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É o estudo das células e dos tecidos do corpo e de como essas estruturas se organizam para constituir os órgãos. Estudo é realizado com auxílio de microscópios. HISTOLOGIA É a área da Biologia que estuda a estrutura e o metabolismo da célula. CITOLOGIA Unidades estruturais e funcionais dos seres vivos. A célula é a menor unidade dos seres vivos com formas e funções definidas. Com exceção dos vírus, todos os organismos vivos possuem células. A célula tem todo o material necessário para realizar processos vitais, como nutrição, liberação de energia e reprodução. CÉLULA https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/virus.htm Processo realizado logo após a remoção das células ou fragmentos de tecidos e órgãos. Um grande fragmento deve ser cortado em outros menores antes de ser imerso no fixador. O material coletado deve ser imerso o mais rapidamente possível na solução fixadora; FIXAÇÃO Pode ser feita por métodos químicos ou, menos frequentemente, por métodos físicos. Fixação química: os tecidos são imersos em soluções de agentes desnaturantes ou de agentes que estabilizem as moléculas ao formar pontes com moléculas adjacentes (fixadores). Fixação física: como por aquecimento ou resfriamento FIXAÇÃO evitar a digestão dos tecidos por enzimas existentes nas próprias células (autólise) ou em bactérias; endurecer os fragmentos; preservar em grande parte a estrutura e a composição molecular dos tecidos. A fixação tem várias finalidades: 1. 2. 3. FIXAÇÃO INCLUSÃO Para obter secções delgadas, os fragmentos de tecidos e órgãos devem, após a fixação, ser infiltrados com substâncias que lhes proporcionem uma consistência rígida. As substancias mais utilizadas são a parafina e algumas enzimas de plástico. O processo de impregnar os tecidos com parafina é chamado inclusão ou embebição em parafina. INCLUSÃO Geralmente é precedido por duas etapas: Desidratação: A água contida nos tecidos é inicialmente extraída pela passagem dos fragmentos por diversos banhos de soluções de concentrações crescentes de etanol. Clareamento: Para a inclusão em parafina, as substâncias intermediárias mais comumente usadas são o xilol e o toluol. Quando os fragmentos de tecidos são embebidos no solvente orgânico, eles ficam transparentes ou translúcidos. INCLUSÃO Em seguida, são colocados em parafina derretida. O calor causa a evaporação do solvente orgânico, e os espaços existentes dentro dos tecidos tornam-se preenchidos com parafina. Depois de os fragmentos serem retirados da estufa, a parafina solidifica e eles se tornam rígidos. MICROTOMIA Para se obter cortes do material incluído em parafina ou congelado, é necessário um instrumento especial: o micrótomo. O equipamento tem como fundamento duas peças principais: o suporte ou mandril (onde é fixada a peça a cortar) e a navalha, que realiza os cortes. MICROTOMIA Após serem seccionados, os cortes são colocados para flutuar sobre uma superfície de água aquecida e, depois, sobre lâminas de vidro, onde aderem e serão, em seguida, corados. COLORAÇÃO A seletividade dos corantes com os componentes dos tecidos pode ser maior ou menor. Muitos corantes se comportam como substâncias de caráter ácido ou básico e tendem a formar ligações eletrostáticas (salinas) com componentes ionizados dos tecidos. COLORAÇÃO Corantes básicos reagem com tecidos que possuem ácidos na sua composição – ácidos nucleicos, glicosaminoglicanos e glicoproteínas ácidas. --> basófilos. Corantes ácidos coram principalmente os componentes acidófilos dos tecidos, como, por exemplo, mitocôndrias, grânulos de secreção, proteínas citoplasmáticas e colágeno. --> acidófilos. COLORAÇÃO Corantes mais utilizados: Hematoxilina cora em azul ou violeta o núcleo das células e outras estruturas ácidas. Eosina cora o citoplasma e o colágeno em cor-de-rosa. Tricrômicos, além de mostrarem muito bem o núcleo e o citoplasma, ajudam a diferenciar colágeno de músculo liso. 1. 2. 