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A Descolonização

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A Descolonização
ANTECEDENTES
Enfraquecimento das metrópoles européias no período entre-guerras.
Nascimento de uma burguesia nas colônias interessada no nacionalismo e na independência.
Formação da ONU em 1945, que afirma o princípio de autodeterminação dos povos, através da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948.
Pressão dos EUA e URSS no pós-guerra, de modo a abrir os mercados mundiais, retirar o centro de decisões da Europa Ocidental e eliminar o principal foco de tensão.
CONJUNTURA
Guerra Fria, complicando e prolongando o processo, observando-se pontos de tensão como:
Conflito árabe-israelense.
Guerra da Coréia.
Guerra do Vietnã.
Questão do Apartheid no Sul da África.
INICIATIVAS DE ORGANIZAÇÃO DOS PAÍSES NOVOS.
Conferência de Bandung (1955)
Emergência das lideranças de Nasser do Egito, e de Nehru da Índia.
Apoio às independências na África e ao respeito à soberania de todos os Estados.
Apoio à luta dos árabes contra Israel e condenação do apartheid.
Primeira Conferência dos Não-alinhados - Belgrado (1961).
Países afro-asiáticos, Iugoslávia e Cuba.
Refutam o alinhamento a blocos e alianças militares das superpotências da Guerra Fria.
Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (1964) - UNCTAD.
Sob pressão dos países novos, a ONU cria organismo com o objetivo de promover o comércio e o desenvolvimento do grupo de países designados como Terceiro Mundo.
Organização dos Países Exportadores de Petróleo - OPEP.
Criado em 1960, atua como um cartel com o ânimo de controlar os preços e a produção.
Em 1973, em seqüência ao fracasso árabe na Guerra do Yon Kippur, organiza o primeiro choque do Petróleo, quadruplicando os preços.
REVOLUÇÃO CHINESA (1949)
Dominação Imperialista.
Revoltas camponesas - Taipings e Boxers.
Modernização, ocidentalização e adequação ao Imperialismo.
Queda do Império - República (1911).
Surgimento de Nacionalismos:
Elites coloniais
Partido Nacionalista - Guomindang - 1919 - Chiang Kai Shek.
Governo de conciliação com latifundiários e potências imperialistas.
Repressão aos comunistas.
Comunistas
Partido Comunista (1921) - Mao Zedong.
Repressão do Governo do Guomindang.
Estratégia - busca de apoio camponês através de resistência anti-japonesa na Manchúria.
Guerra prolongada - guerrilhas.
Longa Marcha para o Norte (1935).
2.2. RESULTADO
Final da Segunda Guerra Mundial.
Rendição Japonesa.
Guerra civil entre comunistas e nacionalistas (1945-1949).
Vitória dos comunistas.
EUA apóia o Guomindang em Taiwan.
2.3. CARACTERÍSTICAS DO SOCIALISMO CHINÊS
Forte mobilização popular com base camponesa.
Fraco desenvolvimento industrial.
Crítica e rompimento com o modelo soviético.
Constantes alterações no modelo sócio-econômico.
2.4. POLÍTICAS DE GOVERNO
Planos Qüinqüenais com apoio soviético (1949-1956).
Afastamento à URSS.
Movimento das Cem Flores (1957).
Grande Santo para Frente (1958).
Desenvolvimento industrial e agrícola em Comunas Rurais.
Volta aos Planos, mantendo o rompimento com a URSS (1959-1965).
Revolução Cultural (1966).
Crítica à burocracia do partido, à URSS e ao ensino vigente.
Conflito Sino-Soviético - 1969.
Liderança de Mao Tsé Tung pelo culto à personalidade.
Anos 70
Superação do atraso econômico.
Fechamento político com abertura econômica aos EUA, Japão e Tigres Asiáticos.
Entrada na ONU (1971).
Reatamento com os EUA (1972).
Reabilitação de Deng Xiao Ping.
Quatro Modernizações (1976) - Agricultura, Indústria, Defesa e Tecnologia.
GUERRA DO VIETNÃ
Invasão japonesa em 1941, substituindo o imperialismo francês.
Resistência dos comunistas através da Liga de Libertação Nacional - Vietminh, sob a liderança de Ho Chi Minh.
Derrota japonesa em 1945 e retorno da dominação francesa.
Resistência comunista contra os franceses, derrotados em 1954 em Dien Bien Phu.
Divisão do Vietnã em 1954 na Conferência de Genebra.
Formação da Frente de Libertação do Vietnã do Sul - Vietcong, que com o apoio da URSS e do Vietnã do Norte adotam a guerra de guerrilhas para unificar o país.
Intervenção dos EUA, em favor do governo do Vietnã do Sul (1961).
Retirada dos EUA em 1973, acelerando a vitória dos comunistas, que unificam o país em 1975.
ARGÉLIA
Fortalecimento do nacionalismo no pós-guerra, diante da França e da população local de origem francesa. Formação da Frente de Libertação Nacional em 1947.
Início da Guerra de Independência em 1954, agravada pelas derrotas francesas no Vietnã (1954) e Suez (1956).
