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SENECA I PA ‐ 34 2° EDIÇÃO / 2014 2 MANUAL DE OPERAÇÃO 3 Este manual foi desenvolvido com o objetivo de auxiliar o Piloto/Aluno a obter o máximo de rendimento na operação e conservação da aeronave Sêneca I “PA ‐ 34”. Baseado no manual original da aeronave, seu conteúdo deve ser lido para que o piloto possa entender e aprender a localizar as informações, familiarizar‐se com as limitações, desempenho, procedimentos e características operacionais da aeronave. Frente à necessidade de atualização ou correção, a Diretoria técnica aprovara e publicará emendas para este manual. ‐ Atualizações e Correções 01/2014 05/11/2014 Caminata – Coordenador de Curso 4 ÍNDICE SEÇÃO 1 ‐ AERONAVE E SISTEMAS.........................................Pg. 06 1.1 ‐ Generalidades..........................................................................Pg. 06 1.2 ‐ Dimensões........................................................................Pg. 06 e 07 1.3 ‐ Motor e hélice..........................................................................Pg. 08 1.4 ‐ Painel de instrumentos, rádios e controles do motor......Pg. 09 a 17 1.5 ‐ Comandos de vôo.............................................................Pg. 17 a 20 1.6 ‐ Sistema de combustível....................................................Pg. 20 a 25 1.7 ‐ Sistema de lubrificação....................................................Pg. 25 e 26 1.8 ‐ Sistema de trem de pouso................................................Pg. 26 a 29 1.9 ‐ Sistema de freios..............................................................Pg. 29 a 30 1.10 ‐ Sistema de Pitot estático................................................Pg. 30 e 31 SEÇÃO 2 ‐ LIMITAÇÕES..............................................................Pg. 31 2.1 ‐ Generalidades..........................................................................Pg. 31 2.2 ‐ Desempenho e limites de operação.................................Pg. 31 e 32 2.3 ‐ Peso da aeronave.....................................................................Pg. 33 2.4 ‐ Limites do Centro de Gravidade – C.G.....................................Pg. 33 2.5 ‐ Limitações de velocidade ................................................Pg. 34 a 36 2.6 ‐ Temperatura do óleo...............................................................Pg. 36 2.7 ‐ Pressão do óleo................................................................Pg. 36 e 37 5 SEÇÃO 3 ‐ PROCEDIMENTOS NORMAIS................................Pg. 37 3.1 ‐ Generalidades..........................................................................Pg. 37 3.2 ‐ Inspeção pré‐vôo..............................................................Pg. 38 a 41 3.3 ‐ Acionamento....................................................................Pg. 42 a 43 3.4 ‐ Rolagem...................................................................................Pg. 44 3.5 ‐ Cheque de cabeceira........................................................Pg. 45 e 46 3.6 ‐ Briefing de decolagem.............................................................Pg. 46 3.7 ‐ Decolagem normal...........................................................Pg. 46 a 47 3.8 ‐ Decolagem curta......................................................................Pg. 47 3.9 ‐ Decolagem com obstáculo.......................................................Pg. 48 3.10 ‐ Decolagem com vento de través............................................Pg. 48 3.11 ‐ Subida inicial..........................................................................Pg. 49 3.12 ‐ Vôo em cruzeiro.....................................................................Pg. 49 3.13 ‐ Pouso.....................................................................................Pg. 50 3.14 ‐ Pouso com vento de través....................................................Pg. 51 3.15 ‐ Arremetida.....................................................................Pg. 51 e 52 3.16 ‐ Rolagem ao pátio e corte do motor...............................Pg. 52 e 53 3.17 ‐ Abandono...............................................................................Pg. 53 SEÇÃO 4 ‐ PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA...................Pg. 54 4.1 ‐ Generalidades..........................................................................Pg. 54 4.2 ‐ Fogo no motor durante o acionamento...................................Pg. 54 4.3 ‐ Fogo no motor em vôo.....................................................Pg. 54 e 55 4.4 ‐ Falha no motor.................................................................Pg. 55 a 58 4.5 ‐ Parafuso acidental............................................................Pg. 58 e 59 4.6 Emergências no trem de pouso.........................................Pg. 59 a 61 6 SEÇÃO 1 ‐ AERONAVE E SISTEMAS 1.1 ‐ Generalidades Fabricado pela Aeronautical Industry Piper Aircraft (PA ‐ 34), a aeronave Sêneca I é um bimotor de asa baixa, estrutura da fuselagem inteiramente metálica e trem de pouso do tipo retrátil. Possui acomodação para seis ocupantes e é utilizado para instrução primaria de vôo. Homologado para vôos = VFR / IFR / DIURNO / NOTURNO 1.2 ‐ Dimensões ENVERGADURA...............................................11,85 m ALTURA............................................................3,00 m COMPRIMENTO...............................................8,70 m 7 8 1.3 ‐ Motor e Hélice Equipado com dois motores contrarotativos onde cada motor possui, quatro cilindros opostos horizontalmente, transmissão direta, refrigeração a ar e injeção direta de combustível. Fabricante do motor: Lycoming Modelo: Direito = IO ‐ 360 ‐ C1E6 / Esquerdo LIO ‐ 360 ‐ C1E6 Potência máxima: 200 hp Rotação máxima: 2700rpm Marca e modelo da hélice: Hartzell / 7666A‐2 ou F7666A‐2 Diâmetro e tipo da hélice: Máximo – 187,96 cm / Metal, rotação constante e acionamento hidráulico Mínimo – 184,15 cm / Metal, rotação constante e acionamento hidráulico 9 1.4 ‐ Painel de instrumento, rádios, controles de voo e dos motores 1 ‐ Luz de alarme do trem de pouso 2 ‐ Luz de alarme de STALL 3 ‐ Velocímetro 4 ‐ Horizonte artificial 5 ‐ Altímetro 6 ‐ VOR 7 ‐ Painel de controle de áudio 8 ‐ Rádio e NAV 1 9 ‐ Transponder 10 ‐ Receptor ADF 11 ‐ Indicador do ADF 12 ‐ Indicador de curva (Turn & Bank) 13 ‐ Giro direcional 14 ‐ Indicador de razão subida / descida (Climb) 15 ‐ Rádio e NAV 2 16 ‐ DME 17 ‐ Indicador de temperatura na cabeça do cilindro (CHT) 18 ‐ Indicador de temperatura do óleo 19 ‐ Indicador de pressão do óleo 20 ‐ Indicador de pressão de combustível 21 ‐ Liquídometros 22 ‐ Amperímetros 23 ‐ Indicador de temperatura dosgazes de escapamento (EGT) 24 ‐ Indicador de vácuo dos giroscópios 25 ‐ Controles de ventilação 26 ‐ Tacômetro 27 ‐ Tacômetro 28 ‐ Luzes indicadoras do trem de pouso 29 ‐ Alavanca do trem de pouso 30 ‐ Alavanca de abaixamento do trem de pouso em emergência 10 31 ‐ Manetes de potência 32 ‐ Manetes de ajuste do passo 33 ‐ Manetes de mistura 34 ‐ Alavanca de travamento das manetes 35 ‐ Luz de painel 36 ‐ Indicador de pressão de admissão e fluxo de combustível 37 ‐ Disjuntores e fusíveis (CB’s) 38 ‐ Microfone 39 ‐ Cronômetro 11 40 ‐ Magnetos 41 ‐ Starter 42 ‐ Interruptores de luzes 43 ‐ Bomba de combustível 44 ‐ Máster 45 ‐ Chave dos alternadores 46 ‐ Luzes indicadoras de alta voltagem 47 ‐ Aquecimento do pitot 48 ‐ Ar‐Alternado 49 ‐ Cowl flaps 12 50 ‐ Freio de estacionamento (Parking Brake) 51 ‐ Alavanca seletora dos flaps 52 ‐ Volante do compensador 53 ‐ Volante do compensador do leme direcional 54 ‐ Seletora de combustível 1.4.1 ‐ Bússola A bússola é um instrumento de navegação, utilizado para orientar o piloto. Tem sua referencia no Norte Magnético. 1.4.2 ‐ Luz de alarme do trem de pouso Esta luze indica “VERMELHA – GEAR UNSAFE” trem de pouso destravado ou não recolhido. 1.4.3 ‐ Velocímetro O velocímetro indica a velocidade da aeronave em milhas por hora “MPH”, funciona ligado ao sistema Pitot da aeronave. 1.4.4 ‐ Horizonte artificial Instrumento voltado para indicação de atitudes de vôo em condições IMC, seu funcionamento é feito através de giroscópio acionado por bomba de vácuo ou tubo de Venturi. 1.4.5 ‐ Altímetro O altímetro é o instrumento usado para medir altitudes, funciona ligado ao sistema de Pitot Estático. 1.4.6 ‐ VOR Instrumento utilizado para indicação de radiais de uma antena VOR localizada em solo. 13 1.4.7 ‐ Rádio e NAV O rádio e um receptor e transceptor VHF, utilizado para comunicação. O NAV é um receptor de VOR – ILS – DME acoplado ao instrumento VOR. 1.4.8 ‐ Receptor ADF É um receptor de baixa freqüência da antena NDB, acoplado ao instrumento indicador ADF. 1.4.9 ‐ Indicador de vácuo dos giroscópios Indica a pressão na bomba de vácuo, deve estar entre 4,6 e 5,4 polegadas de mercurio. 