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Direito e Legislação
Cronograma:
Noções gerais de Direito;
Direito das coisas;
Noções de Direito das obrigações;
Legislação
Para que serve o direito?
• O direito cria ou reconhece os direitos e
regula deveres que nascem dos interesses,
evitando assim a desorganização social.
• Sentidos: Subjetivo ou Objetivo
Divisão do Direito: Público (constitucional,
penal, fiscal, administrativo) ou privado ( civil,
trabalho, comercial, etc.).
SUJEITO DE DIREITO
• Personalidade jurídica.
• Pessoa natural – é toda criatura que nasce 
com vida – art. 2º do CC.
• Registro público – nascimento e morte 
(certidão de nascimento e certidão de óbito)
Capacidade civil
Diferença entre capacidade de direito e 
capacidade de fato.
Incapacidade absoluta: Menores de 16 anos, 
loucos de todo o gênero, surdos mudos e ausente 
declarados judicialmente.
Incapacidade relativa: Maiores de 16 e menores 
de 18 anos, pródigos, ébrios habituais, drogados, 
deficientes mentais, excepcionais sem 
desenvolvimento mental completo e silvícolas.
A capacidade civil pode ser adquirida 
antes do tempo?
Uma pessoa com 17 anos pode se tornar 
“de maior”?
Emancipação;
Casamento;
Formatura em curso de nível 
superior;
Estabelecimento civil ou comercial 
com economia própria;
Exercício de emprego público.
Pessoa jurídica
É a unidade de pessoas naturais com 
o fito de obter interesse comum.
Como nasce a pessoa jurídica?
Objeto do direito
É todo o bem material ou imaterial 
que tem valor econômico e pode ser 
objeto de uma relação jurídica, 
sendo suscetível de ser defendido 
por ação própria perante o 
judiciário.
Classificação dos bens:
Bens considerados em si mesmos:
Bens imóveis
Bens móveis
Bens fungíveis e consumíveis
Indivisíveis/divisíveis
Reciprocamente considerados:
Principal/acessório
Públicos;
Bens de família.
Direito das coisas
É o conjunto de normas que 
regulam as relações jurídicas 
concernentes às coisas que podem 
ser objeto de apropriação pelo 
homem.
Diferença entre posse e 
propriedade
A posse poderá ser:
Direta/indireta
Justa/injusta 
( violenta, clandestina e precária )
Boa-fé/ má-fé
Efeitos da posse:
Manutenção de posse;
Reintegração de posse;
Interdito proibitório;
Nunciação de obra nova;
Embargos de terceiros.
Usucapião (posse mansa e pacífica):
Extraordinário – 15 anos 
ininterruptos e sem oposição;
Especial rural – não sendo 
proprietário rural ou urbano, trecho 
de terra não superior a 50 hectares, 
por 5 anos ininterruptos;
Especial urbano – área urbana até 
250 m², por 5 anos ininterruptos e 
sem oposição;
Ordinário – Posse do imóvel com 
justo título e boa-fé, de forma 
contínua e incontestável por 10 
anos.
PROPRIEDADE
Meios de aquisição da propriedade:
-Transcrição do título de 
transferência de registro;
- Pela acessão;
-Pelo usucapião;
-Direito hereditário;
Perda de propriedade imóvel: 
(
Alienação; 
Renúncia;
Abandono (urbano – 10 anos; rural 
– 03 anos);
Perecimento;
Desapropriação;
Terrenos utilizados para cultivar 
plantas psicotrópicas.
Direitos reais sobre coisa alheia:
Enfiteuse (2,5%);
Servidão;
Usufruto;
Uso/Habitação;
RENDAS CONSTITUÍDAS SOBRE O 
IMÓVEL:
- Direito real de garantia;
- Penhor diferente de penhora;
Hipoteca;
Anticrese.
DIREITO DE VIZINHANÇA
Direito de vizinhança: Aldemiro
Rezende “Direito de vizinhança 
nada mais é do que o conjunto 
de direitos e deveres impostos 
aos vizinhos pelo simples fato de 
serem vizinhos.”
Limitações da propriedade:
-Interesse público;
-Interesse privado. 
Ato praticado em um prédio que 
possa alcançar outro.
Em princípio ficam excluídos da 
aplicação das regras do direito de 
vizinhança:
- litígios entre locador e locatário;
- litígios entre condôminos.
Não haverá distinção entre 
proprietário e possuidor.
Os valores que serão garantidos:
- Segurança: Atos que possam 
comprometer a solidez e estabilidade 
do prédio;
-Sossego: Possibilidade de afastar 
ruídos excessivos;
Saúde: Emissão de gases tóxicos, 
poluição de águas.
O mau uso da propriedade dá-se 
pela prática de atos ilegais, abusivos 
e excessivos.
-Quanto ao uso anormal da propriedade:
Art. 1277 do CC: O proprietário ou o possuidor 
de um prédio tem o direito de fazer cessar as 
interferências prejudiciais a segurança, ao 
sossego e a saúde dos que o habitam, 
provocadas pela utilização de propriedade 
vizinha.
Parágrafo único. Proíbem-se as interferências 
considerando-se a natureza da utilização, a 
localização do prédio atendidas as normas que 
distribuem as edificações em zonas e os limites 
ordinários de tolerância dos moradores da 
vizinhança.
Art. 1278: O direito a que se refere o artigo 
antecedente não prevalece quando as 
interferências forem justificadas por interesse 
público, caso em que o proprietário ou o 
possuidor causador delas pagará ao vizinho 
indenização cabal.
Ex: Fábrica que gera milhares de empregos, 
com o passar do tempo o proprietário deverá 
ser vales de meios para diminuir as 
interferências.
Art. 1280: O proprietário ou o possuidor 
tem direito a exigir do dono do prédio 
vizinho a demolição ou a reparação deste 
quando ameace ruína, bem como que lhe 
preste caução pelo dano iminente.
- Quanto ao uso de árvores limítrofes:
Art. 1282: A árvore, cujo tronco estiver na linha 
divisória, presume-se pertencer em comum aos 
donos dos prédios confinantes.
Art. 1283: As raízes e os ramos de árvore, que 
ultrapassarem a estrema do prédio, poderão ser 
cortados, até o plano vertical divisório, pelo 
proprietário do terreno invadido.
Art. 1284: Os frutos caídos de árvore do terreno 
vizinho pertencem ao dono do solo onde caíram, 
se este for de propriedade particular.
-Quanto ao uso da passagem forçada:
Art. 1.285: O dono do prédio que não tiver acesso a 
via pública, nascente ou porto, pode, mediante 
pagamento de indenização cabal, constranger o 
vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será 
judicialmente fixado, se necessário.
Obs: Necessidade de encravamento total. 
§ 2o Se ocorrer alienação parcial do prédio, de 
modo que uma das partes perca o acesso a via 
pública, nascente ou porto, o proprietário da outra 
deve tolerar a passagem.
Art. 1.286: Mediante recebimento de indenização 
que atenda, também, à desvalorização da área 
remanescente, o proprietário é obrigado a tolerar a 
passagem, através de seu imóvel, de cabos, 
tubulações e outros condutos subterrâneos de 
serviços de utilidade pública, em proveito de 
proprietários vizinhos, quando de outro modo for 
impossível ou excessivamente onerosa.
Parágrafo único. O proprietário prejudicado pode 
exigir que a instalação seja feita de modo menos 
gravoso ao prédio onerado, bem como, depois, seja 
removida, à sua custa, para outro local do imóvel.
Art. 1287: Se as instalações oferecerem grave 
risco, será facultado ao proprietário do prédio 
onerado exigir a realização de obras de 
segurança.
-Quanto ao limite entre os prédios:
Art. 1.297. O proprietário tem direito a cercar, 
murar, valar ou tapar de qualquer modo o seu 
prédio, urbano ou rural, e pode constranger o 
seu confinante a proceder com ele à demarcação 
entre os dois prédios, a aviventar rumos 
apagados e a renovar marcos destruídos ou 
arruinados, repartindo-se proporcionalmente 
entre os interessados as respectivas despesas.
A repartição dos gastos 
seguirá os costumes da 
localidade.
Art. 1.298: Sendo confusos, os limites, 
em falta de outro meio, se determinarão 
de conformidade com a posse justa; e, 
não se achando ela provada, oterreno 
contestado se dividirá por partes iguais 
entre os prédios, ou, não sendo possível 
a divisão cômoda, se adjudicará a um 
deles, mediante indenização ao outro.
Art. 1.299: O proprietário pode levantar 
em seu terreno as construções que lhe 
aprouver, salvo o direito dos vizinhos e os 
regulamentos administrativos.
Art. 1.300: O proprietário construirá de 
maneira que o seu prédio não despeje 
águas, diretamente, sobre o prédio vizinho.
Art. 1.301: É defeso abrir janelas, ou fazer 
eirado, terraço ou varanda, a menos de 
metro e meio do terreno vizinho.
§ 1o As janelas cuja visão não incida sobre 
a linha divisória, bem como as 
perpendiculares, não poderão ser abertas 
a menos de setenta e cinco centímetros.
Art. 1.302: O proprietário pode, no lapso 
de ano e dia após a conclusão da obra, 
exigir que se desfaça janela, sacada, 
terraço ou goteira sobre o seu prédio; 
escoado o prazo, não poderá, por sua vez, 
edificar sem atender ao disposto no artigo 
antecedente, nem impedir, ou dificultar, o 
escoamento das águas da goteira, com 
prejuízo para o prédio vizinho.
Parágrafo único. Em se 
tratando de vãos ou aberturas 
para luz, seja qual for a 
quantidade, altura e disposição, 
o vizinho poderá, a todo tempo, 
levantar a sua edificação, ou 
contramuro, ainda que lhes 
vede a claridade.
Art. 1.303: Na zona rural, não será 
permitido levantar edificações a menos 
de três metros do terreno vizinho.
Art. 1.308: Não é lícito encostar à parede 
divisória chaminés, fogões, fornos ou 
quaisquer aparelhos ou depósitos 
suscetíveis de produzir infiltrações ou 
interferências prejudiciais ao vizinho.
Parágrafo único. A disposição anterior não 
abrange as chaminés ordinárias e os 
fogões de cozinha.
Art. 1.311: Não é permitida a execução de 
qualquer obra ou serviço suscetível de 
provocar desmoronamento ou deslocação de 
terra, ou que comprometa a segurança do 
prédio vizinho, senão após haverem sido 
feitas as obras acautelatórias.
Parágrafo único. O proprietário do prédio 
vizinho tem direito a ressarcimento pelos 
prejuízos que sofrer, não obstante haverem 
sido realizadas as obras acautelatórias.
