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Resumo de Direito Internacional

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Direito Internacional
Professora: Cláudia Maria Carvalho do Amaral Vieira
Curso de Direito Internacional Público – Valério de Oliveira Mazuolli 
"Sapiens" – indicação pessoal para leitura sobre história e o "Homos Deus"
Direito Internacional Privado: Trata das relações entre pessoas físicas e jurídicas, as relações privadas - ex.: casamentos, contratos internacionais, juiz competente para julgar acidente aéreo com avião de outro país, etc. Faz valer no Brasil leis de outros países.
- Estraneidade = tem algo estrangeiro.
Direito Internacional Público 
É o direito que regula as relações jurídicas entre Estados e entre Estados e Organizações Internacionais. 
Organismos criados a partir de tratados que são assinados pelos estados. Regras jurídicas que dizem respeito a circulação de mercadorias, a questão tributária em outros países, a questão da saúde entre países, no âmbito internacional. 
O Direito Internacional Público tem por objeto as regras jurídicas internacionais encontradas nas fontes que vão regular as relações dos países, ou seja, como os Estados se relacionam entre si e dentro de certos limites.
Não é a Constituição Brasileira que rege as relações internacionais , ela dá referências de como o Brasil vai agir nesses casos. São os Tratados celebrados pelo Brasil que regem essas relações. 
O Direito Internacional é uma das áreas mais antigas do Direito, é extremamente filosófico e natural (ultrapassa as fronteiras). Ganha maior destaque após a II Guerra Mundial, com a estruturação da proteção ambiental e dos direitos humanos. 
 
Relação de suportabilidade no que tange às regras internacionais e tratados. Os Estados devem dispôr de sua soberania para que consigam entrar em um acordo. 
Os estados são os sujeitos clássicos do Direito Internacional Público porque no início eram somente eles, porém contemporaneamente os indivíduos surgiram no direito internacional público porque hoje o indivíduo pode acessar as Cortes Internacionais (por exemplo: um indivíduo que sofre uma violação aos Direitos Humanos pode recorrer diretamente à Corte Internacional).
Corte Internacional - Tribunal Penal Internacional - tem como objetivo julgar quem comete crime; pune-se o criminoso, não o Estado. 
Obs.: Chanceler é o nome que se dá ao Ministro das Relações Exteriores, braço direito do Brasil no Direito Internacional; não é um diplomata.
Características do Direito Internacional Publico:
- não há uma autoridade superior - é uma estrutura descentralizada
- não há hierarquia entre as normas jurídicas
- relação de coordenação (horizontal) - cooperação, suportabilidade
- "Pacta Sunt Servanda" – as regras se formas a partir do consentimento
- no DIP as regras são coercitivas – é a reciprocidade, por exemplo quando a Austria fecha as fronteiras para as pessoas que vem da Siria e neste caso não haverá punição mas o país prejudicado vai exigir a mesma coisa = reciprocidade.
- no DIP os países não são obrigatoriamente jurisdicionáveis - não há obrigatoriedade de que os países sejam jurisdicionáveis;
- o DIP impera sobre a sociedade internacional 
Características do Direito Interno:
- o Estado garante a vigência da ordem jurídica
- normas hierarquizadas
- há uma relação de subordinação
- as regras se formam a partir de representatividade do poder legislativo;
-no direito interno as regras são punitivas;
- no direito interno há obrigatoriedade jurisdicional 
- o povo brasileiro é subordinado ao direito.
Sujeitos do Direito Internacional Público.
São sujeitos do direito internacional público:
-Os Indivíduos;
-Estados; e
-Organizações Internacionais.
De acordo com o entendimento doutrinário minoritário os indivíduos são sujeitos do direito internacional público, pois podem ser submetidos ao Tribunal Penal Internacional em Roma.
Quantos aos demais sujeitos,
Relação de Direito Internacional e Direito Interno: Acerca do tema existem duas teorias:
1-Teoria Monista: Para essa teoria o Direito Internacional e o Direito Interno compõem o mesmo bloco, feixe normativo. Ou seja, não distinção n ordenamento entre tais ramos do direito. Além disso, cumpre estabelecer que a teoria monista subdivide-se em duas:
2-Teoria Monista Internacionalista: Para essa vertente da teoria monista, às regras de direito interno se submetem às regras de direito internacional, ou seja, de acordo com esse entendimento doutrinário, a norma interna estaria submissa a uma espécie de norma fundamental internacional. Ademais, tal teoria consiste no posicionamento majoritário dos juristas brasileiros.
-Teoria Monista Constitucionalista: Para esse desdobramento do teoria monista, às regras de direito internacional se submetem às regras normas estabelecidas na Constituição Federal do Estado Estrangeiro. 
-Dualista: Diversamente do posicionamento anterior, essa teoria assevera que Direito Internacional e Direito Interno compõem blocos normativos distintos. Desta forma, para que o Direito Internacional passe a ter vigência no ordenamento jurídico pátrio se faz necessário um instrumento normativo específico.
Breve Histórico do Direito Internacional.
Nesse ponto foi traçado um breve relato, através de marcos históricos, e do surgimento e desenvolvimento do Direito Internacional:
- Surgimento da idade média;
- Influência da Igreja católica e imposição de regras pelo Papa;
- Tratado de Tordesilhas;
- Idade Moderna (Criação do Estado Moderno);
- Tratado de Paz Westfália: Tal tratado foi de suma importância para o modo como conhecemos o direito internacional atualmente, pois o mesmo estabeleceu soberania aos Estados e retirou o poder das mãos do Papa.
- idade contemporânea (Congresso de Viena – 1815);
- Tratado de Versalhes (Decretou o fim da I Guerra Mundial e criou a “Liga das Nações”, órgão internacional que precedeu a ONU); 
- Atentado de 11.09.2001;
- Crise econômica de 2008; e	
- Assunção da China como grande potência mundial.
Na antiguidade não existia o direito internacional público. Ele aparece na idade média – encontramos regras internacionais que dizem respeito a como os feudos. A Igreja Católica tomava conta do direito internacional e realizava os tratados. Assim foi criado através do papa o Tratado de Tordesilhas, em que o mundo foi dividido em dois, um lado pertencia a Espanha e outro a Portugal. 
Temos então a idade moderna – cidades e estados são formados - temos novamente estruturas políticas de concentração de pessoas nas cidades. 
Estado = povo, território, governo e soberania.
Paz de Westfalia – 1648: Dá fim a Guerra dos 30 anos (conflito religioso) e é composta por dois tratados denominados “Tratado de Münster” e “Tratado de Osnabruck”. É o tratado que vai estruturar o mundo e organizar a sociedade da forma como mais se aproxima da atualidade. Esse tratado estruturou o mundo da forma que mais se aproxima com o que vivenciamos hoje em dia – dá uma visão de que os Estados são iguais, independente da estrutura geográfica, econômica, etc. Aqui temos a perspectiva do direito Internacional Público e um direito formado de regras que regulam os Estados e a sociedade - relações internacionais entre os Estados.
Relações entre Estados é a sociedade internacional composta por Estados soberanos e iguais e na medida que um avança sobre o outro, este tem direito de reagir. É o marco histórico da fundação do estado moderno e das relações do estado numa forma em que todos os estados são tratados de formas iguais. Aqui nasce a noção de Soberania do Estado e tira o poder dos papas. 
Obs.: não dá para sair da faculdade de Direito sem saber o que é Paz de Westfalia. Por isso o estado é por excelência de forma primária o indivíduo principal do Direito Internacional Público.
Idade contemporânea 1815 – congresso de Viena - decidiram o que fariam com a África depois das guerras de Napoleão. 
Século XX é marcado pelas duas guerras mundiais. A I Guerra Mundial é findada com o Tratado deVersalhes – foi criada a liga das nações. 
Guerra Fria – EUA e União Soviética.
Hugo Grócio - pai do Direito Internacional. Suas reflexões são pautadas no Direito Internacional utilizadas no tratado de Westfalia.
Tratado de Versalhes - põe fim a I Guerra Mundial. 
Liga das Nações –É anterior a Organização das Nações Unidas, criação de uma corte internacional de justiça. A liga se desfaz com a criação do partido Nazista. Após a II Guerra Mundial surge a criação da ONU, que possui um tratado chamado Carta de São Francisco, que funda a ONU e traz o Estatuto da Corte Internacional de Justiça. No art. 38 do ECIDJ encontram-se as fontes do Direito Internacional, onde se busca a norma jurídica do Direito Internacional.
Após a II Guerra Mundial surge o Direito Internacional como se conhece hoje e as Organizações Internacionais surgem pela união de Estados individuais, por meio de um Tratado Internacional. 
Fontes do Direito Internacional Público:
Art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça.
1) As convenções internacionais – fonte escrita - sejam gerais ou particulares que estabeleçam regras desde que reconhecidas pelos Estados litigantes - significa o mesmo que tratado / acordo / protocolo / concordata internacional. 
Os tratados celebrados com a Santa Sé (Igreja) são chamados concordata. Constitui uma fonte escrita do Direito Internacional. 
2) O costume internacional – São atos e práticas dos Estados reiteradasao longo do tempo – vinculante, são comportamentos que geram vinculo jurídico.
 Como prova de uma prática geralmente aceita como Direito. É o direito costumeiro, é uma Fonte não escrita do Direito Internacional. 
3) Os princípios gerais do Direito - reconhecidos pelas nações civilizadas. 
4) As decisões judiciais e as doutrinas dos juristas como meio auxiliar. 
