Prévia do material em texto
1 EMPREGADO Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Requisitos da relação de emprego: Pessoa Física - Intuito personae - pessoalidade Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Não Eventualidade - Continuidade, habitualidade - Não necessariamente diário Ex: plantão fixo Onerosidade Subordinação Jurídica - teletrabalho - Telessubordinação ou subordinação virtual - Login/logout - Trabalho on line e off line Art. 6o Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. Espécies de trabalhadores (empregado e não empregado) 1) Empregado em domicílio - Labor em domicílio ou outro local que escolher, desde que não seja o local de trabalho do empregador - Dá-se como teletrabalho, trabalho periférico, a distância ou remoto, com ou sem tecnologia. - Sem fiscalização direta e imediata do empregador Art. 83 - É devido o salário mínimo ao trabalhador em domicílio, considerado este como o executado na habitação do empregado ou em oficina de família, por conta de empregador que o remunere. 2) Empregado aprendiz - Pessoa entre 14 e 24 anos - Contrato por prazo determinado - Contrato escrito Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico- profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação. § 1o A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula e freqüência do aprendiz na escola, caso não haja concluído o ensino médio, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica. § 2o Ao menor aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o salário mínimo hora. § 3o O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência. § 4o A formação técnico-profissional a que se refere o caput deste artigo caracteriza-se por atividades teóricas e práticas, metodicamente organizadas em tarefas de complexidade progressiva desenvolvidas no ambiente de trabalho. § 5o A idade máxima prevista no caput deste artigo não se aplica a aprendizes portadores de deficiência. 2 § 6o Para os fins do contrato de aprendizagem, a comprovação da escolaridade de aprendiz com deficiência deve considerar, sobretudo, as habilidades e competências relacionadas com a profissionalização. § 7o Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio para o cumprimento do disposto no § 1o deste artigo, a contratação do aprendiz poderá ocorrer sem a freqüência à escola, desde que ele já tenha concluído o ensino fundamental. § 8o Para o aprendiz com deficiência com 18 (dezoito) anos ou mais, a validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na CTPS e matrícula e frequência em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica. 3) Empregado doméstico - LC 150/2015: CLT Art. 7º Os preceitos constantes da presente Consolidação salvo quando fôr em cada caso, expressamente determinado em contrário, não se aplicam: a) aos empregados domésticos, assim considerados, de um modo geral, os que prestam serviços de natureza não-econômica à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas; LC 150/2015: Art. 1o Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. Ex: mordomo, jardineiro, copeira, motorista, arrumadeira, governanta, etc. O empregador doméstico não visa lucro com o serviço prestado pelo empregado doméstico. Se houver lucro pelo empregador doméstico, a relação será regida normalmente pela CLT. - Trabalhador em chácara - ? Idade mínima – 18 anos Jornada máxima – 8h diárias e 44h semanais Intervalo intrajornada – 1 a 2 horas, podendo reduzir para 30 minutos, mediante acordo prévio e escrito. (art. 13, § 1º da LC 150/2015) Admite-se a compensação de horas Contrato por prazo determinado – contrato de experiência e necessidade transitória ou substituição de outro empregado doméstico com contrato suspenso ou interrompido. (art. 4º da LC 150/2015) 4) Empregado rural – Lei 5.889/73 CLT Art. 7º Os preceitos constantes da presente Consolidação salvo quando fôr em cada caso, expressamente determinado em contrário, não se aplicam: [...] b) aos trabalhadores rurais, assim considerados aqueles que, exercendo funções diretamente ligadas à agricultura e à pecuária, não sejam empregados em atividades que, pelos métodos de execução dos respectivos trabalhos ou pela finalidade de suas operações, se classifiquem como industriais ou comerciais; LEI 5.889/73 Art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário. Art. 3º - Considera-se empregador, rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agro-econômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados. A lei 5889/73 regulamenta todo o trabalho rural, seja trabalhador em sentido amplo ou empregado. Como trabalhadores rurais autônomos (não empregados) tem-se os parceiros e meeiros. 