CONDOMÍNIO
O QUE É CONDOMÍNIO?
- Quais são as partes de uso comum em 
um condomínio?
- O terraço da cobertura é de uso comum?
Art. 1331, parágrafo 5º do CC: “O terraço 
de cobertura é de uso comum, salvo 
disposição contrária da escritura de 
constituição do condomínio. 
O CONDOMÍNIO PODERÁ SER 
CLASSIFICADO DA SEGUINTE FORMA:
- Voluntário ou convencional;
- Eventual ou acidental.
Art. 1.314: Cada condômino pode usar 
da coisa conforme sua destinação, 
sobre ela exercer todos os direitos 
compatíveis com a indivisão, reivindicá-
la de terceiro, defender a sua posse e da 
respectiva parte ideal, ou gravá-la.
Art. 1.315: O condômino é obrigado, na 
proporção de sua parte, a concorrer para 
as despesas de conservação ou divisão da 
coisa.
Art. 1.316: Pode o condômino eximir-se do 
pagamento das despesas e dívidas, 
renunciando à parte ideal.
§ 2º Se não há condômino que faça os 
pagamentos, a coisa comum será dividida.
Art. 1.331: Pode haver, em edificações, partes 
que são propriedade exclusiva, e partes que 
são propriedade comum dos condôminos.
§ 1º As partes suscetíveis de utilização 
independente, tais como apartamentos, 
escritórios, salas, lojas, sobrelojas ou 
abrigos para veículos, com as respectivas 
frações ideais no solo e nas outras partes 
comuns, sujeitam-se a propriedade 
exclusiva, podendo ser alienadas e 
gravadas livremente por seus 
proprietários.
§ 2º O solo, a estrutura do prédio, o 
telhado, a rede geral de distribuição de 
água, esgoto, gás e eletricidade, a 
calefação e refrigeração centrais, e as 
demais partes comuns, inclusive o acesso 
ao logradouro público, são utilizados em 
comum pelos condôminos, não podendo 
ser alienados separadamente, ou 
divididos.
Art. 1.332: Institui-se o condomínio 
edilício por ato entre vivos ou testamento, 
registrado no Cartório de Registro de 
Imóveis, devendo constar daquele ato, 
além do disposto em lei especial:
I - a discriminação e individualização das 
unidades de propriedade exclusiva, 
estremadas uma das outras e das partes 
comuns;
II - a determinação da fração ideal 
atribuída a cada unidade, relativamente ao 
terreno e partes comuns;
III - o fim a que as unidades se destinam.
Art. 1.333: A convenção que constitui o 
condomínio edilício deve ser subscrita 
pelos titulares de, no mínimo, dois terços 
das frações ideais e torna-se, desde logo, 
obrigatória para os titulares de direito 
sobre as unidades, ou para quantos sobre 
elas tenham posse ou detenção.
Parágrafo único: Para ser oponível contra 
terceiros, a convenção do condomínio 
deverá ser registrada no Cartório de 
Registro de Imóveis.
Art. 1.334: Além das cláusulas referidas 
no art. 1.332 e as que os interessados 
houverem por bem estipular, a convenção 
determinará:
I - A quota proporcional e o modo de 
pagamento das contribuições dos 
condôminos para atender às despesas 
ordinárias e extraordinárias do 
condomínio;
II - Sua forma de administração;
III - A competência das assembleias, forma de 
sua convocação e quórum exigido para as 
deliberações;
IV - As sanções a que estão sujeitos os 
condôminos, ou possuidores;
V - O regimento interno.
§ 1º A convenção poderá ser feita por 
escritura pública ou por instrumento 
particular.
§ 2º São equiparados aos proprietários, para os 
fins deste artigo, salvo disposição em contrário, 
os promitentes compradores e os cessionários 
de direitos relativos às unidades autônomas.
Art. 1.335: São direitos do condômino:
I - usar, fruir e livremente dispor das suas 
unidades;
II - usar das partes comuns, conforme a sua 
destinação, e contanto que não exclua a 
utilização dos demais co-possuidores;
III - votar nas deliberações da assembleia e 
delas participar, estando quite.
§ 1º O condômino que não pagar a sua 
contribuição ficará sujeito aos juros 
moratórios convencionados ou, não sendo 
previstos, os de um por cento ao mês e 
multa de até dois por cento sobre o débito;
§ 2º O condômino, que não cumprir 
qualquer dos deveres estabelecidos nos 
incisos II a IV, pagará a multa prevista no 
ato constitutivo ou na convenção, não 
podendo ela ser superior a cinco vezes o 
valor de suas contribuições mensais, 
independentemente das perdas e danos 
que se apurarem; não havendo disposição 
expressa, caberá à assembleia geral, por 
dois terços no mínimo dos condôminos 
restantes, deliberar sobre a cobrança da 
multa.
Art. 1.338: Resolvendo o condômino alugar 
área no abrigo para veículos, preferir-se-á, em 
condições iguais, qualquer dos condôminos a 
estranhos, e, entre todos, os possuidores;
Art. 1.341: A realização de obras no 
condomínio depende:
I - se voluptuárias, de voto de dois terços 
dos condôminos;
II - se úteis, de voto da maioria dos 
condôminos.
Art. 1.343: A construção de outro 
pavimento, ou, no solo comum, de outro 
edifício, destinado a conter novas 
unidades imobiliárias, depende da 
aprovação da unanimidade dos 
condôminos;
Art. 1.346: É obrigatório o seguro de 
toda a edificação contra o risco de 
incêndio ou destruição, total ou parcial.
Art. 1.347: A assembleia escolherá um 
síndico, que poderá não ser condômino, 
para administrar o condomínio, por prazo 
não superior a dois anos, o qual poderá 
renovar-se.
Art. 1.348: Compete ao síndico:
I - Convocar a assembleia dos condôminos;
II - Representar, ativa e passivamente, o 
condomínio, praticando, em juízo ou fora 
dele, os atos necessários à defesa dos 
interesses comuns;III - Dar imediato conhecimento à 
assembleia da existência de procedimento 
judicial ou administrativo, de interesse do 
condomínio;
IV - Cumprir e fazer cumprir a convenção, o 
regimento interno e as determinações da 
assembleia;
V - Diligenciar a conservação e a guarda 
das partes comuns e zelar pela prestação 
dos serviços que interessem aos 
possuidores;
VI - Elaborar o orçamento da receita e da 
despesa relativa a cada ano;
VII - Cobrar dos condôminos as suas 
contribuições, bem como impor e cobrar 
as multas devidas;
VIII - Prestar contas à assembleia, 
anualmente e quando exigidas;
IX - Realizar o seguro da edificação.
Art. 1.349: A assembleia, 
especialmente convocada para o fim 
estabelecido no § 2º do artigo 
antecedente, poderá, pelo voto da 
maioria absoluta de seus membros, 
destituir o síndico que praticar 
irregularidades, não prestar contas, ou 
não administrar convenientemente o 
condomínio.
Art. 1.351: Depende da aprovação de 2/3 
(dois terços) dos votos dos condôminos a 
alteração da convenção; a mudança da 
destinação do edifício, ou da unidade 
imobiliária, depende da aprovação pela 
unanimidade dos condôminos.
RESPONSABILIDADE CIVIL
obs: Assunto não faz parte do conteúdo programático do curso
CONCEITO
Quanto a origem:
A) contratual ou negocial;
B) extracontratual ou aquiliana. 
O que é ato ilícito?
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão 
voluntária, negligência ou imprudência, 
violar direito e causar dano a outrem, ainda 
que exclusivamente moral, comete ato 
ilícito.
Qual a parte mais 
importante do artigo?
E
ILÍCITO CIVIL = VIOLAÇÃO 
DO DIREITO + DANO = 
DEVER DE INDENIZAR
O que é abuso de direito?
Art. 187. Também comete ato ilícito 
o titular de um direito que, ao 
exercê-lo, excede manifestamente os 
limites impostos pelo seu fim 
econômico ou social, pela boa-fé ou 
pelos bons costumes.
Observações:
-Abuso de direito também exige dano.
- É lícito quanto ao conteúdo e ilícito 
quanto a forma de execução.
Ato emulativo é caso de abuso de direito 
na propriedade. Ex: Excesso de ruído, 
excesso de animais no apartamento.
Uso anormal da propriedade figura 
abuso de direito.
Elementos da responsabilidade civil:
1- Conduta humana
ação/omissão. 
Regra – ação. Exceção – omissão.
Roubo de carro dentro de um 
condomínio edilício haverá 
responsabilidade do condomínio?
Exceção – Comprometimento 
expresso ou implícito.
A regra será conduta por ato 
próprio, porém exceções:
- Ato de terceiro; 
- Ato do animal (excludente – força 
maior e culpa da vítima; 
-Ato da coisa (resp. objetiva);
- Produto/serviço (resp. objetiva).
2- Culpa 
(violação de um dever legal, 
contratual ou social – Chironi).
Art. 944. A indenização mede-se 
pela extensão do dano.
Art. 945. Se a vítima tiver 
concorrido culposamente 
para o evento danoso, a sua 
indenização será fixada 
tendo-se em conta a 
gravidade de sua culpa em 
confronto com a do autor do 
dano.
3- Relação de causalidade
4- Dano
O CDC a regra será 
responsabilidade objetiva, a 
exceção será 
responsabilidade subjetiva.
Profissionais liberais têm 
resp. subjetiva, pois 
assumem obrigações meio. 
Ex: Advogado e Médico 
cirurgião plástico reparador 
assume obrigação de meio. 
Ex: Caso de Faustão
Profissionais que atuam com 
obrigação de resultado têm 
responsabilidade objetiva. 
Ex: Médico cirurgião plástico 
estético.
Art. 1228 do CC:
O proprietário tem a 
faculdade de usar, gozar e 
dispor da coisa, e o direito de 
reavê-la do poder de quem 
quer que injustamente a 
possua ou detenha..
§ 2º São defesos os atos que 
não trazem ao proprietário 
qualquer comodidade, ou 
utilidade, e sejam animados 
pela intenção de prejudicar 
outrem.
Direito das obrigações
De dar (coisa certa ou 
incerta);
De fazer;
De não fazer.
CONTRATO
-Capacidade das partes;
- Consentimento;
-Idoneidade do objeto (lícito, idôneo e 
possível);
- Legitimação;
-Forma.
