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Apostila CFO-Maranhão

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Policia Militar do Maranhão e
Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão
CFO-MA
Curso de Formação de Oficiais
Volume I
Edital Nº 99/2016 - Reitoria/UEMA
AG090-A-2017
DADOS DA OBRA
Título da obra: Policia Militar do Maranhão e Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão
Cargo: Curso de Formação de Oficiais
(Baseado no Edital Nº 99/2016 - Reitoria/UEMA)
Volume I
• Língua Portuguesa e Literatura Brasileira
• Língua Espanhola
• Língua Inglesa
• História
• Geografia
• Filosofia
• Sociologia
Volume II
• Matemática
• Física
• Biologia
• Química
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Produção Editorial/Revisão
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Suelen Domenica Pereira
Camila Lopes
Capa
Bruno Fernandes
Editoração Eletrônica
Marlene Moreno
Gerente de Projetos 
Bruno Fernandes
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SUMÁRIO
Língua Portuguesa e Literatura Brasileira
Comunicação Humana: Linguagem, língua e fala. O signo linguístico. ............................................................................................ 01
Níveis da linguagem. Norma padrão escrita da língua portuguesa e variações linguísticas. .................................................. 02
Funções da linguagem. ........................................................................................................................................................................................11
Sentido das palavras. Sinonímia e antonímia; polissemia e ambiguidade. ..................................................................................... 13
Ortografia: Sistema ortográfico vigente. ....................................................................................................................................................... 15
Acentuação gráfica. ...............................................................................................................................................................................................23
O texto nos processos de compreensão e de Produção: Texto e textualidade. ............................................................................ 26
Tipologia textual. ....................................................................................................................................................................................................40
Gênero textual. Estudo do texto e sequências discursivas: dissertação, argumentação, narração e descrição. ............... 55
Coerência e coesão textuais. .............................................................................................................................................................................. 61
A polifonia discursiva na construção do texto. ........................................................................................................................................... 71
Aspectos morfossintáticos da língua: Estrutura das palavras. Processo de formação das palavras. ..................................... 72
Classes de palavras (variáveis e invariáveis). ................................................................................................................................................ 77
Pontuação: emprego dos sinais de pontuação. Valor relativo dos sinais de pontuação. Substituição por outros si-
nais. ...................................................................................................................................................................................................................104
Concordâncias verbal e nominal. ...................................................................................................................................................................107
Regências verbal e nominal. .............................................................................................................................................................................119
Emprego do acento indicativo de crase. .....................................................................................................................................................124
Estrutura de período: coordenação e subordinação. .............................................................................................................................127
Mecanismos de Coesão textual. ....................................................................................................................................................................... 61
Colocação pronominal. ......................................................................................................................................................................................134
Caracterização e emprego dos tipos de discurso: direto, indireto e indireto-livre. ...................................................................137
Teoria Literária e Literatura Brasileira: O texto Literário e não literário. Denotação e conotação. .......................................140
Recursos estilísticos: figuras de linguagem. ...............................................................................................................................................141
Gêneros Literários: Lírico, Dramático e Narrativo. ...................................................................................................................................145
Estilos de época da Literatura de Língua Portuguesa: Trovadorismo, Humanismo, Classicismo, Barroco, Arcadismo, Ro-
mantismo, Realismo, Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo, Pré-Modernismo, Modernismo e Tendências Contem-
porâneas. .................................................................................................................................................................................................................146
Literatura Maranhense: a produção literária nos séculos XIX e XX. ...................................................................................................156
Língua Espanhola
Habilidade em leitura: Identificar ideias gerais, principais e secundárias de texto; identificar ideias específicas; sintetizar 
ideias; inferir significado de palavras; distinguir gêneros textuais; identificar cognatos e/ou falsos cognatos; extrair in-
formações do texto; ordenar informações; descrever etapas; completar diagrama e/ou textos; selecionar informações 
falsas e/ou verdadeiras; associar palavras aos textos, selecionar,distinguir, comparar, identificar, relacionar, ordenar, ana-
lisar, aplicar, definir, correlacionar, descrever, ilustrar, associar, explicar, listar, classificar, caracterizar, interpretar, resumir, 
determinar o essencial, reproduzir, valorar, transferir, justificar, deduzir, substituir e sintetizar. ............................................ 01
Gramática contextualizada com ênfase em: El artículo: empleo. La regla de eufonía. El artículo neutro. .......................... 13
Los numerales: empleo. .......................................................................................................................................................................................14
El sustantivo: empleo. ...........................................................................................................................................................................................17
El adjetivo: género y grado; (relaciones de concordância del adjetivo y del substantivo em el texto). ............................... 18
Los antónimos y los sinónimos. ........................................................................................................................................................................18
Acentuación ortográfica. .....................................................................................................................................................................................19
Los pronombres: personal sujeto, posesivos, demostrativos, indefinidos, interrogativos, exclamativos, relativos, comple-
mentos: empleo). ....................................................................................................................................................................................................19
La apócope: empleo. .............................................................................................................................................................................................19
Las palavras invariables (el adverbio: empleo; la preposición: empleo; las conjunciones: coordinante y subordinante: 
empleo). .....................................................................................................................................................................................................................20
Las divergencias léxicas: los heterográficos, los heterogenéricos, los heterosemánticos e los heterotónicos. ................ 25
SUMÁRIO
Las palavras invariables (el adverbio: empleo; la preposición: empleo; las conjunciones: coordinantes y subordinantes: 
empleo). .....................................................................................................................................................................................................................25
El verbo em los tempos simple y compuesto. Regulares enel modo indicativo (presente, pasado, futuro), subjuntivo 
(presente, pasado y futuro) e imperativo (afirmativo y negativo). Auxiliares: ser y haber (presente, pasado y futuro y 
enlostres modos). De irregularidade común de 1ª, 2ª, 3ª y 4ª clases; (presente, pasado y futuro y enlostres modos). De 
irregularidade propia: estar, hacer, decir, dar, haber, poner, saber, ir, venir, poder, querer, (presente, pasado, futuro y en-
lostres modos). Las formas reflexivas de los verbos: empleo. Las formas no personales del verbo (infinitivo, gerundio y 
participio). Las perífrasis verbales. .................................................................................................................................................................... 26
Língua Inglesa
Habilidades de Leitura: Identificar ideias gerais e principais (SKIMMING). Inferir significado de palavras. Distinguir gê-
neros textuais. Identificar cognatos e/ou falsos cognatos. Extrair informações do texto. Selecionar informações falsas e/
ou verdadeiras. Associar palavras em diferentes textos. Identificar ideias secundárias em diferentes textos (técnica de 
“SKIMMING”). Identificar ideias específicas (técnica de “SCANNING”). Sintetizar ideias. Ordenar informações. Descrever 
etapas. Completar diagramas e/ou textos verbais. .................................................................................................................................... 01 
Habilidades Linguísticas: o emprego da gramática em uma abordagem comunicativa: Artigo (definido e inde-
finido). ......................................................................................................................................................................................... 05
Substantivo (Emprego, gênero, número, caso genitivo). ........................................................................................................................ 07
Adjetivo (noções gerais). .....................................................................................................................................................................................12
Numerais. ...................................................................................................................................................................................................................18
Pronomes (pessoais, adjetivos, possessivos, reflexivos, relativos, indefinidos, interrogativos e demonstrativos). .......... 22
Verbo (simple presente e presentcontinuous, simplepast e passado contínuo; presente perfeito e presente perfeito con-
tínuo; passado perfeito e passado perfeito contínuo futuro simples, futuro com “goingto” future continuous; imperativo; 
auxiliares; modais). .................................................................................................................................................................................................31
Uso do infinito, gerúndio e particípio. ........................................................................................................................................................... 46
Advérbios. ..................................................................................................................................................................................................................49
Preposições. ..............................................................................................................................................................................................................50
Conjunções coordenadas e subordinadas. .................................................................................................................................................. 51
Diferentes tipos de orações. .............................................................................................................................................................................. 52
Verbos frasais e preposicionados. .................................................................................................................................................................... 55
Question-tag. ...........................................................................................................................................................................................................57
Discursos: direto e indireto. ................................................................................................................................................................................ 57
Voz ativa e passiva. ................................................................................................................................................................................................58
Sinonímia e antonímia. .........................................................................................................................................................................................58
Formação de palavras (Processo de derivação;prefixo e sufixo. Processo de composição). .................................................... 59
História
Habilidades de Leitura: Identificar ideias gerais e principais (SKIMMING). Inferir significado de palavras. Distinguir gêIn-
trodução à História (Conceitos de História. A periodização histórica e seus significados. As fontes históricas e a constru-
ção do conhecimento da História. O papel do historiador na produção histórica). .................................................................... 01
Conhecimento Histórico: Temporalidades. Memória. ............................................................................................................................... 02 
O Mundo Antigo: Civilizações egípcia, mesopotâmica e greco-romana. Reinos africanos. A crise do mundo clássico e as 
invasões bárbaras. A formação da América (Os altos impérios da América pré-colombiana: incas, astecas e maias. ........07
O mundo Medieval: Feudalismo europeu: formação e desenvolvimento. O Cristianismo medieval. O Islamismo e sua 
relação com o ocidente medieval. Expansão comercial e urbana. Crise do feudalismo. A construção da modernidade (A 
cultura do Renascimento e as bases do pensamento moderno. .......................................................................................................... 33 
O Mundo Moderno: A construção da modernidade. A cultura do Renascimento e as bases do pensamento moderno. O 
Cristianismo na modernidade: Reforma Religiosa e Contrarreforma. A formação do Estado Moderno. O Absolutismo e o 
Mercantilismo. O expansionismo marítimo-comercial e a organização do sistema colonial. A formação da América: os altos 
impérios da América pré-colombiana: incas, astecas e maias. Os primeiros habitantes do Brasil e do Maranhão: formas de 
SUMÁRIO
organização social. A colonização espanhola. A colonização inglesa. A colonização portuguesa: a estrutura política e admi-
nistrativa; economia e trabalho; vida cultural. O Maranhão colonial: conquista e disputa pelo território; relações sociais e de 
trabalho. O tráfico negreiro em suas relações com a África. Liberalismo e Iluminismo. Revoluções liberais: Revolução Inglesa 
e Revolução Francesa. Era napoleônica. Burguesia e Revolução Industrial. Formação da Classe Operária. Crise do sistema 
colonial e processos de emancipação das colônias inglesas e hispano-americana. O processo de emancipação do Brasil. 
