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60 DICAS MATADORAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Marcílio Ferreira

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DICAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
Professor Marcílio Ferreira (insta: @marciliosff) 
“Sonhar é acordar-se para dentro” (Mário Quintana) 
 
Prof. Marcílio Ferreira / Insta: @marciliosff / E-mail: contato@marcilioferreira.com 
60 DICAS MATADORAS 
DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
(Instagram: @marciliosff) 
 
“Sonhar é acordar-se para dentro” 
(Mário Quintana) 
 
Queridos amigos e futuros colegas de profissão, 
É CHEGADA A HORA! 
 
Passados cerca de dois meses, vocês se esforçaram e 
se dedicaram, renunciaram a prazeres da vida para atingir 
esse sonho. 
 
Vocês estão aqui e podem conseguir esse objetivo, 
basta acreditar no seu projeto de vida. 
 
Como sempre disse a vocês, o segredo da aprovação 
e ́ uma boa revisão. Logo, preparei algumas dicas especiais, 
querendo ajudar vocês ao máximo. 
 
Lembrem-se de que esse objetivo e ́ seu e que você ̂ se 
preparou para isso. Não ha ́ concorrentes, não ha ́ qualquer 
obstáculo além de você ̂. Basta ter confiança e acreditar, que a 
aprovação com certeza vira ́! 
 
Vamos juntos! 
 
Prof. Marcílio Ferreira Filho 
 
NÃO DEIXE DE SEGUIR O NOSSO INSTAGRAM E ENVIAR 
FEEDBACK SOBRE O NOSSO MATERIAL 
Insta: @marciliosff 
E-mail: contato@marcilioferreira.com 
 
 
 
DICA 01 
(Princípios administrativos) 
 
PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA: Cuidado com o princípio 
da autotutela!! Autotutela significa CONTROLE pela 
própria Administração pública, que pode ser em face de 
atos ilegais (ANULAÇÃO) ou atos inconvenientes e 
inoportunos (REVOGAÇÃO). 
 
Súmula 473-STF: “A administração pode anular seus 
próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam 
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-
los, por motivo de conveniência ou oportunidade, 
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em 
todos os casos, a apreciação judicial”. 
 
NÃO ESQUEÇA: 
 
Anulação Ilegalidade Retrospectivos Ex tunc 
Revogação Conveniência e 
oportunidade 
Prospectivos Ex nunc 
 
*Prazo decadencial de 5 anos em relação a terceiros 
de boa-fé, conforme art. 54 da Lei 9.784/99. 
 
DICA 02 
(Princípios administrativos) 
 
CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA NO TCU: Os 
Tribunais de Contas exercem função administrativa e, 
por isso, devem observar o princípio do contraditório e 
ampla defesa em seus feitos. Há, no entanto, uma 
exceção para o caso da “a apreciação da legalidade do 
ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e 
pensão”. 
 
Súmula Vinculante 3: “Nos processos perante o 
Tribunal de Contas da União asseguram-se o 
contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder 
resultar anulação ou revogação de ato administrativo 
que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da 
legalidade do ato de concessão inicial de 
aposentadoria, reforma e pensão.” 
 
ATENÇÃO: Tema 445/RG - obrigatoriedade de o TCU 
observar os princípios do contraditório e da ampla 
defesa no exame da legalidade de atos concessivos de 
aposentadorias, reformas e pensões, após o decurso do 
prazo de cinco anos (RE 636553 RG). 
 
DICA 03 
(Princípios administrativos) 
 
PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA DEVOLUÇÃO 
DE VERBAS RECEBIDAS DE BOA-FÉ: “É dispensada a 
reposição de importâncias indevidamente percebidas, 
de boa-fé, por servidores ativos e inativos, e 
pensionistas, em virtude de erro escusável de 
interpretação de lei por parte do órgão/entidade, ou 
por parte de autoridade legalmente investida em função 
de orientação e supervisão, à vista da presunção de 
legalidade do ato administrativo e do caráter alimentar 
das parcelas salariais.”. 
Resumo: O servidor público que recebe verba paga 
pelo Estado de maneira indevida, desde que esteja de 
boa-fé, não é obrigado a devolvê-la. 
 
DICA 04 
(Princípios administrativos) 
 
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE: O art. 37, §1º, da 
CF/88 representa uma hipótese de princípio da 
impessoalidade: “A publicidade dos atos, programas, 
obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos 
deverá ter caráter educativo, informativo ou de 
orientação social, dela não podendo constar nomes, 
símbolos ou imagens que caracterizem promoção 
pessoal de autoridades ou servidores públicos”. 
CUIDADO: Embora o dispositivo inicie com a palavra 
“publicidade”, o princípio aqui é da impessoalidade. As 
publicidades realizadas pelo Estado devem ser 
impessoais, não caracterizando promoção pessoal 
dos agentes públicos. 
 
 
 
DICAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
Professor Marcílio Ferreira (insta: @marciliosff) 
“Sonhar é acordar-se para dentro” (Mário Quintana) 
 
Prof. Marcílio Ferreira / Insta: @marciliosff / E-mail: contato@marcilioferreira.com 
DICA 05 
(Princípios administrativos) 
 
PUBLICIDADE E SIGILO: Conforme o art. 5º, XXXIII da 
CF/88: “todos têm direito a receber dos órgãos 
públicos informações de seu interesse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no 
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da 
sociedade e do Estado”. 
 