1.4.10 ‐ Indicador do ADF Instrumento utilizado para indicar a direção (QDM / QDR) de uma antena NDB ou Broadcasting, localizada em solo. 1.4.11 ‐ Indicador de curva “Turn&Bank” O indicador de curva “Turn&Bank” serve para indicar se a curva está coordenada entre o manche e o pedal durante o voo em curva a bolinha deve permanecer centrada. 1.4.12 ‐ Giro Direcional O giro direcional é um instrumento de navegação, utilizado para orientar o piloto. Tem sua referencia alinhada com a bússola, onde é necessário o ajuste constante. Seu funcionamento é feito através de giroscópio alimentado pela bomba de vácuo. 1.4.13 ‐ Indicador de razão subida / descida (Climb) Indica a razão de subida ou descida em pés por minuto. Funciona ligado ao sistema de Pitot Estático. 14 1.4.14 ‐ Indicador de pressão do óleo O indicador de pressão do óleo indica a pressão do óleo que é dada em Libras por Polegadas Quadradas P.S.I. 1.4.15 ‐ Indicador de temperatura de óleo Instrumento que indica a temperatura do óleo do motor por meio de um tubo de Bourdon, o qual ao defletir aciona um ponteiro. 1.4.16 ‐ Amperímetro Indica a corrente solicitada pelo sistema elétrico da aeronave. 1.4.17 ‐ Liquidometro Indica a quantidade de combustível nos tanques. 1.5.18 ‐ Transponder É um equipamento instalado a bordo da aeronave que responde quando interrogado por um sistema de radar secundário no solo. Quando interrogado poderá enviar alguma informação adicional dependendo do seu modo de operação. 1.4.19 ‐ Interruptores elétricos Máster: liga a bateria e alternador. Fuel Pump: Liga a bomba de combustível. Beacon (anti‐colisão): Liga o farol rotativo de cor vermelha posicionado no topo da deriva da aeronave. Land Light: Liga o farol de pouso. Nav Light: Liga as luzes de navegação (vermelha / verde) situada nas extremidades das asas e a luz branca situada na deriva. Instruments light: Liga as luzes de painel. 1.4.20 ‐ Controles de ventilação Alavanca seletora de posicionamento das saídas de ar na aeronave. 15 1.4.21 ‐ Magnetos Compreende em dois botões (magneto esquerdo e magneto direito) para o motor esquerdo e dois para o direito, possuem duas posições “ON” e “OFF”. 1.4.22 ‐ Starter Um botão estabilizado na posição neutro, onde apertando um lado aciona o motor esquerdo e apertando o outro lado aciona o motor direito. 1.4.23 ‐ Indicador de pressão de admissão e fluxo de combustível (MANIFOLD / FUEL FLOW) Monitora a pressão de combustível que é transformada pelo instrumento em uma indicação de fluxo de combustível em galões por hora e porcentagem da potência nominal. 1.4.24 ‐ Tacômetro O tacômetro centrífugo é um instrumento que indica a rotação por minuto do motor “RPM”. 1.4.25 ‐ Alavanca do trem de pouso Alavanca para comando do trem de pouso recolhido “UP” ou baixado e travado “DOWN”. 1.4.26 ‐ Manete de potência A manete de potência é utilizada para ajustar a pressão de admissão, incorpora um interruptor da buzina de alarme do trem de pouso recolhido, que quando a manete é reduzida ao mínimo com trem de pouso recolhido está soará. 1.4.27 ‐ Manete de passo Utilizada para ajustar a rotação da hélice. 16 1.4.28 ‐ Mistura A alavanca da mistura é utilizada para ajustar mistura ar/combustível. Levando‐se a alavanca para a frente, a mistura torna‐se rica, para trás torna‐se pobre. A alavanca da mistura nunca deve ser puxada durante o vôo, havendo o perigo de apagar o motor, salvo em caso de correção para melhor consumo. 1.4.29 ‐ Alavanca de travamento das manetes Serve para travar e regular a sensibilidade do curso das manetes. 1.4.30 ‐ Ar‐Alternado Quando a seletora está para cima “FECHADA” o motor opera com ar filtrado, quando está para baixo “ABERTO” o motor opera com ar aquecido e não filtrado. 1.4.31 ‐ Cowl Flap Estas alavancas abrem uma comporta na carenagem do motor oferecendo uma grande quantidade de entrada de ar para resfriamento. 1.4.32 ‐ Indicador de temperatura dos gazes de escapamento (EGT) Indica a temperatura dos gazes na saída do escapamento. 1.4.33 ‐ Disjuntores e fusíveis (CB’s) Sistema de proteção ao conjunto elétrico da aeronave. 1.4.34 ‐ Luzes indicadoras do trem de pouso Estas luzes quando acesas indicam que o trem de pouso está baixado e travado e quando apagadas o trem está recolhido. 17 1.4.35 ‐ Seletora de combustível Seleciona as posições aberto, fechado e alimentação cruzada CROSS FEED. 1.4.36‐ Alavanca de freio (Parking Brake) Aciona o travamento dos freios das rodas do trem principal, muito utilizado no estacionamento da aeronave. 1.4.37 ‐ Compensador do leme de direção (Rudder) Usado para reduzir tendências de guinada, atua diretamente no posicionamento do leme de direção. 1.5 ‐ Comandos de vôo Dois manches convencionais e dois pares de pedais operam as superfícies de controle primárias de vôo. O profundor possui um compensador para aliviar o esforço do manche. 18 1.5.1 ‐ Comando do Aileron O manche comanda mecanicamente, por meio de cabos e roldanas, o movimento dos ailerons de BANCAGEM OU ROLAGEM que são do tipo diferenciais. 1.5.2 ‐ Comando do profundor O movimento do manche, para frente PICAR e para trás CABRAR, comanda mecanicamente o profundor por meio de cabos de aço e roldanas, o estabiprofundor que é do tipo inteiramente móvel com um compensador montado no bordo de fuga. 19 1.5.3 ‐ Comando do Leme de direção O leme é movimentado pela parte inferior dos pedais por meio de cabos de aço e roldanas que ligam os pedais à articulação do leme, resultando no movimento de GUINADA. 1.5.4 ‐ Compensador Um volante compensador comanda mecanicamente, por meio de cabos e roldanas, o compensador do profundor. O volante compensador levado para frente faz o avião picar, isto é, move o compensador para cima, levado para trás, faz com que este se mova para baixo, fazendo o avião cabrar. Outro volante comanda mecanicamente, por meio de cabos e roldanas, o leme direcional. Levado para a esquerda alivia a guinada para direita e levado para direita alivia a guinada para esquerda. 20 1.6 ‐ Sistema de combustível O sistema de combustível compõe‐se de dois tanques de gasolina interligados em cada asa. Os tanques são ventilados individualmente através de tubos de ventilação (suspiros). Cada tanque de combustível possui um dreno no canto inferior dianteiro e um filtro de combustível fixado na parte inferior traseira da carenagem de cada motor entre o motor e o nariz da aeronave, existe ainda um dreno da linha de combustível da “X FEED” na parte de baixo da aeronave próximo a raiz da asa direita, seu acionamento deve ser feito através de uma alavanca situada no interior da aeronave logo abaixo do assento de trás do copiloto. Os tanques, filtros devem ser drenados antes de cada vôo e a linha no primeiro voo do dia. Em operação normal cada motor é alimentado pelo tanque da respectiva asa. 21 22 1.6.1 ‐ Operação do sistema A alimentação de combustível do motor é feita por uma bomba por ele mesmo acionada, uma bomba elétrica de combustível serve como acessório de apoio, esta bomba deve ser ligada durante as operações de pouso ou decolagem. A gasolina utilizada é a gasolina de aviação “AvGas” (Azul), que deve ter um índice mínimo de 80 octanas. 23 1.6.2 ‐ Válvula seletora de combustível As alavancas da seletora dos tanques esta localizada entre os assentos dianteiros. Tem três posições “ON.”, “OFF” e “X FEED.” A ponta da alavanca da seletora indica a posição, uma alavanca seleciona para o motor direito e a outra para o esquerdo. A posição “X FEED” (CROSS FEED) é utilizada para cruzar a alimentação de combustível nos motores em caso de pane monomotor, colocando a seletora do motor esquerdo em X FEED este motor será alimentado pelo combustível do tanque direito, colocando a seletora do motor direito em X FEED este motor será alimentado pelo combustível do tanque esquerdo. É proibido operar com as duas alavancas na posição “X FEED”. 24 1.6.3 ‐ Capacidade dos tanques PA ‐ 34 Tanques esquerdo................185,22 litros..............133,36 kg Tanques direito....................185,22 litros...............133,36 kg Total.....................................370,44 litros..................266,71 kg * Combustível não utilizável 18,9 litros / 13,06 kg distribuídos em cada seção de tanque. * 1 litro de AvGas = 0,72 kg. 1.6.4 – Indicador da quantidade de combustível Os tanques possuem liquidometros que indicam a quantidade de combustível nos tanques, porém realize sempre os cálculos de autonomia. 