantes do corpo. 
 
 
 
• Atributos das citocinas: 
 pleiotropia, 
 redundância, 
 sinergismo, 
 antagonismo e 
 indução de cascata. 
PADRÃO DE CITOCINAS TH1 e TH2 
Duas populações de célulasTH (ou CD4+) podem ser diferenciadas in vitro pelas citocinas 
que elas secretam. 
 . Th1 – interferon- (IFN-), IL-2 e fator de necrose tumoral (TNF)- 
 . Th2 – IL-4, IL-10, etc. 
• REGULAÇÃO CRUZADA: as citocinas produzidas pelos subgrupos Th (a) promovem 
o crescimento do subgrupo que as produzem e (b) inibem o desenvolvimento e 
atividade do subgrupo oposto. 
 
• A progressão de algumas doenças depende do balanço entre os subgrupos 
Th1/Th2. 
 
• Exemplo: a infecção com Mycobacterium leprae 
 Hanseníase tuberculóide – a resposta imune celular forma granulomas, 
resultando na destruição das micobactérias. Caracterizada por uma intensa 
produção de citocinas IL-2, IFN- e TNF-. 
 Hanseníase lepromatosa – a resposta imune celular é inibida. Produção 
exacerbada de anticorpos (resultando em hipergamaglobulinemia). 
Micobactérias estão disseminadas pelo corpo (ex. ossos, nervos e cartilagem). 
 
• O envelhecimento parece alterar o padrão de citocinas Th1/Th2: 
nascimento (Th2) – adulto (Th1) – idosos (Th2). 
 
• O estresse psicológico e depressão alteram o perfil de citocinas para um padrão 
Th2 (mais anti-inflamatório ou imunossupressor). 
 
• O uso crônico de glicocorticóides também induz um perfil de citocinas tipo Th2. 
USOS TERAPÊUTICOS DAS CITOCINAS 
 
• INTERFERONS: efeitos colaterais (dor de cabeça, febre, dores e fadiga) 
 IFN-: tratamento das hepatites B e C, leucemia de célula B, leucemia 
mielóide crônica (LMC), sarcoma de Kaposi. 
 IFN-: esclerose múltipla, 
 IFN-: doença granulomatosa crônica (dificuldade dos fagócitos matarem 
microrganismos ingeridos). 
 
• IL-2: terapia adotiva do câncer 
 
• Receptores solúveis para as citocinas inflamatórias (IL-1 RA, sIL-2R, etc.): 
potencial para as artropatias como a artrite reumatóide. 
INFLAMAÇÃO 
. A palavra inflamação é originada de inflamare, ou seja, ficar em 
chamas. 
 
. Inflamação é a reação local dos tecidos à agressão. Ela ocorre 
como resposta inespecífica caracterizada por uma série de 
alterações que tende a limitar os efeitos da agressão. 
 
. Os macrófagos e os neutrófilos possuem receptores de 
superfície que evoluíram para exercer o reconhecimento de 
muitos constituintes comuns das superfícies microbianas. 
 
. As moléculas bacterianas que se ligam a tais receptores 
estimulam as células a ingerirem bactéria e também induzem a 
secreção de citocinas e de outros mediadores químicos pelos 
macrófagos. 
 
. As citocinas são mediadores químicos liberados pelas células que 
afetam o comportamento de outros tipos celulares. 
 
. As citocinas liberadas pelos macrófagos em resposta aos 
constituintes bacterianos têm uma gama de efeitos que são 
coletivamente chamados de inflamação. 
 
. A inflamação é tradicionalmente definida pelas quatro palavras 
latinas dolor, calor, rubor e tumor, significando dor, rubor 
(vermelhidão), calor e edema, refletindo todos os efeitos das 
citocinas sobre os vasos sangüíneos locais. 
 
. A vasodilatação e a permeabilidade vascular aumentada levam ao 
aumento do fluxo de sangue local e ao vazamento de fluidos. O 
rubor e o calor são o resultado de um aumento da circulação na 
área inflamada. O tumor é a devido ao aumento de líquido 
intersticial local. 
. A dor depende do acúmulo local de substâncias biológicas que 
atuam sobre as terminações nervosas e também da migração 
celular para os tecidos. 
 
. As citocinas também têm importantes efeitos sobre as 
propriedades adesivas do endotélio, possibilitando a adesão dos 
leucócitos às células da parede vascular e a migração para o local 
da infecção,ao qual são atraídos por outras citocinas. 
 
. A perda da função local é a conseqüência do somatório de vários 
fatores, especialmente do edema e da dor. 
 
. Os principais tipos celulares vistos numa resposta inflamatória em 
sua fase inicial são os neutrófilos, seguidos pelos macrófagos, que 
amadurecem dos seus monócitos precursores; estas são, pois, 
chamadas células inflamatórias. 
 
. Mais tarde, numa infecção, as respostas inflamatórias envolvem os 
linfócitos que efetuam uma resposta imune adaptativa, a qual 
estava sendo ativada pelo antígeno em drenagem do local de 
infecção, via linfáticos, para o linfonodo local. 
 
. Dependendo de sua duração, as inflamações são divididas em 
agudas ou crônicas. 
. As inflamações que duram desde poucos minutos até poucos 
dias são chamadas de agudas, enquanto que as que persistem 
por semanas e meses são chamadas de crônicas. 
 
. Do ponto de vista funcional e morfológico, as inflamações 
agudas se caracterizam pelo predomínio de fenômenos 
exsudativos, permitindo na região inflamada ao cúmulo de 
líquido (edema), fibrina, leucócitos, especialmente neutrófilos 
e hemácias. 
 
. Nas inflamações crônicas, além dos fatores exsudativos da 
inflamação aguda, ainda ocorrem no local fenômenos 
produtivos, ou seja, proliferação de vasos, fibroblastos (com 
deposição de colágeno), como migração e proliferação local de 
monócitos e linfócitos. 
 
. Em uma inflamação, são evidenciadas três fases: 
 - Fase alterativa – fase em que há alterações causadas 
diretamente pela agressão (destruição tecidual, por exemplo). 
 
 - Fase exsudativa – caracterizada pelas alterações vasculares 
que propiciam a saída dos vasos de seus constituintes líquidos e de 
células 
 
 - Fase produtiva – caracterizada pela proliferação local de vasos 
e células. Esta é a tentativa do organismo reparar as alterações 
causadas pela agressão e pela fase exsudativa. 
 
. O líquido rico em macromoléculas e células que se acumula nos 
interstícios da área inflamada recebe o nome de exsudato para 
distinguir de transudato que pode se acumular, especialmente em 
cavidades, como pleura, peritônio ou pericárdio.

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