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FUNDAMENTOS DA CIRURGIA ORTOPÉDICA Prof. Bruno Marcondes FUNDAMENTOS DA CIRURGIA ORTOPÉDICA A cirurgia dos ossos requer instrumentos de carpinteiro, embora não seja carpintaria. Preparação PLANEJAMENTO - As cirurgias dos ossos devem ser cuidadosamente planejadas com antecedência, efetuando-se medidas acuradas e comparação" entre os ossos de um membro, quanto a sua simetria, com os do membro oposto. ESTERILIZAÇÃO. A necessidade de esterilização na cirurgia óssea é ainda maior que na cirurgia de tecidos moles; a infecção de qualquer ferimento representa um retrocesso, mas uma infecção óssea pode ser desastrosa. CONTROLE RADIOLÓGICO. Procedimentos que envolvam o realinhamento de ossos e articulações ou a instalação acurada de pinos e fios metálicos devem sempre ser checados por meio de radiografias intra-operatórias preferencialmente a fluoroscopia e a identificação de imagem. EQUIPAMENTO. As cirurgias ósseas necessitam de instrumentos especiais, sendo indispensáveis brocas (para a perfuração de cavidades), osteotomos (para o corte de porções ósseas inutilizadas), serras (para o corte de osso cortical), cisalhas (para dar forma aos ossos), goivas (para a remoção de tecido ósseo) e lâminas, parafusos e chaves de fenda (para a fixação de ossos). O "CAMPO EXANGÜE" . Muitas cirurgias dos membros podem ser executadas mais rápida e acuradamente se o sangramento for evitado por meio de um torniquete. Este deve ser sempre um manguito pneumático, que é aplicado sobre tecidos moles de caráter volumoso, a fim de se evitar pressão sobre os nervos; deve ser inflado a não mais que 100 mmHg acima da pressão sistólica e ser removido dentro de duas horas; sempre que possível, deve ser retirado antes de o ferimento ser suturado, para que se possa controlar o sangramento e evitar um hematoma pós-operatório "silencioso". A pressão excessiva ou prolongada pode provocar lesão nervosa ou muscular permanente (Klenerman, 1980). Procedimentos Básicos PERFURAÇÃO. A perfuração pode ser necessária, simplesmente, para a retirada de um abscesso ósseo, ou então, uma série de cavidades pode facilitar o corte através do córtex, por meio de um osteotomo. Entretanto, a broca é utilizada com maior freqüência para a preparação de furos estabelecidos para parafusos. CORTE CORTE. Partes de osso esponjoso podem ser cortadas por meio de um osteotomo; a margem afilada fende a porção mole do osso, mas fragmenta o osso cortical, O eixo tubular, portanto, tem de ser atenuado através da perfuração de uma série de cavidades, antes que se possa aplicar o osteotomo. Uma serra elétrica é menos arriscada e mais acurada. Três maneiras de fixação óssea: Com um parafuso único - este é um parafuso defasado (rosqueado apenas em sua parte distal), adquirindo-se, deste modo, compressão interfragmentar; placa e parafusos - o modo mais comum de fixação de urna fratura diafisária; metálico intramedular. parafuso único placa e parafusos Intramedular Osteotomia Osteotomia é o seccionamento cirúrgico de um osso, com o fim de corrigir uma restauração ou deformidade do esqueleto, ou por consolidação viciosa de fratura, ou por anomalias congênitas ou adquiridas. A osteotomia é empregada, por exemplo,visando à correção de uma deformidade da articulação do quadril. Geralmente esse tipo de cirurgia é feito nos membros de locomoção que têm seus movimentos tolhidos por anomalias ósseas. Em alguns casos, faz-se a extração de fragmentos do osso que contém a deformidade. Osteotomia Tratamento O osso deve ser imobilizado ou protegido contra sustentação de peso, até que a união seja completa. PROTOCOLO PARA REABILITAÇÃO DO JOELHO APÓS OSTEOTOMIA Fase I (1º sem): objetivo – controle da dor e edema pelo próprio paciente repouso relativo (domiciliar), gelo sobre toalha úmida por até 1 hora (4 x ao dia), exercícios isométricos para quadríceps (tentar elevar e manter a coxa elevada a 45º por 5 segundos 10 vezes após cada aplicação de gelo) Não é permitido apoio durante 6 semanas , marcha com 2 muletas é indispensável, o imobilizador pode ser usado no controle da dor por 2 a 3 semanas. PROTOCOLO PARA REABILITAÇÃO DO JOELHO APÓS OSTEOTOMIA Fase II (2º a 4º semana): objetivo – ganhar arco de movimento (mínimo de 0º a 90º)2º semana: exercícios isométricos, flexão ativa (em prono ou sentado) e mobilização da patela.3º semana: iniciar bicicleta estacionária sem carga. Retirar imobilização.4º semana: acrescenta ½ kg de carga nos exercícios isométricos. Progredia com ADM além de 90º PROTOCOLO PARA REABILITAÇÃO DO JOELHO APÓS OSTEOTOMIA Fase III(2º mês): objetivo – iniciar ganho muscular do quadríceps, panturrilha e controle motor, alongamento de isquiotibiais, carga progressiva nos exercícios isométricos, ADM acima de 90 º PROTOCOLO PARA REABILITAÇÃO DO JOELHO APÓS OSTEOTOMIA Fase IV(apoio): Após liberação médica por avaliação radiológica >Apoio parcial com 2 muletas com aumento progressivo da carga durante + 3 semanas . Após + 3 semanas > retirar muleta contralateral e evoluir para carga subtotal. Após + 3 semanas ( cerca de 3 meses de PO) > retirada completa das muletas PROTOCOLO PARA REABILITAÇÃO DO JOELHO APÓS OSTEOTOMIA Fase V (após 4 meses): treinamento da marcha , exercícios isométricos e excêntricos, exercícios de maior impacto , “stepper”, cadeira imaginária e propriocepção inicial . Alongamentos gerais,exercícios de cadeia cinética fechada – bicicleta, mesa flexora. PROTOCOLO PARA REABILITAÇÃO DO JOELHO APÓS OSTEOTOMIA Fase VI (após 6 meses):Preparação física, objetivo – incentivar ganho muscular e propriocepção, inicio das atividade em academia de ginástica, treinamento esportivo e programa de manutenção , (exercícios aeróbicos e localizados) PROTOCOLO PARA REABILITAÇÃO DO JOELHO APÓS OSTEOTOMIA Fase VII(após 9 meses): treino funcional e retorno ao esporte ou atividades diárias.
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