O Maranhão e o processo de Independência do Brasil. Formação e consolidação do Estado brasileiro: disputa pelo poder, 
contestação à ordem; economia e trabalho. Cultura e cotidiano no Brasil Imperial. O Maranhão no Império: movimentos de 
contestação à ordem; economia e trabalho; resistência escrava; sociedade e cultura. ......................................................................34
Correntes de pensamento e lutas sociais do século XIX: Liberalismo, Socialismo, Anarquismo, Catolicismo Social e Nacio-
nalismo; as lutas operárias de contestação à ordem burguesa; as revoluções liberais de 1820, 1830 e 1848. ................. 45 
A América no século XIX: as Independências nas Américas inglesa e espanhola; conflitos na região do rio da Prata; Esta-
dos Unidos: a expansão para Oeste e a Guerra da Secessão.. A colonização espanhola. A colonização inglesa. A coloniza-
ção portuguesa. ......................................................................................................................................................................................................45
Os primeiros habitantes do Brasil e do Maranhão: formas de organização social; a conquista do Brasil e o confronto 
interétnico; a estrutura político e administrativa: capitanias hereditárias e governos gerais; a conquista do Maranhão e 
a disputa pelo território; o domínio político na América Portuguesa e no Maranhão). O Brasil e o Maranhão colonial (As 
relações sociais e de trabalho. O tráfico negreiro em suas relações com a África. As atividades econômicas e a formação 
e expansão do território brasileiro e maranhense. Cultura e vida colonial. União Ibérica. Entradas e Bandeiras). .......... 47 
Liberalismo e revolução (Iluminismo e revoluções liberais: Revoluções Inglesas e Revolução Francesa. ............................ 49 
Era napoleônica. Burguesia e Revolução Industrial. Formação da Classe Operária. Crise do sistema colonial e processos 
de emancipação das colônias inglesas e hispano-americanas). O processo de emancipação do Brasil (Os movimentos de 
contestação ao domínio colonial. O processo de separação brasileira de Portugal (1808-1822). O Maranhão e o processo 
de Independência do Brasil). ............................................................................................................................................................................. 51
Formação e consolidação do Estado brasileiro (Elaboração da base legal. Disputa pelo poder, contestação à ordem e bus-
ca de estabilidade do regime (1822-1848). As instituições políticas do Império. Hegemonia britânica, economia cafeeira 
e o processo de modernização do Brasil. Cultura e cotidiano no Brasil Imperial). ........................................................................ 52 
A América no século XIX (As Independências na América. Conflitos na região do rio da Prata. Estados Unidos: a expansão 
para Oeste. Guerra da Secessão). A desagregação do regime monárquico brasileiro (A crise do escravismo e a transição 
para o trabalho livre. O movimento republicano. Sociedade e Cultura). ......................................................................................... 57
Mundo contemporâneo: A concentração de capitais e a expansão imperialista (O domínio da Ásia e a partilha da África. ...58
A primeira Guerra Mundial: seus condicionantes e consequências. Contestação à ordem capitalista: a Revolução Russa e 
a formação da URSS. .............................................................................................................................................................................................59
Os rearranjos da ordem capitalista. A crise de 1929 e suas repercussões). O Estado oligárquico brasileiro (Estruturação de 
poder: oligarquia e coronelismo. ..................................................................................................................................................................... 61
As oligarquias no Maranhão. Bases econômicas: a agroexportação e sua crise. Indústria têxtil, a pequena produção agrí-
cola e a emergência do babaçu no Maranhão. .......................................................................................................................................... 62
Lutas sociais na 1ª República: movimentos operários, misticismo e cangaço. Cultura e vida cotidiana; arte e literatura. 
Crise dos anos 1920 e o movimento de 1930: a desagregação da Primeira República). ........................................................... 65
As experiências totalitárias e a ameaça às democracias (O período Entreguerras e a ascensão do nazifascismo. A 2ª Guer-
ra Mundial: condicionantes e consequências). ........................................................................................................................................... 66
A Era Vargas (Centralização econômica, industrialização e trabalhismo. Nacionalismo. Legislação trabalhista. Centraliza-
ção política, controle ideológico e repressão). ............................................................................................................................................ 69
 A Guerra Fria: confronto entre Capitalismo e Socialismo (A hegemonia norte-americana na América Latina. O processo 
de descolonização na Ásia e na África. Revolução Cubana. Revolução Chinesa). ........................................................................ 74
O Estado populista (Os casos da Argentina e do México. Políticas de desenvolvimento econômico no Brasil (1945-1964).O Vitorinismo no Maranhão. Conjuntura econômica no Maranhão (1945-1964): a crise da indústria têxtil; as indústrias do 
babaçu; a expansão da produção de arroz. As propostas culturais no Brasil nos anos 1960. O golpe de 1964). ........... 76
A militarização do estado na América Latina e no Brasil (As experiências da Argentina, do Chile e do Uruguai. Ditadura 
Militar no Brasil: bases do golpe, institucionalização do regime e aparelhos de repressão. O processo de resistência: a luta 
armada e os movimentos culturais. O milagre econômico: bases e crise. A transição democrática na América Latina e no 
Brasil. A constituição de 1988). ......................................................................................................................................................................... 77
O Maranhão no período do regime militar brasileiro (O Sarneísmo. A penetração do grande capital e suas consequências 
sociais. Os conflitos agrários). ...........................................................................................................................................................................81
SUMÁRIO
Tendências, problemas e perspectivas no mundo atual (A desagregação do bloco soviético e a nova ordem mundial. .....81 
O processo de globalização e o neoliberalismo. A inserção do Brasil na nova ordem mundial: da Nova República aos dias 
atuais. Problemas e desafios no Brasil e no Maranhão: a situação das minorias: os índios, os negros, as mulheres e os 
homossexuais; a luta pela terra e a Reforma Agrária; violência, desemprego e miséria; a construção da cidadania; pro-
blemas do meio ambiente e os movimentos ecológicos; cultura e cotidiano nos dias atuais; preservação do patrimônio 
histórico-cultural). ...................................................................................................................................................................................................82
Geografia
Elementos cósmicos que compõem o universo: origens e caracterizações. .................................................................................... 01 
Dinamicidade da Terra no sistema planetário: Rotação e translação da Terra (ocorrência, consequências e relações com 
eventos cotidianos). Litosfera e estrutura interna da Terra – constituição e características principais. ................................. 01 
Continentes e hidrosfera: distribuição dos continentes e oceanos; principais rios, bacias hidrográficas e formações lacus-
tres; importância da hidrosfera para a vida humana. ................................................................................................................................ 02 
Orientação (contextualizada e convencional) e meios de orientação. ............................................................................................... 03 
Coordenadas Geográficas: localização absoluta. ........................................................................................................................................ 04 
Fusos horários: hora legal, hora do Brasil e hora solar. ............................................................................................................................ 06 
Cartografia: projeções cartográficas – escala – convenções cartográficas – legenda. ................................................................. 06 
Clima: elementos do clima; fatores climáticos; massas de ar; os grandes conjuntos climáticos; o clima e suas influências. 
