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O Nazifascismo

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O Nazifascismo
Introdução
O nazi-fascismo foi uma doutrina política que surgiu e desenvolveu, principalmente, na Itália e Alemanha entre o começo da década de 1920 até o final da Segunda Guerra Mundial. Esta doutrina ganhou o nome de nazismo na Alemanha e teve como principal representante Adolf Hitler. Na Itália, ganhou o nome de fascismo e teve Benito Mussolini como líder.
Nazismo
A partir do final da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha mergulhou em uma crise econômica agravada ainda mais pelas enormes indenizações impostas pelo Tratado de Versalhes e pela ocupação do vale do Ruhr por França e Bélgica. O marco alemão desaba e consegue se estabilizar somente em Novembro de 1923, quando sua cotação atinge 4,6 bilhões de marcos para US$ 1. A hiper inflação tem efeito devastador sobre a economia, desorganizando a produção e o comércio. Em 1931, há 4 milhões de desempregados, quase 30 mil falências e a produção cai em todos os sectores.
No plano político, a situação também era grave, pois vários golpes de direita e esquerda se sucederam, todos fracassados.
A crise econômica mundial de 1929 permitiu a ascensão ao poder do líder do partido Nazista, Adolf Hitler.
Hitler e o Nazismo
Hitler nasceu na Áustria e pretendia ser pintor. Mas, por duas vezes, foi reprovado nos exames para ingresso na Academia de Viena. Após a morte dos pais, vivia como um mendigo, pernoitando em albergues e tentando viver dos cartões postais que pintava.
Quando começou a guerra, incorporou-se em um regimento alemão. Participou com bravura, foi ferido duas vezes e condecorado com a Cruz de Ferro. Mas a derrota o abalou profundamente.
Ele era extremamente nacionalista. Opunha-se aos judeus, num anti-semitismo cujas origens são difíceis de serem explicadas. Via nos judeus um fator de corrupção do povo alemão. Cristo e Marx, dois judeus, pregavam a igualdade entre os homens e a resignação, ideias que Hitler considerava nocivas ao povo alemão. Daí, surgiu sua doutrina racista, segundo a qual os homens eram desiguais por natureza. A raça superior era a dos arianos (germânicos), altos e alourados. Na Alemanha, eles existiam em estado puro, sendo, pois, a raça sob a humilhação do Tratado de Versalhes. O povo alemão deveria agrupar-se em um único estado: A Grande Alemanha, que reuniria todas as populações germânicas.
Desprezava os povos latinos e principalmente os eslavos, os quais julgava que deveriam ser reduzidos à escravidão, dominados pelos germânicos. A pureza da raça ariana deveria ser defendida através da impiedosa perseguição aos judeus.
A partir dessas ideias de Hitler, surgiu o Nazismo, um regime totalitário e militarista que se baseava numa mística heróica de regeneração nacional. 
A crise econômica e a tomada do poder
Após as dificuldades econômicas dos primeiros anos pós-guerra, até 1924 a economia alemã havia recuperado seu equilíbrio, graças aos investimentos vindos do estrangeiro (principalmente dos Estados Unidos). De 1930 em diante, porém, os capitalistas estrangeiros começaram a retirar seus empréstimos. A inflação recomeçou e a crise econômica também. A produção do país entrou em declínio.
A miséria da população permitiu a ascensão política do Partido Nazista, bem como do partido Comunista. Nas eleições de 1930, essa tendência se manifestou claramente. Os nazistas elegeram 107 deputados e os comunistas 77, em detrimento dos partidos liberais.
Em 1932, terminava o período presidencial de Hindenburg; ele candidatou-se novamente, tendo Hitler como adversário. Foram necessárias duas eleições para decidir o pleito. Hitler perdeu, mas obtivera um considerável número de votos.
O cargo de primeiro-ministro foi confiado a von Papen. Sua grande dificuldade era o progresso dos nazistas. Estes aumentaram o número de deputados no Parlamento nas eleições seguintes. Hindenburg recebeu poderes excepcionais e chamou Hitler para a vice-chancelaria, mas o chefe nazista não aceitou.
Hindenburg substituiu von Papen por um general de tendências socialistas, esperando ganhar mais apoio popular. Mas o próprio von Papen convenceu o presidente a chamar Hitler para o poder, esperando assim poder controlá-lo melhor. No dia 30 de Janeiro de 1933, Hitler assumiu a chancelaria, com von Papen como vice-chanceler.
Da chegada ao poder até o estabelecimento da ditadura foi um passo rápido. Hitler formou um governo de coalizão direitista, incluindo os nazistas, nacionalistas, independentes e católicos. Em 27 de fevereiro promoveu o incêndio do Reichstag, atribuindo-o aos comunistas, como pretexto para decretar o fechamento da imprensa, a suspensão das atividades dos partidos de esquerda e o estado de emergência. Em 5 de Março do mesmo ano conseguiu a vitória nas eleições para o Reichstag com ampla maioria dos votos, usando todos os meios lícitos e ilícitos para chegar a este resultado.
