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América Colonial e Revoluções Inglesas

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Resumo de História para o 2º TP do Al. 2031 Paiva 
 
A matéria se consiste em 2 principais assuntos: América Colonial e Revoluções Inglesas 
 
Precedentes: 
 
Chegada do homem na América (teorias alóctones): 
Corrente Asiática: Grupos humanos chegaram pelo estreito de Bering durante a era glacial há 50.000 mil anos. 
Malaio-polinésia: Comunidades asiáticas navegaram, aproveitando o sentido das correntes, de ilha em ilha até o 
Peru. 
Australiana: Comunidades rodearam a Antártica de ilha em ilha até chegar à Terra do Fogo (Sul da América). 
Alóctone: Que não é originário do país ou região em que habita. 
 
Os Ameríndios estavam em estágios culturais diferentes na chegada do europeu: 
Culturas primitivas: Nômades, caçadores, coletores e não conheciam a escrita (esquimós, charruas, xavantes, 
timbiras). 
Sociedades de média cultura: Sedentários, praticavam agricultura, divisão do trabalho por sexo e tanto a terra 
quanto a produção eram possuídos coletivamente (Pueblos e Tupis-guaranis). 
Sociedades de Alta Cultura (Maia, no planalto mexicano, Asteca, na América Central e Inca, no Andes): 
Servidão coletiva: Ayllus, comunidades autossuficientes com terra e trabalhos coletivos chefiados por um curaca 
(Incas) e Calpulli que também eram autossuficientes (Astecas). 
Sistema tributário: Mita (Incas) e Cuatequil (Astecas) 
Sociedade hierarquizada e Poder centralizado de base divina. 
 
América Espanhola: 
 
Conquista: 
Motivação: Metais preciosos (segundo o metalismo, a riqueza de um estado é a quantidade de metais preciosos que 
ele possui). 
Processo (Teve início com Cristovão Colombo que morreu acreditando ter chegado às Índias): Dominação das 
Antilhas (São Domingos) e logo depois da América continental (Impérios Inca e Asteca). 
Sucesso:" a espada, a cruz e a fome iam dizimando a família selvagem”, a espada: representa as armas de fogo e o 
uso do cavalo que além de serem superiores as armas dos nativos, mexiam com o psicológico do ameríndio, a cruz: 
representa a igreja (no entanto os jesuítas eram a favor dos índios) que justificava a colonização como forma de 
conseguir mais fiéis para a igreja e a fome: representa a dominação das terras dos ameríndios retirando deles a 
fonte de sua subsistência. Além das doenças trazidas pelos europeus já que os índios não possuíam os anticorpos 
para elas. 
Efetuada segundo o estágio cultural: Dominaram as culturas primitivas, depois as sociedades de média cultura e por 
fim as sociedades de alta cultura. 
 
Economia: 
Encomienda: A coroa encomendava a captura de índios a o encomendero e os distribuía aos colonizadores que 
recebiam o índio como seu servo, servidão que era justificada como pagamento de tributos pelos índios em troca da 
educação religiosa que recebiam, o encomendero entregava parte desses tributos à coroa. 
Mita (não é escravidão): Já era praticada pelos Incas e Astecas (Cuatequil), e funcionava assim: havia várias tribos 
(Ayllus) que trabalhavam para sua subsistência e entregavam tributos (alimentos) ao estado central enquanto uma 
dessas tribos trabalhava em alguma construção e tinha a sua subsistência garantida por esses tributos, e nesse 
contexto era feito um rodízio onde a cada 4 meses cada tribo trabalhava em alguma construção e era sustentada 
pelos tributos das outras, no entanto os espanhóis fizeram algumas mudanças, primeiro: os índios trabalhavam 
principalmente nas minas, segundo: os índios que trabalhavam nas minas recebiam um pagamento irrisório 
tornando a sua sobrevivência impossível, acabando por extinguir toda a população indígena. 
Escravos: eram usados nas Antilhas onde a mão de obra indígena era escassa. 
 