3. Bacilos álcool-ácido-resistentes corados em roxo no centro da imagem. COLORAÇÃO usado quando as células e os seus limites não são visíveis. Trata-se de um corante aplicado a um corte apenas para tornar possível a visualização das células ou dos núcleos. Outra maneira de evidenciar componentes de células e tecidos é a sua impregnação por metais, como prata e ouro, método muito usado para estudar tecido nervoso Contracorante Esses termos são usados para indicar métodos que identificam e localizam substâncias em células e matriz extracelular, seja em cortes histológicos ou em células cultivadas. Há vários procedimentos para obter essas informações, a maioria baseada em reações químicas específicas ou em interações de alta afinidade entre moléculas. O fracionamento celular possibilita o isolamento de componentes da célula por meio de centrifugação diferencial. A coluna de desenhos à direita da figura mostra as organelas celulares obtidas ao fundo de cada tubo após cada centrifugação. Interação altamente específica entre moléculas: entre uma molécula e um anticorpo que a reconhece. A imunocitoquímica é a metodologia que possibilita identificar, por meio de anticorpos, moléculas em cortes ou em células cultivadas, como proteínas e glicoproteínas. Células que possam conter uma determinada proteína são incubados em uma solução que contém um anticorpo que reconhece essa proteína. IMUNOCITOQUÍMICA Como o anticorpo não é visível por microscopia, suas moléculas devem ser inicialmente acopladas a um marcador. Ao se ligar a proteína, sua localização pode então ser evidenciada por microscopia de luz ou eletrônica. A proteína deve ser previamente purificada e isolada de modo que anticorpos possam ser produzidos contra ela. IMUNOCITOQUÍMICA Fotomicrografia de um corte de intestino delgado no qual um anticorpo foi aplicado contra a enzima lisozima para demonstrar lisossomos em macrófagos e em células de Paneth. Para entender o funcionamento das células em seus detalhes moleculares é preciso de técnicas que viabilizem a análise das moléculas envolvidas no processo de fluxo de informação do DNA para proteína e no controle desse fluxo. Muitas técnicas são baseadas em hibridização (ou hibridação). HIBRIDIZAÇÃO Hibridização é a ligação entre duas moléculas de cadeia única de ácidos nucleicos (DNA com DNA, RNA com RNA ou RNA com DNA) que se reconhecem um ao outro se suas sequências forem complementares, formando moléculas de cadeia dupla. A hibridização possibilita a identificação de sequências específicas de DNA ou RNA HIBRIDIZAÇÃO Ao microscópio de luz (também chamado microscópio óptico), as preparações coradas são examinadas por iluminação que atravessa o espécime (transiluminação). O microscópio de luz é composto de partes mecânicas e ópticas. COMPONENTES O componente óptico consiste em três sistemas de lentes: - O condensador concentra a luz de uma lâmpada e projeta um feixe luminoso sobre o espécime. - A objetiva recebe a luz que atravessou o espécime e projeta uma imagem aumentada do espécime em direção à ocular. - A ocular amplia novamente a imagem e a projeta na retina, em uma tela, em uma câmera fotográfica ou em um detector eletrônico. COMPONENTES O fator mais crítico para a obtenção de uma imagem aumentada e com muitos detalhes é o parâmetro chamado: poder de resolução - a menor distância entre duas partículas ou entre duas linhas, distância essa que possibilita que elas sejam vistas como dois objetos separados RESOLUÇÃO O poder de resolução máximo do microscópio de luz é de aproximadamente 0,2 μm; essa resolução torna possível a obtenção de boas imagens aumentadas até 1.000 a 1.500 vezes. Dois objetos serão vistos como um só se eles estiverem separados por menos de 0,2 μm. RESOLUÇÃO O que determina a riqueza de detalhes da imagem é o limite de resolução de um sistema óptico, e não seupoder de aumento.O aumento só tem valor prático se for acompanhado de resolução. A resolução depende essencialmente da objetiva, pois a lente ocular apenas aumenta a imagem nela projetada pela objetiva. RESOLUÇÃO O microscópio de contraste de fase usa um sistema de lentes que produz imagens visíveis de objetos quase transparentes, de células e cortes não corados. MICROSCOPIA DE CONTRASTE DE FASE Outra metodologia utilizada para observar células ou secções de tecidos não corados é a microscopia de contraste diferencial (microscopia de Nomarski), que produz uma imagem aparentemente tridimensional. Essas imagens são sempre vistas em preto, branco e tons de cinza. MICROSCOPIA DE CONTRASTE DIFERENCIAL DE INTERFERÊNCIA Células da crista neural foram cultivadas e examinadas por meio de três sistemas ópticos diferentes. O preparado não está corado A. Microscopia de luz convencional. B. Microscopia de contraste