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19/01/2017 1 Giardia lamblia Parasitologia- Profª Cris Estágios evolutivos • Trofozoítos: 10-20 mm x 5-15 mm • Cistos: 12 mm x 8 mm Encistamento • Processo de diferenciação • Cisto é uma forma de resistência • É processo desencadeado por fatores do hospedeiro como: – altos níveis de bile, – baixos níveis de colesterol e – pH alcalino (5,6) • Formação do bolo fecal VIEIRA et al., 2012. 19/01/2017 2 Trofozoítos de Giardia lamblia Movimento flagelar na face ventral Nadando com toda liberdade Ciclo biológico • Monoxênico – Homem = único hospedeiro (?!) • Monogeneico – Reprodução assexuada (Divisão binária longitudinal) • Forma de contágio – Ingestão de cisto • Forma infectante – Cisto Período negativo • O que vem a ser?! • O que fazer durante este período para conseguir o diagnóstico adequado?! 19/01/2017 3 Vetores Mecânicos Veículo Trofozoíto • Trofozoíto tem formato piriforme, mede 12 x 15 mm (variando de 10-20 mm), contem dois núcleos simetricamente dispostos na extremidade anterior, 8 flagelos na face ventral. (Coloração por Kohn, Giemsa, Tricrômio) Cisto • Cistos são elípticos a ovóides, medem entre 11 x 14 mm (podem variar de 8 a 19 mm) • Quando imaturos têm 2 núcleos • Maduros possuem 4 núcleos. axonemas e resquícios do disco suctorial são visíveis. (Coloração lugol, tricrômio) 19/01/2017 4 Na microscopia de varredura podemos observar detalhes da superfície da Giardia Fonte: http://med.ege.edu.tr/~unver/giardiakist.htm Superfícies ventral e dorsal na microscopia de varredura Legenda: dv – disco ventral ou suctorial; svc – superfície ventral da célula; fa – flagelo anterior; bvl – borda do disco ventral Imagem colorizada por computador Legenda: verde: células do intestino; vermelho: células do sangue; magenta: giárdia 19/01/2017 5 Fisiopatogenia Adesão ao epitélio e processo inflamatório VIEIRA et al., 2012. Fonte: http://br.geocities.com/dra_reginadias/parasitosintestinais.htm Comportamento da Giardia Em cultura axênica (1) ou em biópsia de intestino (2), coladinhas lado a lado umas das outras. Em biópsia de intestino (3), coladinha através do disco ventral à superfície do enterócito. 1 2 3 19/01/2017 6 Tapete Fonte: ARAÚJO NS. Avaliação da influência de diferentes inóculos do isolado humano (Portland-I) de Giardia duodenalis sobre a cinática da infecção e no desenvolvimento de alterações patológicas no intestino delgado de gerbils (Meriones unguiculatus) experimentalmente infectados. (Dissertação - Programa de Pós-Graduação em Imunologia e Parasitologia Aplicadas - UFU). Uberlândia/MG. 2006. Disponível em: http://www.bdtd.ufu.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=440. Acesso em: . Tapete Fonte: http://www.bdtd.ufu.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=441 Sintomatologia • Pode ser assintomática ou se tornar sintomática dependendo da parasitemia e da integridade/susceptibilidade do organismo • O atapetamento da mucosa do duodeno e jejuno não provoca lesão, mas há uma enterite característica que provoca – Cólicas – Aumento do peristaltismo – Diminuição da absorção de nutrientes (Gorduras e vitaminas lipossolúveis) levando à • Esteatorreia • Emagrecimento • Avitaminose (ADEK) 19/01/2017 7 Epidemiologia • Antropozoonose cosmopolita • Giardíase humana se correlaciona com a giardíase canina • Necessária a correta higiene coletiva em – Crianças – Idosos • Cães: prevalência de 10%-20% em animais bem tratados. •Animais jovens: 26 a 50% de animais parasitados. •Em canis: pode ser encontrada em até 100% dos animais. • Gatos: prevalência é menor, variando entre 1,4 a 11%. • Alta prevalência = doença clínica.http://www.ferrariadestramento.com.br/index.php?opt ion=com_content&task=view&id=12&Itemid=23 Seychelles Egito Austrália Brasil Tailândia Guatemala Índia EUA (Denver) Fonte: CIMMERMAN, B. Desafios e dificuldades da parasitologia brasileira. Rev. Ação Parasitoses. v.II. n.2. p.4-6. 