5) Equidade – é um dos instrumentos para solução de conflitos, é a noção de justiça aplicada ao caso concreto.
6) Atos unilaterais e decisões proferidas pelas organizações internacionais.
Obs.: A analogia é criticada e por isso não é utilizada no Direito Internacional.
Tratados Internacionais
Tratado Internacional: É o ato jurídico por meio do qual se manifesta o acordo de vontades entre dois ou mais sujeitos de Direito Internacional ( sujeitos = Estados e Organizações Internacionais). Trata-se de um acordo internacional, celebrado por escrito entre um ou mais Estado ou uma ou mais Org. Internacional.
O Tratado passa a ser obrigatório quando pactuado entre os Estados. Existem leis que definem o Tratado e todos seus aspectos, essa estruturação é encontrada em dois tratados-lei:
a) Tratado de 1969 – Denominado como Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados - sobre questões relacionadas a Teoria Geral do Tratado.
b) Documento de 1986 - Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados entre Estados e Organizações Internacionais ou entre Organizações Internacionais - não ratificado pelo Brasil. 
Classificação dos Tratados: 4 modalidades
1-Tratados bilaterais – São tratados de duas partes é a relação entre dois Estados.
2-Tratados Multilaterais – São tratados onde temos muitas partes, é a relação entre diversos Estados.
3-Tratados-contratos - são aqueles que visam a regulação de interesses recíprocos, ex.: acordo sobre imigração celebrado entre Brasil e Italia em 1960. 
4-Tratados-lei ou Tratados normativo - tem como objetivo fixar normas de Direito Internacional, ex.: Tratados de Viena e Carta da ONU. 
"Jus cogens" – São regras cogentes, são aquelas em que não existe qualquer possibilidade de disposição pelas partes, por ex: direitos da personalidade e direitos real.
O DIP é formado a partir do consenso, se fundamenta no Pacto São Servanda, ou seja, se o Brasil assinar um tratado que permite a tortura vai violar o jus cogens e não terão efeito, sendo vedado o seu cumprimento. 
"Jus cogens” são normas imperativas , são normas jurídicas internacionais que não podem ser derrogadas (afastadas) por outra fonte do DIP a não ser que seja uma nova norma de “jus cogens”.
As normas do DIP não possuem hierarquia entre si, somente as normas “jus cogens” possuem hierarquia além dos Tratados, por ex: regras de proteção aos direitos humanos.
Conceito: Jus cogens são normas imperativas de DIP geral aceitas e reconhecidas pela sociedade internacional em seu conjunto, como normas das quais, nenhuma derrogação é possível e que só podem ser derrogadas (afastadas) por normas de jus cogens posterior da mesma natureza. São normas hierarquicamente superiores aos Tratados que não podem ser violadas..
Os arts. 53 e 64 da Convenção de Viena sobre Direitos dos Tratados de 1969 reconhecem expressamente o jus cogens. 
As regras de jus cogens geram obrigações erga omnes, devem ser cumpridas sob pena de responsabilização do Estado. 
Exemplos de jus cogens: 
-proibição do genocídio
- proibição da tortura
- proibição da escravidão
-proibição à pirataria
-proibição aos crimes contra a humanidade
-a violação ou violência à população civil (Siria e Alepo)
-a autodeterminação dos povos
- proibição do uso agressivo da força, a única forma de reação deve ser na mesma medida, é a legitima defesa, somente com anuência da ONU.
Costumes: Não são fontes escritas mas tem se transformado em norma escrita. Os costumes têm sido colocados nos Tratados. Têm grande relevância nas normas jurídicas. 
O costume como fonte do Direito Internacional deve estar constituído de dois elementos básicos:
a) Elemento Objetivo – é a repetição ao longo do tempo de um certo modo de proceder ante determinado quadro fático (quadro de fato). Sempre estar fazendo aquilo ou deixar de fazer também pode consubstanciar o costume.
b) Elemento Subjetivo "opino iuris" – Significa a convicção de que se procede de determinada maneira por ser necessário, correto e justo. 
Costume e Tratado estão no mesmo patamar hierárquico, ou seja, costume revoga Tratado e tratado revoga costume. Nos Costumes, não se vê o acordo escrito entre as partes da Pacta Sunt Servanda, mas há a presença do consentimento entre as partes.
Princípios Gerais do Direito: Aplicação para as nações civilizadas. Entende-se que qualquer nação que tem princípio é considerada civilizada. 
É uma fonte não escrita. Estes princípios estão nas regras internas dos países e, para tornarem-se parte do Direito Internacional, deverão ser compartilhados por muitos Estados. Ex.: princípio da boa-fé, da pacta sunt servanda, do devido processo legal, etc. 
"Os princípios gerais de Direito Internacional são princípios consagrados no sistema jurídico dos Estados, ainda que não sejam aceitos por todos os sistemas jurídicos estatais, bastando que um número suficiente de Estados os consagrem". Trata-se de uma fonte primária.
Doutrina e Jurisprudência: São meios auxiliares, não são fontes primárias. Não se equiparam aos Tratados, Costumes ou Princípios Gerais do Direito, pois se trata de meios auxiliares para decidir um caso concreto.
Jurisprudência: No âmbito do DIP são as decisões proferidas pelos Tribunais Internacionais, pela Corte Internacional de Justiça, Corte Interamericana, Tribunal Penal Internacional, Corte Europeia de Direitos Humanos, Corte Africana.
 Existem também Tribunais Arbitrais, a arbitragem existe há mais tempo no Direito Internacional, este Tribunal é mais técnico e trata caso a caso, estas decisões também compõe a jurisprudência internacional. Também compõe a jurisprudência internacional as decisões dos Tribunais internos.
Doutrina: Não se trata da doutrina interna dos países A Doutrina internacional é formada por uma Comissão de Direito Internacional da ONU. Essa comissão é formada por estudiosos que pensam em como serão os conceitos dos Tratados Internacionais, e lá fazem a construção dessa doutrina. Há muitos institutos internacionais como a Convenção da Haia / Unidroit / Uncitral são responsáveis pela criação de doutrinas. 
Equidade:A equidade poderá ser utilizada desde que haja concordância entre as partes, é a noção de justiça. A analogia não é utilizada no DIP, é muito criticada. A equidade vai se inserir no contexto das decisões de duas formas:
1- Será utilizada quando há uma insuficiência de clareza na norma de direito positivo aplicada. Ou seja, quando temos norma jurídica para determinado caso,onde a equidade terá função adaptativa para acomodar determinada situação.
2- Será utilizada quando há uma norma clara aplicável ao caso concreto, mas que gera uma solução inaceitável pelo senso de justiça do interprete. Nesta hipótese a função da equidade será corretiva. 
Atos Unilaterais – São atos jurídicos, de cunho internacional, provenientes da manifestação de vontade de um único sujeito de Direito Internacional e aptos a produção de efeitos jurídicos. São fontes de direito porque estes atos trazem comprometimento entre países. Os atos unilaterais podem ser expressos ou tácitos:
Atos unilaterais expressos: Notificação , protesto , reconhecimento, renúncia e denúncia.
1-Notificação: É um ato escrito e serve para levar ao conhecimento de um outro Estado, um fato que pode produzir efeito jurídico, por ex: Coréia do Norte notifica que vai emitir mísseis nucleares. 
2-Protesto: É um unilateral que impede a consolidação de um costume ou de uma conjuntura prejudicial aos interesses do Estado, por ex: o MERCOSUL
3-Reconhecimento: É um ato por meio do qual um sujeito de Direito Internacional aceita determinada situação. Ex.: reconhecimento da independência de um país, ou a existência de um Estado (qdo o Brasil reconheceu a existência do Estado da Palestina).
4- Renúncia: Quando de forma expressa o titular de um direito renuncia tal direito. No âmbito internacional, renúncia é quando o sujeito de Direito Internacional abdica a um direito próprio de forma explícita.
(***prova) 5- Denúncia: É uma hipóteses de ato unilateral por meio do qual um Estado se retira do Tratado. Se for bilateral, o Tratado deixa de existir, se for multilateral, continua existindo com os demais Estados.
Decisões proferidas pelas Organizações Internacionais: As decisões tomadas são normas a serem seguidas pelos Estados. Ex.: Conselho de Segurança da ONU determina que os EUA não pode guerrear com o Iraque, é uma norma que deve ser seguida. 
(***prova) Ditado: As Organizações Internacionais emanam decisões cogentes que devem ser respeitadas por todos os Estados que assinaram os Tratados que as constituíram.
O Brasil está vinculado sob pena de responsabilização e este aspecto normativo do DIP é chamado de : Hard Norms e Soft norms. 
Hard norms - constituem a hard law, que são as fontes do Direito Internacional que geram regras que criam obrigações aos Estados. 
Soft norms - constituem a soft law, são as normas não obrigatórias que não são cogentes, são as regras pautadas em princípios mas que são adotadas pelos Estados porque geram condutas, ex.: Eco 92; Agenda 21. 
Teoria Geral dos Tratados do DIP: É regida por 2 documentos legislativos importantes: 
1- Convenção de Viena sobre o direito dos Tratados de 1969 - é um Tratado normativo, Tratado lei. Essa Convenção foi internalizada pelo Decreto Legislativo 496/2009 e pelo Decreto Presidencial 7030/2009 e foi ratificada em 25/09/2009.
OBS: A Convenção de Havana é anterior a Convenção de Viena e regula de forma SUPLETIVA a Convenção de Viena
2-Constituição Federal de 1988. 
Fases do Tratado:Negociação, assinatura, procedimento interno, ratificação, promulgação, publicação e registro.
