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Carol	
  Lopez	
  e	
  Fernanda	
  Campos	
  
Alunas	
  do	
  Curso	
  de	
  Medicina	
  Veterinária	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
Universidade	
  Anhembi	
  Morumbi	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  
2ª	
  EDIÇÃO	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
VOLUME	
  3	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
Fêmeas	
  –	
  Parte	
  I	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
   	
   	
  	
  
Revisão:	
  Profª	
  SILVIA	
  FERRARI	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  2	
  
	
  
Sumário	
  
Eixo	
  Hipotálamo	
  Hipófise	
  Gonadal	
  ..................................................................................................................................	
  5	
  
Má	
  nutrição	
  pode	
  afetar	
  ..................................................................................................................................................	
  6	
  
Temperatura	
  ....................................................................................................................................................................	
  6	
  
Fases	
  do	
  Ciclo	
  Estral	
  .........................................................................................................................................................	
  7	
  
Exame	
  Ginecológico	
  em	
  Éguas	
  e	
  Vacas	
  ...........................................................................................................................	
  7	
  
Anamnese	
  ....................................................................................................................................................................	
  7	
  
Exame	
  Geral	
  .................................................................................................................................................................	
  8	
  
Diferenças	
  anatômicas	
  .................................................................................................................................................	
  8	
  
Vulva	
  ............................................................................................................................................................................	
  9	
  
Avaliar	
  ......................................................................................................................................................................	
  9	
  
Vagina	
  ..........................................................................................................................................................................	
  9	
  
Cérvix	
  ...........................................................................................................................................................................	
  9	
  
Útero	
  ..........................................................................................................................................................................	
  10	
  
Ovários	
  .......................................................................................................................................................................	
  10	
  
Ultrassom	
  ...................................................................................................................................................................	
  10	
  
Exames	
  complementares,	
  específicos	
  .......................................................................................................................	
  10	
  
Exame	
  Ginecológico	
  em	
  Cadelas	
  ...................................................................................................................................	
  11	
  
Anamnese	
  ..................................................................................................................................................................	
  11	
  
Exame	
  Clínico	
  Geral	
  ...................................................................................................................................................	
  11	
  
Exame	
  do	
  aparelho	
  reprodutor	
  .................................................................................................................................	
  11	
  
Citologia	
  Vaginal	
  ........................................................................................................................................................	
  12	
  
Ultrassom	
  ...................................................................................................................................................................	
  12	
  
Raio	
  X	
  .........................................................................................................................................................................	
  12	
  
Manejo	
  e	
  IA	
  em	
  Vacas	
  ...................................................................................................................................................	
  13	
  
Fases	
  do	
  Ciclo	
  Estral	
  da	
  vaca	
  –	
  21	
  dias	
  .......................................................................................................................	
  13	
  
Estro	
  .......................................................................................................................................................................	
  16	
  
Metaestro	
  ..............................................................................................................................................................	
  16	
  
Diestro	
  ...................................................................................................................................................................	
  16	
  
Puberdade	
  .................................................................................................................................................................	
  16	
  
Identificação	
  do	
  cio	
  ....................................................................................................................................................	
  16	
  
Sinais	
  do	
  cio	
  ...............................................................................................................................................................	
  17	
  
Erro	
  na	
  detecção	
  do	
  cio	
  .............................................................................................................................................	
  17	
  
Bovinos	
  de	
  Corte	
  ............................................................................................................................................................	
  17	
  
IATF	
  –	
  Inseminação	
  Artificial	
  a	
  Tempo	
  Fixo	
  ...................................................................................................................17	
  
1.	
  Protocolo	
  Prostaglandina	
  .......................................................................................................................................	
  18	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  3	
  
	
  
2.	
  Protocolo	
  Ovsynch	
  (mais	
  utilizado)	
  .......................................................................................................................	
  19	
  
2.1	
  Co-­‐Synch	
  ..........................................................................................................................................................	
  20	
  
2.2	
  Pré-­‐Synch-­‐Ovsynch	
  ..........................................................................................................................................	
  20	
  
3.	
  Protocolo	
  Progesterona	
  .........................................................................................................................................	
  20	
  
Bovinos	
  de	
  Leite	
  .............................................................................................................................................................	
  21	
  
Búfalas	
  ...........................................................................................................................................................................	
  22	
  
Comparação	
  das	
  espécies	
  de	
  ruminantes	
  .....................................................................................................................	
  22	
  
O	
  que	
  é	
  o	
  cio	
  entrecortado	
  nas	
  cadelas?	
  ...................................................................................................................	
  23	
  
Sincronização	
  de	
  cio	
  ..................................................................................................................................................	
  23	
  
Efeito	
  macho	
  ..........................................................................................................................................................	
  23	
  
Efeito	
  fêmea	
  ...........................................................................................................................................................	
  23	
  
Ciclo	
  da	
  cabra	
  .................................................................................................................................................................	
  24	
  
Fase	
  Luteínica	
  ou	
  Progestacional	
  ...............................................................................................................................	
  24	
  
Fase	
  Folicular	
  ou	
  Estrogênica	
  .....................................................................................................................................	
  24	
  
Proestro	
  .................................................................................................................................................................	
  24	
  
Estro	
  .......................................................................................................................................................................	
  24	
  
Estacionalidade	
  ..............................................................................................................................................................	
  25	
  
Santa	
  Inês	
  ...............................................................................................................................................................	
  25	
  
Sincronização	
  do	
  cio	
  de	
  uma	
  raça	
  que	
  não	
  é	
  estacional	
  ................................................................................................	
  25	
  
Como	
  fazer	
  isso	
  com	
  as	
  fêmeas	
  estacionais?	
  ................................................................................................................	
  26	
  
Ciclo	
  das	
  Ovelhas	
  ...........................................................................................................................................................	
  26	
  
Formas	
  de	
  fazer	
  a	
  fêmea	
  entrar	
  em	
  cio	
  no	
  anestro	
  ...............................................................................................	
  28	
  
Programa	
  de	
  Luz	
  ........................................................................................................................................................	
  29	
  
Laparoscopia	
  ..........................................................................................................................................................	
  29	
  
Afecções	
  do	
  Sistema	
  Reprodutor	
  Feminino	
  ...................................................................................................................	
  30	
  
FIBROPAPILOMA	
  ........................................................................................................................................................	
  30	
  
CARCINOMA	
  DE	
  CÉLULAS	
  ESCAMOSAS	
  VULVAR	
  .......................................................................................................	
  31	
  
PROLAPSO	
  VAGINAL	
  ..................................................................................................................................................	
  32	
  
METRITE	
  .....................................................................................................................................................................	
  33	
  
PERIMETRITE	
  ..............................................................................................................................................................	
  34	
  
Hipoplasia	
  Ovariana	
  ...................................................................................................................................................	
  35	
  
Endometrite	
  Clinica	
  ...................................................................................................................................................	
  36	
  
Endometrite	
  Subclínica	
  ..............................................................................................................................................	
  37	
  
Cistos	
  foliculares	
  luteinizados	
  (ou	
  luteínicos)	
  ............................................................................................................	
  37	
  
ALTERAÇÕES	
  CONGÊNITAS	
  DA	
  CÉRVIX	
  ......................................................................................................................	
  38	
  
Vaginites	
  ....................................................................................................................................................................	
  39	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  4	
  
	
  
Laceração	
  ...................................................................................................................................................................	
  40	
  
Retenção	
  de	
  Placenta	
  ................................................................................................................................................	
  41	
  
Cisto	
  Folicular	
  Bovino	
  ................................................................................................................................................	
  42	
  
Tumores	
  Ovarianos	
  ....................................................................................................................................................42	
  
Neoplasia	
  ovariana	
  ....................................................................................................................................................	
  43	
  
Referências	
  ....................................................................................................................................................................	
  45	
  
Ilustrações	
  ......................................................................................................................................................................	
  45	
  
Bibliografia	
  .....................................................................................................................................................................	
  45	
  
Livros	
  ..........................................................................................................................................................................	
  45	
  
Agradecimentos	
  .............................................................................................................................................................	
  46	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  5	
  
	
  
Eixo	
  Hipotálamo	
  Hipófise	
  Gonadal	
  
	
  
	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
   	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  6	
  
	
  
No	
  inicio	
  do	
  ciclo	
  estral	
  das	
  fêmeas	
  
	
  
ü FSH	
  (hormônio	
  folículo	
  estimulante):	
  estimula	
  o	
  crescimento	
  dos	
  folículos	
  (produz	
  estrógeno);	
  
ü Estrógeno	
  (cio):	
  feedback	
  pos.	
  com	
  hipotálamo,	
  +GnRh,	
  +FSH	
  e	
  LH	
  para	
  continuar	
  crescendo;	
  
ü Folículo	
  dominante:	
  produz	
  inibina;	
  
ü Inibina:	
  feedback	
  neg.	
  com	
  hipófise,	
  -­‐FSH	
  e	
  +LH,	
  não	
  precisa	
  mais	
  crescer;	
  
ü LH	
  (luteinizante):	
  maturação,	
  ovulação	
  e	
  luteinização.	
  
ü Ovulação:	
  rompimento	
  do	
  folículo	
  liberando	
  o	
  oócito;	
  
ü Luteinização:	
  formação	
  do	
  corpo	
  lúteo	
  (produz	
  progesterona);	
  
ü Progesterona	
  (hormônio	
  da	
  gestação):	
  	
  feedback	
  neg.	
  com	
  hipotálamo,	
  -­‐GnRh,	
  -­‐FSH	
  e	
  LH.	
  Mantém	
  P4	
  até	
  
final	
  da	
  gestação;	
  
ü Se	
  não	
  for	
  fertilizada	
  
ü 	
  Prostaglandina	
  (PGF2∂):	
  produzida	
  pelo	
  útero	
  lisa	
  o	
  corpo	
  lúteo	
  (luteólise),	
  não	
  tem	
  mais	
  progesterona,	
  
logo,	
  não	
  tem	
  mais	
  feedback	
  neg.	
  para	
  o	
  hipotálamo	
  e	
  ele	
  volta	
  a	
  produzir	
  GnRh,	
  +FSH	
  e	
  +LH,	
  aparecimento	
  
de	
  novos	
  folículos.	
  
ü Se	
   há	
   risco	
   de	
   aborto/lise	
   do	
   corpo	
   lúteo,	
   podemos	
   aplicar	
   progesterona	
   exógena	
   e	
   tentar	
   manter	
   a	
  
gestação.	
  
ü A	
  PGF2∂	
  também	
  pode	
  ser	
  utilizada	
  para	
  fazer	
  contração	
  uterina	
  como	
  a	
  ocitocina	
  
Má	
  nutrição	
  pode	
  afetar	
  
	
  
ü Secreção	
  de	
  GnRH	
  	
  (baixa	
  gordura	
  corporal)	
  
ü ciclicidade	
  
ü estação	
  de	
  monta	
  
ü restabelecimento	
  da	
  atividade	
  ovariana	
  pós	
  parto	
  
ü início	
  da	
  puberdade	
  
Temperatura	
  
	
  
ü CALOR:	
  pode	
  causar	
  perda	
  embrionária;	
  queda	
  na	
  produção	
  de	
  GnRh	
  por	
  aumento	
  de	
  cortisol;	
  
ü FOTOPERÍODO	
  +	
  diminui	
  melatonina:	
  ÉGUAS	
  e	
  GATAS	
  -­‐	
  estação	
  de	
  monta	
  no	
  verão	
  
ü FOTOPERÍODO	
  –	
  aumenta	
  melatonina:	
  CABRAS	
  	
  -­‐	
  estação	
  de	
  monta	
  no	
  inverno	
  
	
  
Exemplo	
  das	
  éguas:	
  	
  
Estação	
  de	
  monta	
  no	
  verão:	
  +luminosidade,	
  captação	
  pelo	
  gânglio	
  cervical	
  superior	
  (relógio	
  biológico)	
  que	
  
avisa	
  a	
  pineal,	
  -­‐melatonina	
  produzida	
  somente	
  à	
  noite,	
  inicia	
  o	
  ciclo	
  estral.	
  