CLASSIFICAÇÃO
Bilaterais: Ambas adquirem direitos e 
obrigações. Ex: Compra e venda;
Unilaterais: Uma adquire direitos e a outra 
obrigação. Ex: Doação;
Onerosos: Adquirir vantagem patrimonial. Ex: 
Compra e venda;
Gratuito: Somente uma das partes aufere 
vantagens. Ex: doação. 
Comutativos: A prestação de um 
corresponde com a do outro;
Aleatório: Uma das partes terá vantagem 
ou perda. Ex: Contrato de seguro;
Solenes: Consentimento é manifestado 
através de forma prescrita em lei. Ex: 
Casamento;
Não solenes: Podem ser realizados pelo 
acordo de vontades. 
Principais: Existem por conta própria. Ex: 
Contrato de locação;
Acessórios: Cuja existência depende de 
outro contrato. Ex: Penhor;
Contrato de adesão: Predominância 
vontade de uma das partes. Ex: Contrato 
de TV por assinatura;
VÍCIO REDIBITÓRIO
Opções: Desfazimento do negócio com a 
devolução do dinheiro ou abatimento do 
preço.
CONTEMPORÂNEO, OCULTO, GRAVE.
Prazo 30 dias – coisa móvel e PRAZO de 1 
ano – coisa imóvel.
EVICÇÃO
Tem por função garantir a transferência da coisa 
defendendo-a das pretensões de terceiros.
RETROVENDA
É o direito de recompra – 3 anos.
Extinção: Decadência, destruição ou renuncia.
CLÁUSULA PENAL
Pacto acessório estipula pena ou multa contra 
quem retardou ou deixou de cumprir a 
obrigação.
MORA
Retarda o cumprimento da obrigação.
LOCAÇÃO
Locador -> Locatário
O que é locação?
Quais os tipos de locação?
LA locação poderá ser:
- Residencial
-Não residencial;
-Especial
Locação residencial:
a) Por prazo determinado certo 
igual, superior ou inferior a 60 
meses –Denúncia Vazia.
O que é denuncia vazia?
B) Por prazo indeterminado.
LEI Nº 12.112/2009
Art. 4º - Durante o prazo estipulado 
para a duração do contrato, não 
poderá o locador reaver o imóvel 
alugado. O locatário, todavia, poderá 
devolvê-lo, pagando a multa 
pactuada, proporcionalmente ao 
período de cumprimento do 
contrato, ou, na sua falta, a que for 
judicialmente estipulada.
Parágrafo único. O locatário ficará 
dispensado da multa se a devolução 
do imóvel decorrer de transferência, 
pelo seu empregador, privado ou 
público, para prestar serviços em 
localidades diversas daquela do 
início do contrato, e se notificar, por 
escrito, o locador com prazo de, no 
mínimo, trinta dias de antecedência.
CÁLCULO DA MULTA:
VALOR DA MULTA
_________________________
QUANTIDADE DE MESES 
CONTRATADOS
X
Nº DE MESES QUE FALTAM PARA 
TERMINAR O CONTRATO
Ex: “A” locou um imóvel residencial 
para “B” pelo valor de R$ 600,00 
(seiscentos reais) mensais e pelo prazo 
de 36 meses. No contrato firmado 
havia uma cláusula que estipulava 
uma multa no valor de R$ 1.800,00, a 
qual seria atribuída caso o locatário 
rescindisse o contrato antes do prazo, 
porém “A” precisou sair do imóvel após 
a 32ª mensalidade. Qual o valor que 
ele vai pagar em razão da quebra do 
contrato?
Art. 12. Em casos de separação de fato, 
separação judicial, divórcio ou 
dissolução da união estável, a locação 
residencial prosseguirá 
automaticamente com o cônjuge ou 
companheiro que permanecer no 
imóvel.
Parágrafo 1º Nas hipóteses previstas 
neste artigo e no art. 11, a sub-rogação 
será comunicada por escrito ao locador 
e ao fiador, se esta for a modalidade de 
garantia locatícia.
Parágrafo 2º O fiador poderá 
exonerar-se das suas 
responsabilidades no prazo de 30 
(trinta) dias contado do 
recebimento da comunicação 
oferecida pelo sub-rogado, 
ficando responsável pelos efeitos 
da fiança durante 120 (cento e 
vinte) dias apósa notificação ao 
locador.
Ex: Um locador ao locar um imóvel 
consegue um fiador e este assina o 
contrato de locação residencial que tem 
prazo determinado de 24 meses. 
Contudo, após 24 meses o locador 
permaneceu no imóvel por mais 10 
meses, tendo devolvido o imóvel sem 
pagar os últimos 2 meses. Caso o 
proprietário do imóvel queria ingressar 
com uma ação de cobrança poderá 
acionar o fiador? Até que momento dura 
a responsabilidade do fiador?
Art. 39. Salvo disposição 
contratual em contrário, 
qualquer das garantias da 
locação se estende até a efetiva 
devolução do imóvel, ainda que 
prorrogada a locação por prazo 
indeterminado, por força desta 
Lei.
Art. 40. O locador poderá exigir novo 
fiador ou a substituição da modalidade 
de garantia, nos seguintes casos: 
I - morte do fiador; 
II - ausência, interdição, recuperação 
judicial, falência ou insolvência do 
fiador, declaradas judicialmente;
III - alienação ou gravação de todos os 
bens imóveis do fiador ou sua 
mudança de residência sem 
comunicação ao locador; 
IV - exoneração do fiador; 
V - prorrogação da locação por 
prazo indeterminado, sendo a 
fiança ajustada por prazo certo; 
VI - desaparecimento dos bens 
móveis; 
VII - desapropriação ou alienação 
do imóvel. 
VIII - exoneração de garantia 
constituída por quotas de fundo de 
investimento;
IX - liquidação ou encerramento do 
fundo de investimento de que trata o 
inciso IV do art. 37 desta Lei
X - prorrogação da locação por prazo 
indeterminado uma vez notificado o 
locador pelo fiador de sua intenção 
de desoneração, ficando obrigado 
por todos os efeitos da fiança, 
durante 120 (cento e vinte) dias 
após a notificação ao locador.
Parágrafo único. 
O locador poderá notificar o 
locatário para apresentar 
nova garantia locatícia no 
prazo de 30 (trinta) dias, sob 
pena de desfazimento da 
locação.
No contrato de locação, pode o 
locador exigir do locatário as 
seguintes modalidades de garantia:
I - caução;
II - fiança;
III - seguro de fiança locatícia.
Caução em dinheiro- Exige-se que o valor 
seja depositado em caderneta de 
poupança, em conta conjunta; sendo que o 
levantamento da quantia deverá ser 
autorizado por ambos os titulares, ou seja, 
locador e locatário, revertendo em 
benefício do locatário os juros e a correção 
monetária auferidos durante a vigência do 
contrato de locação. Seu valor é de três a 
seis meses do aluguel vigente à época da 
efetivação do contrato
A caução em valores fiduciários, tais 
como letras de câmbio, títulos da 
dívida pública, ações de sociedades 
anônimas, certificados de depósitos 
bancários, quotas de fundos de 
investimento etc., deve atender, no 
que couber, às mesmas regras dos 
depósitos em dinheiro, que se 
destinam à caderneta de poupança. 
Desse modo, todas as 
vantagens que advierem 
desses valores pertencerão 
ao locatário, podendo este 
recebê-los, se solvidas todas 
as suas obrigações 
decorrentes da locação
3. Fiança
A fiança é sem dúvida a forma 
tradicionalmente mais utilizada 
de garantia nas locações, 
embora a lei sugira outras, até 
mais eficientes. Abrindo 
maiores possibilidades para a 
caução real, para o seguro 
locatício e para fundos de 
investimento
Trata-se de forma peculiar de 
contrato, pelo qual um terceiro 
garante o contrato. Garantia 
pessoal que é, assegura o 
cumprimento das obrigações do 
locatário, o verdadeiro devedor.
O seguro fiança locatícia é uma 
das opções que o proprietário pode 
exigir do inquilino como garantia 
do recebimento do aluguel. O uso 
deste tipo de seguro é previsto em 
lei e imprime agilidade na 
aprovação do candidato à locação, 
além de fornecer mais segurança 
para o locador (proprietário do 
imóvel). 
É um serviço que pode ser 
contratado para aluguéis 
residenciais, comerciais e não 
residenciais (consultórios, 
escritórios, etc). O seguro fiança 
locatícia dispensa fiador e evita 
que você desfalque suas 
economias para reunir dinheiro 
equivalente a três aluguéis, 
supondo que seja necessário fazer 
depósito-caução.
Impossibilidade de dupla 
garantia, sob pena de 
nulidade.
O que ocorre quando a 
locação possuir duas 
garantias?
CÓDIGO CIVIL X LEI DO INQUILINATO 
- FIANÇA
Art. 59. Com as modificações 
constantes deste capítulo, as ações 
de despejo terão o rito ordinário. 
§ 1º Conceder - se - á liminar para 
desocupação em quinze dias, 
independentemente da audiência da 
parte contrária e desde que prestada 
a caução no valor equivalente a três 
meses de aluguel, nas ações que 
tiverem por fundamento exclusivo: 
I - o descumprimento do mútuo 
acordo (art. 9º, inciso I), celebrado 
por escrito e assinado pelas partes e 
por duas testemunhas, no qual 
tenha sido ajustado o prazo mínimo 
de seis meses para desocupação, 
contado da assinatura do 
instrumento; 
II - o disposto no inciso II do art. 47, 
havendo prova escrita da rescisão do 
contrato de trabalho ou sendo ela 
demonstrada em audiência prévia; 
III - o término do prazo da locação 
para temporada, tendo sido proposta 
a ação de despejo em até trinta dias 
após o vencimento do contrato;
IV - a morte do locatário sem deixar 
sucessor legítimo na locação, de 
acordo com o referido no inciso I do 
art. 11, permanecendo no imóvel 
pessoas não autorizadas por lei; 
V - a permanência do sublocatário 
no imóvel, extinta a locação, 
celebrada com o locatário. 
VI - o disposto no inciso IV do art. 
9º, havendo a necessidade de se 
produzir reparações urgentes no 
imóvel, determinadas pelo poder 
público, que não possam ser 
normalmente executadas com a 
permanência do locatário, ou, 
podendo, ele se recuse a consenti-
las;
VII - o término do prazo notificatório 
previsto no parágrafo único do art. 
40, sem apresentação de nova 
garantia apta a manter a segurança 
inaugural do contrato;
VIII - o término do prazo da locação 
não residencial, tendo sido proposta 
a ação em até 30 (trinta) dias do 
termo ou do cumprimento de 
notificação comunicando o intento 
de retomada;
IX - a falta de pagamento de 
aluguel e acessórios da locação 
no vencimento, estando o 
contrato desprovido de qualquer 
das garantias previstas no art. 
