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ANÁLISE ESTRUTURAL I Prof.: Judas Tadeu Gomes de Sousa OBJETIVOS ◦ Definição de análise estrutural; ◦ Apresentar a classificação dos elementos estruturais; ◦ Apresentar o conceito de estruturas reticuladas e seus tipos principais ◦ Revisar conceitos básicos vistos nas disciplinas Mecânica do Sólidos I: Conceito de força e momento; Estabilidade das estruturas e reações de apoio; Esforços internos. ◦ Pergunta: O que é a Análise Estrutural? Qual seu objetivo? ◦ Resposta: “A Análise Estrutural é a parte da Mecânica que estuda as estruturas, sendo o objeto desse estudo a determinação dos esforços e das deformações nas estruturas quando solicitadas por agentes externos” Definição ◦ Nas edificações normalmente apenas algumas peças ficam responsáveis por sua estabilidade: Essas peças são definidas como elementos estruturais os quais normalmente podem ser representados apenas por seus eixos. Os elementos estruturais podem ser classificados como: ◦ Barras: Quando duas dimensões do elemento são pequenas em relação à terceira. ◦ Placas e Cascas: Quando uma dimensão da peça é pequena em relação as outras duas. ◦ Blocos: todas as três dimensões são consideráveis para a análise. Definição: ◦ São estruturas é formadas exclusivamente pela união de elementos do tipo barra e podem ser classificadas em: Vigas; Pórticos; Grelhas; Treliças planas; Treliças espaciais; Pórticos espaciais; ◦ Vigas: Consiste em um elemento reto com um ou mais pontos de apoio, sendo que todas as forças aplicadas atuam num plano que contém o eixo de simetria da viga, os momentos atuantes têm seus vetores na direção normal a esse plano e a viga não sofre torção; ◦ Treliças planas: barras dispostas num mesmo plano ligadas entre si por rótulas, cujas forças atuam no plano em que se encontra a estrutura e normalmente estão aplicadas em seus “nós; ◦ Treliças Espaciais: é uma estrutura semelhante a uma treliça plana, entretanto, nesse caso os membros da estrutura podem ter qualquer direção no espaço. A única restrição a análise de treliças espaciais é quanto presença do momento torçor em suas barras o que não é permitido; ◦ Pórticos Planos: estrutura reticulada do tipo coplanar, com as forças no plano da estrutura e os vetores momento perpendiculares a esse plano, cuja ligação entre os membros normalmente é do tipo rígida; ◦ Grelha: estrutura plana composta por membros que se cruzam ou se interceptam mutuamente. Nesse caso, todas as forças aplicadas ficam perpendiculares ao plano da estrutura e os vetores de todos os momentos atuantes estão dispostos nesse plano; ◦ Pórtico Espacial: é o tipo mais geral de estrutura reticulada não existem restrições quanto a posição dos membros ou dos vetores dos carregamentos; Leis do movimento Newton: ◦ “Um corpo estará em um estado de repouso ou em um estado de movimento uniforme em linha reta, a menos que seja obrigado a mudar para outro estado por forças a ele impostas”; ◦ “A taxa de variação da quantidade de movimento de um corpo é igual à força líquida aplicada”; ◦ “Para toda ação há uma reação igual e oposta”. amF Força ◦ Força é uma grandeza vetorial caracterizada por uma direção, sentido e intensidade, cuja ação é capaz de alterar o estado de um corpo que antes se encontrava em repouso ou em linha reta com velocidade constante. ◦ Por ser uma grandeza vetorial uma força pode ser decomposta em componentes conforme um sistema de eixos triortogonais x, y e z, ou seja: ◦ Onde: Fx é componente na direção do eixo x; Fy é componente na direção do eixo y; Fz é componente na direção do eixo z. kFjFiFF zyx Classificação das Forças ◦ Forças de Superfície: Causada pelo contato direto entre as superfícies de dois ou mais corpos e distribuídas pela área de contato; Exemplos: cargas concentradas, cargas linearmente distribuídas ◦ Forças de Corpo: Desenvolvida quando um corpo exerce força sobre o outro sem haver contato entre os dois; Exemplo: efeitos da gravidade que a terra exerce sobre todos os corpos sobre ela, etc. ◦ Representação gráfica das cargas atuantes sobre um corpo qualquer 18 Observação: ◦ Particularmente se uma força de superfície se distribui linearmente de acordo com uma figura geométrica qualquer o módulo da resultante dessa força é igual a sua área e ponto de aplicação o centro de gravidade da figura. Pergunta: Em termos do movimento de um corpo quais os efeitos produzidos pela ação de uma força sobre um corpo rígido? 