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Célula DESCOBERTA POR ROBERT HOOKE EM 1665 Esquema do microscópio construído pelo microscopista inglês Christopher Cock (Adaptado de Tortora et al., Microbiology - 8ª ed.) Robert Hooke examinou cortes de cortiça em seu microscópio e deu o nome de “célula” aos inúmeros compartimentos que observou nesse material. Esses compartimentos, representavam espaços (celas) ocupados por unidades mortas. Célula DO LATIM CELLULA (QUARTO PEQUENO) Célula: menor unidade morfofisiológica dos seres vivos Há organismos como as bactérias, unicelulares (formados por uma única célula), enquanto outros organismos, tais como os seres humanos, multicelulares (constituídos por várias células). [2] É a unidade fundamental dos seres vivos, capaz de realizar as reações químicas do metabolismo. [1] A célula representa a menor porção da matéria biológica. São as menores unidades estruturais e funcionais (morfofisiológicas) dos organismos vivos. Apesar de fragmentos celulares poderem desenvolver algumas atividades importantes, somente a célula tem a capacidade de manter a vida e de transmiti-la. Os vírus não são unidades de vida, porque não podem manter-se independentemente da célula que infectam. A principal função, dentre muitas, é a síntese de polipeptídeos (proteínas e enzimas). Esse processo, é conhecido como síntese proteica, ou biossíntese, cuja “receita” encontra-se no material genético (DNA e RNA). Qual a principal função de uma célula? Nos multicelulares, as células formam arranjos ordenados, constituindo os tecidos. Há uma diversidade de formas celulares! Tecido epitelial de revestimento da uretra Tecido adiposo unilocular Tecido muscular estriado esquelético As células podem apresentar formas e tamanhos diferentes. Muitas vezes, a forma celular pode auxiliar num diagnóstico. Ex.: eritrócitos humanos, normalmente discos bicôncavos em sua porção central, tornam-se em forma de foice em portadores de anemia falciforme. O tamanho celular oscila entre muitos limites. A maioria das células atinge poucos µm (milésima parte do milímetro) de diâmetro ou comprimento. Há uma diversidade de tamanhos celulares! Há, no entanto, células muito maiores, como o óvulo humano com 0,2mm de diâmetro e, óvulos de aves, com vários milímetros de diâmetro. Dentre as células gigantes, a Acetabularia, alga verde marinha unicelular pode atingir 10-12cm de altura (cada haste com chapéu é uma célula) e, no homem, as fibras nervosas da medula espinal que enervam os músculos do pé podem atingir cerca de 1m. Embora a complexidade nuclear seja utilizada para dar nome às duas classes de células, há outras diferenças importantes entre células procarióticas e eucarióticas, como veremos nas próximas aulas! Procariótica Eucariótica “Pro”: primeiro e “cario”: núcleo Nesse tipo celular, as células não apresentam envoltório nuclear (Eubactérias e Archaeas). “Eu”: verdadeiro e “cario”: núcleo Possuem núcleo bem individualizado e delimitado pelo envoltório nuclear (células animais e vegetais). Basicamente, existem dois tipos celulares: As células são pequenas e complexas, sendo difícil a observação de sua estrutura e composição macromolecular. A microscopia veio contribuir no conhecimento da estrutura e funcionamento celular, permitindo a visualização de detalhes impossíveis de visualização a olho nu. Primeiro microscópio: dois holandeses fabricantes de óculos, Hans e Zacharias Janssen, pai e filho, em 1591. Antonie Van Leeuwenhoek fez as primeiras observações de material biológico (glóbulos vermelhos do sangue humano e espermatozoides de animais) e descobriu a existência de microrganismos, na época, chamou-os de micróbios. Robert Hooke, aperfeiçoou o microscópio, colocando duas lentes e falou pela primeira vez o termo “célula”. Ilustrações de Leeuwenhoek (Adaptado de Brock Biology of Microorganisms, 10 Ed., 2003). Os microscópios são equipamentos que têm por objetivo produzir imagens aumentadas de objetos pequenos que não são vistos a olho nu, ou que, se vistos, não revelariam detalhes de sua estrutura. A formação da imagem pelo microscópio fundamenta-se em um sistema de lentes combinadas, colocadas de forma a ampliar a imagem do objeto. Para que os objetos sejam vistos ao