ATENÇÃO: A decretação de sigilo é possível quando 
preenchido o requisito de ser imprescindível à 
segurança da sociedade e do Estado. Nessa hipótese, 
conforme art. 24, §1º, da Lei 12.527 (Lei de Acesso à 
Informação), o sigilo poderá ser classificado como 
ultrassecreto (25 anos); Secreto (15 (quinze) anos); e 
reservado (5 anos). 
 
DICA 06 
(Princípios administrativos) 
 
NEPOTISMO: “Súmula Vinculante 13 - A nomeação de 
cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, 
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, 
da autoridade nomeante ou de servidor da mesma 
pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou 
assessoramento, para o exercício de cargo em 
comissão ou de confiança ou, ainda, de função 
gratificada na administração pública direta e indireta 
em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o 
ajuste mediante designações recíprocas, viola a 
Constituição Federal.” 
A vedação ao nepotismo não depende de lei ordinária 
para a sua aplicação, que decorre diretamente dos 
princípios consagrados na CRFB/88, conforme o Art. 
37, caput, da CRFB/88 e da Súmula Vinculante nº 13, 
do STF, notadamente os da isonomia, moralidade e 
eficiência. 
A vedação ao nepotismo não se aplica à investidura 
de servidores por efeito de aprovação em regular 
concurso público, sob pena de violar o disposto no Art. 
37, inciso II, da CRFB/88. 
 
DICA 07 
(Organização administrativa) 
 
ESPECIALIDADE: A Administração Pública se rege pelo 
princípio da especialidade, devendo criar órgãos e 
entidades para atingir o interesse público. Não 
esquecer que a diferença entre órgão e entidade está 
na PERSONALIDADE JURÍDICA: 
 
ÓRGÃO Não tem 
personalidade 
jurídica 
ex: Ministérios, 
Secretarias, 
Departamentos Etc.) 
ENTIDADE Possui 
personalidade 
ex: Administração 
Direta e Indireta) 
jurídica 
 
*ATENÇÃO: 
- Na Criação de Órgão, fala-se em desCOncentração. 
- Na Criação de Entidade (tem personalidade jurídica), 
fala-se em desCEntralização. 
 
DICA 08 
(Organização administrativa) 
 
INSTRUMENTO DE CRIAÇÃO DE ENTIDADES: As 
entidades possuem personalidade jurídica. São as que 
compõem a Administração Pública Direta (União, 
Estados, DF e Municípios) e Indireta (Autarquias, 
Fundações, Sociedades de Economia Mista e Empresas 
Públicas). 
A forma de criação das indiretas varia conforme a 
personalidade jurídica: 
 
AUTARQUIAS Lei CRIA autarquias 
SOCIEDADE DE 
ECONOMIA MISTA 
Lei AUTORIZA a criação. 
 
EMPRESAS PÚBLICAS Lei AUTORIZA a criação. 
FUNDAÇÕES Se de Dir. Público, a lei CRIA 
a fundação. Se de Dir. 
Privado, a lei AUTORIZA a 
criação da fundação. 
 
DICA 09 
(Terceiro Setor) 
 
PRESTAÇÃO DE CONTAS: O terceiro setor se constitui 
de pessoas jurídicasde direito privado que NÃO 
integram a Administração Pública. Porém, ao receber 
verbas públicas mediante instrumentos (convênios, 
contratos de gestão, termos de parceria etc.), precisam 
prestar contas. 
 
*Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, 
pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, 
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores 
públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em 
nome desta, assuma obrigações de natureza 
pecuniária (CF, art. 70, parágrafo único). 
 
DICA 10 
(Poderes Administrativos) 
 
PODER DE POLÍCIA: O Poder de Polícia, como regra, é 
dotado de autoexecutoriedade, ou seja, pode ser 
executado independentemente de autorização do 
judiciário. 
 
Exceção: Nos casos de MULTA, não se pode executar 
imediatamente, pois há necessidade de execução 
judicial para penhorar e alienar os bens do devedor. 
 
DICA 11 
(Poderes Administrativos) 
 
 
 
DICAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
Professor Marcílio Ferreira (insta: @marciliosff) 
“Sonhar é acordar-se para dentro” (Mário Quintana) 
 
Prof. Marcílio Ferreira / Insta: @marciliosff / E-mail: contato@marcilioferreira.com 
PRESCRIÇÃO DO PODER PUNITIVO DO ESTADO: A Lei 
9.873/99 prevê o prazo de prescrição do exercício do 
poder de polícia: “Prescreve em cinco anos a ação 
punitiva da Administração Pública Federal, direta e 
indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando 
apurar infração à legislação em vigor, contados da data 
da prática do ato ou, no caso de infração permanente 
ou continuada, do dia em que tiver cessado.” 
 
ATENÇÃO: O prazo de prescrição intercorrente do 
processo administrativo é diferente (3 anos). 
Conforme art. 1º, p.ú. da Lei 9.873/99: “Incide a 
prescrição no procedimento administrativo paralisado 
por mais de três anos, pendente de julgamento ou 
despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou 
mediante requerimento da parte interessada, sem 
prejuízo da apuração da responsabilidade funcional 
decorrente da paralisação, se for o caso.” 
 
