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1 MICHELLE NOBRE MAIOLLI Professora: Carolina K. Krieger Bibliografia Básica: GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de direito civil. V. 3. GOMES, Orlando. Direitos Reais. São Paulo: Forense. PENTEADO, Luciano CAMARGO. Direitos das Coisas. 2.ed. Avaliações: 2 provas objetivas sem consulta 17/04 – 1ª prova 12/06 – 2ª prova *2ª Chamada: 19/06 *Trabalhos semestre: Guardar os trabalhos *TDE: Leitura de um capítulo de um livro = vale 2 *Faltas: Reprova Aula 1 – 27/02/2015 Apresentação Aula 2 – 06/03/2015 Posse é um direito real? R: Pelo princípio da elasticidade, na linha do professor Fachin, é um direito real. Art. 1.225, CC. São direitos reais: I - a propriedade; II - a superfície; **no código de 1916 era a enfiteuse; **não pode mais constituir enfiteuse no direito privado – mas por Decreto no direito público pode. Ex: ilha de caras **o que ante existia, continua existindo. Não pode constituir coisa nova depois do CC 2002. III - as servidões; **de passagem – usa o terreno de outrem para ter acesso a outro local. IV - o usufruto; V - o uso; VI - a habitação; VII - o direito do promitente comprador do imóvel; VIII - o penhor; IX - a hipoteca; X - a anticrese. **direitos reais de garantia – VIII, IX e X. XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; XII - a concessão de direito real de uso. **mais ligados ao direito administrativo do que do privado o XI e XII. *As ilhas pertencem a Marinha – terras da União 9º período 1º/2015 2 DIREITO DE VIZINHANÇA Decorre da posse/propriedade – art. 1225, I, CC; Conceito É o ramo do direito que disciplina os conflitos existentes entre os vizinhos – relações vicinais; Prédios – bem que pode ser um terreno, flat, casa, sítio, prédio, fazenda, etc. Prédio vizinho é todo aquele que pode gerar uma interferência em outros, mas para que o direito de vizinhança trate disso tem que ter a relação de posse e propriedade. Ex: Som alto que repercute na quadra inteira. ANTES esses conflitos eram apenas entre proprietários – HOJE o possuir pode tratar desse problema também (art. 1.277, CC) Art. 1.277,CC. O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha. Parágrafo único. Proíbem-se as interferências considerando-se a natureza da utilização, a localização do prédio, atendidas as normas que distribuem as edificações em zonas, e os limites ordinários de tolerância dos moradores da vizinhança. Interferências que dão origens aos conflitos vicinais: Saúde – ex: problemas com o sono, questão de limpeza, acumuladores de coisas e bichos, etc. Recurso Especial n. 1.125.153 Sossego Segurança – ex: obras na casa ao lado que causa problemas no vizinho. Prova Tem que provar o prejuízo – podendo ser material - Ato deriva de uma questão de posse ou propriedade - Tem que provar o prejuízo/incomodo - Tem que provar o nexo entre as alegações Natureza Jurídica Decorre da própria coisa – in rem scriptae; Tem um caráter de proptem rem; Saúde Sossego Segurança 3 Servidão legal – julgado do STJ – situações que os vizinhos devem observam que decorrem da lei – pessoa comprou apartamento com vistas para a Lagoa Luiz de Freitas - RJ e tinha uma casa e esse vizinho começou a subir seu imóvel; Responsabilidade OBJETIVA, especialmente baseada na teoria do abuso de direito; O direito não é negado a pessoa mas sim você abusa desse direito, exceder a determinados limites; Aula 3 – 13/03/2015 Continuação...DIREITO DE VIZINHANÇA 1) USO ANORMAL DA PROPRIEDADE **Ex de tolerância = choro de bebe; Critérios **são utilizados para decidir se há abuso de direito ou não: Localização do imóvel; Pré – ocupação, ou seja, quem chegou primeiro; ex. o bar ou o morador; **o fato de ter alvará não é sinônimo que pode fazer tudo. Normas (prefeitura, convenção (condomínio) e CC (segurança, saúde e sossego) Natureza da utilização: - Residencial: ex. condomínio - Comercial - Mista **aumenta o valor da unidade, pois o comercial vale mais que o residencial ***atentar-se quanto a notificação e a boa-fé – se não notificar entende-se que anuiu ex: home office EXCEÇÃO - Serviços públicos não cessam a atividade, como escolas, hospitais, etc. (art. 1.277, CC) Interferência Segurança, saúde e sossego Tolerância Abuso de Direito 4 Ação de Dano infecto e ação demolitória Lugares de festa – se passar do horário estabelecido = MULTA Dano moral + dano material = CUMULÁVEIS ***Quando tiver que aforar uma demanda, com o objetivo de uso anormal da propriedade, primeiro pedido: 1o – cessar a atividade; 2o – caso não possa pedir para cessar a atividade, como é o caso de serviços públicos pede indenização, porem só pode pedir se você chegou no lugar antes; 3o – demolição; 4o - caução para prédios que estão em ruina (ação de dano infecto – artigo 1.280 do CC); 2) ÁRVORES LIMITROFES i. Tem a árvore e o terreno, a arvore passou para o terreno vizinho, o vizinho pode exigir a poda da arvore; ii. Caso a arvore esteja no meio dos terrenos, há direitos e obrigações para ambos; iii. Em relação aos frutos, há uma disposição expressa no CC: - Na árvore – dona da árvore; - Caídos – em terreno vizinho = do vizinho - em via pública = de quem pegar (abandono da posse) Art. 1.284, CC. Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono do solo onde caíram, se este for de propriedade particular. 3) PASSAGEM FORÇADA - art. 1.285, CC + IMPORTANTE Direito de vizinhança oneroso: 5 Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário. § 1o Sofrerá o constrangimento o vizinho cujo imóvel mais natural e facilmente se prestar à passagem. § 2o Se ocorrer alienação parcial do prédio, de modo que uma das partes perca o acesso a via pública, nascente ou porto, o proprietário da outra deve tolerar a passagem. § 3o Aplica-se o disposto no parágrafo antecedente ainda quando, antes da alienação, existia passagem através de imóvel vizinho, não estando o proprietário deste constrangido, depois, a dar uma outra. **Quando for oneroso – tem que indenizar a construção dessas passagens Ex: Fazenda que planta soja = A = tem que escoar a produção B = entravamento absoluto * é possível exigir a passagem forçada ****Precedente do STJ – Recurso Especial 316.336 Entravamento Provocado Vai ter que suportar a passagem Ex: A vende para B por questões imobiliárias. A vende para B -> NÃO vai poder onerar B, vai ter que passar por C 6 Entravamento relativo Em determinados casos obriga-se a passagem forçada por impossibilidade de exigir do outro um gasto maior. *Precedente STJ – RESP 316336 Ex: viaduto que custaria milhões para não passar na fazenda do vizinho **Servidão de Passagem** Servidão é um direito real, portanto oponível a todos; Servidão de passagem contratada: mediante um preço paga para ter uma comodidade; Passagem conforto que se tornou servidão de passagem, não houve notificação pelo período de 20 anos. Apesar de ter direito a propriedade o condomínio teve que manter a passagem. Ex: Caso de Camboriú 4) PASSAGEM DE CABOS E TUBULAÇÕES – art. 1.286 e 1.287, CC Relativos a serviço público - Mediante indenização - Tem que tolerar da forma – gravosa; - Obras de segurança se tiver risco de vida; 5) DAS ÁGUAS - art. 1.288 – 1.296, CC É dever receber águas de cima – naturais *não pode jogar dejetos, etc.Quando gerar benefícios e prejuízos? COMPENSAÇÃO 7 Aula 4 – 20/03/2015 Continuação...DIREITO DE VIZINHANÇA DIREITO DE TAPAGEM É o direito de delimitar a propriedade, quando é propriedade urbano, é utilizado muros, por exemplo. Marcos divisórios são utilizados nas propriedades rurais. Ex. até o rio, até a serra, etc. Tapumes divisórios, são os muros, as valas, de qualquer modo que vai cercar a propriedade. Art. 1297 do CCC – hipótese de condomínio legal, as pessoas tem que contribuir de forma conjunta. Art. 1.297. O proprietário tem direito a cercar, murar, valar ou tapar de qualquer modo o seu prédio, urbano ou rural, e pode constranger o seu confinante a proceder com ele à demarcação entre os dois prédios, a aviventar rumos apagados e a renovar marcos destruídos ou arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre os interessados as respectivas despesas. § 1o Os intervalos, muros, cercas e os tapumes divisórios, tais como sebes vivas, cercas de arame ou de madeira, valas ou banquetas, presumem-se, até prova em contrário, pertencer a ambos os proprietários confinantes, sendo estes obrigados, de conformidade com os costumes da localidade, a concorrer, em partes iguais, para as despesas de sua construção e conservação. § 2o As sebes vivas, as árvores, ou plantas quaisquer, que servem de marco divisório, só podem ser cortadas, ou arrancadas, de comum acordo entre proprietários. Há alguns problemas quando há influencia no prédio do outro. É quando surge os tapumes especiais. Ex.: pastor alemão. Espécies de Tapagem Tapumes divisórios (art. 1.297, CC) - despesas com isso são divididas; - hipótese de condomínio legal; - contribuição de forma conjunta; Ex: muro, vala, cerca viva, etc. Tapumes especiais (art. 1.297, § 3º, CC) - precisa ter para que algo não passe para sua propriedade; - exigida pelo proprietário que tem os objetos especiais; - se os dois tem objetos especiais então divide; Ex: pincher fica passando para sua propriedade e para impedi-lo tem que pôr uma grade especial. § 3o A construção de tapumes especiais para impedir a passagem de animais de pequeno porte, ou para outro fim, pode ser exigida de quem provocou a necessidade deles, pelo proprietário, que não está obrigado a concorrer para as despesas. 