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gente miúda correto

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ANDRÉ LUIS FERREIRA 
EDLAINE XAVIER
GLEIDES APARECIDA RAMOS RIBEIRO
LILYANE PIRES DE MORAIS
RAIANNE LARISSA SILVA DINIZ
SÔNIA DOS SANTOS
STELA MARTINS
GENTE MIÚDA SE CUIDA, NA ESCOLA?
GOIÂNIA
2015
ANDRÉ LUIS FERREIRA 
EDLAINE XAVIER
GLEIDES APARECIDA RAMOS RIBEIRO
LILYANE PIRES DE MORAIS
RAIANNE LARISSA SILVA DINIZ
SÔNIA DOS SANTOS
STELA MARTINS
GENTE MIÚDA SE CUIDA, NA ESCOLA?
Projeto elaborado como pré-requisito para obtenção de nota na disciplina Psicologia Escolar. Orientadora: Prof(a). Inês Gomes Campos.
 GOIÂNIA
2015
 “Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.”
Paulo Freire
 
RESUMO
Higiene pessoal são medidas tomadas para a preservação da saúde e prevenção contra doenças. Partindo desse princípio, os hábitos de higiene pessoal devem ser ensinados às crianças desde cedo a fim de desenvolver sua conscientização. Por meio da aplicação de questionários contendo questões aberta e fechadas sobre o assunto, no qual buscamos obter informações sobre a atual situação higiênica na Escola Parque situada em Goiânia, capital. A faixa etária corresponde às crianças da educação infantil envolve a conquista de certa autonomia, trata-se da época em que se consolidam os hábitos de higiene e se faz necessário também no âmbito escolar. A amostra foi composta por cinco professores e cinco pais de crianças no estágio pré-operatório. Os resultados obtidos demonstraram que 100% dos pais e professores receberam informações a respeito de como cuidar da higiene das crianças e todos auxiliam e instruem em como executar os cuidados, entre eles a necessidade de lavar as mãos, escovar os dentes, cuidados com os cabelos e as unhas, bem como de se tomar banho diariamente, pois, acredita-se que esta influência na autoestima. A presença de profissionais qualificados dentro da escola proporciona uma aproximação com os pais que possuem papel fundamental na transmissão de hábitos de higiene para as crianças, tornando-o imprescindível no processo de educação em higiene pessoal no ambiente familiar e escolar.
Palavras-chave: Saúde, Higiene, Autoestima, Infantil
LISTA DE ANEXOS
Anexo 1 - Cronograma
Anexo 2 - Carta de apresentação 
Anexo 3 - Termos de consentimento 
Anexo 4 - Questionário para os professores
Anexo 5 - Questionário para os pais
Anexo 6 - Resultados em forma de pôster.
SUMÁRIO
7INTRODUÇÃO	�
10Objetivo Geral	�
10Objetivos Específicos	�
10Hipóteses	�
11Justificativa	�
13METODOLOGIA	�
13Instrumentos:	�
13Aparato de pesquisa:	�
13Procedimento para a coleta de dados:	�
14Procedimento para análise de dados:	�
14Ressalvas éticas:	�
15RESULTADOS	�
15QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PROFESSORES	�
20QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PAIS	�
24DISCUSSÃO	�
27CONSIDERAÇÕES FINAIS	�
28REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	�
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LISTA DE FIGURAS
15Figura 1 - Importância da higiene corporal	�
16Figura 2 – O professor deve estar envolvido no processo de higiene das crianças.	�
17Figura 3 - Cuidado com a higiene das crianças.	�
17Figura 3.1 - Aonde se recebeu imformações.	�
18Figura 4 – Atividades desenvolvidas na escola.	�
19Figura 5 – Dificuldades encontradas.	�
19Figura 6 – Realização da escovação dental na escola.	�
20Figura 7 – Realização da escovação na escola.	�
20Figura 8 – Importância da higiene para a aprendizagem.	�
21Figura 9 – Informações de como cuidar da higiene da criança.	�
21Figura 10 – Como se obteve informações de como cuidar da higiene da criança.	�
22Figura 11 – Auxilio à criança durante sua higienização.	�
22Figura 12 – Quantas vezes e em que horários ocorre o auxilio.	�
23Figura 13 – As crianças refletem os hábios higiênicos de seus pais.	�
23Figura 13.1 – Quais hábitos são repetidos.	�
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INTRODUÇÃO
 Toda criança deve ser estimulada mesmo nos primeiros meses de vida, buscando construir sua autonomia e identidade em um ambiente desafiador. Desse modo, surgiu o projeto “Gente miúda se cuida, na escola?”, abordando o tema higiene corporal na escola. O projeto foi desenvolvido na Escola Parque, situada na cidade de Goiânia, na Rua da Gaivota Qd 42 Lt 03, Bairro: Parque das Laranjeiras. Tendo como grupo gestor: Coordenadora Geral: Cristiane Tomazett Oliveira, Coordenadora Pedagógica: Terezinha da Graças Laudare, Professoras: Darcilene Mendes Lopes, Jackaline Eugenio Rosa, Karolina Pires Aquino, Rayanne Carvalho Machado, Daniela Cristina de Souza Dias.