Independência (1962) e implantação de ditadura com influência nacionalista, socialista e islâmica.
Reformulação da política externa nos anos 70, com aproximação aos EUA e à França, face à crise.
 Abertura política nos anos 80. Fortalecimento do fundamentalismo islâmico sob influência do Xiismo do Irã.
Vitória eleitoral dos Xiitas da Frente Islâmica de Salvação - FIS, em 1992.
Golpe militar com apoio da França, impedindo a posse em 1992.
Guerra Civil e expansão do terrorismo Xiita na Argélia e na França, através do Grupo Islâmico Armado - GIA.
APARTHEID DA ÁFRICA DO SUL
ANTECEDENTES
Aquisição de progressiva independência, sob direção dos brancos desde 1910.
Fundação do Congresso Nacional Africano (1912). Pelas elites coloniais negras.
Aprovação de Leis Segregacioistas (1913), aproximando ingleses e böers, antigos inimigos.
Afirmação do apartheid no pós-guerra, com a Constituição de 1948.
Radicalização do apartheid com a Guerra Fria, recebendo o apoio dos EUA, face às guerras no Congo, Angola e Moçambique, apoiadas pela URSS.
MEDIDAS
Segregação por zonas urbanas e rurais.
Criação dos Bantustões, não reconhecidos pela ONU.
Controle da Namíbia e apoio às guerrilhas anticomunistas.
Controle econômico do sul da África.
REAÇÕES
Ampliação do CNA, com o apoio da URSS, para todo o sul da África.
Revoltas - Sharperville (1960) e Soweto (1976).
Pressão da ONU, através de embargo econômico e diplomático.
FIM DO APARTHEID
Fim da Guerra Fria.
Adesão dos EUA ao embargo.
Eleições em 1994 com a vitória de Nelson Mandela.
ÁFRICA PORTUGUESA
Fortalecimento do nacionalismo no pós-guerra, em oposição à política salazarista portuguesa.
Formação do MPLA - Movimento Popular de Libertação de Angola (1956); e da FRELIMO - Frente de Libertação de Moçambique (1961), com o apoio da URSS.
Repressão portuguesa com o apoio dos EUA e da África do Sul.
Crise do Salazarismo nos anos 70.
Revolução dos Cravos 74.
Independência de Moçambique (1974) e Angola (1975), sob influência soviética.
Guerra civil entre os governos e grupos armados, apoiados pelos EUA e África do Sul.
CONFLITO ÁRABE - ISRAELENSE
PRELIMINARES
Partilha da Palestina entre árabes e judeus (1947).
Criação do Estado de Israel (1948).
Reação dos árabes através da Liga Árabe, sob a liderança de Nasser do Egito, iniciando um ciclo de guerras.
Criação da OLP - Organização para a Libertação da Palestina (1964).
Polarização do conflito no contexto da Guerra Fria (EUA - Israel; URSS - Árabes).
7.2. FASES DO CONFLITO
1948-1973
Guerras com vitórias de Israel, que incorpora Sinai, Faixa de Gaza, Cisjordânia, Jerusalém e Colinas de Golã.
Guerras:
Independência (1949).
Suez (1956).
Seis Dias (1967).
Yom Kippur (1973).
1973 - anos 80
Boicote do Petróleo promovido pelos árabes pressionando os EUA.
Intensificação do terrorismo palestino e da Intifada.
Guerra Civil no Líbano em 1975 entre cristãos e muçulmanos, com interferência de Síria e Israel
Repressão israelense, invadindo o Líbano para atacar bases da OLP e milícias xiitas do Hezbollah.
Instalação de colônias israelenses na Cisjordânia.
Aproximação dos EUA aos árabes, aliviando a tensão durante a Distensão.
Acordo do Camp David entre Israel e Egito. Devoluçãodo Sinai ao Egito e paz entre os dois países (1979).
Anos 90
Fim da Guerra Fria e da URSS.
OLP (Iasser Arafat) enfraquecida inicia negociações de paz com o governo Trabalhista de Israel (Yitzhak Rabin e Shimon Peres).
Acordos de Oslo entre OLP e Israel (1993 e 1995).
Crescimento das oposições aos acordos, por parte de extremistas judeus e islâmicos.
Renúncia ao terrorismo e reconhecimento mútuo.
Criação da Autoridade Nacional Palestina para administrar as áreas autônomas de Gaza e Cisjordânia.
Retirada israelense progressiva destes territórios.
Adiamento para o período 1996-99 das negociações sobre o estatuto final de Gaza e Cisjordânia, incluindo as cidades de Hebron e Jerusalém, históricas para ambos.
Crescimento das oposições aos acordos, por parte de extremistas judeus e islâmicos.
Assassinato de Rabin (1995) por extremistas judeus e a intensificação de atentados terroristas palestinos pelo Hamas.
Vitória dos conservadores do partido Likud (1996), representados por Netanyahu, paralisando o processo.
 de paz.
Retomada das negociações com a vitória dos trabalhistas no Parlamento – Primeiro Ministro Ehud Barak (1999).
Retirada israelense do Líbano em maio de 1999.