Principais classificações. ........................................................................................................................................................................................09 
Paisagens vegetais: fatores da distribuição da vegetação; as grandes paisagens vegetais. ...................................................... 10 
Relevo terrestre: principais formas de relevo; dinâmica de origem interna e de origem externa. .......................................... 11 
O processo demográfico no mundo atual: distribuição geográfica da população; crescimento demográfico; movimentos 
migratórios; composição da população: por idade, por sexo e por atividade; condições alimentares e sanitárias Uso da 
terra (agricultura, pecuária, extrativismo vegetal e animal). ................................................................................................................... 13 
Regiões brasileiras e suas características físicas, humanas e econômicas. ....................................................................................... 13 
Ambientes naturais do Brasil e do Maranhão (localização – clima – vegetação – relevo – hidrografia). ............................. 22 
Atividades econômicas: Indústria (tipos e fatores: indústria moderna; fontes de energia, matérias-primas, grandes áreas 
industriais). .................................................................................................................................................................................................................22 
Comércio externo. Questão ambiental no mundo. .................................................................................................................................... 23 
A Geopolítica mundial (relações internacionais – formação de megablocos e organizações contemporâneas do mun-
do). ................................................................................................................................................................................................................................23
Urbanização:as cidades nos países centrais e periféricos; evolução; metropolização; problemas urbanos. ....................... 25 
População brasileira – distribuição da população; crescimento demográfico; movimentos migratórios; composição da 
população: por idade, por sexo e por atividade; condições alimentares e sanitárias. ................................................................. 26 
Economia brasileira: Agricultura, pecuária e extrativismo vegetal e mineral. ..................................................................................28 
Indústria: evolução; indústria moderna; matérias-primas; áreas industriais. Comércio interno e externo; Transportes e 
comunicações; Urbanização – evolução das cidades; metropolização; problemas urbanos referentes ao Brasil e regio-
nais. .........................................................................................................................................................................................................................33
Paisagens culturais brasileiras e do Maranhão. ........................................................................................................................................... 34
Filosofia
A cultura (A atividade animal. A atividade humana. Cultura e animalização). O conhecimento (Noção do Conhecimento. 
A possibilidade do conhecimento. A origem do Conhecimento). ....................................................................................................... 01 
A Filosofia (Origem da Filosofia. O nascimento da Filosofia. Campos de inauguração da Filosofia. Principais períodos da 
Filosofia. Aspectos da Filosofia contemporânea). ....................................................................................................................................... 04 
Lógica (Proposição. Silogismo. Argumentos dedutivos e indutivos). ................................................................................................. 10 
Ética (Conceituação: ética, moral e dever. Ética e Filosofia. Responsabilidade moral, determinismo e liberdade. Ética, 
ciência e civilizações tecnológicas). .................................................................................................................................................................. 12 
Estética (Conceituação: natureza e objeto da Estética. .............................................................................................................................19 
Funções da Arte. (Concepções estéticas na história). ................................................................................................................................ 20 
Política (Conceituações. Política e Liberdade. Política e Ideologia. Filosofia Política. Poder e Democracia. Liberalismo, 
Socialismo e Neoliberalismo). .............................................................................................................................................................................25
SUMÁRIO
Sociologia
Sociologia e a relação entre indivíduo e sociedade: perspectivas sociológicas clássicas (Émile Durkheim, Karl Marx e Max 
Weber). .......................................................................................................................................................................................................................01
Socialização e controle social: Instituições sociais; Controle social; Status e papeis sociais; Interação e relação social; 
Mudança Social; Estratificação Social; Desigualdade social (gênero, raça e etnia) e racismo; Tipos de violência (física, 
psicológica e simbólica). .......................................................................................................................................................................................01
Cultura e Ideologia: Cultura popular; Cultura erudita; Cultura de massa e Indústria Cultural; Identidade; Multiculturalis-
mo; Contracultura; Etnocentrismo e Relativismo cultural. ....................................................................................................................... 11
Trabalho e Sociedade: Organização do trabalho no século XX (Fordismo, Taylorismo e Toyotismo); Mercado de trabalho, 
emprego e desemprego. ......................................................................................................................................................................................13
Estado e Relações de Poder: Estado; Governo; Formas de Organização do Estado moderno; Regimes Políticos; Democra-
cia; Cidadania; Formas de participação política (partidos e sistemas eleitorais); Direitos Humanos; Globalização e Neoli-
beralismo. ...................................................................................................................................................................................................................17
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA
Comunicação Humana: Linguagem, língua e fala. O signo linguístico. ............................................................................................ 01
Níveis da linguagem. Norma padrão escrita da língua portuguesa e variações linguísticas. .................................................. 02
Funções da linguagem. ........................................................................................................................................................................................11
Sentido das palavras. Sinonímia e antonímia; polissemia e ambiguidade. ..................................................................................... 13
Ortografia: Sistema ortográfico vigente. ....................................................................................................................................................... 15
Acentuação gráfica. ...............................................................................................................................................................................................23
O texto nos processos de compreensão e de Produção: Texto e textualidade. ............................................................................ 26
Tipologia textual. ....................................................................................................................................................................................................40
Gênero textual. Estudo do texto e sequências discursivas: dissertação, argumentação, narração e descrição. ............... 55
Coerência e coesão textuais. .............................................................................................................................................................................. 61
A polifonia discursiva na construção do texto. ........................................................................................................................................... 71
Aspectos morfossintáticos da língua: Estrutura das palavras. Processo de formação das palavras. ..................................... 72
Classes de palavras (variáveis e invariáveis). ................................................................................................................................................ 77
Pontuação: emprego dos sinais de pontuação. Valor relativo dos sinais de pontuação. Substituição por outros si-
nais. ...................................................................................................................................................................................................................104
Concordâncias verbal e nominal. ...................................................................................................................................................................107
Regências verbal e nominal. .............................................................................................................................................................................119
Emprego do acento indicativo de crase. .....................................................................................................................................................124
Estrutura de período: coordenação e subordinação. .............................................................................................................................127
Mecanismos de Coesão textual. ....................................................................................................................................................................... 61
Colocação pronominal. ......................................................................................................................................................................................134
Caracterização e emprego dos tipos de discurso: direto, indireto e indireto-livre. ...................................................................137
Teoria Literária e Literatura Brasileira: O texto Literário e não literário. Denotação e conotação. ........................................140
Recursos estilísticos: figuras de linguagem. ...............................................................................................................................................141
Gêneros Literários: Lírico, Dramático e Narrativo. ...................................................................................................................................145
Estilos de época da Literatura de Língua Portuguesa: Trovadorismo, Humanismo, Classicismo, Barroco, Arcadismo, Ro-
mantismo, Realismo, Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo, Pré-Modernismo, Modernismo e Tendências Contempo-
râneas. .......................................................................................................................................................................................................................146
Literatura Maranhense: a produção literária nos séculos XIX e XX. ...................................................................................................156
1
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA
COMUNICAÇÃO HUMANA: LINGUAGEM, 
LÍNGUA E FALA. O SIGNO LINGUÍSTICO. 
Linguagem é a capacidade que possuímos de expres-
sar nossos pensamentos, ideias, opiniões e sentimentos. 
Está relacionada a fenômenos comunicativos; onde há co-
municação, há linguagem. Podemos usar inúmeros tipos 
delinguagens para estabelecermos atos de comunicação, 
tais como: sinais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais 
convencionais (linguagem escrita e linguagem mímica, por 
exemplo). Num sentido mais genérico, a linguagem pode 
ser classificada como qualquer sistema de sinais que se va-
lem os indivíduos para comunicar-se. 
A linguagem pode ser:
A Língua é um instrumento de comunicação, sendo 
composta por regras gramaticais que possibilitam que de-
terminado grupo de falantes consiga produzir enunciados 
que lhes permitam comunicar-se e compreender-se. Por 
exemplo: falantes da língua portuguesa.
