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Aula 04 Direito Tributário

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DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL 
Prof.: Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br 1 
 
PROFESSOR EDVALDO NILO 
DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA 
FEDERAL – AULA 4 - Legislação Tributária. Constituição Emendas à 
Constituição. Leis Complementares. Leis Ordinárias. Leis Delegadas. 
Medidas Provisórias. Tratados Internacionais. Decretos. Resoluções. 
Decretos Legislativos. Convênios. Normas Complementares. Vigência 
da Legislação Tributária. Aplicação da Legislação Tributária. 
Interpretação e Integração da Legislação Tributária. 
 
PARTE 1 (ESAF) – VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA. 
APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA. INTERPRETAÇÃO E 
INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA. 
 
1. (AFRF/2000/ESAF) Segundo o Código Tributário 
Nacional, os atos normativos expedidos pelas autoridades 
administrativas entram em vigor, salvo disposição em 
contrário, 
a) no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que 
ocorra a sua publicação. 
b) 30 dias após sua publicação. 
c) 45 dias após sua publicação. 
d) na data da sua publicação. 
e) na data de sua assinatura. 
 
Segundo o art. 103, I, do CTN, os atos normativos expedidos 
pelas autoridades administrativas entram em vigor, salvo disposição 
em contrário, na data da sua publicação. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “d”. 
 
2. (AFE/PI/2002/ESAF) Lei instituidora de tributo, 
publicada em 30 de dezembro, omissa quanto à data de 
início de sua vigência, tornar-se-á obrigatória: 
a) na data de sua publicação. 
b) no primeiro dia do exercício financeiro seguinte. 
c) trinta dias após a data de sua publicação. 
d) quarenta e cinco dias após a data de sua publicação. 
e) sessenta dias após a data de sua publicação. 
 
A lei instituidora de tributo, publicada em 30 de dezembro, 
omissa quanto à data de início de sua vigência, tornar-se-á 
obrigatória quarenta e cinco (45) dias após a data de sua 
publicação. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL 
Prof.: Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br 2 
 
É a aplicação subsidiária do art. 1º da Lei de Introdução ao 
Código Civil – LICC (Decreto-Lei nº 4.567/1942). 
 
Registra-se que a banca não adotou no caso o art. 104, I, do 
CTN, que estabelece que entram em vigor no primeiro dia do 
exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os 
dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou 
a renda: (i) que instituem ou majoram tais impostos. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “d”. 
 
3. (ATE/MS/2001/ESAF) Os convênios sobre matéria 
tributária, incluídos entre as normas complementares da 
legislação tributária, têm como regra de vigência temporal o 
seguinte: 
a) entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte ao 
de sua publicação 
b) entram em vigor trinta dias após a data de sua 
publicação. 
c) entram em vigor na data neles prevista. 
d) entram em vigor na data de sua publicação. 
e) entram em vigor trinta dias após sua homologação pela 
Assembléia Legislativa. 
 
Segundo o art. 103, III, do CTN, convênios sobre matéria 
tributária, incluídos entre as normas complementares da legislação 
tributária, entram em vigor, salvo disposição em contrário, na data 
neles prevista. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “c”. 
 
4. (AFRF/2005/ESAF) Considerando os temas “vigência” 
e “aplicação” da legislação tributária, julgue os itens a 
seguir. Marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a 
falsa, assinalando ao final a opção correspondente. 
( ) É condição de vigência da lei tributária a sua eficácia. 
( ) O CTN veda a extraterritorialidade da legislação 
tributária. 
( ) Não é vedado aos decretos dispor sobre o termo inicial 
da vigência dos atos expedidos pelas autoridades 
administrativas tributárias. 
( ) O Código Tributário Nacional adota como regra a 
irretroatividade da lei tributária. 
a) V F F V. 
b) F F V F. 
DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL 
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c) F F V V. 
d) V F V V. 
e) V F V F. 
 
O primeiro item é falso, porque não é condição de vigência da 
lei tributária a sua eficácia. Lembre-se do princípio da anterioridade, 
podendo a lei ser vigente, mas ainda não eficaz. 
 
O segundo item é falso, porque o CTN permite a 
extraterritorialidade da legislação tributária. 
 
O art. 102 do CTN autoriza a extraterritorialidade, a saber: “A 
legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em 
que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que 
participem, ou do que disponham esta ou outras leis de 
normas gerais expedidas pela União”. 
 
O terceiro item é verdadeiro, eis que não é vedado aos decretos 
dispor sobre o termo inicial da vigência dos atos expedidos pelas 
autoridades administrativas tributárias. 
 
Segundo o art. 100 do CTN, são normas complementares das 
leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: (I) 
os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; (II) 
as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição 
administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; (III) as 
práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas 
(costume); (IV) os convênios que entre si celebrem a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
 
Nesse rumo, o art. 103 trata também das normas 
complementares. Assim, segundo o art. 103, I, do CTN, salvo 
disposição em contrário, entram em vigor: I - os atos administrativos 
a que se refere o inciso I do artigo 100, na data da sua publicação. 
 
Portanto, pode um Decreto dispor sobre o termo inicial da 
vigência dos atos expedidos pelas autoridades administrativas 
tributárias, de acordo com a interpretação do art. 100, I, c/c art. 103, 
I, do CTN. 
 
O quarto item é verdadeiro, eis que o Código Tributário 
Nacional adota como regra a irretroatividade da lei tributária, isto é, 
em regra, a lei se aplica a ato ou fato futuro. A retroatividade é 
exceção, como estudaremos no próximo tópico. 
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Deste modo, a resposta é a letra “c”. 
 
5. (ATM/Recife/2003/ESAF) Avalie as formulações 
seguintes e, ao final, assinale a opção que corresponde à 
resposta correta. 
I - Em consonância com a Constituição Federal, medida 
provisória que implique majoração do imposto sobre 
propriedade territorial rural só produzirá efeitos no exercício 
financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o 
último dia daquele em que foi editada. 
II - De conformidade com a Lei nº 5.172, de 25 de outubro 
de 1966, a legislação tributária dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos 
respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam 
extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do 
que disponham o Código Tributário Nacional ou outras leis 
de normas gerais expedidas pela União. 
III - Os dispositivos de lei que definem novas hipóteses de 
incidência, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a 
renda, entram em vigor no primeiro dia do exercício 
seguinte àquele em que ocorra a sua publicação, conforme 
estabelece o Código Tributário Nacional. 
IV - Determina o Código Tributário Nacional que, salvo 
disposição em contrário, os convênios que entre si celebrem 
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
entram em vigor na data da sua publicação. 
a) Apenas as formulações I, II e III são corretas. 
b) Apenas as formulações I, II e IV são corretas. 
c) Apenas as formulaçõesI, III e IV são corretas. 
d) Apenas as formulações II, III e IV são corretas. 
e) Todas as formulações são corretas. 
 
O primeiro item é verdadeiro, pois, em consonância com o art. 
62, §2°, da Constituição Federal, medida provisória que implique 
majoração do imposto sobre propriedade territorial rural (ITR) só 
produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido 
convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. 
 
O segundo item é verdadeiro, porque de conformidade com o 
art. 102 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (CTN), a 
legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que 
lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que participem, 
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ou do que disponham o Código Tributário Nacional ou outras leis de 
normas gerais expedidas pela União. 
 
O terceiro item é verdadeiro, eis que os dispositivos de lei que 
definem novas hipóteses de incidência, referentes a impostos sobre o 
patrimônio ou a renda, entram em vigor no primeiro dia do exercício 
seguinte àquele em que ocorra a sua publicação, conforme estabelece 
literalmente o art. 104, II, do CTN. 
 
O quarto item é falso, eis que determina o art. 103, III, do 
Código Tributário Nacional que, salvo disposição em contrário, os 
convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios entram em vigor na data neles prevista. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “a”. 
 
6. (ESAF/ATRFB/2010) Entre outras limitações ao poder 
de tributar, que possuem os entes políticos, temos a de 
cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes 
do início da vigência da lei que os houver instituído ou 
aumentado. Sobre essa limitação, analise os itens a seguir, 
classificando-os como verdadeiros ou falsos. Depois, escolha 
a opção que seja adequada às suas respostas: 
I. a irretroatividade da lei tributária vem preservar o 
passado da atribuição de novos efeitos tributários, 
reforçando a própria garantia da legalidade, porquanto 
resulta na exigência de lei prévia, evidenciando-se como 
instrumento de otimização da segurança jurídica ao prover 
uma maior certeza do direito; 
II. o Supremo Tribunal Federal tem como referência, para 
análise da irretroatividade, o aspecto temporal da hipótese 
de incidência, ou seja, o momento apontado pela lei como 
sendo aquele em que se deve considerar ocorrido o fato 
gerador; 
III. a mesma lei que rege o fato é também a única apta a 
reger os efeitos que ele desencadeia, como a sujeição 
passiva, extensão da responsabilidade, base de cálculo, 
alíquotas, deduções, compensações e correção monetária, 
por exemplo; 
IV. a lei instituidora ou majoradora de tributos tem de ser, 
como regra, prospectiva; admite-se, porém, a sua 
retroatividade imprópria. 
a) Todos os itens estão corretos. 
b) Estão corretos apenas os itens I, II e III. 
c) Estão corretos apenas os itens I, III e IV. 
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d) Estão corretos apenas os itens I, II e IV. 
e) Estão corretos apenas os itens I e III. 
 
