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* 1.3 AS VARIEDADES LINGUÍSTICAS: REGIONALISMOS, GÍRIAS, JARGÕES, ARCAÍSMOS, NEOLOGISMOS, ESTRANGEIRISMOS, MARCAS DA ORALIDADE, LINGUAGEM INFORMAL E DOMÍNIO DA MODALIDADE PADRÃO FORMAL E HIPERFORMAL. * OBJETIVOS 1. Identificar as variedades linguísticas, contextualizando-as. 2. Identificar variedades linguísticas – linguagem informal, padrão formal e hiperformal da língua. * EU NÃO FALO GRINGO João Nogueira Alô Brother. - Eu heim! Eu não falo gringo, eu só falo brasileiro.( Bis) meu pagode foi criado lá no Rio de Janeiro, minha profissão é bicho canto samba o ano inteiro. - Eu falei pra você... * Eu aposto um eu te gosto contra dez a love you, bem melhor que hot dog é rabada com angu. Gerusa comprou uma brusa dessas made in usa e fez a tradução, a frase que tinha no peito quando olhou direito era um palavrão. Eu não falo gringo, eu só falo brasileiro.(2 Bis) meu pagode foi criado lá no Rio de Janeiro,minha profissão é bicho canto samba o ano inteiro. - I spik for you. * Ou me dá meu terno branco ou não precisa nem vestir, bunda de malandro velho não se ajeita em calça Lee. Às vezes eu sinto um carinho por esse velinho chamado Tio San, só não gosto da prosopopeia que armou na Coreia e no Vietnã. Eu não falo gringo, eu só falo brasileiro.(2 Bis) meu pagode foi criado lá no Rio de Janeiro, Minha profissão é bicho canto samba o ano Inteiro. * Eu não falo gringo, eu só falo brasileiro.(2 Bis) meu pagode foi criado lá no Rio de Janeiro, Minha profissão é bicho canto samba o ano Inteiro. Tem gente que qualquer dia fica mudo de uma vez, não consegue falar gringo, esqueceu do português. * Tu é dark, ele rip, ela é punk, todos dançam funk lá no Dancing Days. Mas cuidado com esse papo aí que o FMI tá de olho em vocês. Eu não falo gringo, eu só falo brasileiro.(2 Bis) meu pagode foi criado lá no Rio de Janeiro,minha profissão é bicho canto samba o ano inteiro. - Everybody macacada. * Declaração aos amigos de uma forma mineirinha Ces são o colírio do meu ôiu. São o chiclete garrado na minha carça dins. São a maionese do meu pão. São o cisco no meu ôiu (o ôtro oiu - eu ten dois). O limão da minha caipirinha. O rechei do meu biscoito. A masstumate do meu macarrão. A pincumel do meu buteco. * Nossinhora! Gosto dimais da conta docêis, uai. Ces são tamém: O videperfume da minha pintiadêra. O dentifriço da minha iscovdidente. Óiproceisvê, Quem tem amigos assim, tem um tisôru! Eu guárdêsse tisouro, com todo carin, Do Lado Esquerdupeito !!! Dentro do Meu Coração!!! * * * Neologismo é uma palavra ou expressão nova ou com sentido renovado, que conforme a intensidade do uso, pode ser assimilada pela língua padrão. Expressa o dinamismo da língua/linguagem. Ele surge da necessidade de nomear uma nova realidade, tanto no campo da ciência quanto no da arte, mesmo a partir da linguagem comum e da influência de uma língua estrangeira. * Alguns neologismos: deletar – apagar, eliminar abobado - bobo, sonso internetês - a língua da internet laranja – falso proprietário gato - ligação clandestina de eletricidade papudo - individuo fanfarrão, gabola podrão – sanduíche vendido em barraquinhas, nas ruas mané – individuo inepto, indolente, desleixado, negligente, palerma * O Modo de Falar do Brasileiro Toda língua possui variações linguísticas. Elas podem ser entendidas por meio de sua história no tempo (variação histórica) e no espaço (variação regional). As variações linguísticas podem ser compreendidas a partir de três diferentes fenômenos. * Em sociedades complexas convivem variedades linguísticas diferentes, usadas por diferentes grupos sociais, com diferentes acessos à educação formal; as diferenças tendem a ser maiores na língua falada que na língua escrita. 