DICA 12 
(Poderes Administrativos) 
 
DELEGAÇÃO X AVOCAÇÃO: O poder hierárquico está 
intrinsecamente ligado à possibilidade de utilizar dos 
instrumentos da delegação e avocação, que são 
diferentes: 
- Delegação: O superior hierárquico ou de mesmo nível 
transfere o exercício da competência para outro. 
ATENÇÃO: “Art. 13. Não podem ser objeto de 
delegação: I - a edição de atos de caráter normativo; II 
- a decisão de recursos administrativos; III - as 
matérias de competência exclusiva do órgão ou 
autoridade.” 
- Avocação: O superior hierárquico (apenas) pega para 
si a competência que é do seu subordinado. 
ATENÇÃO: A avocação demanda “caráter excepcional 
e motivos relevantes devidamente justificados” (Lei 
9.784/99, art. 15). 
 
DICA 13 
(Poderes Administrativos) 
 
PODER REGULAMENTAR: A Administração Pública 
pode criar atos normativos infra legais (atos 
normativos secundários), que estão abaixo da lei, 
visando regulamentá-la, por exemplo, através de 
decreto, 
 
Cuidado com a distinção entre regulamento 
AUTÔNOMO e EXECUTIVO 
 
Regulamento 
EXECUTIVO 
visa dar mera execução à lei já 
existente, sem criar direitos ou 
obrigações novas (CF, art. 84, IV) 
Regulamento 
AUTÔNOMO 
cria direitos e obrigações não 
previstos em lei e, portanto, é 
vedado no direito brasileiro em 
virtude do princípio da legalidade 
(CF, art. 5º, II). Exceção para a 
hipótese do art. 84, VI. 
 
DICA 14 
(Responsabilidade civil extracontratual) 
 
PRESCRIÇÃO E AÇÃO REGRESSIVA: A 
responsabilidade civil do Estado é regida pela teoria do 
risco administrativo (responsabilidade objetiva – CF, 
art. 37, §6º, prazo prescricional de 5 anos – Decreto 
20.910 + Lei 9.494), mas o agente público causador 
do dano só deve responder de forma regressiva, em 
casos de dolo ou culpa (responsabilidade subjetiva). 
*A ação regressiva é de ajuizamento OBRIGATÓRIO, 
dado o princípio da indisponibilidade do interesse 
público, possuindo prazo prescricional de 3 anos. 
 
DICA 15 
(Responsabilidade civil extracontratual) 
 
RESPONSABILIDADE ESTATAL EM CASO DE MORTE 
EM PRESÍDIO: Entende-se que, na morte de presidiário, 
o Estado responde em virtude da teoria do risco 
assumido (risco suscitado). Nessas hipóteses, a 
responsabilidade é objetiva (conduta, dano e nexo de 
causalidade). 
 
DICA 16 
(Responsabilidade civil extracontratual) 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO LÍCITO: A 
responsabilidade do Estado pela prática de ato lícito 
assenta no princípio da isonomia, ou seja, na 
igualdade entre os cidadãos na repartição de 
encargos impostos em razão do interesse público. 
Assim, quando for necessário o sacrifício de um 
direito em prol do interesse da coletividade, tal 
sacrifício não pode ser suportado por um único 
sujeito, devendo ser repartido entre toda a 
coletividade 
Em resumo, o Estado pode responder por atos 
ILICITOS ou mesmo por atos LÍCITOS, desde que 
haja comprovação de um dano ANORMAL e 
ESPECÍFICO. 
 
DICA 17 
(Atos administrativos) 
 
ELEMENTOS DO ATO: Os elementos do ato 
administrativo são CO.FI.FO.M.OB: competência, 
finalidade, forma, motivo e objeto. 
Lembrar: todo ato administrativo possui MOTIVO 
(pressupostos de fato e de direito do ato), mas nem 
todo administrativo possui MOTIVAÇÃO 
(indicação/exposição do motivo). 
ATENÇÃO MÁXIMA!!!! 
Teoria dos motivos determinantes: a MOTIVAÇÃO do 
ato deverá ser verdadeira, sob pena de nulidade. 
Mesmo que não seja necessária a MOTIVAÇÃO, mas 
se ela for feita, o MOTIVO declarado deverá 
corresponder à verdade, sob pena de nulidade. 
 
 
DICAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
Professor Marcílio Ferreira (insta: @marciliosff) 
“Sonhar é acordar-se para dentro” (Mário Quintana) 
 
Prof. Marcílio Ferreira / Insta: @marciliosff / E-mail: contato@marcilioferreira.com 
 
DICA 18 
(Atos administrativos) 
 
EXTINÇÃO DOS ATOS: Além da anulação e revogação, 
os atos administrativos podem ser extintos por três 
formas: 
 
Cassação ocorre quando o ato é legal, mas o 
destinatário DESCUMPRE 
REQUISITOS para seu gozo. 
Caducidade ocorre quando o ato é legal, mas uma 
LEI SUPERVENIENTE passa a proibi-
lo. 
Contraposição ocorre quando o ato é legal, mas um 
novo administrativo CONTRAPOSTO 
é editado, impedindo o seu 
cumprimento. 
 
DICA 19 
(Atos administrativos) 
 
PRAZO DECADENCIAL PARA EXERCÍCIO DA 
AUTOTUTELA: “O direito da Administração de anular os 
atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis 
para os destinatários decai em cinco anos, contados da 
data em que foram praticados, salvo comprovada má-
fé”. (Lei 9.784, art. 54) 
 
ATENÇÃO: Se o beneficiário não estiver de boa-fé, o 
prazo de 5 anos não tem incidência. 
 
DICA 20 
(Atos administrativos) 
 
RESTRIÇÃO À DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA: 
Embora a delegação de competências seja possível no 
ordenamento jurídico, existem matérias que não podem 
ser delegadas: 
Lei 9.784/99: Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: 
 I - a edição de atos de caráter normativo; 
II - a decisão de recursos administrativos; 
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou 
autoridade. 
 