Esta questão é baseada na doutrina de Misabel Derzi (O 
princípio da irretroatividade do Direito na Constituição e no CTN, 
Revista de Direito Tributário n° 67, São Paulo: Editora Malheiros; 
Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar <notas de 
atualização>, 7° edição, Rio de Janeiro: Forense, 2003, páginas 189-
223). 
 
ITEM I. Segundo entendimento doutrinário, o princípio da 
irretroatividade é um plus a anterioridade tributária, reforçando a 
legalidade tributária e a segurança jurídica. Logo, correta. 
 
ITEM II. A aplicação da irretroatividade leva em conta o 
momento da ocorrência do fato gerador (aspecto temporal da 
hipótese de incidência). Assim, segundo o STF, a lei tributária apenas 
pode atuar sobre o fato gerador ocorrido após a sua vigência, sob 
pena de afronta a anterioridade. Logo, correta. 
 
ITEM III. Foi cópia literal do entendimento de Misabel Derzi nos 
textos já citados. Portanto, segundo o examinador, correta. 
 
ITEM IV. Foi cópia literal do entendimento de Misabel Derzi 
também, que afirma que o sistema jurídico não admite a 
retroatividade imprópria ou retrospectiva. Logo, incorreta. A 
retroatividade imprópria ocorre quando a lei atuar sobre um fato 
jurídico ainda não concluído, isto é, no direito tributário acontece 
quando a lei é aplicada sobre o fato gerador pendente, o que não é 
aceito por Misabel Derzi. 
 
Em face do exposto, a alternativa considerada correta pelo 
examinador é a letra “b”. 
 
7. (ATE/PI/2001/ESAF) A aplicação retroativa de lei 
tributária não é admitida quando: 
a) estabelecer hipóteses de isenção. 
b) for interpretativa. 
c) deixar de definir ato não definitivamente julgado como 
infração. 
d) estabelecer penalidade mais branda que a prevista na lei 
vigente ao tempo da prática do ato. 
e) deixar de tratar ato não definitivamente julgado como 
contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, 
respeitados os demais requisitos legais. 
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A aplicação retroativa de lei tributária é admitida nas hipóteses 
do art. 106 do CTN, a saber: 
 
“A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
I - em qualquer caso, quando seja expressamente 
interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à 
infração dos dispositivos interpretados; 
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: a) 
quando deixe de defini-lo como infração; b) quando 
deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de 
ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e 
não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) 
quando lhe comine penalidade menos severa que a 
prevista na lei vigente ao tempo da sua prática”. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “a”. 
 
8. (TRF/2000/ESAF) A lei não se aplica a ato ou fato 
pretérito: 
a) quando lhe comine penalidade menos severa que a 
prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. 
b) quando seja expressamente interpretativa. 
c) tratando-se de ato não definitivamente julgado quando 
deixe de defini-lo como infração. 
d) quando deixe de tratar ato não definitivamente julgado 
como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, 
não sendo fraudulento e não tendo implicado falta de 
pagamento de tributo. 
e) quando expressamente interpretativa, determine a 
aplicação de penalidade por infração dos dispositivos 
interpretados. 
 
É a aplicação novamente do art. 106 do CTN. 
 
Senão, vejamos: 
 
“A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
I - em qualquer caso, quando seja expressamente 
interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à 
infração dos dispositivos interpretados; 
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: a) 
quando deixe de defini-lo como infração; b) quando 
deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de 
ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e 
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não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) 
quando lhe comine penalidade menos severa que a 
prevista na lei vigente ao tempo da sua prática”. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “e”. 
 
9. (AFTN/94/ESAF) Lei tributáriaque, simultaneamente, 
(a) disponha sobre suspensão do crédito tributário, 
(b) sobre dispensa do cumprimento de obrigações 
acessórias, 
(c) e que defina infrações, esta última em caso de dúvida 
quanto à extensão dos efeitos do fato, interpreta-se: 
a) analogicamente, extensivamente e de maneira mais 
favorável ao acusado. 
b) literalmente, extensivamente e analogicamente. 
c) extensivamente, literalmente e analogicamente. 
d) literalmente, extensivamente e de maneira mais 
favorável ao acusado. 
e) literalmente, literalmente e de maneira mais favorável ao 
acusado. 
 
A questão solicita do candidato o conhecimento dos arts. 106, 
II, “a”, e 111 do CTN. 
 
De acordo com o art. 111 do CTN, interpreta-se literalmente a 
legislação tributária que disponha sobre: (i) suspensão ou exclusão 
do crédito tributário; (ii) outorga de isenção; (iii) dispensa do 
cumprimento de obrigações tributárias acessórias. 
 
Já o art. 106, II, “a”, estabelece que a lei tributária pode ter 
aplicação retroativa, denominando-se de retroatividade benigna ou in 
bonam partem, podendo ser aplicada ato ou fato pretérito nas 
seguintes hipóteses: (ii) Tratando-se de ato não definitivamente 
julgado: a) quando deixe de defini-lo como infração. 
 
Portanto, a resposta correta é a letra “e”. 
 
10. (AFTN/94/ESAF) 
1. Busca de um paradigma que contenha situação 
semelhante ou quase igual àquela para a qual o aplicador 
não encontrou disposição expressa. 
2. Aplicação da regra da isonomia: tratamento igual para 
casos iguais e desigual para os desiguais. 
3. Aplicação da norma mais branda e menos onerosa. 
4. Sujeita-se a interpretação literal. 
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Combine cada uma das quatro expressões acima com cada 
uma das quatro opções abaixo: 
w) anistia 
x) equidade 
y) princípio geral de direito 
z) analogia 
Qual das combinações abaixo está parcial ou totalmente 
errada? 
a) x1 y3. 
b) y2 x3. 
c) z1 w4. 
d) x3 z1. 
e) y2 w4. 
 
A analogia é busca de um paradigma que contenha situação 
semelhante ou quase igual àquela para a qual o aplicador não 
encontrou disposição expressa. 
 
Aplicação da regra da isonomia: tratamento igual para casos 
iguais e desigual para os desiguais representa um princípio geral do 
direito. 
 
Aplicação da norma mais branda e menos onerosa combina com 
a equidade. 
 
A anistia é sujeita a interpretação literal, de acordo com o art. 
111, I, do CTN. 
 
Deste modo, a resposta correta é a letra “a”. 
 
11. (AFRF/2003/ESAF) Relativamente à interpretação e 
integração da legislação tributária, avalie o acerto das 
afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F 
as falsas; em seguida, marque a opção correta. 
( ) Interpreta-se da maneira mais favorável ao sujeito 
passivo a legislação tributária que disponha sobre dispensa 
do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. 
( ) Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para 
pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus 
institutos, conceitos e formas, bem assim para definição dos 
respectivos efeitos tributários. 
( ) Na ausência de disposição expressa, a autoridade 
competente para aplicar a legislação tributária utilizará 
sucessivamente, na rigorosa ordem, a analogia, os 
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10 
 
princípios gerais de direito público, os princípios gerais de 
direito tributário e a eqüidade. 
a) F, V, F. 
b) F, F, F. 
c) F, F, V. 
d) V, V, F. 
e) V, F, V. 
 
O primeiro item é falso, pois se interpreta literalmente a 
legislação tributária que disponha sobre dispensa do cumprimento de 
obrigações tributárias acessórias, de acordo com o art. 111, III, do 
CTN. 
 
O segundo item é falso, porque os princípios gerais de direito 
privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do 
alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para 
definição dos respectivos efeitos tributários, conforme art. 109 do 
CTN. 
 
O terceiro item é falso, pois na ausência de disposição 
expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária 
utilizará sucessivamente, na rigorosa ordem, a analogia, os princípios 
gerais de direito tributário, os princípios gerais de direito público e a 
eqüidade, segundo art. 108, I a IV, do CTN. 
 
Deste modo, a resposta correta é a letra “b”. 
 