	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  7	
  
	
  
Fases	
  do	
  Ciclo	
  Estral	
  
	
  
PROESTRO	
   Estrógeno	
  e	
  FSH	
   Crescimento	
  folicular	
   Cadela,	
  vaca,	
  ovelha,	
  cabra	
  e	
  gata	
  
ESTRO	
   Estrógeno,	
  FSH,	
  LH	
   Aceitação	
  do	
  macho	
   Cadela,	
  vaca,	
  ovelha,	
  cabra,	
  gata	
  e	
  égua	
  
METAESTRO	
   Progesterona	
   Ovulação	
  vaca	
  e	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  formação	
  do	
  corpo	
  lúteo	
   Vaca,	
  ovelha	
  e	
  cabra	
  
DIESTRO	
   Progesterona	
  e	
  CL	
   Gestação	
   Cadela,	
  vaca,	
  ovelha,	
  cabra,	
  gata	
  e	
  égua	
  
INTERESTRO	
   	
   Após	
  estro	
  sem	
  ovulação	
   Gatas	
  
	
  	
   	
  
Exame	
  Ginecológico	
  em	
  Éguas	
  e	
  Vacas	
  	
  
ü avaliar	
  fase	
  do	
  ciclo	
  estral	
  
ü início	
  da	
  estação	
  de	
  monta	
  	
  
ü patologias	
  
ü causas	
  de	
  infertilidade	
  
ü diagnóstico	
  de	
  gestação	
  
ü posicionammento	
  do	
  feto	
  
ü viabilidade	
  do	
  feto	
  
ü se	
  tem	
  placentite	
  –	
  ultrassom	
  
ü quantos	
  filhotes	
  são	
  
ü compra	
  e	
  venda	
  
ü útero	
  saudável	
  
ü cérvix	
  saudável	
  
ü ovula	
  normalmente	
  
Anamnese	
  	
  
ü quando	
  foi	
  último	
  parto;	
  
ü se	
  teve	
  aborto;	
  	
  
ü parto	
  normal	
  ou	
  distócico;	
  	
  
ü IA	
  ou	
  monta	
  natural	
  (pode	
  contaminar,	
  ocorrer	
  algum	
  trauma,	
  saber	
  se	
  deixa	
  o	
  garanhão	
  montar)	
  
ü comportamento	
  e	
  duração	
  do	
  ciclo	
  estral	
  
ü nutrição	
  
ü toma	
  medicamentos	
  
ü manejo	
  geral	
  e	
  de	
  pré	
  e	
  pós	
  parto	
  
ü densidade	
  populacional	
  
ü idade	
  
ü doenças	
  infecto	
  contagiosas	
  
ü vacinação	
  
ü retenção	
  de	
  placenta	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  8	
  
	
  
Exame	
  Geral	
  
ü ECC	
  (vacas	
  2	
  –	
  3	
  /	
  búfalas	
  3	
  -­‐4	
  /	
  éguas	
  ganho	
  de	
  peso	
  positivo)	
  
ü presença	
  de	
  ectoparasitas	
  	
  
ü aprumos	
  (vai	
  carregar	
  o	
  peso	
  do	
  feto	
  e	
  pode	
  atrapalhar)	
  
ü estado	
  dos	
  cascos	
  
ü comprtamento	
  diante	
  do	
  macho	
  
ü mucosas	
  
ü temperatura	
  
ü FC	
  
ü FR	
  
ü vagina	
  -­‐>	
  cérvix	
  -­‐>	
  útero	
  -­‐>	
  ovários	
  
	
  
Diferenças	
  anatômicas	
  
	
  	
  	
  	
  	
  Figura	
  1	
  	
  	
  	
   	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
   	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
Figura	
  2	
  
ü Cornos	
  uterinos	
  dorsais	
  
ü Não	
  possui	
  anéis	
  na	
  cérvix	
  
ü Ovário	
  com	
  fossa	
  ovulatória	
  (diferente	
  
de	
  todas	
  espécies	
  que	
  ovulam	
  pelo	
  
ovário	
  inteiro)	
  
VACAS	
  
ÉGUAS	
  
ü Cornos	
  uterinos	
  ventrais	
  
ü Possui	
  anéis	
  na	
  cérvix	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  9	
  
	
  
Vulva	
  
ü corrimento	
  e	
  edema,	
  suja	
  –	
  provável	
  estro	
  
ü sem	
  alterações,	
  lisa	
  e	
  macia–	
  provável	
  diestro	
  
	
  
Sefoi	
  realizado	
  US	
  e	
  está	
  em	
  diestro,	
  corpo	
  lúteo,	
  progesterona	
  e	
  ao	
  mesmo	
  tempo	
  te	
  secreção	
  na	
  vulva.	
  
Possivelmente	
  está	
  com	
  alguma	
  inflamação.	
  Avaliar	
  
ü angulação	
  (muito	
  angulada	
  pode	
  cair	
   fezes	
  na	
  vulva	
  e	
  causar	
   infecção,	
  necessário	
   fazer	
  plástica	
  –	
  
ÉGUAS;	
  vacas	
  acaba	
  sendo	
  normal)	
  
ü posição	
  
ü assimetria	
  dos	
  lábios	
  –	
  neoplasia,	
  hematoma,	
  abcesso,	
  ferimento;	
  
ü fechamento	
  dos	
  lábios	
  –	
  laceração,	
  prolapso	
  de	
  vagina	
  
ü lábios	
  pequenos	
  –	
  pode	
  ser	
  hipoplasia	
  ovariana	
  ou	
  animal	
  jóven	
  
ü lábios	
  grandes	
  –	
  pode	
  ser	
  cisto	
  ovariano,	
  vulvite	
  ou	
  pós	
  parto	
  
ü cicatrizes,	
  aderência	
  ou	
  inflamação	
  
	
  	
  	
  	
  	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
  	
  	
  	
  	
  
Vagina	
  
ü muito	
  úmida	
  e	
  vermelha	
  –	
  estro	
  
ü pouco	
  úmida	
  e	
  vermelha	
  –	
  diestro	
  	
  
ü vacas	
  freemartin:	
  são	
  vacas	
  masculinizadas	
  e	
  tem	
  a	
  vagina	
  curta,	
  ou	
  falta	
  algum	
  órgão	
  reprodutivo.	
  
ü conteúdos	
  anormais:	
  fezes,	
  urina,	
  ar,	
  muco	
  ou	
  pús	
  
ü cultura	
  de	
  microorgnismos	
  -­‐	
  swab	
  
	
  
Cérvix	
  
ü muito	
  úmida,	
  vermelha	
  e	
  aberta	
  –	
  estro	
  
ü pouco	
  úmida,	
  rosa	
  e	
  fechada	
  –	
  diestro	
  
ü usar	
  espéculo	
  ou	
  palpação	
  para	
  avaliar	
  
ü VACAS	
  –	
  firme,	
  7	
  –	
  10cm,	
  possui	
  anéis	
  	
  
ü ÉGUAS	
  –	
  não	
  diferenciada,	
  sem	
  anéis	
  
	
  
Problemas	
  graves	
  de	
  cérvix	
  não	
  tem	
  o	
  que	
  fazer,	
  retirar	
  a	
  fêmea	
  da	
  reprodução.	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  10	
  
	
  
Útero	
  	
  
ü VACAS:	
  rígido	
  –	
  estro	
  /	
  flacido	
  –	
  diestro	
  	
  
ü ÉGUAS:	
  flacido	
  –	
  estro	
  /	
  rígido	
  –	
  diestro	
  	
  
	
  
Ovários	
  	
  
ü consistência	
  firme	
  –	
  presença	
  de	
  folículos	
  pequenos	
  (como	
  a	
  nossa	
  testa)	
  
ü consistência	
  flutuante	
  –	
  presença	
  de	
  folículo	
  dominante	
  (como	
  a	
  ponta	
  do	
  nosso	
  nariz)	
  
ü corpo	
  lúteo:	
  vacas	
  (como	
  a	
  nossa	
  testa)/	
  éguas	
  (como	
  nosso	
  queixo)	
  	
  
	
  	
  
Ultrassom	
  
ü importante	
  inspecionar	
  todo	
  o	
  útero	
  e	
  ovários;	
  
ü problemas	
  uterinos	
  e	
  ovarianos	
  como	
  endometrite	
  (presença	
  de	
  líquido	
  -­‐	
  anecoico),	
  edema	
  uterino	
  
(aspecto	
  rugoso,	
  classificado	
  de	
  0	
  –	
  3;	
  CIO);	
  
ü verificar	
  fase	
  do	
  ciclo	
  estral	
  (folículo	
  ou	
  corpo	
  lúteo	
  -­‐	
  hiperecoica);	
  
ü diagnóstico	
  de	
  gestação	
  precoce;	
  
ü perfil	
  hormonal;	
  
ü ovários,	
  sempre	
  avaliação	
  bilateral;	
  
ü tuba	
  uterina.	
  
ü útero	
  (sem	
  edema	
  se	
  já	
  ovulou)	
  
	
  
Exemplo:	
  Não	
  dá	
  pra	
  inseminar	
  a	
  fêmea	
  com	
  o	
  corpo	
  lúteo,	
  mas	
  ele	
  pode	
  estar	
  entrando	
  em	
  lise	
  se	
  tiver	
  um	
  
folículo	
  grande	
  do	
  outro	
  lado.	
  Se	
  só	
  tiver	
  o	
  corpo	
  lúteo	
  é	
  necessário	
  lisar	
  o	
  mesmo	
  aplicando	
  prostaglandina	
  
exógena,	
  em	
  5	
  dias	
  ocorre	
  a	
  lise.	
  
Exemplo:	
  Fiz	
  palpação	
  e	
  achei	
  folículo	
  grande	
  e	
  no	
  outro	
  ovário	
  não	
  tem	
  corpo	
  lúteo,	
  pode	
  estar	
  em	
  estro.	
  Vou	
  
verificar	
  se	
  tem	
  edema	
  uterino	
  (US)	
  e	
  cérvix	
  aberta.	
  
	
  
Exames	
  complementares,	
  específicos	
  
ü Biópsia	
  com	
  histopatológico	
  
ü Endoscopia	
  
	
  
	
  
	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  11	
  
	
  
Exame	
  Ginecológico	
  em	
  Cadelas	
  
	
  
	
  
Anamnese	
  
ü quando	
  foi	
  último	
  parto;	
  
ü se	
  teve	
  aborto;	
  	
  
ü parto	
  normal	
  ou	
  distócico;	
  	
  
ü comportamento	
  e	
  duração	
  do	
  ciclo	
  estral	
  
ü quanto	
  tempo	
  de	
  sangramento	
  (pode	
  ter	
  cio	
  seco)	
  
ü quanto	
  tempo	
  atrai	
  o	
  macho	
  (proestro	
  e	
  estro	
  mas	
  só	
  aceita	
  o	
  macho	
  no	
  estro)	
  
ü retenção	
  de	
  placenta	
  
ü nutrição	
  
ü toma	
  medicamentos	
  
ü idade	
  
ü vacinação	
  
	
  
Estrógeno	
  faz	
  uma	
  permeabilidade	
  vascular,	
  na	
  cadela,	
  tem	
  extravasamento	
  de	
  hemácias	
  e	
  não	
  ruptura	
  de	
  
vasos	
  como	
  nos	
  humanos	
  que	
  seria	
  a	
  menstruação.	
  
	
  
Exame	
  Clínico	
  Geral	
  
ü temperatura	
  
ü FC	
  
ü FR	
  
	
  
Exame	
  do	
  aparelho	
  reprodutor	
  
ü vulva:	
   fechada,	
   lábios	
   simétricos,	
   desenvolvida,	
   vulva	
   infantil	
   (hipoplasia	
   ovariana),	
   dermatite	
  
perivulvar,	
  clitóris	
  desenvolvido;	
  
ü vagina:	
  prolapso,	
  tumores	
  (TVT),	
  vaginite	
  
ü espéculo:	
  para	
  avaliar	
  mucosa	
  vaginal,	
  edemaciada	
  (proestro),	
  pregas	
  (estro),	
  muitas	
  pregas	
  e	
  sem	
  
vermelhidão	
  (diestro)	
  
	
  
	
  
	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  12	
  
	
  
Citologia	
  Vaginal	
  
ü Introduzir	
  o	
  cotonete	
  com	
  ângulo	
  de	
  45ºC	
  	
  
ü não	
  rolar	
  o	
  cotonete,	
  ir	
  carimbando	
  ele	
  na	
  lâmina	
  
	
  
	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Proestro	
   	
   	
   Estro	
   	
   	
   	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Diestro	
   	
   	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Anestro	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Obs.:	
  Em	
  gatas	
  muda	
  um	
  pouco:	
  elas	
  não	
  vão	
  ter	
  células	
  anucleadas,	
  ou	
  seja,	
  as	
  células	
  do	
  Estro	
  da	
  gata	
  vão	
  ser	
  
como	
  as	
  células	
  do	
  Proestro	
  em	
  cadelas.	
  