2) Pessoas de mesmo grupo social expressam-se com falas diferentes de acordo com as diferentes situações de uso, sejam situações formais, informais ou de outro tipo. 1) Em sociedades complexas convivem variedades linguísticas diferentes, usadas por diferentes grupos sociais, com diferentes acessos à educação formal; as diferenças tendem a ser maiores na língua falada que na língua escrita. 2) Pessoas de mesmo grupo social expressam-se com falas diferentes, de acordo com as diferentes situações de uso, sejam situações formais, informais ou de outro tipo. * 3) Há falares específicos para grupos específicos, como profissionais de uma mesma área (médicos, policiais, profissionais de informática, metalúrgicos, alfaiates, por exemplo), jovens, grupos marginalizados e outros. São as gírias e jargões. * Regionalismos Devido ao fato de a povoação do Brasil ter ocorrido em regiões distintas e distantes entre si (litoral nordestino, litoral fluminense e interior mineiro, por exemplo), o traço cultural de cada região influenciou o próprio desenvolvimento idiomático do português, ao longo da história. Em outras palavras, em cada região brasileira, a língua portuguesa sofreu diferentes influências culturais, e por isso incorporou diferentes formas de expressão, o que, aos poucos, deu origem a diferentes modos de expressar ou representar uma mesma ideia ou história, um mesmo sentimento ou conceito. * Alguns Regionalismos lanche SP: sanduíche em geral. MG: refeição, semelhante ao café da manhã, mas à tarde. RJ: refeição, normalmente feita à tarde. bolacha SP: biscoito usado pelo carioca, exceto o de polvilho; esse, sim, é biscoito. MG: bolacha para o mineiro é tipo um biscoito, mas duro, que idoso geralmente come molhado no café com leite. RJ: biscoito. * farol SP: semáforo para controlar fluxo de carros. MG: sinal ou sinal de trânsito. RJ: sinal ou semáforo. pão de leite SP: pão feito de leite. MG: pão doce. RJ: não encontrada essa informação. pão doce SP: pão com creme ou frutas em cima. MG: pão doce para o mineiro é o pão de leite do paulista. RJ: pão com creme ou frutas em cima. * mistura SP: acompanhamento do arroz, feijão e salada. MG: termo inexistente no vocábulo mineiro. RJ: em lugar de mistura, usa-se prato principal. mandioquinha SP: legume, uma raiz branca que quando cozida fica amarela. MG: batata-baroa ou cenoura-amarela. RJ: batata-baroa. * * GÍRIAS As gírias caracterizam uma linguagem de caráter popular, criadas e usadas por determinados grupos sociais ou profissionais. Surgem para substituir termos ou conceitos oficiais, usados, tradicionalmente, através da modalidade padrão. Elas são próprias de uma determinada época e, muitas vezes, deixam de existir quando caem em desuso. Muitas gírias são tão utilizadas por grande parte da população de um país, que acabam sendo incorporadas pelo vocabulário oficial, fazendo parte dos dicionários. De certa forma, todos os grupos sociais possuem uma certa quantidade de palavras ou expressões que usam em seu ambiente. Essas são chamadas de gírias de grupos ou jargões. Possuem gírias próprias os estudantes, advogados, jogadores de futebol, médicos, policiais, vendedores entre outros. * Muitas gírias são criadas pelos jovens e adolescentes, em função da necessidade de buscar palavras e conceitos novos. Exemplos: gata ou gato = mulher bonita, homem bonito baranga = mulher feia coroa = pessoa idosa magrela = bicicleta abrir o jogo = contar a verdade arrancar os cabelos = ficar desesperado baixar a bola = ficar calmo cabeça-dura = pessoa teimosa com o pé na cova = próximo da morte dar o troco = vingar-se pagar o mico = passar vergonha * JARGÕES No início, a palavra descrevia o gorjeio das aves e também a fala incompreensível, um gargarejo: "jargon", em francês, e "gargle", em inglês, saem da mesma