de fase. C. Microscopia de diferencial de interferencia a b c Geralmente, ocorre há superposição de vários planos na imagem, os quais aparecem em foco simultaneamente, causando certo grau de deterioração da imagem. Para resolver esse problema, foi desenvolvido o microscópio confocal, que torna possível focalizar um plano muito delgado do espécime. MICROSCOPIA CONFOCAL O espécime é iluminado por um feixe de luz muito estreito A imagem coletada do espécime deve passar por um orifício muito pequeno. A consequência desse arranjo é que só a imagem originada do plano focalizado alcança o detector, enquanto as imagens de planos anteriores e posteriores são bloqueadas Os fundamentos desse microscópio : MICROSCOPIA CONFOCAL A luz proveniente de fora do plano de foco é, em grande parte, eliminada, a definição do objeto focalizado torna-se melhor e a localização de componentes do espécime pode ser feita com muito mais precisão que ao microscópio de luz. MICROSCOPIA CONFOCAL Princípio da microscopia confocal. A iluminação de uma fonte de laser alcança o espécime e é refletida. Um espelho dirige a luz refletida a um obstáculo que tem um pequeno orifício Esquema do funcionamento de um microscópio confocal. 1. 2. MICROSCOPIA CONFOCAL 3. A luz proveniente de planos do espécime que estão à frente ou atrás do plano focalizado é bloqueada pelo obstáculo. 4. O laser varre o espécime para que uma área maior do corte seja observada MICROSCOPIA CONFOCAL MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO O microscópio eletrônico de transmissão é um sistema de produção de imagens que teoricamente possibilita altíssima resolução (0,1 nm). Na prática, porém, a resolução obtida pela maioria dos bons instrumentos se situa em torno de 3 nm, resolução que torna possível que espécimes ampliados até cerca de 400 mil vezes sejam vistos com detalhes. MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO Esse grande nível de ampliação só pode ser usado para analisar partículas ou moléculas isoladas, pois cortes delgados de células e tecidos podem ser observados com detalhes em aumentos de até cerca de 120 mil vezes. Para haver boa interação entre o espécime e os elétrons e para a formação de uma boa imagem, o microscópio eletrônico utiliza cortes muito mais delgados que os de microscopia de luz (40 a 90 nm de espessura). MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO Para conseguir esses cortes, os tecidos são incluídos em resinas plásticas, como as do tipo epóxi. Os blocos de tecidos são seccionados com navalhas de vidro ou de diamante, e os cortes são coletados sobre pequenas grades de metal (de cerca de 3 mm de diâmetro). MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO elétrons podem ser desviados por campos eletromagnéticos de maneira semelhante ao desvio produzido na luz por lentes de vidro (refração). Elétrons são liberados pelo aquecimento de um delicado filamento metálico (chamado catodo, geralmente feito de tungstênio) em vácuo. O funcionamento desse microscópio se baseia no seguinte princípio: 1. 2. MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO 3. Os elétrons libertados no catodo são submetidos a uma diferença de voltagem de 60 a 120 kV existente entre o catodo e o anodo, que é um prato metálico com um orifício no centro 4. Dessa maneira, os elétrons são atraídos pelo anodo e acelerados, alcançando altas velocidades. 5. Após passarem pelo orifício do anodo, eles formam um feixe de elétrons que percorre o tubo do microscópio. MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO 6. No tubo, o feixe de elétrons passa pelo interior de bobinas elétricas que produzem um campo magnético e é desviado de maneira análoga ao que acontece com um feixe luminoso em lentes de vidro. 