1.6.5 ‐ Consumo e autonomia PA ‐ 34 CAPACIDADE CONSUMO AUTONOMIA Tanque esquerdo full 185,22 litros 42 l/h 4h30m Tanque direito full 185,22 litros 42 l/h 4h30m Deve se trabalhar a mistura na “FUEL FLOW”, por questões de refrigeração do motor e melhor consumo / autonomia. Vôo ascendente = 14 gl. Vôo nivelado = 11 gl acima de 5000 pés. 25 1.7 ‐ Sistema de lubrificação Em cada motor uma bomba mecânica com engrenagens e um reservatório, constituem o sistema de lubrificação, a lubrificação é do tipo mista. O reservatório de óleo do motor possui uma vareta indicadora de óleo na qual indica a quantidade. 26 Obs.: Nunca limpe a vareta indicadora de óleo com estopa ou pano, pois poderão cair impurezas dentro do reservatório. Utilize os dedos para limpar a vareta. 1.7.1 ‐ Óleo lubrificante Especificação....................................SAE 50 1.7.2 ‐ Padronização para níveis de óleo Motor frio.................................................... 7 qts de galão Motor quente................................................6,5 qts de galão * Capacidade total = 7,57 litros / 8 US quarts 1.8 ‐ Sistema de trem de pouso O trem de pouso triciclo é do tipo retrátil, acionado hidraulicamente por uma bomba elétrica reversível. A bomba é comandada por uma alavanca seletora com as posições “UP” e “DOWN”, levando cerca de 7 segundos para recolher ou abaixar. Quando as luzes verdes e a vermelha apagadas, significa que o trem de pouso está recolhido, existe ainda um espelho na carenagem do motor esquerdo onde se verifica se o trem de pouso está recolhido ou em baixo, o trem de pouso não deve ser recolhido há uma velocidade acima de 125 MPH e nem abaixado a uma velocidade acima de 155 MPH. 27 Três interruptores, um do manete de potência, um no flap e um na trava do trem em baixo, disparam a buzina de alarme do trem de pouso junto com as luzes vermelha (GEAR – UNSAFE), quando: A ‐ O trem de pouso estiver recolhido e a potência estiver reduzida abaixo de 14 pol. B ‐ O trem de pouso estiver recolhido e estiver ajustado flap 20° Três interruptores, um do amortecedor do trem, um do limitador do trem em cima e um da trava do trem embaixo, disparam somente as luzes vermelha(GEAR – UNSAFE), quando: A ‐ A seletora do trem estiver na posição “UP” com o avião em solo B ‐ O trem de pouso não estiver travado embaixo e nem recolhido Obs.: As buzinas de alarme do trem de pouso e do alarme de STALL emitem um som continuo, e são diferenciadas pelo tom. O trem do nariz possui amortecedor de SHIME e é comandado em um ângulo de 30° para cada lado, por meio dos pedais do leme em sua parte inferior, quando o trem do nariz é recolhido, este comando direcional é desacoplado, afim de reduzir as forças do pedal do leme em vôo. Os pneus do trem principal e o cubo possuem uma marcação vermelha, nessa marcação podemos ver se o pneu do trem principal não correu na roda, caso isso ocorra poderá danificar o bico. O pneu do trem principal possui uma pressão de 50 PSI, enquanto o pneu da triquilha 31 PSI. 28 29 1.8.1 ‐ Amortecedor Os amortecedores do trem de pouso são do tipo óleo‐pneumático tendo um curso de 6 cm. 1.9 ‐ Sistema de freios Os freios são operados hidraulicamente, cada um independente, freando as rodas do trem principal. O sistema de freios é composto de cilindros mestre individuais, entretanto, todos os cilindros utilizam um reservatório em comum. O sistema possui ainda dois discos, um em cada roda. O piloto, ao pressionar o pedal, comprime o óleo da tubulação fazendo atuar o pistão do alojamento comprimindo as pastilhas no disco, freando as rodas; 30 1.10 ‐ Sistema de Pitot estático O sistema de Pitot estático é composto por dois tubo de Pitot, localizado no intradorso de cada asa, o qual fornece pressão total e pressão estática ao velocímetro, bem como pressão estática ao altímetro e ao indicador de razão de subida. Existe ainda uma válvula de controle alternativo da tomada de pressão estática, serve também para drenar o sistema. * Em solo a aeronave deve estar com seu tubo de pitot encapado !!! 31 SEÇÃO 2 ‐ LIMITAÇÕES 2.1 ‐ Generalidades As limitações incluídas nesta seção foram aprovadas pela Aeronautical Industry Piper Aircraft. A tripulação é legalmente obrigada a obedecê‐ las durante a operação da aeronave. 2.2 ‐ Desempenho e limites de operação A aeronave Sêneca I, foi projetada para ser utilizada na categoria “NORMAL”. 32 2.2.1 ‐ Categoria normal Na categoria normal a aeronave não foi projetada para executar nenhuma manobra avançada ou acrobática existente no curso de piloto privado, incluindo ainda parafusos. Peso Maximo de operação.......................1.909 kg Fator carga...............................................3,8 G Na execução de manobras permitidas deve‐se ter em mente que ao atingir a posição de vôo em mergulho o avião ganha velocidade rapidamente e toda recuperação deve ser feita com suavidade a fim de não impor cagas excessivas à sua estrutura. Em hipótese alguma o porta bagagem dianteiro deverá ser carregado com peso superior a 45 kg. Em hipótese alguma o porta bagagem traseiro deverá ser carregado com peso superior a 45 kg. 33 2.3 ‐ Peso da aeronave O peso da aeronave vazia é de 1.160 kg, o que pode variar de avião para avião e que pode ser consultado na ficha de peso e balanceamento de cada aeronave. Esse peso constitui o peso da aeronave vazia mais a quantidade de óleo máxima e gasolina não drenável. 2.3.1 ‐ Limites de peso Peso máximo de decolagem 1.905 kg Peso máximo de pouso 1.814 kg Peso máximo no bagageiro dianteiro 45 kg Peso máximo no bagageiro traseiro 45 kg 2.4 ‐ Limites do centro de gravidade ‐ CG Centro de gravidade ‐ CG É o ponto sobre o qual o avião se equilibra, se suspenso. Sua distância, a partir do plano de referencia, o bordo de ataque, é calculado dividindo‐se o momento total pelo peso total do avião. Limites do centro de gravidade São localizações extremas do centro de gravidade, dentro dos quais o avião pode ser operado num dado peso. O centro de gravidade do avião vazio, na posição de linha de vôo, encontra‐se a 1,991 cm à frente do bordo de ataque. Limites do passeio do CG Avançado (dianteiro) = 2,217 cm Atrasado (traseiro) = 2,362 cm 34 2.5 ‐ Limitações de velocidade ‐ (Vi = MPH) VNE ‐ Velocidade nunca exceder................................................217 MPH Velocidade que nunca devera ser excedida, qualquer que seja o regime de vôo (subida, cruzeiro ou descida). VNO ‐ Velocidade máxima estrutural de cruzeiro.......................190 MPH Velocidade que não pode ser excedida, exceto em ar calmo e mesmo assim com cautela. VA ‐ Velocidade de manobra......................................................146 MPH Velocidade utilizada para executar as manobras permitidas na categoria utilidade, ela não devera ser excedida quando voando em ar muito agitado ou executando as manobras. Não acione totalmente ou abruptamente os comandos acima desta velocidade. VFE ‐ Velocidade máxima com flaps estendidos.........................125 MPH Não exceda esta velocidade com os flaps estendidos. VLO ‐ Velocidade Max. para abaixamento do trem de pouso....150 MPH Não abaixe o trem de pouso em velocidades superiores a esta. VLO ‐ Velocidade Max. para recolhimento do trem de pouso....125 MPH Não recolha o trem de pouso em velocidades superiores a esta. VLE ‐ Velocidade máxima com trem de pouso abaixado............150 MPH Não exceda esta velocidade com o trem de pouso abaixado. 