A língua possui um caráter social: pertence a todo um 
conjunto de pessoas, as quais podem agir sobre ela. Cada 
membro da comunidade pode optar por esta ou aquela for-
ma de expressão. Por outro lado, não é possível criar uma 
língua particular e exigir que outros falantes a compreen-
dam. Dessa forma, cada indivíduo pode usar de maneira 
particular a língua comunitária, originando a fala. A fala está 
sempre condicionada pelas regras socialmente estabeleci-
das da língua, mas é suficientemente ampla para permitir 
um exercício criativo da comunicação. Um indivíduo pode 
pronunciar um enunciado da seguinte maneira:
A família de Regina era paupérrima.
Outro, no entanto, pode optar por:
A família de Regina era muito pobre.
As diferenças e semelhanças constatadas devem-se 
às diversas manifestações da fala de cada um. Note, além 
disso, que essas manifestações devem obedecer às regras 
gerais da língua portuguesa, para não correrem o risco de 
produzir enunciados incompreensíveis como: 
Família a paupérrima de era Regina.
Não devemos confundir língua com escrita, pois são 
dois meios de comunicação distintos. A escrita representa 
um estágio posterior de uma língua. A língua falada é mais 
espontânea, abrange a comunicação linguística em toda 
sua totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom de 
voz, algumas vezes por mímicas, incluindo-se fisionomias. 
A língua escrita não é apenas a representação da língua 
falada, mas sim um sistema mais disciplinado e rígido, uma 
vez que não conta com o jogo fisionômico, as mímicas e o 
tom de voz do falante. No Brasil, por exemplo, todos falam 
a língua portuguesa, mas existem usos diferentes da língua 
devido a diversos fatores. Dentre eles, destacam-se:
- Fatores Regionais: é possível notar a diferença do 
português falado por um habitante da região nordeste e 
outro da região sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma 
região, também há variações no uso da língua. No estado 
do Rio Grande do Sul, por exemplo, há diferenças entre a 
língua utilizada por um cidadão que vive na capital e aquela 
utilizada por um cidadão do interior do estado.
- Fatores Culturais: o grau de escolarização e a for-
mação cultural de um indivíduo também são fatores que 
colaboram para os diferentes usos da língua. Uma pessoa 
escolarizada utiliza a língua de uma maneira diferente da 
pessoa que não teve acesso à escola.
- Fatores Contextuais: nosso modo de falar varia de 
acordo com a situação em que nos encontramos: quando 
conversamos com nossos amigos, não usamos os termos 
que usaríamos se estivéssemos discursando em uma sole-
nidade de formatura.
- Fatores Profissionais: o exercício de algumas ativida-
des requer o domínio de certas formas de língua chamadas 
línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, essas 
formas têm uso praticamente restrito ao intercâmbio técni-
co de engenheiros, químicos, profissionais da área de direi-
to e da informática, biólogos, médicos, linguistas e outros 
especialistas.
- Fatores Naturais: o uso da língua pelos falantes so-
fre influência de fatores naturais, como idade e sexo. Uma 
criança não utiliza a língua da mesma maneira que um adul-
to, daí falar-se em linguagem infantil e linguagem adulta. 
Fala
É a utilização oral da língua pelo indivíduo. É um ato 
individual, pois cada indivíduo, para a manifestação da fala, 
pode escolher os elementos da língua que lhe convém, 
conforme seu gosto e sua necessidade, de acordo com a 
situação, o contexto, sua personalidade, o ambiente socio-
cultural em que vive, etc. Desse modo, dentro da unidade 
da língua, há uma grande diversificação nos mais variados 
níveis da fala. Cada indivíduo, além de conhecer o que fala, 
conhece também o que os outros falam; é por isso que so-
mos capazes de dialogar com pessoas dos mais variados 
graus de cultura, embora nem sempre a linguagem delas 
seja exatamente como a nossa. 
Devido ao caráter individual da fala, é possível observar 
alguns níveis:
- Nível Coloquial-Popular: é a fala que a maioria das 
pessoas utiliza no seu dia a dia, principalmente em situações 
informais. Esse nível da fala é mais espontâneo, ao utilizá-lo, 
não nos preocupamos em saber se falamos de acordo ou 
não com as regras formais estabelecidas pela língua.
- Nível Formal-Culto: é o nível da fala normalmente 
utilizado pelas pessoas em situações formais. Caracteriza-se 
por um cuidado maior com o vocabulário e pela obediência 
às regras gramaticais estabelecidas pela língua.
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LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA
Signo
É um elemento representativo que apresenta dois aspec-
tos: o significado e o significante. Ao escutar a palavra “ca-
chorro”, reconhecemos a sequência de sons que formam essa 
palavra. Esses sons se identificam com a lembrança deles que 
está em nossa memória. Essa lembrança constitui uma real 
imagem sonora, armazenada em nosso cérebro que é o signi-
ficante do signo “cachorro”. Quando escutamos essa palavra, 
logo pensamos em um animal irracional de quatro patas, com 
pelos, olhos, orelhas, etc. Esse conceito que nos vem à mente 
é o significado do signo “cachorro” e também se encontra ar-
mazenado em nossa memória.
Ao empregar os signos que formam a nossa língua, de-
vemos obedecer às regras gramaticais convencionadas pela 
própria língua. Desse modo, por exemplo, é possível colocar o 
artigo indefinido “um” diante do signo “cachorro”, formando a 
sequência “um cachorro”, o mesmo não seria possível se qui-
séssemos colocar o artigo “uma” diante do signo “cachorro”. A 
sequência “uma cachorro” contraria uma regra de concordân-
cia da língua portuguesa, o que faz com que essa sentença 
seja rejeitada. Os signos que constituem a língua obedecem 
a padrões determinados de organização. O conhecimento 
de uma língua engloba tanto a identificação de seus signos, 
como também o uso adequado de suas regras combinatórias.
Signo: elemento representativo que possui duas partes 
indissolúveis: significado e significante. Significado (é o con-
ceito, a ideia transmitida pelo signo, a parte abstrata do sig-
no) + Significante (é a imagem sonora, a forma, a parte 
concreta do signo, suas letras e seus fonemas).
Língua: conjunto de sinais baseado em palavras que 
obedecem às regras gramaticais.
Fala: uso individual da língua, aberto à criatividade e ao 
desenvolvimento da liberdade de expressão e compreensão.
NÍVEIS DA LINGUAGEM. 
NORMA PADRÃO ESCRITA DA 
LÍNGUA PORTUGUESA E VARIAÇÕES 
LINGUÍSTICAS. 
Norma Culta
Norma culta ou linguagem culta é uma expressão em-
pregada pelos linguistas brasileiros para designar o conjun-
to de variedades linguísticas efetivamente faladas, na vida 
cotidiana, pelos falantes cultos, sendo assim classificados os 
cidadãos nascidos e criados em zona urbana e com grau de 
instrução superior completo.
O Instituto Camões entende que a “noção de correção 
está [...] baseada no valor social atribuído às [...] formas [lin-
guísticas]. Ainda assim, informa que a norma-padrão do 
português europeu é o dialeto da região que abrange Lisboa 
e Coimbra; refere também que se aceita no Brasil como nor-
ma-padrão a fala do Rio e de São Paulo.
Aquisição da linguagem
Iniciamos o aprendizado da língua em casa, no contato 
com a família, que é o primeirocírculo social para uma criança, 
imitando o que se ouve e aprendendo, aos poucos, o vocabulá-
rio e as leis combinatórias da língua. Um jovem falante também 
vai exercitando o aparelho fonador, ou seja, a língua, os lábios, 
os dentes, os maxilares, as cordas vocais para produzir sons que 
se transformam, mais tarde, em palavras, frases e textos.
Quando um falante entra em contato com outra pessoa, 
na rua, na escola ou em qualquer outro local, percebe que nem 
todos falam da mesma forma. Há pessoas que falam de forma 
diferente por pertencerem a outras cidades ou regiões do país, 
ou por terem idade diferente da nossa, ou por fazerem parte 
de outro grupo ou classe social. Essas diferenças no uso da 
língua constituem as variedades linguísticas.
Variedades Linguísticas
Variedades linguísticas são as variações que uma língua 
apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais, re-
gionais e históricas em que é utilizada.
Todas as variedades linguísticas são adequadas, desde 
que cumpram com eficiência o papel fundamental de uma 
língua, o de permitir a interação verbal entre as pessoas, 
isto é, a comunicação.