	
  
Ultrassom	
  
Avaliação	
  de	
  útero	
  e	
  ovário:	
  
ü aplasia	
  ovariana	
  
ü hiperplasia	
  endometrial	
  cística	
  (predisponente	
  da	
  Piometra)	
  
ü endometrite	
  
ü piometra	
  
ü cistos	
  e	
  tumores	
  ovarianos	
  
ü cistos	
  e	
  tumores	
  uterinos	
  
ü gestação	
  (fazer	
  palpação	
  abdominal	
  também)	
  
	
  
Raio	
  X	
  
	
  
Contagem	
  dos	
  fetos,	
  mas	
  só	
  pode	
  fazer	
  quando	
  o	
  feto	
  estiver	
  totalmente	
  formado	
  
PROESTRO 
DIESTRO 
ESTRO 
ANESTRO 
PROESTRO 
DIESTRO 
ESTRO 
ANESTRO 
PROESTRO 
DIESTRO 
ESTRO 
ANESTRO 
PROESTRO 
DIESTRO 
ESTRO 
ANESTRO 
Células	
  superficias	
  
queratinizadas	
  nucleadas	
  -­‐	
  
ação	
  do	
  estrógeno	
  e	
  
hemacias	
  
Células	
  superficias	
  
queratinizadas	
  
anucleadas	
  
Células	
  parabasais,	
  
intermediárias	
  e	
  
neutrófilos	
  (limpeza)	
  
Células	
  
basais	
  
Fo
nt
e:
	
  s
lid
es
	
  	
  p
ro
fª
	
  S
ilv
ia
	
  
Fe
rr
ar
iTecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  13	
  
	
  
Manejo	
  e	
  IA	
  em	
  Vacas	
  
	
  
Fases	
  do	
  Ciclo	
  Estral	
  da	
  vaca	
  –	
  21	
  dias	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
   	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  14	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  15	
  
	
  
	
  	
  	
  Nas	
  vacas	
  pode	
  ocorrer	
  duas	
  ou	
  três	
  ondas	
  foliculares	
  no	
  diestro:	
  
ü Recrutamento,	
  seleção	
  e	
  dominância	
  
ü Ovulação	
  
ü Formação	
  do	
  corpo	
  lúteo	
  
ü 2	
  dias	
  –	
  aumento	
  de	
  progesterona	
  (mantém	
  de	
  10	
  –	
  15	
  dias)	
  	
  
ü FSH	
  e	
  LH	
  continuam	
  sendo	
  produzidos	
  –	
  surgem	
  novas	
  ondas	
  foliculares	
  (2-­‐3)	
  
ü Esses	
  folículos	
  crescem	
  e	
  até	
   	
  viram	
  dominantes	
  mas	
  entra	
  em	
  atresia	
  por	
  causa	
  da	
  progesterona	
  
que	
   faz	
   feedback	
   negativo	
   com	
   o	
   hipotálamo	
   secretando	
   -­‐FSH	
   e	
   -­‐LH	
   em	
   quantidade	
   insuficiente	
  
para	
  que	
  ocorra	
  a	
  ovulação.	
  
ü Entrou	
  em	
  atresia	
  tem	
  nova	
  onda	
  folicular	
  (10-­‐15	
  dias	
  de	
  Diestro)	
  
ü Não	
  teve	
  fertilização	
  
ü Útero	
  produz	
  prostaglandina	
  
ü Lise	
  do	
  corpo	
  lúteo	
  (+	
  ou	
  –	
  16º	
  dia)	
  
ü Mas	
  tinha	
  a	
  3ª	
  onda	
  folicular	
  à	
  caminho,	
  +GnRh,	
  +FSH	
  e	
  +LH	
  
ü Conseguindo	
  fazer	
  ovulação	
  
	
  
Proestro	
  
ü 1ª	
  fase	
  do	
  ciclo	
  das	
  vacas	
  
ü 3	
  dias	
  
ü Fase	
  estrogênica	
  –	
  aumento	
  gradativo	
  
ü Final	
  do	
  diestro	
  
ü Cai	
  progesterona	
  e	
  aumenta	
  estrógeno	
  
ü Útero	
  –	
  mais	
  rígido	
  
ü Cérvix	
  –	
  relaxamento	
  e	
  secreção	
  de	
  muco	
  
ü Vagina	
  e	
  vulva	
  –	
  edemaciadas	
  e	
  avermelhadas	
  
	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  16	
  
	
  
Estro	
  
ü 10	
  –	
  18	
  horas	
  	
  (europeus	
  16	
  –	
  18	
  horas	
  e	
  	
  zebuínos	
  10	
  -­‐12	
  horas)	
  
ü Começa	
  a	
  montar	
  nas	
  outras	
  vacas	
  e	
  se	
  deixam	
  montar	
  –	
  aumento	
  de	
  estrógeno	
  
ü Útero	
  	
  -­‐	
  mais	
  rígido	
  
ü Cérvix	
  –	
  relaxada,	
  edemaciada,	
  aberta	
  e	
  com	
  muco	
  (parece	
  clara	
  de	
  ovo)	
  
ü Vagina	
  –	
  congesta,	
  edemaciada	
  e	
  úmida	
  
ü Vulva	
  –	
  relaxada,	
  edemaciada	
  e	
  úmida	
  
ü Mugindo,	
  inquieta,	
  pode	
  não	
  comer,	
  diminuição	
  da	
  produção	
  de	
  leite	
  
	
  Metaestro	
  
ü 4	
  –	
  5	
  dias	
  
ü Ovulação	
  de	
  8	
  –	
  15	
  horas	
  após	
  término	
  do	
  estro	
  
ü Ovário	
  –	
  formação	
  do	
  corpo	
  lúteo	
  hemorrágico	
  
ü Útero	
  	
  -­‐	
  mais	
  flácido	
  pela	
  progesterona	
  
ü Cérvix,	
  vagina	
  e	
  vulva	
  –	
  pálida	
  e	
  fechada	
  
	
  Diestro	
  
ü 10	
  –	
  15	
  dias	
  
ü ondas	
  foliculares	
  
ü Muito	
  progesterona	
  
ü Final	
  desta	
  fase	
  -­‐	
  Lise	
  do	
  corpo	
  lúteo	
  por	
  não	
  reconhecimento	
  materno	
  
ü Ovário	
  –	
  presença	
  do	
  corpo	
  lúteo	
  
ü Cérvix	
  –	
  pálida	
  e	
  fechada	
  
ü Vagina	
  e	
  vulva	
  –	
  pálida,	
  sem	
  edema	
  e	
  sem	
  secreção	
  
	
  
Puberdade	
  
300	
  –	
  360	
  dias	
   Leiteiras	
  
320	
  –	
  460	
  dias	
   Corte	
  europeu	
  
500	
  –	
  800	
  dias	
   Zebuinas	
  
10	
  meses,	
  aproximadamente	
   MACHOS	
  
	
  
Identificação	
  do	
  cio	
  
ü através	
  de	
  rufião:	
  vasectomizado	
  ou	
  desvio	
  de	
  pênis	
  
ü vacas	
  androgenizadas	
  
ü Pessoal	
  treinado	
  pra	
  observar	
  	
  
	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  17	
  
	
  
Sinais	
  do	
  cio	
  
ü inquietação	
  
ü mugido	
  
ü nervosismo	
  
ü monta	
  e	
  deixa	
  outras	
  fêmeas	
  montarem	
  
ü come	
  menos	
  
ü hiperemia	
  e	
  secreção	
  de	
  vulva	
  
	
  
Erro	
  na	
  detecção	
  do	
  cio	
  
ü aumento	
  no	
  intervalo	
  de	
  partos	
  
ü queda	
  na	
  produção	
  leiteira	
  
ü menos	
  bezerros	
  nascidos	
  
ü menos	
  pressão	
  de	
  seleção	
  
ü maior	
  gasto	
  com	
  alimentação	
  
	
  
	
  
Bovinos	
  de	
  Corte	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  
ü antecipar	
  puberdade	
  para	
  reposição	
  do	
  rebanho	
  antigo	
  
ü ajustando	
  nutrição	
  e	
  condições	
  sanitárias	
  
ü estação	
  de	
  monta	
  45	
  dias	
  +	
  25%	
  de	
  novilhas	
  que	
  o	
  necessário	
  para	
  reposição	
  
ü diagnóstico	
  de	
  gestação	
  –	
  45	
  a	
  65	
  dias	
  após	
  monta	
  
ü nutrição	
  adequada	
  	
  
ü exame	
  andrológico	
  em	
  touros	
  –	
  antes	
  da	
  estação	
  de	
  monta	
  
ü ECC	
  vacas	
  no	
  pós	
  parto	
  (2,5	
  –	
  3)	
  
	
  
IATF	
  –	
  Inseminação	
  Artificial	
  a	
  Tempo	
  Fixo	
  
	
  
ü sincronização	
  do	
  cio	
  
ü resposta	
  ovulatória	
  satisfatória	
  
ü única	
  IA	
  
ü alta	
  taxa	
  de	
  prenhêz	
  	
  
	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  18	
  
	
  
1.	
  Protocolo	
  Prostaglandina	
  
ü Aplicação	
  de	
  PGF2∂	
  aleatoriamente	
  em	
  todas	
  as	
  vacas	
  
ü Sem	
  saber	
  em	
  qual	
  fase	
  do	
  ciclo	
  está	
  
ü 1ª	
  aplicação:	
  1º	
  dia	
  
ü 2ª	
  aplicação:	
  7	
  dias	
  depois	
  (8º	
  dia)	
  
	
  
	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  19	
  
	
  
2.	
  Protocolo	
  Ovsynch	
  (mais	
  utilizado)	
  
ü Aplicação	
  de	
  PGF2∂	
  +	
  GnRh	
  
ü 1º	
  dia:	
   1ª	
   aplicação	
  de	
  GnRh	
  em	
   todo	
   rebanho	
   (provoca	
  ovulação	
  na	
   fase	
   folicular	
   -­‐	
  mantém	
  ou	
  
forma	
  corpo	
  lúteo)	
  
ü 8º	
  dia:	
  aplicação	
  PGF2∂	
  (lise	
  do	
  corpo	
  lúteo)	
  
ü 10º	
  dia:	
  2ª	
  aplicação	
  GnRh	
  (induzir	
  ovulação	
  sincronizada)	
  
ü inseminar	
  de	
  17	
  -­‐24	
  horas	
  
ü ovula	
  26	
  -­‐32	
  horas	
  após	
  aplicação	
  
	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
   	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  20	
  
	
  
2.1	
  Co-­‐Synch	
  	
  
ü diferenciado	
  pois	
  vou	
  fazer	
  a	
  IA	
  junto	
  com	
  a	
  2ª	
  aplicação	
  de	
  GnRh	
  
ü economizar	
  tempo	
  e	
  dinheiro	
  2.2	
  Pré-­‐Synch-­‐Ovsynch	
  
ü protocolo	
  de	
  prostaglandina	
  antes	
  do	
  Ovsynch	
  
ü Ovsynch	
  inicia	
  2	
  dias	
  depois	
  do	
  término	
  do	
  protocolo	
  de	
  prostaglandina	
  
	
  
3.	
  Protocolo	
  Progesterona	
  
ü mais	
  utilizado	
  em	
  vacas	
  em	
  anestro.	
  	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
   	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  21	
  
	
  
Bovinos	
  de	
  Leite	
  
	
  
ü otimizar	
  produção	
  de	
  leite	
  
ü seleçãogenética	
  de	
  reprodutoras	
  
ü utiliza	
  bastante	
  IA	
  e	
  TE	
  (transferência	
  de	
  embrião)	
  
ü são	
  poliéstricas	
  anuais	
  
ü identificação	
  do	
  cio:	
  rufião,	
  palpação,	
  US,	
  dosagem	
  hormonal,	
  pessoa	
  treinada	
  
ü inseminação	
  no	
  início	
  do	
  Metaestro	
  (período	
  que	
  tem	
  ovulação)	
  
ü 12	
  horas	
  depois	
  da	
  identificação	
  do	
  Estro	
  (não	
  deixa	
  ser	
  montada)	
  
ü Diestro	
  
ü se	
  tudo	
  der	
  certo:	
  gestação	
  
ü cada	
  palheta	
  custo	
  de	
  R$	
  50,00	
  
ü sêmen	
  congelado	
  em	
  98%	
  dos	
  casos	
  
ü nunca	
  trazer	
  o	
  caneco	
  até	
  a	
  superfície	
  do	
  botijão	
  
ü raques	
  podem	
  subir	
  rapidamente	
  para	
  retirada	
  das	
  palhetas	
  	
  
ü não	
  colocar	
  a	
  mão	
  na	
  vagina	
  	
  
ü limpar	
  e	
  secar	
  a	
  vulga	
  
ü passar	
  mão	
  pelo	
  reto	
  
ü abrir	
  lábios	
  vulvares	
  
ü colocar	
  aplicador	
  pela	
  cérvix,	
  passando	
  cada	
  anel	
  com	
  auxílio	
  da	
  palpação	
  retal	
  
