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Aula 9 – Bioquimica II / Noturno Degradação de Aminoácidos e Ciclo da Ureia Os aminoácidos são oriundos da dieta, da degradação de proteínas intracelulares ou de síntese a partir de esqueletos carbônicos. Quando há aminoácido em excesso, eles serão degradados em nitrogênio, liberando esqueleto carbônico. O nitrogênio pode ser liberado livre ou transportado para outro aceptor. Nenhum aminoácido fica em excesso! O esqueleto carbônico pode ser usado para fazer energia. O nitrogênio pode ser usado para síntese de outros aminoácidos, nucleotídeos, entre outras coisas. Também pode ser excretado pelo ciclo da ureia que vai liberar a ureia. Dentre as diversas reações de transaminação, tem uma que transfere amino de um aminoácido qualquer para um esqueleto carbônico qualquer. Existem dezenas de enzimas que fazem reações iguais a essas e são chamadas desaminotransferases, porque tem 2 esqueletos carbônicos: um com amino e um sem. Ela vai transferir o amino de um esqueleto para o outro, logo um tem que ser aminoácido e o outro alfa ceto A, que é o nome global que se dá para o esqueleto carbônico sem nitrogênio. O que varia dependendo da aminotransferase é que ela vai usar um aminoácido diferente e um alfa ceto a diferente. Algumas são especificas para o aminoácido, outras são específicas para o alfa ceto a. Aspartato aminotransferase Usa obrigatoriamente aspartato e alfa ceto glutarato, e o produto é obrigatoriamente oxaloacetato e glutamato. O glutamato é importante pois o nitrogênio só pode entrar na mitocôndria por ele e pela glutamina. Aminoácidos em geral não conseguem entrar na mitocôndria, mas o glutamato consegue. Os transportadores normalmente estão comprometidos com outras funções, então a entrada do nitrogênio não é feita por eles e sim por glutamato e glutamina. Vai ter mais ou menos uma enzima para cada alfa ceto glutamato. Em jejum ocorre a reação de alanina e alfa ceto glutarato, gerando glutamato e piruvato com o objetivo de levar piruvato ao ciclo de Krebs. O nitrogênio da alanina vai para glutamato e ai pode ir para o ciclo da ureia ou para onde o corpo precisar. Em jejum o musculo libera alanina ou glutamina , dependendo da concentração de ureia. Exceções - Liberam amônia livre! A remoção de nitrogênio que não acontece pelas aminotransferases ocorre diretamente e é chamada de desaminação direta de alfa amino. Direta porque o amônio é liberado diretamente no meio, não sendo colocado em esqueleto carbônico. O nitrogênio que está sendo retirado é liberado como amônia no meio. Cada aminoácido vai ter usa enzima ou conjunto de enzimas. No caso da serina é a serina desidratase. A desaminação direta da serina também gera piruvato, mas a serina não é liberada pelo musculo em grande quantidade logo não é tão significativo. A treonina é outro aminoácido que usa a treonina desidratase para liberar amonia e alfa cetobutirato. Bloco de reações que vao ocorrer quando se quer expulsar os aas do organismo: Dentre as transaminações, alanina é a principal que fornece esqueleto carbônico para o metabolismo energético todas as outras não são muito significativas para o metabolismo energético. Estas são importantes para a detoxicação de nitrogênio. Exceções que não transaminam liberam amônia diretamente e são importantes para a detoxicação do nitrogênio a histidina também libera amônia livre pela histidina amônio liase. Glutamato é fácil de fazer! Degradação da metionina leva a síntese de cisteina, e se quiser degradar a cisteina leva a síntese de piruvato. Metionina e cisteina também são desaminados diretamente. Serina, Treonina, Histidina, Metionina, Cisteína e Asparagina são os aas vistos! Asparagina: não é alfa amino, mas sim amino do grpo R. depois que desamino esse amino com asparagenase eu formo aspartato, que é transaminado facilmente. Glutamina é uma desaminação direta muito importante que é necessário saber! Como existem duas entradas de nitrogênio, o glutamato e a glutamina, é importante saber como ocorre a desaminação da glutamina pois ocorre dentro da mitocôndria fornecendo nitrogênio diretamente para o ciclo da ureia. Glutamato recebe nitrogênio de diversos aminoácidos. O mais critico é a alanina, que é muito relevante para a gliconeogênese e assim é uma fonte de nitrogênio significativa. A glutamina vem de tecidos extra-hepáticos, e tem a vantagem de ter dois nitrogênios num esqueleto carbônico. Tanto glutamina quanto alanina podem vir da circulação. Glutamina é produzida partindo de um glutamato: quando ela é quebrada, libera glutamato e amônia. A glutamina é um glutamato com mais uma amina, e para sintetiza-la gasta-se energia. A amônia que já esta liberada pela desaminação pode ir para a síntese de glutamina. O figado faz isso com objetivo de se livrar da amônia no citosol. O ciclo de ureia é so no figado! Em todos os órgãos a liberação do nitrogênio é para a circulação. O figado pega a glutamina que veio do corpo todo, os aas em excesso (aumentando o nitrogênio deles) então se esse nitrogênio for passível de ser transaminado o figado faz glutamato, se não ele arranca diretamente e libera amônia, que junto do glutamato vai produzir glutamina. Essa glutamina se junta