8 Marcos confusos (art. 1.298, CC) - na falta de outro meio, posse justa; - ou divide por partes iguais no caso de não saber - Revolve-se a tapagem em uma das hipóteses: Art. 1.298. Sendo confusos, os limites, em falta de outro meio, se determinarão de conformidade com a posse justa; e, não se achando ela provada, o terreno contestado se dividirá por partes iguais entre os prédios, ou, não sendo possível a divisão cômoda, se adjudicará a um deles, mediante indenização ao outro. DIREITO DE CONSTRUIR São normas públicas e privadas. Normas que mudam com frequência; Urbano – art. 1.301, CC – 1,5 metro de distância Art. 1.301. É defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraço ou varanda, a menos de metro e meio do terreno vizinho. § 1o As janelas cuja visão não incida sobre a linha divisória, bem como as perpendiculares, não poderão ser abertas a menos de setenta e cinco centímetros. § 2o As disposições deste artigo não abrangem as aberturas para luz ou ventilação, não maiores de dez centímetros de largura sobre vinte de comprimento e construídas a mais de dois metros de altura de cada piso. Rural – art. 1.301, CC – 3 metros de distância Art. 1.303. Na zona rural, não será permitido levantar edificações a menos de três metros do terreno vizinho. Parede Meia – art. 1.305, CC Art. 1.305. O confinante, que primeiro construir, pode assentar a parede divisória até meia espessura no terreno contíguo, sem perder por isso o direito a haver meio valor dela se o vizinho a travejar, caso em que o primeiro fixará a largura e a profundidade do alicerce. Parágrafo único. Se a parede divisória pertencer a um dos vizinhos, e não tiver capacidade para ser travejada pelo outro, não poderá este fazer-lhe alicerce ao pé sem prestar caução àquele, pelo risco a que expõe a construção anterior. NÃO pode exercer interferência no prédio vizinho – art. 1.308, CC Art. 1.308. Não é lícito encostar à parede divisória chaminés, fogões, fornos ou quaisquer aparelhos ou depósitos suscetíveis de produzir infiltrações ou interferências prejudiciais ao vizinho. Parágrafo único. A disposição anterior não abrange as chaminés ordinárias e os fogões de cozinha. **Qualquer prejuízo deve ser ressarcido; Prova de quem é Posse justa Divisão Adjudicação com indenização 9 DIREITO DE PENETRAÇÃO Art. 1.313. O proprietário ou ocupante do imóvel é obrigado a tolerar que o vizinho entre no prédio, mediante prévio aviso, para: I - dele temporariamente usar, quando indispensável à reparação, construção, reconstrução ou limpeza de sua casa ou do muro divisório; II - apoderar-se de coisas suas, inclusive animais que aí se encontrem casualmente. § 1o O disposto neste artigo aplica-se aos casos de limpeza ou reparação de esgotos, goteiras, aparelhos higiênicos, poços e nascentes e ao aparo de cerca viva. § 2o Na hipótese do inciso II, uma vez entregues as coisas buscadas pelo vizinho, poderá ser impedida a sua entrada no imóvel. § 3o Se do exercício do direito assegurado neste artigo provier dano, terá o prejudicado direito a ressarcimento. ** se precisar entrar na casa do vizinho para fazer algo é possível mediante PRÉVIO AVISO é OBRIGADO a aceitar; **teve origem no direito alemão. Servidão de vista - contratada ou pelo espaço do tempo; Ex: pago para você não construir na frente da lagoa Rodrigo de Freitas para eu manter minha vista. Aula 5 – 25/03/2015 **11 horas CONDOMÍNIO Comunhão: vários indivíduos exercer direito ao mesmo tempo ≠ Conceito de condomínio: estado anormal de propriedade, ou seja, o condomínio recai sobre o direito de propriedade Espécies de condomínio i. Geral – todos estão com o mesmo direito sobre o bem. ii. Edilício – propriedade exclusiva + área comum Direitos dos condomínos - Qualitativos iguais sobre a propriedade do bem, sofrendo restrições quantitativas; - Quotas ou frações ideais – se nada disser ao contrário presumisse-se que todos tem a mesma fração 10 CONDOMÍNIO GERAL - todos estão com o mesmo direito sobre o bem. - pluralidade de proprietários; - cada um tem uma parte ideal; - não há necessidade de exercício simultâneo do direito por todos os condôminos – estado de indivisão Teorias Teoria da propriedade integral Teoria das propriedades plurimas parciais Um só direito, sendo que o exercício é limitado aos demais consortes; É a que predomina no BRASIL Cada condômino é só dono de sua parte, cuja reunião da origem ao condomínio; Classificação QUANTO A ORIGEM Convencional: pois as partes chegam a um acordo de exerce a propriedade em conjunto; Ex: todos da sala decidem comprar uma fazenda juntos Forçado/Legal: decorre de lei;v Ex: murro. Incidental Ex: pessoa era dona de um bem sozinha, ela morre – vários herdeiros aparecem e ficam donos juntos QUANTO AO OBJETO Universal: totalidade do bem – incluindo frutos e rendimentos; Particular: restringe a determinada coisa; Ex: Muro, parede, tapumes QUANTO A NECESSIDADE Transitória: para certo tempo Permanente: para sempre. Ex: Parede QUANTO A FORMA Pro divido: juridicamente mas não de fato Ex: divide um apto para uso – 50m2 para mim e outros 50m2 para você Pro indiviso: de fato mas de direito; Ex: não se sabe quanto é efetivamente de cada um – terreno QUANTO A DIREITOS De uso: verificar a finalidade e a deliberação da maioria pela cota; Tudo: mesmo sem a anuência dos demais Posse 11 Alienar a sua parte Gravar a sua parte com ônus real Direitode preferência PROVA Art. 504, CC. Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se der conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a parte vendida a estranhos, se o requerer no prazo de cento e oitenta dias (180 dias da ciência que decorre da publicidade do ato), sob pena de decadência. Parágrafo único. Sendo muitos os condôminos, preferirá o que tiver benfeitorias de maior valor e, na falta de benfeitorias, o de quinhão maior. Se as partes forem iguais, haverão a parte vendida os comproprietários, que a quiserem, depositando previamente o preço. Critérios se houver vários condôminos interessados em comprar 1. Maior benfeitoria; 2. Cota 3. Quem depositar o dinheiro previamente Despesas de conservação 1º - ofere para os outros condôminos 2º - abre para terceiros 12 - Cada um na medida de sua cota – mas na pratica pode ser complicado na hora de pagar; Ex: perante o fisco 1 só pode pagar e os outros pagam para esse, todos são devedores juntos; - Se o sujeito não quiser pagar, pode renunciar EXPRESSAMENTE a sua cota; Divisão da coisa comum - A qualquer tempo e independe da cota; - Após a divisão vira propriedade EXCLUSIVA e não haverá mais condomínio; - Direito potestativo – os outros só tem que aceitar; Ex: não pode ser inferior ao módulo rural **exceção i. Amigável – todos capazes e consentindo; ii. Judicial – quando existe divergência ou incapaz no meio; Indivisibilidade i. Acordada por 5 anos e ser prorrogada; O juiz pode determinar a divisal antes, nos termos do art. 1.320, § 3º, CC Art. 1.320, CC. A todo tempo será lícito ao condômino exigir a divisão da coisa comum, respondendo o quinhão de cada um pela sua parte nas despesas da divisão. § 3o A requerimento de qualquer interessado e se graves razões o aconselharem, pode o juiz determinar a divisão da coisa comum antes do prazo. ii. Por doação ou testamento – máxima de 5 anos Administração do condomínio Por qualquer condômino ou pessoa estranha autorizada por eles; Hipóteses de Extinção Divisão da coisa comum *desde que a coisa possa ser dividida; Alienação *pode ser amigável (capaz e acordo) ou judicial (incapaz e descenso) – pedido de alienação da coisa comum; Aula 6 – 03/04/2015 Feriado - Páscoa 13 Aula 7 – 10/04/2015 CONDOMÍNIO EDILÍCIO Normas Lei 3.931/2004 Lei 4.591/64 Lei 4.864/65 CC/2002 – art. 1.331 a 1.358 Art. 1.331. Pode haver, em edificações, partes que são propriedade exclusiva, e partes que são propriedade comum dos condôminos. § 1o As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários, exceto os abrigos para veículos, que não poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio, salvo autorização expressa na convenção de condomínio. § 2o O solo, a estrutura do prédio, o telhado, a rede geral de distribuição de água, esgoto, gás e eletricidade, a calefação e refrigeração centrais, e as demais partes comuns, inclusive o acesso ao logradouro público, são utilizados em comum pelos condôminos, não podendo ser alienados separadamente, ou divididos. § 3o A cada unidade imobiliária caberá, como parte inseparável, uma fração ideal no solo e nas outras partes comuns, que será identificada em forma decimal ou ordinária no instrumento de instituição do condomínio. § 4o Nenhuma unidade imobiliária pode ser privada do acesso ao logradouro público. § 5o O terraço de cobertura é parte comum, salvo disposição contrária da escritura de