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Resenha do Filme O Palhaço

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Resenha do filme O Palhaço
O filme brasileiro O Palhaço (2011), dirigido e estrelado por Selton Mello, relata a história de Benjamim, que ao lado de seu pai Valdemar, forma a dupla de palhaços “Pangaré & Puro Sangue”, e juntos, espalham alegria ao público do Circo Esperança. A vida do circo já não fazia mais sentido para Benjamim, e então, numa crise de identidade e existencial, resolve abandonar a trupe e seguir outro caminho. Ao abandonar a vida circense, a primeira atitude de Benjamim é fazer a carteira de identidade e, depois disso, procurar um emprego.
O filme O Palhaço vai além de um mero entretenimento e nos faz refletir sobre as crenças liberais da “autossuficiência” e do “individualismo”. Benjamim julgava que sua vida fora do circo teria outro sentido, e uma vez lá, no mundo real, encontraria respostas para a crise de identidade. Mas não, foi justamente o oposto que Benjamim imaginara, ou seja, trabalhar, ter uma identidade e viver independente do seu pai e da trupe circense não lhe traria mais felicidade.
A proposta do liberalismo no seu início foi justamente desafiar o sistema de valores do feudalismo. Um camponês que passava a vida inteira trabalhando um pedaço de terra; agora, ganhava a chance de se tornar um homem “livre” e assim escolher para quem trabalhar. O liberalismo espalhava a crença de que a sociedade é formada não por grupos sociais, mas por um conjunto de indivíduos autossuficientes e preocupados unicamente com os próprios interesses.
Ao se frustrar com a experiência fora do circo, Benjamim retorna para a trupe e ouve de seu pai: “O rato come queijo, o gato bebe leite e eu, eu sou um palhaço”. Ou seja, o circo era a identidade de Benjamim e Valdemar, fora dele, ambos jamais seriam pessoas realizadas.

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