DICA 21 
(Licitações) 
 
ME E EPP NAS LICITAÇÕES: As ME e EPP’s possuem 
direitos especiais em sede de licitações, sem que isso 
viole a isonomia. O fomento ás ME’s e EPP’s possui 
previsão constitucional (CF, art. 179). 
Alguns benefícios: 
(a) Procedimento licitatório exclusivo quando não 
ultrapassar R$ 80.000,00 (LC 123, art. 48, II); 
(b) Exigência de subcontratação de ME e EPP por 
empresas vencedoras de licitações (LC 123, 
art. 48, II); 
(c) Cota específica em certames de bens de 
natureza divisível (LC 123, art. 48, III); 
(d) Empate fictício (LC 123, art. 44); 
(e) Prazo distintivo para apresentar documentos 
de habilitação (LC 123, art. 43).DICA 22 
(Licitações) 
 
MODALIDADES DE LICITAÇÃO: Existem 6 modalidades 
de licitações (concorrência, tomada de preços e 
convite, em razão do valor; concurso, leilão e pregão, 
em razão do objeto). 
Nas modalidades em razão do valor, sempre que 
couber convite (valores mais baixos), caberá 
concorrência (mais altos) e tomada de preços 
(intermediários). Sempre que couber tomada de 
preços (intermeditários), cabe concorrência (valores 
mais altos) 
ATENÇÃO: Não é possível fracionar o objeto a ser 
licitado para fazer uma modalidade mais simples (ex: 
Dividir 10 objetos em R$ 80.000,00 para fazer a 
modalidade convite). Isso é o que se chama de 
fracionamento do objeto, que poderá ocorrer, mas 
deverá observar a modalidade mais rígida. 
 
DICA 23 
(Licitações) 
 
MITIGAÇÃO DA REVOGAÇÃO NO ÂMBITO DA 
LICITAÇÃO: “A autoridade competente para a 
aprovação do procedimento somente poderá revogar a 
licitação por razões de interesse público decorrente de 
fato superveniente devidamente comprovado, 
pertinente e suficiente para justificar tal conduta, 
devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por 
provocação de terceiros, mediante parecer escrito e 
devidamente fundamentado.” (8.666, art. 49) 
Resumo: Embora a autotutela permita à 
Administração Pública revogar seu atos 
inconvenientes e inoportunos, a revogação de uma 
licitação só pode ocorrer que houver: (i) fato 
superveniente; e (ii) comprovação pertinente e 
suficiente para justificar tal conduta. 
 
DICA 24 
(Licitações) 
 
PREGÃO: No direito brasileiro, existem 6 (seis) 
modalidades de licitação: 
- Em razão do valor: Concorrência, tomada de preços e 
convite. 
- Em razão do objeto: Concurso, leilão e pregão. 
O pregão foi inovação trazida pela Lei 10.520/02 e é 
fixada em razão do objeto, ou seja, é possível utilizar o 
pregão sempre que estivermos diante de um bem ou 
serviço comum, INDEPENDENTEMENTE DO VALOR da 
contratação. 
“Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e 
efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de 
desempenho e qualidade possam ser objetivamente 
definidos pelo edital, por meio de especificações usuais 
no mercado” (Lei 10.520, art. 1º, parágrafo único). 
 
 
DICAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
Professor Marcílio Ferreira (insta: @marciliosff) 
“Sonhar é acordar-se para dentro” (Mário Quintana) 
 
Prof. Marcílio Ferreira / Insta: @marciliosff / E-mail: contato@marcilioferreira.com 
ATENÇÃO: O pregão possui alguns benefícios que são 
cobrados em prova, portanto, tenha atenção. Alguns 
deles: 1. Inversão da fase de habilitação e julgamento; 
2. Inversão da fase de homologação e adjudicação; 3. 
Possibilidade de utilização da modalidade eletrônica; 
4. Recurso administrativo único; 5. Sessão de lances. 
 
DICA 25 
(Licitações) 
 
INVERSÃO DA FASE DE HABILITAÇÃO E 
JULGAMENTO EM LICITAÇÕES PARA CONCESSÕES: 
Além do pregão, é possível a inversão da fase de 
habilitação e julgamento em sede de licitação para 
concessões comuns (Lei 8.987, art. 18-A) e 
concessões em PPP (Lei 11.079, art. 13). 
 
DICA 26 
(Licitações) 
 
CONTRATAÇÃO DIRETA: A Administração Pública pode 
contratar sem licitação (contratação direta), através de 
2 (duas) principais modalidades: dispensa de licitação e 
inexigibilidade de licitação. 
Dispensa de licitação (Lei 8.666/93, art. 24): 
Hipóteses discricionárias, através da qual o 
Administrador poderá fazer ou não a licitação em 
decorrência de uma autorização legal. Rol TAXATIVO! 
(ex: dispensa em razão do baixo valor da contratação). 
Inexigibilidade de licitação (Lei 8.666/93, art. 25): 
Hipóteses em que a licitação é inviável, uma vez que não 
há competição. O rol é EXEMPLIFICATIVO! (ex: 
fornecedor único). 
ATENÇÃO: Nas duas situações, é necessário justificar 
o preço da contratação, pois a autorização para não 
licitar não significa autorização para superfaturar. 
 