constituição do condomínio. Art. 1.340. As despesas relativas a partes comuns de uso exclusivo de um condômino, ou de alguns deles, incumbem a quem delas se serve. Art. 1.341. A realização de obras no condomínio depende: I - se voluptuárias, de voto de dois terços dos condôminos; II - se úteis, de voto da maioria dos condôminos. § 1o As obras ou reparações necessárias podem ser realizadas, independentemente de autorização, pelo síndico, ou, em caso de omissão ou impedimento deste, por qualquer condômino. § 2o Se as obras ou reparos necessários forem urgentes e importarem em despesas excessivas, determinada sua realização, o síndico ou o condômino que tomou a iniciativa delas dará ciência à assembléia, que deverá ser convocada imediatamente. § 3o Não sendo urgentes, as obras ou reparos necessários, que importarem em despesas excessivas, somente poderão ser efetuadas após autorização da assembléia, especialmente convocada pelo síndico, ou, em caso de omissão ou impedimento deste, por qualquer dos condôminos. § 4o O condômino que realizar obras ou reparos necessários será reembolsado das despesas que efetuar, não tendo direito à restituição das que fizer com obras ou reparos de outra natureza, embora de interesse comum. Art. 1.342. A realização de obras, em partes comuns, em acréscimo às já existentes, a fim de lhes facilitar ou aumentar a utilização, depende da aprovação de dois terços dos votos dos condôminos, não sendo permitidas construções, nas partes comuns, suscetíveis de prejudicar a utilização, por qualquer dos condôminos, das partes próprias, ou comuns. Art. 1.343. A construção de outro pavimento, ou, no solo comum, de outro edifício, destinado a conter novas unidades imobiliárias, depende da aprovação da unanimidade dos condôminos. 14 Art. 1.344. Ao proprietário do terraço de cobertura incumbem as despesas da sua conservação, de modo que não haja danos às unidades imobiliárias inferiores. Art. 1.345. O adquirente de unidade responde pelos débitos do alienante, em relação ao condomínio, inclusive multas e juros moratórios. Art. 1.346. É obrigatório o seguro de toda a edificação contra o risco de incêndio ou destruição, total ou parcial. Art. 1.347. A assembléia escolherá um síndico, que poderá não ser condômino, para administrar o condomínio, por prazo não superior a dois anos, o qual poderá renovar-se. Art. 1.348. Compete ao síndico: I - convocar a assembléia dos condôminos; II - representar, ativa e passivamente, o condomínio, praticando, em juízo ou fora dele, os atos necessários à defesa dos interesses comuns; III - dar imediato conhecimento à assembléia da existência de procedimento judicial ou administrativo, de interesse do condomínio; IV - cumprir e fazer cumprir a convenção, o regimento interno e as determinações da assembléia; V - diligenciar a conservação e a guarda das partes comuns e zelar pela prestação dos serviços que interessem aos possuidores; VI - elaborar o orçamento da receita e da despesa relativa a cada ano; VII - cobrar dos condôminos as suas contribuições, bem como impor e cobrar as multas devidas; VIII - prestar contas à assembléia, anualmente e quando exigidas; IX - realizar o seguro da edificação. § 1o Poderá a assembléia investir outra pessoa, em lugar do síndico, em poderes de representação. § 2o O síndico pode transferir a outrem, total ou parcialmente, os poderes de representação ou as funções administrativas, mediante aprovação da assembléia, salvo disposição em contrário da convenção. Art. 1.349. A assembléia, especialmente convocada para o fim estabelecido no § 2o do artigo antecedente, poderá, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, destituir o síndico que praticar irregularidades, não prestar contas, ou não administrar convenientemente o condomínio. Art. 1.350. Convocará o síndico, anualmente, reunião da assembléia dos condôminos, na forma prevista na convenção, a fim de aprovar o orçamento das despesas, as contribuições dos condôminos e a prestação de contas, e eventualmente eleger-lhe o substituto e alterar o regimento interno. § 1o Se o síndiconão convocar a assembléia, um quarto dos condôminos poderá fazê-lo. § 2o Se a assembléia não se reunir, o juiz decidirá, a requerimento de qualquer condômino. Art. 1.351. Depende da aprovação de 2/3 (dois terços) dos votos dos condôminos a alteração da convenção; a mudança da destinação do edifício, ou da unidade imobiliária, depende da aprovação pela unanimidade dos condôminos. Art. 1.352. Salvo quando exigido quorum especial, as deliberações da assembléia serão tomadas, em primeira convocação, por maioria de votos dos condôminos presentes que representem pelo menos metade das frações ideais. Parágrafo único. Os votos serão proporcionais às frações ideais no solo e nas outras partes comuns pertencentes a cada condômino, salvo disposição diversa da convenção de constituição do condomínio. Art. 1.353. Em segunda convocação, a assembléia poderá deliberar por maioria dos votos dos presentes, salvo quando exigido quorum especial. Art. 1.354. A assembléia não poderá deliberar se todos os condôminos não forem convocados para a reunião. Art. 1.355. Assembléias extraordinárias poderão ser convocadas pelo síndico ou por um quarto dos condôminos. Art. 1.356. Poderá haver no condomínio um conselho fiscal, composto de três membros, eleitos pela assembléia, por prazo não superior a dois anos, ao qual compete dar parecer sobre as contas do síndico. Diferença entre o condomínio geral e edilício Condomínio Geral Condomínio Edilício Parte comum Propriedade exclusiva/individual + parte comum E são partes indissociáveis** 15 Ex: prédios – corredor, elevador, saídas, portaria, etc. Ex: condomínios de casa NÃO pode ser negada saída do condômino; **Existem partes comuns de uso exclusivo – Ex: hall de entrada de apartamento de apenas um por andar e vai lá um vizinho e coloca uma flor lá. **Toda alteração de fachada é uma questão de UNANIMIDADE. **A hipoteca feita entre a construtora e o banco EM NADA AFETA O PROPRIETÁRIO – a 3º nem prejudica nem beneficia; Aspectos Históricos Surgiu após a guerra para melhor aproveitamento do solo; Cota Condominial Cota parcela que você tem direito no condomínio (esta disponível na escritura do imóvel); Constituição do condomínio – art. 1.332, CC Art. 1.332. Institui-se o condomínio edilício por ato entre vivos ou testamento, registrado no Cartório de Registro de Imóveis, devendo constar daquele ato, além do disposto em lei especial: I - a discriminação e individualização das unidades de propriedade exclusiva, estremadas uma das outras e das partes comuns; II - a determinação da fração ideal atribuída a cada unidade, relativamente ao terreno e partes comuns; III - o fim a que as unidades se destinam. Art. 1.333. A convenção que constitui o condomínio edilício deve ser subscrita pelos titulares de, no mínimo, dois terços das frações ideais e torna-se, desde logo, obrigatória para os titulares de direito sobre as unidades, ou para quantos sobre elas tenham posse ou detenção. Parágrafo único. Para ser oponível contra terceiros, a convenção do condomínio deverá ser registrada no Cartório de Registro de Imóveis. Art. 1.334. Além das cláusulas referidas no art. 1.332 e das que os interessados houverem por bem estipular, a convenção determinará: I - a quota proporcional e o modo de pagamento das contribuições dos condôminos para atender às despesas ordinárias e extraordinárias do condomínio; II - sua forma de administração; III - a competência das assembléias, forma de sua convocação e quorum exigido para as deliberações; IV - as sanções a que estão sujeitos os condôminos, ou possuidores; V - o regimento interno. § 1o A convenção poderá ser feita por escritura pública ou por instrumento particular. § 2o São equiparados aos proprietários, para os fins deste artigo, salvo disposição em contrário, os promitentes compradores e os cessionários de direitos relativos às unidades autônomas. Ausência de personalidade jurídica – personificação anômala; Representado pelo síndico; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1332 16 A cobrança do condomínio poderá ser feita de pessoa física ou instituição financeira (que já tomou o imóvel) – será processado pela JF se for tomado pela Caixa Econômica Federal; Obrigação Propter Rem Hibrida/Ambulatorial/Reipersecutória **Quem esta com a coisa terá que pagar Constituição do Condominio 1) Por ato do proprietário do edifício Proprietário que manda 2) Por testamento 3) Por incorporação Instituição do Condomínio Detalhamento e individualização das áreas; Fração; Finalidade - Alteração pode se dar por todos os condôminos ou pela sureccio ou suprecio Ex: caso em que a pessoa utiliza imóvel residencial como comercial por um tempo sem notificação, ai vira misto. Convenção do condomínio Atos intervivos Testamento - Deve ser escrita e aprovada por no mínimo 2/3 dos titulares - Deve ser registrada – com efeitos erga omnes **Súmula 260, STJ** Detalhamento e individualização das áreas Fração Finalidade - residencial, comercial ou misto 17 A convenção de condomínio aprovada, ainda que sem registro, é eficaz para