De acordo com Moura (2006), no século XX, campanhas e ações educativas em saúde, encontramos na escola o suporte necessário para o desenvolvimento dos programas de saúde. Desse modo, a escola é considerada um espaço privilegiado para ação em saúde, em espaço de convivência e de intensas interações sociais, podendo vir a ser, portanto, um terreno fértil para implantação de propostas, estratégias e ações que envolvam promoção de saúde. 
O trabalho de educação em saúde constitui ferramenta poderosa para se alcançar a saúde, se considera a população escolar como um grupo favorável para trabalhar estas práticas precocemente, com base na sensibilização, conscientização e mudança de hábitos. Conforme indicado no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil! Cuidar de criança é, sobretudo dar atenção a ela como pessoa que está num contínuo crescimento e desenvolvimento, compreendendo sua singularidade identificando e respondendo as suas necessidades (RCNEI, 1998:25).
O projeto está ligado ao que Jean Piaget chamava de segunda infância, de estágio pré-operatório do desenvolvimento cognitivo, que perdura aproximadamente dos 2 aos 7 anos, é caracterizado por uma grande expansão no uso do pensamento simbólico ou capacidade representacional.
O desenvolvimento das áreas sensoriais e motoras do córtex cerebral permite uma melhor coordenação entre o que as crianças querem fazer e o que elas podem fazer. Crianças em idade escolar fazem grandes avanços nas habilidades motoras grossas, tais como correr e saltar, que envolvem a musculatura grande. Uma vez que seus ossos e músculos estão mais fortes e sua capacidade pulmonar é maior, ela é capaz de correr, pular, escalar mais longe e mais rápido.
As habilidades motoras finas, como abotoar a camisa e desenhar imagens, envolvem coordenação olhos-mãos e dos pequenos músculos. A aquisição dessas habilidades permite às crianças pequenas assumirem mais responsabilidades por seus cuidados pessoais (PAPALIA e FELDMAN, p: 250 a 251).
	A autoestima é a parte autoavaliativa do autoconceito, o julgamento que a criança faz sobre seu valor geral. Autoestima baseia-se na crescente capacidade cognitiva da criança de descrever e definir a si própria. Quando a autoestima é alta, a criança é motivada a realizar coisas. No entanto, se a autoestima for contingente ao sucesso, a criança poderá ver o fracasso ou a crítica como indicação do seu valor e sentir-se incapaz de fazer melhor. Crianças cuja autoestima é contingente ao sucesso tendem a se sentir desmoralizadas quando fracassam. Frequentemente essas crianças atribuem o baixo desempenho ou a rejeição social a suas deficiências de personalidade, que acreditam serem incapazes de mudar. Em vez de tentar novas formas de obter aprovação, elas repetem estratégias malsucedidas ou simplesmente desistem. Crianças com autoestima não contingente, em contra partida, tendem atribuir o fracasso ou a decepção a fatores externos ou à necessidade de se esforçarem mais. Se de início forem malsucedidas ou rejeitadas, elas persistem, tentando novas estratégias até encontrar alguma que funcione. Crianças com autoestima elevada
tendem a ter pais e professores que dão ajuda específica e focalizada, em vez de criticar a criança como pessoa (PAPALIA e FELDMAN, p: 285 a 286). 
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, p.38): “Atitudes favoráveis ou desfavoráveis à saúde são construídas desde a infância pela identificação com valores observados em modelos externos ou grupos de referências”. 