microscópio, dois requisitos são fundamentais: absorção e refração dos raios de luz. Em linhas gerais, os seguintes componentes ópticos do microscópio participam, direta ou indiretamente, na formação da imagem ampliada. Fonte de luz Lente condensadora Lentes objetivas Lente ocular As lentes do microscópio são convergentes, por isso, as imagens são reais e invertidas. Limite de resolução Essas duas grandezas definem o poder a capacidade de uma lente, ou do próprio microscópio, em formar imagens com detalhes mínimos do objeto. Através do microscópio, podemos identificar dois pontos isolados abaixo de 0,1mm até a distância de 0,25µm. Abaixo disso, só serão vistos com microscópio eletrônico. Outros dois fatores são levados em consideração no processo de formação da imagem e na qualidade da imagem formada: Poder de resolução Menor distância que permite essa distinção, ou seja, que dois pontos apareçam individualizados. Capacidade de distinguir dois pontos muito próximos como pontos separados. Capacidade de separar detalhes. Por exemplo, abaixo de um certo limite mínimo (0,1mm), o olho humano não identifica a ocorrência de dois objetos distintos, eventualmente visualizando-os como um único objeto. Para isso, utilizamos o microscópio que amplia o poder de resolução do nosso olho, diminuindo seu limite. Quanto menor o limite de resolução, maior será o poder de resolução do microscópio. Olho nu Microscópio Limite de resolução Poder de resolução Menor distância que permite essa distinção, ou seja, que dois pontos apareçam individualizados. Capacidade de distinguir dois pontos muito próximos como pontos separados. Capacidade de separar detalhes. Esquema de microscópio óptico mostrando o trajeto dos raios luminosos 1. Base do microscópio 2. Condensador 3. Lente objetiva 4. Cristalino do globo ocular A. Sistema de iluminação B. Platina C. Tubo binocular D. Globo ocular do observador A finalidade do condensador é projetar um cone de luz sobre o material analisado. Após atravessar o material, esse feixe em forma de cone, penetra na objetiva. A objetiva projeta uma imagem aumentada no plano focal da ocular, que novamente a amplia. Por fim, a imagem é captada pela retina. Ampliação total: aumento da objetiva x aumento da ocular. Permite a observação de materiais biológicos sem coloração. Aplicação: exames rápidos de cultura de células, esfregaços vaginais em consultórios médicos, sangue, bactérias, análise de conteúdo estomacal de animais, etc. O microscópio revolucionou o estudo das células e dos tecidos vivos! Contraste de Fase Confocal a Laser Fluorescência Eletrônica Observação de materiais espessos, sem coloração prévia, vivos ou pré-fixados. Permite o detalhamento de estruturas celulares que não apresentam limite de resolução (menor distância entre dois pontos) na microscopia de luz. Promove a identificação de compostos naturalmente fluorescentes (clorofila), colágeno. Usado em estudos patológicos. De varredura: fornece informações a partir de cortes ultrafinos de células e tecidos. Fornece imagens tridimensionais, tanto de objetos relativamente grandes (vermes e insetos), quanto de células, embriões e fragmentos geológicos. Célula de melanoma visualizada através de microscópio confocal fluorescente de varredura a laser. As estruturas invasivas envolvidas na metástase aparecem como pontos amarelo- esverdeados, enquanto que a actina aparece em verde e a vinculina em vermelho (components da célula). Imagens obtidascom Microscópio Eletrônico de Varredura Larvas de moscas utilizadas na medicina para limpar feridas Pulga encontrada nos pelos de gatos Imagens obtidas com Microscópio Eletrônico de Varredura Ácaro de poeira. Alimentam-se de células da pele. Aranha de pernas longas Imagens obtidas com Microscópio Eletrônico de Varredura Formiga natural da Floresta Amazônica Cabeça de uma lagarta Papila gustativa da língua Espermatozoides sobre a superfície do ovócito Linfócito T (amarelo) atacando uma célula cancerosa da próstata Célula de osteossarcoma. Glóbulos vermelhos (eritrócitos) viajando através de uma arteríola. Célula de câncer de mama, com superfície irregular (azul) e projeções citoplasmáticas (vermelho, à esquerda). Grãos de Pólen.
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