regular as relações entre os condôminos, ainda que sem registro *Se NÃO for condômino = TEM QUE TER REGISTRO Convenção x Regimento Interno Convenção Regimento Interno Tudo é o mundo; Situações mais importantes; Sanções; Dia a dia do condomínio; Direitos e Deveres dos condôminos Art. 1.335. São direitos do condômino: I - usar, fruir e livremente dispor das suas unidades; II - usar das partes comuns, conforme a sua destinação, e contanto que não exclua a utilização dos demais compossuidores; III - votar nas deliberações da assembléia e delas participar, estando quite. Art. 1.336. São deveres do condômino: I - contribuir para as despesas do condomínio na proporção das suas frações ideais, salvo disposição em contrário na convenção; II - não realizar obras que comprometam a segurança da edificação; III - não alterar a forma e a cor da fachada, das partes e esquadrias externas; IV - dar às suas partes a mesma destinação que tem a edificação, e não as utilizar de maneira prejudicial ao sossego, salubridade e segurança dos possuidores, ou aos bons costumes. § 1o O condômino que não pagar a sua contribuição ficará sujeito aos juros moratórios convencionados ou, não sendo previstos, os de um por cento ao mês e multa de até dois por cento sobre o débito. § 2o O condômino, que não cumprir qualquer dos deveres estabelecidos nos incisos II a IV, pagará a multa prevista no ato constitutivo ou na convenção, não podendo ela ser superior a cinco vezes o valor de suas contribuições mensais, independentemente das perdas e danos que se apurarem; não havendo disposição expressa, caberá à assembléia geral, por dois terços no mínimo dos condôminos restantes, deliberar sobre a cobrança da multa. Art. 1337. O condômino, ou possuidor, que não cumpre reiteradamente com os seus deveres perante o condomínio poderá, por deliberação de três quartos dos condôminos restantes, ser constrangido a pagar multa correspondente até ao quíntuplo do valor atribuído à contribuição para as despesas condominiais, conforme a gravidade das faltas e a reiteração, independentemente das perdas e danos que se apurem. Parágrafo único. O condômino ou possuidor que, por seu reiterado comportamento anti-social, gerar incompatibilidade de convivência com os demais condôminos ou possuidores, poderá ser constrangido a pagar multa correspondente ao décuplo do valor atribuído à contribuição para as despesas condominiais, até ulterior deliberação da assembléia. Usar, fruir e dispor de sua unidade; Dentro dos limites de razoabilidade; Votar em assembleia, desde que em dia com as suas obrigações; Pode fazer obra urgente e depois ser reembolsado pelo condomínio; Tem que pagar as despesas proporcionaisas suas cotas – juros de 1% e multa de 2%; 18 Deve respeitar a segurança nas obras; **Para coisas antigas, antes de 2002 a multa era diferente, dizia 10% ou mais. A PARTIR DA VIGÊNCIA segue os 2%, ANTES segue a convenção. Fachada Não pode ser alterada sem que haja UNANIMIDADE; Sanções previstas – art. 1336 e 1337, CC O condômino, que não cumprir qualquer dos deveres estabelecidos nos incisos II a IV Multa de até 5x do valor das contribuições mensais; 2/3 dos condôminos em assembleia geral; O condômino, ou possuidor, que não cumpre reiteradamente com os seus deveres perante o condomínio Multa de até 5x das despesas condominiais; 3/4 dos condôminos em assembleia geral; O condômino ou possuidor que, por seu reiterado comportamento anti-social Multa de até 10x das despesas condominiais; Até deliberação da assembleia Sujeito perde a posse direta do bem, continua sendo proprietário mas não pode mais morar lá Processo 957743-1 – 10ª Câmara Civil do TJPR Alterações PROVA Alterações da Convenção e Regimento 2/3 Alienação de parte comum Unanimidade Destinação/Finalidade Unanimidade *ou surrectio ou supressio – sem notificação Obras Voluptuárias 2/3 da integralidade Obras Uteis Maioria Obras Necessárias Síndico faz direto e depois pega a autorização; Se for de custo muito elevado – convoca assembléia; Obra em Parte Comum com acréscimo as existentes 2/3 Construir novas unidades Unanimidade Vaga de Garagem Art. 1.338. Resolvendo o condômino alugar área no abrigo para veículos, preferir-se-á, em condições iguais, qualquer dos condôminos a estranhos, e, entre todos, os possuidores. 19 Art. 1.339. Os direitos de cada condômino às partes comuns são inseparáveis de sua propriedade exclusiva; são também inseparáveis das frações ideais correspondentes as unidades imobiliárias, com as suas partes acessórias. § 1o Nos casos deste artigo é proibido alienar ou gravar os bens em separado. § 2o É permitido ao condômino alienar parte acessória de sua unidade imobiliária a outro condômino, só podendo fazê-lo a terceiro se essa faculdade constar do ato constitutivo do condomínio, e se a ela não se opuser a respectiva assembléia geral. Vaga de Garagem Pessoa física ou jurídica; Duração de 2 anos Conselho Fiscal Constituído por 3 membros Seguro de Edificação Obrigatório – decorre de lei; Extinção do condomínio Art. 1.357. Se a edificação for total ou consideravelmente destruída, ou ameace ruína, os condôminos deliberarão em assembléia sobre a reconstrução, ou venda, por votos que representem metade mais uma das frações ideais. § 1o Deliberada a reconstrução, poderá o condômino eximir-se do pagamento das despesas respectivas, alienando os seus direitos a outros condôminos, mediante avaliação judicial. § 2o Realizada a venda, em que se preferirá, em condições iguais de oferta, o condômino ao estranho, será repartido o apurado entre os condôminos, proporcionalmente ao valor das suas unidades imobiliárias. Art. 1.358. Se ocorrer desapropriação, a indenização será repartida na proporção a que se refere o § 2o do artigo antecedente. Destruição - ½ + 1 = delibera sobre reconstrução e venda; Desapropriação – cada um vai para outro lugar; Confusão – compra do imóvel todo; Alienação para uma só pessoa jurídica ou física; CONDOMÍNIO DE FATO Associação ou não associação; 20 Aula 8 – 17/04/2015 1ª Prova Aula 9 – 24/04/2015 Devolutiva Aula 10 – 01/05/2015 Feriado – Dia do Trabalho Aula 11 – 08/05/2015 ANFITEUSE/AFORAMENTO/APRAZAMENTO História Prevista no CC/16 (direito real); Com o CC/2002 – não podem ser constituídas NOVAS anfiteuses no DIREITO PRIVADO; Passou a existir o direito real de superfície; No direito público – há enfiteuses para terrenos da MARINHA! **33 metros da preamar média; Conceito É um direito real muito amplo; Usar, fruir e dispor do direito real que é conferido, e não da propriedade; Tem caráter perpetuo; Serve para a coisa imóvel, limitando-se as terras não cultivadas e aos terrenos que se destinam a edificação; É o mais amplo direito real sobre coisa móvel alheia; **construção sobre coisa alheia **para a transferência incide o laudêmio; **pode constituir esse direito para várias pessoas = cabecel Ex: Luciano Huck pode dispor da casa dele? Pode, mas ele não transmite o terreno, pois ele é da marinha, só transmite o uso, a disposição e a fruição – paga-se todo ano um valor a Marinha Art. 2.038, § 2º, CC – EXCEÇÃO para terrenos da marinha Art. 2.038, CC. Fica proibida a constituição de enfiteuses e subenfiteuses, subordinando-se as existentes, até sua extinção, às disposições do Código Civil anterior, Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916, e leis posteriores. § 2o A enfiteuse dos terrenos de marinha e acrescidos regula-se por lei especial. 21 **Decreto Lei 4.120/42 **Decreto Lei 4.105/1868 **Decreto Lei 9.760/46 **Decreto Lei 1850/81 **A marinha pode reaver em qualquer situação que quiser; Formas de constituição da enfiteuse 1. Registro 2. Sucessão hereditária 3. Usucapião – exceto para bem PÚBLICO Formas de extinção da enfiteuse Desapropriação; Falecimento da enfiteuta sem herdeiros; Confusão; Pela total destruição do prédio; Pela usucapião; DIREITO REAL DE SUPERFÍCIE Art. 1.369, CC Art. 1.369. O proprietário pode conceder a outrem o direito de construir ou de plantar em seu terreno, por tempo determinado, mediante escritura pública devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis. Parágrafo único. O direito de superfície não autoriza obra no subsolo, salvo se for inerente ao objeto da concessão. **ex: fazer garagem, maquinário para indústria, etc. - Urbano ou rural; - Imóveis; - Escritura pública + RI; - Coisa alheia; - Tempo determinado - Construir ou plantar; **o direito de superfície gera o direito de laje 22 LER - Lei 10.257/2001 – Estatuto da Cidade Para urbano = estatuto da cidade Para rural = código civil **O estatuto da cidade fala em prazo determinado OU indeterminado (não quer dizer perpétuo); Hipóteses Art. 1.370. A concessão da superfície será gratuita ou onerosa; se onerosa, estipularão as partes se o pagamento será feito de uma só vez, ou parceladamente. Gratuito Oneroso – pagamento de 1 só vez ou parcelado Solarium ou cânon superficiario = isto é o pagamento Responsabilidade Art. 1.371. O superficiário responderá pelos encargos e tributos que incidirem sobre o imóvel. Transferência Art. 1.372. O direito de superfície pode transferir-se a terceiros e, por morte do superficiário, aos seus herdeiros. Parágrafo único. Não poderá ser estipulado pelo concedente, a nenhum título, qualquer pagamento pela transferência. Direito de preferência Art. 1.373. Em caso de alienação do imóvel ou do direito de superfície, o superficiário ou o proprietário tem direito de preferência, em igualdade de condições. 