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Síndrome de Liddle

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SÍNDROME DE LIDDLE
	A síndrome de Liddle, também chamada de pseudohiperaldosteronismo, é uma doença genética herdada de uma maneira autossômica dominante. É caracterizada por uma hipertensão arterial sistêmica que se desenvolve de forma precoce e severa associada com baixa atividade plasmática de renina, alcalose metabólica, hipocalemia e níveis normais ou baixos de aldosterona.
	A hipocalcemia pode ser percebida como fraqueza muscular, dor, fadiga, constipação ou palpitações. Ela também pode estar associada a alcalose metabólica.
MUTAÇÕES GENÉTICAS:
	A síndrome é causada por mutações nos genes SCNN1B e SCNN1G, responsáveis pelas subunidades beta e gamma do ENaC (cromossomo 16p) o que causa a deleção de regiões ricas em prolina. Essas regiões são importantes para a regulação da atividade do ENaC por facilitarem a ligação da ubiquitina ligase Nedd4-2, uma proteína que ubiquitina ENaC e, portanto, determina a degradação desse canal pelo proteossomo. A incapacidade de promover essa ligação, devido a mutação, leva a uma expressão constitutiva desses canais de sódio, o que aumenta a reabsorção de sódio e retenção de volume, além de aumentar a excreção de potássio.
TRATAMENTO:
	O tratamento para a síndrome de Liddle é feito com amilorida, o que diminui a pressão arterial e corrige a hipocalemia e a acidose. Esses agentes bloqueiam os canais ENaC. A espironolactona não é efetiva para o tratamento já que a atividade aumentada do ENaC não é mediada por aldosterona.

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