O novo Reichstag eleito deu a Hitler plenos poderes. As cores da República foram substituídas por uma bandeira vermelha com a cruz gamada em negro e branco, símbolo do Partido Nazista. Todos os partidos, com exceção do nazista, foram dissolvidos e proibidos de se reorganizar. Hitler tornou-se o condutor, o guia e chefe.
Quando morreu Hindenburg em 1934, não foi eleito outro presidente. Hitler acumulou as funções de chanceler e chefe de Estado. Um plebiscito confirmou esta decisão com cerca de 90% dos votos a favor.
Estava legalizado o totalitarismo na Alemanha. Como Mussolini na Itália, Hitler detinha agora o poder absoluto em seu país.
Com a ascensão de Hitler ao poder, o anti-semitismo e os atos de violência contra judeus se tornaram política de estado. Em Abril de 1933 os judeus foram proibidos de praticar a medicina e a advocacia e de ocupar cargos públicos. Em 1935 judeus e demais minorias de sangue não - germânico foram privados de direitos constitucionais e proibidos de casar-se ou manter relações extra matrimoniais com cidadãos alemães ou de sangue ariano. Em 1936 foi criado o Serviço para a Solução do Problema Judeu, sob a supervisão das SS, que se dedicava à exterminação sistemática dos judeus por meio da deportação para guetos ou campos de concentração. Durante a Segunda Guerra, foram estabelecidos na Polônia ocupada os campos de extermínio em massa. Cerca de 6 milhões de judeus foram executados.
Hitler preferia as grandes manifestações e comícios noturnos, pela possibilidade de criar ‘rituais’ mais  ‘hipnotizantes’, com tochas e luzes que lembravam rituais quase medievais, quase ‘religiosos’, onde as forças instintivas do ser humano podiam ser ‘liberadas’. A noite também ajudava a fazer com que qualquer um perdesse a noção de quantas pessoas estavam ali ou da própria dimensão do evento.
Fascismo
Fascismo é um regime autoritário criado na Itália, que deriva da palavra italiana “fascio”, que remetia para uma "aliança" ou "federação".
Originalmente o fascismo foi um movimento político fundado por B. Mussolini em 23 de Março de 1919 e no seu início era composto por unidades de combate. 
O fascismo foi apresentado como partido político em 1921. Desde essa altura, a palavra "fascista" é usada para mencionar uma doutrina política com tendências autoritárias, anticomunistas e antiparlamentares, que defende a exclusiva autossuficiência do Estado e suas razões. Trata-se de um movimento antiliberal, que atua contra as liberdades individuais.
O fascismo é diferenciado das ditaduras militares porque o seu poder está fundamentado em organizações de massas e tem uma autoridade única. Os seus membros são na sua grande maioria provenientes da classe operária e da pequena burguesia rural e urbana, ou seja, dos ameaçados pelos fortes intervenientes do grande capital e do sindicalismo comunista.
Quando o fascismo se estabelece no poder, aceita a presença do grande capital e se impõe de forma disciplinadora, impedindo que as organizações operárias defendam a luta de classes (sindicatos, partidos políticos).
O fascismo é caracterizado por uma reação contra o movimento democrático que surgiu graças à Revolução Francesa, assim como pela furiosa oposiçãoàs concepções liberais e socialistas.
O termo fascismo passou a ser usado para englobar tanto os regimes diretamente ligados ao eixo Roma-Berlim e seus aliados, como os sistemas de autoridade que atribuíam ao estado funções acima daquelas que as democracias lhe entregavam. É o caso das referências ao "fascismo" espanhol, brasileiro, turco, português, entre outros.
Em 1945, com a queda dos principais estados fascistas e com a divulgação das atrocidades cometidas, o movimento fascista perdeu possibilidades de grandes mobilizações. Apesar disso, alguns grupos minoritários se mantiveram nos antigos estados fascistas (neofascismo).
O Fascismo na Itália
O Fascismo foi criado em Milão por Benito Mussolini, em março de 1919. Os "FascidiCombatimento" e os "Squadri" (grupos de combate e esquadrão respectivamente), foram criados com o objetivo de combater pelo terror, espancamento e, se necessário, eliminação física, os adversários políticos em especial os comunistas.
Agrupava pessoas com tendências políticas variadas: nacionalistas, anti-esquerdistas, contrarrevolucionários, ex-combatentes e desempregados.
Um profundo sentimento de frustração dominou a Itália após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). A situação econômica era mais difícil que antes da guerra. A crise social ganhava aspectos revolucionários.
Em 1919, um milhão de trabalhadores entraram em greve, no ano seguinte, os grevistas somaram 2 milhões, mais de 600 mil metalúrgicos do norte ocuparam fábricas e tentaram dirigi-las.