23 **HÁ uma corrente doutrinaria forte – perdas e danos; **Há quem diga que que ele deve ser entendido por analogia – art. 504, CC - prevalece Direitos e deveres do proprietário e superficiário PROPRIETÁRIO SUPERFICIÁRIO DIREITOS - tem a posse direta da coisa; - tem a titularidade do terreno; - tem o direito ao cânon ou foro ou pagamento, se a concessão for onerosa; - tem a expectativa de receber a coisa com a obra ou a plantação se o instituto é temporário; - tem a posse direta da coisa; - tem direito de usar e gozar do direito de superfície/limites do negócio jurídico, usar, gozar e dispor da edificação ou da plantação como sua; - preferência de aquisição; - pode manejar os interditos possessórios; - pode se utilizar do direito de sequela; DEVERES - não pode turbar a possedo superficiário; - pagar o solarium; - pagar encargos e tributos sobre a superfície; - conservar a obra; Hipóteses de extinção do direito real de superfície - Termo; - Destinação diversa; **ex: faltou que ia fazer um consultório e fez um estacionamento. - Desapropriação; - Confusão; - Resolução; - Perecimento do objeto; - Não conclusão da plantação ou construção no prazo, pela inviabilidade deste; - Falta de pagamento Art. 1.374. Antes do termo final, resolver-se-á a concessão se o superficiário der ao terreno destinação diversa daquela para que foi concedida. Art. 1.375. Extinta a concessão, o proprietário passará a ter a propriedade plena sobre o terreno, construção ou plantação, independentemente de indenização, se as partes não houverem estipulado o contrário. Art. 1.376. No caso de extinção do direito de superfície em conseqüência de desapropriação, a indenização cabe ao proprietário e ao superficiário, no valor correspondente ao direito real de cada um. Art. 1.377. O direito de superfície, constituído por pessoa jurídica de direito público interno, rege-se por este Código, no que não for diversamente disciplinado em lei especial. LIÇÃO DE CASA – vale 0,5 EXTRA 1º - ver o vídeo, ler o texto e reler os artigos; 2º - fazer um quadro comparativo da enfiteuse, direito real de superfície e locação; **Natureza, fundamento legal, prazo, hipóteses de incidência e extinção, etc. A professora vai recolher – trazer impresso 24 Aula 12 – 15/05/2015 SERVIDÃO Art. 1.378. A servidão proporciona utilidade para o prédio dominante, e grava o prédio serviente, que pertence a diverso dono, e constitui-se mediante declaração expressa dos proprietários, ou por testamento, e subseqüente registro no Cartório de Registro de Imóveis. Art. 1.379. O exercício incontestado e contínuo de uma servidão aparente, por dez anos, nos termos do art. 1.242, autoriza o interessado a registrá-la em seu nome no Registro de Imóveis, valendo-lhe como título a sentença que julgar consumado a usucapião. Parágrafo único. Se o possuidor não tiver título, o prazo da usucapião será de vinte anos. Art. 1.380. O dono de uma servidão pode fazer todas as obras necessárias à sua conservação e uso, e, se a servidão pertencer a mais de um prédio, serão as despesas rateadas entre os respectivos donos. Art. 1.381. As obras a que se refere o artigo antecedente devem ser feitas pelo dono do prédio dominante, se o contrário não dispuser expressamente o título. Art. 1.382. Quando a obrigação incumbir ao dono do prédio serviente, este poderá exonerar-se, abandonando, total ou parcialmente, a propriedade ao dono do dominante. Parágrafo único. Se o proprietário do prédio dominante se recusar a receber a propriedade do serviente, ou parte dela, caber-lhe-á custear as obras. Art. 1.383. O dono do prédio serviente não poderá embaraçar de modo algum o exercício legítimo da servidão. Art. 1.384. A servidão pode ser removida, de um local para outro, pelo dono do prédio serviente e à sua custa, se em nada diminuir as vantagens do prédio dominante, ou pelo dono deste e à sua custa, se houver considerável incremento da utilidade e não prejudicar o prédio serviente. Art. 1.385. Restringir-se-á o exercício da servidão às necessidades do prédio dominante, evitando- se, quanto possível, agravar o encargo ao prédio serviente. § 1o Constituída para certo fim, a servidão não se pode ampliar a outro. § 2o Nas servidões de trânsito, a de maior inclui a de menor ônus, e a menor exclui a mais onerosa. § 3o Se as necessidades da cultura, ou da indústria, do prédio dominante impuserem à servidão maior largueza, o dono do serviente é obrigado a sofrê-la; mas tem direito a ser indenizado pelo excesso. Art. 1.386. As servidões prediais são indivisíveis, e subsistem, no caso de divisão dos imóveis, em benefício de cada uma das porções do prédio dominante, e continuam a gravar cada uma das do prédio serviente, salvo se, por natureza, ou destino, só se aplicarem a certa parte de um ou de outro. Art. 1.387. Salvo nas desapropriações, a servidão, uma vez registrada, só se extingue, com respeito a terceiros, quando cancelada. Parágrafo único. Se o prédio dominante estiver hipotecado, e a servidão se mencionar no título hipotecário, será também preciso, para a cancelar, o consentimento do credor. Art. 1.388. O dono do prédio serviente tem direito, pelos meios judiciais, ao cancelamento do registro, embora o dono do prédio dominante lho impugne: I - quando o titular houver renunciado a sua servidão; II - quando tiver cessado, para o prédio dominante, a utilidade ou a comodidade, que determinou a constituição da servidão; III - quando o dono do prédio serviente resgatar a servidão. Art. 1.389. Também se extingue a servidão, ficando ao dono do prédio serviente a faculdade de fazê-la cancelar, mediante a prova da extinção: I - pela reunião dos dois prédios no domínio da mesma pessoa; II - pela supressão das respectivas obras por efeito de contrato, ou de outro título expresso; III - pelo não uso, durante dez anos contínuos. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1242 25 SUJEITOS GERAL - imóvel alheio; - tem que ter proprietários diferentes – constituída com outro imóvel especifico – NÃO é geral que vai utilizar a servidão. (lembrar do caso de Camboriú); - pode ser deixada por declaração expressa ou por testamento - não necessariamente contíguos – cabe mesmo assim (utilidade e comodidade); - “erga omnes” – Registro de imóveis; - tipos de servidão = de transitar e abstenção (ex: de vista); - diferente de passagem forçada; *direito de vizinhança oneroso; CONSTITUIÇÃO - Contrato - Testamento - Sentença - Usucapião SÓ PARA SERVIDÃO APARENTE Ex: caminho – é aparente. Ex: aqueduto – é embaixo da terra – não é aparente. Art. 108, CC. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País. CARACTERÍSTICAS - direito real sobre imóvel alheio; - oponibilidade erga omnes; - em regra, duração indefinida (pois há a servidão ad tempo – sujeita a termo); - indivisível; Dominante Proveito Servente 26 - não se presume; CLASSIFICAÇÃO Positiva (ato) ≠ Negativa Contínua ≠ Descontínua Aparente ≠ Não aparente Positiva – decorre de um ato; Ex: transitar num lugar Negativa – abstenção de algo; Ex: não construir Contínua – Não depende de ato humano; Ex: aqueduto Descontínua – Depende de ato humano; Ex: servidão de trânsito Aparente – Visível; Não aparente – Não é visível; AÇÕES Possessória - Para ter seus atos de posse; Ex: outro vai lá e esta usando – possessória – sai daí. Confessória - Para provar a existência da servidão; Negatória - Para negar a existência da servidão; Usucapião - Para servidão aparente – diz se existiu ou não; EXTINÇÃO - Cancelamento do registro; - Confusão; - Supressão das obras; Ex: tinha servidão por causa dos aquedutos – suprimiu – não tem porque - Não uso continuo por 10 anos; - Decurso do prazo (ad tempus) 27 Aula 13 – 22/05/2015 USUFRUTO **As pessoas tendem a deixar cláusula em contratos de doação; **Direito real em imóvel alheio, móvel, etc; **Da doação, pode usar e fruir do imóvel – só que não pode alienar; **Temporário; Art. 1.391. O usufruto de imóveis, quando não resulte de usucapião, constituir-se-á mediante registro no Cartório de Registro de Imóveis. Art. 1.392. Salvo disposição em contrário, o usufruto estende-se aos acessórios da coisa e seus acrescidos. **FRUTOS § 1o Se, entre os acessórios e os acrescidos, houver coisas consumíveis, terá o usufrutuário o dever de restituir, findo o usufruto, as que aindahouver e, das outras, o equivalente em gênero, qualidade e quantidade, ou, não sendo possível, o seu valor, estimado ao tempo da restituição. § 2o Se há no prédio em que recai o usufruto florestas ou os recursos minerais a que se refere o art. 1.230, devem o dono e o usufrutuário prefixar-lhe a extensão do gozo e a maneira de exploração. § 3o Se o usufruto recai sobre universalidade ou quota-parte de bens, o usufrutuário tem direito à parte do tesouro achado por outrem, e ao preço pago pelo vizinho do prédio usufruído, para obter