A educação em saúde pode ser compreendida como caminho que busca articular dimensões complementares com vistas à construção de respostas sociais significativas, ou seja, viver uma proposta de educação e saúde dentro do modelo da pedagogia de projeto e incorporar a aprendizagem significativa para que as crianças tenham a maior compreensão dos conteúdos que serão abordados sobre a higiene. Trabalhar com jogos e brincadeiras como formas de linguagem para a ampliação da aprendizagem é antes de tudo um fazer artístico, é mexer com a sensibilidade humana e suas emoções abrindo canais de expressão e comunicação.
Conforme Piaget (1980, p. 29), é fácil dar-se conta de que:
[...] estes jogos simbólicos constituem uma atividade real do pensamento, embora essencialmente egocêntrica. Sua função consiste em satisfazer o eu por meio de uma transformação do real em função dos desejos. A criança que brinca de boneca refaz sua própria vida, corrigindo-a a sua maneira, e revive todos os prazeres ou conflitos, resolvendo-os, compensando-os, ou seja, completando a realidade através da ficção. 
Como os problemas relativos à higiene costumam ocorrer em crianças que convivem em ambientes públicos, estes podem ser diminuídos sensivelmente a partir de um trabalho de conscientização que, consequentemente, atingirá os pais e a comunidade em geral. Quanto melhor estas crianças forem esclarecidas, mais chances elas terão de formarem seu ego de forma própria e de contribuir para um ambiente mais asseado (PUCCI, 1999). 
Objetivo Geral
Realizar um levantamento das relações entre o desenvolvimento de hábitos de higiene de integração com a família e a escola e a autoestima das crianças.
Objetivos Específicos 
Verificar a conscientização sobre a importância dos hábitos saudáveis de higiene em qualquer lugar que eles ocupam;
 Verificar como está a higiene pessoal das crianças envolvidas, a partir da visão de pais e professores; 
Analisar se o estado da higiene pessoal interfere na autoestima e se este conjunto interfere no processo de aprendizagem da criança; 
Hipóteses
Ensinar crianças a cuidarem da higiene pessoal implica esforço da parte das famílias e apoio das escolas, por isso é necessário incentivá-las quando ainda são pequenas a cumprirem as regras essenciais que as manterão limpas e saudáveis. A higiene do corpo representa um passo fundamental, não apenas para o desenvolvimento da autoestima e da higiene pessoal, mas também para progressiva autonomização da criança. A criança que recebe orientações de como ter uma vida saudável e que exerce a devida higiene pessoal pode ter um desenvolvimento escolar maior que o de criança que apresente algum problema devido falta de higiene.
Bee (1997, p.37) afirma que “o desenvolvimento de cada individuo é moldado por uma combinação única de eventos específicos”, tornando necessário para que se obtenha uma percepção mais precisa de um estudo de caso.
Tratando se da aprendizagem, Vygotsky sugere que esta se inicia antes mesmo do ingresso da criança na escola, sendo que aprendizagem e desenvolvimento estariam interligados (RAPOPORT; SARMENTO, 2009). Vygotsky estabelece em sua teoria as zonas de desenvolvimento real e proximal. Zona de desenvolvimento real corresponde à capacidade já adquirida pela criança, e zona de desenvolvimento proximal corresponde ao potencial a ser desenvolvida, que a criança poderá alcançar com auxilio de um adulto (CALVALCANTI, 2005). Daí a importância de estar em um ambiente onde a aprendizagem seja favorecida, tendo como ponte para tal, adultos capazes e dispostos a estimular o potencial dessas crianças.
A falta de higiene pessoal nas crianças pode provocar alguns problemas de saúde, tais como: dermatoses, foliculites, micoses, parasitas do coro cabeludo. Uma criança que apresente uma dessas doenças pode se ausentar da sala de aula para devidos tratamentos e assim então seu aprendizado poderá ser comprometido.
Justificativa
O referido tema foi abordado devido à necessidade de se retomar e consolidar os hábitos de higiene das crianças visando lhes proporcionar o gosto por estar limpo e ter uma imagem agradável de si mesmo e para os outros, já que acreditamos que esta afeta e influencia o processo de aprendizagem.
