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SLIDE UNIDADE 4

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Unidade IV
PSICOLOGIA DO 
DESENVOLVIMENTO: 
CICLO VITAL
Profa. Dra. Heloisa Garcia
Conteúdo
Unidade 1: AULA ANTERIOR
 Concepção, gestação, nascimento e a 
criança de 0 a 2 anos.
Unidade 2: AULA ANTERIOR
 Segunda e terceira infância: criança de 2 Segunda e terceira infância: criança de 2 
a 11 anos.
Unidade 3: AULA ANTERIOR
 Da adolescência (12 anos) até o primeiro 
período adulto (40 anos).
Unidade 4:
 Meia-idade (40 a 65 anos), o idoso, 
envelhecimento e aspectos 
da morte. 
Paradoxos da meia-idade
 Satisfação profissional e conjugal.
x
 Declínio físico.
 Afrouxamento do papel dos pais.
x
 Aquisição de novos papéis.
 Certa influência sobre saída dos filhos.
x
N h lh b i d d t Nenhuma escolha sobre vinda de netos e 
incapacitação dos pais.
Desenvolvimento físico na 
meia-idade
Relógio biológico:
 óculos, cabelos brancos, rugas;
 declínio na capacidade aeróbica;
 perda da acuidade visual, auditiva;
 menor sensibilidade a gostos e cheiros;
 ↓ massa muscular e ↑ gordura.
Relógio social:
 maior conhecimento e experiência;
i ã d t l lh maior sensação de controle e escolha.
Sexualidade feminina
 Menopausa: último ciclo menstrual, entre 
42 anos e 58 anos.
 Menarca: o primeiro ciclo menstrual.
 Climatério: 
 período que antecede a menopausa; período que antecede a menopausa;
 diminuição dos estrogênios;
 sintomas: ondas de calor, alterações 
geniturinárias, alterações de humor e 
do desejo sexual, risco de infarto e 
osteoporose.
 Remoção cirúrgica do útero, a 
histerectomia: efeitos 
psicológicos.
Sexualidade masculina
 Andropausa: diminuição da produção de 
testosterona.
 Climatério masculino: 10 anos após o 
feminino (+/– 65 anos).
 Sintomas: depressão, fadiga, menorSintomas: depressão, fadiga, menor 
impulso sexual, disfunções eréteis 
ocasionais e queixas físicas (↓ memória, 
etc.).
 Causas físicas, psicológicas, culturais.
 Maior desinformação e preconceito Maior desinformação e preconceito.
Câncer de mama e prevenção
2o tipo mais comum no mundo.
 Mais comum acima de 50 anos.
 Câncer de maior mortalidade feminina no 
Brasil – detecção tardia.
 Assintomático nas fases iniciais Assintomático nas fases iniciais.
 Mamografias gratuitas (SUS).
 Apoio familiar e conjugal.
Câncer de próstata e prevenção
 Afeta 18% da população masculina 
mundial.
 Após 50 anos, 30% dos homens 
desenvolvem câncer de próstata. 
 Após 80 anos, o índice aumenta paraApós 80 anos, o índice aumenta para 
50%.
 Sintomas: dor, dificuldade em urinar, 
disfunção erétil.
 Dosagem de PSA e toque retal.
 Preconceito.
Sexualidade na meia-idade
 Pode diminuir devido à monotonia em 
um relacionamento, preocupação com 
negócios, fadiga etc.
 Pode melhorar devido à inexistência do 
risco de gravidez.
 Preconceitos e tabus sociais.
Desenvolvimento cognitivo na 
meia-idade
 Rigidez → flexibilidade.
 Maior pragmatismo, praticidade.
 Maior consideração pelas 
consequências.
 Lógica + intuição + emoção Lógica + intuição + emoção.
 Inteligência cristalizada:
 ↑ acúmulo de informações.
 educação + cultura = conhecimento.
Desenvolvimento psicossocial na 
meia-idade
 Competência, produtividade, controle.
 Maturidade: necessidade de transmitir 
conhecimento aos mais jovens. 
 Geração ‘‘sanduíche’’: entre pais e 
filhos:filhos:
 tornar-se cuidador dos pais;
 síndrome do “ninho vazio”.
Generatividade x estagnação
 Erikson (1937).
 Generatividade: produtividade e 
criatividade.
 Estagnação: tédio e empobrecimento 
interpessoal.interpessoal.
 Balanço da vida: introspecção.
 Relação com a finitude do tempo.
 Importância das amizades.