37, por não ter sido contratada 
ou em caso de extinção ou 
pedido de exoneração dela, 
independentemente de motivo.
Parágrafo 3º No caso do inciso IX do 
parágrafo 1º deste artigo, poderá o 
locatário evitar a rescisão da locação 
e elidir a liminar de desocupação se, 
dentro dos 15 (quinze) dias 
concedidos para a desocupação do 
imóvel e independentemente de 
cálculo, efetuar depósito judicial que 
contemple a totalidade dos valores 
devidos, na forma prevista no inciso 
II do art. 62."
Art. 68. Na ação revisional de 
aluguel, que terá o rito sumário, 
observar-se-á o seguinte:
I - a petição inicial deverá indicar o 
valor do aluguel cuja fixação é 
pretendida; 
II - ao designar a audiência de 
conciliação, o juiz, se houver 
pedido e com base nos 
elementos fornecidos tanto pelo 
locador como pelo locatário, ou 
nos que indicar, fixará aluguel 
provisório, que será devido 
desde a citação, nos seguintes 
moldes:
a) em ação proposta pelo 
locador, o aluguel provisório 
não poderá ser excedente a 80% 
(oitenta por cento) do pedido;
b) em ação proposta pelo 
locatário, o aluguel provisório 
não poderá ser inferior a 80% 
(oitenta por cento) do aluguel 
vigente;
DIREITO DAS SUCESSÕES
Para aonde vai o patrimônio que 
você construiu em vida quando 
você morrer?
O que é o Direito das 
sucessões?
O que significa sucessão?
Comoocorre a sucessão:
Inventariante -> listados todos 
os bens -> habilitação dos 
credores -> partilha -> formal de 
partilha -> os herdeiros poderão 
levantar os valores que estiverem 
nos bancos e transferir as 
propriedades para seus nomes 
-> extinção do CPF do falecido.
Inventário extrajudicial
Requisitos:
- Maior idade e capacidade 
dos interessados;
-Consenso quanto à partilha 
dos bens;
-Não pode existir testamento.
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS 
PARA PROCESSAMENTO DO 
INVENTÁRIO ADMINISTRATIVO:
- Certidão de óbito do autor da 
herança;
- Documentos pessoais RG e CPF 
das partes e do autor da herança;
- Certidões comprobatórias do 
vínculo de parentesco dos 
herdeiros (certidões de 
nascimento); 
- Certidão de casamento do 
cônjuge sobrevivente e dos 
herdeiros casados, atualizada 
(90 dias);
- Certidão do pacto antenupcial, 
se houver;
- Certidão de propriedade, 
atualizada (30 dias) e não 
anterior à data do óbito;
- Documentos comprobatórios 
do domínio e valor dos bens 
móveis, se houver;
- Certidão negativa conjunta da 
Receita Federal e PGFN;
- Certidão comprobatória da 
inexistência de testamento.
Sucessão poderá ser no ativo ou 
no passivo do patrimônio.
Patrimônio ativo/passivo = 
Espólio -> inventariante
INVENTÁRIO NEGATIVO
Art. 990. O juiz nomeará 
inventariante:
I - o cônjuge ou companheiro 
sobrevivente, desde que estivesse 
convivendo com o outro ao tempo 
da morte deste; 
II - o herdeiro que se achar na 
posse e administração do espólio, 
se não houver cônjuge ou 
companheiro sobrevivente ou estes 
não puderem ser nomeados; 
III - qualquer herdeiro, 
nenhum estando na posse e 
administração do espólio;
IV - o testamenteiro;
V - o inventariante judicial, se 
houver;
Parágrafo único. O 
inventariante, intimado da 
nomeação, prestará, dentro de 
5 (cinco) dias, o compromisso 
de bem e fielmente 
desempenhar o cargo.
Art. 991. Incumbe ao inventariante:
I - representar o espólio ativa e 
passivamente, em juízo ou fora dele;
II - administrar o espólio, velando-
lhe os bens com a mesma diligência 
como se seus fossem;
Vll - prestar contas de sua gestão 
ao deixar o cargo ou sempre que o 
juiz lhe determinar;
Art. 992. Incumbe ainda ao 
inventariante, ouvidos os 
interessados e com autorização do 
juiz:
I - alienar bens de qualquer espécie;
II - transigir em juízo ou fora dele;
III - pagar dívidas do espólio;
A sucessão poderá ser:
A) Testamentária: 50% da família 
e 50% para quem o testador 
quiser deixar.
Quem não possuir herdeiros 
necessários pode testar em favor 
de qualquer pessoa.
DIFERENÇA ENTRE LEGADO E 
HERANÇA.
A sucessão poderá ser a título 
singular ou universal:
Quem sucede a título singular é o 
legatário. Este não responde por 
eventuais dívidas, porém somente 
recebe seu legado após verificada 
a solvência da herança. Ex: Casa 
de praia;
Quem sucede a título 
universal é o herdeiro e 
responde também pelas 
eventuais dívidas do morto, 
dentro dos limites da 
herança. Ex: 20% da 
herança.
B) Legítima: Existirá quando 
alguém morre sem testamento ou 
se o testamento for invalidado. 
Não há legado porque não há 
testamento. 
ORDEM DE PREFERÊNCIA:
I - aos descendentes, em 
concorrência com o cônjuge 
sobrevivente;
II - aos ascendentes, em 
concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente; 
IV - aos colaterais."
PRINCÍPIOS:
1- DA VONTADE DO HEREDITANDO;
2- ATRIBUIÇÃO DA HERANÇA A 
PARENTES OU FAMILIARES DO 
FALECIDO.
DIFERENÇA ENTRE PARENTES E 
FAMILIARES
Pai, filho e mãe – 1º grau;
Irmãos e avós - 2º grau; 
Tios, sobrinhos e bisavós – 3º 
grau;
Primos e trisavós - 4º grau.
3- DIVISÃO NECESSÁRIA. 
É possível beneficiar um filho 
mais do que o outro? De que 
forma?
Abertura da sucessão
Pressupostos: 
1- Morte de alguém;
2- Vocação hereditária feita pelo 
falecido se deixou testamento 
ou pela lei na ausência deste.
Exceção para abertura de 
sucessão:
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do 
seu domicílio sem dela haver notícia, 
se não houver deixado representante 
ou procurador a quem caiba 
administrar-lhe os bens, o juiz, a 
requerimento de qualquer interessado 
ou do Ministério Público, declarará a 
ausência, e nomear-lhe-á curador.
Qual a diferença entre 
curador e tutor?
Qual a diferença entre 
assistido e representado?
Art. 26. Decorrido um ano da 
arrecadação dos bens do 
ausente, ou, se ele deixou 
representante ou procurador, em 
se passando três anos, poderão 
os interessados requerer que se 
declare a ausência e se abra 
provisoriamente a sucessão
Art. 27. Para o efeito previsto no 
artigo anterior, somente se 
consideram interessados:
I - o cônjuge não separado 
judicialmente;
II - os herdeiros presumidos, 
legítimos ou testamentários;
IV - os credores de obrigações 
vencidas e não pagas
Art. 30. Os herdeiros, para se 
imitirem na posse dos bens do 
ausente, darão garantias da 
restituição deles, mediante 
penhores ou hipotecas 
equivalentes aos quinhões 
respectivos
Se o herdeiro não tiver 
condições de dar garantia o 
que deverá ser feito?
§ 1º Aquele que tiver direito à posse 
provisória, mas não puder prestar a 
garantia exigida neste artigo, será 
excluído, mantendo-se os bens que 
lhe deviam caber sob a 
administração do curador, ou de 
outro herdeiro designado pelo juiz, e 
que preste essa garantia.
§ 2º Os ascendentes, os 
descendentes e o cônjuge, 
uma vez provada a sua 
qualidade de herdeiros, 
poderão, independentemente 
de garantia, entrar na posse 
dos bens do ausente.
Art. 36. Se o ausente aparecer, 
ou se lhe provar a existência, 
depois de estabelecida a posse 
provisória, cessarão para logo as 
vantagens dos sucessores nela 
imitidos, ficando, todavia, 
obrigados a tomar as medidas 
assecuratórias precisas, até a 
entrega dos bens a seu dono.
Art. 37. Dez anos depois de 
passada em julgado a sentença 
que concede a abertura da 
sucessão provisória, poderão os 
interessados requerer a sucessão 
definitiva e o levantamento das 
cauções prestadas.
Art. 39. Regressando o ausente 
nos dez anos seguintes à abertura 
da sucessão definitiva, ou algum 
de seus descendentes ou 
ascendentes, aquele ou estes 
haverão só os bens existentes no 
estado em que se acharem, os 
sub-rogados em seu lugar, ou o 
preço que os herdeiros e demais 
interessados houverem recebido 
pelos bens alienados depois 
daquele tempo.
Parágrafo único. Se, nos dez anos 
a que se refere este artigo, o 
ausente não regressar, e nenhum 
interessado promover a sucessão 
definitiva, os bens arrecadados 
passarão ao domínio do Município 
ou do Distrito Federal, se 
localizados nas respectivas 
circunscrições, incorporando-se ao 
domínio da União, quando 
situados em território federal.
A aceitação poderá ser:
- Expressa
ou
-Tácita.
O que é a cessão de direitos 
hereditários?
Antes de ceder o quinhão 
onerosamente para terceiros 
precisa, deve o herdeiro 
oferecer aos demais 
coerdeiros.
RENUNCIA DA HERANÇA
Pode ser verbal?
-Exigência: Forma.
Art. 1.805. A aceitação da 
herança, quando expressa, faz-
se por declaração escrita.
Roberto tinha dois filhos, “A” 
e “B”, ao falecer deixou 
somente um imóvel no valor 
de R$ 700.000,00. “A” lhe 
procura para vender o imóvel 
e lhe informa que seu irmão 
renunciou a herança. Como 
o corretor deve proceder?
Art. 1.806. A renúncia da 
herança deve constar 
expressamente de 
instrumento público ou 
termo judicial.
João era viúvo etinha três 
filhos, “A”, “B” e “C” porém 
morreu sem deixar testamento. 
Ocorre que “A” era brigado com o 
pai e por esta razão renunciou 
sua parte da herança. Desta 
forma, o que ocorrerá com o 
quinhão de “B” e “C”?
A renuncia somente seria 
válida para créditos ou para 
débitos também?
Seria possível renunciar a 
herança e não ficar obrigado 
a pagar as dívidas?