Sabendo da importância de elaborar conceitos a respeito de hábitos de higiene, e que as crianças desde bebês necessitam de uma estrutura organizada que lhes reserve de conforto e segurança sobre seu corpo, assim, o seu cognitivo ficará aguçado para novas descobertas, pois somos seres inacabados, estamos sempre em busca de novos conhecimentos. Com esse intuito foi elaborado o projeto, “Gente Miúda se Cuida, na Escola?”, desenvolvido na Escola Parque, visando buscar dados sobre a higiene pessoal das crianças.
Este projeto teve grande importância para a verificação da existência e prática dos hábitos de higiene das crianças de forma a analisar se a falta desta afeta a autoestima e conseqüentemente o processo de aprendizagem deste indivíduo.
Além disso, uma pesquisa sobre a situação atual dos hábitos de higiene em uma escola previamente selecionada serviu de parâmetro para se obter dados sobre esta realidade e propor políticas públicas que possam beneficiar e melhorar a qualidade de vida do ser humano.
Contudo este trabalho trará a base necessária para que possa promover futuras conscientizações e intervenções que poderão ser geradoras de um grau considerável de bem-estar no cotidiano desses alunos, podendo gerar reflexos significativos na educação, na saúde, no bem-estar, na autoestima e na qualidade de vida de cada cidadão.
Consideramos também de fundamental importância que os alunos do curso de psicologia estudem este tema e venham a realizar ações que possam ser empreendidas em escolas, podendo assim trabalhar a higiene pessoal das crianças de forma a melhorar a autoestima delas.
METODOLOGIA
Através deste projeto de pesquisa procuramos apresentar um maior entendimento sobre o processo de higiene na vida do ser humano e o que isso representa para todos.
 
Sujeitos: 
Fizeram parte desta pesquisa cinco professores que trabalham na Escola Parque, situada na cidade de Goiânia, na Rua da Gaivota Qd 42 Lt 03, Bairro: Parque das Laranjeiras. Profissionais ligados a questões educacionais que irão colaborar para uma melhor compreensão e integração de opinião e conceitos que acreditam julgar necessários para esta problemática, e também participou cinco pais de alunos da referida.
Instrumentos:
Questionários e livros.
Aparato de pesquisa:
Os equipamentos empregados na elaboração do projeto foram: computadores, softwares, papel, caneta, lápis, livros, borrachas, folhas A4 e impressora.
 Procedimento para a coleta de dados: 
Usamos os métodos de questionários e de consulta bibliográfica que consistirá na análise e síntese de livros e outras obras que tratam da higiene e ambiente escolar, para a fundamentação teórica do estudo. 
Utilizamos como instrumento principal de pesquisa o questionário, que será aplicado de forma simples e direta, onde os pais e professores preencherão o mesmo livremente, sem interferência, nem palpites, pois as respostas serão pessoais. De acordo com o tipo de pesquisa sobre o referente assunto, a melhor forma de se obter dados, ao nosso entendimento, é através do questionário, pois o mesmo “é um recurso para obtenção de dados, largamente utilizado em pesquisas nas mais variadas áreas do conhecimento, e em especial, nas ciências humanas e sociais” (DALBERIO, 2009, p. 217).
Procedimento para análise de dados:
	Os dados dos questionários foram transcritos na
íntegra e integrado ao trabalho, submetido à análise temática do conteúdo estudado. De acordo com Barros, Lehifeld (2008), a pesquisa qualitativa é também chamada de método exploratório-interpretativo, pois busca investigar os aspectos relevantes do problema e interpretá-los através da análise de informações geradas através de entrevistas, por exemplo.
Ressalvas éticas:
Será utilizada carta de apresentação e termo de consentimento. Tanto a coleta de dados, como as análises das respostas teve como parâmetros os pressupostos que estão presentes e que fundamentaram a contextualização deste projeto. 
RESULTADOS
Após a coleta dos dados, obtiveram-se os resultados descritos abaixo. Estes estão relatos seguindo a ordem das perguntas dos questionários aplicados.
QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PROFESSORES
O questionário foi aplicado com cinco professores. 
Figura 1 - Importância da higiene corporal
Quando questionamos a respeito dessa importância 80% deles responderam que a higiene corporal é de suma importância. 
Figura 2 – O professor deve estar envolvido no processo de higiene das crianças.
Todos os professores acreditam que sim, portanto o profissional deve estar envolvido no auxílio à higiene das crianças.
Figura 3 - Cuidado com a higiene das crianças.
Figura 3.1 - Aonde se recebeu imformações.