raiz. Ao se espalhar de uma língua para outra, o termo ganhou o sentido de gíria de submundo e só passou a designar as linguagens técnicas a partir do século XIX, com o surgimento de profissões, quando grupos de novos especialistas começaram a marcar seus territórios temáticos, criando jeitos próprios de falar. * JARGÃO DE MARINHA * Bravo Zulu – “excelente!”, Os Parabéns de Marinha. Mocar – não passar o bizu, esconder conhecimento, não divulgar determinada informação. Pagar – servir/entregar algo ou determinar faina para alguém. Pagar embuste – contar vantagem. Pega nada! – quando está tudo safo, sem chance de Dar errado, sem problemas. P.S - problema, pendência. Rebarbão – aquele que questiona ou pondera a ordem do superior. Tocar Marinha – fazer valer sua antiguidade,impor-se. Velha guarda – militar antigo. Vibrão – aquele com garra, com vontade. * Língua falada Língua escrita Oratório..............................................Hiperformal Formal ......................................................Formal Coloquial..................................................Informal Familiar....................................................Pessoal * Oratório: Elaborado, intricado, enfeitado, inteiramente composto de períodos equilibrados e construções paralelas. É usado exclusivamente por especialistas ,como advogados, sacerdotes, políticos. Hiperformal: O equivalente escrito do oratório. Uma composição escrita para efeitos grandiosos. Ex.: “Essa liquidação se faz por articulados, pelo que, embora o procedimento a ser observado seja ordinário, consoante se extrai do comando do artigo 609 do Código de Processo Civil, a fase de cognição é limitada à pesquisa do valor devido e deve forçosamente nesse quartel ser exaurida.” * Formal (falado): Usado quando se fala a grupos grandes ou médios em que se excluem as respostas informais. preparado previamente e mantém, de propósito, uma distância entre falantes e ouvintes. Caracteriza-se por sentenças que são bem definidas, curtas e por um vocabulário rico em sinônimos, usados para evitar repetições léxicas, mostrando, assim, uma preocupação do falante com o estilo de expressão. Esse grau de formalidade é usado em conferências. Formal(escrito): Apresenta características semelhantes às do falado, numa forma de linguagem cuidada na variedade padrão, no estilo escrito. A escrita de bons jornais e revistas cuidadosamente editados e elaborados e as correspondências oficiais enquadram nesse nível. Ex.: “Domingo de sol no Rio de Janeiro. É cedo, antes das oito, mas o calor já torra a poeirenta Estrada da Boiúna, em Jacarepaguá, bairro distante, quase uma hora do centro.” * Informal: É a troca de correspondência entre membros de uma família ou amigos íntimos. Caracteriza-se pelo uso de formas abreviadas, ortografia simplificada, construções simples, sentenças fragmentadas. Ex.: “Querida Claudia: tou passando férias maravilhosas. O lugar aqui é lindo...” * QUANDO SE TEM GRADUAÇÃO: O açúcar, quando ainda não submetido à refinação e, apresentando- se em blocos sólidos de pequenas dimensões e forma tronco-piramidal, tem sabor deleitável da secreção alimentar das abelhas; todavia não muda suas proporções quando sujeito à compressão. QUANDO SE TEM ENSINO MÉDIO: Açúcar não refinado, sob a forma de pequenos blocos, tem o sabor agradável do mel, porém não muda de forma quando pressionado. * QUANDO SE TEM ENSINO FUNDAMENTAL: Açúcar mascavo em tijolinhos tem o sabor adocicado, mas não é macio ou flexível. QUANDO NÃO SE TEM ESTUDO: Rapadura é doce, mas não é mole. * QUANDO SE TEM ENSINO FUNDAMENTAL: Açúcar mascavo em tijolinhos tem o sabor adocicado, mas não é macio ou flexível. QUANDO NÃO SE TEM ESTUDO: Rapadura é doce, mas não é mole.
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