35 2.5.1 ‐ Marcações do velocímetro Arco verde (faixa de operação normal)..............................76 à 190 MPH Arco branco (faixa de operação com flaps).........................69 à 125 MPH Arco amarelo (faixa de operação com cautela)................190 à 217 MPH Linha vermelha (faixa de operação nunca exceder)...................217 MPH Linha vermelha (VMC mínima de controle monomotor).............80 MPH VELOCIDADE DE ESTOL FLAP 0° = 76 MPH VELOCIDADE DE ESTOL FLAP FULL = 69 MPH 36 2.5.2 ‐ Velocidade de operação com segurança Descolagem Normal..........................................................................................90 MPH Curta.............................................................................................75 MPH Subida.........................................................................................105 MPH Melhor razão de subida monomotor (BLUE LINE).....................105 MPH Melhor ângulo de subida.............................................................90 MPH Pouso Aproximação para pouso sem flap............................................115 MPH Aproximação para pouso flap 10°..............................................105 MPH Aproximação para pouso flap 25°..............................................100MPH Aproximação para pouso flap 40°................................................95 MPH Descida........................................................................................140 MPH Planeio........................................................................................105 MPH Melhor razão de planeio............................................................105 MPH 2.6 ‐ Temperatura do óleo Faixa verde (Operação normal)...........................................24° C à 118°C Linha vermelha (Máximo)................................................acima de 118°C 2.7 ‐ Pressão do óleo Faixa verde (Operação normal)...............................................60 a 90 PSI Faixa amarela (Operação com cautela)...................................25 a 60 PSI Faixa vermelha (Mínimo)..........................................................até 25 PSI Faixa vermelha (Máximo)................................................acima de 90 PSI 37 SEÇÃO 3 ‐ PROCEDIMENTOS NORMAIS 3.1 ‐ Generalidades Esta seção apresenta procedimentos de operação normal do avião de acordo com o manual original da aeronave. Contem as velocidades de operação com segurança, o detalhamento dos procedimentos normais e a lista de verificações. 3.2 ‐ Inspeção pré‐vôo Antes de iniciar um vôo devemos realizar a inspeção pré‐vôo na aeronave e devemos checar os seguintes itens: 1° ‐ Condições meteorológicas 2° ‐ Peso e balanceamento 3° ‐ Notificação de vôo ou plano de vôo 4° ‐ Documentos à bordo da aeronave em vôo segundo RBHA‐91 ‐ Licença dos pilotos (alunos quando possuir) ‐ Certificado medico aeronáutico “CMA” ‐ Válido ‐ Certificado de matricula ‐ Válido ‐ Certificado de aeronavegabilidade ‐ Válido ‐ Ficha de peso e balanceamento da aeronave 38 ‐ Manual de vôo (operações) ‐ Lista de verificações (check‐list) ‐ NSCA 3‐13 expedido pelo CENIPA ‐ Diário de bordo ‐ Apólice de seguro (aceito somente com o comprovante de pagamento) ‐ Licença de estação de aeronave expedida pelo ‐ ANATEL ‐ Ficha de inspeção anual de manutenção ‐ FIAM / FIEV ‐ Certificado de homologação suplementar ‐ CHST ‐ Registros de modificações e reparos incorporáveis à aeronave, motor ou hélice 3.2.1 ‐ Inspeção pré‐vôo da aeronave 39 3.2.1.1 ‐ Inspeção interna da aeronave 1 ‐ Manche..............................................................................Destravado 2 ‐ Freio de estacionamento......................................................Aplicados 3 ‐ Interruptores..................................................................................OFF 4 ‐ Magnetos........................................................................................OFF 5 ‐ Equipamentos eletrônicos.............................................................OFF 6 ‐ Mistura....................................................................................Cortada 7 ‐ Master.............................................................................................ON 8 ‐ Liquidometros...........................Verificar quantidade de combustivel 9 ‐ Luzes do trem de pouso.........................................................Verificar 10 ‐ Master..........................................................................................OFF 11 ‐ Cowl Flap...............................................................................Abertos 12 ‐ Comandos de voo ................................................Verificar operação 13 ‐ Flaps....................................................Verificar operação e recolher 14 ‐ Compensadores.............Verificar operação e posicionar em neutro 15 ‐ Sistema Pitot Estático.............................................................Drenar 16 ‐ Cintos............................................Verificar condições e travamento 17 ‐ Janelas.....................................................................Verificar limpeza 18 ‐ Documentos............................................................Verificar à bordo 3.2.1.2 ‐ Inspeção externa da aeronave Asa direita 1 ‐ Dreno da X FEED.........................................................Sem vazamento 2 ‐ Condições das superfícies..........Ausência (gelo/neve/deformações) 3 ‐ Flap e articulações..................................................................Verificar 4 ‐ Aileron e articulações.............................................................Verificar 5 ‐ Descarregadores de estática .................................................Verificar 6 ‐ Ponta de asa e luzes...............................................................Verificar 7 ‐ Tanque de combustível......................................Verificar quantidade 8 ‐ Suspiro do tanque de combustível................................Desobstruído 40 9 ‐ Dreno dos tanques....................................................................Drenar 10 ‐ Amarração...........................................................................Remover 11 ‐ Trem de pouso principal.........................Verificar distensão normal 12 ‐ Pneu .................................... Verificar estado e marcação vermelha 13 ‐ Freios......................................Verificar (tubulação/disco/pastilhas) 14 ‐ Entrada de ar................................................................Desobstruída 15 ‐ Tubo de pitot.................Remova a capa e inspecione desobstrução Motor Direito 1 ‐ Nível do Óleo..........................................................................Verificar 2 ‐ Motor (Cabos e Fiação)...................................................Estado Geral 3 ‐ Capota do Motor.......................................................Verificar Fixação 4 ‐ Hélice e Spinner (Vazamento de óleo)...................................Verificar 5 ‐ Flapes de Refrigeração.............................................Abertos e Firmes 6 ‐ Dreno do filtro de Combustível................................................Drenar Nariz 1 ‐ Condições gerais....................................................................Verifique 2 ‐ Bagageiro.......................................................................Porta travada 3 ‐ Pára‐brisas..................................................................................Limpo 4 ‐ Farol de pouso........................................................................Verificar 5 ‐ Trem de pouso do nariz...........................Verifique distensão normal 6 ‐ Pneu....................................... Verificar estado e marcação vermelha Asa esquerda 1 ‐ Condições das superfícies..........Ausência (gelo/neve/deformações) 2 ‐ Flap e articulações..................................................................Verificar 3 ‐ Aileron e articulações.............................................................Verificar 4 ‐ Descarregadores de estática .................................................Verificar 5 ‐ Ponta de asa e luzes...............................................................Verificar 41 6 ‐ Tanque de combustível......................................Verificar quantidade 7 ‐ Suspiro do tanque de combustível................................Desobstruído 8 ‐ Dreno dos tanques....................................................................Drenar 9 ‐ Amarração.............................................................................Remover10 ‐ Trem de pouso principal.........................Verificar distensão normal 11 ‐ Pneu .................................... Verificar estado e marcação vermelha 12 ‐ Freios......................................Verificar (tubulação/disco/pastilhas) 13 ‐ Entrada de ar................................................................Desobstruída 14 ‐ Tubo de pitot.................Remova a capa e inspecione desobstrução Motor Esquerdo Seguir o mesmo procedimento para o motor direito. Cone de cauda 1 ‐ Antenas...................................................................................Verificar 2 ‐ Empenagem............................... Ausência (gelo/neve/deformações) 3 ‐ Profundor................................................................................Verificar 4 ‐ Carenagens e janela de inspeção...........................................Verificar 5 ‐ Entrada de ar (deriva).....................................................Desobstruída 6 ‐ Condições das superfícies..........Ausência (gelo/neve/deformações) 7 ‐ Luzes de cauda........................................................................Verificar 8 ‐ Estabilizador e compensador.................................................Verificar 9 ‐ Leme de direção.....................................................................Verificar 10 ‐ Tomadas de pressão estática Esq. / Dir....................Desobstruídas 10 ‐ Amarração...........................................................................Remover 11 ‐ Garfo de reboque e bagagem..............Acondicionado no bagageiro 12 ‐ Porta do bagageiro...............................................Fechada e travada 42 3.3 ‐ Acionamento Para o acionamento deve‐se posicionar a aeronave de forma que o ar vindo da hélice não jogue poeira nos espectadores, outros aviões ou penetre no hangar. Neste bimotor, deve‐se acionar primeiramente o motor esquerdo, pois em caso de fogo o abandono será pela porta situada no lado direito da aeronave. 