Para refletir
 Nas famílias com pais na meia-idade e 
filhos na adolescência, é comum se 
estabelecer uma relação de inveja: os 
filhos detêm a juventude; os pais detêm 
o poder da vida adulta, muitas vezes, 
simbolizado pelo poder econômicosimbolizado pelo poder econômico.
 Como os valores da nossa sociedade 
interferem nessa situação?
Interatividade
Em relação aos aspectos físicos, sexuais e 
cognitivos na meia-idade, leia atentamente as 
cinco alternativas e assinale a alternativa 
incorreta:
a) Climatério é um termo exclusivo para 
mulheres e corresponde às mudanças quemulheres e corresponde às mudanças que 
antecedem a menopausa.
b) A sexualidade na meia-idade pode ser mais 
satisfatória pela ausência do risco da 
gravidez.
c) É uma idade de paradoxos: ganhos ec) É uma idade de paradoxos: ganhos e 
perdas físicos e sócio-afetivos.
d) A crise psicossocial dessa fase envolve: 
generatividade x estagnação.
e) A detecção tardia do câncer de 
mama aumenta sua mortalidade.
Desenvolvimento na velhice
 Idosos jovens (65 a 74 anos) 
ativos, cheios de vida e vigorosos.
 Idosos velhos (75 a 84 anos) 
aumentam: fraqueza, enfermidades 
eventuais, dificuldades para AVD.
 Idosos mais velhos (85 anos ou mais) 
acentuam características anteriores.
 Envelhecimento primário: natural.
 Envelhecimento secundário: doenças e 
hábitos efeitos parcialmente evitáveishábitos – efeitos parcialmente evitáveis.
O envelhecimento brasileiro
Aumento na expectativa de vida:
 Em 1980, a esperança de vida era de 63,4 
anos.
 Hoje chega a 74 anos.
 Em 2050 alcançará quase 80 anos: 79 4 Em 2050, alcançará quase 80 anos: 79,4.
 Hoje, os idosos são 10,3% da população. 
Em 2050, serão 29%. 
 Brasil está envelhecendo em 30 anos o 
que a Europa demorou um século.
ONU, Jornal O Globo.
Quem cuidará dos idosos?
 Hoje: 984 geriatras (50 médicos por ano).
 Quando forem 5 mil geriatras 
precisaremos de 15 mil.
 Apenas 30% das cidades brasileiras têm 
instituições de longa permanência.instituições de longa permanência.
 Menos filhos: mulheres (“cuidadoras”) 
estão no mercado de trabalho.
Desenvolvimento físico na velhice
 Problemas crônicos, tais como: artrite, 
hipertensão, problemas cardíacos, 
diabetes.
 Problemas visuais, de coordenação e 
tempo de reação. 
 Alterações na aparência (pele, tônus).
 Diminuição da estatura, rarefação dos 
ossos.
 Tendência a dormir menos.
 Memória:
 Longo alcance: operacional ou curta.
Aloysius Alzheimer (1864-1915)
 Demência degenerativa, incurável (1906).
 Sintomas:
 perda da memória; 
 confusão mental; 
 alterações de humor (agressividade);
 falhas na linguagem;
 desligamento da realidade.
 Tratamento: retarda e/ou diminui os 
sintomassintomas.
 “Cuidar do cuidador”.
Teorias biológicas
 Teoria genética: ciclo vital já 
determinado.
 Teoria da mutação somática: acúmulo 
gradual de células modificadas, que não 
funcionam mais normalmente.
 Teoria biológica: acúmulo progressivo 
de elementos tóxicos em células e 
órgãos. 
 Teoria imunológica: anticorpos perdem a 
capacidade de distinguir proteínascapacidade de distinguir proteínas 
próprias e estranhas, atacando-as. 
Desenvolvimento cognitivo na 
velhice
 Declínio x desuso.
 Gerrig e Zimbardo (2005): poucas 
evidências científicas de declínio.
 Diferenças qualitativas:
 aprendizado mais lento; aprendizado mais lento;
 disposição maior.
 “Tic-tac. Alguns amadurecem 
jovialmente, outros envelhecem 
imaturos. Tic-tac.” (BRANCO, 2011).
Desenvolvimento cognitivo na 
velhice
 Exemplo: “Oficina de jogos com a 
terceira idade”.
 Laboratório de Psicopedagogia da USP.
 ↑ Atenção, concentração, organização.
 ↑ Interação social ↑ Interação social.
 ↓ Depressão.
 ↑ Autoestima.
 ↑ Motivação e disposição.
 ↑ Valorização familiar ↑ Valorização familiar.
Terceira idade e tecnologia
 Cursos: 
 “Universidade aberta”;
 locais públicos;
 SESCs etc.