Quando se trata das infomações sobre cuidados com a higiene das crianças ocorreu uma unanimidade para o sim. Quando questionados de receberam essas informações 60% responderam que foi através da própria escola, 40% responderam que foi através da graduação e 20% disse que foi em diversas fontes.
Figura 4 – Atividades desenvolvidas na escola.
Quando questionados em relação a inclusão de atividades educativas em relação a higiene na escola, 80 % relataram que ministram esse assunto utilizando cartazes, 60% dizem que incentivam as práticas de higiene, 40% afirmam que provem conversas, 20% trabalham com música, 20% faz uso de encenação e os outros 20% com orientações. No entanto, todos os professores relataram que são realizadas atividades educativas relacionadas à higiene corporal na escola, como histórias teatros, brincadeiras, dentre outros.
Figura 5 – Dificuldades encontradas.
Quando questionados se enfrentam dificuldades em realizar estas atividades na escola, 100% dos avaliados não encontram dificuldades para desenvolver as atividades.
Como na questão 5 foi dito que não encontravam dificuldades em realizar atividades educativas ligadas a higiene, a questão 6 não foi respondida por se tratar de quais itens poderiam ser apontados como fatores para essa dificuldade.
Figura 6 – Realização da escovação dental na escola.
Figura 7 – Realização da escovação na escola.
Todos os professores relataram que é realizada a escovação das crianças durante o período escolar, e de acordo com a figura 7, 100% propõe uma escovação que ocorre após o lanche entre as salas do Jardim I até o Jardim II.
 
QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PAIS
O questionário foi aplicado com cinco pais. 
Figura 8 – Importância da higiene para a aprendizagem.
A figura 8 descreve como a higiene pessoal é importânte para o desenvolvimento e para a aprendizagem de seu filho sendo que 40% dizem que faz parte do desenvolvimento, 20% respondeu que faz parte da vida e outros 20% responderam que a informação forma a ideia de higiene.
Figura 9 – Informações de como cuidar da higiene da criança.
Todos os pais afirmamaram que receberam informações a respeito de como cuidar da higiene pessoal de seus filhos.
Figura 10 – Como se obteve informações de como cuidar da higiene da criança.
Cada pai citou em torno de três fontes nais quais receberam informações sendo a principal fonte transmissora de conhecimento a pediaria com 80%, seguido da opção de outras fontes (família) com 60 %, a escola com 40% seguido de enfermeira, dentista e amigos com 20% cada.
Figura 11 – Auxilio à criança durante sua higienização.
Figura 12 – Quantas vezes e em que horários ocorre o auxilio.
No auxilio a higienização pessoal das crianças houve unanimidade para sim, sendo que 60% disseram que ajudam 3 vezes ao dia: manhã, tarde e noite, 20% auxiliam 2 vezes: manhã e noite e outros 20% citou que ajudam de sempre que necessário geralmente 3 ou 4 vezes ao dia.
Figura 13 – As crianças refletem os hábios higiênicos de seus pais.
Figura 13.1 – Quais hábitos são repetidos.
 A figura 13 descreve que todos os pais avaliados acham que seus filhos repetem os mesmos hábitos que eles, entre esses hábitos 80% citaram o banho, escovação e lavar as mãos foram citados por 60% cada e o uso de fio dental por 20%; de acordo com a figura 13.1. 
DISCUSSÃO
Na literatura sobre a educação infantil, o cuidado também apareceu com atenção com o corpo da criança (ROSEMBERH, 1994, p. 72), o que revela a nossa dificuldade de escrever sobre a totalidade do ser humano, ou seja, separamos corpo e mente. O cuidado, embora sejam muitas vezes efetivadas por procedimentos com corpo e com ambientes físicos, expressa intenções, sentimentos, significados, de acordo com o contexto sociocultural. O cuidado tem muitos sentidos, e dependendo do sentindo que se atribui ao ato de cuidar e a sua finalidade, podemos enfatizar alguns aspectos do desenvolvimento humano em detrimento dos outros.
O professor atua como formador de opiniões e multiplicador de informações, a interação professor-aluno é necessária para q a construção do conhecimento seja alcançada, sendo importante também dentro dos programas de educação a higiene corporal de acordo com Muller (2002) esta interação forma o centro de processo educativo, os programas preventivo-educativos em higiene corporal devem utilizar deste método como aliado na transmissão de conceitos para sua melhor assimilação. Em virtude disto, a utilização de agentes auxiliares de educação, como pais ou responsáveis e professores, deve ser cada vez mais estimulado e explorado.