ü sêmen	
  aplicado	
  intrauterino	
  	
  
ü massagear	
  clitóris:	
  estimula	
  contração	
  uterina	
  
ü sempre	
  conter	
  esses	
  animais	
  
	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
   	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Fonte:	
  slides	
  profº	
  Fernando	
  Dal	
  Sasso	
  
	
   19/02/2014 41
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  22	
  
	
  
Búfalas	
  
	
  
ü muito	
  parecidas	
  com	
  vacas	
  
ü entram	
  em	
  anestro,	
  são	
  sazonais	
  como	
  pequenos	
  ruminantes	
  
ü poliéstricas	
  sazonais	
  de	
  dias	
  curtos	
  
ü gestação	
  de	
  10	
  meses	
  
ü ECC	
  –	
  4	
  
ü sinais	
  de	
  cio	
  semelhantes	
  as	
  vacas	
  com	
  baixo	
  libido	
  
ü Identificação	
  de	
  cio	
  por	
  computador	
  
ü sincronização	
  de	
  cio	
  com	
  os	
  mesmos	
  protocolos	
  de	
  IATF	
  
ü IA:	
  espera	
  ela	
  sair	
  do	
  estro,	
  quando	
  não	
  mostra	
  mais	
  sinal	
  de	
  cio	
  
	
  
Comparação	
  das	
  espécies	
  de	
  ruminantes	
  
	
  
BÚFALA	
   VACAS	
  Sazonal	
  	
  -­‐	
  fotoperíodo	
  negativo	
   Não	
  ECC	
  4	
   ECC	
  2,5	
  Não	
  expressa	
  cio	
  –	
  mas	
  tem	
  aceitação	
  do	
  macho	
  (rufião)	
   Sinais	
  muito	
  evidentes	
  de	
  cio	
  10	
  meses	
  de	
  gestação	
   9	
  meses	
  de	
  gestação	
  Cio/estro	
  –	
  variável	
   Cio/estro	
  12h	
  zebuínas	
  –	
  18h	
  taurinas	
  Inseminar	
  assim	
  que	
  parar	
  de	
  aceitar	
  o	
  rufião,	
  ovula	
  15h	
  após	
  início	
  do	
  metaestro	
   Inseminação	
  12h	
  no	
  final	
  do	
  estro	
  pois	
  	
  	
  	
  	
  ovula	
  15h	
  após	
  início	
  do	
  metaestro	
  
	
  
CABRA	
   OVELHA	
  	
   Ciclo	
  21	
  dias	
   	
   Ciclo	
  17	
  dias	
  Sinais	
  muito	
  evidentes	
  de	
  cio:	
  Pula,	
  berra	
  (balido),	
  corrimento	
  vaginal,	
  hiperemia	
   Tímida,	
  cauda	
  cobre	
  a	
  vulva,	
  não	
  apresenta	
  hiperemia,	
  nem	
  edema,	
  sem	
  agitação	
  e	
  sem	
  berro	
  Fase	
  luteínica	
  17	
  dias	
   Fase	
  luteínica	
  14	
  dias	
  	
  	
  1ºs	
  ciclos	
  curtos	
  e	
  sem	
  LH	
  suficiente	
  pra	
  provocar	
  ovulação	
  
Ciclo	
  estral	
  na	
  puberdade	
  é	
  cio	
  silencioso	
  
não	
  tem	
  receptor	
  de	
  estrógeno	
  no	
  1º	
  ciclo	
  (vacas	
  
também).	
  Priming	
  =	
  cél.	
  precisam	
  ser	
  carimbadas	
  pela	
  
progesterona	
  antes	
  do	
  estrógeno	
  aparecer	
  para	
  formar	
  
esses	
  receptores	
  de	
  estrógeno.	
  O	
  priming	
  ocorre	
  também	
  
na	
  entrada	
  de	
  estação	
  de	
  monta.	
  Pico	
  de	
  LH	
  –	
  10	
  a	
  15h	
  do	
  início	
  do	
  estro	
   Pico	
  de	
  LH	
  –	
  10	
  a	
  15h	
  do	
  início	
  do	
  estro	
  24h	
  depois	
  fo	
  pico	
  de	
  LH	
  ocorre	
  ovulação,	
  	
  	
  	
  	
  no	
  final	
  do	
  cio	
  35ªhora	
   24h	
  depois	
  fo	
  pico	
  de	
  LH	
  ocorre	
  ovulação,	
  	
  	
  	
  	
  no	
  final	
  do	
  cio	
  35ªhora	
  Sazonal	
  	
  -­‐	
  fotoperíodo	
  negativo	
  	
   Sazonal	
  	
  -­‐	
  fotoperíodo	
  negativo	
  Estação	
  de	
  monta	
  –	
  outono/inverno	
   Estação	
  de	
  monta	
  –	
  outono/inverno	
  Puberdade	
  =	
  idade	
  +	
  peso	
  65%	
   Puberdade	
  =	
  idade	
  +	
  peso	
  65%	
  2º	
  ou	
  3º	
  ciclo	
  para	
  ser	
  fértil	
   2º	
  ou	
  3º	
  ciclo	
  para	
  ser	
  fértil	
  Cio/estro	
  –	
  média	
  36	
  h	
   Cio/estro	
  –	
  média	
  36	
  h	
  Rufião	
  ou	
  bode	
  com	
  avental	
  e	
  tinta	
  para	
  marcar	
  a	
  fêmea,	
  desvio	
  de	
  pênis	
  com	
  vasectomia	
   Rufião	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  23	
  
	
  
O	
  que	
  é	
  o	
  cio	
  entrecortado	
  nas	
  cadelas?	
  
	
  Primeiro	
  cio	
  incompleto,	
  ou	
  seja,	
  entrou	
  no	
  proestro	
  mas	
  não	
  ovulou	
  não	
  completando	
  o	
  ciclo.	
  1	
  mês	
  e	
  meio	
  depois	
  
começa	
  sangramento	
  novamente,	
  novo	
  crescimento	
  folicular	
  e	
  completa	
  o	
  ciclo	
  (pode	
  ocorrer	
  em	
  todas	
  as	
  
espécies).	
  
A	
  estação	
  de	
  monta	
  dura	
  6	
  meses,	
  se	
  o	
  animal	
  estiver	
  pequeno	
  ainda	
  deixar	
  ele	
  crescer	
  mais	
  um	
  pouco	
  para	
  depois	
  
inseminar,	
  vai	
  ciclar	
  a	
  cada	
  21	
  dias	
  nesses	
  6	
  meses.	
  
Monta	
  natural:	
  deixar	
  o	
  casal	
  junto	
  e	
  eles	
  se	
  viram,	
  o	
  problema	
  é	
  que	
  cruzam	
  várias	
  vezes,	
  desgastando	
  esse	
  macho.	
  
Animais	
  de	
  corte.	
  
Monta	
  controlada:	
  detecta	
  o	
  cio	
  de	
  manhã	
  e	
  monta	
  a	
  tarde,	
  para	
  preservar	
  o	
  macho.	
  Cabras	
  leiteiras,	
  corte	
  de	
  elite.	
  
IA:	
  leite,	
  corte	
  de	
  elite,	
  corte	
  comercial	
  (sêmen	
  resfriado	
  em	
  ovelhas,	
  diretamente	
  na	
  vagina,	
  não	
  precisa	
  passar	
  pela	
  
cérvix)	
  –	
  rebanhos	
  menores	
  +	
  controle.	
  
SEMPRE	
  FAZER	
  EXAME	
  ANDROLÓGICO	
  ANTES	
  DA	
  ESTACAO	
  DE	
  MONTA	
  
Comportamento	
  sexual:	
  bodes	
  e	
  carneiros	
  apresentam	
  o	
  mesmo	
  comportamento,	
  se	
  a	
  fêmea	
  estiver	
  no	
  estro,	
  eles	
  
a	
  cheiram	
  e	
  elas	
  urinam,	
  ele	
  faz	
  o	
  flhehen	
  (exposição	
  do	
  órgão	
  vômero	
  nasal)	
  pra	
  sentir	
  melhor	
  o	
  ferormônio,	
  que	
  
vai	
  estimular	
  o	
  hipotálamo	
  e	
  fazer	
  a	
  ereção,	
  cutuca	
  a	
  fêmea	
  se	
  ela	
  ficar	
  parada	
  ele	
  monta	
  e	
  abraça	
  a	
  fêmea	
  pelo	
  
flanco	
  e	
  faz	
  o	
  scato.	
  
	
  
Sincronização	
  de	
  cio	
  
Efeito	
  macho	
  
Colocar	
  o	
  macho	
  perto	
  da	
  fêmeas,	
  necessário	
  ficar	
  1	
  mês	
  isoladas	
  dos	
  machos,	
  sem	
  sentir	
  cheiro,	
  nem	
  balido,	
  nem	
  
visualizar	
  o	
  macho.Quando	
  ele	
  chega	
  depois	
  de	
  1mês,	
  as	
  fêmeas	
  tem	
  liberação	
  pulsátil	
  de	
  LH,	
  entrando	
  no	
  cio	
  entre	
  5	
  -­‐	
  6	
  dias,	
  
antecipando	
  o	
  cio.	
  Entram	
  em	
  cio	
  todas	
  na	
  mesma	
  semana.	
  
	
  Efeito	
  fêmea	
  
ü Posso	
   pegar	
   10	
   cabras	
   ou	
   10	
   ovelhas	
   que	
   estão	
   na	
   fase	
   de	
   diestro	
   (ela	
   não	
   está	
   produzindo	
  
feromônio);	
  	
  
ü coloca	
  uma	
  fêmea	
  no	
  cio	
  no	
  meio	
  delas	
  e	
  o	
  macho	
  (rufião)	
  fica	
  doido!!!!	
  	
  
ü O	
  hipotálamo	
  do	
  macho	
  tem	
  descargas	
  de	
  Gnrh,	
  LH,	
  muita	
  testosterona	
  e	
  as	
  fêmeas	
  sentem	
  mais	
  
atração	
  por	
  ele,	
  ou	
  seja,	
  mais	
  ferormônio.	
  	
  
	
  
	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  24	
  
	
  
Ciclo	
  da	
  cabra	
  
	
  
	
  
	
  
Fase	
  Luteínica	
  ou	
  Progestacional	
  Metaestro	
  
ü duração	
  5	
  dias	
  	
  
ü formação	
  de	
  corpo	
  lúteo,	
  	
  
ü pico	
  de	
  LH	
  (LH	
  começa	
  a	
  luteinizar	
  esse	
  corpo	
  hemorrágico	
  q	
  endurece	
  e	
  vira	
  corpo	
  lúteo)	
  
	
  	
  	
  	
  Diestro	
  
ü duração	
  de	
  12	
  dias	
  	
  
ü indução	
  de	
  ondas	
  foliculares	
  
ü Progesterona	
  alta	
  inibir	
  LH,	
  
ü 1,5	
  pulso	
  de	
  LH	
  a	
  cada	
  8	
  horas,	
  insuficiente	
  para	
  atingir	
  o	
  pico	
  
ü dia	
  17	
  se	
  não	
  tem	
  gestação	
  entra	
  a	
  prostaglandina	
  e	
  lisa	
  o	
  corpo	
  lúteo	
  e	
  cai	
  progesterona	
  
	
  
Fase	
  Folicular	
  ou	
  Estrogênica	
  Proestro	
  
ü duração	
  3	
  dias	
  
ü crescimento	
  folicular	
  
ü alta	
  de	
  estrógeno	
  
	
  
	
  	
  Estro	
  
ü duração	
  36	
  horas	
  
ü comportamento	
  de	
  cio	
  
Estacionalidade	
  
	
  
ü determinada	
  pelo	
  fotoperíodo	
  
ü no	
  nordeste	
  a	
  variação	
  de	
  luminosidade	
  é	
  mínima,	
  eles	
  continuam	
  ciclando	
  ano	
  todo,	
  acaba	
  sendo	
  
relacionada	
  mais	
  pela	
  oferta	
  de	
  alimento	
  do	
  que	
  pela	
  luz	
  	
  
	
  Santa	
  Inês	
  	
  
ü raça	
  nordestina,	
  deslanada.	
  	
  
ü No	
  nordeste	
  ela	
  não	
  é	
  estacional,	
  e	
  manteve	
  isso	
  em	
  outras	
  regiões	
  como	
  SP.	
  