Apesar disso, uma dessas variedades, a norma culta ou 
norma padrão, tem maior prestígio social. É a variedade lin-
guística ensinada na escola, contida na maior parte dos livros e 
revistas e também em textos científicos e didáticos, em alguns 
programas de televisão, etc. As demais variedades, como a re-
gional, a gíria ou calão, o jargão de grupos ou profissões (a 
linguagem dos policiais, dos jogadores de futebol, dos meta-
leiros, dos surfistas), são chamadas genericamente de dialeto 
popular ou linguagem popular.
Propósito da Língua
A língua que utilizamos não transmite apenas nossas 
ideias, transmite também um conjunto de informações sobre 
nós mesmos. Certas palavras e construções que empregamos 
acabam denunciando quem somos socialmente, ou seja, em 
que região do país nascemos, qual nosso nível social e escolar, 
nossa formação e, às vezes, até nossos valores, círculo de ami-
zades e hobbies, como skate, rock, surfe, etc. O uso da língua 
também pode informar nossa timidez, sobre nossa capacidade 
de nos adaptarmos e situações novas, nossa insegurança, etc.
A língua é um poderoso instrumento de ação social. Ela 
pode tanto facilitar quanto dificultar o nosso relacionamento 
com as pessoas e com a sociedade em geral.
Língua Culta na Escola
O ensino da língua culta, na escola, não tem a finalidade de 
condenar ou eliminar a língua que falamos em nossa família ou 
em nossa comunidade. Ao contrário, o domínio da língua culta, 
somado ao domínio de outras variedades linguísticas, torna-
nos mais preparados para nos comunicarmos. Saber usar bem 
uma língua equivale a saber empregá-la de modo adequado às 
mais diferentes situações sociais de que participamos.
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LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA
Graus de Formalismo
São muitos os tipos de registro quanto ao formalismo, tais 
como: o registro formal, que é uma linguagem mais cuidada; 
o coloquial, que não tem um planejamento prévio, caracteri-
zando-se por construções gramaticais mais livres, repetições 
frequentes, frases curtas e conectores simples; o informal, que 
se caracteriza pelo uso de ortografia simplificada, construções 
simples e usado entre membros de uma mesma família ou 
entre amigos.
As variações de registro ocorrem de acordo com o grau 
de formalismo existente na situação de comunicação; com o 
modo de expressão, isto é, se trata de um registro formal ou 
escrito; com a sintonia entre interlocutores, que envolve as-
pectos como graus de cortesia, deferência, tecnicidade (domí-
nio de um vocabulário específico de algum campo científico, 
por exemplo).
Atitudes não recomendadas
Expressões Condenáveis
- a nível de, ao nível. Opção: em nível, no nível.
- face a, frente a. Opção: ante, diante, em face de, em vista 
de, perante.
- onde (quando não exprime lugar). Opção: em que, na 
qual, nas quais, no qual, nos quais.
- (medidas) visando... Opção: (medidas) destinadas a.
- sob um ponto de vista. Opção: de um ponto de vista.
- sob um prisma. Opção: por (ou através de) um prisma.
- como sendo. Opção: suprimir a expressão.
- em função de. Opção: em virtude de, por causa de, em 
consequência de, por, em razão de.
Expressões não recomendadas
- a partir de (a não ser com valor temporal). Opção: com 
base em, tomando-se por base, valendo-se de...
- através de (para exprimir “meio” ou instrumento). Op-
ção: por, mediante, por meio de, por intermédio de, segundo...
- devido a. Opção: em razão de, em virtude de, graças a, 
por causa de.
- dito. Opção: citado, mensionado.
- enquanto. Opção: ao passo que.
- fazer com que. Opção: compelir, constranger, fazer que, 
forçar, levar a.
- inclusive (a não ser quando significa incluindo-se). Op-
ção: até, ainda, igualmente, mesmo, também. 
- no sentido de, com vistas a. Opção: a fim de, para, com 
o fito (ou objetivo, ou intuito) de, com a finalidade de, tendo 
em vista.
- pois (no início da oração). Opção: já que, porque, uma 
vez que, visto que.
- principalmente. Opção: especialmente, mormente, no-
tadamente, sobretudo, em especial, em particular.
- sendo que. Opção: e.
Expressões que demandam atenção
- acaso, caso – com se, use acaso; caso rejeita o se
- aceitado, aceito – com ter e haver, aceitado; com ser e 
estar, aceito
- acendido, aceso (formas similares) – idem
- à custa de – e não às custas de
- à medida que – à proporção que, ao mesmo tempo que, 
conforme
- na medida em que – tendo em vista que, uma vez que
- a meu ver – e não ao meu ver
- a ponto de – e não ao ponto de
- a posteriori, a priori – não tem valor temporal
- de modo (maneira, sorte) que – e não a
- em termos de – modismo; evitar
- em vez de – em lugar de
- ao invés de – ao contrário de
- enquanto que – o que é redundância
- entre um e outro – entre exige a conjunção e, e não a
- implicar em – a regência é direta (sem em)
- ir de encontro a – chocar-se com 
- ir ao encontro de – concordar com
- junto a – usar apenas quando equivale a adido ou similar
- o (a, s) mesmo (a, s) – uso condenável para substituir 
pronomes
- se não, senão – quando se pode substituir por caso não, 
separado; quando se pode, junto
- todo mundo – todos
- todo o mundo – o mundo inteiro
- não-pagamento = hífen somente quando o segundo 
termo for substantivo
- este e isto – referência próxima do falante (a lugar, a tem-
po presente; a futuro próximo; ao anunciar e a que se está 
tratando)
- esse e isso – referência longe do falante e perto do ou-
vinte (tempo futuro, desejo de distância; tempo passado pró-
ximo do presente, ou distante ao já mencionado e a ênfase).
Erros Comuns
- “Hoje ao receber alguns presentes no qual completo vinte 
anos tenho muitas novidades para contar”. Temos aí um exem-
plo de uso inadequado do pronome relativo. Ele provoca falta 
de coesão, pois não consegue perceber a que antecedente ele 
se refere, portanto nada conecta e produz relação absurda.
- “Tenho uma prima que trabalha num circo como mágica 
e uma das mágicas mais engraçadas era uma caneta com tinta 
invisível que em vez de tinta havia saído suco de lima”. Você per-
cebe aí a incapacidade do concursando ou vestibulando orga-
nizar sintaticamente o período. Selecionar as frases e organizar 
as ideias é necessário. Escrever com clareza é muito importante.
- “Ainda brincava de boneca quando conheci Davi, piloto de 
cart, moreno, 20 anos, com olhos cor de mel. “Tudo começou na-
quele baile de quinze anos”, “...é aos dezoito anos que se começa 
a procurar o caminho do amanhã e encontrar as perspectiva que 
nos acompanham para sempre na estrada da vida”. Você pode ter 
conhecimento do vocabulário e das regras gramaticais e, assim, 
construir um texto sem erros. Entretanto, se você reproduz sem 
nenhuma crítica oureflexão expressões gastas, vulgarizadas pelo 
uso contínuo. A boa qualidade do texto fica comprometida.
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LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA
- Tema: Para você, as experiências genéticas de clonagem 
põem em xeque todos os conceitos humanos sobre Deus e 
a vida? “Bem a clonagem não é tudo, mas na vida tudo tem o 
seu valor e os homens a todo momento necessitam de desco-
brir todos os mistérios da vida que nos cerca a todo instante”. É 
importante você escrever atendendo ao que foi proposto no 
tema. Antes de começar o seu texto leia atentamente todos 
os elementos que o examinador apresentou para você utili-
zar. Esquematize suas ideias, veja se não há falta de corres-
pondência entre o tema proposto e o texto criado.
- “Uma biópsia do tumor retirado do fígado do meu pri-
mo (...) mostrou que ele não era maligno”. Esta frase está am-
bígua, pois não se sabe se o pronome ele refere-se ao fígado 
ou ao primo. Para se evitar a ambiguidade, você deve obser-
var se a relação entre cada palavra do seu texto está correta.
- “Ele me tratava como uma criança, mas eu era apenas uma 
criança”. O conectivo mas indica uma circunstância de oposição, 
de ideia contrária a. Portanto, a relação adversativa introduzida 
pelo “mas” no fragmento acima produz uma ideia absurda.
- “Entretanto, como já diziam os sábios: depois da tem-
pestade sempre vem a bonança. Após longo suplício, meu 
coração apaziguava as tormentas e a sensatez me mostrava 
que só estaríamos separadas carnalmente”. Não utilize pro-
vérbios ou ditos populares. Eles empobrecem a redação, 
pois fazer parecer que seu autor não tem criatividade ao 
lançar mão de formas já gastas pelo uso frequente. 