1 ‐ Freio de estacionamento.......................................................Aplicado 2 ‐ Manetes de Hélice (passo)..................................................MÁX RPM 3 ‐ Assentos........................................................Posicionados e travados 4 ‐ Cintos e suspensórios...........................................................Ajustados 5 ‐ Seletora de combustível..........................................Alavancas em ON 6 ‐ Entrada alternativa de ar......................................................FECHADA 7 ‐ Cowl Flaps..............................................................................ABERTOS 8 ‐ Disjuntores e fusíveis..............................................Verificar armados 9 ‐ Rádios e luzes.................................................................................OFF 10 ‐ Trava da manete de potência....................................................Livre 11 ‐ Máster...........................................................................................ON 12 ‐ Alternadores..................................................................................ON 13 ‐ Luz anti‐colisão..............................................................................ON 14 ‐ Bombas de combustível................................................................ON 15 ‐ Manetes de potência........................................Avançar (+/‐ 1,5 cm) 16 ‐ Misturas Esq. / Dir..................Rica até indicação do fluxo / Cortada 17 ‐ Bombas de combustível...............................................................OFF 18 ‐ Magnetos.......................................................................................ON 19 ‐ Área da hélice do motor esquerdo............................................Livre 20 ‐ Botão do motor de partida do motor esquerdo...................Acionar 21 ‐ Mistura Esquerda........................................................................Rica 22 ‐ Manete de potência Esquerda.....Reduzir e depois levar 1000 RPM 23 ‐ Área da hélice do motor direito................................................Livre 24 ‐ Botão do motor de partida do motor direito........................Acionar 25 ‐ Mistura Direita.............................................................................Rica 26 ‐ Manete de potência Direita.........Reduzir e depois levar 1000 RPM 43 Após Acionamento 1 ‐ Pressão do óleo..................................................................Faixa verde 2 ‐ Amperímetros...........................................................................Checar 3 ‐ Rádios......................................................................ON / sintonizados 4 ‐ Transponder.............................................................STBY / Cód. 2000 Partida com motor quente Mesmo procedimento anterior, porém com as bombas de combustível desligadas e misturas na posição corte sem enriquecer o fluxo. Partida com motor afogado 1 ‐ Misturas...................................................................................Cortada 2 ‐ Manetes de hélice................................................................MÁX RPM 3 ‐ Manetes de potência....................................................................MÁX 4 ‐ Máster.............................................................................................ON 5 ‐ Magnetos.........................................................................................ON 6 ‐ Bombas de combustível.................................................................OFF 7 ‐ Área da hélice do motor...............................................................Livre 8 ‐ Botão do motor de partida do motor.....................................Acionar (Quando o motor acionar, reduzir o manete de potência e avançar a mistura lentamente) Motor acionou, reduz potência e cheque a pressão de óleo, se em 30 segundos não houver indicação correta de pressão, corte o funcionamento do motor pela mistura, caso houver indicação correta de pressão, levar a potência à 1000 RPM. Aquecer o motor à 1000 RPM, neste regime a bomba de óleo trabalha de forma eficiente e a hélice fornece uma corrente de ar suficiente para a refrigeração do motor, para que o mesmo não se aqueça excessivamente. Não trabalhar o motor antes que o óleo chegue na sua temperatura apropriada. 44 3.4 ‐ Rolagem Consiste no movimento do avião sobre o solo também chamado de taxi. Use a manete de potência suavemente durante a rolagem, a rotação do motor deve ser apenas suficiente para locomover o avião lentamente, a uma velocidade que corresponda a de uma pessoa andando. Caso houver perigo de colisão, aplicar os freios com suavidade e desligue cortando a mistura. Conserve a mão sempre sobre o manete de potência. No táxi realize o cheque de alimentação cruzada de combustível, colocando a alavanca do motor esquerdo na posição “X‐FEED” por 30 seg. e logo após na posição “ON”, repetir o mesmo procedimento para a seletora do motor direito. O motor não pode apagar nestes 30 seg. caso contrário a aeronave não poderá realizar o voo. Obs: Esta aeronave não realiza táxi monomotor. Táxi 1 ‐ Área de táxi...................................................................................Livre 2 ‐ Manetes de potência..........................................Avançar lentamente 3 ‐ Manetes de hélice................................................................MÁX RPM 4 ‐ Freios......................................................................................Verificar5 ‐ Comando direcional (triquilha)..............................................Verificar 6 ‐ Alimentação Cruzada (X‐FEED)..................................Checar (30 seg.) 45 3.5 ‐ Cheque de cabeceira De acordo com o cheque de cabeceira, é obrigatório verificar cada item sem pressa e na ordem descrita no check‐list. Mantenha o check‐list na altura dos olhos para uma visualização adequada. Cheque de cabeceira 1 ‐ Freio de estacionamento.......................................................Aplicado 2 ‐ Manetes de Potência...........................................................1000 RPM 3 ‐ Seletora de combustível..........................................Alavancas em ON 4 ‐ Comandos de voo.........................................Livres e correspondente 5 ‐ Flaps......................................................Checar posições / Ajustar ‐ 0° 6 ‐ Compensadores...............................................Ajustados em NEUTRO 7 ‐ Manetes de potência...........................................................1500 RPM 8 ‐ Manetes de hélice.............Checar embandeiramento MÁX 500 RPM 9 ‐ Manetes de mistura..................................................POBRE / RICA 2x 10 ‐ Manetes de potência.........................................................2000 RPM 11 ‐ Pressão / Temperatura do óleo......................................Faixa verde 12 ‐ Manetes de hélice......................Checar governador 100 a 200 RPM 13 ‐ Ar alternado..........................................................................Verificar 14 ‐ Magnetos.........Queda máx. de 175 RPM / Diferença máx. 50 RPM 15 ‐ Sucção.........................................................................Entre 4.0 e 6.0 16 ‐ Manetes potência.......Reduzir/Marcha lenta entre 700 e 850 RPM 17 ‐ Manetes de potência.........................................................1000 RPM 18 ‐ Altímetro..............................................................................Ajustado 19 ‐ Velocímetro..........................................................Zerado / Ajustado 20 ‐ Turn e Bank...........................................................................Verificar 21 ‐ Portas e janelas.................................................Fechadas e travadas 22 ‐ Flap................................................................................Ajustado – 0° 23 ‐ Briefing de decolagem.........................................................Executar 46 Obs.: no cheque de magnetos quando se desliga o magneto esquerdo, estaremos checando o magneto direito e vice – versa, cada motor tem seus respectivos magnetos, cheque um motor de cada vez iniciando pelo motor esquerdo. 