com a que veio dos tecidos hepáticos. A única saída de nitrogênio em mamíferos é o ciclo da ureia, a reação de glutamato+amônia formando glutamina ocorre primeiro em todos os tecidos, depois no figado somente na extensão das desaminações diretas que são produzidas. Glutamato usando energia permite a síntese de glutamina. Intermediário ativado onde eu coloco um fosforo onde quero por o amino, formando uma ligação altamente energética, e depois troco o fosfato pela amina. A enzima que faz essa reação é a glutamina sintase, a glutamina então entra na mitocôndria onde será degradada. A síntese de glutamina então gasta energia, é feita pela glutamina sintase e utiliza amônia livre e glutamato. O glutamato que chega certamente foi produzido no figado. A glutamina vem de todos os órgãos. Alanina: degradação do musculo Não faz sentido o musculo degradar glicogênio para fazer piruvato para virar alanina. Tem que chegar à piruvato a partir de AA. 1 degradação da proteína muscular 2 degradação de aas fornecendo esqueleto carbônico a piruvato para virar alanina 3 glutamato + amônia liberando glutamina Ciclo da ureia Tem duas entradas de nitrogênio pois a ureia tem dois nitrogênios, então a cada volta do ciclo tem de haver duas entradas. A primeira vem da amônia, e a segunda do aspartato. Então para o ciclo da ureia rodar eu tenho que ter aspartato e amônia, sendo o aspartato no citosol e a amônia dentro da mitocôndria. Todo o nitrogênio que chega na mitocôndria tem que ser direcionado para esses dois fins: meio para a amônia e meio para o aspartato. Não transfiro o nitrogênio do aspartato para o outro esqueleto carbono, pois a reação vai utilizar o próprio esqueleto carbônico do aspartato. Dentro da mitocôndria pode fazer duas coisas com o glutamato: usar glutamato desidrogenase para liberar nitrogênio como amônia u usar para fazer aspartato por transaminação. A glutamina so é feita para entrar na mitocôndria do figado, para liberar nitrogênio e virar glutamato. Único ponto que não tem escolha é a glutamina, que tem sempre que arrancar a amônia pela glutaminase, gerando glutamato. Já o glutamato tem dois destinos: amônia livre e aspartato. O ciclo da ureia consome amônia na mitocôndria e aspartato fora da mitocôndria. Oxaloacetato ganha amina e vira aspartato! Glutamina é formada para entrar na mitocôndria. Ao entrar, obrigatoriamente vira glutamato. Transaminação sempre produz glutamato, e desaminação sempre produz amônia livre. Parte 2 Ciclo da ureia Na molécula de ureia tem dois nitrogênios e um carbono, que não vem de nenhum esqueleto carbônico e sim de uma molécula de co2 que é incorporada na primeira etapa do ciclo, gastando energia para fazer a condensação. Primeira enzima é a carbamoil fosfato sintetase Usa dois atps gerando a carbamoil fosfato. É uma etapa limitante e comprometida da via, o que é bom pois condensa a amônia com o carbono impedindo ela de ficar livre. Boa parte da ureia esta pronta na primeira reação: todo o resto do ciclo vai ser para adicionar um nitrogênio na molécula. O primeiro atp liga amônia e co2, o segundo é uma ligação temporária que sai para ligar a ornitina. Daqui para frente é uma serie de ativações e trocas de ligantes. Ornitina + carbamoil fosato gera citrulina pela ornitina transcarbamoilase. Citrulina sai da mitocôndria e é ativada por atp, e vira arginosuccinato, que é a união de aspartato, carbamoil e ornitina. A enzima que faz isso é a arginosuccinato sintetase. Agora a ureia está pronta, mas ainda não foi liberada. O primeiro grupo a sair do ciclo é o fumarato, gerando arginina. A enzima que faz isso é a arginosucinase. Segunda limpeza que pode ser feita é através da arginase, gerando ornitina e liberando ureia, que é jogada na corrente sanguínea e o rim filtra. Regulação Glutamato desidrogenase - Capaz de usar nadh ou nadph, regulada pelo balanço energético. Carbamoil fosfato sintetase – regulação importante. O ciclo da ureia não tem regulação hormonal, so por balanço energético e por sincronização da via: O ciclo so vai ocorrer se houver arginina: N acetil glutamato é o regulador, se houver arginina ativa uma reação e o produto dessa reação ativa a carbamoil fosfatossintetase, logo ela é o sinal. É importante para garantir que o ciclo rode e que tenha ornitina. Assim regula a reação que produz e que degrada a amônia. Regulador é arginina ao invés de ornitina, pois a arginina é usada em outras reações, logo é passível de ter sua concentração reduzida por estar sendo usada para outros fins. Ciclo da ureia x ciclo de Krebs. Oxaloacetato sendo usado para fazer aspartato, vai para o ciclo da ureia e retorna como fumarato, que pode entrar diretamente ou virar malato. Nadh Reservas de fumarato e malato produz nadh. Caso eu precise disso no citosol, isso será feito la, se eu não precisar, será feito na mitocôndria. Em jejum, é preciso que haja nadh pois é necessário na gliconeogênese. Tiro o nitrogênio para fazer o ciclo da ureia e recupera os esqueletos para produção de energia ou o que ele precisar. Peixe: economiza atp liberando ureia, insetos/aves: acido úrico é menos toxico e agregam a liberação da excreta com liberação de radical livre. -FIM-
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