É possível renunciar a 
herança de pessoa viva?
Efeitos da renuncia:
1- Efeito retroativo;
Se o pai renunciar a herança 
os filhos poderão ser 
inseridos no inventário?
2- Os filhos do renunciante 
não herdam em segundo 
lugar;
Art. 1.811. Ninguém pode 
suceder, representando 
herdeiro renunciante. Se, 
porém, ele for o único legítimo 
da sua classe, ou se todos os 
outros da mesma classe 
renunciarem a herança, 
poderão os filhos vir à sucessão.
3- O renunciante pode 
representar o hereditando na 
sucessão de terceiros;
Herança jacente e vacante.
Herança -> Jacente (1 ano) 
-> Vacante (5 anos).
Indignidade e deserdação
Para suceder basta estar 
vivo, ter legitimidade e não 
ser indigno ou deserdado.
O que é uma pessoa 
indigna?
Art. 1.814. São excluídos da 
sucessão os herdeiros ou legatários:
I - que houverem sido autores, 
coautores ou partícipes de homicídio 
doloso, ou tentativa deste, contra a 
pessoa de cuja sucessão se tratar, 
seu cônjuge, companheiro, 
ascendente ou descendente;
II - que houverem acusado 
caluniosamente em juízo o autor da 
herança ou incorrerem em crime contra 
a sua honra, ou de seu cônjuge ou 
companheiro;
III - que, por violência ou meios 
fraudulentos, inibirem ou obstarem o 
autor da herança de dispor livremente 
de seus bens por ato de última vontade.
Efeitos da indignidade:
1-Sentença transitada em julgado;
2- O indigno fica obrigado a devolver 
os frutos da herança que por 
ventura tenha auferido;
3- Os efeitos são pessoais, não 
passando da pessoa do herdeiro;
4- “ex nunc” – não retroage.
Justiça declara Suzane Von 
Richthofen
indigna de receber herança
fonte: R7, 10/02/2011
Foi publicada no Diário Oficial nesta terça-
feira (8) a exclusão de Suzane 
Von Richthofen da herança deixada pelos 
pais, assassinados em 2002, atendendo 
ação movida pelo irmão de Suzane, 
Andreas.
O valor do espólio deixado foi estimado em 
cerca de R$ 2 milhões em 2006, apesar 
desta informação não constar na 
publicação.
A exclusão foi feita porque foi apontada 
como principal motivo para o crime, o que 
torna Suzane indigna de recebê-la: "pois 
teria ela, aos 31 de outubro de 2002, em 
companhia do seu namorado, Daniel 
Cravinhos de Paula e Silva, e do irmão 
dele, Cristian Cravinhos de Paula e Silva, 
barbaramente executado seus pais, 
Manfred Albert Von Richthofen e Marísia
Von Richthofen, vez que golpearam as 
vítimas até a morte"
De acordo com o advogado de Suzane, 
Denivaldo Barni, a ação para pedir que 
a condenada fosse excluída da herança 
deixada pelos pais foi movida por um tio 
materno, Miguel Abdala Neto, e não 
pelo irmão de Suzane, o Andreas.
Segundo Barni, na época em que a ação 
sobre o pedido de exclusão, entre 2002 
e 2003, Andreas era menor de idade, 
mas Miguel ainda não tinha sua 
guarda. Posteriormente o tio obteve a 
guarda do garoto
. O advogado explicou que, mesmo que 
o irmão fosse menor, ele poderia mover 
a ação, sendo representado pelo tio.
- Ele entrou com a ação não por 
Andreas, mas em nome próprio.
Deserdação
diferente 
de
Indignidade
1- A indignidade está 
prevista em lei as hipóteses, 
porém a deserdação deverá 
ser declarada em testamento 
e só atinge herdeiros 
necessários.
Quem são os herdeiros 
necessários?
2- A deserdação somente 
ocorrerá na sucessão 
testamentária, já a 
indignidade pode ocorrer 
tanto na sucessão 
testamentária como na 
legítima.
Casos de deserção:
Art. 1.962. Além das causas 
mencionadas no art. 1.814, autorizam 
a deserdação dos descendentes por 
seus ascendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
III - relações ilícitas com a madrasta 
ou com o padrasto;
IV - desamparo do ascendente em 
alienação mental ou grave 
enfermidade.
Art. 1.963. Além das causas enumeradas 
no art. 1.814, autorizam a deserdação dos 
ascendentes pelos descendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
III - relações ilícitas com a mulher ou 
companheira do filho ou a do neto, ou com 
o marido ou companheiro da filha ou o da 
neta;
IV - desamparo do filho ou neto com 
deficiência mental ou grave enfermidade.
Herdeiro aparente – é aquele 
que parece mais não é.
João morreu e deixou dois filhos 
reconhecidos e um, Mário, fruto de 
relacionamento extraconjugal, sem 
reconhecimento. Os dois primeiros 
filhos entraram com a Ação de 
Inventário Judicial e a partilha foi 
devidamente realizada. Mário 
ingressou com ação de investigação 
pós morte. Após a confirmação da 
paternidade o que Mário poderá 
fazer para ter direito a herança?
Ação Anulatória de Partilha 
c/c Petição de Herança.
Qual o prazo?
10 anos.
AÇÃO ANULATÓRIA DE PARTILHA. 
RECONHECIMENTO DE 
PATERNIDADE POSTERIOR À 
PARTILHA NO INVENTÁRIO DO 
INVESTIGADO. NULIDADE DA 
PARTILHA. PRAZO PARA ANULAR A 
PARTILHA.
O Prazo para o herdeiro necessário 
postular a anulação de partilha é de 10 
anos, pelo que dispõe Código Civil de 
2002 (artigo 205).
Aquele que ainda não detém a 
condição de herdeiro, não pode 
postular direito hereditário, 
porquanto lhe falta legitimidade. 
Logo, contra o filho que teve a sua 
paternidade reconhecida após a 
partilha, o prazo para postular a 
anulação dessa partilha somente 
pode começar a correr a partir do 
momento em que ele passou a deter 
a condição de herdeiro.
Sucessão legítima – falta de 
testamento ou se houver 
testamento que não abranja todos 
os bens.
Vocação hereditária 
=
Obs: Só se convoca uma 
classe nova quando não há 
herdeiros na classe 
precedente. Ex: Não se 
convoca o ascendente se 
houver descendente.
Na mesma classe os mais 
próximos excluem os mais 
remotos. Ex: Não se chama o 
neto se existe filho, não se 
chama o avô se existe o pai.
Modos da sucessão legítima:
a) Direito próprio: Quando for 
herdeiro da classe chamada;
b) Direito de representação: 
Quando se toma o lugar do 
herdeiro pré morto ou indigno.
Se o filho morrer antes do 
pai quem herda o direito do 
avô quando este falecer?
Obs¹: O filho do herdeiro 
renunciante não pode 
representar o pai;
O filho de um herdeiro 
testamentário pode 
representá-lo caso este já 
tenha falecido?
Obs²: A representação é 
exclusiva da sucessão 
legítima.
Ex: João morre sem mulher 
ascendentes e descendentes. 
Ocorre que ele tem três 
irmãos e um dos irmãos 
faleceu. Quem irá herdar?
c) Direito de transmissão: 
bitributação.
Ex: João morre e durante o 
inventário seu filho morreu 
também, então os netos virão 
suceder o pai e o avô joão, 
pagando dois impostos de 
transmissão.
Formas de partilha:
a) por cabeça: partes iguais. 
Ex: João morre e seus três 
filhos vão herdar por direito 
próprio e por cabeça, cada 
um 33,33%.
Por estirpe: sucessão em graus 
diversos por direito de 
representação. Ex: João morre e 
tem um filho que morreu e deixou 
dois netos, então seus dois filhos 
vivos vão herdar por direito 
próprio e por cabeça 33% do 
patrimônio de João, enquanto 
cada um de seus netos vão herdar 
por representação 16,5%.
c) Por linhas: somente ocorre 
quando são chamados os 
ascendentes. Ex: João morre 
sem deixar descendentes e 
conjuge, seuspais já morreram, 
tendo ficado viva a avó paterna 
e o avô e avó materna. Então 
caberá metade a avó paterna e 
metade aos outros dois avôs 
maternos.
Sucessão do cônjuge:
Se deixou filhos o cônjuge irá 
herdar junto com os filhos;
Se não houver filhos irá herdar 
junto com os ascendentes;
Irá herdar sozinho se não deixou 
filhos, tampouco ascendentes.
Meação é diferente de 
herança!
Art. 1.660. Entram na comunhão:
I - os bens adquiridos na constância 
do casamento por Título oneroso, 
ainda que só em nome de um dos 
cônjuges;
II - os bens adquiridos por fato 
eventual, com ou sem o concurso de 
trabalho ou despesa anterior;
III - os bens adquiridos por doação, 
herança ou legado, em favor de 
ambos os cônjuges;
IV - as benfeitorias em bens 
particulares de cada cônjuge;
V - os frutos dos bens comuns, ou 
dos particulares de cada cônjuge, 
percebidos na constância do 
casamento, ou pendentes ao tempo 
de cessar a comunhão
Regimes:
a) separação obrigatória de 
bens: O viúvo não tem 
meação, tampouco herança;
Art. 1.641. É obrigatório o regime da 
separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com 
inobservância das causas suspensivas 
da celebração do casamento;
II - da pessoa maior de 70 (setenta) 
anos; 
III - de todos os que dependerem, para 
casar, de suprimento judicial.
Art. 1.523. Não devem casar:
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do 
cônjuge falecido, enquanto não fizer 
inventário dos bens do casal e der 
partilha aos herdeiros;
II - a viúva, ou a mulher cujo 
casamento se desfez por ser nulo ou 
ter sido anulado, até dez meses depois 
do começo da viuvez, ou da dissolução 
da sociedade conjugal;
III - o divorciado, enquanto não 
houver sido homologada ou 
decidida a partilha dos bens do 
casal;
IV - o tutor ou o curador e os seus 
descendentes, ascendentes, 
irmãos, cunhados ou sobrinhos, 
com a pessoa tutelada ou 
curatelada, enquanto não cessar a 
tutela ou curatela, e não estiverem 
saldadas as respectivas contas.
Qual o objetivo das causas 
suspensivas?
b) Separação convencional: 
O sobrevivente não tem 
meação, mas tem direito a 
herança.
c) Comunhão parcial de bens: o 
viúvo tem meação, porém caso 
se divorcie não tem direito aos 
bens do cônjuge. Se o falecido 
não deixou bens particulares o 
cônjuge nada herda, fica apenas 
com sua meação. Se o falecido 
somente deixou bens 
particulares, só haverá herança 
e não meação.
d) Comunhão universal: o 
viúvo tem meação de tudo, 
então não precisa herdar 
nada.
