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Reportagem Katia

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GERAÇÃO CONECTADA
	O Brasil é um país que tem mais aparelhos celulares do que habitantes, e isso alimenta debates sobre o uso indiscriminado.
Kátia Medeiros Corrêa Gastaldi-1178778
Cevisat-Brusque
O celular já não é mais uma ferramenta de ostentação, encontrar jovens que não o tenham é pouco provável, pois o mesmo faz parte do cotidiano de jovens, adultos e até crianças. O grupo que mais aderiu a nova tecnologia foi jovens de 11 a 20 anos, seguidos por adultos de 21 a 38 anos. 
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que pertence ao Brasil contabilizou uma quantidade significativa de assinantes de telefonia móvel, considerando um aumento bem acima do esperado, em torno de 155 milhões de assinantes. 
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não possui informações precisas sobre a faixa etária dos proprietários das linhas, porém é possível perceber o intenso interesse dos adolescentes sobre os aparelhos celulares.
O uso do aparelho celular teve um papel revolucionário na sociedade, pois hoje temos informações no tempo real. Uma das funções muito utilizadas é a fotografia, colocando de lado a velha e boa câmera fotográfica, pois o recurso da câmera do aparelho é algo de fácil acesso. Temos informações do mundo em nossas mãos, basta um click e pronto, registramos qualquer coisa a qualquer momento e em questão de segundos compartilhamos com muitos outros que possuem os aparelhos celulares.
Observando o uso constante desses aparelhos no cotidiano dos jovens e até mesmo adultos, indago com as seguintes perguntas:
- Qual o efeito ocasionado pelo uso indiscriminado do aparelho?
- Como os usuários lidam com os novos tipos de relacionamentos e diversas situações devido ao uso do aparelho celular?
Cientistas alemães proporcionaram uma pesquisa por meios de entrevistas com jovens entre 12 e 19 anos- enfatizando em suas anotações a forma com a qual se comunicavam, conteúdos passados e mensagens recebidas e enviadas, tudo dentro do ambiente escolar. 
Com isso, houve a possibilidade de mapear o comportamento virtual dos grupos da qual participaram da pesquisa. Tais pesquisas provaram uma mudança significativa na vida dos entrevistados, em especial os adolescentes entre 14 a 18 anos, sob muitos aspectos. Listando alguns dos aspectos positivos podemos dizer que houve uma melhora:
-Organização;
-Agendamento de várias atividades;
-Informações ao pais sobre horário de chegada e saída;
-Marcar encontros com amigos;
-Transferir informações perdidas com a falta à escola.
Os aparelhos celulares viraram um símbolo de status, pois muitos os veem como uma marca da personalidade de cada indivíduo. 
Esses por sua vez veem cada mais inovadores, mudando o formato, cor e recursos diversos, trazendo assim um certo grau de popularidade aos proprietários.
 Muitos dos jovens formam sua rede de amigos e relacionamentos a partir de redes sociais, trocando informações pertinentes a cada idade e momento. A aquisição de um aparelho pode ser um pressuposto indispensável para fazer parte de um grupo; quem não é “encontrável” acaba excluído da comunicação de algumas turmas. 
	