2008. Disponível em: http://www.fqm.com.br/Site/br/docs/acao012008.pdf. Acesso em: 15/10/09. Diagnóstico Clínico • Epidemiologia • Anamnese – Condições de saneamento básico – Condições sócioeconômicas • Exame físico – pele – abdômen • Sinais e Sintomas – Aspecto das fezes: • Esteatorreia • Fezes “explosivas’ • Fezes fétidas – Cólicas – Flatulência 19/01/2017 8 Diagnóstico laboratorial • Parasitológico de fezes – Diarreicas Trofozoítos – Formadas Cistos – Período negativo (?!) • Sorológico – Ac?! – Testes imunológicos para detecção de Ag nas fezes • Biópsia • Enterotest (capsula gelatinosa) • PCR Endoscopia +Biópsia + Histopatológico ENTEROTEST (GIEMSA) (Tricrômio) http://www.uft.edu.br/parasitologia/pt_BR/e xames/enterotest/conceito/index.html Diagnóstico laboratorial • Biologia molecular • PCR – “primers” JW1/JW2 19/01/2017 9 Profilaxia • Tratamento da água – Temperatura e agentes químicos são eficientes – Filtros Só se for com carvão ativado Profilaxia • Higiene pessoal Lavar as mãos antes das refeições Manter unhas limpas e bem cortadas • Controlar infecção e contato com reservatório animal (cães) Diagnóstico e tratamento Higiene • Controle de vetores e de seu acesso aos alimentos Inseticidas e cuidado com lixo Cobrir alimentos 19/01/2017 10 Profilaxia • Tratamento dos infectados Tratamento Metronidazol (DINIZ, ALN. Curso de Antimicrobianos. Disponível em: http://www.minasinfecto.com.br/arquivos/antimicrobianos/antimicrobianos_ ana_lucia.ppt. Acesso em: 15/10/09.) – Reduzido intracelularmente, seus produtos formam complexos com o DNA • Inibem a síntese de ácido desoxirribonucléico • Induzem a degradação do DNA. – Impede síntese enzimática – Causa a morte celular Tratamento Nitaxozanida (MEDICINANET. ANNITA: nitazoxanida. Rio de Janeiro: Farmoquímica: Bula de remédio. Disponível em: http://www.medicinanet.com.br/bula/588/annita.htm. Acesso: 30 /06/2009.) – Interfere no funcionamento da PFOR (piruvato- ferridoxina-oxidoredutase) => bloqueio da transferência de elétrons. – PFOR derivada do Cryptosporidium parvum parece ser similar àquela da Giardia lamblia. – A interferência com a reação de transferência de elétrons enzima piruvato-ferridoxina-oxidoredutase dependente pode não ser a única via pela qual a nitazoxanida exibe a atividade anti-protozoária. Ver também: http://www.intramed.net/contenidover.asp?contenidoID=42896 19/01/2017 11 Referências • SILVA, S. M. M. D. Prevalência de Giardia sp e Cryptosporidium spp. Em populações de cães de diferentes regiões do município de Porto Alegre, RS, Brasil. (Dissertação) Porto Alegre: UFRGS. 2010. 138p. • VIEIRA, P. B. et al. Mecanismos específicos de patogenicidade de protozoários de mucosa: Entamoeba histolytica, Giardia lamblia e Trichomonas vaginalis. Rev. HCPA, 32(1); 58-70. 2012. Disponível em: file:///C:/Users/Cristine/Downloads/22570-107317-2-PB.pdf. Acesso em: 31 jan 2016.
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