12. (PFN/98/ESAF) 
1. As normas que tratam de isenção estão sujeitas a 
______________. 
2. As normas que tratam de moratória estão sujeitas a 
______________. 
3. As normas que dizem interpretar outras, da mesma 
fonte, são de ______________. 
Observe, entre as alíneas w, x, y e z, quais as que, à luz do 
Código Tributário Nacional, preenchem corretamente, e com 
explicação plausível, as lacunas acima, e, em seguida, 
marque a opção que contém, na devida seqüência, as 
alíneas respectivas. 
w) interpretação extensiva, em atenção ao princípio 
favorabilia amplianda. 
x) interpretação extensiva, em atenção a que a regra geral 
não deve ser restringida pelo intérprete. 
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11 
 
y) interpretação retroativa, porque não tem caráter de 
inovação do sistema jurídico. 
z) interpretação literal, em atenção a que a regra geral é a 
tributação e exceções não se interpretam extensivamente. 
a) w, w, y. 
b) w, x, z. 
c) z, x, w. 
d) z, z, y. 
e) z, y, x. 
 
As normas que tratam de isenção (exclusão do crédito 
tributário) estão sujeitas a interpretação literal, em atenção a regra 
geral de que a tributação e as exceções não se interpretam 
extensivamente. 
 
As normas que tratam de moratória (suspensão do crédito 
tributário) estão sujeitas a interpretação literal, em atenção a que a 
regra geral é a tributação e exceções não se interpretam 
extensivamente 
 
As normas que dizem interpretar outras, da mesma fonte, são 
de interpretação retroativa, porque não tem caráter de inovação do 
sistema jurídico. São as normas interpretativas. 
 
Deste modo, a resposta correta é a letra “d”. 
 
13. (PFN/98/ESAF) O esclarecimento do significado de 
uma lei tributária por outra posterior configura a chamada 
interpretação 
a) ontológica. 
b) científica. 
c) integrada. 
d) autêntica. 
e) evolutiva. 
 
O esclarecimento do significado de uma lei tributária por outra 
posterior configura a chamada interpretação autêntica, que é a 
interpretação realizada pelo próprio Poder Legislativo. 
 
Deste modo, a resposta correta é a letra “d”. 
 
14. (AFPS/2002/ESAF) Sobre o tema legislação 
tributária, é correto afirmar que, nos termos do Código 
Tributário Nacional: 
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12 
 
a) a aplicação da legislação tributária restringe-se a fatos 
geradores futuros, isto é, àqueles ocorridos a partir de sua 
vigência, em consonância com o princípio constitucional da 
irretroatividade das leis. 
b) a lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito, quando 
seja expressamente interpretativa, incluída a aplicação de 
penalidade à infração dos dispositivos interpretados. 
c) a lei tributária aplica-se a ato pretérito que não tenha 
sido definitivamente julgado, quando deixe de defini-lo 
como infração. 
d) a lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito, não 
definitivamente julgado, quando deixe de tratá-lo como 
contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, inclusive 
no caso de envolver inadimplemento de obrigação principal,desde que o ato ou fato não se tenha realizado por meio de 
fraude. 
e) é permitido à autoridade administrativa empregar a 
eqüidade para dispensar o cumprimento de obrigação 
tributária principal, quando se depara com ausência de 
disposição legal expressa para decidir litígio tributário cujo 
julgamento é de sua competência. 
 
Letra (A). O art. 105 do CTN, disciplina que a legislação 
tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos 
pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início 
e não esteja completa nos termos do artigo 116 do mesmo Código. 
Logo, incorreta. 
 
Letras (B), (C) e (D). Segundo o art. 106 do CTN, “a lei aplica-
se a ato ou fato pretérito: I - em qualquer caso, quando seja 
expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade 
à infração dos dispositivos interpretados; II - tratando-se de ato 
não definitivamente julgado: a) quando deixe de defini-lo como 
infração; b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer 
exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento 
e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) 
quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei 
vigente ao tempo da sua prática”. Portanto, a resposta é a letra “c”, 
conforme o art. 106, II, “a”, do CTN. 
 
Letra (E). Segundo o art. 108, § 2º, do CTN, o emprego da 
equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo 
devido. Logo, incorreta. 
 
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15. (TTN/94/ESAF) No direito tributário brasileiro, o 
emprego da eqüidade: 
a) é o primeiro recurso para o caso de integração da 
legislação tributária. 
b) poderá resultar na dispensa do pagamento do tributo 
devido. 
c) justifica conceder-se remissão, desde que autorizada por 
lei, em relação com as características pessoais ou materiais 
do caso. 
d) afasta a interpretação literal da legislação tributária que 
trata da dispensa do cumprimento das obrigações tributárias 
acessórias. 
e) determina que a lei tributária se aplique a ato pretérito 
quando deixa de defini-lo como infração. 
 
Letra (A). Conforme o art. 108, I, do CTN, a analogia é o 
primeiro recurso para o caso de integração da legislação tributária. 
Logo, incorreta. 
 
Letra (B). Segundo o art. 108, § 2º, do CTN, o emprego da 
equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo 
devido. Logo, incorreta. 
 
Letra (C). Conforme o art. 172, IV, do CTN, “a lei pode 
autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho 
fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, 
atendendo: a considerações de eqüidade, em relação com as 
características pessoais ou materiais do caso”. Logo, correta. 
 
Letra (D). A equidade não afasta a interpretação literal da 
legislação tributária que trata da dispensa do cumprimento das 
obrigações tributárias acessórias, que deve ser rigorosamente 
observada de acordo o art. 111, III, do CTN. Logo, incorreta. 
 
Letra (E). Segundo o art. 108, § 2º, do CTN, o emprego da 
equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo 
devido. Logo, incorreta. 
 
16. (TRF/2002.1/ESAF) Na ausência de disposição 
expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação 
tributária utilizará, sucessivamente, na ordem indicada 
(art.108 da Lei 5.172/66-Código Tributário Nacional): 
a) a analogia; os princípios gerais de direito tributário; os 
princípios gerais de direito público; a eqüidade. 
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b) os princípios gerais de direito tributário; os princípios 
gerais de direito público, a eqüidade; a analogia. 
c) a eqüidade; os princípios gerais de direito tributário; os 
princípios gerais de direito público; a analogia. 
d) a analogia; os princípios gerais de direito público; os 
princípios gerais de direito tributário; a eqüidade. 
e) a analogia; a eqüidade; os princípios gerais de direito 
público; os princípios gerais de direito tributário. 
 
De acordo com o art. 108 do CTN, na ausência de disposição 
expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária 
utilizará, sucessivamente, na ordem indicada (art.108 da Lei 
5.172/66-Código Tributário Nacional): a analogia; os princípios gerais 
de direito tributário; os princípios gerais de direito público; a 
eqüidade. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “a”. 
 
17. (AFTN/94/ESAF) Na hipótese de o aplicador da lei 
tributária que comina penalidades ficar em dúvida quanto à 
graduação da pena, deverá interpretar a norma, em relação 
ao acusado, de modo: 
a) analógico. 
b) benigno. 
c) eqüitativo. 
d) literal. 
e) integrado. 
 
Conforme o art. 112, do CTN, na hipótese de o aplicador da lei 
tributária que comina penalidades ficar em dúvida quanto à 
graduação da pena, deverá interpretar a norma, em relação ao 
acusado, de modo mais favorável ou benigno. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “b”. 
 
18. (ATN/Recife/2003/ESAF) Conforme estabelece o 
Código Tributário Nacional, a legislação tributária que 
disponha sobre suspensão ou exclusão do crédito tributário 
é interpretada: 
a) da maneira mais favorável ao sujeito passivo, em caso de 
dúvida quanto à natureza ou às circunstâncias materiais do 
fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos. 
b) mediante aplicação do método teleológico. 
c) mediante aplicação do método sistemático. 
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d) de tal modo que o emprego da eqüidade implique 
dispensa de tributo devido, quando a autoridade tributária 
competente, à vista de disposição normativa expressa, não 
puder utilizar a analogia. 
e) literalmente. 
 
Conforme estabelece o art. 111, I, do CTN, a legislação 
tributária que disponha sobre suspensão ou exclusão do crédito 
tributário é interpretada literalmente. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “e”. 
 
19. (ATM/Fortaleza/2003/ESAF) O Código Tributário 
Nacional estabelece expressamente a seguinte regra no seu 
capítulo intitulado “Interpretação e Integração da Legislação 
Tributária”: 
a) em caso de dúvida quanto à capitulação legal do fato, os 
dispositivos de lei tributária que tratam de fato gerador, 
definem infrações, ou lhes cominam penalidades, devem ser 
interpretados da maneira mais favorável ao sujeito passivo. 
b) os princípios gerais de direito privado utilizam-se para 
pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus 
institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos 
respectivos efeitos tributários. 
c) a legislação tributária que dispõe sobre lançamento de 
crédito tributário deve ser interpretada literalmente. 
d) o emprego da analogia não poderá resultar na exigência 
de tributo previsto em lei. 
e) na ausência de disposição expressa, a autoridade 
competente para aplicar a legislação tributária utilizará, 
sucessivamente, na rigorosa ordem que se segue, a 
analogia, os princípios gerais de direito público, os princípios 
gerais de direito tributário e a eqüidade. 
 