	
	 POSSIBILIDADE DE marcar encontros a qualquer momento ajuda a controlar sentimento de insegurança e solidão
No Japão, em 2005, foram entrevistados aproximadamente 900 estudantes – sendo que apenas 50% deles tinha celular. 
Esses jovens que possuíam celular procuravam relacionar-se com os proprietários de aparelhos celulares, para uma interação virtual. Com um número de 5% dos entrevistados terem admitido abertamente que se sentiam socialmente excluídos devido à falta da tecnologia, quase 70% mostraram o desejo de ter um celular. 
 É quase unanime a ideia que ter um celular é adquirir e respeitar algumas regras, que entre pessoas de outras faixas etárias poderiam ser facilmente contestadas. Um exemplo comum é a não resposta imediata, que pode ser julgada como uma grosseria. “O aparelho celular é uma ferramenta que veio para trazer uma socialização entre os jovens”, comenta Aline, uma estudante da primeira série do ensino médio da escola Gregório Matos da cidade de Joinville, Santa Catarina.
Nicola Döring, (2009) professora de psicologia da Universidade Técnica de Blumenau, na Alemanha, fez a análise do conteúdo de mil mensagens. Com o recolhimento dos dados, observou que os usuários dos aparelhos celulares usam não apenas para a troca de informações rápidas, como utilizam também para saber da vida uns dos outros, mostrando-se assim afetuosos e quando existe o surgimento de algum problema ou até mesmo em datas comemorativas.
Entretanto, pesquisadores falam que os jovens com um bom estado de ânimo utilizem mais o celular. O celular tomou um aparelho importante na vida dos jovens e adultos, porém nada substituí o encontro pessoal, o toque e a conversa frente à frente, porém após o encontro o uso do celular tornou o relacionamento mais intenso. 
 Na teoria muita coisa mudou, porém na prática continua tudo igual, só que com o auxílio do aparelho após os encontros os jovens permanecem em contato virtual, isso tanto com os amigos como com os casais. Na pesquisa de Nicola Döring (2009), expressões virtuais como “GDV” e outras como “GMDV”, que passam a seguinte informação; gosto de você e gosto muito de você, respectivamente, estão em primeiro lugar na lista das abreviações preferidas. 
Talvez a timidez fez com que a ferramenta fosse uma forma de expressão facilitadora, pois o que antes era mais difícil de ser dito, frete à frente, agora pode ser feito via celular. Os usuários utilizam as abreviações e até mesmo os neologismo para uma conversação, os emojis já são parte efetiva do vocabulário virtual.
Os relacionamentos familiares, também tiveram interferência na utilização dos aparelhos.
 O monitoramento dos pais tornou-se mais efetivo, devido aos vários acontecimentos em cerca dos relacionamentos vindos da vida social virtual. 
A dificuldade de manter a atenção dos jovens também é uma problemática, pois agora eles possam uma boa parte do tempo em função das redes sócias, em busca de novos amigos e coordenando os já existentes.
 O telefone pode sim trazer enumeras vantagens ao relacionamento familiar, para os jovens a independência aumenta e para os pais um breve monitoramento dos amigos do qual eles se relacionam, pois, as redes sócias o trazem esse efeito sobre os relacionamentos, e os aparelhos se forem compartilhados em casa podem ser uma arma útil aos pais.
 Os pais mostram-se mais seguros, pois quando um filho sai ele pode fazer ligações frequentes trazendo assim segurança ao convívio. O uso indiscriminado do aparelho celular, pode trazer consequências devastadoras, pois a ansiedade por uma resposta ou até mesmo a falta da mesma pode vir a traumatizar determinados indivíduos. Muitos jovens em busca de uma aceitação social acabam passando horas intermináveis em frente ao aparelho sem a supervisão adequada dos pais.
Filmar com o aparelho celular o espancamento de alguém ou cenas inapropriadas das quais os jovens consideram engraçadas ou até mesmo pelo simples fato de ver algo diferente acontecendo, é conhecido como: happy slapping- Surra divertida-já se espalhou por vários países. 
Segundo o estudo recente, (JIM-Jugend, Information, Multimedia,2012) – da qual foi realizado na Alemanha, um em cada três usuários de celular já presenciou alguma vez um ataque sendo filmado pelo equipamento. A preocupação muitas vezes está no alto grau de exposição, sendo que os mesmos poderiam estar usando os aparelhos para ligar para as autoridades competentes.
Perigos atrás do uso indiscriminado e não monitorado
 	A exposição é um dos maiores problemas do uso indiscriminado, pois a curto prazo destroem a vida de uma pessoa. Muitos adultos e até mesmo jovens aderem a esse tipo de relacionamento e acabam expondo-se de forma a desconstruir uma imagem firmada até o momento.
 Muitas empresas buscam nas redes sociais informações sobre os colaboradores ou até mesmo sobre futuros colaboradores das quais
a empresa pretende contratar, e muitas vezes essa exposição indiscriminada acaba prejudicando os usuários. Uma pesquisa mostrou que mais de 90 % das mulheres que mandam fotos nuas acabam sendo expostas aos grupos de amigos, escola e futebol.
Uma pesquisa feita nos Estados unidos constatou que 20% dos jovens enviaram ou receberam fotos nuas, contra 40% dos adultos. Fala-se muito em educação inclusiva tecnológica, porém deve se haver uma educação tecnológica.
	
Redes sociais e o perigo da nudez virtual
REFERÊNCIAS
PEREZ, Luana Castro Alves. Reportagem"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/redacao/a-reportagem.htm>. Acesso em 21 de abril de 2017.
SILVA, Rosana EDUCAÇÂO. Disponível em <http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/educacao/noticia/2016/01/uso-do-celular-e-de-tablets-deve-ter-regras-estabelecidas-pelo-colegio-4959770.h> Acesso em 21 de abril de 2017.

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