	
  
Sincronização	
  do	
  cio	
  de	
  uma	
  raça	
  que	
  não	
  é	
  estacional	
  
	
  
Apenas	
  com	
  efeito	
  macho	
  –	
  custo	
  zero	
  
ü antecipação	
  da	
  puberdade	
  (peso	
  +	
  idade	
  ideal	
  mas	
  não	
  atinge	
  puberdade)	
  
ü antecipação	
  do	
  cio	
  
ü antecipação	
  do	
   anestro	
  pós	
   lactacional	
   –	
   2	
  meses	
   em	
   lactação	
  e	
   é	
   coberta	
   novamente,	
   como	
  as	
  
vacas	
  
ü 3	
  partos	
  em	
  2	
  anos	
  	
  
ü as	
  estacionais	
  1	
  parto	
  por	
  ano.	
  
	
  
Exemplo:	
  
ü Dezembro	
  a	
  Janeiro	
  -­‐	
  isola	
  os	
  machos	
  da	
  fêmeas	
  
ü 1	
  –	
  14	
  de	
  fevereiro	
  -­‐	
  coloca	
  o	
  rufião	
  para	
  efeito	
  macho	
  
ü 15/fevereiro	
  a	
  15/março	
  -­‐	
  	
  coloca	
  os	
  carneiros	
  nos	
  lotes	
  das	
  ovelhas	
  (monta	
  natural)	
  
ü 1	
  macho	
  pra	
  35	
  fêmeas	
  	
  
ü Julho	
  e	
  Agosto	
  -­‐	
  nascimentos	
  (5meses)	
  	
  
ü 2	
  meses	
  em	
  lactação	
  	
  
ü Setembro	
  desmama	
  e	
  separa	
  os	
  machos	
  novamente	
  
ü 15	
  –	
  31	
  outubro	
  -­‐	
  	
  efeito	
  macho	
  
ü 1	
  –	
  30	
  novembro	
  -­‐	
  estação	
  de	
  monta	
  	
  	
  
ü Abril	
  -­‐	
  nascimentos	
  (5meses)	
  
ü Maio	
  e	
  Junho	
  lactação	
  	
  
ü Julho	
  e	
  Agosto	
  nova	
  estação	
  de	
  monta	
  pra	
  nascer	
  em	
  dezembro	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  26	
  
	
  
	
  
	
   	
  
Como	
  fazer	
  isso	
  com	
  as	
  fêmeas	
  estacionais?	
  
	
  
ü programa	
  de	
  luz	
  	
  
ü usar	
  hormônio	
  para	
  indução	
  de	
  cio	
  (leiteiros)	
  
ü um	
  lote	
  produz	
  normalmente	
  e	
  outro	
  ele	
  faz	
  a	
  indução	
  de	
  cio	
  
	
  
	
  
Ciclo	
  das	
  Ovelhas	
  
	
  
ü ciclo	
  todo	
  da	
  ovelha	
  dura	
  17	
  dias,	
  corpo	
  lúteo	
  é	
  destruído	
  antes,	
  tempo	
  de	
  duração	
  do	
  corpo	
  lúteo	
  
é	
  menor	
  
ü cio	
  36	
  horas	
  	
  
ü ovelhas	
  puberdade	
  mais	
  curta	
  que	
  adultas	
  
ü ovelhas	
  de	
  lã	
  cio	
  maior	
  tempo	
  
ü o	
  hipotálamo	
  percebe	
  o	
  aumento	
  da	
  quantidade	
  de	
  melatonina	
  produzida.	
  
ü se	
  21	
  dezembro	
  é	
  o	
  dia	
  mais	
  longo	
  do	
  ano,	
  no	
  dia	
  22	
  de	
  dezembro	
  começa	
  a	
  ter	
  mais	
  melatonina	
  
pois	
  o	
  dia	
  está	
  mais	
  curto.	
  	
  
ü Em	
  março	
  o	
  hipotálamo	
  começa	
  a	
  secretar	
  mais	
  GnRh,	
  a	
   	
   começa	
  a	
  estação	
  de	
  monta	
   (aumento	
  
gradativo	
  de	
  melatonina	
  produzida	
  +	
  diminuição	
  de	
  horas	
  de	
  luz).	
  
ü Estação	
  de	
  março	
  a	
  julho:	
  começa	
  a	
  diminuir	
  a	
  melatonina	
  e	
  aumentar	
  as	
  horas	
  de	
  luz,	
  entram	
  em	
  
anestro.	
  	
  
	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  27	
  
	
  
	
  
	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  28	
  
	
  
Formas	
  de	
  fazer	
  a	
  fêmea	
  entrar	
  em	
  cio	
  no	
  anestro	
  
ü Hormônios:	
  esponja,	
  CIDR	
  ou	
  implante	
  subcutâneo	
  de	
  progesterona.	
  	
  
ü Usados	
  neste	
  período	
  eles	
  sincronizam	
  o	
  cio	
  –	
  IATF	
  
ü nas	
  fêmeas	
  caprinas	
  ele	
  age	
  tanto	
  durante	
  a	
  estação	
  reprodutiva	
  (sincronização)	
  como	
  fora	
  (induz	
  o	
  
aparecimento	
  do	
  cio)	
  
ü PGF2∂	
  só	
  serve	
  dentro	
  da	
  estação	
  reprodutiva,	
  pois	
  ela	
  vai	
  lisar	
  o	
  corpo	
  lúteo	
  então	
  tem	
  que	
  estar	
  
ciclando	
  (só	
  sincroniza	
  cio).	
  
ü esponja,	
   CIDR	
   ou	
   implante	
   subcutâneo	
   de	
   progesterona	
   vai	
   ficar	
   liberando	
   progesterona	
   na	
  
corrente	
  sanguínea,	
  simulando	
  o	
  diestro	
  –	
  presença	
  de	
  corpo	
  lúteo.	
  	
  
	
  
Esponja	
  vaginal:	
  de	
  9-­‐11	
  dias.	
  não	
  deixar	
  o	
  fio	
  pra	
  fora	
  da	
  vagina,	
  pois	
  pode	
  correr	
  o	
  risco	
  de	
  arrancarem	
  
CIDR:	
  	
  igual	
  dos	
  bovinos,	
  ‘’Y”,	
  fecha	
  a	
  aba	
  coloca	
  no	
  aplicador	
  e	
  coloca	
  na	
  vagina,	
  tira	
  o	
  aplicador,	
  a	
  aba	
  abre	
  e	
  ele	
  
fica	
  preso.	
  9	
  dias	
  depois	
  puxa	
  o	
  fio	
  e	
  tira	
  o	
  CIDR.	
  Também	
  vou	
  aplicar	
  o	
  ECG	
  (gonadotrofina	
  coriônica	
  equina),	
  
hormônio	
  produzido	
  pela	
  placenta	
  da	
  égua	
  prenha,	
  cuja	
  ação	
  é	
  FSH.	
  ao	
  mesmo	
  tempo	
  que	
  provoca	
  o	
  diestro	
  vou	
  
provocar	
  uma	
  ondafolicular	
  que	
  vai	
  ovular.	
  
Se	
  tirar	
  o	
  CIDR	
  com	
  5	
  dias	
  eu	
  posso	
  lavar,	
  embrulhar	
  em	
  papel	
  alumínio,	
  colocar	
  na	
  geladeira	
  e	
  colocar	
  
novamente	
  em	
  outras	
  fêmeas.	
  como	
  é	
  muito	
  caro	
  usa	
  bastante	
  esse	
  tratamento	
  curto:	
  CIDR	
  por	
  5	
  dias,	
  aplica	
  ECG	
  +	
  
PGF2∂	
  para	
  lisar	
  o	
  corpo	
  lúteo.	
  
O	
  cio	
  aparece	
  30h	
  após	
  a	
  retirada	
  do	
  CIDR,	
  posso	
  fazer	
  ou	
  cobertura	
  ou	
  IA	
  
Quando	
  tira	
  o	
  cider	
  ou	
  a	
  esponja	
  estamos	
  simulando	
  a	
  lise	
  do	
  corpo	
  lúteo.	
  
sincronização	
  do	
  cio:	
  fazer	
  cobertura	
  
indução:	
  se	
  estiver	
  fora	
  da	
  estação	
  de	
  monta,	
  fazer	
  IA,	
  sêmen	
  de	
  baixa	
  qualidade	
  e	
  o	
  macho	
  também	
  é	
  
estacional.	
  
Usar	
  esse	
  protocolos	
  fora	
  da	
  estação	
  de	
  monta	
  para:	
  
ü produção	
  de	
  leite;	
  	
  
ü antecipar	
  estação	
  de	
  monta;	
  
ü programar	
  épocas	
  de	
  parto;	
  
ü vai	
  para	
  abate	
  4-­‐5	
  meses	
  
ü efeito	
  macho	
  não	
  induz	
  cio,	
  apenas	
  sincroniza	
  
	
  
Progesterona	
  
ü para	
   simular	
   um	
   corpo	
   lúteo	
   (diestro)	
   associado	
   ao	
   ECG	
   que	
   tem	
   função	
   de	
   FSH	
   pra	
   induzir	
   o	
  
crescimento	
  de	
  uma	
  onda	
  folicular	
  
ü estação	
   de	
  monta	
   no	
   dia	
   da	
   retirada	
   da	
   esponja	
   ou	
   cider	
   tem	
   q	
   dar	
   prostaglandina	
   para	
   lisar	
   o	
  
possível	
  corpo	
  lúteo	
  da	
  fêmea.	
  
ü anestro	
  não	
  há	
  possibilidade	
  de	
  ter	
  corpo	
  lúteo,	
  logo,	
  não	
  precisa	
  aplicar	
  
	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  29	
  
	
  
Programa	
  de	
  Luz	
  
	
  
ü metade	
  do	
  rebanho	
  normal	
  
ü outra	
  metade	
  confinar	
  num	
  galpão	
  as	
  17h	
  e	
  acende	
  a	
  luz	
  das	
  17h	
  as	
  21h	
  para	
  simular	
  o	
  verão	
  
ü em	
  abril	
  que	
  é	
  quando	
  elas	
  parariam	
  de	
  ciclar,	
  
ü 	
  por	
  4	
  meses	
  e	
  todo	
  dia	
  recebendo	
  luz	
  suplementar.	
  	
  
ü quando	
  para	
  de	
  acender	
  a	
  luz	
  em	
  agosto,	
  seria	
  época	
  q	
  elas	
  entrariam	
  em	
  anestro,	
  porém	
  como	
  ela	
  
estava	
  produzindo	
  pouca	
  melatonina	
  e	
  de	
  repente	
  ela	
  começa	
  a	
  produzir	
  mais,	
  	
  
ü elas	
  entram	
  no	
  cio	
  em	
  ago,	
  set,	
  out,	
  nov	
  	
  
ü O	
   hipotálamo	
   entende	
   que	
   chegou	
   no	
   outono,	
   quando	
   na	
   verdade	
   elas	
   estão	
   na	
   primavera	
   e	
   o	
  
macho	
  tem	
  que	
  estar	
  	
  no	
  galpão	
  também	
  para	
  se	
  adequar	
  ao	
  programa	
  de	
  luz.	
  
ü faço	
  a	
  inversão	
  do	
  estação	
  de	
  monta.	
  
	
  IA	
  
ü 1º	
  detectar	
  o	
  cio	
  
ü nas	
   cabras	
   a	
   inseminação	
   é	
   simples:	
   higienizar	
   o	
   períneo	
   da	
   fêmea,	
   colocar	
   ela	
   de	
   cabeça	
   pra	
  
baixo/apoiada	
   no	
   cavalete	
   ou	
   entre	
   as	
   pernas;	
   pega	
   um	
   especulo	
   vaginal	
   com	
   luz,	
   passa	
   pela	
  
vagina;	
  observa	
  a	
  cérvix;	
  pega	
  pipeta	
  de	
  inseminação	
  e	
  encaixa	
  no	
  orifício	
  cervical.	
  Tem	
  que	
  passar	
  
os	
   4	
   anéis	
   cervicais,	
   se	
   não	
   passou	
   pelos	
   4	
  mas	
   passou	
   por	
   3	
   vai	
   ser	
   uma	
   inseminação	
   artificial	
  
cervical	
   profunda.	
   se	
   não	
  passa	
   anel	
   nenhum	
  é	
   IA	
   cervical	
   superficial.	
   esse	
   procedimento	
   é	
   para	
  
sêmen	
  congelado.	
  deixar	
  ela	
  uns	
  10n	
  minutos	
  nessa	
  posição.	
  pode	
  fazer	
  massagem	
  no	
  clitóris	
  para	
  
ter	
  contração	
  uterina.	
  
ü ovelhas	
  –	
  melhoramento	
  genético	
  	
  
	
  Laparoscopia	
  
ü ideal	
   é	
   fazer	
   uma	
   laparoscopia	
   pois	
   não	
   consigo	
   passar	
   os	
   anéis	
   cervicais,	
   eles	
   não	
   são	
  
concêntricos.	
  taxa	
  de	
  60%	
  de	
  prenhes.	
  