Se o falecido convivia em 
união estável o companheiro 
terá direito ao que?
O companheiro não irá 
herdar como o cônjuge 
casado!!!
Ementa
(processoAG994093015180SP)
- Indeferimento do pedido de suspensão
do julgamento até pronunciamento do
Órgão Especial a respeito da
constitucionalidade do art. 1790, CC -
Questão de interpretação sistemática-
Deve ser evitada a declaração de
inconstitucionalidade quando for
possível a interpretação conforme
a Constituição.
- No mérito, trata-se de sucessão da
companheira - Concorrência com
herdeiros, sendo quatro exclusivos do
autor da herança e três comuns com a
companheira.
-Existência de bens adquiridos na
constância da união estável - Pretensão
dos agravantes, filhos do primeiro leito,
que seja afastada a participação da
companheira na sucessão -
Interpretação sistemática dos
arts. 1725, 1790 e 1829, I, do CC-
-Existência de bens adquiridos na 
constância da união estável -
Pretensão dos agravantes, filhos do 
primeiro leito, que seja afastada a 
participação da companheira na 
sucessão - Interpretação sistemática 
dos arts. 1725, 1790 e 1829, I, do CC-
Equiparado ao cônjuge casado no 
regime da comunhão parcial, o 
companheiro só concorrerá com os 
descendentes se não houver já 
recebido a sua meação, sob pena de 
afronta ao princípio da isonomia -
Assim, deve ser afastada a 
participação da companheira na 
herança, ficando-lhe 
resguardado o direito à meação 
dos bens adquiridos 
onerosamente durante a união 
estável -Pedido de suspensão do 
julgamento indeferido e agravo 
de instrumento provido.
Processo:APL9216676712009826SP92
1667671.2009.8.26.0000)
SEGURO DE VIDA - BENEFICIÁRIO
NÃO INDICADO- SEGURADO QUE
FALECE NO ESTADO CIVIL DE
CASADO - ADMISSIBILIDADE DE
INDENIZAÇÃO AO CÔNJUGE E AO
HERDEIRO NECESSÁRIO (FILHO) -
ARTIGO 792 DO CÓDIGO CIVIL -
OPÇÃO DO LEGISLADOR QUE DEVE
SER RESPEITADA -CAPITAL
SEGURADO QUE NÃO CONSTITUI
HERANÇA -
LIBERDADE DE INSTITUIR
BENEFICIÁRIO QUE NÃO FOI
EXERCIDA PELO SEGURADO EM
FAVOR DA SUPOSTA
COMPANHEIRA - SEGURO
CONTRATADO NA CONSTÂNCIA DA
SOCIEDADE CONJUGAL -
INDENIZAÇÃO QUE DEVE, ASSIM,
SER PARTILHADA ENTRE A
ESPOSA E O FILHO.
Na falta de indicação de
beneficiário, e tendo o segurado
falecido no estado civil de
casado, a seguradora deve
pagar a indenização, em partes
iguais, ao cônjuge não separado
judicialmente e ao herdeiro
necessário (filho), nos termos do
art. 792 do Código Civil.
- Recurso desprovido.
Luz no fim do túnel!
Morto o companheiro, o 
sobrevivente tem a meação 
mais a herança apenas 
sobre os bens adquiridos 
onerosamente durante a 
união estável. 
Art. 1.790. A companheira ou o 
companheiro participará da sucessão 
do outro, quanto aos bens adquiridos 
onerosamente na vigência da união 
estável, nas condições seguintes:
I - se concorrer com filhos comuns, 
terá direito a uma quota equivalente à 
que por lei for atribuída ao filho;
II - se concorrer com descendentes 
só do autor da herança, tocar-lhe-á 
a metade do que couber a cada um 
daqueles;
III - se concorrer com outros 
parentes sucessíveis, terá direito a 
um terço da herança;
IV - não havendo parentes 
sucessíveis, terá direito à totalidade 
da herança
Obs: Se não houver parente 
o companheiro não herda 
tudo, mas apenas os bens 
adquiridos onerosamente, 
indo ao município o restante 
dos bens.
RECURSO ESPECIAL. MILITAR. 
PENSÃO POR MORTE. RATEIO ENTRE 
CONCUBINA E VIÚVA. 
IMPOSSIBILIDADE.
I - Ao erigir à condição de entidade 
familiar a união estável, inclusive 
facilitando a sua conversão em 
casamento, por certo que a 
Constituição Federal e a legislação 
infraconstitucional não contemplaram 
o concubinato, que resulta de união 
entre homem e mulher impedidos 
legalmente de se casar. 
Na espécie, o acórdão recorrido 
atesta que o militar convivia com 
sua legítima esposa.
II - O direito à pensão militar por 
morte, prevista na Lei nº 5.774/71, 
vigente à época do óbito do 
instituidor, só deve ser deferida à 
esposa, ou a companheira, e não à 
concubina. (Recurso especial 
provido.
(STJ – 5ª T., Resp nº 813.175/RJ, Rel. Min. Felix Fischer, DJ 
29.10.2007, p. 299)
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO 
RECURSO ESPECIAL. 
PROCESSUAL CIVIL E 
ADMINISTRATIVO. OMISSÃO E 
CONTRADIÇÃO NO ARESTO 
EMBARGADO. MILITAR. PENSÃO 
POR MORTE. UNIÃO ESTÁVEL. 
SEPARAÇÃO DE FATO. DIREITO DA 
COMPANHEIRA À PENSÃO, EM 
RATEIO COM A CÔNJUGE DO DE 
CUJUS.
1. A união estável tem como
requisitos a convivência pública,
contínua, duradoura e com intenção
de formar unidade familiar, e se
configura ainda que um dos
companheiros possua vínculo
conjugal com outrem, desde que
haja, entre os casados, separação
fática ou jurídica.
2. A companheira possui direito à 
pensão por morte do companheiro, 
militar, ainda que casado, uma vez 
comprovada, nas instâncias 
ordinárias, a separação de fato entre 
os cônjuges. Considerando que o de 
cujus não deixou descendentes, há 
de se operar o rateio igualitário da 
pensão entre a companheira e a 
viúva.
(STJ – 6ª T., EDcl noREsp nº 354.424/PE, Rel. Min. Hélio 
Quaglia Barbosa, DJ 17.12.2004, p. 600)
PREVIDÊNCIA PRIVADA. PENSÃO 
POR MORTE. COMPANHEIRA NÃO 
DESIGNADA NO PLANO. 
CABIMENTO.
A previdência privada não perde o 
seu caráter social pelo só fato de 
decorrer de avença firmada entre 
particulares. 
Assim, incontroversa a união 
estável, como no caso, a 
companheira de participante de 
plano dessa natureza faz jus à 
pensão por morte, mesmo não 
estando expressamente inscrita 
no instrumento de adesão. 
Recurso especial conhecido e 
provido.
(STJ – 4ª T., REsp nº 844.522/MG, Rel. Min. Cesar 
Asfor Rocha, DJ 16.04.2007, p. 214)
PENSÃO POR MORTE. UNIÃO 
ESTÁVEL (DECLARAÇÃO). PROVA 
EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL 
(POSSIBILIDADE). ARTS. 131 E 332 
DO CÓD. DE PR. CIVIL (APLICAÇÃO).
1. No nosso sistema processual, 
coexistem e devem ser observados o 
princípio do livre convencimento 
motivado do juiz e o princípio da 
liberdade objetiva na demonstração dos 
fatos a serem comprovados (arts. 131 e 
332 do Cód. de Pr. Civil).
2. Se a lei não impõe a necessidade 
de prova material para a 
comprovação tanto da convivência 
em união estável como da 
dependência econômica para fins 
previdenciários, não há por que 
vedar à companheira a possibilidade 
de provar sua condição mediante 
testemunhas, exclusivamente.
3. Ao magistrado não é dado 
fazer distinção nas situações 
em que a lei não faz. 4. Recurso 
especial do qual se conheceu, 
porém ao qual se negou 
improvimento.
(STJ – 6ª T., REsp nº 783.697/GO, Rel. 
Min. Nilson Naves, DJ 09.10.2006, p. 
372)
Sucessão testamentária
É aquela conduzida pelo 
testamento, o testamento pode 
contemplar herdeiros que 
sucedem a título universal e 
legatários que sucedem a título 
singular.
Art. 1.857. Toda pessoa 
capaz pode dispor, por 
testamento, da totalidade 
dos seus bens, ou de parte 
deles, para depois de sua 
morte.
Conceito de testamento: 
Negócio jurídico solene pelo 
qual alguém, nos termos da 
lei, dispõe de seus bens, no 
todo ou em parte, para 
depois de sua morte.
Diante do artigo 
anteriormente citado uma 
pessoa poderá dispor de 
todos os seus bens?
Art. 1.846. Pertence aos 
herdeiros necessários, de 
pleno direito, a metade dos 
bens da herança, 
constituindo a legítima.
O que poderá constar em um 
testamento?
Somente acerca da 
destinação dos bens?
No testamento poderá 
constar:
Reconhecimento de um filho;
Nomeação de um tutor para 
os filhos menores;
Determinações sobre o 
funeral, etc.
Características do 
testamento:
- Revogável;
-Imprescritível;
A partir de que idade uma 
pessoa pode fazer seu 
testamento?
Art. 1.860. Além dos 
incapazes, não podem testar 
os que, no ato de fazê-lo, não 
tiverem pleno 
discernimento.
Parágrafo único. Podem 
testar os maiores de 
dezesseis anos.
- Ato pessoal;
- Ato unilateral;
Quem Pode testar?
Qualquer pessoa física desde 
que lúcida, maior de 16 anos!
Quem pode adquirir por 
testamento?
Animais podem ser herdeiros?
Animais não podem ser 
herdeiros ou legatários, mas 
podem ser encargos!
Testamento para cachorro
02/09/2007 – Artigo do IBDFAM.
Causou espanto a notícia,
recentemente divulgada na midia, de
um testamento deixado pela
triliardária americana Leona
Helmsley, que faleceu na semana
passada. Ela atribuiu a maior parte
da sua fortuna ao seu animal de
estimação, uma cadelinha que atende
pelo sugestivo nome de "Trouble".
Problema à vista, com certeza,
pois os herdeiros parentes
talvez reclamem da grande
soma destinada ao animal,
nada menos que 12 milhões de
dólares. O testamento ainda
determina que, ao morrer a
cadela, seja enterrada no
mesmo túmulo da família
Helmsley.