DICA 27 
(Contratos administrativos) 
 
EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO: Em 
virtude do princípio da continuidade dos serviços 
públicos, aquele que contrata com o Estado é obrigado 
a permanecer até 90 dias cumprindo o contrato, 
mesmo que a Administração Pública não efetue os 
pagamentos mensais. Isso é o que se chama de 
exceção do contrato não cumprido, que só pode ser 
alegada após 90 dias. 
*Após os 90 dias, o contratado pode suspender a 
execução do contrato, mas deverá ajuizar uma ação 
para ver rescindido o contrato administrativo, caso 
queira. 
 
DICA 28 
(Contratos administrativos) 
 
ARBITRAGEM NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: A 
arbitragem, como forma alternativa de resolução de 
conflitos entre contratante e contratada, pode ser 
aplicada à Administração Pública se houver previsão em 
lei, como no caso da concessão de serviço público (Lei 
8987, art. 23-A) e na PPP (Lei 11.079, art. 11, III). 
 
DICA 29 
(Contratos administrativos) 
 
NULIDADE DO CONTRATO ADMINISTRATIVO E 
VEDAÇÃO AO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA: A Lei 
8.666/93 prevê, em seu art. 59, p.ú., a impossibilidade 
o dever de pagamento pelos serviços já prestados pelo 
contratado, mesmo nas hipóteses em que o contrato 
administrativo seja considerado nulo. 
Art. 59. A declaração de nulidade do contrato 
administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos 
jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de 
desconstituir os já produzidos. 
Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração 
do dever de indenizar o contratado pelo que este houver 
executado até a data em que ela for declarada e por outros 
prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe 
seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem 
lhe deu causa. 
 
DICA 30 
(Contratos administrativos) 
 
CONTRATO ADMINISTRATIVO VERBAL: O contrato 
administrativo verbal é exceção, cabível apenas em até 
R$ 4.000,00, que não resulte em obrigações futuras. 
(Lei 8.666, art. 60, parágrafo único). 
 
DICA 31 
(Contratos administrativos e TCU) 
 
TRIBUNAL DE CONTAS E CONTRATO 
ADMINISTRATIVO: “No caso de contrato, o ato de 
sustação será adotado diretamente pelo Congresso 
Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo 
as medidas cabíveis.” (art. 71, p. 1) 
“Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no 
prazo de noventa dias, não efetivar as medidas 
previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a 
respeito.” (p. 2) 
Resumo: Mesmo que haja uma irregularidade, o TCU, 
como regra, não pode determinar a suspensão de 
contratos administrativos, uma vez que se trata de 
competência do Congresso Nacional. Deverá, no 
entanto, tomar providências caso o Congresso 
Nacional ou Poder Executivo não faça nada dentro de 
90 dias. 
 
DICA 32 
(Serviços públicos) 
 
PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA (Lei 11.079): 
A parceria público privada é uma forma subsidiária de 
concessão de serviço público, ou seja, só cabe quando 
preenchidos os seus três requisitos: 
1) Valor mínimo: R$ 10 milhões 
*Atenção: O valor foi reduzido de 20 para 10 milhões 
pela Lei 13.529/2017. 
2) Vigência contratual: 5 a 35 anos 
3) Não pode ter como objeto único o 
fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e 
instalação de equipamentos ou a execução de 
 
 
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“Sonhar é acordar-se para dentro” (Mário Quintana) 
 
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obra pública. (do contrário, teríamos mera 
contratação da Lei 8.666) 
 
DICA 33 
(Serviços Públicos) 
 
PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA (Lei 11.079): 
Diferentemente das concessões comuns, na parceria 
público privada, há SEMPRE contribuição do parceiro 
público (ou seja, há sempre transferência de veba 
pública para a empresa privada). Não esquecer a 
diferença: 
1) Concessão PATROCINADA: Verba Pública + TARIFA 
2) Concessão ADMINISTRATIVA:100% de Verba 
Pública 
 
DICA 34 
(Servidores públicos) 
 
CONCURSO PÚBLICO: O concurso público é regra 
constitucional (CF, art. 37, II), sem o qual não é possível 
acessar um cargo público. 
 
Atenção à SV 43: É inconstitucional toda modalidade 
de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem 
prévia aprovação em concurso público destinado ao seu 
provimento, em cargo que não integra a carreira na 
qual anteriormente investido. 
 
*Apesar disso, existem formas de provimento derivadas 
autorizadas (reintegração, reversão, readaptação, 
recondução, promoção e aproveitamento). 
**ATENÇÃO: STF – o aprovado no concurso público 
dentro do número de vagas previstas no Edital possui 
direito subjetivo à nomeação. 
O aprovado em cadastro de reserva possui mera 
expectativa de direito. 
 
DICA 35 
(Servidores públicos) 
 
AUMENTO REMUNERATÓRIO: O aumento da 
remuneração dos servidores públicos só pode ocorrer 
mediante LEI, conforme art. 37, X, da CF. 
 
ATENÇÃO: “Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem 
função legislativa, aumentar vencimentos de servidores 
públicos sob o fundamento de isonomia.” (Súmula 
vinculante 37) 
 
DICA 36 
(Servidores públicos) 
 
SINDICALIZAÇÃO: O servidor público tem direito à 
greve e à sindicalização, conforme art. 37, VI e VII. 
 
ATENÇÃO1: Apesar de haver o direito à sindicalização, 
é vedada a realização de acordo coletivo para aumento 
de remuneração sem previsão em lei. 
 