1-Negociação – Possui âmbito internacional. Pode ser realizada por meio de conferência internacional em determinado local, onde se reúnem os chefes de Estado que realizarão a negociação, quando o Tratado é multilateral. Ou a negociação pode ser feita de Estado para Estado, sendo notificado de um a outro.
Quem tem poderes para negociar pelo Brasil? O presidente da república e o ministro das relações estrangeiras (chanceler) tem poder para representar o Brasil. 
Pode ocorrer a delegação diplomática, com um representante diplomata, que representará o país desde que tenha a carta de plenos poderes concedida pelo Presidente ou do Chanceler.
Os Tratados são compostos de: preâmbulo; dispositivos e anexos, esta é a estrutura dos tratados.
a) o preâmbulo dá a lógica da criação do Tratado, o que fundamentou a sua propositura, é um instrumento fundamental para sua interpretação mas não obriga, não tem força cogente.
b) o dispositivo é a parte cogente, que cria as regras a serem seguidas pelos Estados. Ou seja, são as regras que estabelecem obrigações portanto tem força cogente.
c) o anexo é complemento do dispositivo, não traz compromissos e obrigações, pois estes estão no dispositivo.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos.
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional.
Toda principiologia do art. 4°da CF deverá ser seguida quando o Brasil celebrar Tratados com outros Estados. 
2- Assinatura – Ocorre no âmbito internacional. Os que estavam negociando assinam o Tratado. A assinatura não compromete o país; sua função principal é a autenticação daquele texto que foi negociado. Pode ocorrer em local diverso. O Tratado é traduzido pelo Ministério do Desenvolvimento e enviado à Casa Civil, que fará sua manifestação mediante parecer. Este Tratado é encaminhado, mediante mensagem, ao Congresso Nacional, na Câmara dos Deputados e poderá ser rejeitado pois não tem a obrigatoriedade de seguir adiante.
O Tratado é assinado pelo Chefe de Estado, este tem competência originária ou Chanceler ou qualquer outra pessoa que tenha a carta de plenos poderes. O Chanceler tem presumidamente plenos poderes, outras pessoas precisam da carta de plenos poderes para assinar.
3- Procedimento interno – Ocorre no âmbito nacional pelo Congresso Nacional por meio de Decreto Legislativo. Uma vez aprovado pelo CN, será realizado o Decreto Legislativo emanado pelo Senado Federal, declarando que aprovou o Tratado. Se o Senado rejeitar, o Tratado não prossegue.
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
- Definitivamente: O Congresso Nacional só resolve definitivamente em relação a Tratados se houver rejeição do Tratado. 
- Encargos ou Compromissos gravosos:Passam pelo Poder Legislativo (CN) todos os Tratados independentemente de acarretar ônus com EXCEÇÃO dos Acordos Executivos que não se sujeitam a aprovação pelo CN, a veiculação dos Acordos Executivos se dá pelo mera atuação do Poder Executivo.
Os Acordos Executivos não criam obrigações , são Tratados chamados de “modos vivendi” →São Tratados que estabelecem como os Estados vão se relacionar.
 Ou seja, CN sempre será chamado a deliberar a respeito de um Tratado, mesmo que não acarretem encargos. Só não será chamado quando houver acordos executivos
Acordo Executivo: 3 aspectos
1-São acordos que simplesmente consignaram a interpretação de clausula de um Tratado já vigente.
2-Os Acordos Executivos quando decorrem lógica e necessariamente de algum Tratado vigente e são como o que o seu complemento.
3-Os acordos Executivos quando são modos vivendi, entendendo-se como tais aqueles que tem em vista, apenas deixar as coisas no estado em que se encontram ou estabelecer simples bases para futuras negociações.
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
O art. 47 da CF estabelece quorum de Maioria simples para aprovação do Tratado no Congresso Nacional, igual Lei Ordinária. 
Art. 59, VI - decreto legislativo.4- Ratificação - âmbito internacional. Depois de aprovado pelo Congresso Nacional, o Tratado é encaminhado ao Poder Executivo para ser ratificado, comprometendo internacionalmente o Brasil, ou seja, uma vez ratificado gera vinculo para o plano externo. O Executivo não está obrigado a ratificar. O Brasil notifica o Estado responsável que o Tratado está ratificado.
5-Promulgação - âmbito nacional + Decreto Presidencial. O texto do Tratado deverá ser inserido no ordenamento jurídico, que será feito por meio de Decreto Presidencial. O Tratado não será uma nova lei, pois ele em si será promulgado. Ou seja, após a promulgação o tratado produz efeito jurídico interno, neste caso incorpora-se o Tratado
6-Publicação - âmbito nacional. 
7- Registro - âmbito internacional. Será registrado no Secretariado da ONU. 
Questões:
1. O Brasil é Monista ou Dualista?
O Brasil é considerado Dualista temperado, pois o texto do Tratado é aprovado sem modificações. O Tratado não vira lei, por isso não é dualista puro.
2. Sendo o Tratado for aprovado com procedimento de lei ordinária, poderá conter matéria de lei complementar?
Sim, porém será considerado lei complementar.
3.Os Tratados de Direitos Humanos devem ser aprovados com EC e os Tratados anteriores, qual é o patamar hierárquico?
 Os tratados de direitos humanos tem patamar infraconstitucional, acima da lei e abaixo da Constituição.
Terminologia de Tratados
Tratados: É a expressão genérica para designar um acordo internacional.
Convenção:São atos multilaterais oriundos de conferências internacionais que versam sobre assuntos de interesse geral.
Acordo:É uma expressão de uso livre mas usada com preponderância para Tratados com número reduzido de participantes.
Protocolo: É uma expressão utilizada para acordo com meios formais bem como para acordos complementares ou interpretativos de Tratados ou Convenções anteriores. Exemplo: Protocolo de Kyoto.
Carta: È uma expressão utilizada para designar Tratados superiores hierarquicamente . Exemplo: Cartão de São Francisco
Concordata:É a expressão utilizada para os Tratados celebrados com a Santa Sé = igreja católica.
Declaração: Não se trata de tratado, elas são deliberações por exemplo: Declarações dos Direitos do Homem.
Convenções da OIT – Organização Internacional do Trabalho: A OIT é anterior a 2ª guerra mundial, é uma das mais importantes Organização Internacional, ela trata de:
-Trabalho escravo
-Trabalho infantil
-Do direito dos silvícolas (índios)
A Convenção da OIT, uma vez assinada, está obrigada a dar andamento/aprovação no Poder Legislativo – CN. Ou seja, não cabe ao Poder Executivo deliberar sobre o seu seguimento no Congresso Nacional.
(***prova):De que forma se dá a relação entre o direito interno e o direito internacional, ou seja, como se dá a relação entre as leis e os Tratados?
-A aprovação do Tratado no âmbito do PL se dá no mesmo procedimento da lei ordinária – procedimento de maioria simples.
-Um Tratado que apesar de ter sido aprovado pelo procedimento de lei ordinária pode regular o Tratado matéria de Lei Complementar? 
-Como se dá a relação de um Tratado que vem depois da lei e dispõe de forma diversa dessa lei?
-Tratado não se confunde com lei mas compõe o ordenamento jurídico brasileiro.
-O Brasil adota a teoria dualista temperada porque o Decreto Legislativo aprova e o Decreto Presidencial internaliza.
(***prova) Qual a relação dos Tratados entre as normas jurídicas no ordenamento brasileiro?
-Os Tratados no Brasil tem força de norma infraconstitucional
-Os tratados de Direitos Humanos quando aprovados na forma de EC tem força de norma constitucional, isso quando aprovados com quorum de 3/5 dos parlamentares com votação de dois turnos em cada casa legislativa.
-A Convenção de Nova York – sobre o direitos das pessoas com deficiência e seu protocolo facultativo. 
Essa Convenção foi aprovada a partir do Decreto Legislativo 186/2008 e foi internalizada a partir do Decreto Presidencial 6949/2209.
O Estatuto da Deficiência foi alterado em virtude da Convenção de Nova York porque o Brasil é signatário desta Convenção, ou seja, esta Convenção altera todo o paradigma de proteção aos deficientes.
-A Convenção de Nova York está no mesmo patamar da Constituição Federal porque foi aprovada pelo procedimento de EC.
-Recurso Extraordinário 466343, discutiu a questão do depositário infiel e a decisão do STF coloca o posicionamento abaixo.
-Os Tratados de Direitos Humanos anterior a Emenda Constitucional 45/2004 tem caráter supralegal , portanto estão num patamar acima das leis e abaixo da Constituição. OU seja, quem vai dizer a respeito desta supralegalidade é o RE 466343 do STF.
-Os Tratados posteriores a EC 45/2004 tem caráter de Emenda Constitucional.
-A CF de 1988 recepcionou todos os Tratados que haviam sidos celebrados.
 
Aplicação dos Tratados: Alguns Tratados não são auto aplicáveis e neste caso será necessário uma lei para que eles sejam aplicáveis.
-Se há uma lei e um Tratado posterior que dispõe de forma diversa da lei, este Tratado não revoga a lei mas afasta/retira a aplicação da lei anterior.
-Se temos um Tratado e uma lei posterior que regula de forma diversa o estabelecido no Tratado. A lei posterior afasta a aplicação do Tratado e o Brasil fica responsável internacionalmente pelo fato de ter aprovado uma lei que é ao contrário dos compromissos internacionais que ele assumiu.
-O Tratado que viola a CF não terá eficácia interna (no Brasil) porém gera responsabilização internacional.