ü Para	
  inseminar	
  com	
  sêmen	
  congelado	
  tem	
  que	
  ser	
  diretamente	
  no	
  útero.	
  
Ø faz	
   o	
   pneumoperitônio	
   (inflar	
   abdômen	
   de	
   CO2	
   para	
   deslocar	
   o	
   intestino	
   que	
   está	
   acima	
   do	
  
aparelho	
   reprodutor,	
   ela	
   tem	
   que	
   ficar	
   de	
   cabeça	
   para	
   baixo	
   num	
   ângulo	
   de	
   45º)	
   consegue	
  
passar	
   3	
   trocáteres	
   	
   (aparelho:	
   tubinho	
   furado	
   com	
   lâmina	
  em	
  espiral	
   na	
  ponta).	
   Rosquear	
  o	
  
trocáter	
  na	
  pele	
  e	
   fazer	
   força	
  para	
   ir	
   cortando	
  a	
  pele	
  e	
  os	
  músculos.	
   São	
  3	
  orifícios:	
   1-­‐	
  pinça	
  	
  
para	
  segurar	
  o	
  útero,	
  2-­‐	
  pipeta	
  de	
  inseminação	
  e	
  3-­‐	
  fibra	
  ótica.	
  Fixa	
  o	
  corno	
  uterino	
  e	
  injeta	
  o	
  
sêmen	
   no	
   corno	
   uterino.	
   Quando	
   tira	
   o	
   aparelho	
   não	
   é	
   necessário	
   costurar	
   pois	
   faz	
  
sobreposição	
  de	
  músculos,	
  vou	
  precisar	
  apenas	
  dar	
  2	
  pontos	
  na	
  pele.	
  Dura	
  mais	
  ou	
  menos	
  5	
  -­‐10	
  
minutos.	
  
ü Animal	
  sedado	
  e	
  com	
  epidural.	
  A	
  anestesia	
  é	
  leve	
  	
  pois	
  eles	
  são	
  muitos	
  sensíveis	
  a	
  anestesia.	
  	
  
	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  30	
  
	
  
Tração	
  cervical	
  
ü taxa	
  de	
  10	
  a	
  30%	
  de	
  prenhes	
  
ü fêmea	
  no	
  cavalete,	
  observa	
  a	
  cérvix,	
  pinça	
  e	
  traciona	
  a	
  mesma	
  para	
  fora	
  da	
  vagina	
  e	
  segura	
  
com	
  uma	
   luva.	
  Usa	
  um	
  aplicador	
  do	
  tamanho	
  da	
  palheta	
  do	
  sêmen	
  e	
  vai	
  passando	
  com	
  a	
  
mão	
  esse	
  aplicador	
  pela	
  cérvix	
  e	
  aplica	
  o	
  sêmen.	
  ao	
  soltar	
  ele	
  retorna	
  para	
  dentro.	
  
ü Não	
  faz	
  anestesia	
  nestes	
  casos.	
  O	
  fundo	
  vaginal	
  e	
  a	
  cérvix	
  são	
  pouco	
  sensíveis.	
  
	
  
	
  
Afecções	
  do	
  Sistema	
  Reprodutor	
  Feminino	
  
	
  
FIBROPAPILOMA	
  	
  
Tumores benignos com transmissão venérea 
ü causada	
  por	
  vírus	
  
ü animais	
  confinados	
  mais	
  propícios	
  
ü Espécies	
   acometidas:	
   TODOS	
   RUMINANTES,	
   mais	
   comum	
   em	
   VACAS	
   leiteiras	
   (úbere	
   e	
   tetas)	
   e	
  
novilhas	
  (pescoço,	
  barbela,	
  orelhas,	
  chanfro,	
  regiões	
  periocular	
  e	
  perilabial)	
  
ü transmissão	
  da	
  forma	
  cutânea:	
  contato	
  direto	
  e	
  indireto	
  	
  
 Sintomatologia	
  
ü Estágio	
  1:	
  Fibroma	
  -­‐	
  proliferação	
  dos	
  fibroblastos	
  epiteliais;	
  
ü Estágio	
  2:	
  Fibroma	
  com	
  acantose	
  (hiperplasia	
  difusa	
  e	
  acometimento	
  da	
  camada	
  celular	
  primordial);	
  
proliferação	
  da	
  camada	
  basal	
  do	
  epitélio	
  e	
  penetração	
  detecido	
  fibromatoso;	
  
ü Estágio	
  3:	
  Fibropapiloma	
  verdadeiro	
  com	
  queratinócitos;	
  
ü Estágio	
  4:	
  Regressão	
  do	
  tumor	
  com	
  ataque	
  de	
  linfócitos	
  e	
  macrófagos,	
  1º	
  ao	
  fibroma	
  e	
  2º	
  porção	
  
papilomatos;.	
  
ü Podem	
  evoluir	
  para	
  carcinomas:	
  escamoso;	
  mucoso;	
  planos;	
  pedunculares	
  
 Diagnóstico	
  
ü lesões	
  macroscópicas	
  
ü histopatológico	
  para	
  confirmação	
  
	
  Tratamento	
  
ü regressão	
  espontânea	
  
ü remoção	
  cirúrgica	
  acompanhada	
  de	
  criocirurgia	
  na	
  base	
  tumoral	
  (evitar	
  recidivas)	
  –	
  casos	
  graves	
  
 
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  31	
  
	
  
CARCINOMA	
  DE	
  CÉLULAS	
  ESCAMOSAS	
  VULVAR	
  
	
  
É um tumor maligno das células epidérmicas com diferenciação para queratinócitos. 
ü relativamente comum, 
ü crescimento lento, 
ü invasivo 
ü ocasionalmente metastático. 
ü proliferativos: aspecto papilar, variável, aspecto de couve-flor, superfície ulcerada 
sangrando com facilidade. 
ü ulcerativos: mais comum, formado por úlceras cobertas com crostas, que se tornam 
profundas e formam crateras. 
ü causas ainda são desconhecidas 
ü comum em vulvas não pigmentadas ou parcialmente pigmentadas, 
ü Espécies acometidas: TODAS. Mais comum em vacas, cabras e ovelhas. 
 Sintomatologia	
  
ü aumento de volume nas regiões vulvar e perineal. 
ü massas firmes, nodulares, branco-amareladas, ulceradas, sangram com facilidade 
ü podem ter odor desagradável. 
ü miíase 
ü pode acometer vaginal, perineal e anal com formação de fístulas. 
ü comprometimento de toda a vulva, dificultando micção 
ü alterações cutâneas – estágio inicial 
ü acantose, 
ü displasia, 
ü papilomas 
ü cornificação cutânea. 
 Diagnóstico	
  
ü exame histopatológico 
 Tratamento	
  
ü Cirurgia 
ü Quimioterapia 
 
 
 
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  32	
  
	
  
PROLAPSO	
  VAGINAL	
  
Relaxamento	
  da	
  vagina,	
  da	
  cavidade	
  pelvica,	
  com	
  exposição	
  da	
  mucosa.	
  	
  
ü Total	
  acomete	
  ovelhas	
  (geralmente)	
  
ü Parcial	
  acomete	
  vacas	
  (geralmente)	
  
ü Pode	
  evoluir	
  para	
  prolapso	
  uterino	
  
ü Ocorrem	
  devido	
  a	
  disfunções	
  hormonais,	
  
ü hipocalemia,	
  	
  
ü aumento	
  da	
  pressão	
  intra-­‐abdominal	
  (gestações	
  gemelares),	
  
ü obesidade,	
  	
  
ü hidropsia	
  dos	
  envoltorios	
  fetais	
  (acumulo	
  exagerado	
  de	
  liquido	
  fetal),	
  	
  
ü timpanismo,	
  	
  
ü uso	
  de	
  estrogenos	
  como	
  anabolizantes,	
  	
  
ü plantas	
  mofadas,	
  	
  
ü predisposição	
  hereditaria,	
  
ü defeitos	
  anatomicos,	
  	
  
ü relaxamento	
  exagerado	
  do	
  sistema	
  de	
  fixação	
  da	
  vagina	
  	
  
ü inflamações	
  na	
  vulva	
  ou	
  reto.	
  
	
  Sintomatologia	
  
ü anorexia,	
  	
  
ü perdade	
  de	
  peso,	
  	
  
ü baixo	
  score	
  corporal	
  	
  
ü fraqueza	
  devido	
  ao	
  grande	
  esforço.	
  	
  
ü casos	
  mais	
  graves:	
  pode	
  haver	
  infecção	
  bacteriana	
  	
  
ü necrose	
  do	
  tecido	
  
ü dispinéia	
  
ü respiração	
  abdominal	
  	
  
ü mucosas	
  oculares	
  avermelhadas.	
  
	
  Tratamento	
  
ü Tratar	
  juntamente	
  com	
  a	
  sua	
  causa	
  primaria.	
  
ü Desinfecção	
  e	
  limpeza	
  da	
  mucosa	
  
ü Avaliar	
  áreas	
  comprometidas.	
  
ü Recolocação	
  da	
  área	
  prolapsada	
  	
  
ü Fixação	
  por	
  cirurgia	
  (evitando	
  reicidiva) 
 
 
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  33	
  
	
  
METRITE	
  
Inflamação	
  de	
  todas	
  as	
  camadas	
  da	
  parede	
  uterina.	
  
ü Via	
  infecção	
  bacteriana.	
  	
  
ü Vacas	
  leiteiras,	
  até	
  21	
  dias	
  pós-­‐parto	
  (maioria	
  em	
  10	
  dias)	
  
ü pose	
  ser	
  fatal	
  
ü Espécies	
  acometidas:	
  CADELAS,	
  GATAS,	
  ÉGUAS	
  e	
  VACAS;	
  
ü Transmissão	
  principalmente	
  pelo	
  coito,	
  	
  
ü Pode	
  permanecer	
  nos	
  órgãos	
  genitais	
  (infecção	
  por	
  bactérias)	
  
ü Contaminação	
  por	
  materiais	
  infectados	
  
ü Partos	
  gemelares;	
  
ü Distocia;	
  
ü Incapacidade	
  da	
  contração	
  da	
  musculatura	
  uterina;	
  
ü Falta	
  de	
  higiene;	
  
ü Retenção	
  de	
  placenta.	
  
	
  Sintomatologia	
  
ü Assintomática	
  	
  
ü ou	
  ter	
  sinais	
  clínicos	
  como:	
  
ü febre	
  
ü corrimento	
  uterino	
  fétido	
  	
  
ü edema	
  do	
  trato	
  genital	
  externo.	
  	
  
ü perda	
  de	
  apetite,	
  	
  
ü apatia,	
  	
  
ü redução	
  na	
  produção	
  de	
  leite	
  	
  
ü desidratação.	
  
	
  Diagnóstico	
  
ü conforme	
  sintomatologias	
  
ü assim	
  como	
  exame	
  retal	
  	
  
ü citologia	
  vaginal	
  	
  
ü cultura	
  bacteriana.	
  	
  
	
  
	
  Tratamento	
  
ü antibióticos,	
  	
  
ü antissépticos,	
  	
  
ü lavagem	
  do	
  conteúdo	
  uterino	
  	
  
ü fluidoterapia.	
  	
  
	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  34	
  
	
  
Prevenção	
  
Principal	
  causa	
  é	
  a	
  falta	
  de	
  higiene.	
  Deve-­‐se	
  manter	
  a	
  fêmea	
  em	
  piquetes	
  limpos	
  e	
  secos	
  e	
  tomar	
  cuidado	
  na	
  hora	
  do	
  
parto	
  para	
  não	
  haver	
  contaminação.	
  
	
  
PERIMETRITE	
  
Manifestação	
  mais	
  severa	
  de	
  Metrite.	
  	
  
ü progride	
   através	
   da	
   parede	
   uterina	
   para	
   uma	
   inflamação	
   de	
   serosa,	
   exsudação	
   e	
   aderências	
  
fibrinosas.	
  
ü Pode	
  ocorrer	
  por	
  ruptura	
  ou	
  perfuração	
  da	
  parede	
  do	
  útero	
  decorrente	
  de	
  cesarianas	
  ou	
  manobras	
  
obstétricas.	
  	
  Sintomas	
  
ü Aparentes	
  de	
  1	
  a	
  5	
  pós-­‐parto.	
  
ü febre,	
  	
  
ü taquicardia,	
  	
  
ü estase	
  gastrointestinal,	
  	
  
ü depressão,	
  	
  
ü anorexia	
  	
  
ü desidratação.	
  	
  
ü pode	
  apresentar	
  uma	
  postura	
  arqueada,	
  	
  
ü relutar	
  em	
  se	
  mover	
  ou	
  levantar	
  a	
  partir	
  de	
  um	
  decúbito,	
  	
  
ü ter	
  abdômen	
  contraído	
  	
  
ü 	
  gemer	
  durante	
  a	
  expiração.	
  	