3 * Prédio rústico – sem água encanada, gás, luz elétrica, asfalto e destinado a exploração agrícola, pecuária, extrativa ou agroindustrial, independente se localizado no perímetro urbano ou rural. Não é o local de prestação de serviço que define se o empregado é rural, mas a atividade do empregador. Trabalho noturno – entre 21h e 5h na lavoura 20h e 4h na pecuária Adicional de trabalho noturno – 25% Hora noturna não reduzida – 1h = 60min Tempo indeterminado ou determinado Art. 14. [...] Parágrafo único. Considera-se contrato de safra o que tenha sua duração dependente de variações estacionais da atividade agrária. Art. 14-A. O produtor rural pessoa física poderá realizar contratação de trabalhador rural por pequeno prazo para o exercício de atividades de natureza temporária. § 1o A contratação de trabalhador rural por pequeno prazo que, dentro do período de 1 (um) ano, superar 2 (dois) meses fica convertida em contrato de trabalho por prazo indeterminado, observando-se os termos da legislação aplicável. 5) Empregado Público Empregado público • Regime contratual• CLT • Função pública • Regido pelo direito do trabalho • Comum para empresas públicas, sociedades de economia mista e etc. Funcionário público • Regime legal – lei 8.112/90 (federal) • Estatuto • Cargo público • Regido pelo direito administrativo - Empregado da União, Estados, Distrito Federal, Municípios, Autarquias; - Regidos Pela CLT e não por estatutos; - Admissão por concurso público de provas ou provas e títulos (Artigo 37, LI, CF/88). 6) TRABALHADOR TEMPORÁRIO - LEI 6.019/74 Art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou à acréscimo extraordinário de serviços. - Atendimento a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de tarefas de outras empresas; - Empresa prestadora de serviços e empresa tomadora de serviços; - Prazo máximo de 3 meses – art. 10; - Vínculo com a empresa prestadora de serviços. - Proibição de cobrança de qualquer taxa de mediação – art. 18 - Responsabilidade solidária da empresa tomadora 7) TRABALHADOR AUTÔNOMO - pessoa física; - prestação de serviços habituais por conta própria; - assume os riscos da atividade; - inexistência do elemento subordinação; - * Não exclusividade; - * Atividade urbana – engenheiro agrônomo, veterinário. Ex: representante comercial, corretor de imóveis, cabeleireiro, advogado e outros. 4 8) TRABALHADOR EVENTUAL - pessoa física; - serviços esporádicos/eventual – contratado para trabalhar em certo evento ou obra - mais de uma pessoa; - não coincide com as atividades fins da empresa; - descontinuidade na prestação de serviços. Ex: eletricista que vai consertar a máquina de lavar da lavanderia de roupas; chapa, boia-fria 9) TRABALHADOR AVULSO - Pessoa física; - Prestação de serviços sem vínculo empregatício; - Sindicalizado ou não; - Intermediação obrigatória do sindicato da categoria profissional (arregimentado pelo sindicato) ou órgão gestor de mão de obra; - Não é uma relação intuitu personae – pessoalidade; - prestação de serviços a várias pessoas; - Pagamento feito pela intermediária; Ex: estivador, conferente de carga e descarga, armador de embarcação, ensacador, 9) ESTAGIÁRIO - Ato educativo que visa formação profissional; - Pessoa física; - Não empregado; - Frequência no ensino regular de curso superior, educação profissional, ensino médio, educação especial, anos finais do ensino fundamental (modalidade profissional da educação de jovens e adultos); - Obrigatório (requisito para aprovação) ou não; - Compatibilidade da atividade com o curso; - Prazo máximo de 2 anos; - Pagamento de “bolsa” e não salário e não é obrigatória; - Jornada – 4 horas diárias e 20 horas semanais (estudante de educação especial e anos finais do ensino fundamental, modalidade profissional de jovens e adultos); 6 horas diárias e 30 horas semanais (estudante do ensino superior, educação profissional de nível médio e ensino médio regular); - Não há horas extras, FGTS, 13º; - Auxílio transporte – somente para estágio não obrigatório; - Recesso remunerado, se houver bolsa; - Seguro para acidentes pessoais - Descumprimento – sanção – reconhecimento de vínculo empregatício