-A CF apresenta dois dispositivos de controle a respeito dos Tratados:
*Art. 105, III, Letra “a”, CF: No âmbito do STJ é a hipótese de Recurso Especial
*Art. 102, III, Letra “b”, CF :No âmbito do STF é a hipótese do Recurso Extraordinário.
-No Brasil os Estados e Municípios não tem competência para celebrar Tratados, esta competência é exclusiva da União.
-Não existe qualquer previsão legal na CF ou legislação infraconstitucional no sentido de se internalizar as decisões proferidas pelas Organizações Internacionais, a não ser as Convenções da OIT que é uma exceção.
 Condições de validade dos Tratados: A Convenção de Viena diz que para um Tratado ser válido será necessário:
-Partes capazes
-Objeto lícito e possível
-Consentimento livre
Portanto temos o direito pautado no consentimento, ajustes entre as partes.
Partes capazes - Art. 6 e 7 da CV: informa quem pode assinar Tratados:
-Chefe de Estado
-Chefe de Governo
-Ministro das Relações Exteriores – possui poderes presumidos
Se não for um destes, outra pessoa pode assinar se portar a carta de plenos poderes. Se for assinado por alguém sem poderes plenos para tanto será caso de nulidade.
Tem situações em que a carta de plenos poderes já foi dada quando chega uma delegação no país – Missão Diplomática.
Objeto lícito e possível: 
Licito significa que o o Tratado deve ter o objeto permitido pelo direito internacional e a moral, sendo que a moral neste caso tem caráter filosófico.
Não se admite um Tratado onde dois países decidem sobre um 3º país, isso viola a moral. Não pode violar um direito interno mas o fato de não violar o direito interno não é escusa para não cumprir o Tratado - art. 27 CV .
Um Tratado pode violar Jus Cogens? O que são Jus Cogens?
Jus Cogens são as chamadas clausulas pétreas do DIP, aquele feixe normativo, rígido que não pode ser violado pelas regras consensuais estabelecidas através dos Tratados, por exemplo: proibição a tortura. Portanto , um Tratado não pode violar jus cogens.
Consentimento livre: É necessário que o tratato para ser válido tenha sido ajustado mediante consentimento livre, ou seja, que não tenha sido celebrado com :
-Erro – art. 48 CV
-Dolo – art. 49 CV
-Coação – art. 51 CV
-Corrupção – art. 50 CV
O Erro e o dolo geram anulabilidade passível se ser sanado e a coação e corrupção gera a nulidade.
Sãovícios de consentimento que podem contaminar parcialmente um Tratado multilateral , caso haja um vicio de consentimento, este vicio vai viciar um determinado Estado, assim o Tratado permanece só que ele não será valido apenas para aquele Estado que o ratificou de forma viciada.
No caso de Tratados bilaterais quando tiverem vício, o tratado não será válido para ambos os Estados.
Nem sempre o vicio de consentimento gera a nulidade, mas pode gerar a anulabilidade.
O vicio de erro e dolo são passíveis de anulabilidade mas se o vicio for aceito/superado o Tratado será válido, ou seja, tem a possibilidade de convalidação ao passo que o vicio coação e corrupção geram nulidade dos Tratados.
Erro (art. 48 CV): Ocorre quando um sujeito de direito internacional consente supondo determinada situação de fato que existia no momento da celebração e era base central do consentimento.
Este erro deve ser de fato e não de direito, e o erro deve ser suscitados/discutido. Por ex: Tratados que dizem respeito a espaços geográficos e fronteira. Netse caso pode ser anulável ou convalidado pelas partes.
Dolo (art. 40 CV): Trata-se do vicio gerado pela conduta fraudulenta que cria uma situação fictícia para conduzir o Estado a manifestar sua vontade em desacordo com a realidade. Ou seja, o consentimento foi dado com base a uma situação não verdadeira/fraudulenta.
Coação (art. 51 CV): Ocorre quando o representante legal é obrigado a comprometer o Estado, seja por pressão psicológica , seja pelo uso da grave ameaça ou violência.
Ex. Qdo um representante de um Estado ameaça outro Estado a assinar o Tratado sob pena de ter seu Estado bombardeado.
Corrupção (art. 50 CV): Ocorre quando a manifestação da vontade do representante do Estado foi motivada por vantagem pessoal direta ou indireta oferecida pela outra parte ou por particular.
A partir do art. 65 da CV encontra-se o procedimento de como se dará a solução dos vícios de consentimento no âmbito das tratativas entre Estados.
OBS: As nulidade e anulabilidades tem efeito ex-tunc ou seja, retroativos.
Exigibilidade e efetividade dos Tratados: Art. 31, 32 e 33 da CV
Via de regra, um Tratado só obriga os Estados que nele são partes, ou seja, um Tratado não pode ser fonte de obrigação ou de direito para um terceiro Estado. É o Pacto Sun Servanda, faz lei o Tratado entre as partes.
Excepcionalmente existem situações em que um Tratado afeta um terceiro Estado e neste caso a consequência pode ser:
-Consequência negativa – nociva
-Consequência favorável
Quando for consequência negativa poderá ser:
-Consequências negativas que violam o direito do Estado
-Consequências negativas que não violam direitos mas prejudicam interesses do Estado. 
-Na hipótese de violação de direitos, o Estado tem o direito de protestar, buscar seus direitos e pedir reparação.
-Na hipótese da não violação dos direitos o Estado poderá reclamar diplomaticamente não tendo portanto, qualquer recurso jurídico.
-Quando as consequências forem favoráveis, quando dá direitos e privilégios e se isso ocorre, estaremos diante de uma situação de exceção, onde cria-se direitos para os terceiros Estados não signatários.
-Na hipótese de não mais isso acontecer, o Estado beneficiado não tem o direito de exigir a execução do Tratado.
-Os Tratados não geram efeitos retroativos, os efeitos gerados são ex nunc, a não ser que esteja estabelecido no próprio Tratado.
Controle da efetividade dos Tratados: Os instrumentos de controle da efetividade dos Tratados existem em 4 modalidade.
1-Relatórios
2-Inspeções
3-Criação de Org. Internacionais de controle
4-Medidas unilaterais positivas e negativas (por ex: suspensão do comercio entre os Estados)
Hermenêutica dos Tratados (Interpretação dos Tratados) : art. 31,32 e33 da CV
-Art. 31:Os Tratados devem ser interpretados de boa fé
-Art. 32: Um Tratado deve ser interpretado como um todo, levando-se em consideração o preâmbulo, o dispositivo e os anexos. Também na interpretação dos Tratados podem ser utilizados os trabalhos preparatórios, bem como os acordos de interpretação feitos quando da conclusão ou posteriormente ao Tratado.
-Art. 33: Trata dos idiomas dos Tratados. O Tratado poderá ser interpretado em todos os idiomas nos quais foram autenticados ou pode-se escolher um idioma que se dá fé ou ainda pode o Tratado bilateral escolher um terceiro idioma para fins de interpretação.
Matéria para a prova semestral daqui em diante!
Reserva: É uma declaração unilateral feita por um sujeito de direito internacional ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado ou a ele aderir, com o objetivo de excluir ou modificar o efeito jurídico de certas disposições do Tratado em sua aplicação neste Estado.
O instituto da reserva só é cabível nos tratados multilaterais.
Ou seja, a reserva define que os estados quando da assinatura podem excluir clausulas, ou seja, é uma parte do tratado que não terá efeito para quem faz a reserva.
O Brasil fez reserva ao art. 25 e 66 da Convenção de Viena, ou seja, o Brasil não acolheu esta parte no tratado.
Não cabe reservas com relação a jus cogens ou seja, tratados de jus cogens os tratados de direitos humanos não comportam reservas .
O artigo 19 da CV determina que: Em regra os tratados comportam reservas, salvo em 3 situações:
1-Não poderá ser feita qualquer reserva se o tratado expressamente proíbe.
2-O tratado prevê a possibilidade de reserva apenas sobre questões pré-estabelecidas.
3-O tratado não menciona nada sobre reservas mas estas reservas não podem ser feitas se dizem respeito aos aspectos essenciais do tratado ou seja, se a reserva for em relação ao objeto e finalidade do tratado ela não poderá ser feita.
A reserva não se confunda com a Emenda. A Emenda substitui, retira ou altera coisas. 
A reserva deve ser feita por escrito e no momento da assinatura do tratado.
Se assinado um tratado sem reserva, o Congresso Nacional pode determinar reservas?
Sim, o Poder Legislativo (CN) pode fazer reservas porém não pode emendar.
Quando o Poder Legislativo faz reservas, dizemos que tal tratado foi aprovado com restrições.
Se o poder executivo faz as reservas e encaminha o tratado mediante mensagem ao Poder Legislativo, qual será a posição do PL quanto a estas reservas?
Neste caso o Poder Legislativo poderá manter as reservas ou poderá retirar as reservas, mas mesmo que o PL retire as reservas feitas pelo PE deve mencionar no tratado que foi aprovado com restrições.
Seria possível uma reserva após aprovação e já vigente o tratado?
Sim, neste caso a reserva deve ser feita por meio de denuncia parcial, significa dizer que quando o Estado faz a denuncia a uma certa disposição do tratado, ou seja, exclui o efeito deste disposição .
FORMAS DE EXTINÇÃO DE TRATADOS
1-O tratado é extinto pela execução integral. Quando o tratado prever a duração de um ato, por exemplo: um tratado para a construção de uma barragem .
2-Consentimento mútuo: Quando os Estados acordam em um novo tratado reconhecendo o fim do tratado anterior ou dispondo de forma distinta dos aspectos regulados pelo tratado anterior.