  
ü alguns	
  animais	
  apresentam	
  tenesmo.	
  	
  
	
  Diagnóstico	
  
ü exame	
   retal	
   +	
   sinais	
   clínicos,	
   geralmente	
   suficiente	
   para	
   o	
   diagnóstico	
   (encontram-­‐se	
   aderências	
  
fibrinosas	
  e	
  inflamação	
  de	
  todas	
  as	
  vísceras	
  pélvicas)	
  
ü além	
  de	
  contagem	
  sanguínea	
  completa	
  	
  
ü e	
  exame	
  vaginal	
  	
  
	
  Tratamento	
  
ü maioria	
  morre	
  de	
  1	
  -­‐	
  7	
  dias	
  após	
  o	
  diagnóstico.	
  	
  
ü sutura	
  do	
  útero	
  quando	
  houver	
  ruptura,	
  	
  
ü antibioticoterapia	
  sistêmica,	
  	
  
	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  35	
  
	
  
ü fluidoterapia	
  	
  
ü antinflamatórios.	
  	
  
ü peritoneal,	
  difícil	
  de	
  ser	
  realizada	
  em	
  vacas	
  pois	
  o	
  rúmen	
  e	
  abomaso	
  dificultam	
  a	
  drenagem.	
  	
  
ü O	
   prognóstico	
   de	
   fertilidade	
   subsequente	
   é	
   variável	
   pela	
   possibilidade	
   de	
   ocorreremaderências.	
  	
  
	
  
	
  
Hipoplasia	
  Ovariana	
  
Redução	
  de	
  tamanho	
  do	
  ovário	
  afetado	
  	
  
ü doença hereditária ( gene autossômico recessivo afeta o numero de células germinativas 
no ovário) 
ü unilateral parcial, total ou bilateral. 
ü animais podem ser subférteis. 
ü consistência endurecida 
ü superfície levemente enrugada. 
ü Espécies acometidas: TODAS, porém em VACAS é genético. 
 Sintomatologia	
  
ü sistema reprodutivo infantil, 	
  
ü subfertilidade ou infertilidade, 	
  
ü órgãos com funcionalidade comprometida, 	
  
ü úberes pequenos	
  
ü membros comprometidos, 	
  
ü bacia curta 	
  
ü ciclo estral irregular. 	
  
 Diagnóstico	
  
ü histórico do animal (puberdade tardia após os 10 meses de idade), 
ü palpação retal (ovários pequenos e rugosos), 
ü avaliação visual do trato reprodutivo (vagina infantil) 
ü exame vaginal com espéculo 
 Tratamento	
  
ü Não há um tratamento efetivo, 
ü os animais são retirados da reprodução. 
	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  36	
  
	
  
Endometrite	
  Clinica	
  
Presença	
  de	
  secreção	
  vaginal	
  purulenta,	
  mucopurulenta	
  ou	
  catarral	
  no	
  pós-­‐parto.	
  	
  
ü bactérias	
  como:	
  Escherichia	
  coli,	
  Actininomyces	
  pyogenes,	
  Staphylococcus	
  spp,	
  Streptococcus	
  spp,	
  
Pseudomonas	
   aeruginosa,	
   Proteus	
   spp,	
   Micoplasma	
   spp	
   e	
   Ureaplasma	
   spp	
   .	
   Atingindo	
   o	
   útero	
  
através	
  da	
  vagina	
  e	
  do	
  cérvix	
  ou	
  pela	
  corrente	
  sanguínea.	
  	
  
ü associada	
  à	
  falta	
  de	
  higiene,	
  	
  
ü partos	
  distócicos,	
  	
  
ü manobras	
  obstétricas,	
  	
  
ü retenção	
  de	
  secundinas,	
  	
  
ü atonia	
  uterina,	
  	
  
ü má	
  condição	
  nutricional	
  ou	
  de	
  saúde,	
  	
  
ü abortamento,	
  	
  
ü nascimento	
  de	
  gêmeos,	
  	
  
ü parto	
  prematuro	
  	
  
ü sêmen	
  contaminado.	
  	
  
ü quase	
  sempre	
  associada	
  com	
  corpo	
  lúteo	
  persistente	
  
	
  Sintomatologia	
  
ü anorexia,	
  	
  
ü febre,	
  	
  
ü aumento	
  das	
  frequências	
  cardíaca	
  e	
  respiratória,	
  	
  
ü diminuição	
  dos	
  movimentos	
  ruminais,	
  	
  
ü desidratação	
  e	
  apatia.	
  	
  
ü Se	
  não	
  houver	
  septicemia	
  os	
  sintomas	
  passam	
  a	
  ser	
  restritos	
  ao	
  aparelho	
  genital.	
  
ü presença	
  de	
  secreção	
  vaginal	
  purulenta,	
  mucopurulenta	
  ou	
  catarral,	
  	
  
	
  Diagnostico	
  
ü palpação	
  retal	
  	
  
ü eventualmente	
  pela	
  observação	
  de	
  descarga	
  vaginal.	
  	
  
ü biópsia	
  	
  
ü histopatógico	
  do	
  endométrio	
  	
  
	
  Tratamento	
  
ü tratamentos	
  com	
  antibióticos	
  sistêmicos,	
  	
  
ü infusão	
  uterina,	
  	
  
ü administração	
  de	
  estrógenos	
  para	
  induzir	
  a	
  resposta	
  uterina	
  à	
  infecção	
  	
  
ü injeção	
  de	
  prostaglandina	
  para	
  induzir	
  o	
  estro,	
  
	
  
	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  37	
  
	
  
ü tratamento	
  pela	
  via	
  intrauterina	
  é	
  o	
  mais	
  utilizado,	
  desvantagens:	
  
• ocorrência	
  de	
  lesões	
  endometriais	
  ao	
  se	
  utilizarem	
  drogas	
  irritantes	
  	
  
• 	
  difusão	
  inadequada	
  do	
  medicamento	
  na	
  parede	
  uterina,	
  	
  
• descartar	
  o	
  leite	
  contaminado	
  com	
  resíduos	
  de	
  antibióticos.	
  	
  
ü prevenção,	
  dependente	
  da	
  higiene	
  rotineira	
  em	
  particular	
  no	
  momento	
  do	
  parto	
  .	
  
	
  
Endometrite	
  Subclínica	
  
Inflamação	
  do	
  endométrio	
  e	
  que	
  não	
  produz	
  material	
  purulento	
  na	
  vagina	
  
ü crônica,	
  presença	
  de	
  neutrófilos	
  na	
  citologia	
  uterina	
  e	
  ausência	
  de	
  sinais	
  clínico	
  de	
  inflamação	
  como	
  
o	
  exsudato	
  purulenta	
  
ü trauma	
  mecânico	
  favorece	
  o	
  ingresso	
  bacteriano	
  no	
  lúmen	
  uterino,	
  
ü Vacas	
  com	
  retenção	
  de	
  placenta,	
  metrite,	
  ou	
  febre	
  sem	
  sintomas	
  clínicos	
  tem	
  o	
  dobro	
  do	
  risco	
  de	
  
desenvolverem	
  endometrite	
  subclínica	
  pós-­‐parto.	
  	
  
ü redução	
  gradativa	
  conforme	
  a	
  lactação	
  progride	
  nos	
  primeiros	
  dois	
  meses	
  pós-­‐parto.	
  	
  
	
  Sintomatologia	
  
ü repetição	
  do	
  cio	
  
	
  Diagnostico	
  
ü citologia	
  endometrial	
  	
  
	
  Tratamento	
  
ü O	
  uso	
   da	
   PGF2α	
   	
   pode	
   ser	
   benéfico	
   para	
   o	
  melhor	
   desempenho	
   reprodutivo,	
   porém	
   sem	
   efeito	
  
prático	
  para	
  a	
  cura.	
  
ü Muitos	
   	
   vezes	
   a	
   	
   endometrite	
   é	
   curada	
   espontaneamente	
   em	
   fêmeas	
   que	
   estão	
   ciclando,	
   isso	
  
porque,	
  a	
  eliminação	
  de	
  	
  patógenos	
  	
  e	
  a	
  regeneração	
  da	
  região	
  endometrial	
  	
  são	
  favorecidos	
  pelas	
  
alterações	
  cíclicas	
  uterinas	
  e	
  que	
  são	
  geridas	
  pelo	
  sistema	
  endócrino.	
  
ü Cerca	
  de	
  85%	
  dos	
  animais	
  com	
  endometrite	
  catarral	
  ficam	
  gestantes	
  após	
  um	
  ou	
  dois	
  tratamentos.	
  
	
  
Cistos	
  foliculares	
  luteinizados	
  (ou	
  luteínicos)	
  
Parede	
  mais	
  espessa	
  que	
  o	
  cisto	
  folicular	
  e	
  secreta	
  quantidade	
  variada	
  de	
  progesterona	
  
ü origem	
  similar	
  às	
  cistos	
  foliculares	
  do	
  ovário,	
  	
  
ü infertilidade	
  associada	
  a	
  não	
  ocorrência	
  da	
  ovulação	
  do	
  folículo	
  dominante.	
  
ü 	
  Deficiência	
  na	
  liberação	
  de	
  GnRH	
  ou	
  LH;	
  
ü não	
  ocorre	
  ovulação,	
  mas	
  há	
  LH	
  em	
  quantidade	
  suficiente	
  para	
  promover	
  a	
  lutenização	
  da	
  teca	
  
	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  38	
  
	
  
Sintomatologia	
  
ü Ciclos	
  estrais	
  anovulatórios,	
  
ü Simples	
  e	
  unilateral,	
  
ü Parede	
  mais	
  espessa	
  com	
  maior	
  tensão	
  e	
  menos	
  flutuação	
  	
  
ü Superfície	
  complexa	
  e	
  lisa	
  
ü Fluido	
  de	
  cor	
  âmbar	
  
ü Infertilidade	
  
	
  
	
  Diagnóstico	
  
ü 	
  palpação	
  retal	
  para	
  ver	
  se	
  tem	
  persistência	
  da	
  estrutura	
  com	
  2,5	
  cm	
  de	
  diâmetro	
  
ü dosagem	
  hormonal,	
  sendo	
  ideal	
  dosagem	
  de	
  progesterona.	
  
	
  Tratamento	
  
ü Aplicação	
  de	
  	
  PGF2∂	
  intramuscular	
  
	
  
ALTERAÇÕES	
  CONGÊNITAS	
  DA	
  CÉRVIX	
  CÉRVIX	
  DUPLA	
  
ü patologia congênita hereditária - 2% das fêmeas bovinas 
ü podendo causar partos distócicos ou infertilidade. 
ü falsa/incompleta: divide ao meio com 2 aberturas em sua porção caudal, 
ü verdadeira/completa: 2 canais cervicais separados se comunicam com os 2 cornos uterinos e a 
vagina. 
ü abertura cervical dupla: converge em uma única abertura, divide-se novamente em dois ductos, 
chegando cada ducto até um corno uterino, geralmente um dos dois canais é falso, 
ü ESPÉCIES ACOMETIDAS: BOVINOS, EQUINOS E SUÍNOS 
 
Sintomatologia	
  
ü podem parir normalmente, 
ü ter partos distócicos, 
ü ou serem inférteis. 	
  Diagnóstico	
  
ü vaginoscopia 
ü exame ginecológico por palpação retal nos grandesanimais; 
 	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  39	
  
	
  
Tratamento	
  
ü não há tratamento 
 	
  APLASIA	
  DA	
  CÉRVIX	
  
Ausência parcial ou completa da cérvix 
ü rara 
ü Descrita em casos de freemartin e hermafroditismo. 	
  TORTUOSIDADE	
  DO	
  CANAL	
  CERVICAL	
  
Trajeto irregular do canal cervical 
ü Dificulta escoamento de secreções uterinas e pode interferir do trânsito dos espermatozoides. 
ü ESPÉCIES ACOMETIDAS: TAURINOS E ZEBUINOS 	
  DOENÇA	
  DA	
  NOVILHA	
  BRANCA	
  -­‐	
  White	
  Heifer	
  Disease	
  
ü Gene responsável pela condição está associado com a cobertura de pelos branca. 
ü Congênita e hereditária, genes recessivos. 	
  Sintomatologia	
  
ü fertilização, concepção e parto podem ou não ser possíveis, pois um corno uterino apenas pode 
ser afetado. 
 Tratamento	
  
ü afastar os animais afetados da reprodução, pois são portadores de genes associados com a 
ocorrência dessa anomalia congênita 
	
  
	
  
Vaginites	
  
Vulva	
  e	
  a	
  vagina	
  podem	
  mostrar	
  sinais	
  de	
  inflamação	
  
ü 	
  problemas	
  na	
  hora	
  do	
  parto,	
  	
  
ü abortamentos,	
  	
  
ü retenções	
  placentárias,	
  	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  40	
  
	
  
ü distocias,	
  
ü fetotomias,	
  	
  
ü manobras	
  obstétricas,	
  	
  
ü touros	
  e	
  sêmen	
  contaminados,	
  	
  
ü inseminações	
  inadequadas.	
  	