7. Por essa razão, as bobinas dos microscópios eletrônicos são chamadas de lentes eletromagnéticas. Desenho esquemático de um microscópio eletrônico de transmissão com seus principais componentes. vesículas citoplasmáticas MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA Fornece imagens pseudotridimensionais das superfícies de células, tecidos e órgãos. Um feixe de elétrons de diâmetro muito pequeno é focalizado sobre o espécime, percorrendo sequencialmente sua superfície. Ao contrário do microscópio eletrônico de transmissão, no microscópio de varredura os elétrons não atravessam o espécime . MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA Os elétrons varrem uma delgada camada de metal previamente aplicada ao espécime e são refletidos pelos átomos do metal. Esses elétrons são capturados por um detector e transmitidos a amplificadores e outros componentes eletrônicos que geram um sinal, o qual resulta em uma imagem em preto e branco que pode ser observada em um monitor, gravada ou fotografada. MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA As imagens são de fácil interpretação, pois os objetos parecem ser iluminados e apresentam locais sombreados, fornecendo uma ideia de três dimensões. Estes grãos de pólen tomados em um MEV mostram a característica de profundidade de campo das micrografias de MEV. MICROSCOPIA DE FORÇA ATÔMICA O microscópio de varredura por sonda revolucionou a ciência, possibilitando a visualização e manipulação da matéria em escala atômica. Sendo o mais popular, omicroscópio de força atômica. O equipamento funciona a partir de uma “agulha” (ponta) muito fina que “tateia” a superfície da amostra, podendo ser deslocada nos três eixos (x, y, z) através de um scanner de alta resolução. MICROSCOPIA DE FORÇA ATÔMICA Um laser é direcionado à extremidade da sonda e refletido para um sistema de fotodetectores que enviam a informação para um computador, onde a imagem topográfica é formada. Pode ser operado tanto em temperatura ambiente ou em condições especiais como, por exemplo, atmosfera inerte e aquecimento. MICROSCOPIA DE FORÇA ATÔMICA Um outro fator importante é a possibilidade de obtenção de imagens de fase (através do modo intermitente), no qual é possível distinguir materiais com propriedades mecânicas distintas (como dureza e elasticidade) na superfície da amostra. O AFM é bastante utilizado também para determinação da rugosidade superficial (em escala nanométrica). Luciano Paulino da Silva, pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, conquistou o segundo lugar na primeira edição do Prêmio Internacional de Imagens de Microscopia de Força Atômica. A microscopia virtual integra a microscopia de luz convencional com as tecnologias digitais. Usando sistemas de obtenção de imagem óptica com foco automático, as imagens contidas em lâminas de vidro são capturadas para criar arquivos digitais bidimensionais, que são armazenados em servidores destinados para microscopia virtual. MICROSCOPIA VIRTUAL A lâmina virtual é uma representação digital de uma lâmina histológica comum, que pode ser observada remotamente sem um microscópio de luz. As lâminas são digitalizadas em um único plano focal, mas elas também podem ser capturadas em múltiplos planos focais e emdiferentes graus de magnitude. MICROSCOPIA VIRTUAL O termo cultura significa manter vivo e crescer em um meio apropriado que simula as condições naturais. São técnicas que envolvem a distribuição e isolamento de células em um ambiente artificial (in vitro) com o objetivo de estudar a sua fisiologia e bioquímica. Dessa forma, um grupo particular de células pode ser cultivado em grandes quantidades para estudar suas atividades, diferenciações e proliferações. Diferentes tipos de células podem crescer em cultura. Sua aplicação compreende desde pesquisas sobre o câncer até a fabricação de vacinas, produção de proteína recombinante, seleção e melhoria de medicamentos, terapia genética, biologia de células-tronco e tecnologia de fertilização in vitro. TIPOS DE CULTURA CELULAR As células retiradas de animais ou vegetais e cultivadas diretamente constituem as culturas primárias. Essas células possuem as características do tecido de origem e, em geral, morrem após certo número de divisão celular. Cultura celular primária TIPOS DE CULTURA CELULAR As células secundárias derivam de subculturas de células primárias. Essa subcultura refere-se à transferência de células de um frasco de cultura para outro. Periodicamente é necessário fornecer nutrientes frescos e espaço. Cultura celular secundária TIPOS DE CULTURA CELULAR São células que ainda não perderam as características do tecido de origem, mas possuem alta proliferação. Elas possuem esse nome porque podem dividir-se indefinidamente. Muito utilizada em pesquisa, uma vez que pode ser mantida em cultura por um grande período de tempo e ainda guarda grande parte das características do tecido original. Linhagem Celular Contínua As células HeLa foram a