A questão cobra do candidato o conhecimento dos arts. 107 a 
112 do CTN, que se refere ao capítulo intitulado “Interpretação e 
Integração da Legislação Tributária”. 
 
Letra (A). Conforme o art. 112, do CTN, a lei tributária que 
define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da 
maneira mais favorável (benigna ou in bonam parte) ao acusado, 
em caso de dúvida quanto: (i) à capitulação legal do fato; (ii) à 
natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou 
extensão dos seus efeitos; (iii)à autoria, imputabilidade, ou 
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punibilidade; (iv) à natureza da penalidade aplicável, ou à sua 
graduação. Logo, incorreta. 
 
Letra (B). Segundo o art. 109, do CTN, os princípios gerais de 
direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e 
do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para 
definição dos respectivos efeitos tributários. Logo, correta. 
 
Letra (C). De acordo com o art. 111 do CTN, interpreta-se 
literalmente a legislação tributária que disponha sobre: (i) suspensão 
ou exclusão do crédito tributário; (ii) outorga de isenção; (iii) 
dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. Logo, 
incorreta. 
 
Letra (D). Conforme o art. 108, §1°, do CTN, o emprego da 
analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em 
lei. Logo, incorreta. 
 
Letra (E). O art. 108 do CTN estabelece que na ausência de 
disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a 
legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem 
indicada: 1. analogia; 2. princípios gerais de direito tributário; 3. 
princípios gerais de direito público; 4. equidade. Logo, incorreta. 
 
20. (AFTE/RN/2005/ESAF) Avalie o acerto das 
formulações adiante e marque com V as verdadeiras e com 
F as falsas. Em seguida, marque a opção correta. 
( ) É vedada a aplicação imediata da legislação tributária a 
fatos geradores cuja ocorrência tenha tido início mas não 
esteja completa. 
( ) A lei tributária é aplicável a ato ou fato pretérito 
definitivamente julgado, quando deixe de defini-lo como 
infração. 
( ) A legislação tributária que disponha sobre parcelamento 
de crédito tributário deve ser interpretada literalmente. 
( ) Quando não há dúvida quanto à capitulação legal do 
fato, a lei tributária que define infrações, ou lhe comina 
penalidades, deve ser interpretada da maneira mais 
favorável ao acusado. 
a) V, F, V, F 
b) V, V, F, V 
c) F, V, F, F 
d) F, F, V, V 
e) F, F, V, F. 
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O primeiro item é falso, porque não é vedada a aplicação 
imediata da legislação tributária a fatos geradores cuja ocorrência 
tenha tido início mas não esteja completa, conforme o art. 105 do 
CTN, que trata também dos fatos geradores pendentes. 
 
O segundo item é falso, porque a lei tributária é aplicável a ato 
ou fato pretérito não definitivamente julgado, quando deixe de 
defini-lo como infração, de acordo com o art. 106, II, “a”, do CTN. 
 
O terceiro item é verdadeiro, porque a legislação tributária que 
disponha sobre parcelamento (hipótese de suspensão do crédito 
tributário) deve ser interpretada literalmente, de acordo com o art. 
111, I, do CTN. 
 
O quarto item é falso, porque quando há dúvida quanto à 
capitulação legal do fato, a lei tributária que define infrações, ou lhe 
comina penalidades, deve ser interpretada da maneira mais favorável 
ao acusado, de acordo com o art. 112 do CTN. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “e”. 
 
21. (AFE/MG/2005/ESAF) Considerando os temas 
“vigência e aplicação da legislação tributária” e 
“interpretação e integração da legislação tributária”, marque 
com (V) a assertiva verdadeira e com 
(F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. 
( ) A lei que disponha sobre suspensão e exclusão do crédito 
tributário deve ser interpretada, 
segundo o Código Tributário Nacional, em benefício do 
contribuinte. 
( ) A lei tributária aplica-se ao ato ou fato pretérito, quando 
for interpretativa, ressalvadas as hipóteses em que 
redundar na aplicação de penalidade. 
( ) Segundo o Código Tributário Nacional, o emprego da 
analogia não poderá resultar na exigência de tributo não 
previsto em lei. 
( ) A lei tributária é aplicada a fato anterior à sua vigência 
quando extinguir tributo, já que vem em benefício do 
contribuinte. 
a) V, V, V, F. 
b) F, V, F, V. 
c) F, V, V, V. 
d) F, V, V, F. 
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e) F, F, V, F. 
 
O primeiro item é falso, porque a lei que disponha sobre 
suspensão e exclusão do crédito tributário deve ser interpretada 
literalmente, segundo o art. 111, I, do CTN. 
 
O segundo item é verdadeiro, porque a lei tributária aplica-se 
ao ato ou fato pretérito, quando for interpretativa, ressalvadas as 
hipóteses em que redundar na aplicação de penalidade, conforme o 
art. 106, I, do CTN. 
 
O terceiro item é verdadeiro, pois, segundo o CTN, o emprego 
da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto 
em lei, segundo o art. 108, §1°, do CTN. 
 
O quarto item é falso, porque a lei tributária não é aplicada a 
fato anterior à sua vigência quando extinguir tributo. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “d”. 
 
22. (ESAF/Procurador/DF/2004) Em relação ao tema 
interpretação e integração da legislação tributária, regulado 
pelo Código Tributário 
Nacional, avalie o acerto das afirmações adiante e marque 
com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, 
marque a opção correta. 
( ) Interpreta-se literalmente a legislação tributária que 
disponha sobre dispensa do cumprimento de obrigações 
tributárias acessórias, suspensão ou extinção do crédito 
tributário e outorga de isenção. 
( ) Em caso de dúvida quanto à natureza ou às 
circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão 
dos seus efeitos, interpreta-se da maneira mais favorável ao 
acusado a lei tributária que define infrações, ou lhe comina 
penalidades. 
( ) O emprego da analogia não poderá resultar na exigência 
de tributo não previsto em lei; o da eqüidade não poderá 
resultar na dispensa do pagamento de tributo devido. 
a) V, V, V. 
b) F, V, F. 
c) V, V, F. 
d) V, F, V. 
e) F, V, V. 
 
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O primeiro item é falso, porque se interpreta literalmente a 
legislação tributária que disponha sobre dispensa do cumprimento de 
obrigações tributárias acessórias, suspensão ou exclusão do crédito 
tributário e outorga de isenção, de acordo com o art. 111 do CTN. 
 
O segundo item é verdadeiro, porque, em caso de dúvida 
quanto à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à 
natureza ou extensão dos seus efeitos, interpreta-se da maneira mais 
favorável ao acusado a lei tributária que define infrações, ou lhe 
comina penalidades, conforme art. 112 do CTN. 
 
O terceiro item é verdadeiro, porque o emprego da analogia 
não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei; o da 
eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo 
devido, segundo o art. 108, §§1° e 2°, do CTN. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “e”. 
 
23. (ESAF/PFN/2006) Considerando os temas “vigência e 
aplicação da legislação tributária” e “interpretação e 
integração da legislação tributária” e as disposições do CTN, 
marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, 
assinalando ao final a opção correspondente. 
( ) O emprego da analogia pode resultar na exigência de 
tributo. 
( ) A lei tributária aplica-se ao ato ou fato pretérito, quando 
for interpretativa, ressalvadas as hipóteses em que 
redundar na aplicação de penalidade. 
( ) Quando extinguir multa tributária, a lei tributária pode 
ser aplicada a fato anterior à sua vigência. 
( ) A lei que disponha sobre moratória e remissão do crédito 
tributário deve ser interpretada, segundo o Código 
Tributário Nacional,em benefício do contribuinte. 
a) F, F, V, F. 
b) V, V, F, F. 
c) F, V, V, F. 
d) V, F, F, V. 
e) F, V, V, V. 
 
O primeiro item é falso, porque o emprego da analogia não 
pode resultar na exigência de tributo, conforme §1°, do art. 108 do 
CTN. 
 
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O segundo item é verdadeiro, pois a lei tributária aplica-se ao 
ato ou fato pretérito, quando for interpretativa, ressalvadas as 
hipóteses em que redundar na aplicação de penalidade, conforme inc. 
I, do art. 106 do CTN. 
 
O terceiro item é verdadeiro, eis que quando extinguir multa 
tributária, a lei tributária pode ser aplicada a fato anterior à sua 
vigência, conforme inc. II, “c”, do art. 106 do CTN. 
 