  
ü Agentes	
   infecciosos	
  mais	
   comuns:	
  Actinomyces	
   pyogenes,	
   Streptococcusspp,	
   Staphylococcus	
   spp,	
  
herpesvírus	
  (IBR-­‐IPV),	
  Trichomonas	
  foetuse	
  Campylobacter	
  spp.	
  
	
  Sintomatologia	
  
ü corrimento	
  vulvar,	
  	
  
ü hiperemia	
  das	
  regiões	
  afetadas	
  	
  
ü hiperalgesia.	
  	
  
ü recusa-­‐se	
  a	
  ser	
  coberto	
  ou	
  inseminado	
  	
  
ü sente	
  dor	
  na	
  palpação	
  genital	
  via	
  reto.	
  	
  
ü casos	
  mais	
  severos	
  pode	
  ocorrer	
  disúria	
  e	
  o	
  animal	
  permanece	
  com	
  a	
  cauda	
  elevada.	
  	
  	
  Diagnóstico	
  
ü exame	
  vaginal,	
  podem	
  haver	
  vesículas	
  de	
  conteúdo	
  variável	
  
ü presença	
  de	
  secreções	
  variando	
  de	
  seromucosa	
  a	
  muco	
  purulenta.	
  	
  
	
  Tratamento	
  
ü antibióticos	
  
	
  
Laceração	
  	
  
Ruptura	
  de	
  períneo	
  e	
  vagina	
  
Ocorre	
  quando:	
  
ü primíparas	
  
ü distocias	
  no	
  parto	
  
ü animais	
  pequenos	
  cruzam	
  com	
  animais	
  grandes	
  
ü 1º	
  grau:	
  acomete,	
  mucosa	
  vestibular	
  e	
  parte	
  dorsal	
  da	
  vulva	
  
ü 2º	
   grau:	
   acomete,	
   mucosa	
   vestibular	
   e	
   parte	
   dorsal	
   da	
   vulva,	
   submucosa	
   e	
   músculo	
   do	
   corpo	
  
perineal	
  
ü 3º	
  grau:	
  adicionalmente	
  a	
  mucosa	
  retal	
  e	
  submucosa,	
  septo	
  perineal	
  e	
  esfíncter	
  anal	
  
	
  	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  41	
  
	
  
Sintomatologia	
  
Se	
  não	
  for	
  tratada	
  pode	
  ocorrer:	
  
ü pneumovagina	
  
ü urovagina	
  
ü vaginite	
  
ü endometrites	
  com	
  consequente	
  quadro	
  de	
  infertilidade	
  	
  Diagnóstico	
  
ü inspeção	
  da	
  região	
  	
  Tratamento	
  
ü vulvoplastia	
  (plástica	
  para	
  reconstrução	
  anatômica)	
  
	
  
Retenção	
  de	
  Placenta	
  
Animal	
  retém	
  a	
  placenta	
  no	
  pós-­‐parto	
  
ü hereditária	
  
ü infecções	
  genitais	
  
ü gemealidades	
  
ü partos	
  anormais	
  
ü indução	
  de	
  aborto	
  
ü carência	
  de	
  selênio	
  (50%	
  dos	
  casos)	
  	
  Sintomatologia	
  
ü cólicas	
  
ü esforço	
  para	
  expulsão	
  
ü putrefação	
  
ü casos	
  graves:	
  metrite	
  
ü 	
  septicemia	
  
ü pode	
  levar	
  á	
  óbito	
  
	
  Tratamento	
  
ü manual,	
  sem	
  puxar	
  o	
  mesmo	
  para	
  fora	
  
ü amamentar	
  para	
  liberar	
  ocitocina	
  
ü aplicação	
  de	
  ocitocina	
  exógena	
  ou	
  PGF2∂	
  
	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  42	
  
	
  
Cisto	
  Folicular	
  Bovino	
  
Persistência	
  de	
  uma	
  estrutura	
  ovulatória	
  maior	
  que	
  25mm,	
  por	
  no	
  mínimo	
  10	
  dias	
  na	
  ausência	
  de	
  um	
  corpo	
  lúteo.	
  
Inúmeros	
  fatores	
  podem	
  estar	
  associados:	
  
ü perda	
  de	
  ECC	
  no	
  pós	
  parto	
  
ü número	
  de	
  lactações	
  
ü época	
  do	
  ano	
  
ü desordem	
  no	
  pós-­‐parto	
  
ü podem	
  se	
  desenvolver	
  por	
  anormalidades	
  no	
  Eixo	
  HHG	
  
ü folicular	
  ou	
  lúteo,	
  depende	
  do	
  grau	
  de	
  luteinização	
  	
  
	
  Sintomatologia	
  
ü ciclos	
  estrais	
  curtos	
  e	
  irregulares,	
  
ü ninfomania,	
  com	
  edema	
  de	
  vulva	
  	
  
ü hipertrofia	
  do	
  clítoris	
  e	
  canal	
  cervical	
  
ü hiperplasia	
  das	
  glândulas	
  endometriais	
  
ü elevação	
  na	
  cauda	
  
ü hipersecreção	
  endometrial	
  
ü tendencia	
  a	
  hipertrofia	
  e	
  prolápso	
  de	
  vagina	
  
	
  Diagnóstico	
  
ü através	
  de	
  US	
  
ü dosagem	
  de	
  progesterona	
  (plasma	
  e	
  leite)	
  	
  Tratamento	
  
ü hCG	
  ou	
  GnRh	
  +	
  PGF2∂	
  
ü podem	
  ter	
  regressão	
  espontânea	
  
	
  
Tumores	
  Ovarianos	
  
As	
  neoplasias	
  do	
  trato	
  genital	
  feminino	
  	
  
ü pouco	
  frequentes	
   
ü geralmente	
  associados	
  a	
  problemas	
  secundários	
  como	
  alopecias,	
   
ü infertilidade,	
   
ü ciclos	
  estrais	
  irregulares,	
   
ü hiperplasia	
  endometrial,	
   
ü piometra,	
   
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  43	
  
	
  
ü ascite,	
   
ü entre	
  outros. 
ü Égua	
  por	
  exemplo,	
  o	
  aumento	
  da	
  testosterona	
  promove	
  comportamento	
  masculinizado,	
  agressivo	
  
e	
  persistência	
  da	
  égua	
  em	
  anestro. 
ü tumores epiteliais, 
ü tumores da células germinativas 
ü tumores de estroma gonadal 
ü Espécies acometidas: Vacas, éguas, cadelas, gatos, búfalas (teratoma) 
 Diagnóstico	
  
ü Histórico reprodutivo 
ü Palpação retal 
ü Biópsia 
ü histopatológico 
ü citologia 
ü Ultrassom 
 Sintomatologia	
  
ü ciclo estral irregular, 
ü ninfomania (desejo sexual exagerado), 
ü anestro prolongado 
ü comportamento masculinizado por produzir altas concentrações de testosterona. 
ü cólica, 
ü laminite, 
ü desenvolvimento muscular anormal, 
ü caquexia, 
ü anemia. 
ü Pode ocorrer também hemorragia intra-abdominal devido a ruptura do tumor 
 Tratamento	
  
ü ovariectomia, através de colpotomia, laparoscopia ou laparotomia. 
ü Dias depois da cirurgia os animais já podem voltar à sua atividade reprodutiva normal. 
 
	
  
Neoplasia	
  ovariana	
  	
  
ü Cadelas:	
  mais	
  comum	
  de	
  origem	
  epitelial	
  e	
  os	
  tumores	
  de	
  células	
  da	
  granulosa.	
  	
  
ü Tumores	
   ovarianos	
   são	
   normalmente	
   percebidos	
   pela	
   presença	
   de	
   grandes	
   massas	
   abdominais,	
  
achados	
   ultrassonográficos	
   ou	
   devido	
   às	
   manifestações	
   clínicas	
   relacionadas	
   a	
   alterações	
  
hormonais.	
  	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  44	
  
	
  
ü 50%	
   das	
   neoplasias	
   deovário	
   nas	
   cadelas	
   são	
   de	
   origem	
   epitelial	
   e	
   comumente	
   bilateral,	
  
destacando-­‐se	
  o	
  adenoma	
  e	
  o	
  adenocarcinoma	
  papilares,	
  mais	
   frequentes	
  em	
  cadelas	
  com	
   idade	
  
avançada	
  	
  
ü Já	
  os	
  tumores	
  de	
  células	
  da	
  granulosa	
  são	
  tipicamente	
  unilaterais	
  e	
  associados	
  a	
  sinais	
  clínicos	
  de	
  
estro	
   prolongado	
   secundário	
   à	
   produção	
   de	
   estrógeno,	
   ocorrendo	
   com	
   frequência	
   em	
   animais	
  
jovens,	
  assim	
  como	
  os	
  teratomas.	
  	
  
	
  Tratamento	
  
ü remoção	
  cirúrgica	
  do	
  ovário	
  afetado	
  ou	
  de	
  ambos,	
  
ü histopatológico	
  	
  
ü quimioterapia	
   com	
  cautela,	
   devido	
  ao	
   risco	
  de	
  potencialização	
  de	
   supressão	
  de	
  medula	
  óssea	
   já	
  
presente	
  induzida	
  pelo	
  estrógeno.	
  	
  
	
  
 
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Tecnologia	
  e	
  Reprodução	
  Animal	
  	
   Página	
  45	
  
	
  
Referências	
  
	
  Imagem	
  da	
  capa	
  
Fonte:	
  <http://vocevaientender.wordpress.com/2011/11/29/informacao-­‐inutil-­‐do-­‐dia-­‐quantos-­‐mb-­‐de-­‐informacao-­‐
tem-­‐um-­‐espermatozoide/>	
  	
  	
  Figura	
  1	
  
Fonte:	
  http://www.inseminacaoartificial.com.br/aparelho_genital.htm	
  	
  Figura	
  2	
  
Fonte:	
  http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http%3A%2F%2Fwww.vidadecavalo.com.br%2Fapaegua.jpg&	
  
imgrefurl=http%3A%2	
  F%2Fcavalosmais.blogspot.com%2F2013%2F07%2Fo-­‐sistema-­‐reprodutor-­‐da-­‐egua.html&h=	
  
341&w=413&tbnid=XQsQa7yDf7WPVM%3A&zoom=1&q=sistema%20reprodutor%20éguas&docid=xTjcRyySZjVS2M
&ei=iApLU8OnLO2u0AGUkIDADQ&tbm=isch&ved=0CFIQhBwwAA&iact=rc&dur=6492&page=1&start=0&ndsp=16	
  
	
  
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Tecnologia	
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  Animal	
  	
   Página	
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  Angus	
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p.841-­‐845,	
  2000	
  
• SILVA,	
  MC;	
  BARIANI,	
  MH;	
  FRANCO,	
  DF;	
  BIRCK,	
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  RESENDE,	
  HRA;	
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CRIPTORQUIDISMO	
  EM	
  EQÜINOS,	
  Revista	
  Científica	
  eletrônica	
  de	
  medicina	
  veterinária,	
  Ano	
  IV,	
  
Número	
  08,	
  Janeiro	
  2007	
  
• RADOSTITS,	
  O.	
  M;	
  GAY,	
  C.	
  C;	
  BLOOD,	
  D.	
  C;	
  HINCHCLIFF,	
  K.	
  W.	
  Clinica	
  Veterinária	
  -­‐	
  um	
  tratado	
  de	
  
doenças	
  dos	
  bovinos,	
  ovinos,	
  suínos,	
  caprinos	
  e	
  eqüinos,	
  9º	
  ed.	
  Rio	
  de	
  janeiro:	
  Guanabara	
  Koogan,	
  
2002.	
  p.	
  543	
  -­‐	
  44	
  ;	
  1583.	
  
	
  
Agradecimentos	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  Gostaríamos	
  de	
  agradecer	
  a	
  professora	
  desta	
  disciplina,	
  Tecnologia	
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  Animal,	
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  Silvia	
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  e	
  revisão	
  desta	
  disciplina.	
  E	
  agradecer	
  também	
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  alunos	
  de	
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  deste	
  material	
  de	
  apoio.	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Muito	
  obrigada,	
  	
  	
  	
  	
  	
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