Os recursos para a manutenção da
afortunada Trouble foram deixados
à administração de um irmão da
testadora, que também se viu
beneficiado com a "razoável" soma
de 10 milhões, dois a menos que a
cadela.
Mais valores, à ordem de 5 milhões
para cada um, foram atribuídos a
dois netos da ricaça, com a condição
de que visitem o túmulo de seu pai
pelo menos uma vez ao ano. Outros
dois netos foram alijados do
testamento. Não gozavam das boas
graças da avó, "por razões que eles
conhecem", conforme constou do
instrumento.
A grande dúvida é saber se vale
um testamento daquela espécie,
com outorga de bens a um ser
irracional. Seria preciso
analisar o seu inteiro teor e
também quanto dispõe a
legislação americana.
E no Brasil, o testamento seria
válido?
Como outorga direta, pura e
simples, não. Isso porque a
capacidade para suceder é exclusiva
da pessoa humana ou da pessoa
jurídica. Não podem receber bens,
pois não possuem personalidade
jurídica, os seres irracionais ou as
coisas inanimadas. Mesmo porque,
se isso fosse possível, como ficaria a
sucessão nos bens de entes dessa
natureza?
O favorecimento a um animal, no
entanto, pode ser feito de forma
indireta, num testamento que
atribua certo bem ou valor a uma
pessoa, com o encargo de cuidar do
animal, ou sob a condição de
atender às suas necessidades. É o
que se chama de legado com
encargo, de modo que a pessoa
beneficiada somente ficará com o
bem ou o valor se atender a essa
obrigação.
Houve um caso semelhante no
Brasil, há alguns anos. Uma
viuvinha gaúcha, solitária e sem
filhos, deixou seu apartamento de
luxo para a gatinha Mimi e a cadela
Fifi. Um irmão dela impugnou a
validade do testamento pleiteando o
imóvel na qualidade de herdeiro.
Consta que teve ganho de 
causa, pois o testamento foi 
interpretado como encargo 
de que ele, herdeiro, tomasse 
conta dos bichinhos usando 
os recursos da herança.
Autor: Euclides de Oliveira é diretor do 
IBDFAM-SP
Regras gerais do testamento:
- O que não estiver no testamento 
não tem validade;
- A designação do legatário sempre 
será expressa, mas do herdeiro 
poderá ser tácita;
- O testamento poderá ter cláusulas 
extrapatrimoniais;
-Na dúvida os sucessores herdam 
por igual.
- Condicional: Depende de 
evento futuro e incerto;
-Modal: Tem cargo ou ônus. 
Obs: O descumprimento do 
encargo pode levar o 
herdeiro legítimo a pedir a 
anulação da herança a fim 
de beneficiá-lo;
Motivado: O testador indica 
as razões pelas quais está 
beneficiando aquela pessoa. 
Essa motivação é dispensada 
pela lei.
- Clausula de 
inalienabilidade:
Clausula restritiva que 
implica a impenhorabilidade, 
incomunicabilidade e 
impenhorabilidade.
“CIVIL. CLÁUSULA DE
INALIENABILIDADE. DESPESAS
CONDOMINIAIS.
O imóvel, ainda que gravado com a
cláusula de inalienabilidade, está
sujeito à penhora na execução de
crédito resultante da falta de
pagamento de quotas condominiais.
Recurso especial não conhecido”
(REsp 209046 / RJ, Relator Ministro ARI PARGENDLER. DJ
16/12/2002 p. 311LEXSTJ vol. 162 p. 99 )
Um cliente lhe procura para 
que você venda um imóvel 
que ele recebeu através de 
testamento, porém ao ler a 
escritura você verificou que 
tem uma clausula de 
inalienabilidade. Desta 
forma, o imóvel poderá ser 
vendido?
DIREITO DAS SUCESSÕES. 
REVOGAÇÃO DE CLÁUSULAS DE 
INALIENABILIDADE, 
INCOMUNICABILIDADE E 
IMPENHORABILIDADE IMPOSTAS POR 
TESTAMENTO.FUNÇÃO SOCIAL DA 
PROPRIEDADE. DIGNIDADE DA 
PESSOA HUMANA. 
SITUAÇÃOEXCEPCIONAL DE 
NECESSIDADE FINANCEIRA. 
FLEXIBILIZAÇÃO DA VEDAÇÃO 
CONTIDA NO ART. 1.676 DO CC/16. 
POSSIBILIDADE.
1. Se a alienação do imóvel gravado
permite uma melhor adequação do
patrimônio à sua função social e
possibilita ao herdeiro sua
sobrevivência e bem-estar, a
comercialização do bem vai ao
encontro do propósito do testador,
que era, em princípio, o de amparar
adequadamenteo beneficiário das
cláusulas de inalienabilidade,
impenhorabilidade e
incomunicabilidade.
2. A vedação contida no 
art. 1.676 do CC/16 poderá ser 
amenizada sempre que for verificada a 
presença de situação excepcional de 
necessidade financeira, apta a 
recomendar a liberação das restrições 
instituídas pelo testador.
3. Recurso especial a que se nega 
provimento. 
(Processo: REsp 1158679 MG 2009/0193060-5; Relator(a): 
Ministra NANCY ANDRIGHI; Julgamento: 07/04/2011; Órgão 
Julgador: T3 - TERCEIRA TURMA; Publicação: DJe
15/04/2011)
Obs: A clausula de 
inalienabilidade não pode ser 
imposta aos bens do 
testador, pois não podemos 
gravar os nossos próprios 
bens, mas apenas aos bens 
que transferimos por doação 
ou herança.
Art. 1.848. Salvo se houver justa 
causa, declarada no testamento, não 
pode o testador estabelecer cláusula 
de inalienabilidade, 
impenhorabilidade, e de 
incomunicabilidade, sobre os bens 
da legítima. 
§ 1º Não é permitido ao testador 
estabelecer a conversão dos bens da 
legítima em outros de 
espécie diversa. 
§ 2º Mediante autorização 
judicial e havendo justa 
causa, podem ser alienados 
os bens 
gravados, convertendo-se o 
produto em outros bens, que 
ficarão sub-rogados nos 
ônus dos 
primeiros.
Para que a clausula de 
impenhorabilidade incida 
sobre determinado imóvel é 
necessário que o testador 
justifique de forma clara e 
objetiva, não podendo este 
alegar motivos fúteis para 
embasar a clausula.
A clausula de 
inalienabilidade não impede 
a penhora do bem gravado 
por dívidas de tributos do 
próprio bem. Ex: IPTU.
LOTEAMENTOS E 
DESMEMBRAMENTOS
Lei nº 6.766/1979
O que é loteamento e
desmembramento?
Art. 2º. O parcelamento do solo
urbano poderá ser feito mediante
loteamento ou desmembramento,
observadas as disposições desta Lei
e as das legislações estaduais e
municipais pertinentes.
§ 1º - Considera-se loteamento 
a subdivisão de gleba em lotes 
destinados a edificação, com 
abertura de novas vias de 
circulação, de logradouros 
públicos ou prolongamento, 
modificação ou ampliação das 
vias existentes.
§ 2º- considera-se 
desmembramento a subdivisão 
de gleba em lotes destinados a 
edificação, com aproveitamento 
do sistema viário existente, 
desde que não implique na 
abertura de novas vias e 
logradouros públicos, nem no 
prolongamento, modificação ou 
ampliação dos já existentes.
§ 4o Considera-se lote o 
terreno servido de 
infraestrutura básica cujas 
dimensões atendam aos 
índices urbanísticos 
definidos pelo plano diretor 
ou lei municipal para a zona 
em que se situe.
Art. 3o Somente será admitido o
parcelamento do solo para fins
urbanos em zonas urbanas, de
expansão urbana ou de
urbanização específica, assim
definidas pelo plano diretor ou
aprovadas por lei municipal.
Parágrafo único - Não será
permitido o parcelamento do
solo:
I - em terrenos alagadiços e 
sujeitos a inundações, antes de 
tomadas as providências para 
assegurar o escoamento das 
águas;
Il - em terrenos que tenham 
sido aterrados com material 
nocivo à saúde pública, sem 
que sejam previamente 
saneados;
III - em terrenos com 
declividade igual ou superior 
a 30% (trinta por cento), 
salvo se atendidas exigências 
específicas das autoridades 
competentes;
IV - em terrenos onde as 
condições geológicas não 
aconselham a edificação;
V - em áreas de preservação 
ecológica ou naquelas onde a 
poluição impeça condições 
sanitárias suportáveis, até a 
sua correção.
Art. 4º. Os loteamentos deverão 
atender, pelo menos, aos seguintes 
requisitos:
II - os lotes terão área mínima de 
125m² (cento e vinte e cinco metros 
quadrados) e frente mínima de 5 
(cinco) metros, salvo quando o 
loteamento se destinar a urbanização 
específica ou edificação de conjuntos 
habitacionais de interesse social, 
previamente aprovados pelos órgãos 
públicos competentes;
Art. 6º. Antes da elaboração do projeto 
de loteamento, o interessado deverá 
solicitar à Prefeitura Municipal, ou ao 
Distrito Federal quando for o caso, que 
defina as diretrizes para o uso do solo, 
traçado dos lotes, do sistema viário, 
dos espaços livres e das áreas 
reservadas para equipamento urbano e 
comunitário, apresentando, para este 
fim, requerimento e planta do imóvel 
contendo, pelo menos:
I - as divisas da gleba a ser 
loteada;
II - as curvas de nível à 
distância adequada, quando 
exigidas por lei estadual ou 
municipal;
III - a localização dos cursos 
d’água, bosques e construções 
existentes;
IV - a indicação dos arruamentos 
contíguos a todo o perímetro, a 
localização das vias de comunicação, das 
áreas livres, dos equipamentos urbanos e 
comunitários existentes no local ou em 
suas adjacências, com as respectivas 
distâncias da área a ser loteada;
V - o tipo de uso predominante a que o 
loteamento se destina;
Art. 7º. A Prefeitura Municipal, ou o 
Distrito Federal quando for o caso, 
indicará, nas plantas apresentadas junto 
com o requerimento, de acordo com as 
diretrizes de planejamento estadual e 
municipal:
I - as ruas ou estradas existentes ou 
projetada, que compõem o sistema viário 
da cidade e do município, relacionadas 
com o loteamento pretendido e a serem 
respeitadas;
II - o traçado básico do sistema viário 
principal;
IV - as faixas sanitárias do 
terreno necessárias ao 
escoamento das águas pluviais 
e as faixas não edificáveis;
V - a zona ou zonas de uso 
predominante da área, com 
indicação dos usos compatíveis.