meação em parede, cerca, muro, vala ou valado. Art. 1.393. Não se pode transferir o usufruto por alienação; mas o seu exercício pode ceder-se por título gratuito ou oneroso. RESP 883085 – o imóvel para usufruto NÃO pode ser penhorado DIREITO CIVIL. AÇAO DE ARBITRAMENTO DE ALUGUEL. DEVEDORA DETENTORA DE 50% DO USUFRUTO. EXECUÇAO PROPOSTA PELO NU PROPRIETÁRIO DETENTOR DOS OUTROS 50%. PENHORA DO EXERCÍCIO DO DIREITO DE USUFRUTO. IMPOSSIBILIDADE. I - Da inalienabilidade resulta a impenhorabilidade do usufruto. O direito não pode, portanto, ser penhorado em ação executiva movida contra o usufrutuário; apenas o seu exercício pode ser objeto de constrição, mas desde que os frutos advindos dessa cessão tenham expressão econômica imediata. II - Se o imóvel se encontra ocupado pela própria devedora, que nele reside, não produz frutos que possam ser penhorados. Por conseguinte, incabível se afigura a pretendida penhora do exercício do direito de usufruto do imóvel ocupado pela recorrente, por ausência de amparo legal. Recurso Especial provido. CONCEITO Direito real conferido a alguém para retirar temporariamente de coisa alheia os frutos e suas utilidades sem alterar a substância; É possível deixar por testamento; OBJETO Art. 1.390. O usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades. SUJEITOS 28 Nu-proprietário; Usufrutuário; CARACTERÍSTICAS Direito real sobre coisa alheia; Temporário – não é perpétuo; Inalienável; Impenhorável – pois ela gera adjudicação e isso é vedado. USUFRUTO SIMULTÂNEO É possível; Ex: constituir usufruto para 3 irmãs – irmão que tem bens. Quando uma das irmãs mortes a parte dela volta para o nu-proprietário. **DIREITO DE ACRESCER – morrendo um ele se fale para os outros – ou seja, não vai voltar para o nu-proprietário, mas sim se dividir com as duas irmãs. Art. 1.411. Constituído o usufruto em favor de duas ou mais pessoas, extinguir-se-á a parte em relação a cada uma das que falecerem, salvo se, por estipulação expressa, o quinhão desses couber ao sobrevivente. ESPÉCIES DE USUFRUTO Quanto a origem Legal: decorre da lei; Convencional: decorre da manifestação de vontade; Quanto ao objeto Próprio: coisas inconsumíveis; Impróprio: coisas consumíveis; Quanto a extensão Universal: cai sobre tudo; Particular: cai sobre apenas uma coisa; CONSTITUIÇÃO DO USUFRUTO Acordo de vontades – ato inter vivos ou por meio do testamento; Ex: doação (negócio jurídico, contrato) Por lei Por usucapião DIREITOS DO USUFRUTUÁRIO - Pode ceder o bem a título oneroso ou gratuito; - São tipo donas do bem, só NÃO pode alienar; **mas o proprietário pode vender o bem e o adquirente tem que aguentar o usufrutuário. 29 Art. 1.394. O usufrutuário tem direito à posse, uso, administração e percepção dos frutos. Art. 1.395. Quando o usufruto recai em títulos de crédito, o usufrutuário tem direito a perceber os frutos e a cobrar as respectivas dívidas. **naturais, civis ou industrias; **produto não é renovável – diferente de fruto que é renovável. Parágrafo único. Cobradas as dívidas, o usufrutuário aplicará, de imediato, a importância em títulos da mesma natureza, ou em títulos da dívida pública federal, com cláusula de atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos. Art. 1.396. Salvo direito adquirido por outrem, o usufrutuário faz seus os frutos naturais, pendentes ao começar o usufruto, sem encargo de pagar as despesas de produção. Parágrafo único. Os frutos naturais, pendentes ao tempo em que cessa o usufruto, pertencem ao dono, também sem compensação das despesas. Art. 1.397. As crias dos animais pertencem ao usufrutuário, deduzidas quantas bastem para inteirar as cabeças de gado existentes ao começar o usufruto. Art. 1.398. Os frutos civis, vencidos na data inicial do usufruto, pertencem ao proprietário, e ao usufrutuário os vencidos na data em que cessa o usufruto. Art. 1.399. O usufrutuário pode usufruir em pessoa, ou mediante arrendamento, o prédio, mas não mudar-lhe a destinação econômica, sem expressa autorização do proprietário. Ex: recebeu uma fazenda – não pode fazer um parque de diversão – só se tiver autorização. DEVERES DO USUFRUTUÁRIO Art. 1.400. O usufrutuário, antes de assumir o usufruto, inventariará, à sua custa, os bens que receber, determinando o estado em que se acham, e dará caução, fidejussória ou real, se lha exigir o dono, de velar- lhes pela conservação, e entregá-los findo o usufruto. **Doação com usufruto – não pede caução. Parágrafo único. Não é obrigado à caução o doador que se reservar o usufruto da coisa doada. Art. 1.401. O usufrutuário que não quiser ou não puder dar caução suficiente perderá o direito de administrar o usufruto; e, neste caso, os bens serão administrados pelo proprietário, que ficará obrigado, mediante caução, a entregar ao usufrutuário o rendimento deles, deduzidas as despesas de administração, entre as quais se incluirá a quantia fixada pelo juiz como remuneração do administrador. **desgaste natural do tempo - ok Art. 1.402. O usufrutuário não é obrigado a pagar as deteriorações resultantes do exercício regular do usufruto. Art. 1.403 Incumbem ao usufrutuário: I - as despesas ordinárias de conservação dos bens no estado em que os recebeu; II - as prestações e os tributos devidos pela posse ou rendimento da coisa usufruída. Art. 1.404. Incumbem ao dono as reparações extraordinárias e as que não forem de custo módico; mas o usufrutuário lhe pagará os juros do capital despendido com as que forem necessárias à conservação, ou aumentarem o rendimento da coisa usufruída. § 1o Não se consideram módicas as despesas superiores a dois terços do líquido rendimento em um ano. § 2o Se o dono não fizer as reparações a que está obrigado, e que são indispensáveis à conservação da coisa, o usufrutuário pode realizá-las, cobrando daquele a importância despendida. Art. 1.405. Se o usufruto recair num patrimônio, ou parte deste, será o usufrutuário obrigado aos juros da dívida que onerar o patrimônio ou a parte dele. Art. 1.406. O usufrutuário é obrigado a dar ciência ao dono de qualquer lesão produzida contra a posse da coisa, ou os direitos deste. Art. 1.407. Se a coisa estiver segurada, incumbe ao usufrutuário pagar, durante o usufruto, as contribuições do seguro. 30 § 1o Se o usufrutuário fizer o seguro, ao proprietário caberá o direito dele resultante contra o segurador. § 2o Em qualquer hipótese, o direito do usufrutuário fica sub-rogado no valor da indenização do seguro. Art. 1.408. Se um edifício sujeito a usufruto for destruído sem culpa do proprietário, não será este obrigado a reconstruí-lo, nem o usufruto se restabelecerá, se o proprietário reconstruir à sua custa o prédio; mas se a indenização do seguro for aplicada à reconstrução do prédio, restabelecer-se-á o usufruto. Art. 1.409. Também fica sub-rogada no ônus do usufruto, em lugar do prédio, a indenização paga, se ele for desapropriado, ou a importância do dano, ressarcido pelo terceiro responsável no caso de danificação ou perda. EXTINÇÃO DO USUFRUTO Com a morte extinto estará o usufruto. Pessoa jurídica – 30 anos. Art. 1.410. O usufruto extingue-se, cancelando-se o registro no Cartório de Registrode Imóveis: I - pela renúncia ou morte do usufrutuário; II - pelo termo de sua duração; III - pela extinção da pessoa jurídica, em favor de quem o usufruto foi constituído, ou, se ela perdurar, pelo decurso de trinta anos da data em que se começou a exercer; **não pode ultrapassar 30 anos para PJ. IV - pela cessação do motivo de que se origina; V - pela destruição da coisa, guardadas as disposições dos arts. 1.407, 1.408, 2ª parte, e 1.409; VI - pela consolidação; **quando o usufrutuário vira nu-proprietário. VII - por culpa do usufrutuário, quando aliena, deteriora, ou deixa arruinar os bens, não lhes acudindo com os reparos de conservação, ou quando, no usufruto de títulos de crédito, não dá às importâncias recebidas a aplicação prevista no parágrafo único do art. 1.395; VIII - Pelo não uso, ou não fruição, da coisa em que o usufruto recai (arts. 1.390 e 1.399). – PRAZO DE 10 ANOS DE NÃO USO. **Paga na hora de registrar e na hora de extinguir. Art. 1.411. Constituído o usufruto em favor de duas ou mais pessoas (USUFRUTO SIMULTÂNEO) extinguir-se-á a parte em relação a cada uma das que falecerem, salvo se, por estipulação expressa, o quinhão desses couber ao sobrevivente. (DIREITO DE ACRESCER – se houver EXPRESSA disposição) Alienação usufruto – NULA – não é sanável, conversão em alguma que seja possível. Ex: cessão onerosa Usufruto parcial? PODE Transferir usufruto para PJ? PODE, limite temporal de 30 anos Aula 14 – 29/05/2015 Exercício 31 USO Uso Usufruto Serve para subsistência de pessoa e sua família; É limitado de cara; Uso apenas É pleno *limites podem ser impostos Art. 1.412. O usuário usará da coisa e perceberá os seus frutos, quanto o exigirem as necessidades suas e de sua família. § 1o Avaliar-se-ão as necessidades pessoais do usuário conforme a sua condição social e o lugar onde viver. § 2o As necessidades da família do usuário compreendem as de seu cônjuge, dos filhos solteiros e das pessoas de seu serviço doméstico. Art. 1.413. São