20 ◦ Resposta: A ação de uma força sobre um corpo rígido provoca sua translação, mas além disso também pode provocar a rotação do corpo. Momento de uma força ◦ É a tendência de rotação provocada pela ação de uma força. Por exemplo, qual a massa X que deve ser adicionado ao apoio D de modo que a viga abaixo fique em equilíbrio? 21 ◦ Vetorialmente o momento de uma força F aplicada no ponto A em relação ao ponto O é definido como: ◦ Onde x é o vetor deslocamento AO; q é o ângulo entre os vetores. 22 qsen xFMxFM ◦ Por ser uma grandeza vetorial uma momento também pode ser decomposto em componentes conforme um sistema de eixos triortogonais x, y e z, ou seja: ◦ Onde: Mx é componente na direção do eixo x; My é componente na direção do eixo y; Mz é componente na direção do eixo z. kMjMiMM zyx Na análise estrutura estamos mais interessados no seu equilíbrio, ou seja, precisamos impedir as translações e rotações, para isso: ◦ Onde SF = a soma de todas as forças sobre o corpo; SMO = a soma de todos o momentos de todas as forças em torno de qualquer ponto O. 24 0;0 OMF Se considerarmos um sistema de coordenadas x, y e z com origem no ponto O, as equações anteriores podem ser escritas em termos das componentes das forças e momentos, ou seja: 25 0;0;0 ;0;0;0 zyx zyx MMM FFF Casos particulares importantes: ◦ Sistema de forças concorrentes em um ponto no espaço: 26 0;0;0 zyx FFF ◦ Sistema de forças paralelas no espaço 27 0;0;0 zyx FMM ◦ Sistema de forças coplanares 28 0;0;0 zyx MFF Graus de liberdade: ◦ A ação de forças no espaço em um dado ponto pode ser reduzida a ação de uma força resultante e de um momento resultante no ponto; ◦ A força provocara um translação e o momento uma rotação; ◦ No espaço a translação e a rotação resultante pode ser decomposta em três componentes cada uma; ◦ Portanto uma estrutura no espaço possui 6 graus de liberdade. Apoios: ◦ Como o objetivo principal da estrutura é a estabilidade da edificação, os apoios têm por função restringir os graus de liberdade, despertando com isto reações nas direções dos movimentos impedidos. Em relação a quantidade de apoios necessários para impedir o movimento de uma estrutura podemos classificá-las como: ◦ Isostáticas; ◦ Hipostáticas; ◦ Hiperestáticas. Isostáticas: : ◦ Quando a estrutura apresenta o número de apoios estritamente necessários para impedir todos os movimentos possíveis da estrutura; Hipostática: ◦ nesse caso as restrições provocadas pelos apoios não são em número suficientes para garantir que a estrutura ficará imóvel ; Hiperestática : ◦ Nesse caso a estrutura é estável entretanto o número de restrições provocadas pelos apoios é superior a quantidade mínima necessária para que a estrutura permaneça estática. Pergunta: Externamente a estabilidade da estrutura é garantida pelas reações de apoio, mas internamente o que garante essa estabilidade? 36 ◦ Resposta: Internamente a estabilidade é garantida pelos esforços internos atuantes: Esforço normal; Esforço cortante; Momento fletor; Momento torçor. A avaliação dos esforços internos é feita pelo método das seções que consiste em aplicar um plano de corte imaginário no corpo estudado 37 As duas partes do corpo são separadas e o diagrama de corpo livre corpo é desenhado Observe que deve existir uma distribuição de forças desconhecidas na área exposta da seção, garantindo o equilíbrio dessa parte. 38 Essa distribuição de forças é desconhecida, mas o sistema ainda permanece em equilíbrio. 39 0;0 OMF Podemos então usar as equações de equilíbrio para relacionar as forças externas da porção do corpo com a Força e o Momento Resultantes da distribuição desconhecida, FR e MRO. 40 A Força e o Momento resultante na seção podem ser decompostos em componentes, obtendo assim: ◦ Força Normal (N): componente da Força, normal à área da seção de corte, que provoca contração ou distensão do corpo; ◦ Força Cortante (V): componente da Força, paralela à a seção; provocando deslizamento da seção; ◦ Momento Torçor (T): componente do Momento que tende a torcer um segmento do corpo; ◦ Momento Fletor (M): componente do Momento que tende a fletir o corpo em torno de um eixo. 41 Graficamente: 42 Para um sistema de forças coplanares, conforme figura abaixo, haverá na seção apenas componentes da força normal, força de cisalhamento e momento fletor 43 Obter as reações de apoio para a estrutura e determine os esforços simples atuantes na seção S 44 Obter os esforços simples atuante na seção S indicada para a estrutura da figura a seguir tome todos os ângulos como 90º
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