O quarto item é falso, porque a lei que disponha sobre 
moratória do crédito tributário deve ser interpretada literalmente, 
segundo o art. 111, I, do Código Tributário Nacional. 
 
Deste modo, a resposta é a letra “c”. 
 
24. (ESAF/MPC/GO/2007) Quanto à interpretação e 
integração das normas tributárias, assinale a opção correta. 
a) As lacunas do Direito Tributário são colmatadas pela 
mesma sistemática da Lei de Introdução ao Código Civil. 
b) O contrato de arrendamento mercantil relativo a um 
automóvel pode excluir a responsabilidade tributária do 
arrendante, em relação ao Imposto sobre Veículos 
Automotores, uma vez que as partes podem pactuar suas 
obrigações. 
c) Em existindo dúvida quanto à capitulação legal do fato, 
deve-se interpretar a lei tributária definidora de infrações da 
maneira mais favorável ao acusado. 
d) A outorga de isenções é interpretada finalisticamente, 
cabendo ao aplicador da lei buscar o objetivo perseguido 
pelo legislador. 
e) A lei tributária, em alguns casos, pode alterar a definição, 
o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de 
direito privado para definir ou limitar competências 
tributárias. 
 
A letra “a” é falsa, pois as lacunas do Direito Tributário são 
colmatadas (preenchidas) pela sistemática prevista no art. 108 do 
CTN. 
 
A letra “b” é falsa, pois a responsabilidade tributária não pode 
ser excluída por contrato. 
 
A letra “c” está literalmente de acordo com o art. 112, I, do 
CTN. Portanto, correta. 
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A letra “d” é falsa, uma vez que a outorga de isenções é 
interpretada literalmente, conforme art. 111, I e II, do CTN. 
 
A letra “e” é falsa, pois a lei tributária não pode alterar a 
definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de 
direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela 
Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis 
Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou 
limitar competências tributárias, segundo art. 110 do CTN. 
 
25. (ESAF/PFN/2007) ● O Decreto n. 40.643/96, do 
Estado de São Paulo, que aprovou os termos do Convênio n. 
132/95, concedeu certa isenção para os estabelecimentos 
industriais. A circunstância de a Lei Federal n. 4.502/64, 
que, para os fins nela previstos, equiparou o 
estabelecimento industrial ao importador, permite, segundo 
o CTN, a interpretação de que também o importador se 
beneficia da isenção? 
● À luz do art. 38, § 2º, da Lei n. 6.374/89, do Estado de 
São Paulo, discutiu-se a atualização monetária do crédito do 
ICMS. Em face de norma estadual expressa, é admitido o 
uso das formas de integração do direito tributário, quais 
sejam, a analogia, os princípios gerais de direito tributário e 
de direito público e a eqüidade, se já previstas em lei 
federal (CTN, art. 108, I a IV)? 
● O Plenário do STF, ao julgar o RE 213.396 (DJ de 
01/12/2000), assentou a constitucionalidade do sistema de 
substituição tributária “para frente”, mesmo antes da 
promulgação da EC n. 3/93. Nesse sistema, a obrigação 
tributária mostra-se anterior à realização concreta do fato 
tributável. O Convênio ICMS 10/89, que previu esse 
sistema, foi publicado no dia 30 de março. Poderia o 
Convênio alcançar os substitutos tributários por ele 
instituídos, já no mês de março de 1989? 
a) Sim, sim, sim 
b) Não, não, não 
c) Sim, não, sim 
d) Não, sim, não 
e) Sim, não, não 
 
O primeiro item é não, pois a interpretação da isenção é literal, 
de acordo com o art. 111 do CTN. 
 
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A integração apenas é feita na ausência norma jurídica 
expressa, conforme art. 108 do CTN. 
 
O terceiro item é não, pois, neste caso, o Convênio deve 
obedecer ao princípio da irretroatividade, aplicando-se apenas para 
os casos futuros após o início da sua entrada em vigor. 
 
Portanto, a resposta correta é a letra “b”. 
 
26. (ESAF/ATRFB/2010) Consoante o que dispõe o art. 
111 do Código Tributário Nacional, interpreta-se 
literalmente a legislação tributária que disponha, entre 
outros, sobre a outorga de isenção. Tal artigo, embora sofra 
algumas críticas de parte da doutrina, no sentido de que 
não se deva lançar mão isoladamente da técnica de 
interpretação literal, vem tendo acolhida em diversos 
julgados oriundos de tribunais superiores. Como exemplos 
de aplicação de tal princípio, podemos apontar as seguintes 
situações, com exceção de: 
a) de modo geral, podemos afirmar que é vedada a analogia 
em legislação que verse sobre a outorga de isenções. 
b) requisitos estabelecidos por ato normativo infralegal, 
como um Ato Declaratório Normativo expedido pela 
Secretaria da Receita Federal do Brasil, por exemplo, podem 
impor restrições válidas, além daquelas contidas em textos 
legais, para a fruição de benefícios fiscais. 
c) não é vedada a ponderação dos elementos sistemáticos e 
finalísticos da norma por parte do aplicador do direito. 
d) embora o comando legal seja no sentido de que seja 
dada interpretação literal à legislação que disponha sobre a 
outorga de isenções, admite-se uma interpretação mais 
ampla da referida norma. 
e) a isenção tributária revela-se instrumento de 
materialização de conveniência política, insuscetível, neste 
aspecto, de controle do Poder Judiciário, na concretização 
de interesses econômicos e sociais, estimulando e 
beneficiando determinadas situações merecedoras de 
tratamento privilegiado. 
 
A questão cobra precedentes do Superior Tribunal de Justiça 
(STJ) na interpretação do Código Tributário Nacional (CTN) e também 
do STF. 
 
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Letra (A). Segundo o STJ (EDcl no REsp 872095/PE), em regra, 
revela-se proibida a interpretação das normas concessivas de isenção 
de forma analógica ou extensiva, restando consolidado entendimento 
no sentido de ser incabível interpretação extensiva da isenção à 
situação que não se enquadre no texto expresso da lei (art. 111, II, 
do CTN). Logo, correta. 
 
Letra (B). Segundo o STJ (REsp 115823 SP), o ato normativo 
infralegal que impõe restrições para fruição de benefícios fiscais, além 
daquelas contidas em textos legais, fere o princípio da legalidade 
estrita. Logo, incorreta. 
 
Letras (C) e (D). Segundo o STJ, o art. 111 do CTN não pode 
levar o aplicador do direito à conclusão de que esteja ele impedido de 
aplicar as normas de direito, de valer-se de uma equilibrada 
ponderação dos elementos lógico-sistemático, histórico e finalístico 
ou teleológico, os quais integram a metodologia de interpretação das 
normas jurídicas (REsp 192.531/RS). Portanto, segunda tal decisão,corretas as alternativas. 
 
Letra (E). Segundo o STF, a isenção fiscal decorre do 
implemento da política fiscal e econômica, pelo estado, tendo em 
vista o interesse social, sendo ato discricionário que escapa ao 
controle do Poder Judiciário e envolve juízo de conveniência e 
oportunidade do Poder Executivo (AI 151.855-AgR). Logo, correta. 
 
27. (ISS/RJ/2010) De acordo com o disposto no art. 111, 
incisos I a III, do Código Tributário Nacional, interpreta-se 
literalmente a legislação tributária que disponha sobre 
suspensão ou exclusão do crédito tributário, outorga de 
isenção e dispensa do cumprimento de obrigações 
acessórias. Tal disposição leva a concluir, exceto, que: 
a) A isenção de que goza a parte, relativa aos ganhos com a 
operacionalização da atividade empresarial, não abrange o 
resultado das aplicações financeiras por ela realizadas, uma 
vez que se interpreta literalmente a legislação tributária que 
disponha sobre a outorga de isenção. 
b) O disposto no art. 111, porém, não pode levar o 
aplicador do direito à absurda conclusão de que esteja ele 
impedido, no seu mister de apreciar e aplicar as normas de 
direito, de valer-se de uma equilibrada ponderação dos 
elementos lógico-sistemático, histórico e finalístico ou 
teleológico, os quais integram a moderna metodologia de 
interpretação das normas jurídicas. 
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24 
 
c) Apenas a concessão do parcelamento suspende a 
exigibilidade do crédito tributário, e não o seu simples 
requerimento. 
d) A isenção tributária revela conveniência política, 
insuscetível, neste aspecto, de controle do Poder Judiciário, 
na concretização de interesses econômicos e sociais, 
estimulando e beneficiando determinadas situações 
merecedoras de tratamento privilegiado. 
e) Do referido dispositivo resulta não somente uma 
proibição à analogia, como também uma impossibilidade de 
interpretação mais ampla. 
 
A questão cobra jurisprudência pura. Contudo, inovou nesta 
questão cobrando também decisões dos Tribunais Regionais Federais 
da 1ª, 2ª e 4ª. Regiões. Então, vamos lá. 
 