Parágrafo único. As diretrizes 
expedidas vigorarão pelo prazo 
máximo de quatro anos.
Art. 9o Orientado pelo traçado e diretrizes 
oficiais, quando houver, o projeto, 
contendo desenhos, memorial descritivo e 
cronograma de execução das obras com 
duração máxima de quatro anos, será 
apresentado à Prefeitura Municipal, ou ao 
Distrito Federal, quando for o caso, 
acompanhado de certidão atualizada da 
matrícula da gleba, expedida pelo Cartório 
de Registro de Imóveis competente, de 
certidão negativa de tributos municipais e 
do competente instrumento de garantia.
§ 2º - O memorial descritivo deverá 
conter, obrigatoriamente, pelo menos:
I - a descrição sucinta do loteamento, 
com as suas características e a fixação 
da zona ou zonas de uso 
predominante;
II - as condições urbanísticas do 
loteamento e as limitações que incidem 
sobre os lotes e suas construções, 
além daquelas constantes das 
diretrizes fixadas;
III - a indicação das áreas 
públicas que passarão ao 
domínio do município no ato de 
registro do loteamento;
IV - a enumeração dos 
equipamentos urbanos, 
comunitários e dos serviços 
públicos ou de utilidade pública, 
já existentes no loteamento e 
adjacências.
Art. 10. Para a aprovação de projeto de 
desmembramento, o interessado 
apresentará requerimento à Prefeitura 
Municipal, ou ao Distrito Federal 
quando for o caso, acompanhado de 
certidão atualizada da matrícula da 
gleba, expedida pelo Cartório de 
Registro de Imóveis competente, 
ressalvado o disposto no § 4o do art. 
18, e de planta do imóvel a ser 
desmembrado contendo: 
I - a indicação das vias 
existentes e dos loteamentos 
próximos;
II - a indicação do tipo de 
uso predominante no local;
III - a indicação da divisão de 
lotes pretendida na área.
Art. 12. O projeto de loteamento e 
desmembramento deverá ser aprovado 
pela Prefeitura Municipal, ou pelo 
Distrito Federal quando for o caso.
§ 1º O projeto aprovado deverá ser 
executado no prazo constante do 
cronograma de execução, sob pena de 
caducidade da aprovação.
Art. 13. Aos Estados caberádisciplinar 
a aprovação pelos Municípios de 
loteamentos e desmembramentos nas 
seguintes condições:
Il - quando o loteamento ou 
desmembramento localizar-se em área 
limítrofe do município, ou que 
pertença a mais de um município, nas 
regiões metropolitanas ou em 
aglomerações urbanas, definidas em 
lei estadual ou federal;
Art. 16. A lei municipal definirá os 
prazos para que um projeto de 
parcelamento apresentado seja 
aprovado ou rejeitado e para que as 
obras executadas sejam aceitas ou 
recusadas. 
§ 1o Transcorridos os prazos sem a 
manifestação do Poder Público, o 
projeto será considerado rejeitado ou 
as obras recusadas, assegurada a 
indenização por eventuais danos 
derivados da omissão.
§ 2o Nos Municípios cuja 
legislação for omissa, os 
prazos serão de noventa dias 
para a aprovação ou rejeição 
e de sessenta dias para a 
aceitação ou recusa 
fundamentada das obras de 
urbanização.
Art. 18. Aprovado o projeto de 
loteamento ou de desmembramento, o 
loteador deverá submetê-lo ao registro 
imobiliário dentro de 180 (cento e 
oitenta) dias, sob pena de caducidade 
da aprovação, acompanhado dos 
seguintes documentos:
I - título de propriedade do imóvel ou 
certidão da matrícula, ressalvado o 
disposto nos §§ 4o e 5o; 
II - histórico dos títulos de 
propriedade do imóvel, 
abrangendo os últimos 20 
(vintes anos), acompanhados 
dos respectivos 
comprovantes;
III - certidões negativas:
a) de tributos federais, estaduais e 
municipais incidentes sobre o imóvel;
b) de ações reais referentes ao imóvel, 
pelo período de 10 (dez) anos;
c) de ações penais com respeito ao 
crime contra o patrimônio e contra a 
Administração Pública.
IV - certidões:
a) dos cartórios de protestos de 
títulos, em nome do loteador, pelo 
período de 10 (dez) anos;
b) de ações pessoais relativas ao 
loteador, pelo período de 10 (dez) 
anos;
c) de ônus reais relativos ao imóvel;
d) de ações penais contra o loteador, 
pelo período de 10 (dez) anos.
V - cópia do ato de aprovação do 
loteamento e comprovante do termo de 
verificação pela Prefeitura Municipal ou 
pelo Distrito Federal, da execução das 
obras exigidas por legislação municipal, 
que incluirão, a execução das vias de 
circulação do loteamento, demarcação 
dos lotes, quadras e logradouros e das 
obras de escoamento das águas pluviais 
ou da aprovação de um cronograma, 
com a duração máxima de quatro anos.
VI - exemplar do contrato padrão de 
promessa de venda, ou de cessão ou 
de promessa de cessão, do qual 
constarão obrigatoriamente as 
indicações previstas no art. 26 desta 
Lei;
VII - declaração do cônjuge do 
requerente de que consente no registro 
do loteamento.
§ 1º - Os períodos referidos nos 
incisos III, alínea b e IV, alíneas 
a, e d, tomarão por base a data 
do pedido de registro do 
loteamento, devendo todas elas 
serem extraídas em nome 
daqueles que, nos mencionados 
períodos, tenham sido titulares 
de direitos reais sobre o imóvel.
§ 2º - A existência de protestos, de 
ações pessoais ou de ações penais, 
exceto as referentes a crime contra o 
patrimônio e contra a administração, 
não impedirá o registro do loteamento 
se o requerente comprovar que esses 
protestos ou ações não poderão 
prejudicar os adquirentes dos lotes. Se 
o Oficial do Registro de Imóveis julgar 
insuficiente a comprovação feita, 
suscitará a dúvida perante o juiz 
competente.
Art. 19. Examinada a documentação 
e encontrada em ordem, o Oficial do 
Registro de Imóveis encaminhará 
comunicação à Prefeitura e fará 
publicar, em resumo e com pequeno 
desenho de localização da área, edital 
do pedido de registro em 3 (três) dias 
consecutivos, podendo este ser 
impugnado no prazo de 15 (quinze) 
dias contados da data da última 
publicação.
1º - Findo o prazo sem impugnação, 
será feito imediatamente o registro. 
Se houver impugnação de terceiros, o 
Oficial do Registro de Imóveis 
intimará o requerente e a Prefeitura 
Municipal, ou o Distrito Federal 
quando for o caso, para que sobre ela 
se manifestem no prazo de 5 (cinco) 
dias.
§ 3º - Nas capitais, a publicação 
do edital se fará no Diário 
Oficial do Estado e num dos 
jornais de circulação diária. Nos 
demais municípios, a 
publicação se fará apenas num 
dos jornais locais, se houver, 
ou, não havendo, em jornal da 
região.
§ 5º - Registrado o 
loteamento, o Oficial de 
Registro comunicará, por 
certidão, o seu registro à 
Prefeitura.
Art. 21. Quando a área loteada estiver 
situada em mais de uma circunscrição 
imobiliária, o registro será requerido 
primeiramente perante aquela em que 
estiver localizada a maior parte da área 
loteada. Procedido o registro nessa 
circunscrição, o interessado requererá, 
sucessivamente, o registro do 
loteamento em cada uma das demais, 
comprovando perante cada qual o 
registro efetuado na anterior, até que o 
loteamento seja registrado em todas. 
Denegado registro em qualquer 
das circunscrições, essa decisão 
será comunicada, pelo Oficial 
do Registro de Imóveis, às 
demais para efeito de 
cancelamento dos registros 
feitos, salvo se ocorrer a 
hipótese prevista no § 4º deste 
artigo.
§ 2º - É defeso ao interessado 
processar simultaneamente, perante 
diferentes circunscrições, pedidos de 
registro do mesmo loteamento, 
sendo nulos os atos praticados com 
infração a esta norma.
§ 3º - Enquanto não procedidos 
todos os registros de que trata este 
artigo, considerar-se-á o loteamento 
como não registrado para os efeitos 
desta Lei.
§ 4º - O indeferimento do registro do 
loteamento em uma circunscrição não 
determinará o cancelamento do registro 
procedido em outra, se o motivo do 
indeferimento naquela não se estender à 
área situada sob a competência desta, e 
desde que o interessado requeira a 
manutenção do registro obtido, 
submetido o remanescente do loteamento 
a uma aprovação prévia perante a 
Prefeitura Municipal, ou o Distrito 
Federal quando for o caso.
Art. 23. O registro do 
loteamento só poderá ser 
cancelado:
I - por decisão judicial;
II - a requerimento do loteador, 
com anuência da Prefeitura, ou 
do Distrito Federal quando for o 
caso, enquanto nenhum lote 
houver sido objeto de contrato;
III - a requerimento conjunto do 
loteador e de todos os adquirentes de 
lotes, com anuência da Prefeitura, ou 
do Distrito Federal quando for o caso, 
e do Estado.
§ 1º - A Prefeitura e o Estado só 
poderão se opor ao cancelamento se 
disto resultar inconveniente 
comprovado para o desenvolvimento 
urbano ou se já se tiver realizado 
qualquer melhoramento na área 
loteada ou adjacências.
§ 2º - Nas hipóteses dos incisos Il e 
III, o Oficial do Registro de Imóveis 
fará publicar, em resumo, edital do 
pedido de cancelamento, podendo 
este ser impugnado no prazo de 30 
(trinta) dias contados da data da 
última publicação. Findo esse prazo, 
com ou sem impugnação, o processo 
será remetido ao juiz competente 
para homologação do pedido de 
cancelamento, ouvido o Ministério 
Público.
Art. 24. O processo de 
loteamento e os contratos de 
depositados em Cartório 
poderão ser examinados por 
qualquer pessoa, a qualquer 
tempo, independentemente do 
pagamento de custas ou 
emolumentos, ainda que a 
título de busca.
Art. 28. Qualquer alteração ou 
cancelamento parcial do loteamento 
registrado dependerá de acordo 
entre o loteador e os adquirentes de 
lotes atingidos pela alteração, bem 
como da aprovação pela Prefeitura 
Municipal, ou do Distrito Federal 
quando for o caso, devendo ser 
depositada no Registro de Imóveis, 
em complemento ao projeto original 
com

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