3.6 ‐ Briefing de decolagem 1 ‐ Checar tráfego e pista livre 2 ‐ Alinhar aeronave com o eixo da pista 3 ‐ Neutralizar pedais 4 ‐ Verificar bussola, ajustar girodirecional e horizonte artificial 5 ‐ Ligar farol de pouso 6 ‐ Ligar bombas de combustível 7 ‐ Transponder em modo ALT 8 ‐ Manter a aeronave freada e levar a potência até 2000 RPM 9 ‐ Checar instrumentos do motor faixa verde 10 ‐ Liberar os freios e completar toda a potência 11 ‐ Checar Fuel Flow de 14 a 16 gls 11 ‐ Tirar a aeronave do solo a 90 MPH e subir com 105 MPH, 12 ‐ Não havendo pista suficiente em frente, frear a aeronave e comandar trem de pouso em cima 13 ‐ Ao cruzar a cabeceira oposta em altitude segura e livre de obstáculos, reduza o passo para 2500 RPM e potência para 25 pol. Após realizar o briefing de decolagem e de emergências antes de ingressar na pista, deve‐se examinar visualmente o circuito de trafego a fim de observar a chegada de qualquer avião. Esteja ciente de todas as regras de tráfego aéreo utilizadas pela carta VAC e as trajetórias após a decolagem. 3.7 ‐ Decolagem normal As decolagens devem sempre ser efetuadas com vento de proa. Inicie a decolagem sempre no começo da pista, a parte desprezada em certas 47 ocasiões poderia ser muito útil. Somente após checar se a pista esta livre, sem aeronaves, poderá alinhar a aeronave com o eixo. Existem diversos fatores como vento, pressão atmosférica, temperatura do ar, peso, performance do motor e etc.., que influenciam a subida inicial. 3.8 ‐ Decolagem curta É usada em caso da não disponibilidade da pista suficiente para uma decolagem normal. Proceda da seguinte forma: 1 ‐ Checar tráfego e pista livre 2 ‐ Alinhar aeronave com o eixo da pista 3 ‐ Neutralizar pedais 4 ‐ Verificar bussola, ajustar girodirecional e horizonte artificial 5 ‐ Ligar farol de pouso 6 ‐ Ligar bombas de combustível 7 ‐ Transponder em modo ALT 8 ‐ Ajustar flap 25° 9 ‐ Manter a aeronave freada e levar a toda potência toda à frente 10 ‐ Checar instrumentos do motor 11 ‐ Liberar os freios 12 ‐ Tirar a aeronave do solo a 70 MPH e subir com 105 MPH 13 ‐ Não havendo pista suficiente em frente, frear a aeronave e comandar trem de pouso em cima 14 ‐ Reduzir passo para 2500 RPM e potência para 25 pol. 15 ‐ Ao atingir uma altitude segura, e velocidade correta ajustar para flap 0° 48 3.9 ‐ Decolagem com obstáculo É usada em caso de ter obstáculos a livrar após a decolagem. Proceda da seguinte forma: 1 ‐ Checar tráfego e pista livre 2 ‐ Alinhar aeronave com o eixo da pista 3 ‐ Neutralizar pedais 4 ‐ Verificar bussola, ajustar girodirecional e horizonte artificial 5 ‐ Ligar farol de pouso 6 ‐ Ligar bombas de combustível 7 ‐ Transponder em modo ALT 8 ‐ Ajustar flap 25° 9 ‐ Manter a aeronave freada e levar a toda potência à frente 10 ‐ Checar instrumentos do motor 11 ‐ Liberar os freios 12 ‐ Tirar a aeronave do solo a 70 MPH e subir com 80 MPH até atingir 200 ft. AGL de altura 13 ‐ Não havendo pista suficiente em frente, frear a aeronave e comandar trem de pouso em cima 14 ‐ Ao atingir 200 ft. AGL, reduzir passo para 2500 RPM e potência para 25 pol. 15 ‐ Ao atingir uma altitude segura, e velocidade correta ajustar para flap 0° 3.10 ‐ Decolagem com vento de través Deve‐se sempre decolar contra o vento, porém às vezes, se torna necessário decolar com o vento de través. Durante a corrida de decolagem com vento de través, torna‐se necessário defletir o manche para o lado do vento afim de evitar que a asa do lado do vento levante antecipadamente, no momento de tirar a aeronave do solo neutralize o manche e inicie a correção de vento derivando a aeronave e deixando com que a mesma encare o vento, se necessário fazer uso dos pedais (guinada). 49 3.11 ‐ Subida inicial Após a decolagem mantenha uma referência visual na proa afim de evitar que a aeronave descreva uma trajetória errônea durante a subida. Isto acontece muitas vezes com ventos moderados de través. Ao cruzar 500 ft. AGL realizar CHEQUE DE 500 ft. Antes de iniciar a curva, deve‐se realizar um cheque de área para ter certeza de que não há outros tráfegos ao redor, em voz alta, inicia‐se o cheque de área, observando visualmente primeiro o lado externo da curva, depois a proa e por fim o lado interno da curva. Se a intenção for permanecer no circuito de trafego devemos iniciar curva após os 500 ft. AGL, se a intenção é livrar o circuito de trafego, mantenha o eixo de decolagem até atingir1000 ft. AGL. Cheque de 500 ft. 1 ‐ Instrumentos do motor.....................................................Faixa verde 2 ‐ Bombas de combustível...........(checar pressão de combustível) OFF 3 ‐ Farol de pouso................................................................................OFF 4 ‐ Flaps....................................................................................Recolhidos 5 ‐ Trem de pouso luzes verdes off..........................Recolhido e travado 6 ‐ Potência / Passo....................................................24 pol. / 2400 RPM 3.12 ‐ Vôo em cruzeiro Vôo reto‐horizontal realizado em altitude ou nível (quando aplicável) na qual a aeronave está ajustada com 2400 RPM / 21 pol. / 11 gl. e mantendo 140 MPH. Cabe lembrar que a pressão no MANIFOLD em vôo cruzeiro pode variar de acordo com alguns fatores como densidade do ar, temperatura, peso do avião, etc. 50 3.13 ‐ Pouso Cada pouso deve ser planejado de acordo com o comprimento da pista e os fatores operacionais existentes, rampa de aproximação e ponto de toque previsto (1° terço da pista). Proceda da seguinte forma: 1 ‐ Perna do vento, último terço da pista, ligar bombas de combustível, farol de pouso e reduzir para 16 pol. 2 ‐ Abaixar o trem de pouso e checar 3 luzes verdes 3 ‐ Través da cabeceira, verificar velocidade de 115 MPH, se for o caso verificar velocidade de 105 MPH para ajustar flap 10° 4 ‐ Perna base, se for o caso ajustar flap 25° com 100 MPH, checar luzes do trem de pouso (baixado e travado) e final livre 5 ‐ Final, se for o caso ajustar flap 40° com 95 MPH e realizar CHECK DE FINAL Tenha sempre em mente quando houver várias aeronaves em operação, a possibilidade de uma arremetida. Check de final 1 ‐ Misturas........................................................................................RICA 2 ‐ Manetes de hélice................................................................MÁX RPM 3 ‐ Bombas de combustível...........................................................Ligadas 4 ‐ Farol de pouso...........................................................................Ligado 5 ‐ Trem de pouso..................(checar pedal de freio) Baixado / Travado 6 ‐ Pista..............................................................................................Livre 51 3.14 ‐ Pouso com vento de través Tal como nas decolagens, os pousos também devem ser feitos contra o vento, sempre que for possível. Porém, nem sempre temos essas condições, então torna‐se necessário executar um pouso com vento de través (vento lateral). Ao efetuar a aproximação, baixar levemente a asa para o lado do vento, e aplicar pedal do leme para o lado oposto ao que aplicou a deflexão da asa, sendo suficiente para compensar a deriva. A inclinação lateral e a aplicação do leme de direção para o lado oposto, devem ser suficientes para manter o avião alinhado com o eixo da pista. Tocar o solo primeiro com a roda do trem de pouso do lado do vento mantendo a deflexão do manche para o lado do vento até a parada total da aeronave e assim que tocar o solo tirar toda a potência. Evitar que o avião toque o solo desalinhado com o eixo da pista, evitando esforços excessivos sobre o trem de pouso e possivelmente que o mesmo se feche, ou realize a técnica de caranguejar (deixando o nariz da aeronave para o lado do vento pressionando o pedal de leme direcional do mesmo lado que o vento 3.15 ‐ Arremetida Tenha sempre em mente a opção de uma arremetida. Este procedimento é realizado a fim de abandonar uma aproximação para pouso, alterando sua trajetória de vôo descendente e iniciando o vôo ascendente. Utilizada por motivos de segurança, por decisão do piloto, devido a diversos fatores que inviabilizam um pouso seguro. É iniciada com aplicação total de potência, atitude de vôo ascendente e velocidade de subida 105 MPH, assim que se tenha uma subida estabilizada: 52 1 ‐ Recolher trem de pouso 2 ‐ Iniciar recolhimento dos flaps, posição a posição conforme velocidade 3 ‐ Iniciar redução para 2500 RPM / 25 pol. 4 ‐ Realizar CHECK DE 500 ft. AGL Arremetida em condições monomotor As arremetidas em vôo monomotor devem ser evitadas. Dependendo das condições, estas se tornarão impossíveis. Caso seja inevitável, o piloto deverá iniciar a arremetida aplicando toda a potência disponível no motor bom gradativamente, compensando o efeito de guinada gerado pelo empuxo assimétrico, assim que se tenha uma subida estabilizada: 1 ‐ Recolher trem de pouso 2 ‐ Iniciar recolhimento dos flaps, posição a posição conforme velocidade 3 ‐ Iniciar redução para 2500 RPM / 25 pol. no motor operante 4 ‐ Realizar CHECK DE 500 ft. AGL 3.16 ‐ Rolagem ao pátio e corte do motor Logo após o pouso, se a intenção for arremeter, proceda segundo a autorização do instrutor. Caso seja pouso completo, manter o controle direcional da aeronave de forma suave, livrando a pista pela interseção em baixa velocidade a fim de evitar o uso desnecessário dos freios. Esteja atento à outras aeronaves no táxi e no pátio, estacionando a aeronave de acordo com as instruções do instrutor, pessoal de manutenção ou balizador. 