A letra “a” está de acordo literalmente com a decisão do TRF-1ª 
Região, AMS 96.01.42228-5/BA, DJ de 27/06/02, p. 822. Vejamos: 
”A isenção de que goza a parte, relativa aos ganhos com a 
operacionalização da atividade empresarial, não abrange o resultado 
das aplicações financeiras por ela realizadas, uma vez que se 
interpreta literalmente a legislação tributária que disponha sobre a 
outorga de isenção (CTN, art. 111, II)”. Logo, correta. 
 
A letra “b” está de acordo literalmente com a decisão do STJ, 
REsp 192.531/RS, DJ de 16/05/05, p. 275, a saber: “O art. 111 do 
CTN, que prescreve a interpretação literal da norma, não pode levar o 
aplicador do direito à absurda conclusão de que esteja ele impedido, 
no seu mister de apreciar e aplicar as normas de direito, de valer-se 
de uma equilibrada ponderação dos elementos lógico-sistemático, 
histórico e finalístico ou teleológico, os quais integram a moderna 
metodologia de interpretação das normas jurídicas”. Logo, correta. 
 
A letra “c” está de acordo literalmente com a decisão do TRF 2ª 
Região, 2002.02.01.013312-8/RJ, DJ de 24/08/07, p. 436, que 
dispõe: “Apenas a concessão do parcelamento suspende a 
exigibilidade do crédito tributário, e não o seu requerimento, nos 
termos do art. 151, inciso VI, do CTN. 2. O art. 111, inciso I, do CTN, 
determina a interpretação literal da lei, ou de seus dispositivos, 
quando versarem a respeito da suspensão ou exclusão do crédito 
tributário”. Logo, correta. 
 
A letra “d” está de acordo literalmente com a decisão do TRF 4ª 
Região, AI nº 97.04.42289-0/RS, DJU de 3.12.97, p. 104.986, a 
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saber: “A isenção tributária revela conveniência política, insuscetível, 
neste aspecto, de controle do Poder Judiciário, na concretização de 
interesses econômicos e sociais, estimulando e beneficiando 
determinadas situações merecedoras de tratamento privilegiado. 
Além disso, a extensão do benefício fiscal a situações não abrangidas 
pela norma, criando direito estranho à previsão legal e atribuindo à 
norma supostamente inconstitucional vigor maior, desrespeita a 
exegese do art. 111, inciso II, do CTN”. Logo, correta. 
 
A letra “e” é complexa. Segundo o STJ (EDcl no REsp 
872095/PE), de modo geral, revela-se proibida a interpretação das 
normas concessivas de isenção de forma analógica ou extensiva, 
restando consolidado entendimento no sentido de ser incabível 
interpretação extensiva da isenção à situação que não se enquadre 
no texto expresso da lei (art. 111, II, do CTN). Porém, não uma 
impossibilidade de interpretação mais ampla ou proibição à analogia, 
que pode ser utilizada como exceção. Logo, incorreta. 
 
28. (ISS/RJ/2010) No tocante à interpretação da 
legislação tributária, julgue os itens a seguir: 
I. na ausência de disposição expressa, o aplicador da 
legislação tributária se valerá, sucessivamente, dos 
princípios gerais de direito tributário, dos princípios gerais 
de direito constitucional, da analogia e da equidade; 
II. a interpretação da legislação tributária se fará 
literalmente quando esta disponha sobre a dispensa do 
cumprimento de obrigações tributárias acessórias; 
III. a lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito quando 
seja expressamente interpretativa; 
IV. exclusivamente para efeitos tributários, a lei pode 
alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, 
conceitos e formas de direito privado, ainda que utilizados 
pela Constituição Federal para definir ou limitar 
competências tributárias. 
Estão corretos apenas os itens: 
a) II e III. 
b) I e III. 
c) II e IV. 
d) III e IV. 
e) I e IV. 
 
Item I. O art. 108 do CTN estabelece que na ausência de 
disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a 
legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem 
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indicada: 1. analogia; 2. princípios gerais de direito tributário; 3. 
princípios gerais de direito público; 4. equidade. Logo, incorreta. 
 
Item II. De acordo com o art. 111 do CTN, interpreta-se 
literalmente a legislação tributária que disponha sobre: (i) suspensão 
ou exclusão do crédito tributário; (ii) outorga de isenção; (iii) 
dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. Logo, 
correto. 
 
Item III. Segundo o art. 106, I, do CTN, a lei tributária pode ter 
aplicação retroativa, podendo ser aplicada ato ou fato pretérito, em 
qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a 
aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados. 
Logo, correta. 
 
Item IV. Segundo o art. 110 do CTN, a lei tributária não pode 
alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e 
formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, 
pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas 
Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou 
limitar competências tributárias. Logo, incorreta. 
 
Portanto, correta a letra “a”. 
 
29. (ESAF/PFN/2004) Segundo o Código Tributário 
Nacional, está sujeita à interpretação literal a norma 
tributária que verse sobre 
a) remissão. 
b) compensação. 
c) prescrição. 
d) decadência. 
e) parcelamento. 
 
Conforme o art. 111 do CTN, interpreta-se literalmente a 
legislação tributária que disponha sobre: (i) suspensão ou exclusão 
do crédito tributário; (ii) outorgade isenção; (iii) dispensa do 
cumprimento de obrigações tributárias acessórias. 
 
Ou seja, a remissão, a compensação, a prescrição e a 
decadência são hipóteses de extinção do crédito tributário (art. 156 
do CTN) e o parcelamento é caso de suspensão do crédito tributário 
(art. 151 do CTN). Logo, correta a letra “e”. 
 
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30. (Procurador/Banco Central/2002) Uma das formas 
de integração da norma jurídica tributária, como etapa final 
do procedimento de interpretação, visando a preencher 
lacuna da lei pela aplicação de disposição legal relativa a 
hipótese assemelhada, é 
a) Eqüidade. 
b) Anatocismo. 
c) Analogia. 
d) Teleologismo. 
e) Literalidade. 
 
Uma das formas de integração da norma jurídica tributária, 
como etapa final do procedimento de interpretação, visando a 
preencher lacuna da lei pela aplicação de disposição legal relativa a 
hipótese assemelhada, é a analogia. Logo, correta a letra “c”. 
 
31. (Auditor/Natal/2001) Tratando-se de regras de 
interpretação da legislação tributária, temos que 
a) a ausência de disposição normativa expressa não 
autoriza o emprego da analogia. 
b) pelo emprego da eqüidade é possível a dispensa do 
pagamento de tributo devido. 
c) os princípios gerais de Direito Privado podem ser 
utilizados para definição dos efeitos tributários dos institutos 
e conceitos dessa área jurídica. 
d) deve ser interpretada de maneira mais favorável ao 
FISCO a lei tributária que defina infrações e comine 
penalidades. 
e) deve ser interpretada literalmente a legislação tributária 
referente à outorga de isenção. 
 
Letra (A). A ausência de disposição normativa expressa autoriza 
o emprego da analogia (art. 108, I, CTN). Logo, incorreta. 
 
Letra (B). O emprego da equidade não poderá resultar na 
dispensa do pagamento de tributo devido (art. 108, § 1°, CTN). Logo, 
incorreta. 
 
Letra (C). Os princípios gerais de direito privado utilizam-se 
para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus 
institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos 
efeitos tributários (art. 109, CTN). Logo, incorreta. 
 
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Letra (D). A lei tributária que define infrações, ou lhe comina 
penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável (benigna ou in 
bonam parte) ao acusado, em caso de dúvida quanto: (i) à 
capitulação legal do fato; (ii) à natureza ou às circunstâncias 
materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos; (iii) à 
autoria, imputabilidade, ou punibilidade; (iv) à natureza da 
penalidade aplicável, ou à sua graduação (art. 112). 
 
Letra (E). Segundo o art. 108, § 2º, do CTN, o emprego da 
equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo 
devido. Logo, correta. 
 
32. (ESAF/AFRFB/2005) Em relação à vigência da 
legislação tributária podemos afirmar que, salvo disposição 
em contrário, 
a) os atos normativos expedidos pelas autoridades 
administrativas entram em vigor, 30 dias após sua 
publicação. 
b) as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de 
jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia 
normativa, entram em vigor na data de sua publicação. 
c) os convênios que entre si celebrem a União, os estados, o 
Distrito Federal e os municípios entram em vigor na data de 
sua publicação. 
d) em face do princípio da legalidade, uma lei pode estar 
vigente e eficaz, mas só se pode aplicá-la aos fatos 
geradores que ocorrerem no exercício seguinte ao da sua 
publicação. 
e) a medida provisória, até que seja convertida em lei, 
revoga ou suspende a lei com ela incompatível. Caso não 
haja a conversão, a lei anterior voltará em sua plenitude, 
cabendo ao Congresso Nacional disciplinar as relações 
jurídicas formadas no período de vigência da medida 
provisória. 
 