aplicáveis ao uso, no que não for contrário à sua natureza, as disposições relativas ao usufruto. CRÍTICAS *artigo fale em cônjuge – mas inclui campaneiro *filhos solteiros *trabalhos/serviços domésticos – não fala em empregados – entra piloto de jatinho OBJETO DO USO Bens móveis ou imóveis. Usufruto Uso Habitação 32 CARACTERÍSTICAS DO USO MODOS DE CONSTITUIÇÃO Acordo de vontades – ato inter vivos ou por meio do testamento; Por lei Por testamento DIREITOS Usar a coisa e extrair dela o que for necessário para a sobrevivência; DEVERES - Conservar a coisa; - Não extrair utilidades que excedam as previstas em lei; - Não dificultar os direitos do proprietário; EXTINÇÃO - Morte do usuário; - Advento do termo; - Perecimento do objeto; - Consolidação; - Renúncia. **pode ter prazo **o proprietário pode dispor – o usuário vai junto. SÓ COM REGISTRO É DIREITO REAL – Efeito erga omnes Direito real sobre coisa alheia Temporário Indivisível Intransmissível Personalíssimo 33 HABITAÇÃO Art. 1.414. Quando o uso consistir no direito de habitar gratuitamente casa alheia, o titular deste direito não a pode alugar, nem emprestar, mas simplesmente ocupá-la com sua família. Art. 1.415. Se o direito real de habitação for conferido a mais de uma pessoa, qualquer delas que sozinha habite a casa não terá de pagar aluguel à outra, ou às outras, mas não as pode inibir de exercerem, querendo, o direito, que também lhes compete, de habitá-la. Art. 1.416. São aplicáveis à habitação, no que não for contrário à sua natureza, as disposições relativas ao usufruto. *Coisa alheia (apto, flat, etc – desde que seja moradia); *Só pode ocupa-la (não pode alugar, vender, etc); *Pode morar e exetende para a atividade (ex: manicure, artistas, costureiras); *E o cachorro? Pode também, - é um bem. *Gratuito *Independe do regime de bens. CARACTERÍSTICAS CÔNJUGE Há direito real de habitação ao cônjuge e filho inválido STJ – Acolhe para companheiro tmbém Pessoa idosa? Não há unanimidade na doutrina. DIREITOS REAIS DE GARANTIA 1) PENHOR **Sempre lembrar da Caixa Econômica Federal. Limitado Temporário Indivisível Intransmissível Personalíssimo Gratuito Penhor Hipoteca Anticrese 34 **Recai, em regra, sobre bens móveis; Penhor Penhora Direito real de garantia; Empenha-se; Ex: pagamento de contrato de empréstimo; Ex: penhor de jóias Penhorar algo; Direito processual civil; Na execução Características É o direito real acessório de garantia, como regra, requer tradição (execeção dos especiais); Confere ao credor preferência no crédito; Possui o credor pignoraticeo o direito de sequela; Exige especialidade (detalhamento) e publicidade (registro); Não pode pacto comissório (o credor não pode ficar com a coisa – vai a leilão); Indivisibilidade; O contrato tem que ser solene (vai a registro). Espécies Penhor Geral Penhor Especial Entrega a coisa como garantia; Não paga o empréstimo – 1,5% do valor é restituído (no judiciário tem conseguido diferente); Dano moral? Não – TRF4ª diz que a pessoa que empenha algo não tem apreço por ela – Revertido na TNU Rural Industrial Veículo Dica com o bem apesar da penhora Se extinto? Troca o bem em garantia – ex: boi. LER Do Penhor Agrícola Art. 1.442. Podem ser objeto de penhor: I - máquinas e instrumentos de agricultura; II - colheitas pendentes, ou em via de formação; III - frutos acondicionados ou armazenados; IV - lenha cortada e carvão vegetal; V - animais do serviço ordinário de estabelecimento agrícola. Art. 1.443. O penhor agrícola que recai sobre colheita pendente, ou em via de formação, abrange a imediatamente seguinte, no caso de frustrar-se ou ser insuficiente a que se deu em garantia. Parágrafo único. Se o credor não financiar a nova safra, poderá o devedor constituir com outrem novo penhor, em quantia máxima equivalente à do primeiro; o segundo penhor terá preferência sobre o primeiro, abrangendo este apenas o excesso apurado na colheita seguinte. Do Penhor Pecuário Art. 1.444. Podem ser objeto de penhor os animais que integram a atividade pastoril, agrícola ou de lacticínios. 35 Art. 1.445. O devedor não poderá alienar os animais empenhados sem prévio consentimento, por escrito, do credor. Parágrafo único. Quando o devedor pretende alienar o gado empenhado ou, por negligência, ameace prejudicar o credor, poderá este requerer se depositem os animais sob a guarda de terceiro, ou exigir que se lhe pague a dívida de imediato. Art. 1.446. Os animais da mesma espécie, comprados para substituir os mortos, ficam sub-rogados no penhor. Parágrafo único. Presume-se a substituição prevista neste artigo, mas não terá eficácia contra terceiros, se não constar de menção adicional ao respectivo contrato, a qual deverá ser averbada. Do Penhor Industrial e Mercantil Art. 1.447. Podem ser objeto de penhor máquinas, aparelhos, materiais, instrumentos, instalados e em funcionamento, com os acessórios ou sem eles; animais, utilizados na indústria; sal e bens destinados à exploração das salinas; produtos de suinocultura, animais destinados à industrialização de carnes e derivados; matérias-primas e produtos industrializados. Parágrafo único. Regula-se pelas disposições relativas aos armazéns gerais o penhor das mercadorias neles depositadas. Art. 1.448. Constitui-se o penhor industrial, ou o mercantil, mediante instrumento público ou particular, registrado no Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição onde estiverem situadas as coisas empenhadas. Parágrafo único. Prometendo pagar em dinheiro a dívida, que garante com penhor industrial ou mercantil, o devedor poderá emitir, em favor do credor, cédula do respectivo crédito, na forma e para os fins que a lei especialdeterminar. Art. 1.449. O devedor não pode, sem o consentimento por escrito do credor, alterar as coisas empenhadas ou mudar-lhes a situação, nem delas dispor. O devedor que, anuindo o credor, alienar as coisas empenhadas, deverá repor outros bens da mesma natureza, que ficarão sub-rogados no penhor. Art. 1.450. Tem o credor direito a verificar o estado das coisas empenhadas, inspecionando-as onde se acharem, por si ou por pessoa que credenciar. Direitos do credor pignoratício Art. 1.433. O credor pignoratício tem direito: I - à posse da coisa empenhada; II - à retenção dela, até que o indenizem das despesas devidamente justificadas, que tiver feito, não sendo ocasionadas por culpa sua; III - ao ressarcimento do prejuízo que houver sofrido por vício da coisa empenhada; IV - a promover a execução judicial, ou a venda amigável, se lhe permitir expressamente o contrato, ou lhe autorizar o devedor mediante procuração; V - a apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder; VI - a promover a venda antecipada, mediante prévia autorização judicial, sempre que haja receio fundado de que a coisa empenhada se perca ou deteriore, devendo o preço ser depositado. O dono da coisa empenhada pode impedir a venda antecipada, substituindo-a, ou oferecendo outra garantia real idônea. Art. 1.434. O credor não pode ser constrangido a devolver a coisa empenhada, ou uma parte dela, antes de ser integralmente pago, podendo o juiz, a requerimento do proprietário, determinar que seja vendida apenas uma das coisas, ou parte da coisa empenhada, suficiente para o pagamento do credor. Obrigações do credor pignoratício Art. 1.435. O credor pignoratício é obrigado: I - à custódia da coisa, como depositário, e a ressarcir ao dono a perda ou deterioração de que for culpado, podendo ser compensada na dívida, até a concorrente quantia, a importância da responsabilidade; II - à defesa da posse da coisa empenhada e a dar ciência, ao dono dela, das circunstâncias que tornarem necessário o exercício de ação possessória; III - a imputar o valor dos frutos, de que se apropriar (art. 1.433, inciso V) nas despesas de guarda e conservação, nos juros e no capital da obrigação garantida, sucessivamente; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1433 36 IV - a restituí-la, com os respectivos frutos e acessões, uma vez paga a dívida; V - a entregar o que sobeje do preço, quando a dívida for paga, no caso do inciso IV do art. 1.433. Extinção do penhor Art. 1.436. Extingue-se o penhor: I - extinguindo-se a obrigação; II - perecendo a coisa; III - renunciando o credor; IV - confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e de dono da coisa; V - dando-se a adjudicação judicial, a remissão ou a venda da coisa empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada. § 1o Presume-se a renúncia do credor quando consentir na venda particular do penhor sem reserva de preço, quando restituir a sua posse ao devedor, ou quando anuir à sua substituição por outra garantia. § 2o Operando-se a confusão tão-somente quanto a parte da dívida pignoratícia, subsistirá inteiro o penhor quanto ao resto. Art. 1.437. Produz efeitos a extinção do penhor depois de averbado o cancelamento do registro, à vista da respectiva prova. Aula 15 – 05/06/2015 Faltei - Aula da Ana Continuação...DIREITOS REAIS DE GARANTIA 2) HIPOTECA Segundo Orlando Gomes: A hipoteca é o direito real de garantia em virtude do qual um bem imóvel, que continua em poder do