 + de 1 milhãode “internautas” 
brasileiros de 55 anos (8% dos que usam 
a web).
 Contatos sociais, busca de informações, 
pagar contas, diversão etc.
 Mudando estereótipos. 
Interatividade
Vimos que a qualidade do envelhecimento está 
diretamente relacionada a aspectos sociais e 
econômicos e não apenas a fatores físicos e 
hereditários. Nesse sentido, é correto afirmar que:
a) O idoso sempre apresentará uma perda 
cognitiva acentuada, biologicamente 
determinada.
b) O Brasil precisa investir na formação de 
geriatras, devido ao aumento acentuado dessa 
faixa etária.
c) As perdas cognitivas dependem mais do 
desuso dessas funções do que do seu declíniodesuso dessas funções do que do seu declínio 
próprio.
d) Já existem medicamentos que permitem a cura 
da doença de Alzheimer.
e) No idoso, a memória de curto alcance 
se preserva, e a de longo, não.
O desenvolvimento psicossocial na 
velhice
 Que “herança” cada um deixará?
 Relações intrafamiliares.
 Relações extrafamiliares.
 Liberdade frente a convenções sociais: 
“pensa fala sente e faz”“pensa, fala, sente e faz”.
 Postura contemplativa frente à vida.
Integridade do ego x desesperança
 Erikson (1987): 8o estágio psicossocial.
 Integridade do ego: realização e 
satisfação; “estar em paz consigo”.
 Desesperança: amargura, 
arrependimento, culpa, “desgostoarrependimento, culpa, desgosto 
consigo mesmo”.
 Virtude: sabedoria.
“Instantes”, de Borges (2011)
‘‘Se eu pudesse viver novamente a 
minha vida [...]
Correria mais riscos, viajaria mais,
Contemplaria mais entardeceres, subiria 
mais montanhas,mais montanhas,
Nadaria mais rios [...]
Daria mais voltas na minha rua, 
contemplaria mais os
Amanheceres e brincaria com mais 
crianças, se tivesse
Outra vez a vida pela frente.
Mas eu tenho 85 anos e sei que
estou morrendo.’’
Criação artística e religiosidade
Dois caminhos para elaborar a angústia 
frente à morte, Brochsztain (1998):
Prêmio “Talentos da maturidade”: 
 Artes plásticas, fotografia, literatura e 
música vocal.música vocal.
“Prêmio inclusão cultural da pessoa idosa”
(Ministério da Cultura):
 Ações que promovam diretamente teatro, 
dança, música, literatura, artes visuais e 
outras formas de expressão artísticaoutras formas de expressão artística, 
além do desenvolvimento de produtos, 
ações e espaços culturais destinados às 
pessoas idosas. 
Aposentadoria
 Idoso e trabalho: aspectos culturais.
 Antigamente: aposentadoria ‘‘esperada’’.
 Atualmente: aposentadoria ‘‘temida’’.
 A “exploração” do idoso pelos 
familiaresfamiliares.
6 “teorias” sobre envelhecimento 
Griffa e Moreno (2001)
1. Teoria personal-espiritualista:
 intensifica sua sensação de 
transitoriedade;
 religiosidade e espiritualidade: saúde religiosidade e espiritualidade: saúde, 
bem-estar e diminuição de mortalidade.
2. Teoria do desapego:
 diminuição do interesse por atividades, 
objetos, bens materiais e status;
 abandono de papéis.
6 “teorias” sobre envelhecimento 
Griffa e Moreno (2001)
3. Teoria da atividade:
 envelhecer bem = envelhecer ativo.
4. Teoria dos novos papéis:
 diminuição da atividade;
 busca por novos papéis que privilegiem 
motivações pessoais e capacidade física.
6 “teorias” sobre envelhecimento 
Griffa e Moreno (2001)
5. Teoria da continuidade:
 o melhor envelhecimento é aquele em 
que a pessoa envelhece como viveu.
6 Teoria da descontinuidade:6. Teoria da descontinuidade:
 as mudanças podem gerar novas formas 
de envelhecer bem. 
Velhice e preconceito
 Maior que preconceito racial.
 Incorporado sem crítica pela sociedade.
 Aceito pelos próprios idosos.
 Estatuto do idoso.
 Filas e vagas preferenciais.
 Princípio da equidade.
Para refletir... idoso e mídia
Você percebe as mudanças mais recentes 
na imagem dos idosos na mídia?
Estereótipos: 
 Antes de 1970: dependência física e 
afetiva, insegurança e isolamento,afetiva, insegurança e isolamento, 
teimosia, tolice e impertinência.