Administração: 
Fase Inicial: Adelantados eram conquistadores que possuíam amplos poderes civis e militares. 
Após a metade do séc.XVI(criação de diversos órgãos e cargos a fim de submeter à administração colonial à 
Metrópole): 
Conselho supremo das índias: era o órgão controlador da colonização, centralizado na Espanha e representado, na 
América espanhola, pelos Chapetones. 
Casa de contratação: encarregada da fiscalização, da regulamentação do comercio e da cobrança dos tributos, 
utilizava o sistema de portos únicos, ou seja, toda transação colonial de comercio deveria passar por um único porto 
da metrópole (inicialmente Sevilha e depois Cádiz) e o sistema de frotas, que consistia na reunião bianual de 40 
galeões em Havana, para o transporte de mercadorias para a Europa, tentando prevenir-se 
contra os corsários ingleses e franceses. 
A colônia possuía 4 vice-reinos: Nova Espanha, Nova Granada, Peru e Prata. 
Audiências: Tribunais que subordinavam-se diretamente ao Conselho das Índias e podiam substituir os vice-reis em 
caso de morte destes. 
Cabildo colonial: Corporação municipal instituída na América Espanhola durante o período colonial que se 
encarregavam da administração geral das cidades coloniais. 
 
Sociedade Colonial: 
Chapetones: eram brancos nascidos na Espanha, que monopolizavam os altos cargos da 
administração, da Igreja, da Justiça e das forças militares coloniais. 
Criollos: eram brancos nascidos na América descendentes de europeus, 
eram a verdadeira elite econômica, sendo proprietários de terras e de minas, não podiam 
atuar no comércio externo e ocupavam cargos inferiores nas instâncias burocráticas, militares 
e religiosas da colônia. 
Mestiços: tinham origem na miscigenação entre brancos e índios, e ocupavam funções 
intermediárias, tais como a de artesão, capataz e pequenos administradores. 
Indígenas: eram os mais numerosos na sociedade, não podiam ser legalmente escravizados, 
mas tinham seu trabalho explorado através da “mita” e da “encomienda”. 
 
Revoluções Inglesas 
 
O início da centralização política: guerra dos Cem Anos (1337-1453) entre Inglaterra e França pelo trono francês, 
teve vitória da França; guerra das Duas Rosas (1455-85) entre a dinastia Lancaster (detinham o poder real e uma 
rosa vermelha como brasão) e a dinastia York (aspirantes ao poder e tinham uma rosa branca como brasão) pelo 
trono inglês, a guerra enfraqueceu a nobreza, causando a ascensão da dinastia Tudor (com Henrique VII). 
 
Henrique VII(1485-1509): pertencia a família Lancaster e casou com Isabel de York, assim pacificando o país e 
consolidando o estado nacional inglês. 
Henrique VIII(1509-47): sujeitou o parlamento e realizou a reforma protestante, pois a igreja de Roma não autorizou 
a anulação do seu casamento com Catarina de Aragão para que ele pudesse se casa com Ana Bolena, fundando 
assim com o ato de supremacia (declarou que "o Rei era o único Chefe Supremo na Terra da Igreja da Inglaterra") a 
igreja anglicana. 
Eduardo VI (1547-53): garantiu a reforma religiosa 
Maria I(1553-58): casada com Felipe II(rei da Espanha) restabeleceu o catolicismo, perseguindo ferozmente os 
protestantes ingleses (daí Maria, a sanguinária). 
Elizabeth I(1558-1603): retomou a política do pai (Henrique VIII) consolidando o anglicanismo; iniciou a colonização 
da América do Norte com a fundação de Virgínia (1584), apoiou a atividade corsária, foi durante o seu reinado que a 
Inglaterra foi atacada pela Invencível Armada que foi destruída e com sua morte (ela não deixou herdeiros daí o 
apelido de Rainha Virgem) é o fim da dinastia Tudor. 
A dinastia Stuart: 
Na zona rural as terras ficaram valorizadas gerando os cercamentos, onde os grandes proprietários expulsavam 
camponeses do campo para a produção de lã (importante para a revolução industrial), isso gerou conflitos entre a 
nobreza rural apegada ao anglicanismo, com os Gentry (nobreza progressista rural) e a burguesia mercantil que 
apoiava o puritanismo e eram a maioria no parlamento. 
Jaime I(1603-25): vendeu títulos nobiliárquicos, quis implantar uma monarquia absolutista baseada no direito divino, 
uniu a Inglaterra à Escócia (terra natal) e se aliou aos grandes nobres desencadeando a insatisfaçãoda burguesia e 
do parlamento além de promover a rigorosa adoção do anglicanismo que resultou em perseguições aos puritanos, 
esses então deram início de fato à colonização da América do Norte fundando Plymouth, colônia de povoamento 
que seria conhecida como Nova Inglaterra. 
Carlos I(1625-48): tentou reforçar o absolutismo estabelecendo novos impostos sem a aprovação do parlamento, o 
parlamento sujeitou ao rei a Petição dos Direitos ou Segunda Carta Magna Inglesa que garantia a população contra 
tributos e detenções ilegais. Com isso Carlos I dissolveu o parlamento restabelecendo-o em 1640 para conter uma 
rebelião iniciada na Escócia, mas diante da insistência do parlamento em limitar os seus poderes ele o dissolveu 
novamente gerando assim uma guerra civil na Inglaterra. 
 