3-Termo final: O tratado tem prazo de vigência pré determinado que expira. Por exemplo: tratado da China com Reino Unido sobre a administração de Hong Kong.
4-Superveniência de condição resolutiva: Quando um tratado prevê a sua extinção com a ocorrência de determinado evento e este finalmente ocorre.
5-Renuncia do beneficiário: O tratado é realizado para beneficiar um determinado estado que não mais deseja receber o beneficio. Exemplo: facilitação tributária para um determinado produto importado para aquele estado.
6-Caducidade: Quando a prática é abandonada pelas partes.
7-Conflitos armados: É uma forma de suspensão dos tratados, ocorre quando as partes entram em conflito armado e este caso o tratado multilateral é suspenso exceto os tratados de direitos humanosque permanecem em vigor.
8-Fato de terceiro: Quando a culpa de outro estado torna impossível prosseguir num tratado.
9-Impossibilidade de execução:Quando por força maior por destruição ou desaparecimento do objeto. Exemplo: tratado de conservação de uma ponte ou estrada e por força maior a ponte cai.
10-Ruptura das relações diplomáticas e Consulados:O tratado se extingue quando se rompem as relações diplomáticas e consulares.
11-Inexecução por uma das partes: Quando uma parte fica desobrigada ante o descumprimento da outra parte.
12-Denuncia unilateral:Quando uma das partes sai do tratado, porém alguns tratados não estão sujeitos a denuncia:
-Tratado de jus cogens
-Tratado de Paz
-Tratado de Proteção aos Direitos Humanos
-Tratados que estabeleçam limites territoriais.
13-Mudança substancial das circusntâncias:Quando há mudança substancial das circustâncias entre os países que celebraram um tratado.
CONDIÇÃO JURIDICA DO ESTRANGEIRO
São sujeitos de direito internacional os Estados, as Organizações Internacionais e os indivíduos. As regras que regulam a condição do estrangeiro é o ESTATUTO DO ESTRANGEIRO – Lei 6815/1980.
OBS: Temos aprovado pelo Senado o Projeto de Lei nº 288/2013 - Lei da Migração , este PL está para ser sancionado pelo Presidente Temer.
Formas de ingresso do estrangeiro no Brasil:
1ª forma de ingresso : Portador de Justo título: Quando um estrangeiro entra no Brasil apresentando documento de viagem + Visto.
O documento de viagem pode ser: Passaporte, passaporte para estrangeiro, laissez passer e carteira de identidade.
O visto é uma autorização que vai definir a forma de entrada e por quanto tempo vai permanecer.
As vezes o Brasil dispensa o visto em virtude de tratados e pelo principio da reciprocidade com algum país.
Se não tiver o justo titulo será impedido de ingressar no Brasil – sequer entra.
Se tiver o justo titulo vai ingressar mas se permanecer por tempo maior do que o autorizado será deportado.
Laissez passer : Trata-se de um documento para aquele que seja oriundo de um país o qual o Brasil não tenha relação diplomática .
Apátrida: aquele que, tendo perdido sua nacionalidade de origem, não adquiriu outra; que ou o que se encontra oficialmente sem pátria.
Documento de identidade: É exigido para os países do Mercosul. 
Art. 54. São documentos de viagem o passaporte para estrangeiro e o laissez-passer.        (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
Parágrafo único. Os documentos de que trata este artigo são de propriedade da União, cabendo a seus titulares a posse direta e o uso regular.
Art. 55. Poderá ser concedido passaporte para estrangeiro:       (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
I - no Brasil:
a) ao apátrida e ao de nacionalidade indefinida;
b) a nacional de país que não tenha representação diplomática ou consular no Brasil, nem representante de outro país encarregado de protegê-lo;
c) a asilado ou a refugiado, como tal admitido no Brasil.
II - no Brasil e no exterior, ao cônjuge ou à viúva de brasileiro que haja perdido a nacionalidade originária em virtude do casamento.
Parágrafo único. A concessão de passaporte, no caso da letra b, do item I, deste artigo, dependerá de prévia consulta ao Ministério das Relações Exteriores.
Art. 56. O laissez-passer poderá ser concedido, no Brasil ou no exterior, ao estrangeiro portador de documento de viagem emitido por governo não reconhecido pelo Governo brasileiro, ou não válido para o Brasil.         (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
§ 1º A concessão, no exterior, de laissez-passer a estrangeiro registrado no Brasil como permanente, temporário ou asilado, dependerá de audiência prévia do Ministério da Justiça.      (Renumerado do Parágrafo único pela Lei nº 12.968, de 2014)
§ 2o O visto concedido pela autoridade consular poderá ser aposto a qualquer documento de viagem emitido nos padrões estabelecidos pela Organização da Aviação Civil Internacional - OACI, não implicando a aposição do visto o reconhecimento de Estado ou Governo pelo Governo brasileiro.  
Quais são os documentos de viagem para a Nova Legislação?
-salvo conduto
-Autorização de retorno (quando um brasileiro perde seu documento em outro país)
-Carteira de identidade marítima
-Certificado de Membro de Tripulação Aérea 
Visto: Trata-se de uma autorização que define a forma de entrada e por quanto tempo o sujeito vai permanecer no Brasil.
Espécies de visto (art. 8º até art. 19 do Estatuto)
-Visto de transito – Art. 8º: É aquele visto, quando o objetivo não é o Brasil, mas para Chegar ao seu destino o estrangeiro terá de passar pelo Brasil 
-Visto de turista – Art. 9, 10 e 12º:
-Visto temporário – Art. 13,14 e 15º: Quando o estrangeiro vai permanecer por pouco tempo no Brasil.
-Visto Permanente – Art. 16,17 e 18º:
-Visto cortesia – Art. 19º: Para situações omissão
A nova legislação trás o visto humanitário: Está espécie não está prevista no Estatuto do Estrangeiro, porém ele existe. Atualmente ele é dado aos que vem do Haiti e da Siria. Assim a forma de ingresso dos Haitianos e os Sirios é pelo visto humanitário e não pelo refúgio, porém como se trata de uma espécie de visto não previsto na legislação é precário e pode ser revogado a qualquer momento.
Art. 8º O visto de trânsito poderá ser concedido ao estrangeiro que, para atingir o país de destino, tenha de entrar em território nacional.
§ 1º O visto de trânsito é válido para uma estada de até 10 (dez) dias improrrogáveis e uma só entrada.
§ 2° Não se exigirá visto de trânsito ao estrangeiro em viagem contínua, que só se interrompa para as escalas obrigatórias do meio de transporte utilizado.
Art. 9º O visto de turista poderá ser concedido ao estrangeiro que venha ao Brasil em caráter recreativo ou de visita, assim considerado aquele que não tenha finalidade imigratória, nem intuito de exercício de atividade remunerada.
§ 1o O visto de turista poderá, alternativamente, ser solicitado e emitido por meio eletrônico, conforme regulamento.      (Incluído pela Lei nº 12.968, de 2014)
§ 2o As solicitações do visto de que trata o § 1o serão processadas pelo Sistema Consular Integrado do Ministério das Relações Exteriores, na forma disciplinada pelo Poder Executivo.      (Incluído pela Lei nº 12.968, de 2014)
§ 3o Para a obtenção de visto por meio eletrônico, o estrangeiro deverá:       (Incluído pela Lei nº 12.968, de 2014)
I – preencher e enviar formulário eletrônico disponível no Portal Consular do Ministério das Relações Exteriores;      (Incluído pela Lei nº 12.968, de 2014)
II – apresentar por meio eletrônico os documentos solicitados para comprovar o que tiver sido declarado no requerimento;      (Incluído pela Lei nº 12.968, de 2014)
III – pagar os emolumentos e taxas cobrados para processamento do pedido de visto;      (Incluído pela Lei nº 12.968, de 2014)
IV – seguir o rito procedimental previsto nas normas do Manual do Serviço Consular e Jurídico do Ministério das Relações Exteriores.      (Incluído pela Lei nº 12.968, de 2014)
§ 4o A autoridade consular brasileira poderá solicitar a apresentação dos originais dos documentos para dirimir dúvidas, bem como solicitar documentos adicionais para a instrução do pedido.      (Incluído pela Lei nº 12.968, de 2014)
§ 5o O Ministério das Relações Exteriores poderá editar normas visando a:      (Incluído pela Lei nº 12.968, de 2014)
I – simplificação de procedimentos, por reciprocidade ou por outros motivos que julgar pertinentes;      (Incluído pela Lei nº 12.968, de 2014)
II – sem prejuízo da segurança do sistema e de outras cominações legais cabíveis, inclusão de regras para a obtenção de vistos fisicamente separados da caderneta de passaporte do requerente.      (Incluído pela Lei nº 12.968, de 2014)
§ 6o O estrangeiro que fornecer informações falsas ou descumprir as regras previstas nos §§ 3o e 4o e nas normas legais pertinentes estará sujeito às penalidadesprevistas nos incisos I, III, IV, XIII, XV e XVI do art. 125 e no art. 126 desta Lei.      (Incluído pela Lei nº 12.968, de 2014)
Art. 10 Poderá ser estabelecida a dispensa recíproca do visto de turista e dos vistos temporários a que se referem os incisos II e III do caput do art. 13, observados prazos de estada definidos nesta Lei.     (Redação dada pela Lei nº 12.968, de 2014)
Parágrafo único.  A dispensa de vistos a que se refere o caput deste artigo será concedida mediante acordo internacional, salvo, a juízo do Ministério das Relações Exteriores, aos nacionais de país que assegure a reciprocidade de tratamento aos nacionais brasileiros, situação em que a dispensa poderá ser concedida, enquanto durar essa reciprocidade, mediante comunicação diplomática, sem a necessidade de acordo internacional.      (Redação dada pela Lei nº 12.968, de 2014)
Art. 11. A empresa transportadora deverá verificar, por ocasião do embarque, no exterior, a documentação exigida, sendo responsável, no caso de irregularidade apurada no momento da entrada, pela saída do estrangeiro, sem prejuízo do disposto no artigo 125, item VI.