- “Estou sem inspiração para fazer uma redação. Escrever 
sobre a situação dos sem-terra? Bem que o professor pode-
ria propor outro tema”. Você não deve falar de sua redação 
dentro do próprio texto.
- “Todos os deputados são corruptos”. Evite pensamen-
tos radicais. É recomendável não generalizar e evitar, assim, 
posições extremistas. 
- “Bem, acho que - você sabe - não é fácil dizer essas 
coisas. Olhe, acho que ele não vai concordar com a decisão 
que você tomou, quero dizer, os fatos levam você a isso, mas 
você sabe - todos sabem - ele pensa diferente. É bom a gente 
pensar como vai fazer para, enfim, para ele entender a deci-
são”. Não se esqueça que o ato de escrever é diferente do 
ato de falar. O texto escrito deve se apresentar desprovido 
de marcas de oralidade.
- “Mal cheiro”, “mau-humorado”. Mal opõe-se a bem e 
mau, a bom. Assim: mau cheiro (bom cheiro), mal-humo-
rado (bem-humorado). Igualmente: mau humor, mal-inten-
cionado, mau jeito, mal-estar.
- “Fazem” cinco anos. Fazer, quando exprime tempo, é 
impessoal: Faz cinco anos. / Fazia dois séculos. / Fez 15 dias.
- “Houveram” muitos acidentes. Haver, como existir, 
também é invariável: Houve muitos acidentes. / Havia mui-
tas pessoas. / Deve haver muitos casos iguais. 
- “Existe” muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar 
e sobrar admitem normalmente o plural: Existem muitas es-
peranças. / Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. / 
Restaram alguns objetos. / Sobravam ideias.
- Para “mim” fazer. Mim não faz, porque não pode ser 
sujeito. Assim: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer.
- Entre “eu” e você. Depois de preposição, usa-se mim 
ou ti: Entre mim e você. / Entre eles e ti.
- “Há” dez anos “atrás”. Há e atrás indicam passado na 
frase. Use apenas há dez anos ou dez anos atrás. 
- “Entrar dentro”. O certo: entrar em. Veja outras redun-
dâncias: Sair fora ou para fora, elo de ligação, monopólio 
exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido. 
- “Venda à prazo”. Não existe crase antes de palavra 
masculina, a menos que esteja subentendida a palavra 
moda: Salto à (moda de) Luís XV. Nos demais casos: A salvo, 
a bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a caráter.
- “Porque” você foi? Sempre que estiver clara ou implí-
cita a palavra razão, use por que separado: Por que (razão) 
você foi? / Não sei por que (razão) ele faltou. / Explique por 
que razão você se atrasou. Porque é usado nas respostas: 
Ele se atrasou porque o trânsito estava congestionado. 
- Vai assistir “o” jogo hoje. Assistir como presenciar exi-
ge a: Vai assistir ao jogo, à missa, à sessão. Outros verbos 
com a: A medida não agradou (desagradou) à população. / 
Eles obedeceram (desobedeceram) aos avisos. / Aspirava ao 
cargo de diretor. / Pagou ao amigo. / Respondeu à carta. / 
Sucedeu ao pai. / Visava aos estudantes.
- Preferia ir “do que” ficar. Prefere-se sempre uma coisa 
a outra: Preferia ir a ficar. É preferível segue a mesma norma: 
É preferível lutar a morrer sem glória. 
- O resultado do jogo, não o abateu. Não se separa com 
vírgula o sujeito do predicado. Assim: O resultado do jogo 
não o abateu. Outro erro: O prefeito prometeu, novas de-
núncias. Não existe o sinal entre o predicado e o comple-
mento: O prefeito prometeu novas denúncias.
- Não há regra sem “excessão”. O certo é exceção. Veja 
outras grafias erradas e, entre parênteses, a forma correta: 
“paralizar” (paralisar), “beneficiente” (beneficente), “xuxu” 
(chuchu), “previlégio” (privilégio), “vultuoso” (vultoso), “cin-
coenta” (cinquenta), “zuar” (zoar), “frustado” (frustrado), 
“calcáreo” (calcário), “advinhar” (adivinhar), “benvindo” 
(bem-vindo), “ascenção” (ascensão), “pixar” (pichar), “impe-
cilho” (empecilho), “envólucro” (invólucro). 
- Quebrou “o” óculos. Concordância no plural: os ócu-
los, meus óculos. Da mesma forma: Meus parabéns, meus 
pêsames, seus ciúmes, nossas férias, felizes núpcias. 
- Comprei “ele” para você. Eu, tu, ele, nós, vós e eles não 
podem ser objeto direto. Assim: Comprei-o para você. Tam-
bém: Deixe-os sair, mandou-nos entrar, viu-a, mandou-me. 
- Nunca “lhe” vi. Lhe substitui a ele, a eles, a você e a vo-
cês e por isso não pode ser usado com objeto direto: Nunca 
o vi. / Não o convidei. / A mulher o deixou. / Ela o ama. 
- “Aluga-se” casas. O verbo concorda com o sujeito: 
Alugam-se casas. / Fazem-se consertos. / É assim que se 
evitam acidentes. / Compram-se terrenos. / Procuram-se 
empregados. 
- “Tratam-se” de. O verbo seguido de preposição não 
varia nesses casos: Trata-se dos melhores profissionais. / 
Precisa-se de empregados. / Apela-se para todos. / Conta-
se com os amigos. 
- Chegou “em” São Paulo. Verbos de movimento exi-
gem a, e não em: Chegou a São Paulo. / Vai amanhã ao 
cinema. / Levou os filhos ao circo. 
- Atraso implicará “em” punição. Implicar é direto no 
sentido de acarretar, pressupor: Atraso implicará punição. / 
Promoção implica responsabilidade. 
- Vive “às custas” do pai. O certo: Vive à custa do pai. 
Use também em via de, e não “em vias de”: Espécie em via 
de extinção. / Trabalho em via de conclusão. 
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LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA
- Todos somos “cidadões”. O plural de cidadão é cida-
dãos. Veja outros: caracteres (de caráter), juniores, seniores, 
escrivães, tabeliães, gângsteres. 
- O ingresso é “gratuíto”. A pronúncia correta é gratúito, 
assim como circúito, intúito e fortúito (o acento não existe 
e só indica a letra tônica). Da mesma forma: flúido, condôr, 
recórde, aváro, ibéro, pólipo. 
- A última “seção” de cinema. Seção significa divisão, re-
partição, e sessão equivale a tempo de uma reunião, função: 
Seção Eleitoral, Seção de Esportes, seção de brinquedos; ses-
são de cinema, sessão de pancadas, sessão do Congresso. 
- Vendeu “uma” grama de ouro. Grama, peso, é palavra mas-
culina: um grama de ouro, vitamina C de dois gramas. Femininas, 
por exemplo, são a agravante, a atenuante, a alface, a cal, etc. 
- “Por isso”. Duas palavras, por isso, como de repente e a 
partir de. 
- Não viu “qualquer” risco. É nenhum, e não “qualquer”, 
que se emprega depois de negativas: Não viu nenhum risco. / 
Ninguém lhe fez nenhumreparo. / Nunca promoveu nenhu-
ma confusão. 
- A feira “inicia” amanhã. Alguma coisa se inicia, se inau-
gura: A feira inicia-se (inaugura-se) amanhã. 
- Soube que os homens “feriram-se”. O que atrai o pro-
nome: Soube que os homens se feriram. / A festa que se rea-
lizou... O mesmo ocorre com as negativas, as conjunções su-
bordinativas e os advérbios: Não lhe diga nada. / Nenhum dos 
presentes se pronunciou. / Quando se falava no assunto... / 
Como as pessoas lhe haviam dito... / Aqui se faz, aqui se paga. 
/ Depois o procuro. 
- O peixe tem muito “espinho”. Peixe tem espinha. Veja 
outras confusões desse tipo: O “fuzil” (fusível) queimou. / 
Casa “germinada” (geminada), “ciclo” (círculo) vicioso, “cabe-
çário” (cabeçalho). 
- Não sabiam “aonde” ele estava. O certo: Não sabiam 
onde ele estava. Aonde se usa com verbos de movimento, 
apenas: Não sei aonde ele quer chegar. / Aonde vamos? 
- “Obrigado”, disse a moça. Obrigado concorda com a 
pessoa: “Obrigada”, disse a moça. / Obrigado pela atenção. / 
Muito obrigados por tudo. 