Para Jiménez (1983, p. 218): Não se poderá educar bem uma criança se não levar em consideração a sua higiene e não se consegue levar a cabo uma boa higiene sem uma boa educação.
Por isso, devemos aderir cultivar e trabaçhar os bons hábitos em salas de aula seja ele ambiental ou corporal, e ensinar aos que desconhecem a importância de tê-los , assim estaremos valorizando a manutenção, não apenas do bem estar pessoal, mas do bem-estar coletivo.
Sabemos que a escola sozinha não leva o aluno a adquirir todos os hábitos de higiene. Ela pode e deve, entretanto, fornecer elementos que capacitem para uma vida saudável.
França (2006: p.55) considera que:
Tomando como referência a escola e levando em consideração como ela trabalha, pode-se verificar que ela contribui para formação das representações que influenciam os hábitos de higiene corporal e ambiental dos seus alunos. No entanto, ela não é a única e pode não ser considerada a principal difusora para consolidar as representações de regras básicas de higiene no meio social, mas tem grande relevância neste sentido.
É necessário que o professor enquanto mediador desenvolva atividades voltadas para a necessidade detectada, porque a infância é uma das fases mais decisivas na construção de condutas, e a escola como uma instituição social é privilegiada pelo fato de poder desenvolver trabalhos sistematizados e contínuos. É fundamental que os alunos conheçam bons hábitos como tomar banho, escoar os dentes, lavar as mãos antes das refeições, não basta apenas informa-los, é preciso trabalhar a aquisição desses hábitos para que dessa forma possam desenvolvê-los. É necessário trabalharmos noções e ações de higiene para a nossa saúde (França, 2006: p.55).
Lev Vigotsky (1991, p.101), enfatiza:
[...] O aprendizado desperta vários processos internos de desenvolvimento, que são capazes de operar somente quando a criança interage com pessoas em seu ambiente e quando em cooperação com seus companheiros.
Uma vez internalizados, esses processos tornam-se parte das aquisições do desenvolvimento independente da criança.
Percebe-se dessa forma, que é na interação com o outro que a criança desenvolve sua capacidade cognitiva. Não se pode pensar na formação de uma criança sem que ela esteja inserida em um contexto social, envolvida com outros indivíduos, uma vez que o desenvolvimento humano é promovido pela convivência, pel processo de socialização com o outro.
Segundo Brandão et al.(2006), a criança adquire os hábitos de higiene corporal através da observação direta do comportamento da mãe, sendo que esta, muitas vezes repete o que aprendeu com seus pais, que possivelmente não tiveram orientação quanto à higiene corporal. Segundo o mesmo autor, o crescimento e o desenvolvimento de uma criança são condicionados pela herança genética e influenciados pelos hábitos familiares, sobretudo dos pais e/ou responsáveis.
As ações de promoção de higiene corporal voltadas à primeira infância devem priorizar a educação dos pais e/ou responsáveis, auxiliando na construção de hábitos saudáveis que irão diminuir a ocorrência de doenças e melhorar a saúde juntamente com a autoestima de toda a família. Nesse sentido, torna-se imprescindível ter conhecimento dos saberes dos pais e/ou responsáveis sobre os cuidados com a higiene corporal e a autoestima de seus filhos, caracterizando uma ferramenta muito importante para a avaliação e planejamento das ações em saúde para este grupo da população que deve envolver todos os profissionais comprometidos com a promoção de saúde de uma criança. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante dos resultados obtidos através do questionário, foi observado que as educadoras realizaram de forma expressiva a educação em saúde com crianças, pois todos os dias reservaram um momento especial para tratar sobre a higiene, como o momento de escovação após o lanche.
Pôde se perceber que a prática de higiene que ocorre na escola promove o desenvolvimento do conhecimento dos alunos, pois sabe-se que é durante a infância que a criança vai incorporando em sua vida os hábitos de higiene, pois ela está numa fase que propicia o aprendizado, onde se acredita que as modificações nos hábitos de higiene aconteçam positivamente na realidade da criança e posteriormente, quando se tornar adulto.