Art 12. O prazo de estada do turista será de até noventa dias.
Parágrafo único. O prazo poderá ser reduzido, em cada caso, a critério do Ministério da Justiça.
 Art. 12. O prazo de validade do visto de turista será de até cinco anos, fixado pelo Ministério das Relações Exteriores, dentro de critérios de reciprocidade, e proporcionará múltiplas entradas no País, com estadas não excedentes a noventa dias, prorrogáveis por igual período, totalizando o máximo de cento e oitenta dias por ano.      (Redação dada pela Lei nº 9.076, de 10/07/95)
Art. 13. O visto temporário poderá ser concedido ao estrangeiro que pretenda vir ao Brasil:
I - em viagem cultural ou em missão de estudos;
II - em viagem de negócios;
III - na condição de artista ou desportista;
IV - na condição de estudante;
V - na condição de cientista, pesquisador, professor, técnico ou profissional de outra categoria, sob regime de contrato ou a serviço do governo brasileiro;       (Redação dada pela Lei nº 13.243, de 2016)
VI - na condição de correspondente de jornal, revista, rádio, televisão ou agência noticiosa estrangeira.
VII - na condição de ministro de confissão religiosa ou membro de instituto de vida consagrada e de congregação ou ordem religiosa.      (Incluído pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
VIII - na condição de beneficiário de bolsa vinculada a projeto de pesquisa, desenvolvimento e inovação concedida por órgão ou agência de fomento.       (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)
Art. 14. O prazo de estada no Brasil, nos casos dos incisos II e III do art. 13, será de até noventa dias; no caso do inciso VII, de até um ano; e nos demais, salvo o disposto no parágrafo único deste artigo, o correspondente à duração da missão, do contrato, ou da prestação de serviços, comprovada perante a autoridade consular, observado o disposto na legislação trabalhista.       (Redação dada pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
Parágrafo único. No caso do item IV do artigo 13 o prazo será de até 1 (um) ano, prorrogável, quando for o caso, mediante prova do aproveitamento escolar e da matrícula.
Art. 15. Ao estrangeiro referido no item III ou V do artigo 13 só se concederá o visto se satisfizer às exigências especiais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Imigração e for parte em contrato de trabalho, visado pelo Ministério do Trabalho, salvo no caso de comprovada prestação de serviço ao Governo brasileiro.
Art. 16. O visto permanente poderá ser concedido ao estrangeiro que pretenda se fixar definitivamente no Brasil.
Parágrafo único. A imigração objetivará, primordialmente, propiciar mão-de-obra especializada aos vários setores da economia nacional, visando à Política Nacional de Desenvolvimento em todos os aspectos e, em especial, ao aumento da produtividade, à assimilação de tecnologia e à captação de recursos para setores específicos.        (Redação dada pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
Art. 17. Para obter visto permanente o estrangeiro deverá satisfazer, além dos requisitos referidos no artigo 5º, as exigências de caráter especial previstas nas normas de seleção de imigrantes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Imigração.
Art. 18. A concessão do visto permanente poderá ficar condicionada, por prazo não-superior a 5 (cinco) anos, ao exercício de atividade certa e à fixação em região determinada do território nacional.
Art. 18-A.  Conceder-se-á residência permanente às vítimas de tráfico de pessoas no território nacional, independentemente de sua situação migratória e de colaboração em procedimento administrativo, policial ou judicial.        (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)          (Vigência)
§ 1o  O visto ou a residência permanentes poderão ser concedidos, a título de reunião familiar:         (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)          (Vigência)
I - a cônjuges, companheiros, ascendentes e descendentes; e        (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)          (Vigência)
II - a outros membros do grupo familiar que comprovem dependência econômica ou convivência habitual com a vítima.         (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)          (Vigência)
§ 2o  Os beneficiários do visto ou da residência permanentes são isentos do pagamento da multa prevista no inciso II do art. 125.         (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)          (Vigência)
§ 3o  Os beneficiários do visto ou da residência permanentes de que trata este artigo são isentos do pagamento das taxas e emolumentos previstos nos arts. 20, 33 e 131.        (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)          (Vigência)
Art. 18-B.  Ato do Ministro de Estado da Justiça e Cidadania estabelecerá os procedimentos para concessão da residência permanente de que trata o art. 18-A.        (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)         (Vigência)
Art. 19. O Ministério das Relações Exteriores definirá os casos de concessão, prorrogação ou dispensa dos vistos diplomáticos, oficial e de cortesia.
2ª forma de ingresso : Pelo asilo político: Está previsto no Estatuto art. 28 e 29 e na nova legislação nos artigos 22 e 24 e na CF no art. 4, X.
Conceito: Asilo é o acolhimento pelo Estado, de estrangeiro perseguido alhiures, geralmente mas não necessariamente em seu próprio país por causa de dissidência política, de delito de opinião ou por crimes que relacionados com a segurança do Estado não configuram quebra do direito penal comum.
Existe obrigação dos Estados em cooperarem contra crimes internacionais. Entretanto, quando se trata de crimes políticos ou opinião diversa a do estado, neste caso há exceção da obrigatoriedade dos Estados e nesta condição determinado Estado deve/pode acolher uma pessoa do outro Estado por meio do instituto do asilo político.
Asilo territorial: Quando um estrangeiro é acolhido no território e damos a ele um passaporte para que ele ingresse no país. É possível a transferência de um asilado diplomático para asilo territorial.
Asilo Diplomático: É o asilo concedido ao estrangeiro pela autoridade diplomática brasileira no exterior. O estrangeiro poderá ser recebido em embaixadas, consulados, acampamento militar, navios ou aeronaves que tenham jurisdição no Brasil.
É possível a transferência do asilo diplomático para o asilo territorial, deve ser feito através de autorização de salvo conduto. Por exemplo: O estrangeiro está na Embaixada de Londres e precisa ir para o equador , neste caso os ingleses vão emitir o salvo conduto.
Art. 23 da nova lei: Não será concedido asilo a quem tiver cometido crime de :
-crime de genocídio
-crime contra a humanidade
-crime de guerra
-Crime de agressão nos termos da Estatuto de Roma no Tribunal Penal Internacional.
O Estatuto de Roma foi criado pelo tratado penal internacional, do qual o Brasil é signatário.
Decreto 4388/2002: Este decreto julga os 4 crimes do artigo 23 da nova legislação, assim se cometer algum desses crimes não poderáser exilado político no Brasil.
3ª forma de ingresso: Refúgio: É concedido a qualquer pessoa que sofre perseguição em seu Estado de origem ou residência habitual em virtude de raça, nacionalidade ou pertencimento a determinado grupo social.
Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados: É uma convenção de 1951 mas foi internalizada (passou a fazer parte do direito brasileiro)a partir do Decreto 50/215 de 1961.
Protocolo a esta convenção que ingressou no direito brasileiro a partir do Decreto 70/946 de 1972.
Esta forma de ingresso não está regulado no Estatuto, é regulado por Lei Especial nº 9474/1997 e por tratados internacionais.
Esta lei define mecanismos para os refugiados no Brasil, ou seja, estabelece que serão levados em consideração pelo Brasil a grave violação dos direitos humanos.
Todos os pedidos de refúgio feitos no Brasil devem ser comunicados as Nações Unidas ao autocomissariado ou ao ACNUR.
ACNUR é um órgão que controla os refugiados do mundo todo, mas esta forma de ingresso também é controlado pela ONU.
Todo “refugiado” que chega no Brasil vai solicitar ao Comitê Nacional para Refugiados do Ministério da Justiça – CONARE.
O CONARE após o pedido vai deliberar e poderá:
-conceder o direito de refugiado
Ou 
-indeferir o pedido e neste caso cabe recurso ao Ministro da Justiça
OBS: A revista National Geografic divulgou que existem 244 milhões de pessoas vivendo em lugares onde não nasceram.
Formas de saída do estrangeiro do Brasil:
-Impedimento – quando não possui o justo titulo
-Deportação – quando permanece tempo maior que o autorizado
-Expulsão
-Extradição
Impedimento: Vai ocorrer quando sequer adentrou as fronteiras nacionais, ou seja, quando não tiver o justo título e dessa forma não preenche os requesitos de entrada no Brasil.
Deportação: É a retirada do território nacional do estrangeiro irregular no país, por 2 motivos:
1-Porque adentrou ao território nacional de forma irregular
2-Porque adentrou ao território nacional de forma regular mas sua estada se tornou irregular.
Exemplo: quando o visto vence e o estrangeiro permanece no TN.
Art. 64. O deportado só poderá reingressar no território nacional se ressarcir o Tesouro Nacional, com correção monetária, das despesas com a sua deportação e efetuar, se for o caso, o pagamento da multa devida à época, também corrigida. 
Competência para deportação: A competência para a retirada do estrangeiro do Brasil é a PF – Polícia Federal e a deportação não tem caráter punitivo.
O estrangeiro poderá voltar ao Brasil desde que regularize sua situação e pague ou seja, faça o ressarcimento das despesas referente a deportação. É diferente da expulsão que tem caráter punitivo.