Letras (A), (B) e (C). O art. 103 do CTN estabelece regras 
específicas sobre a entrada em vigor das normas complementares, 
afirmando que, salvo disposição em contrário, entram em vigor: (i) 
os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas, na 
data da sua publicação; (ii) as decisões dos órgãos singulares ou 
coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia 
normativa, quanto a seus efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a 
data da sua publicação; (iii) os convênios que entre si celebrem a 
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União, os Estados, o Distrito Federal e os Município, na data neles 
prevista. Logo, incorretas. 
 
Letra (D). O enunciado remete aos princípios da irretroatividade 
e da anterioridade anual e não ao princípio da legalidade. Na 
verdade, tais princípios proíbem, respectivamente, o Estado de cobrar 
tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da 
vigência da lei que os houver instituído ou aumentado 
(irretroatividade); no mesmo exercício financeiro em que haja sido 
publicada a lei que os instituiu ou aumentou (anterioridade). Logo, 
incorreta. 
 
Letra (E). O enunciado remete a disciplina da medida provisória 
estabelecida no art. 62 da Constituição Federal (CF/88). Deste modo, 
está de acordo com os §§ 3° e 11, da CF/88, afirmar que a medida 
provisória, até que seja convertida em lei, revoga ou suspende a lei 
com ela incompatível. Caso não haja a conversão, a lei anterior 
voltará em sua plenitude, cabendo ao Congresso Nacional disciplinar 
as relações jurídicas formadas no período de vigência da medida 
provisória. Logo, correta. 
 
33. (ESAF/AFRF/2002.1) Diz o Código Tributário Nacional 
que “a legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, 
regulará, em caráter geral, ou especificamente em função 
da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os 
poderes das autoridades administrativas em matéria de 
fiscalização da sua aplicação”. A legislação mencionada, 
salvo disposição em contrário, aplica-se, exclusivamente, 
a) a pessoas naturais ou jurídicas que sejam contribuintes 
do imposto a que alude a norma respectiva. 
b) a pessoas naturais ou, quando se trate de pessoa 
jurídica, a seus diretores ou representantes legais. 
c) a todas as pessoas que se achem em seu campo de 
incidência, inclusive às que gozem de imunidade tributária 
ou de isenção de caráter pessoal. 
d) a pessoas jurídicas que sejam contribuintes ou 
responsáveis por tributos em geral ou pelo tributo específico 
a que se refira. 
e) a pessoas naturais ou jurídicas não imunes, inclusive às 
que sejam isentas ou não tributadas por força de norma 
infraconstitucional (leis, decretos etc.). 
 
A questão se refere ao art. 194 do CTN, que estabelece no 
parágrafo único que a legislação a que se refere aplica-se às pessoas 
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naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de 
imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal. 
 
Logo, correta a letra “c”. 
 
34. (ESAF/AFTN/1998) A Emenda Constitucional n° 18, 
de 1965, aludia a leis complementares; porém somente a 
partir da Constituição de 1967 é que passou a existir a lei 
complementar em sentido formal, votada com quorum 
privilegiado. À vista disto, indique, em relação ao Código 
Tributário Nacional (CTN, Lei n0 5.172, de 1966), qual 
conclusão e respectiva justificação são simultaneamente 
corretas. 
a) As matérias contidas no CTN, reservadas a leis 
complementares pela Constituição hoje emvigor, continuam 
em plena vigência, quando compatíveis com as normas 
constitucionais atuais. 
b) As matérias contidas no CTN, reservadas a leis 
complementares pela Constituição hoje em vigor, foram 
revogadas pelo novo regime, eis que tal Código foi votado 
como lei ordinária. 
c) O CTN pode ser revogado por lei ordinária ou medida 
provisória, pois as leis ordinárias em geral, como a Lei n.º 
5.172, podem ser revogadas ou modificadas por outras leis 
de igual hierarquia. 
d) O CTN pode ser revogado por lei ordinária, mas não por 
medida provisória, porque a estas é defeso tratar de 
tributos. 
e) As matérias contidas no CTN, reservadas a leis 
complementares pela Constituição hoje em vigor, continuam 
em plena vigência, porque não revogadas ou modificadas 
por lei ordinária posterior. 
 
O entendimento adequado é que a Lei 5.172 de 1966, votada 
como lei ordinária, com base no art. 5°, XV, alínea b, da Constituição 
de 1946, que, posteriormente, passou a chamar-se Código Tributário 
Nacional (CTN), com fundamento no art. 7°, do Ato Complementar n° 
36 de 1967, foi recepcionada com status de lei complementar, pelo 
art. 18, § 1°, da Constituição de 1967/69, sendo válida juridicamente 
como lei complementar no que não se contrapor ao texto 
constitucional de 1988. 
 
Logo, correta a letra “a”. 
 
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35. (ESAF/AFTN/1998) Assinale a resposta que preencha 
corretamente as duas lacunas. 
A majoração ________ está sujeita ao princípio da 
anterioridade ________ 
a) do imposto de transmissão de bens imóveis — da lei em 
relação à cobrança, mas a lei pode ter sido publicada no 
mesmo exercício em que a cobrança se realiza. 
b) do imposto de importação — anual, só podendo ser 
exigida se a lei majoradora estiver em vigor antes do início 
do exercício da cobrança. 
c) do imposto de renda — anual, sendo indispensável que a 
lei majoradora esteja em vigor antes do início da cobrança, 
não bastando ter sido publicada anteriormente a esse início. 
d) do imposto de exportação — anual em relação à 
cobrança, devendo a lei ter sido publicada antes do exercício 
em que a cobrança se realiza. 
e) da contribuição para a previdência social — de 90 dias da 
publicação da lei majoradora, não podendo ser exigida antes 
desse nonagintídio. 
 
A questão cobra o conhecimento do princípio da anterioridade 
anual e do princípio da anterioridade nonagesimal ou noventena. 
 
Registramos que a anterioridade anual proíbe o Estado de 
cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que tenha 
sido publicada a lei que tenha instituído ou majorado o 
tributo. 
 
Já a noventena veda a cobrança de alguns tributos antes 
de decorridos 90 dias da data em que tiver sido publicada a lei 
que os tenha instituído ou aumentado (art. 150, inciso III, alínea 
“c”), consoante já era igualmente fixado pelo poder constituinte 
originário para as contribuições da seguridade social (art. 195, §6°, 
da CF/88). 
 
Relembrando o tema após a EC 42/2003. 
 
Assim, o quadro das exceções ao princípio da anterioridade e 
à noventena é o se que segue. Importante: se é exceção é porque 
não deve observar o princípio. E todos os demais tributos devem 
observar as duas anterioridades, porque a regra é a observância ao 
princípio. 
 
Anterioridade anual Noventena 
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II II 
IE IE 
IPI IR 
IOF IOF 
IEG IEG 
Empréstimo compulsório por 
motivo de guerra externa ou de 
calamidade pública 
Empréstimo compulsório por 
motivo de guerra externa ou de 
calamidade pública 
Restabelecimento de alíquotas do 
ICMS – Combustíveis e da CIDE – 
Combustíveis 
Base de cálculo do IPTU 
Contribuições para a seguridade 
social 
Base de cálculo do IPVA 
 
Letras (A). O imposto de transmissão de bens imóveis (ITBI) 
está sujeito ao princípio da anterioridade. Porém, este veda o Estado 
de cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que tenha sido 
publicada a lei que tenha instituído ou majorado o tributo. Logo, 
incorreta. 
 
Letra (B) e (D). O imposto de importação e o imposto de 
exportação mão estão sujeitos ao princípio da anterioridade. Logo, 
incorretas. 
 
Letra (C). O imposto de renda (ITBI) está sujeito ao princípio 
da anterioridade. Porém, este veda o Estado de cobrar tributos no 
mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei que 
tenha instituído ou majorado o tributo. Logo, incorreta. 
 
Letra (E). A contribuição para a previdência social está sujeita 
ao princípio da anterioridade de 90 dias da publicação da lei 
majoradora, não podendo ser exigida antes desse nonagintídio, 
conforme § 6°, do art. 195, da CF. Logo, correta. 
 
36. (ESAF/AFTN/1998) Segundo se depreende do Código 
Tributário Nacional, um ato infralegal (um decreto, por 
exemplo) pode estabelecer a(s) 
a) extinção de um tributo. 
b) definição do fato gerador da obrigação tributária 
acessória nos limites da lei. 
c) hipóteses de anistia. 
d) redução do Imposto Territorial Rural. 
e) fixação da alíquota do imposto de renda. 
 