- O governo “interviu”. Intervir conjuga-se como vir. As-
sim: O governo interveio. Da mesma forma: intervinha, inter-
vim, interviemos, intervieram. Outros verbos derivados: entre-
tinha, mantivesse, reteve, pressupusesse, predisse, conviesse, 
perfizera, entrevimos, condisser, etc. 
- Ela era “meia” louca. Meio, advérbio, não varia: meio 
louca, meio esperta, meio amiga.
- “Fica” você comigo. Fica é imperativo do pronome tu. 
Para a 3.ª pessoa, o certo é fique: Fique você comigo. / Venha 
pra Caixa você também. / Chegue aqui. 
- A questão não tem nada “haver” com você. A questão, 
na verdade, não tem nada a ver ou nada que ver. Da mesma 
forma: Tem tudo a ver com você. 
- A corrida custa 5 “real”. A moeda tem plural, e regular: A 
corrida custa 5 reais. 
- Vou “emprestar” dele. Emprestar é ceder, e não tomar 
por empréstimo: Vou pegar o livro emprestado. Ou: Vou em-
prestar o livro (ceder) ao meu irmão. Repare nesta concordân-
cia: Pediu emprestadas duas malas. 
- Foi “taxado” de ladrão. Tachar é que significa acusar de: 
Foi tachado de ladrão. / Foi tachado de leviano. 
- Ele foi um dos que “chegou” antes. Um dos que faz a 
concordância no plural: Ele foi um dos que chegaram antes 
(dos que chegaram antes, ele foi um). / Era um dos que sem-
pre vibravam com a vitória. 
- “Cerca de 18” pessoas o saudaram. Cerca de indica arre-
dondamento e não pode aparecer com números exatos: Cer-
ca de 20 pessoas o saudaram. 
- Ministro nega que “é” negligente. Negar que introduz 
subjuntivo, assim como embora e talvez: Ministro nega que 
seja negligente. / O jogador negou que tivesse cometido 
a falta. / Ele talvez o convide para a festa. / Embora tente 
negar, vai deixar a empresa.
- Tinha “chego” atrasado. “Chego” não existe. O certo: Ti-
nha chegado atrasado.
- Tons “pastéis” predominam. Nome de cor, quando ex-
presso por substantivo, não varia: Tons pastel, blusas rosa, 
gravatas cinza, camisas creme. No caso de adjetivo, o plural é 
o normal: Ternos azuis, canetas pretas, fitas amarelas. 
- Queria namorar “com” o colega. O com não existe: Que-
ria namorar o colega. 
- O processo deu entrada “junto ao” STF. Processo dá 
entrada no STF. Igualmente: O jogador foi contratado do (e 
não “junto ao”) Guarani. / Cresceu muito o prestígio do jornal 
entre os (e não “junto aos”) leitores. / Era grande a sua dívida 
com o (e não “junto ao”) banco. / A reclamação foi apresenta-
da ao (e não “junto ao”) Procon. 
- As pessoas “esperavam-o”. Quando o verbo termina em 
m, ão ou õe, os pronomes o, a, os e as tomam a forma no, na, 
nos e nas: As pessoas esperavam-no. / Dão-nos, convidam-
na, põe-nos, impõem-nos. 
- Vocês “fariam-lhe” um favor? Não se usa pronome áto-
no (me, te, se, lhe, nos, vos, lhes) depois de futuro do presente, 
futuro do pretérito (antigo condicional) ou particípio. Assim: 
Vocês lhe fariam (ou far-lhe-iam) um favor? / Ele se imporá 
pelos conhecimentos (e nunca “imporá-se”). / Os amigos nos 
darão (e não “darão-nos”) um presente. / Tendo-me formado 
(e nunca tendo “formado-me”).
- Chegou “a” duas horas e partirá daqui “há” cinco minu-
tos. Há indica passado e equivale a faz, enquanto a exprime 
distância ou tempo futuro (não pode ser substituído por faz): 
Chegou há (faz) duas horas e partirá daqui a (tempo futuro) 
cinco minutos. / O atirador estava a (distância) pouco menos 
de 12 metros. / Ele partiu há (faz) pouco menos de dez dias. 
- Blusa “em” seda. Usa-se de, e não em, para definir o 
material de que alguma coisa é feita: Blusa de seda, casa de 
alvenaria, medalha de prata, estátua de madeira. 
- A artista “deu à luz a” gêmeos. A expressão é dar à luz, 
apenas: A artista deu à luz quíntuplos. Também é errado dizer: 
Deu “a luz a” gêmeos. 
- Estávamos “em” quatro à mesa. O em não existe: Está-
vamos quatro à mesa. / Éramos seis. / Ficamos cinco na sala. 
- Sentou “na” mesa para comer. Sentar-se (ou sentar) em 
é sentar-se em cima de. Veja o certo: Sentou-se à mesa para 
comer. / Sentou ao piano, à máquina, ao computador.
- Ficou contente “por causa que” ninguém se feriu. Embo-
ra popular, a locução não existe. Use porque: Ficou contente 
porque ninguém se feriu.
- O time empatou “em” 2 a 2. A preposição é por: O time 
empatou por 2 a 2. Repare que ele ganha por e perde por. Da 
mesma forma: empate por. 
6
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA
- À medida «em» que a epidemia se espalhava... O certo 
é: À medida que a epidemia se espalhava... Existe ainda na 
medida em que (tendo em vista que): É preciso cumprir as leis, 
na medida em que elas existem. 
- Não queria que “receiassem” a sua companhia. O i não 
existe: Não queria que receassem a sua companhia. Da mes-
ma forma: passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só existe i 
quando o acento cai no e que precede a terminação ear: re-
ceiem, passeias, enfeiam). 
- Eles “tem” razão. No plural, têm é assim, com acento. Tem 
é a forma do singular. O mesmo ocorre com vem e vêm e põe e 
põem: Ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem. 
- A moça estava ali “há” muito tempo. Haver concorda 
com estava. Portanto: A moça estava ali havia (fazia) muito 
tempo. / Ele doara sangue ao filho havia (fazia) poucos meses. 
/ Estava sem dormir havia (fazia) três meses. (O havia se impõe 
quando o verbo está no imperfeito e no mais-que-perfeito do 
indicativo.) 
- Não “se o” diz. É errado juntar o se com os pronomes o, 
a, os e as. Assim, nunca use: Fazendo-se-os, não se o diz (não 
se diz isso), vê-se-a, etc. 
- Acordos “políticos-partidários”. Nos adjetivos compos-
tos, só o último elemento varia: acordos político-partidários. 
Outros exemplos: Bandeiras verde-amarelas, medidas econô-
mico-financeiras, partidos social-democratas. 
- Andou por “todo” país. Todo o (ou a) é que significa 
inteiro: Andou por todo o país (pelo país inteiro). / Toda a tri-
pulação (a tripulação inteira) foi demitida. Sem o, todo quer 
dizer cada, qualquer: Todo homem (cada homem) é mortal. / 
Toda nação (qualquer nação) tem inimigos. 
- “Todos” amigos o elogiavam. No plural, todos exige os: 
Todos os amigos o elogiavam. / Era difícil apontar todas as 
contradições do texto. 
- Favoreceu “ao” time da casa. Favorecer, nesse sentido, rejei-
ta a: Favoreceu o time da casa. / A decisão favoreceu os jogadores. 
- Ela “mesmo” arrumou a sala. Mesmo, quanto equivale 
a próprio, é variável: Ela mesma (própria) arrumou a sala. / As 
vítimas mesmas recorreram à polícia. 
- Chamei-o e “o mesmo” não atendeu. Não se pode em-
pregar o mesmo no lugar de pronome ou substantivo: Cha-
mei-o e ele não atendeu. / Os funcionários públicos reuniram-
se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos servidores (e 
não “dos mesmos”). 
- Vou sair “essa” noite. É este que designa o tempo no 
qual se está ou objeto próximo: Esta noite, estasemana (a se-
mana em que se está), este dia, este jornal (o jornal que estou 
lendo), este século (o século 20).
- A temperatura chegou a 0 “graus”. Zero indica singular 
sempre: Zero grau, zero-quilômetro, zero hora. 
- Comeu frango “ao invés de” peixe. Em vez de indica 
substituição: Comeu frango em vez de peixe. Ao invés de sig-
nifica apenas ao contrário: Ao invés de entrar, saiu. 
- Se eu “ver” você por aí... O certo é: Se eu vir, revir, previr. 