Por seu lado, o governo parlamentar, composto pelo partido socialista e pelo partido popular, não chegava a acordo nas grandes questões políticas, gerando impasses e impopularidade. A anarquia reinante facilitou a chegada dos fascistas ao poder.
O Partido Fascista, fundado oficialmente em novembro de 1921, cresceu depressa, o número de filiados passou de 200 mil em 1919 para 300 mil em 1921. No congresso do partido, realizado em Nápoles, em outubro de 1922, Mussolini anunciou uma “Marcha sobre Roma”, onde, cinquenta mil camisas negras dirigiram-se para a capital. Impotente, o rei Vitor-Emanuel III convidou o líder para formar o Ministério.
O governo manteve as aparências de monarquia parlamentarista, mas Mussolini detinha plenos poderes. Nas eleições fraudulentas, os fascistas obtiveram 65% dos votos. Em 1925, Mussolini torna-se o Duce (o condutor supremo da Itália) e o fascismo começava a mostrar sua verdadeira face: acabou com as liberdades individuais, políticas e de pensamento; fechou jornais, anulou o poder do Senado e a Câmara dos Deputados, criou uma polícia política, responsável pela repressão etc. Aos poucos foi instalando o regime ditatorial.
Após garantir para si plenos poderes e cercar- das elites dominantes Mussolini buscou o desenvolvimento econômico do país, porém, esse período de crescimento foi duramente afetado pela crise de 1929.
O desemprego e as falências aumentaram, mas o terror imposto pelo Estado impedia as manifestações de contestação ao regime. Em 1940, os fascistas jogaram a Itália na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), da qual o país saiu arruinado.
O Fascismo na Espanha
Embora o fascismo tenha surgido na Itália sob os ideais do líder fascista Benito Mussolini, sua ideologia acabou se espalhando por diversos países europeus. Na Espanha, o Franquismo é o nome dado ao período de repressão da sociedade implementado pelo general Francisco Franco que apoiava os regimes fascistas na Europa, e por isso é denominado de fascismo espanhol.
A ditadura de Franco, que recebeu apoio de Mussolini e Hitler, representou um governo totalitário, ditatorial, militarista, anticomunista e nacionalista que vigorou entre os anos de 1939 e 1976 na Espanha. O Franquismo terminou com a morte de seu líder, Francisco Franco.
Características do Nazifascismo
Estado totalitário, com poder absoluto e extensão desse poder a todas as 
manifestações da vida nacional.
Autoritarismo, segundo o qual a autoridade do líder – o Duce – era indiscutível.
Nacionalismo exagerado, uma vez que a nação é um bem supremo, e em nome dela qualquer sacrifício deve ser exigido dos indivíduos.
Racismo, uma vez que é preciso “purificar” o elemento nacional de qualquer tipo de “contaminação” do sangue. O racismo se alimenta do nacionalismo e vice-versa.
Expansionismo, visto como uma necessidade básica da nação donde as fronteiras devem ser alargadas, pois é preciso conquistar o espaço vital.
Militarismo, que possibilita a salvação nacional por meio da luta, da guerra e do expansionismo.
Hierarquização da sociedade, uma vez que uns (a elite do partido) mandam e os outros obedecem. O fascismo preconiza uma visão do mundo segundo a qual cabe aos mais forte, tudo em nome da "vontade nacional", não se admitindo a contestação em hipótese alguma.
Fim do Nazifascismo
Com a derrota do Eixo na Segunda Guerra Mundial e o suicídio de Hitler, o “Terceiro Reich” (o “reino ariano”) foi desfeito. Em Nuremberg, cidade natal do partido nazista, ocorreu entre os anos de 1945 e 1946 um dos julgamentos mais famosos da história, no qual foram condenados alguns dos responsáveis pelo desenvolvimento do Reich. A prisão de Mussolini representou ainda outro importante revés para as forças fascistas. Mesmo com a manutenção do Salazarismo em Portugal e da ditadura espanhola de Franco, o nazifascismo parecia não mais amedrontar o mundo como antes.
No entanto, ao longo das décadas seguintes, surgiram em diversos países grupos políticos que, baseados em uma releitura dos ideais nazifascistas, representavam os anseios de boa parte da população. Nos últimos anos, movimentos “neonazistas” têm cada vez mais se proliferado, notadamente em função da propagação da crise econômica mundial. Esse preocupante cenário nos mostra que o “absurdo” não é exclusividade do passado, e os horrores dos nazifascismos têm que ser permanentemente combatidos.
Conclusões:
1-____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2-
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3-
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4-
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5-
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Referências
https://www.suapesquisa.com/historia/nazi-fascismo.htm
http://www.notapositiva.com/old/trab_estudantes/trab_estudantes/historia/historia_trab/histnazfascismo.htm
http://educacao.globo.com/historia/assunto/mundo-em-tempos-de-guerra/experiencias-nazifascistas.html
https://www.todamateria.com.br/fascismo/
https://www.significados.com.br/fascismo/

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