A escola é a extensão de casa principalmente para as crianças na educação infantil. Os hábitos que as crianças desenvolvem em casa são repetidos na escola incluindo os de higiene. O motivo pelo qual se pesquisou sobre a higiene na escola foi para verificar quais hábitos praticados em casa são inseridos também na escola.
O tema da higiene infantil envolve além da própria higiene comportamentos, a partir do conhecer o próprio corpo a criança internaliza a importância de se cuidar tendo como consequência a sua autoestima elevada.
A escolha do tema higiene corporal, surgiu após reuniões com os integrantes do grupo, e por ser um tema essencial que possibilita e garante uma aprendizagem efetiva e transformadora de atitudes e hábitos de higiene.
A higiene pessoal é, portanto, um tema necessário e importante para ser trabalhado na educação infantil.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BARROS, Aidil Jesus da Silveira; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de metodologia científica. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.
BEE, Helen. O ciclo Vital. Porto Alegre: Artmed, 1997.
BRANDÃO, I. M. G.; ARCIERI, R.M; SUNDEFELD, M. L. M.; MAIOMAZ. S. A. S. Cárie precoce: influência de variáveis sócio comportamentais e do lócus de controle as saúde de controle da saúde em um grupo de crianças de Arsrsquara, São Paulo, Brasil. CAD Saúde Pública 2006; 22 (6): 1247-56.
BRASIL, Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. Vol. 1 Introdução.
CAVALCANTI, Lana de Souza. Cotidiano, mediação pedagógica e formação de conceitos: uma contribuição de Vygotsky ao ensino de geografia. Caderno Cedes, Campinas, v. 25, n.66, p.185- 207, mai. 2005.
RAPOPORT, Andrea, SARMENT, Dirléia Fanfa. Desenvolvimento e aprendizagem infanti: implicações no contexto do primeiro ano a partir da perspectiva Vygotskiana. In RAPOPORT, Andrea et al (orgs.). A criança de seis anos no ensino fundamental. Porto Alegre: mediação, 2009.
 
DALBÉRIO, Osvaldo; DALBÉRIO, Maria Célia Borges. Metodologia Cientifica: Desafios e Caminhos. 2 ed. São Paulo: Paulus, 2009. (Coleção Ensino Superior).
França, Maria Cristine. A educação ambiental na escola: um estudo sobre as representações sociais dos professores do ensino fundamental do município de Pouso Redondo – SC. UOSC: Joaçoba, 2006.
JIMÉNEZ. Carmem Butiñá. Peuricultura: Guia de alimentação, crescimento e educação da criança. São Paulo: Edições Cetop, 1983.
MOURA, J. B. V. S. Representações sociais de professor sobre a organização do trabalho na escola e a promoção de ambientes educacionais saudáveis. Dissertação (Mestrado em educação em saúde), J Appl Oral Sci 2006 : 14 (1) 53-60. 
MULLER, L. S. A. Interação professor-aluno no processo educativo. Integração Ensino Pesquisa Extensão. 2002 nov; 8 (31): 276-80.
 
PAPALIA, Diane E.; FELDMAN, Ruth D.; MARTORELL, G. Desenvolvimento Humano. Porto Alegre: Artmed: AMGH, 2013.
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PUCCI, Bruno, et al.Adorno: o Poder Educativo do Pensamento Crítico. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.
VYGOTSKI, Lev Semenovich. Formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 4ª, ed. (Org. Michel Cole et al. E Trad.: José Cipolla Neto, Luís Silveira Menna Barreto, Solange Castro Afeche). São Paulo: Martins Fontes, 1991.
ANEXOS
CRONOGRAMA
	Data 
	Atividades
	Atividades (horas)
	07-08-15
	Elaboração da pesquisa 
	1 h
	10-08-15
	Levantamento da literatura
	6 h
	12-08-15
	Visita na escola: solicitando a autorização
	1 h
	21-08-15
	Discussão do grupo com a professora 
	1 h
	25-08-15
	Introdução do pré-projeto
	5 h
	03-09-15
	Elaboração da metodologia 
	4 h
	04-09-15
	Discussão do grupo com a professora
	1 h
	08-09-15
	Elaboração dos questionários
	5 h
	09-09-15
	Digitação do pré-projeto 
	6 h
	12-10-15
	Coleta de dados professores e pais
	5 h
	22-10-15
	Análise dos dados/ resultados
	5 h
	02-11-15
	Discussões e considerações 
	5 h
	09-11-15
	Relatório final
	5 h

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