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RESUMO DE DIREITO INTERNACIONAL

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RESUMO DE VÍDEO AULA – DIREITO INTERNACIONAL – OAB
Baseado com fulcro nos artigos: Art. 4º, 5º, 12, 13, 14 e 222 da CF; Lei nº 12.376/2010; Lei nº68.015/1980 e Lei nº9.747/1994;
O Direito Internacional busca estudar as leis no espaço, a nacionalidade, a condição jurídica do estrangeiro, o concurso de jurisdição e a cooperação jurídica internacional.
Brasileiro nato
Os natos podem ser os filhos de pai ou mãe brasileiros (jus sanguinis) que estejam fora do país quando a serviço da nação, ou não estando a serviço do Brasil, optem em registrar o filho numa repartição brasileira competente (uma embaixada), ou ainda quando maior de idade e vindo morar no Brasil solicite a nacionalidade brasileira.
Outra modalidade de brasileiro nato é aquele nascido no território brasileiro (jus solis) independente da nacionalidade dos pais, exceto quando os pais ou um deles estiverem a serviço do seu país de origem. Quando um deles for brasileiro, poderá o filho, quando maior e residir no Brasil solicitar a nacionalidade brasileira.
Brasileiro naturalizado
Os naturalizados são os que apesar de terem nacionalidade estrangeira ou apátridas (sem pátria), adquirem a brasileira. 
Para os estrangeiros será necessário ser residente no país por mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal, exceto para os estrangeiros que possuem a língua portuguesa, bastando ter apenas 1 ano de residência no país. 
Modalidades de nacionalidade: 
A nacionalidade é um vínculo que liga a pessoa a um pais, possuindo diversos deveres e direitos. 
Originária – aquele que já nasce com uma nacionalidade. Resulta de um fato natural independente da vontade da pessoa, qual seja, o nascimento.
Critérios para Nacionalidade Originária:
Ius Sanguinis: é quando os filhos adquirem a nacionalidade de seus pais. Simplificando, é quando o filho adquire a nacionalidade que os pais tinham na época de seu nascimento, independentemente do local ou território onde ocorreu o nascimento. Geralmente é substituído a denominação ius sanguinis pela de critério da filiação, pois não é o sangue, mas sim a nacionalidade dos pais que fixa a nacionalidade do filho.
Ius soli: É quando a nacionalidade originária se estabelece pelo lugar do nascimento, independentemente da nacionalidade dos pais.
Ius domicilii: É quando o domicílio deve servir como critério para obter a nacionalidade a favor de quem se encontre domiciliado em um determinado país. A convenção sobre nacionalidade da Haia, de 1930, afirma que o indivíduo que possui várias nacionalidades terá reconhecida a nacionalidade do país no qual tenha sua residência principal. 
Uis laboris: Critério do trabalho. O indivíduo adquire a nacionalidade do pais onde trabalha. Ex. Pedro possui nacionalidade brasileira e é chamado para trabalhar no Vaticano diretamente com o Papa. Por esse motivo, Pedro vai adquirir a nacionalidade do Vaticano.
Misto: Ocorre quando um pais decide adotar mais de um critério para a determinação da aquisição de sua nacionalidade. Ex: Brasil. 
Ex: Pedro nasceu em Paris, filho de pais de nacionalidade brasileira no momento de seu nascimento, Pedro, apesar de nascido em pais estrangeiro, terá o direito de ser brasileiro desde que venha a residir no Brasil e faça a opção pela nacionalidade brasileira. Será inclusive, nacional nato.
Possuem nacionalidade originária:
a) Os nascidos no Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
B) Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço do Brasil;
C) Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que sejam registrados EM REPARTIÇÃO BRASILEIRA;
D) Os nascidos no estrangeiro de pai ou mãe brasileiros, desde que venham a residir na RF do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
Adquirida – Vontade do indivíduo e depende de naturalização.
São dois tipos:
Naturalização ordinária – é concedida para aqueles que adquiriram a nacionalidade estrangeira. É mais rápida.
Naturalização extraordinária – é atribuída aos estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes no Brasil há mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
Naturalização: é uma modalidade de aquisição de nacionalidade derivada, ou seja, o indivíduo de nacionalidade estrangeira vem através de um requerimento pedir a um país para que este conceda a sua nacionalidade.
Ex: Pedro de nacionalidade Alemã, solicita ao Governo do Brasil a naturalização, através do requerimento, para a obtenção da nacionalidade do Brasil na forma derivada.
Asilo: é a proteção dada por um país a um indivíduo perseguido por outro país, por RAZÕES POLÍTICAS e de OPINIÃO;
Pode ser TERRITORIAL ou DIPLOMÁTICO
Territorial: quando o asilado já se encontra no território do país asilante. O indivíduo é acolhido no território do pais asilante. Asilo definitivo.
Diplomático: quando o asilado ainda se encontra no país em que sofre perseguição. O indivíduo é acolhido em locais imunes a jurisdição desse país, como embaixadas. É temporário e anterior ao definitivo.
Refúgio: Busca proteger todo o indivíduo teme a perseguição por motivo de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas e não queira mais permanecer em seu país, fugindo para outro.
O estrangeiro poderá requerer o reconhecimento como REFUGIADO de qualquer autoridade migratória que se encontre na fronteira. Ex: Refugiados da Síria e Turquia que foram para a França e Alemanha. 
Conflitos De Leis - Lei nº 12.373/2010 (LINDB)
Como regra geral, aplica-se o direito nacional aos fatos ocorridos no território de determinado país. Contudo, alguns fatos dizem respeito a mais de um estado, gerando dúvidas sobre qual ordenamento jurídico deveria incidir no caso concreto.
Casamento celebrado fora do território nacional poderá ser reconhecido como válido no ordenamento jurídico brasileiro?
Toda relação matrimonial ocorrida no exterior, será reconhecida como válida no ordenamento brasileiro.
Tratado: é o acordo internacional celebrado por escrito entre 2 ou mais Estados ou outros sujeitos de direito internacional. Os tratados internacionais, independentemente da espécie, devem passar pelo controle de constitucionalidade.
Deportação: é a devolução do estrangeiro ao exterior por entrar ou permanecer irregularmente no território nacional. A irregularidade pode ocorrer na entrada clandestina, bem como na violação de leis que impeçam a permanência do estrangeiro no Brasil. 
Expulsão: é o afastamento do estrangeiro que tenha recebido condenação criminal ou apresente comportamento que impeça a sua permanência entre a população daquele país. Obs: Não será́ expulso o estrangeiro casado há mais de cinco anos com cônjuge brasileiro ou que tenha filho que esteja sob sua guarda e dependência.
Extradição: Momento em que o país entrega para outro país, em razão de solicitação deste, uma pessoa para responder a processo penal ou cumprir pena.
Quem pode ser considerado Apátrida?
A criança que ao nascer, não foi contemplada com qualquer nacionalidade. Ex. Júlio nasceu em Portugal, filho de pais de nacionalidade Argentina na época, como a Argentina adota o critério de IUS SOLO, e Portugal adota o critério IUS SANGUINIS LORIVAL não será de nacionalidade Argentina porque não nasceu na Argentina, e não será de nacionalidade Portuguesa porque seus pais eram na época de nacionalidade Argentina, então ele é considerado APÁTRIA.

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