ATENÇÃO2: Apesar de o direito de greve ser uma 
norma constitucional de eficácia limitada, o STF vem 
garantindo o seu exercício com base na lei de greve 
privada. 
 
DICA 37 
(Servidores públicos) 
 
EXAME PSICOTÉCNICO EM CONCURSO PÚBLICO: 
“Súmula Vinculante 44 - Só por lei se pode sujeitar a 
exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo 
público.” 
 
DICA 38 
(Servidores públicos) 
 
LIMITE DE IDADE EM CONCURSO PÚBLICO: Tema 
646/RG: "o estabelecimento de limite de idade para 
inscrição em concurso público apenas é legítimo 
quando justificado pela natureza das atribuições do 
cargo a ser preenchido." (ARE 678112 ) 
Súmula 14/STF: "Não é admissível, por ato 
administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição 
em concurso para cargo público." 
Súmula 683/STF: “O limite de idade para a inscrição 
em concurso público só se legitima em face do art. 7, 
XXX, da Constituição quando possa ser justificado pela 
natureza das atribuições do cargo a ser preenchido”” 
 
DICA 39 
(Servidores públicos) 
 
TATUAGEM EM CONCURSOS PÚBLICOS: Tema 
626/RG: "editais de concurso público não podem 
estabelecer restrição a pessoas com tatuagem, salvo 
situações excepcionais em razão de conteúdo que viole 
valores constitucionais." (RE 898450) 
 
 
DICA 40 
(Servidores Públicos) 
 
TETO CONSTITUCIONAL: O pagamento de vencimentos 
ou subsídios deve observar o teto de pagamento do 
funcionalismo. É importante que você saiba que existe 
um teto geral e 2 (dois) subtetos: 
Teto geral: Ministro do STF 
1ºSubteto: No âmbito Estadual, ninguém recebe mais 
do que o Governador no Poder Executivo; do que o 
Desembargador do TJ no Poder Judiciário; e do que o 
Deputado Estadual no legislativo. 
2ºSubteto: No âmbito Municipal, ninguém recebe mais 
do que o prefeito. 
ATENÇÃO: Nas empresas públicas e sociedades de 
economia mista, o teto só precisa ser observado se 
estas entidades receberem verba pública para 
pagamento de despesas em geral ou custeio de 
pessoal. *Conferir o art. 37, §9º, da CF/88. 
 
DICA 41 
 
 
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(Servidores Públicos) 
 
VENCIMENTO X SUBSÍDIO: O sistema de pagamento 
dos servidores públicos se diferencia entre vencimento 
e subsídio: 
Sistema de 
vencimento 
Há o pagamento de um valor base 
(vencimento), somado a 
gratificações, adicionais e 
indenizações. O total é chamado de 
remuneração. 
Sistema de 
subsídio 
Pagamento de parcela única ao 
servidor público, vedado outros 
acréscimos. 
 
ATENÇÃO1: Cuidado com o sistema de subsídio! 
Embora haja vedação a outros acréscimos, a 
jurisprudência entende como cabível o pagamento de 
direitos constitucionais (ex: 13º salário, 1/3 de 
férias), bem como as indenizações (ex: auxílios e 
diárias). 
 
ATENÇÃO2: Cuidado com o art. 39, §4º da CF/88: “O 
membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os 
Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e 
Municipais serão remunerados exclusivamente por 
subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo 
de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba 
de representação ou outra espécie remuneratória, 
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e 
XI”. 
 
DICA 42 
(Servidores Públicos) 
 
REGIME DISCIPLINAR: O Servidor Público responde em 
três esferas: administrativa, cível e criminal. 
As esferas de responsabilidade são INDEPENDENTES 
entre si, podendo resultar em condenação ou absolvição 
(princípio da independência das instâncias). 
EXCEÇÃO: No caso de absolvição penal por negativa do 
fato ou da autoria, as outras instâncias ficam 
vinculadas. 
 
DICA 43 
(Servidores Públicos) 
 
ACUMULAÇÃO DE CARGOS/EMPREGOS: 
Art. 37, XVI: XVI - é vedada a acumulação remunerada 
de cargos públicos, exceto, quando houver 
compatibilidade de horários, observado em qualquer 
caso o disposto no inciso XI: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou 
científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de 
profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; 
*ATENÇÃO: além dessas hipóteses, o Vereador 
também pode acumular se houver compatibilidade de 
horários (CF, art. 38, III) 
 
DICA 44 
(Servidores Públicos) 
 
CARGO PÚBLICO: Existem 3 espécies de cargo: 
1) Cargo efetivo: adquire ESTABILIDADE após 3 anos 
de estágio probatório, só podendo ser demitido 
mediante processo administrativo disciplinar. 
2) Cargo vitalício (magistratura e MP): adquire 
VITALICIEDADE, em regra após 2 anos (acesso direto 
em Tribunal é imediato), só podendo ser demitido 
mediante sentença judicial transitada em julgado. 
3) Cargo em comissão: livre nomeação e exoneração. 
 
DICA 45 
(Improbidade administrativa) 
 
TIPOLOGIA DA IMPROBIDADE: Existem 3 tipos 
infracionais da improbidade administrativa (natureza 
cível): 
1) Enriquecimento ilícito: exige DOLO 
2) Prejuízo ao erário: exige DOLO ou CULPA 
3) Violação a princípios administrativos: exige DOLO 
 
A ação não é exclusiva do Ministério Público, já que a 
pessoa jurídica lesada pelo ato de improbidade 
também pode ajuizá-la. (Lei 8.429, art. 17) 
 
DICA 46 
(Improbidade administrativa) 
 
ABRANGÊNCIA: Qualquer AGENTE PÚBLICO pode ser 
réu em ação de improbidade administrativa, bem 
como particulares que tenham concorrido para o ato, 
desde que em litisconsórcio passivo com o agente 
público. 
 