devedor, assegura ao credor, precipuamente, o pagamento de uma dívida. Em Regra Geral é usada para bens imóveis, mas há exceções como por exemplo o navio. Livro Orlando Gomes: Nestas condições, podem ser objeto de hipoteca: I) os imóveis e seus acessórios; 2) o domínio direto e o domínio útil; 3) os navios e aeronaves, estradas de ferro, minas e pedreiras; 4) os imóveis, por determinação legal (art. 43 do Código Civil) Os bens móveis estão excluídos, em princípio, do direito hipotecário. Admitem- se, no entanto, exceções, como as que existem, entre nós, em relação aos navios e aeronaves. Penhor Hipoteca Anticrese http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1433 37 Os bancos normalmente têm substituído a hipoteca por alienação fiduciária, visto que na hipoteca o bem ainda pode ser protegido por ser “bem de família”, mas isso não quer dizer que ela não existe mais. Prazo: A hipoteca convencional constitui-se por tempo determinado. No contrato, estipula-se o dia do vencimento da dívida. A cláusula relativa ao prazo fica ao arbítrio das partes, mas a lei intervém ao estabelecer que o contrato não pode subsistir além de 30 anos. Decorrido esse prazo, perime. Se as partes quiserem continuar na posição que assumiram, serão obrigadas a reconstituir a hipoteca por novo título e nova inscrição. Perempta a hipoteca, o credor perde o direito de excutir o imóvel. Reconstituída a hipoteca, sua validade em relação a terceiros começa na data da nova inscrição, apesar de valiosas opiniões em contrário. A limitação do prazo é feita pela lei em razão da faculdade que concede aos interessados de prorrogarem, de comum acordo, a hipoteca. Pode haver várias hipotecas, mas deve haver a preocupação com o registro, para fazer efeito perante terceiros. Livro Orlando Gomes: “A hipoteca convencional deve constituir-se mediante escritura pública, por ser direito imobiliário. O instrumento público é, no caso, requisito essencial à sua validade. Assim constituída, precisa ser inscrita no Registro Imobiliário. A inscrição é também indispensável à sua validade, em relação a terceiros. O registro da hipoteca é regulamentado nos artigos 1.492 a 1.498 do CCB de 2002. Não obstante, diz-se que vale entre as partes, independentemente dessa inscrição. Mas o seu valor é, praticamente, nenhum porque não assegura o direito de preferência na execução. A inscrição é necessária, assim, para valer entre as partes. Deve ser feita no registro do lugar do imóvel, não valendo se registrada em outro cartório, porquanto terceiros devem ter a possibilidade de conhecer a existência do ônus. Na hipótese de a hipoteca abranger vários bens imóveis situados em comarcas ou em circunscrições diferentes, a inscrição há de fazer-se em todos os ofícios em que os bens estejam transcritos”. Art. 1.473. Podem ser objeto de hipoteca: I - os imóveis e os acessórios dos imóveis conjuntamente com eles; II - o domínio direto; III - o domínio útil; IV - as estradas de ferro; V - os recursos naturais a que se refere o art. 1.230, independentemente do solo onde se acham; VI - os navios; VII - as aeronaves. VIII - o direito de uso especial para fins de moradia; IX - o direito real de uso; X - a propriedade superficiária. § 1º A hipoteca dos navios e das aeronaves reger-se-á pelo disposto em lei especial. § 2º Os direitos de garantia instituídos nas hipóteses dos incisos IX e X do caput deste artigo ficam limitados à duração da concessão ou direito de superfície, caso tenham sido transferidos por período determinado. ***Art. 1.475. É nula a cláusula que proíbe ao proprietário alienar imóvel hipotecado. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1230 38 Parágrafo único. Pode convencionar-se que vencerá o crédito hipotecário, se o imóvel for alienado***. Art. 1.476. O dono do imóvel hipotecado pode constituir outra hipoteca sobre ele, mediante novo título, em favor do mesmo ou de outro credor. Art. 1.477. Salvo o caso de insolvência do devedor, o credor da segunda hipoteca, embora vencida, não poderá executar o imóvel antes de vencida a primeira. Parágrafo único. Não se considera insolvente o devedor por faltar ao pagamento das obrigações garantidas por hipotecas posteriores à primeira. Art. 1.488. Se o imóvel, dado em garantia hipotecária, vier a ser loteado, ou se nele se constituir condomínioedilício, poderá o ônus ser dividido, gravando cada lote ou unidade autônoma, se o requererem ao juiz o credor, o devedor ou os donos, obedecida a proporção entre o valor de cada um deles e o crédito. EXCEÇÃO!!!! A Regra Geral é que não pode ser dividida. § 1o O credor só poderá se opor ao pedido de desmembramento do ônus, provando que o mesmo importa em diminuição de sua garantia. § 2o Salvo convenção em contrário, todas as despesas judiciais ou extrajudiciais necessárias ao desmembramento do ônus correm por conta de quem o requerer. § 3o O desmembramento do ônus não exonera o devedor originário da responsabilidade a que se refere o art. 1.430, salvo anuência do credor. Tipos de Hipoteca: Convencional: acordo entre as partes. Legal: previstas no art. 149, CC. Judicial: decorre de sentença. Especiais: Sujeitas à disciplina especial estão a hipoteca naval, a hipoteca aérea e a hipoteca das vias férreas. Art. 1.489. A lei confere hipoteca: I - às pessoas de direito público interno (art. 41) sobre os imóveis pertencentes aos encarregados da cobrança, guarda ou administração dos respectivos fundos e rendas; II - aos filhos, sobre os imóveis do pai ou da mãe que passar a outras núpcias, antes de fazer o inventário do casal anterior; III - ao ofendido, ou aos seus herdeiros, sobre os imóveis do delinqüente, para satisfação do dano causado pelo delito e pagamento das despesas judiciais; IV - ao co-herdeiro, para garantia do seu quinhão ou torna da partilha, sobre o imóvel adjudicado ao herdeiro reponente; V - ao credor sobre o imóvel arrematado, para garantia do pagamento do restante do preço da arrematação. Extinção da Hipoteca: Art. 1.499. A hipoteca extingue-se: I - pela extinção da obrigação principal; II - pelo perecimento da coisa; III - pela resolução da propriedade; IV - pela renúncia do credor; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1430 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art141 39 V - pela remição; VI - pela arrematação ou adjudicação. Art. 1.500. Extingue-se ainda a hipoteca com a averbação, no Registro de Imóveis, do cancelamento do registro, à vista da respectiva prova. Art. 1.501. Não extinguirá a hipoteca, devidamente registrada, a arrematação ou adjudicação, sem que tenham sido notificados judicialmente os respectivos credores hipotecários, que não forem de qualquer modo partes na execução. 3) ANTICRESE Pouco utilizada; Para bens imóveis; Art. 1.506. Pode o devedor ou outrem por ele, com a entrega do imóvel ao credor, ceder-lhe o direito de perceber, em compensação da dívida, os frutos e rendimentos. § 1o É permitido estipular que os frutos e rendimentos do imóvel sejam percebidos pelo credor à conta de juros, mas se o seu valor ultrapassar a taxa máxima permitida em lei para as operações financeiras, o remanescente será imputado ao capital. § 2o Quando a anticrese recair sobre bem imóvel, este poderá ser hipotecado pelo devedor ao credor anticrético, ou a terceiros, assim como o imóvel hipotecado poderá ser dado em anticrese. Art. 1.507. O credor anticrético pode administrar os bens dados em anticrese e fruir seus frutos e utilidades, mas deverá apresentar anualmente balanço, exato e fiel, de sua administração. § 1o Se o devedor anticrético não concordar com o que se contém no balanço, por ser inexato, ou ruinosa a administração, poderá impugná-lo, e, se o quiser, requerer a transformação em arrendamento, fixando o juiz o valor mensal do aluguel, o qual poderá ser corrigido anualmente. § 2o O credor anticrético pode, salvo pacto em sentido contrário, arrendar os bens dados em anticrese a terceiro, mantendo, até ser pago, direito de retenção do imóvel, embora o aluguel desse arrendamento não seja vinculativo para o devedor. Art. 1.508. O credor anticrético responde pelas deteriorações que, por culpa sua, o imóvel vier a sofrer, e pelos frutos e rendimentos que, por sua negligência, deixar de perceber. Art. 1.509. O credor anticrético pode vindicar os seus direitos contra o adquirente dos bens, os credores quirografários e os hipotecários posteriores ao registro da anticrese. § 1o Se executar os bens por falta de pagamento da dívida, ou permitir que outro credor o execute, sem opor o seu direito de retenção ao exeqüente, não terá preferência sobre o preço. § 2o O credor anticrético não terá preferência sobre a indenização do seguro, quando o prédio seja destruído, nem, se forem desapropriados os bens, com relação à desapropriação. Art. 1.510. O adquirente dos bens dados em anticrese poderá remi-los, antes do vencimento da dívida, pagando a sua totalidade à data do pedido de remição e imitir-se-á, se for o caso, na sua posse. Aula 16 – 12/06/2015 ENADE 40 Aula 17 – 19/06/2015 2ª prova Aula 18 – 26/06/2015 TÍTULO Subtítulos
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