53 Cheque após o pouso 1 ‐ Flaps....................................................................................Recolhidos 2 ‐ Bombas de combustível......................................................Desligadas 3 ‐ Farol de pouso......................................................................Desligado 4 ‐ Transponder.............................................................STBY / Cód. 2000 Cheque de corte do motor 1 ‐ Freio de estacionamento.......................................................Aplicado 2 ‐ Manetes de hélice................................................................MÁX RPM 3 ‐ Rádios e equipamentos elétricos...................................................OFF 4 ‐ Manetes de potência...........................................................1500 RPM 5 ‐ Mistura.................................................................................CORTADA 6 ‐ Luz anti – colisão............................................................................OFF 3.17 ‐ Abandono Muita atenção com o cheque de abandono. Por parecer simples e ser o último cheque, às vezes é realizado sem muita atenção por parte do piloto/aluno. Este item tem a mesma importância que os outros itens e deverá ser executado com toda a atenção possível e sem pressa. Cheque de abandono 1 ‐ Luz anti ‐ colisão.............................................................................OFF 2 ‐ Master............................................................................................OFF 3 ‐ Alternadores...................................................................................OFF 4 ‐ Magnetos........................................................................................OFF 5 ‐ Portas e janelas.....................................................................Fechadas 6 ‐ Tubo de pitot........................................................................Encapado 7 ‐ Aeronave.......................Calçada e freio de estacionamento liberado 54 SEÇÃO 4‐ PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA 4.1 ‐ Generalidades Os procedimentos recomendados para situações de emergência encontram‐se nesta seção. Nela contém as velocidades para as operações com segurança, lista condensada de verificações, bem como ampliação e detalhamento dos procedimentos de emergência. 4.2 ‐ Fogo no motor durante o acionamento Se ocorrer fogo no motor durante a partida ou durante as operações no solo, aplique o seguinte procedimento e se houver tempo e meios de socorro, peça ajuda pelo rádio. 1 ‐ Motor de partida...................................................................Acionado 2 ‐ Mistura.................................................................................CORTADA 3 ‐ Manete de potência.......................................................Toda a frente 4 ‐ Seletora de combustível.........................................Alavancas em OFF * Caso o fogo persista, abandone a aeronave e utilize meios externos para extinguir o fogo. 4.3 ‐ Fogo no motor em voo Mesmo que o fogo no motor seja extremamente raro em voo ele poderá ocorrer. Se ocorrer durante o voo, deve‐se seguir os passos abaixo descritos e se houver tempo e meios de socorro, peça ajuda pelo radio. 55 Após executar as ações previstas no manual, efetuar check de aterragem sem potencia. * Com pouso assegurado efetuar o cheque de embandeiramento 1 ‐ Seletora de combustível.........................................Alavancas em OFF 2 ‐ Manetes de potencia.............................................................Reduzida 3 ‐ Misturas..............................................................................CORTADAS 4 ‐ Bombas de combustível......................................................Desligadas 5 ‐ Aquecimento da cabine e desembaçador............................Fechados SE O TERRENO PERMITIR POUSE IMEDIATAMENTE 4.4 ‐ Falha nos motores Numa falha na decolagem, a ação a ser tomada dependerá das circunstâncias de cada situação. O piloto terá que decidir entre abortar a decolagem ou tentar decolar. Sua decisão deve basear‐se nas condições gerais da decolagem (peso do avião, temperatura do ar, altitude do aeródromo, características da área, etc) e na velocidade em que ocorreu a pane. O piloto deverá estar previamente preparado para tomar a resolução mais acertada, de acordo com a pista e o ponto de decolagem, abaixo ou acima de 500 ft AGL. 4.4.1 ‐ Pane na corrida de decolagem Caso a pane seja em apenas um motor, fique atento para o movimento brusco de guinada, pois a força de empuxo do motor operante junto ao arrasto do motor que apresentou a falha faz com que a aeronave desvie para o lado do motor afetado, deve‐se corrigir este movimento com o uso do pedal contrário ao movimento que a aeronave venha fazer e com a redução imediata dos dois manetes de potência. 56 1 ‐ Reduzir toda a potência 2 ‐ Manter o controle direcional com os pedais 3 ‐ Usar freios conforme necessário 4 ‐ Master OFF 5 ‐ Seletoras de combustível OFF 4.4.2 ‐ Falha dos motores na decolagem 1 ‐ Manter velocidade de melhor razão de subida monomotor (BLUE LINE) de 105 MPH 2 ‐ Pousar na pista se houver espaço suficiente caso contrário com climb positivo recolha o trem de pouso. 3 ‐ Mantenha o rumo após a decolagem e velocidade de 105 MPH 4 ‐ Leve as duas manetes de potência toda a frete (máximo) 5 ‐ Corrigir o movimento de guinada com o pedal 6 ‐ Defletir o aileron em 5° para o lado do motor operante 7 ‐ Verificar magnetos ligados 8 ‐ Verificar bombas de combustível ligadas 9 ‐ Realizar cheque de embandeiramento Check de Embandeiramento 10 ‐ Reduzir o manete de potência do motor em pane 11 ‐ Reduzir o manete de passo do motor em pane (EMBANDEIRAR) 12 ‐ Reduzir o manete da mistura do motor em pane (CORTADA) 13 ‐ Bomba de combustível do motor em pane desligada 14 ‐ Magnetos do motor em pane desligados 15 ‐ Alternador do motor em pane desligado 16 ‐ Cowl flap do motor em pane fechado 17 ‐ Reduzir a carga elétrica O embandeiramento só será feito enquanto o motor tenha o mínimo de 800 RPM, abaixo não há força no governador suficiente para mover as hélices para a posição embandeirada. 57 4.4.3 ‐ Falha dos motores em voo 1 ‐ Manter velocidade de melhor razão de subida monomotor (BLUE LINE) de 105 MPH 2 ‐ Leve as duas manetes de potência toda a frete (máximo) 3 ‐ Corrigir o movimento de guinada com o pedal 4 ‐ Defletir o aileron em 5° para o lado do motor operante 5 ‐ Cheque de reacionamento CASO NÃO REACIONE PROCEDA COM O CHECK E EMBANDEIRAMENTO 4.4.4 ‐ Cheque de reacionamento Cheque de reacionamento 1 ‐ Velocidade de melhor razão de subida mono (BLUE LINE)..105 MPH 2 ‐ Motor em pane....................................................................Identificar 3 ‐ Bomba de combustível do motor inoperante................................ON 4 ‐ Seletora de combustível motor inop..................Alavanca em X‐FEED A bomba de combustível só será ligada caso o motor não acione 5 ‐ Mistura do motor inop.................................................................RICA 6 ‐ Manete de passo do motor inop.........................................MÁX RPM 7 ‐ Manete de potência do motor inop...................Avançar (+/‐ 1,5 cm) 8 ‐ Magnetos.........................................................................................ON 9 ‐ Botão de starter do motor inop..............................................Acionar 10 ‐ Manete de potência do motor inop..................Reduzir / 1000 RPM 11 ‐ Alternador do motor inop........................................................ligado Caso o motor reacione abra o cowl flap Procure voar o mais rápido possível para um aeródromo mais próximo, se o vôo em regime de cruzeiro for maior que 30 min. coloque a alavanca da seletora de combustível do motor inoperante a posição X‐FEED, o motor em funcionamento irá consumir combustível do tanque do motor inoperante balanceando a aeronave. 