Cuidado: A aplicação das penalidades prescritas na Lei 
8.429 independe da “I - da efetiva ocorrência de dano 
ao patrimônio público, salvo quanto à pena de 
ressarcimento” e “II - da aprovação ou rejeição das 
contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal 
ou Conselho de Contas.” 
 
ATENÇÃO: O conceito de agente público é abrangente 
e inclui qualquer pessoa que esteja executando uma 
função pública, seja ou não servidor. (ex: estagiário, 
voluntário, mesário, jurado etc., também estão 
incluídos). 
 
DICA 47 
(Improbidade administrativa) 
 
PRESCRIÇÃO DA AÇÃO DE IMPROBIDADE: A ação de 
improbidade administrativa possui prazo prescricional, 
exceto quanto à pena de ressarcimento ao erário, a 
qual, segundo o STF, é imprescritível. 
Nas demais hipóteses, o prazo prescricional constado 
art. 23 da Lei 8.429. Os prazos serão sempre de 5 
anos, porém com contagem diferenciada conforme o 
cargo: 
 
 
DICAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
Professor Marcílio Ferreira (insta: @marciliosff) 
“Sonhar é acordar-se para dentro” (Mário Quintana) 
 
Prof. Marcílio Ferreira / Insta: @marciliosff / E-mail: contato@marcilioferreira.com 
 
Cargo em comissão ou 
função de confiança 
após o término do 
exercício de mandato 
Cargo efetivo ou 
emprego. 
Contagem conforme 
estatuto funcional 
Funções que se 
submetem à prestação 
de contas 
Data da apresentação 
da prestação de contas 
final 
 
DICA 48 
(Improbidade administrativa) 
 
SUCESSÃO E O IMPACTO NA IMPROBIDADE: “Art. 8° 
O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio 
público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às 
cominações desta lei até o limite do valor da herança.” 
 
DICA 49 
(Intervenção do Estado na propriedade) 
 
DESAPROPRIAÇÃO ORDINÁRIA X SANÇÃO: 
Diferentemente da desapropriação ordinária (utilidade, 
necessidade pública e interesse social), a 
desapropriação sanção ocorre em 3 hipóteses e, 
embora haja indenização, não há o pagamento de forma 
prévia e em dinheiro: 
1) Desapropriação para fins de reforma agrária 
(UNIÃO): pagos em TDA (Títulos da Dívida Agrária), 
resgate em até 20 anos, exceto benfeitorias úteis e 
necessárias. (CF, art. 184) 
2) Desapropriação para fins de intervenção 
urbanística (MUNICÍPIO): pagos em TDP (Títulos da 
Dívida Pública), resgate em até 10 anos. (CF, art. 182, 
§4º) 
3) Desapropriação confisco ou expropriação (UNIÃO): 
não há pagamento. (CF, art. 243). 
*LEMBRAR: se houver o trabalho escravo ou cultura 
de plantas psicotrópicas em parte da propriedade, a 
desapropriação confisco ou expropriação ocorrerá 
em toda a propriedade, não apenas na parte onde 
ocorreu o ato ilegal. 
 
DICA 50 
(Intervenção do Estado na propriedade) 
 
Sempre distinguir a desapropriação DIRETA da 
desapropriação INDIRETA. 
1) Desapropriação DIRETA: O procedimento regular é 
observado, com a fase declaratória (mediante decreto 
do Chefe do Poder Executivo) e a fase executória (que 
pode ser delegada), pagando-se a indenização 
correspondente. 
- 5 anos para desapropriar no caso de necessidade ou 
utilidade pública e 
- 2 anos para desapropriar no caso de interesse social. 
2) Desapropriação INDIRETA: O Estado não observa o 
regular procedimento, apossando-se da propriedade 
particular (chamada também de apossamento 
administrativo). 
Nesse caso, é o proprietário que ajuizará a ação contra 
o Estado, no prazo prescricional de 10 anos. 
 
DICA 51 
(Intervenção do Estado na propriedade) 
 
CONSTRUÇÃO EM BEM DECLARADO DE UTILIDADE 
PÚBLICA PARA DESAPROPRIAÇÃO: O proprietário 
poderá construir em imóvel declarado de utilidade 
pública pelo Estado para fins de desapropriação, porém 
o valor não integra a indenização futura. 
 
Súmula 23-STF: Verificados os pressupostos legais 
para o licenciamento da obra, não o impede a 
declaração de utilidade pública para desapropriação do 
imóvel, mas o valor não se incluirá na indenização, 
quando a desapropriação for efetivada” 
 
ATENÇÃO: Apesar disso, a jurisprudência entende que 
benfeitorias necessárias e úteis autorizadas, mesmo 
posterior ao decreto, entrarão na indenização. 
 
DICA 52 
(Intervenção do Estado na propriedade) 
 
DESAPROPRIAÇÃO DE BENS PÚBLICOS: “Os bens do 
domínio dos Estados, Municípios, Distrito Federal e 
Territórios poderão ser desapropriados pela União, e os 
dos Municípios pelos Estados, mas, em qualquer caso, 
ao ato deverá preceder autorização legislativa” (DL 
3365, art. 2, § 2º). 
 