primeira linhagem celular imortal cultivada com sucesso em laboratório. Desde os anos 50 do século passado elas são utilizadas amplamente por laboratórios, pesquisadores e cientistas no mundo todo. Henrietta era uma mulher negra americana, mãe de 5 filhos, que aos 31 anos foi diagnosticada com um tumor maligno no útero. Ao invés de morrer, as células se multiplicavam e seu número dobrava a cada 24 horas. As células HeLa foram as primeiras células humanas a sobreviver in vitro. TÉCNICA BÁSICA DE CULTURA CELULAR O ambiente artificial em que as células são cultivadas invariavelmente consiste em um frasco adequado contendo um substrato ou meio que fornece os nutrientes essenciais (aminoácidos, carboidratos, vitaminas, minerais), fatores de crescimento, hormônios e gases (oxigênio, gás carbônico) e controle o físico-químico (pH, pressão osmótica, temperatura). As células que requerem uma ligação para crescimento e dependem de ancoragem podem ser cultivadas fixas a um substrato sólido ou semi-sólido, chamadas de cultura aderente ou monocamada. TÉCNICA BÁSICA DE CULTURA CELULAR Já as células que não necessitam de fixação podem ser cultivadas flutuando na cultura, são chamadas de cultura em suspensão. As culturas de células são normalmente fornecidas como culturas puras, contendo apenas uma única linhagem. Para isso, é importante trabalhar num ambiente livre de contaminação e com produtos que forneçam as melhores condições de crescimento e reprodução celular. DISTORÇÕES E ARTEFATOS PROVOCADOS PELO PROCESSAMENTO DOS TECIDOS As várias etapas desse procedimento podem distorcer os tecidos, fornecendo uma imagem que pode diferir da que os tecidos apresentavam quando vivos. Uma causa de distorção é a retração produzida pelo fixador, pelo etanol e pelo calor da parafina usada para inclusão. DISTORÇÕES E ARTEFATOS PROVOCADOS PELO PROCESSAMENTO DOS TECIDOS A retração é atenuada quando os tecidos são incluídos em resina. Uma consequência da retração é o aparecimento de espaços artificiais nas células e entre as células e outros componentes de tecido. DISTORÇÕES E ARTEFATOS PROVOCADOS PELO PROCESSAMENTO DOS TECIDOS Outra fonte de espaços artificiais é a perda de moléculas que não foram mantidas corretamente nos tecidos pelo fixador ou que foram retiradas pelas soluções de desidratação e clareamento. DISTORÇÕES E ARTEFATOS PROVOCADOS PELO PROCESSAMENTO DOS TECIDOS Exemplos de moléculas não preservadas são o glicogênio e lipídios. Todos esses espaços artificiais e outras distorções causadas pelo procedimento de preparação dos cortes são chamados artefatos de técnica. Os estudantes devem estar atentos para a existência de artefatos e precisam tentar reconhecê-los para não serem enganados por eles. TOTALIDADE DO TECIDO Uma grande dificuldade apresentada por cortes de microscopia de luz é a impossibilidade de se corar diferencialmente todos os componentes das células e tecidos em um só preparado. É quase impossível, observar células por um microscópio de luz e enxergar todas as suas organelas e membranas. Para se conseguir essa imagem, é necessário examinar várias preparações diferentes. TOTALIDADE DO TECIDO Por outro lado, o microscópio eletrônico de transmissão torna possível a observação de células com todas as suas organelas e inclusões, envolvidas pela membrana e pelos componentes da matriz extracelular. DUAS DIMENSÕES E TRÊS DIMENSÔES Quando uma estrutura tridimensional é cortada em secções muito delgadas, as secções parecem ter somente duas dimensões: comprimento e largura Isso conduz o observador a erros se ele não se conscientizar de que uma esfera seccionada é vista como um círculo e que um tubo seccionado é visto como um anel. DUAS DIMENSÕES E TRÊS DIMENSÔES Quando um corte é observado ao microscópio, o estudante sempre deve imaginar que algo pode estar faltando à frente ou atrás daquele corte, uma vez que muitas estruturas são mais espessas que o corte. Deve lembrar-se também de que os componentes de um tecido ou órgão são geralmente seccionados ao acaso. DUAS DIMENSÕES E TRÊS DIMENSÔES Para entender a arquitetura de um órgão, é necessário estudar secções feitas em planos diferentes. Às vezes, somente a análise de secções consecutivas e a sua reconstrução em um volume tridimensional tornam possível compreender a organização de um órgão complexo.
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