A guerra civil (1641-49): Haviam dois partidos, os Cavaleiros que eram partidários do rei e contavam com o apoio 
dos latifundiários (alta nobreza), dos católicos (alto clero) e dos anglicanos e os Cabeças Redondas que eram 
burgueses, puritanos e defensores do parlamento que sob a liderança de Oliver Cromwell derrotaram os Cavaleiros, 
aprisionaram e executaram o rei e estabeleceram o regime republicano chamado de Commonwealth. 
 
A Revolução Puritana ou República Puritana (1649-58): a execução de um rei marcou a história da Europa, pois ao 
tomar essa decisão a ideia de direito divino foi abandonada, com isso na guerra civil surgiu ideias que influenciaria os 
acontecimentos do século seguinte (Século das Luzes); Oliver Cromwell atendeu os interesses burgueses e procurou 
eliminar a reação monarquista; Criou os Atos de Navegação (o comércio com a Inglaterra só poderia ser feito por 
navios ingleses ou dos países que faziam negócios com a Inglaterra) para combater os holandeses e fortalecer o 
comércio; Em 1653, Oliver dissolveu o parlamento e autonomeou-se Lorde Protetor da República, seus poderes 
eram tão absolutos quanto de um rei, mas ele recusou-se a usar uma coroa, embora na prática agisse como um 
soberano. Com apoio dos militares e burgueses, impôs a ditadura puritana, governando com rigidez e intolerância, e 
com ideias puritanas. Ele morreu em 1658. Após sua morte, houve um período de instabilidade até que o 
parlamento voltou a se reunir e restabeleceu a monarquia com o retorno da dinastia Stuart. 
 
(Curiosidade Naval) New Model Army (criada por Oliver Cromwell na revolução puritana): sua principal característica 
era a meritocracia, ou seja, a promoção era baseada no mérito. 
 
Revolução Gloriosa (1688-89): 
Carlos II(1660-85): Católico, tentou restabelecer o absolutismo, diante disso o parlamento se dividiu em dois 
partidos: Whig, composto por burgueses liberais, adversários dos Stuart e Tory, conservadores, absolutistas, pró-
Stuart e adeptos do anglicanismo. 
Jaime II(1685-89): deu continuidade a política de restauração do absolutismo, tendo com isso a oposição dos Whigs. 
Em 1688 um acontecimento desfez a base política de Jaime II precipitando uma revolução que derrubaria o 
absolutismo inglês: depois do casamento com uma esposa protestante com a qual teve duas filhas, Jaime II casou-se 
com uma católica, que teve um filho católico. Whigs e Tories, contrários a sucessão de um governante católico que 
poderia reinstaurar o catolicismo e o absolutismo, se juntaram contra Jaime II e ofereceram o trono a Guilherme de 
Orange, protestante e casado com uma das filhas de Jaime II e chefe de Estado da Holanda. Guilherme III invadiu a 
Inglaterra,expulsou Jaime II e jurou o Bill of Rights(declaração de direitos),que estabelecia as bases da monarquia 
parlamentar onde o parlamento era superior ao rei.Além disso foi determinado a criação de um exercito 
permanente ,a garantia da liberdade de imprensa e individual,a proteção à propriedade privada, a autonomia do 
poder judiciário, que novas taxações deveriam ser aprovadas pelo parlamento e o Ato de Tolerância onde diz que 
haveria liberdade religiosa aos protestantes(bom para os puritanos). 
 
Assim as decisões tomadas na Revolução Gloriosa firmava a substituição da monarquia absolutista pela monarquia 
parlamentar constitucional, tal revolução teve o mesmo papel da Revolução Francesa (1789), no que se refere à 
derrubada do estado absoluto e ao surgimento de condições políticas essenciais à burguesia para a eclosão da 
Revolução Industrial.

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