58 4.4.5 ‐ Aterragem sem potência Se o reacionamento do(s) motor(es) não ocorrer e uma aterragem sem potencia (pouso forçado) seja iminente e sem condições de alcançar uma pista, selecione um campo adequado dando preferência a pastos, gramados e etc. Proceda conforme o cheque de aterragem sem potência e esteja atento a fios de alta tensão, animais no campo, árvores, morros e irregularidades no terreno. Se houver tempo transmita via rádio a situação de emergência real e o local previsto para a aterragem. Cheque de aterragem sem potência 1 ‐ Velocidade de segurança.......................................................105 MPH 2 ‐ Local seguro para pouso...........................................................Definir 3 ‐ Manetes de potência...........................................................Reduzidas 4 ‐ Misturas.................................................................................Cortadas 5 ‐ Magnetos............................................................................Desligados 6 ‐ Seletora de combustível.........................................Alavancas em OFF 7 ‐ Objetos cortantes.................................................Afastados do corpo 8 ‐ Portas e janelas........................................................................Abertas9 ‐ Cintos e suspensórios........................................Passados e ajustados 10 ‐ Pouso..........................................................................Contra o vento 11 ‐ Pouso garantido..........................................Trem de pouso ‐ abaixar 12 ‐ Máster..........................................................................................OFF * Com pouso assegurado, ajustar flap full e tocar com a menor velocidade possível. 4.5 ‐ Parafuso acidental Quando a velocidade de voo for perdida ou diminuída abaixo de um mínimo, habitualmente chamado de velocidade de perda, o avião entra 59 em perda de sustentação (STALL). O parafuso resulta de uma perda acentuada com queda de asa, executada de propósito ou acidentalmente. Em geral, uma perda acentuada com queda de asa provoca um parafuso. A saída de um parafuso deverá ser realizada reduzindo toda a potência, aplicando pedal do leme de direção para o lado oposto ao giro e neutralizar o manche. O avião para de girar e fica na posição de mergulho acentuado. Nesta fase, o leme de direção é neutralizado. Para sair do mergulho, assim que se atingir a velocidade de 80 MPH, puxar o manche com suavidade para trás, atento aos esforços exercidos sobre a aeronave, levando o nariz do avião para a posição de voo horizontal. Assim que tenha sido recuperada a posição normal de voo horizontal, acelerar até o regime normal de cruzeiro. 4.6 ‐ Emergência no trem de pouso Havendo este tipo de emergência na aproximação, desconsidere o pouso, arremeta livrando o circuito para um local e um nível seguro, após realize o procedimento indicado para este tipo de emergência. A alavanca de emergência do trem de pouso, situada logo abaixo da alavanca seletora do trem de pouso, quando comandada, alivia a pressão hidráulica para permitir que o trem de pouso abaixe por gravidade, o trem de pouso do nariz é ainda auxiliado por uma mola. 60 Abaixamento do trem de pouso em emergência 1 ‐ Verificar se as luzes de navegação estão ligadas, se estiverem, “DESLIGAR” 1A ‐ Identificar se alguma luz de travamento do trem de pouso está apagada (Luzes verdes), se existir, trocá‐las de posição e ciclar a alavanca do trem de pouso “UP” e “DOWN” 1B ‐ Após a troca se a luz de travamento do trem de pouso permanecer apagada, proceda como se segue: 2 ‐ Velocidade reduzir para........................................................100 MPH 3 ‐ Seletora do trem de pouso.......................................................DOWN 4 ‐ Alavanca do trem de pouso em emergência............................PUXAR 5 ‐ Verifique o acendimento das luzes de travamento do trem de pouso (Luzes verdes) Obs.: Caso haja dúvidas sobre o travamento do trem de pouso, realize movimentos de guinada utilizando os pedais da aeronave para um possível travamento. Se a dúvida persistir, coordene com o pessoal de solo um check visual do trem de pouso abaixado, realizando uma passagem baixa no eixo da pista. Mesmo que confirmado o travamento, realize uma aproximação com FLAP 0° e toque o solo primeiramente com o trem principal o mais suave possível, após mantenha o trem de pouso do nariz o maior tempo possível no ar, para que o mesmo toque com muita suavidade. 61 Aterragem sem trem de pouso 1 ‐ Realize uma aproximação com FLAP 0° em uma rampa um pouco mais alta do que o normal 2 ‐ Com pouso assegurado, realize cheque de aterragem sem potência 3 ‐ Quebre o planeio próximo a pista, mantendo a atitude de voo reto horizontal 4 ‐ Aguarde o toque mantendo a aeronave paralela ao solo, sem arredondar, evitando com que a aeronave toque a cauda primeiro e com a inércia o nariz da aeronave toque com muita força ao solo 5 ‐ Utilize os pedais do leme para manter o controle direcional e aguarde a parada total da aeronave 6 ‐ Com a parada total, abandone a aeronave * Puxe a alavanca do trem de pouso em emergência para trás e aguarde o abaixamento por gravidade. 62 MANUAL DE MANOBRAS 63 O manual de manobras do Seneca I do Aeroclube de Bragança Paulista, tem como objetivo citar, explicar e exemplificar todas as manobras previstas na grade curricular dos nossos cursos, em conformidade com o padrão da ANAC, as quais serão executadas durante o treinamento para fins de cumprimento do programa de instrução. Através deste manual e do manual de operações da aeronave, o piloto/aluno poderá estudar antecipadamente todo o conteúdo a ser visto no próximo voo. É recomendado que durante os estudos , os alunos pratiquem voo mental e hora de nacele. Separe um tempo antes de cada vôo e sente‐ se dentro do avião para familiarizar‐se com tudo em sua volta, observando o posicionamento dos instrumentos e dos comandos de vôo. Estes itens sempre se mostram fundamentais ao aprendizado, melhorando em muito a proficiência do piloto/aluno durante o voo. ‐ Atualizações e Correções 01/2014 05/11/2014 Caminata – Coordenador de Curso 64 ÍNDICE 1 ‐ Ground School..............................................................................Pg.66 2 ‐ Realização da prova do equipamento.........................................Pg. 66 3 ‐ Familiarização com o equipamento............................................Pg. 67 4 ‐ Briefing e debriefing....................................................................Pg. 67 5 ‐ Inspeção pré ‐ voo.......................................................................Pg. 67 6 ‐ Áreas de treinamento em SBBP..................................................Pg. 68 7 ‐ Acionamento...............................................................................Pg. 68 8 ‐ Cheques.............................................................................. Pg. 69 e 70 9 ‐ Rolagem (táxi).............................................................................Pg. 70 10 ‐ Decolagem.........................................................................Pg. 71 e 72 11 ‐ Tipos fundamentais de voo.......................................................Pg. 73 11.1 ‐ Voo ascendente.....................................................................Pg. 73 11.2 ‐ Voo reto horizontal........................................................Pg. 73 e 74 11.3 ‐ Voo descendente...................................................................Pg. 74 11.4 ‐ Voo planado...........................................................................Pg. 75 11.5 ‐ Passagem dos tipos fundamentais de vôo.....................Pg. 76 a 79 12 ‐ Curvas................................................................................Pg. 79 a 81 12.1 ‐ Curvas de pequena inclinação...............................................Pg. 82 12.2 ‐ Curvas de media inclinação............................................Pg. 82 e 83 13 ‐ Voo em retângulo..............................................................Pg. 84 e 85 14 ‐ Coordenação do 1° tipo.....................................................Pg.
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