Assinatura do novo acordo entre israelenses e palestinos prevendo o compromisso de criação do Estado Palestino em 2000 e negociações sobre Jerusalém.
2000
Nova onda de conflitos denominada Segunda Intifada.
Eleição do ultra-conservador Ariel Sharon para primeiro ministro de Israel. Paralisação das negociações.
Intensifica-se a violência recíproca. Os ataques terroristas islâmicos são respondidos pelo exército israelense.
2003
Palestinos e israelenses, representados pelos premiês Abu Mazen e Ariel Sharon, sob o patrocínio dos EUA assinam novo plano de paz, também reconhecido pela União Européia, ONU e Rússia, prevendo um Estado Palestino para 2005.
IRÃ/IRAQUE
Revolução Islâmica no Irã em 1979, de caráter nacionalista, anti-americana e xiita.
Adoção de uma política de contenção à influência islâmica na região.
URSS invade o Afeganistão em 1979.
EUA e potências capitalistas apóiam o projeto militarista de Saddan Russein no Iraque.
Guerra Irã-Iraque (1980-1988).
GUERRA DO GOLFO (1990-2003)
Guerra do Golfo (1990-1991)
Fatores contribuintes:
Fortalecimento excessivo do Iraque a partir do apoio recebido na Guerra Irã-Iraque.
Endividamento contraído durante a Guerra Irã-Iraque, sendo em grande parte com o Kuwait.
Necessidade de manutenção da política expansionista para justificar a liderança interna e tentar conquistar a liderança do mundo árabe, intensificando a retórica de ataque a Israel.
Queda dos preços internacionais do petróleo, diminuindo a receita nacional.
Reivindicações do Iraque
Direitos históricos sobre o Kuwait, separado do Iraque pelos britânicos no período entre-guerras.
Indenização pela extração ilegal de petróleo pelo Kuwait, de poços fronteiriços comuns e também de poços iraquianos.
Controle das ilhas de Bubian e Warba para ampliar o acesso ao Golfo Pérsico, estreito obstruído com os destroços da Guerra Irã-Iraque.
Perdão da dívida contraída com o Kuwait.
Conseqüências
Coalizão de países, com o aval da ONU e liderança dos EUA iniciam bombardeios contra o Iraque, invadem e desocupam o Kuwait entre 16/01 e 28/02 de 1991.
O Iraque é tomado por insurreição interna de curdos ao norte e xiitas ao sul.
Sadam Hussein restabelece o poder interno e reprime com severidade os opositores.
Em 11/04 a ONU declara o cessar-fogo e adota medidas de contenção contra Sadam Hussein. Cria zonas de exclusão aérea ao norte e ao sul, para impedir o massacre de curdos e xiitas, determina inspeções para a eliminação dos arsenais de armas químicas e institui embargo econômico, cuja suspensão fica condicionada ao cumprimento das cláusulas dispostas.
Guerra do Iraque (2003)
Recusa do Iraque em aceitar as inspeções da ONU, dispostas desde o fim da Guerra do Golfo em 1991, para fiscalizar a suposta produção de armas químicas, biológicas e nucleares.
Acusação dos EUA de que o Iraque faz parte do “Eixo do Mal”, grupo de países responsáveis por abrigar terroristas e suas redes de operação.
Atentados terroristas contra os EUA em 11 de setembro de 2001, decisivos para a adoção da política externa de “ataques preventivos”, para conter as ações terroristas consideradas uma ameaça à segurança internacional, particularmente dos EUA. O governo George W. Bush (2001-2004) e seu secretário de defesa, Ronald Rumsfeld definem como os primeiros adversários, o afeganistão e o Iraque.
Invasão do Afeganistão em outubro de 2001, para derrubar o governo de fundamentalistas islâmicos, o Taleban, que mantinha estreitas relações com a Al Qaeda, rede de terroristas dirigida por Osama Bin Laden.
Após inúmeras manobras iraquianas, criando impedimentos e proibições às inspeções da ONU, os EUA pressionam a instituição para que aprove uma intervenção militar. Frente ao veto de França, Rússia e China, Estados Unidos e Reino Unido organizam coalizão militar e optam pela guerra.
Invasão do Iraque em 19 de março de 2003, tomada da Capital, Bagdá em 19 de abril.
ÍNDIA
Mahatma Gandhi inicia a liderança pela independência, pregando a “resistência passiva” (1919).
Durante a Segunda Guerra Mundial formaram-se dois grupos políticos de defesa da independência (1940): Partido do Congresso, liderado por Gandhi e Nehru em defesa da unidade indiana; e a Liga Muçulmana de Ali Jinnah, em defesa da formação de dois estados, um com muçulmanos e outro com a reunião de várias etnias e religiões.
Independência com a criação de dois Estados (1947): O Paquistão, com duas zonas majoritariamente muçulmanas e a Índia, majoritariamente hindu.
Início da disputa entre a Índia e Paquistão pelo controle da Cachemira (1948).
Guerra Indo-Paquistanesa na Cachemira (1965).
Depois da Guerra civil, a parte oriental do Paquistão, com o apoio da Índia, torna-se independente, formando Bangladesh (1972).

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