 Após 1980/1990: mais positivo, passando 
a simbolizar o poder, a riqueza, a 
perspicácia, o prestígio social.
 Após 2000: idoso consumidor Após 2000: idoso consumidor.
Interatividade
Ismael, 72 anos, comenta com sua filha: “Júlia, 
envelhecer é muito triste... Eu me arrependo tanto 
de não ter ficado mais próximo de você, de seus 
irmãos... Além disso, fiz sua mãe sofrer muito no 
início do nosso casamento... Eu era muito 
mulherengo e nem sei como ela me aguentou até 
aqui... Ah, se eu pudesse voltar no tempo! Eu errei 
tanto que nem ia saber por onde começar!”
Segundo Erikson, a fala de Ismael pode ser 
indicativa de que aspecto da crise psicossocial 
dessa idade?
a) Integridade do egoa) Integridade do ego.
b) Estagnação.
c) Generatividade.
d) Desesperança.
e) Sabedoria.
Morte e desenvolvimento humano
 Mecanismos de defesa: negação, 
deslocamento, racionalização. 
 Desde o nascimento: morte concebida 
como ausência, perda, separação.
 “Mortos em vida”.Mortos em vida . 
 Aspectos socioculturais.
 Kovács (2002).
Aspectos psicológicos
 Culpa pela morte do outro (crianças): o 
que eu fiz?
 Onipotência frente à morte, fracasso, 
imperícia (adolescentes): o que ele não 
fez?
 Universalidade e a particularidade frente 
à morte (adultos): como será a minha 
morte?
Relação com a vida x relação com a morte.
Ariès (apud, Kovács, 2002)
Representações sociais da morte
 Morte domada:
 Lamento da vida, busca do perdão 
dos companheiros e absolvição 
sacramental.sacramental. 
 Morte de si mesmo:
 Medo com o que vem após a morte, 
inferno, castigo eterno. 
Ariès (apud, Kovács, 2002)
Vida no cadáver ou vida na morte:
 matéria-prima para alguns remédios, 
fertiliza a terra e transmite vida.
Morte do outro:
 possibilidade de evasão e liberação mas possibilidade de evasão e liberação, mas 
também a ruptura insuportável e a 
separação.
Morte invertida: 
 é vergonhoso e representa o fracasso.
 significado contemporâneo.
‘‘Morte e vida severina’’
“... Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trintade velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte,
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte severina
ataca em qualquer idade,ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida).”
João Cabral de Melo Neto
Fases do luto – Bowlby (1984)
 Torpor ou aturdimento (choque).
 Saudade e busca da figura perdida.
 Desorganização e desespero.
 Alguma organização.
 Processos psicológicos no luto:
 fixação, repressão e cisão de ego;
 distúrbios alimentares e de sono.
 Intensidade + persistência.
5 aspectos que interferem no luto
1. Identidade e papel da pessoa morta. 
2. Idade e sexo do enlutado.
3. A personalidade do enlutado.
4. As causas e as circunstâncias da perda.
5. As circunstâncias sociais e psicológicas 
que afetam o enlutado, na época e após 
a perda.
 Luto antecipatório: morte como alívio.
A morte na escola
 Falar do assunto é importante.
 Não usar expressões: “ele virou estrela” 
ou “foi para o céu”.
 Ajudar a criança a elaborar o sentimento 
de luto.de luto. 
 Em casos de tragédias, oferecer 
acompanhamento psicológico.
 Organizar uma cerimônia de 
homenagem.
A morte na escola – Continuação
 Abrir espaço para que os pais também 
tragam as suas contribuições. 
 Entender possíveis alterações de 
comportamento e rendimento e saber 
lidar com eles.
 Jamais abolir os mortos da vida das 
crianças.
Interatividade
A morte é um tema delicado e pouco aceito 
por nossa sociedade. Segundo o que 
estudamos sobre esse tema, assinale a 
alternativa incorreta:a) A diferença entre o luto normal e o 
patológico é a intensidade e a perseverançapatológico é a intensidade e a perseverança 
dos sentimentos.
b) É comum o adolescente se relacionar com a 
morte de modo onipotente.
c) Na morte invertida, segundo Ariès, ela se 
relaciona com vergonha e fracasso.relaciona com vergonha e fracasso.
d) A identidade, o papel e a idade da pessoa 
morta interferem no processo de luto.
e) A escola deve evitar falar de morte para não 
incentivar pensamentos e sentimentos 
negativos nos alunos.
ATÉ A PRÓXIMA!

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