A deportação não é ato imediato, é dado ao estrangeiro o direito de ampla defesa.
Expulsão: Art. 65 a 75 do EE e art. 52 a 58 da LM
Trata-se da retirada forçada do estrangeiro do território nacional por questão de ordem criminal e também cujo procedimento o torne nocivo a conveniência e aos interesses nacionais – art. 65, PU.
A nova legislação é mais branda porque estabelece a expulsão, porém estabelece um prazo para o estrangeiro retornar caso queira. Art. 52 da LM.
Na legislação atual, ou seja, no EE, quem determina a expulsão do estrangeiro é o ato do Poder Executivo através de um Decreto Presidencial e para o estrangeiro retornar é necessário a revogação desse Decreto.
No instituto da expulsão é diferente do instituto da deportação. Aquele que estiver da condição de expulsão e for casado ou viver em união estável com brasileiro e também aquele que tem filho brasileiro sob a sua guarda ou que dependa economicamente do estrangeiro , este não será expulso – art. 75 do EE. Segundo a jurisprudência estas hipóteses se aplicam a deportação dependendo da situação fática.
Na LM o artigo 52 informa quando não se aplica a expulsão.
Art. 75. Não se procederá à expulsão:         (Renumerado e alterado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
I - se implicar extradição inadmitida pela lei brasileira; ou (Incluído incisos, alíneas e §§ pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
II - quando o estrangeiro tiver:
a) Cônjuge brasileiro do qual não esteja divorciado ou separado, de fato ou de direito, e desde que o casamento tenha sido celebrado há mais de 5 (cinco) anos; ou
b) filho brasileiro que, comprovadamente, esteja sob sua guarda e dele dependa economicamente.
§ 1º. não constituem impedimento à expulsão a adoção ou o reconhecimento de filho brasileiro supervenientes ao fato que o motivar.
§ 2º. Verificados o abandono do filho, o divórcio ou a separação, de fato ou de direito, a expulsão poderá efetivar-se a qualquer tempo.
Extradição: Art. 76 a 94 do EE
Trata-se da entrega por um Estado a outro e a pedido deste , de pessoa que em seu território deva responder a processo penal ou cumprir pena.
Esta forma de saída é um ato bilateral pois envolve poderes de países. A extradição é estabelecida em tratados internacionais, ou seja, os tratados internacionais trazem as regras , os pressupostos do acordo de extradição.
Na falta de tratado, poderá ser realizada a extradição mediante acordo de reciprocidade entre os países.
Procedimento da extradição: A solicitação de extradição chega via Poder Executivo por meio do Ministério das Relações Exteriores e o STF verifica se estão presentes os requesitos, se sim quem vai executar o pedido de extradição é o Poder Executivo .
Se o STF verificar que não se trata de caso de extradição, neste caso não poderá utilizar outra forma de saída do estrangeiro.
Não se aceita extradição por crimes políticos ou de opinião. 
Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado em casos de Crime comum praticado antes da naturalização e também poderá ser extraditado se comprovado envolvimento de tráfico ilícito de entorpecente, drogas e afins.
Naturalizado é aquele que adquire nacionalidade por vontade própria, ele não nasceu no Brasil.
NACIONALIDADE: A nacionalidade é um vínculo jurídico político que define a nossa identidade - artigo 12 CF. É politico porque conectas o individuo a determinado Estado. 
A nacionalidade une o individuo a determinado Estado, é um atributo da pessoa humana, mas temos a pessoa juridica.
O art. 13 CF diz que a lingua oficial do Brasil é a lingua portuguesa.
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
São nacionais do Estado, aquelas pessoas as quais a norma constitucional é dirigida por virtude do nascimento ou por fato posterior.
A nacionalidade é um ato de soberania. 
Quais as consequências da soberania?
1-Somente o Estado soberano pode atribuir a nacionalidade ao individuo pelo simples fato do seu nascimento.
2-Somente o Estado pode conceder a condição de nacional aos estrangeiros por meio da naturalização.
3-Somente o Estado pode estabelecer quando se perde a nacionalidade.
Por outro lado , a cidadania, a nacionalidade é um direito fundamental do individuo.
APÁTRIDAS: é aquele que não tem nacionalidade.
Os natos e naturalizados vão fazer parte do povo brasileiro.
Diferença entre nacionalidade e cidadania: Nacionalidade é um vínculo juridico politico, é a mais ampla ligação da pessoa fisica e pessoa juridica com o Estado. A cidadania é o exercício dos direitos constitucionalmente assegurados que não mais se limita a voto mas, compreende uma gama de direitos e deveres. É a participação do individuo nos negócios do Estado e da sociedade.
ESPÉCIES DE NACIONALIDADE: Originária e Derivada
-Nacionalidade originária é a nacionalidade primária, é atribuida pela Constituição Federal, é involuntária e resulta ou do local do nascimento e neste caso é "jus Soli" (aquele que entra no pais, quando o Brasil recebe imigrantes) ou resulta da nacionalidade dos pais à época do nascimento e neste caso utiliza-se do critério do "jus sanguinis" (aquele que sai do país). Ou seja, porque nasceuno Brasil ou porque são filhos de brasileiro.
-Nacionalidade derivada é uma nacionalidade adquirida, que se faz a partir do processo de naturalização que é voluntário e normalmente significa a ruptura com o vinculo anterior pois exige a manifestação de vontade.
Quem são os brasileiros natos? Art. 12, I da CF
Art. 12. São brasileiros:
 I - natos:
 a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
É o critério do "jus solis", não será brasileiro quando um dos pais estiver a serviço para o governo de sua nacionalidade.
Território brasileiro - rios e mares - 12 milhas
Os que nascem em navios militares são .....
Quem nasce no avião da TAM ou navio que não seja militar será brasileiro? Neste caso depende pois , se estiver em espaço aéreo ou aguas internacional não será brasileiro mas ao contrário será brasileiro. Ou seja, neste se estiver no espaço onde a soberania é de ninguem vai valer o registro da aeronave ou navio, isto é a bandeira . Exemplo: registro brasileiro = bandeira brasileira e registro argentino = bandeira argentina.
Se o navio tiver ancorado ou aeronave em outro pais? Neste caso será território de outro país
Se nasce no meio do oceano num voo da American Airlines, sem a soberania de país algum, neste caso está nascendo nos EUA assim se nascer na TAM será brasileiro.
Se nascer no território brasileiro mas não dentro do nosso espaço fisico, nasce no voo da TAM ou navio de guerra, neste caso o que se faz no tocante ao registro? Neste caso o registro não significa nacionalidade. Exemplo: filho de estrageiro, o pai trabalha para o pais dele pode registrar no cartório de registrocivil do Brasil? Sim, é possível o registro no Brasil.
Mas este registro não sigfica que será brasileiro, não é nacional, ou seja:
Registro de nascimento não confere nacionalidade: Se nascer num navio ou avião, deve-se comunicar o consulado e o consulado comunica o cartório do domicilio e senão tiver domicilio será registrado no cartório de registro do Distrito Federal.
Nestes casos os pais quando desembarcarem do navio ou da aeronave já leva no consulado brasileiro do local onde desembarcou para que o consulado o cartório do domicílio e se não tiver local de residencia no Brasil o registro será feito no cartório de registro do Distrito Federal.
 b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
Nesta hipótese temos o critério do "jus sanguini". Este brasileiro deverá exercer função nos poderes da União, Estado, Distrito Federal, Munícipio, autarquias, empresas públicas e SEM. Também será considerado a serviço do Brasil quem trabalha na ONU.
O pai ou mãe brasileiro pode ser naturalizado pelo mesmo critério: No Distrito Federal se não tiver domicilio no Brasil ou no cartório do seu domicilio quando tiver.
 c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
1ª parte: quem nasce no voo da Americam Airlines em território estrangeiro, neste caso será brasileiro se for registrado no consulado brasileiro nos EUA.
2ª parte: Se o registro não tenha sido feito, terá uma nacionalidade potestiva que depois de alcançada a maioridade vem residir no Brasil e ingressa na justiça Federal com um pedido de nacionalidade brasileira e a justiça federal homologa a opção.
 II - naturalizados: O brasileiro naturalizado é o estrangeiro que decidiu ser brasileiro - deve atender os requesitos do art. 112 do Estatuto.
 a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
Na forma da lei significa o Estatuto e a Lei da Migração. Trata-se da naturalização oridinária para os paises de lingua portuguesa: Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Macau, Cabo verde, Timor Leste, Guiné-Bissau e Guiné Equatorial.
Todos estes países não entram na regra pois tem identidade do idioma.
 b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
Poderá requerer a nacionalidade brasileira os estrangeiros de qualquer nacionalidade residam no Brasil há mais de 15 anos sem interrupção e não podem ter condenação penal.
-a naturalização não se estende aos filhos
-a naturalização é um ato discricionário que compete ao poder Executivo, através de uma Portaria do Ministro da Justiça. É algo que será concedido ou não pelo Ministro da justiça pois depende de pedido e se atende os requesitos.
PERDA DA NACIONALIDADE - nato ou naturalizados
Estas hipóteses são taxativas e não é possivel a renúncia da nacionalidade brasileira pois trata-se de um direito personalissimo porém é possivel a perda. São duas as hipoteses de perda , incisos I e II abaixo:
§ 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
 I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
Esta hipóteses é chamada de perda sanção que tem como procedimento:
-Qualquer dos legitimados pode ajuizar o pedido podendo ser o MP , o Ministro da Justiça etc.