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De acordo com a interpretação do art. 97 do CTN à luz do texto 
constitucional, apenas lei pode estabelecer: 
 
• A instituição de tributos, ou a sua extinção; 
• A majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto 
no texto constitucional; 
• A definição do fato gerador da obrigação tributária principal 
e do seu sujeito passivo; 
• A fixação da base de cálculo do tributo e de sua alíquota, 
ressalvado o disposto no texto constitucional; 
• A cominação de penalidades para as ações ou omissões 
contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela 
definidas; 
• As hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos 
tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades, 
ressalvado o disposto no texto constitucional. 
 
Por sua vez, o § 2°, do art. 113, do CTN, estabelece que a 
obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por 
objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no 
interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. 
 
Logo, correta a letra “b”. 
 
37. (ESAF/AFTN/1998) 
(I) Devido ao princípio da soberania nacional previsto já no 
primeiro artigo da Constituição, um tratado internacional 
não pode interferir em matéria tributária. 
(II) As Resoluções do Senado Federal não interferem na 
legislação relativa a tributos propriamente federais. 
(III) Consoante o Código Tributário Nacional, analogia seria 
(ou é) técnica de integração e não de interpretação da 
legislação tributária. 
Analisadas estas três perguntas, escolha a opção que 
contenha, na respectiva seqüência, as respostas corretas. 
a) As três assertivas são verdadeiras. 
b) É verdadeira a primeira assertiva, mas é falsa sua 
explicação; são falsas as demais. 
c) É falsa a primeira assertiva; são verdadeiras as duas 
últimas. 
d) Todas as três assertivas são falsas. 
e) É verdadeira a primeira assertiva, falsa a segunda e 
verdadeira a terceira. 
 
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Item I. De acordo com o art. 98, do CTN, o tratado 
internacional pode interferir em matéria tributária. Logo, incorreta. 
 
Item II. O Senado Federal é uma Casa Legislativa que 
representa os Estados e o Distrito Federal. Então, as resoluções 
senatoriais tratam deimpostos estaduais e distritais (na esfera de 
competência estadual), ou seja, imposto sobre transmissão causa 
mortis e doação (ITCMD), imposto sobre operações relativas à 
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) e 
imposto sobre propriedade de veículos automotores (IPVA). Logo, 
correta, pois não interferem na legislação relativa a tributos 
propriamente federais. 
 
RESOLUÇÕES DO SENADO FEDERAL 
(i) O ITCMD terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado 
Federal (art. 155, §1°, IV); 
(ii) No ICMS, resolução do Senado Federal, de iniciativa do 
Presidente da República ou de um terço (1/3) dos Senadores, 
aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá 
as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, 
interestaduais e de exportação (art. 155, §2°, IV); 
(iii) No ICMS, é facultado ao Senado Federal: (a) estabelecer 
alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de 
iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus 
membros; (b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações 
para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, 
mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada 
por dois terços de seus membros (art. 155, §2°, V); 
(iv) O IPVA terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal 
(art. 155, §6°, I). 
 
Item III. Conforme o art. 108 do CTN, analogia seria (ou é) 
técnica de integração e não de interpretação da legislação tributária. 
Logo, correta. 
 
Portanto, correta a letra “c”, pois é falsa a primeira assertiva e 
são verdadeiras as duas últimas. 
 
38. (ESAF/AFTN/1996) Quando uma lei ou alguns dos 
seus artigos são declarados definitivamente 
inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal são 
retirados do ordenamento jurídico. 
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A pela publicação do acórdão do Supremo Tribunal Federal 
no Diário Oficial da União; 
B Por lei complementar; 
C Por resolução do Senado; 
D Por decreto legislativo; 
E Por medida provisória. 
 
A questão cobra o conhecimento do art. 52, X, da CF/88, que 
estabelece que compete privativamente ao Senado Federal suspender 
a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional 
por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. Esta competência 
deve ser exercida por meio de Resolução. 
 
Logo, correta a letra “c”. 
 
39. (ESAF/AFTN/1996) Sobre os decretos executivos 
federais, podemos afirmar que são: 
A Veículos normativos privativos do legislativo para 
aprovação, entre outras coisas, dos tratados e convenções 
internacionais celebrados pelo Presidente da República; 
B Atos normativos de competência privativa do Presidente 
da República com força de lei próprios para o aumento das 
alíquotas do IPI, IE, IR e IOF; 
C Veículos normativos do Presidente da República para 
aprovação, entre outras coisas, dos tratados e convenções 
celebrados pelos Ministros de Estado; 
D Veículos normativos com força de lei idôneos para 
instituírem impostos extraordinários na iminência ou no 
caso de guerra externa; 
E Veículos normativos que se prestam à aprovação dos 
regulamentos dos impostos federais. 
 
Letras (A) e (C). Os tratados ou convenções internacionais são 
atos normativos de competência privativa do Presidente da República, 
sujeitos a referendo do Congresso Nacional (CF, art. 84, VIII). Assim, 
segundo o art. 49, I, da CF/88, é da competência exclusiva do 
Congresso Nacional resolver definitivamente sobre tratados, acordos 
ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos 
gravosos ao patrimônio nacional. Deste modo, no que se refere à 
integração do tratado internacional no ordenamento jurídico interno 
brasileiro, faz-se necessário que haja aprovação por decreto 
legislativo emanado do Congresso Nacional para que adquira 
força de lei. Após a aprovação do tratado internacional pelo decreto 
legislativo do Congresso Nacional (veículo introdutor de normas 
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tributárias internacionais), há a promulgação por meio de 
decreto do Presidente da República, promovendo, então, a 
executoriedade da norma internacional no âmbito do direito positivo 
interno. Logo, incorretas. 
 
Letra (B) e (D). Os decretos executivos federais não têm força 
de lei. Logo, incorreta. 
 
Letra (E). No direito tributário, os decretos têm o seu conteúdo 
e alcance restringido aos das leis em função das quais sejam 
expedidos, determinados com observância das regras de 
interpretação estabelecidas nesta Lei (CTN, art. 99). Ou seja, no 
direito tributário não há decreto autônomo, não podendo tal ato 
normativo ir além ou independentemente da lei (atividade praeter 
legem) ou ir contra à lei (atividade contra legem). O decreto no 
âmbito tributário deve servir para a fiel execução da lei, atuando 
secundum legem. Portanto, é adequado afirmar que os decretos 
executivos federais são veículos normativos que se prestam à 
aprovação dos regulamentos dos impostos federais. Logo, correta. 
 
40. (ESAF/AFTN/1996) O princípio da legalidade não se 
aplica, em toda sua extensão. 
A Aos impostos de importação e exportação, impostos sobre 
produtos industrializados e impostos extraordinário 
decorente de guerra. 
B Aos impostos de importação e exportação, ao impostos 
sobre produtos industrializados e ao imposto sosbre 
operações financeiras. 
C Às taxas e contribuições de melhoria. 
D Aos impostos de importação e exportação, impostos sobre 
produtos industrializados e ao imposto extraordinário de 
guerra. 
E Às taxas e contribuições sociais. 
 
Segundo o art. 153, §1º, da CF, existem tributos que poderão 
ter suas alíquotas majoradas ou reduzidas por ato do Poder 
Executivo federal, por meio de decreto, atendidas as condições e os 
limites estabelecidos em lei, a saber: imposto de importação (II); 
imposto de exportação (IE); imposto sobre produtos industrializados 
(IPI); impostos sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou 
relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF). Portanto, em relação a 
estes tributos o princípio da legalidade não se aplica, em toda sua 
extensão. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL 
Prof.: Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br 
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Logo, correta a letra “b”. 
 
41. (ESAF/AFM/TERESINA/2002) Indique, nas opções 
abaixo, em que hipótese podem as convenções formalizadas 
entre particulares ser opostas à Fazenda Pública, 
relativamente à responsabilidade pelo pagamento de 
tributo, com o objetivo de modificar a definição do sujeito 
passivo da obrigação tributária. 
a) Quando é decorrente de clara e expressa cláusula do 
acordo de vontades entre os particulares. 
b) Quando está expressamente previsto em disposição legal 
específica. 
c) Em casos de dúvida quanto à vinculação do sujeito 
passivo ao fato gerador. 
d) Quando resulta de decisão administrativa da Fazenda 
Pública. 
e) Em nenhuma hipótese pode ocorrer tal oposição em face 
da Fazenda Pública. 
 
A questão cobra o conhecimento do art. 123 do CTN, dispondo 
que, salvo disposições de lei em contrário, as convenções 
particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, 
não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição 
legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. 
 
Logo, correta a letra “b”. 
 
42. (ESAF/AFRFB/2010) Considerando a publicação de 
norma, em 15 de dezembro de 2009, visando à majoração 
de tributo, sem disposição expressa sobre a data de 
vigência,

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