DICA 53 
(Intervenção do Estado na propriedade) 
 
DESAPROPRIAÇÃO POR EMPRESA PRIVADA 
CONCESSIONÁRIA: É possível que a entidade 
administrativa promova a desapropriação e, 
consequentemente, ajuíze a respectiva ação, na 
forma do Art. 3º do Decreto-lei nº 3.365/41, desde 
que haja autorização expressa em lei ou no contrato. 
 
 
DICA 54 
(Intervenção do Estado no domínio econômico) 
 
INTERVENÇÃO DIRETA E INDIRETA: Há distinção na 
intervenção no domínio econômico de forma direta ou 
indireta. 
Intervenção direta: O Estado cria sociedade de 
economia mista ou empresa pública para competir no 
cenário econômico, desde que necessário aos 
imperativos da segurança nacional ou a relevante 
interesse coletivo (CF, art. 173, caput). 
Intervenção indireta: O Estado promove a regulação de 
setores econômicos (telefonia, energia, transporte etc.) 
por meio de órgãos reguladores (CF, art. 174, caput). 
 
DICA 55 
(Bens públicos) 
 
 
DICAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
Professor Marcílio Ferreira (insta: @marciliosff) 
“Sonhar é acordar-se para dentro” (Mário Quintana) 
 
Prof. Marcílio Ferreira / Insta: @marciliosff / E-mail: contato@marcilioferreira.com 
 
CONCEITO DE BENS PÚBLICOS (Critério da 
titularidade x afetação): Os bens públicos podem ser 
conceituadas por dois critérios: 
1. Critério da titularidade (CC): são bens públicos os 
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público 
interno. 
2. Critério da afetação (doutrina e jurisprudência): são 
bens públicos aqueles afetados à prestação do serviço 
público, independentemente da titularidade. 
 
DICA 56 
(Bens públicos) 
 
USUCAPIÃO SOBRE BENS PÚBLICOS: Não importa a 
natureza jurídica do bem público (uso comum, uso 
especial ou dominicais), os bens públicos não podem ser 
objeto de usucapião. (CF, art. 183, §3º, art. 191, 
parágrafo único). Essa característica dos bens públicos 
é chamada de IMPRESCRITIBILIDADE. 
 
 
DICA 57 
(Controle da Administração Pública) 
 
O mandado de segurança tem por finalidade proteger 
direito líquido e certo, que significa aquela direito 
comprovado documentalmente, quando não houver 
necessidade de dilação probatória. 
 
Fica ligado nas súmulas: 
Súmula STF 625 Controvérsia sobre matéria de 
direito não impede concessão de 
Mandado de Segurança. 
Súmula STF 630 A entidade de classe tem 
legitimação para o Mandado de 
Segurança ainda quando a 
pretensão veiculada interesse 
apenas a uma parte da respectiva 
categoria. 
Súmula STF 629 A impetração de Mandado de 
Segurança coletivo por entidade de 
classe em favor dos associados 
independe da autorização destes. 
Súmula STF 269 O Mandado de Segurança não é 
substitutivo de ação de cobrança. 
Súmula STF 268 Não cabe Mandado de Segurança 
contra decisão judicial com trânsito 
em julgado. 
Súmula STF 267 Não cabe Mandado de Segurança 
contra ato judicial passível de 
recurso ou correição. 
Súmula STF 266 Não cabe Mandado de Segurança 
contra lei em tese. 
Súmula STF 248 É competente, originariamente, o 
Supremo Tribunal Federal, para 
Mandado de Segurança contra ato 
do tribunal de contas da união. 
Súmula STF 101 O Mandado de Segurança não 
substitui a ação popular. 
 
DICA 58 
(Controle da Administração Pública) 
 
O habeas data pode ser utilizado em 3 (três) hipóteses: 
1. Acesso à informação. 
2. Retificação de informação; e 
3. Anotação de informação. 
CUIDADO: Conforme Súmula 02-STF: “Não cabe o 
‘habeas data’ (CF/88, art. 5º, LXXII, ‘a’) se não houve 
recusa de informações por parte da autoridade 
administrativa”. Assim, para impetração do habeas 
data, exige-se a comprovação da recusa ou omissão da 
providência requerida no âmbito administrativo. 
 
ATENÇÃO: Essa exigência não viola o princípio da 
inafastabilidade de jurisdição prevista no art. 5º, 
XXXV, da CF/88. 
 
DICA 59 
(Controle da Administração Pública) 
 
REFORMATIO IN PEJUS NO PROCESSO 
ADMINISTRATIVO: A Administração está autorizada a 
majorar a penalidade aplicada ao particular que se 
mostre contrária à lei, em decorrência do princípio da 
autotutela e do poder dever de zelar pela legalidade dos 
atos administrativos, na formado Art. 64 da Lei nº 
9.784/99 c/c Súmula nº 473 do STF. 
 
ATENÇÃO: Em virtude disso, é possível a majoração de 
penalidade aplicada em sede de processo 
administrativo em caso de recurso. 
 
DICA 60 
(Controle da Administração Pública) 
 
IMPOSSIBILIDADE DE EXIGÊNCIA DE DEPÓSITO OU 
ARROLAMENTO PARA RECURSO EM PROCESSO 
ADMINISTRATIVO: Conforme a Súmula Vinculante 21, 
“É inconstitucional a exigência de depósito ou 
arrolamento prévios de dinheiro ou bens para 
admissibilidade de recurso administrativo”

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