-O processo vai correr na Justiça Federal.
-É necessário a manifestação do Poder Executivo a partir de um Decreto do Presidente da República.
 II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
Perde-se a nacionalidade porque se adquiriu outra, exceto nos casos abaixo.
 a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
Exemplo: filho de italiano que automaticamente se torna naturalizado - dupla cidadania.
 b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.
Existe com os portugueses uma relação diferente, temos tratado de amizade, cooperação e consulta entre o Brasil e Portugal.
-Este tratado dá uma dimensão diferenciada para os portugueses aqui no Brasil, bem como aos brasileiros que estão em Portugal.
-O tratado estabelece direitos civis e politicos aos portugueses, porém não é cumprido.
-Para o Brasil fazer a extradição de um portugues deve pedir para o governo portugues.
-O Decreto 3927 de 2001, o qual internalizou o tratado, estabelece que podemos advogar em portugal bem como ter residência.
MISSÕES DIPLOMÁTICAS: Os países internacionais devem se relacionar com base numa normatividade. Os Estados encaminham seus representantes a outros Estados para manter tais relações, é a representação de um Estado dentro do outro Estado.
-Quem regula as missões diplomáticas é a Convenção de Viena que foi internalizada no Brasil a partir do Decreto 56435/65.
-As missões diplomáticas se destinam a assegurar a manutenção de boas relações entre os Estados representados e os Estados que se acham sediados, bem como a proteger os direitos e interesses dos respectivos países e de seus nacionais - cidadãos.
Direito de legação: As Organizações Internacionais, os Estados e os individuos são sujeitos de direito internalcional.
Os Estados tem o direito de celebrar tratados, declarar guerras e o direito de legação, significa o direito de mandar e receber diplomatas, ou seja mandar e receber representantes que falem em nome do Estado.
A missão diplomatica representativa de seus Estados se encontram nas capitais (Brasilia) e são constituidas pelo chefe diplomático ou seja, um diplomata de carreira , não éobrigatorio ser de carreira, por muitas vezes o Brasil lançou politicos como diplomata (Itamar Franco). A missão diplomática é formada pela chefia, o corpo técnico, administrativo e de serviços .
Existem missões diplomápaticas junto a Organizações Internacionais ou seja, uma estrutura do Brasil , uma representação do Brasil junto as Organizações Internacionais, junto a OIT.
Diferença de consulado e missão diplomática (embaixada): O consulado é o comercial, faz a interação com a comunidade da região e a missão diplomática alcança uma dimensão de representação de Estado.
Acreditação: É o ato de recebimento e credenciamento de representante de chefes de missão diplomática de outros Estados. Quando acontece numa unica cerimonia, onde o chefe do Estado os recebe, isso significa que o chefe de Estado brasileiro diz para o chefe da missão diplomática de outro Estado "eu acredito" no que? Que você está aqui para falar em nome do seu país.
O Estado que recebe a missão diplomatica chama-se acreditado e o Estado que manda a missão diplomática é o Estado acreditante.
Legação ativa: É o envio de uma missão diplomática
Legação passiva: É o recebimento de uma missão diplomática
Funções da Missão Diplomática: Artigo 3º da Convenção de Viena nos informa
1-Função de representação
2-Função de negociação
3-função de proteção
4-Função de observação
Função de representação: Quando o agente diplomático fala em nome do governo com o Estado junto ao qual se acha acreditado e promove relações amistosas com intercambio economico, cultural e cientifico.
Função de negociação: As missões diplomáticas tem a função de negociar no tocante a celebração de tratados , ajustes, acordos que envolvem não só os aspectos economicos como também outros aspectos. .
Função de proteção: A missão diplomática esta dentro do outro Estado para proteger os interesses do Estado e também dos cidadãos deste Estado.
Função de observação: Consiste em tomar conhecimento por todos os meios licitos das condições existentes e da evolução dos acontecimentos no Estado acreditado e informam a respeito disso o respectivo governo.
Não confundir missão diplomática com o prédio da embaixada, estrutura fisica. Missão diplomática é a estrutura, as funções formadas por pessoas.
As funções determinadas no artigo 3º da Convenção de Viena estabelecem algumas garantias para poder exercer tais funções , quais sejam:
1-Imunidades
2-Privilégios
Imunidade diplomática: Significa beneficios previstos no Direito Internacional e concedidos pelo Estado acreditador ao Estado acreditante para que este exerça capacidades e competências soberanas em seu território.
Imunidades diplomáticas são pressupostos fundamentais da manutenção das relações diplomáticas e para a boa coexistência da sociedade internacional.
Exemplo: No prédio da missão diplomática não incide IPTU pois está imune. Estas imunidades estão previstas nos tratados.
Privilégios: São beneficios concedidos pelo direito dos próprios Estados acreditadores além de suas obrigações assumidas pelas normas multilaterais no ambito do direito interno.
Exemplos de imunidade:
-De ordem tributária no ambito real e ambito pessoal -o diplomata não paga IPTU sobre o seu imóvel e não recolhe IR sobre a sua renda.
-imunidade fisica do próprio prédio da missão diplomática , onde não é possivel qualquer tipo de constrição, é a questão do asilo diplomático.
-imunidade jurisdicional, ou seja, as decições judiciais não podem atingir o corpo técnico diplomático, inclusive não pode entrar no prédio para executar uma penhora.
 
Exemplos de privilégio:
- Aquisição de veículo com isenção de impostos do governo brasileiro
-Doação de terreno para a construção de embaixadas
-Facilitação da entrada da bagagem pessoal do corpo diplomático
-O Brasil fornece segurança militar para as embaixadas
-Garantia de matricula em Universidade pública para os filhos dos diplomatas
-Isenção de taxa de embarque em aeroportos.
É possivel dividir o espaço fisico por mais de uma missão diplomática, por exemplo nun unico espaço ter 3 missões diplomáticas de paises diferentes. 
O Brasil mantem representações diplomáticas mesmo nos países emq ue não há reconhecimento amplo por parte de outros países.
TERRITÓRIO BRASILEIRO NO DIREITO INTERNACIONAL
Direito ao mar: Em 1958 foram celebradas 4 convenções de genebra:
1ª convenção diz respeito ao mar territorial e zona contígua
2ª É uma convenção sobre o alto mar
3ª É uma convenção sobre pesca e conservação dos recursos vivos do alto mar
4ª convenção sobre a plataforma continental
CONVENÇÃO DE MONTEGO BAY: Esta convenção é de 1982, é o nome popular da Convenção das Nações Unidas sobre o direito do mar. Ela é de 1982 mas só entrou em vigor em 1994 e foi promulgada/internalizada a partir do Decreto 99165/1990.
O Brasil também possuí uma lei interna nº 8617/93 que vai acomodar internamente o que a convenção determina no tocante a redução de 200 para 12 milhas.
Aguas interiores: São águas dentro de um território mas que comungam com o mar. São a extensão de águas salgadas em comunicação livre com a superfície.
"Sobre as águas internas, a soberania do Estado é ilimitada - é território brasileiro - tem soberania absoluta", não há nem o direito de passagem inocente.
O acesso aos portos não é livre, os navios mercantes ou de guerra somente terão acesso mediante autorização das capitanias dos portos.
Os navios de guerra quando autorizados no acesso tem inumidade pois são de outros países.
Mar territorial: A extensão do território brasileiro é de 12 milhas (22 km).
A soberania do Brasil se estende sobre as águas, o leito do mar, o sub solo e o espaço aéreo subjacente.
Esta soberania só não é plena por conta do direito de passagem inocente que é reconhecido em favor dos navios mercantes e de guerra de qualquer Estado. 
A passagem contínua deve ser contínua e rápida, sob pena de ato ilícito.
É próibido:
-manobras militares
-atos de propaganda
-pesquisas e busca de informações
-atividades de pesca
-levantamentos hidrográficos
Ou seja, é proíbido tudo o que não esteja relacionado com o simples ato de passar.
Os submarinos devem navegar na superfície com o pavilhão do seu país amostra.
É permitido:
-estruturar rotas
-proteger o meio ambiente
mas nunca pode proibir ou cobrar taxas.
Zona Econômica Exclusiva: Artigo 55 da Convenção de Montego Bay
É uma faixa adjacente ao mar territorial que sobrepõe a zona
contígua após o mar territorial (12 milhas). A extensão da zona economica exclusiva é considerado alto mar sem soberania.
A soberania sobre a zona econômica exclusiva é limitada, permite ao Estado a exploração, aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais que estão nas águas, leito e sub solo. A zona do pré sal fica na ZEE.
Nesta área o Brasil tem o poder de investigação científica e pode instalar ilhas artificiais. A passagem inocente é mais ampla, permitido o sobrevoo e permite-se cabos e dutos.
Se o Brasil não se utilizar destes recursos, o excedente deverá ser disponibilizado para outros Estados (países) que não tenham litoral.
Plataforma Continental: É a extensão do território por baixo do mar até o limite de 200 metros pois após esta extensão passa a ser fundo mar.
2º SEMESTRE – DIREITO INTERNACIONAL
Organizações internacionais: São sujeitos de direito e podem celebrar tratados, como: a ONU, a OMS (são Organizações Internacionais).
Celebrar tratados é competência dos sujeitos clássicos do direito internacional que são os Estados que nas suas relações internacionais celebram tratados que constituem uma das fontes de direito que é a fonte escrita .
Diferença entre Organizações Internacionais e Estados: Quando verificamos os Estados conseguimos ver a construção, a idealização do Estado moderno a partir dos

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