Da mesma forma: Se eu vier (de vir), convier; se eu tiver (de 
ter), mantiver; se ele puser (de pôr), impuser; se ele fizer (de 
fazer), desfizer; se nós dissermos (de dizer), predissermos. 
- Ele “intermedia” a negociação. Mediar e intermediar 
conjugam-se como odiar: Ele intermedeia (ou medeia) a ne-
gociação. Remediar, ansiar e incendiar também seguem essa 
norma: Remedeiam, que eles anseiem, incendeio. 
- Ninguém se “adequa”. Não existem as formas “adequa”, 
“adeque”, etc., mas apenas aquelas em que o acento cai no a 
ou o: adequaram, adequou, adequasse, etc. 
- Evite que a bomba “expluda”. Explodir só tem as pes-
soas em que depois do “d” vêm “e” e “i”: Explode, explodiram, 
etc. Portanto, não escreva nem fale “exploda” ou “expluda”, 
substituindo essas formas por rebente, por exemplo. Preca-
ver-se também não se conjuga em todas as pessoas. Assim, 
não existem as formas “precavejo”, “precavês”, “precavém”, 
“precavenho”, “precavenha”, “precaveja”, etc. 
- Governo “reavê” confiança. Equivalente: Governo recu-
pera confiança. Reaver segue haver, mas apenas nos casos em 
que este tem a letra v: Reavemos, reouve, reaverá, reouvesse. 
Por isso, não existem “reavejo”, “reavê”, etc. 
- Disse o que “quiz”. Não existe z, mas apenas s, nas pes-
soas de querer e pôr: Quis, quisesse, quiseram, quiséssemos; 
pôs, pus, pusesse, puseram, puséssemos. 
- O homem “possue” muitos bens. O certo: O homem 
possui muitos bens. Verbos em uir só têm a terminação ui: In-
clui, atribui, polui. Verbos em uar é que admitem ue: Continue, 
recue, atue, atenue. 
- A tese “onde”... Onde só pode ser usado para lugar: A 
casa onde ele mora. / Veja o jardim onde as crianças brincam. 
Nos demais casos, use em que: A tese em que ele defende 
essa ideia. / O livro em que... / A faixa em que ele canta... / Na 
entrevista em que... 
- Já “foi comunicado” da decisão. Uma decisão é comuni-
cada, mas ninguém “é comunicado” de alguma coisa. Assim: 
Já foi informado (cientificado, avisado) da decisão. Outra for-
ma errada: A diretoria “comunicou” os empregados da de-
cisão. Opções corretas: A diretoria comunicou a decisão aos 
empregados. / A decisão foi comunicada aos empregados. 
- “Inflingiu” o regulamento. Infringir é que significa trans-
gredir: Infringiu o regulamento. Infligir (e não “inflingir”) sig-
nifica impor: Infligiu séria punição ao réu. 
- A modelo “pousou” o dia todo. Modelo posa (de pose). 
Quem pousa é ave, avião, viajante, etc. Não confunda tam-
bém iminente (prestes a acontecer) com eminente (ilustre). 
Nem tráfico (contrabando) com tráfego (trânsito). 
- Espero que “viagem” hoje. Viagem, com g, é o substan-
tivo: Minha viagem. A forma verbal é viajem (de viajar): Es-
pero que viajem hoje. Evite também “comprimentar” alguém: 
de cumprimento (saudação), só pode resultar cumprimentar. 
Comprimento é extensão. Igualmente: Comprido (extenso) e 
cumprido (concretizado). 
- O pai “sequer” foi avisado. Sequer deve ser usado com 
negativa: O pai nem sequer foi avisado. / Não disse sequer o 
que pretendia. / Partiu sem sequer nos avisar. 
- Comprou uma TV “a cores”. Veja o correto: Comprou 
uma TV em cores (não se diz TV “a” preto e branco). Da 
mesma forma: Transmissão em cores, desenho em cores. 
- “Causou-me” estranheza as palavras. Use o certo: Cau-
saram-me estranheza as palavras. Cuidado, pois é comum o 
erro de concordância quando o verbo está antes do sujeito. 
Veja outro exemplo: Foram iniciadas esta noite as obras (e 
não “foi iniciado” esta noite as obras). 
- A realidade das pessoas “podem” mudar. Cuidado: pa-
lavra próxima ao verbo não deve influir na concordância. Por 
isso: A realidade das pessoas pode mudar. / A troca de agres-
sões entre os funcionários foi punida (e não “foram punidas”). 
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LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA
- O fato passou “desapercebido”. Na verdade, o fato pas-
sou despercebido, não foi notado. Desapercebido significa 
desprevenido. 
- “Haja visto” seu empenho... A expressão é haja vista e 
não varia: Haja vista seu empenho. / Haja vista seus esforços. 
/ Haja vista suas críticas. 
- A moça “que ele gosta”. Como se gosta de, o certo é: A 
moça de que ele gosta. Igualmente: O dinheiro de que dis-
põe, o filme a que assistiu (e não que assistiu), a prova de que 
participou, o amigo a que se referiu, etc. 
- É hora «dele» chegar. Não se deve fazer a contração 
da preposição com artigo ou pronome, nos casos seguidos 
de infinitivo: É hora de ele chegar. / Apesar de o amigo tê-lo 
convidado... / Depois de esses fatos terem ocorrido... 
- Vou “consigo”. Consigo só tem valor reflexivo (pensou 
consigo mesmo) e não pode substituir com você, com o se-
nhor. Portanto: Vou com você, vou com o senhor. Igualmente: 
Isto é para o senhor (e não “para si”). 
- Já “é” 8 horas. Horas e as demais palavras que definem 
tempo variam: Já são 8 horas. / Já é (e não “são”) 1 hora, já é 
meio-dia, já é meia-noite. 
- A festa começa às 8 “hrs.”. As abreviaturas do sistema 
métrico decimal não têm plural nem ponto. Assim: 8 h, 2 km 
(e não “kms.”), 5 m, 10 kg. 
- “Dado” os índices das pesquisas... A concordância é 
normal: Dados os índices das pesquisas... / Dado o resulta-
do... / Dadas as suas ideias... 
- Ficou “sobre” a mira do assaltante. Sob é que significa 
debaixo de: Ficou sob a mira do assaltante. / Escondeu-se 
sob a cama. Sobre equivale a em cima de ou a respeito de: 
Estava sobre o telhado. / Falou sobre a inflação. E lembre-se: 
O animal ou o piano têm cauda e o doce, calda. Da mesma 
forma, alguém traz alguma coisa e alguém vai para trás. 
- “Ao meu ver”. Não existe artigo nessas expressões: A 
meu ver, a seu ver, a nosso ver.
Variação Línguistica
“Há uma grande diferença se fala um deus ou um herói; 
se um velho amadurecido ou um jovem impetuoso na flor da 
idade; se uma matrona autoritária ou uma dedicada; se um 
mercador errante ou um lavrador de pequeno campo fértil (...)”
Todas as pessoas que falam uma determinada língua co-
nhecem as estruturas gerais, básicas, de funcionamento po-
dem sofrer variações devido à influência de inúmeros fatores. 
Tais variações, que às vezes são pouco perceptíveis e outras 
vezes bastantes evidentes, recebem o nome genérico de va-
riedades ou variações linguísticas.
Nenhuma língua é usada de maneira uniforme por todos 
os seus falantes em todos os lugares e em qualquer situação. 
Sabe-se que, numa mesma língua, há formas distintas para 
traduzir o mesmo significado dentro de um mesmo contexto. 
Suponham-se, por exemplo, os dois enunciados a seguir:
Veio me visitar um amigo que eu morei na casa dele faz 
tempo.
Veio visitar-me um amigo em cuja casa eu morei há anos.
Qualquer falante do português reconhecerá que os dois 
enunciados pertencem ao seu idioma e têm o mesmo senti-
do, mas também que há diferenças. Pode dizer, por exemplo, 
que o segundo é de gente mais “estudada”.
Isso é prova de que, ainda que intuitivamente e sem sa-
ber dar grandes explicações, as pessoas têm noção de que 
existem muitas maneiras de falar a mesma língua. É o que 
os teóricos chamam de variações linguísticas.
As variações que distinguem uma variante de outra se 
manifestam em quatro planos distintos, a saber: fônico, 
morfológico, sintático e lexical.
Variações Fônicas
São as que ocorrem no modo de pronunciar os sons 
constituintes da palavra. Os exemplos de variação fônica são 
abundantes e, ao lado

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