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Resumo Direito Financeiro

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Resumo Direito Financeiro 
ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO
Supre as necessidades públicas, por meio de serviços públicos do poder de polícia e pela intervenção no domínio econômico.
O Estado se presta a atender a essas necessidades, e por meio de escolhas políticas, opta pelo que ira fazer, e pra isso ele precisa de dinheiro.
Serviços públicos são prestados mediante concessão, delegação, autorização ou permissão, sendo prestado por pessoas diversas do Poder Jurídico do Estado, fugindo, por isso da intervenção no domínio econômico. 
O gerenciamento do dinheiro, a classificação da sua aplicação é o objeto da atividade financeira do Estado. (atividade de planejamento e gestão).
A atividade financeira significa o conjunto das atividades do Estado e dos entes por ele criados para a obtenção de receitas e realização de despesas, no cumprimento de suas atividades essenciais.
Características:
Nas atividades financeiras do Estado há sempre a presença de uma Pessoa Jurídica de direito público – Tem relação com a prestação de contas.
Conteúdo Econômico: com a atuação do ente estatal público, se movimenta a economia; Onde o Estado gasta ele promove o desenvolvimento; Injeta dinheiro, gerando um conteúdo econômico, condições para a economia crescer.
Conteúdo Financeiro: A atividade econômica do Estado ocorre, em regra, em dinheiro.
Há situações excepcionais, em que o Estado desempenha funções, usa de um serviço, sem pagar por ele. Ex: mesário, jurado.
Essa atividade em dinheiro possibilita que haja um controle sobre o que se gasta.
Instrumentalidade: A atividade financeira e o dinheiro são o instrumento para desenvolver a atividade politicamente escolhida.
Finalidade:
Para satisfazer as necessidades públicas politicamente escolhidas. Antes, o Estado não podia gastar mais do que arrecadava – orçamento equilibrado.
Estado de bem estar social – impostos revertidos em prol dos contribuintes. (objetivos da nação, objetivos politicamente escolhidos).
AUTONOMIA DIREITO FINANCEIRO
Direito F. tem autonomia segundo o art. 24,I CF. Possui princípios e regras próprias.
D. Financeiro ≠ D. Tributário 
 
Destacado do D. Financeiro, nasce o D. Tributário que cuida especificamente do tributo. É o que da especialidade a tal matéria. Já o direito financeiro alcança não só as receitas tributárias, mas as advindas da produção de petróleo, da energia elétrica, da prestação pelos serviços de entidades estataos, da exploração do patrimônio público, etc.
PRINCÍPIOS DO DIREITO FINANCEIRO
Legalidade – Art. 37 CF
A legalidade nas finanças públicas é chamada de legalidade estrita, saber onde e como gastar. Todo o procedimento será submetido a isso.
O princípio da legalidade é básico na estrutura funcional do Estado. Legalidade entendida como sujeição à lei em relação ao Estado e ao administrado. Estes somente podem ser obrigados a fazer ou deixar de fazer alguma coisa em virtude de lei. 
Economicidade – Art. 70 CF
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
    Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Está ligada a Eficiência, ou seja, o mais em menos tempo. Deve se analisar qual possibilidade trará o melhor resultado. O fator tempo é importante: o que é melhor?
Publicidade 
As finanças por serem do Estado, acabam se aplicando este princípio, contudo, aqui a publicidade se aprofunda, é preciso além da publicidade a existência de uma transparência. É preciso publicar previamente o orçamento e posteriormente o relatório orçamentário.
O princípio da publicidade estabelece que nenhum ato ou comportamento da Administração Pública pode ser sigiloso ou secreto, salvo, aqueles de segurança nacional expressamente excepcionadas pela CF. O administrado tem o direito de saber o que se passa no exercício da atividade administrativa de todas as atividades do Estado.
Transparência
Os gastos devem ser mostrados, a mostra para todos. É efetivamente mostrar para a população como o dinheiro esta sendo gasto.
Responsabilidade Fiscal
É gerir as finanças de maneira planejada, dentro de limites e regras. É equilibrar o orçamento. E caso gaste mais, tem que ver a possibilidade de honrar com seus compromissos.
ORÇAMENTO
Conceito Geral: é um instrumento de planejamento e gestão, para saber os gastos e ganhos.
Conceito Público: Ato pelo qual o legislativo prevê e autoriza as despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica no geral do país, assim como a arrecadação já criada em lei.
É a lei periódica que contém previsão de receitas e fixação de despesas, programando a vida econômica e financeira do Estado, de cumprimento obrigatório, vinculativa do comportamento do agente público.
O ORÇAMENTO PODE SER ANALISADO SOBRE 4 ASPECTOS:
Político: 
Consegue identificar quais grupos sociais, estão sendo privilegiados pela Administração Pública, isso tudo pelos gastos. Análise das escolhas feitas. Qual área de atuação especificamente se escolheu para financiar.
Revela desígnios sociais e regionais, na destinação das verbas.
Econômico:
Se verifica em quais setores ou áreas estão sendo desenvolvidas com o dinheiro do Poder Público.
Manifesta a atualidade econômica.
Técnico:
É a técnica contábil escolhida por lei definida para olhar como o orçamento é feito. Lei 4.320/64. Padronização de como o orçamento é feito. Ela ainda é complexa.
Cálculo de despesas e receitas.
Jurídico:
Qual sua natureza jurídica?
É lei em sentido formal, ou seja, meramente procedimental. Prevê uma arrecadação já prevista em lei Tributária, assim só autoriza. Mas há também quem defenda que é lei em sentido material, pois o administrativo tem a possibilidade de escolha em como irá gastar o dinheiro. 
A execução da lei orçamentária sempre foi facultativa, fica a cargo do critério da administração. Ela é autorizativa.
Contudo, a EC 86/15 estabeleceu parcelas de cunho impositivo. Portanto, a lei nesse sentido é híbrida.
Cuida se de lei em sentido formal, que estabelece a previsão de receitas e despesas, consolidando posição ideológica governamental, que lhe imprime caráter programático. Ao lado de ser lei, é o orçamento um plano de governo, mas que deve possuir previsões efetivas de ingressos públicos e previsões reais de despesas, equilibradas com aqueles.
LEIS ORÇAMENTÁRIAS
Art. 165 CF
Plano Plurianual
Lei de diretrizes orçamentárias;
Orçamento anual;
Plano Plurianual
É um plano de vários anos. É um instrumento de planejamento que dura até 4 anos. Não necessariamente em acordo com o mandato. 
Trata-se das despesas de capital, ou seja, tudo que irá durar mais de 2 anos.
Nessa lei deve conter tudo que vai passar de 1 ano de duração.
O detentor do mandato assume com um plano anterior ainda vigente e só depois elabora um novo que irá durar mais 4 anos.
O plano plurianual corresponde ao desdobramento do orçamento-programa.
 
É a lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma REGIONALIZADA, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
Esse plano define O PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES GOVERNAMENTAIS.
Limita o dispositivo às despesas de capital e às delas decorrente e Às relativas aos programadas de duração continuada.
As despesas de capital de subdividem em:
- Investimentos
- Nas inversões financeiras
- Transferências de Capital
Investimentos
São as
dotações para o planejamento e a execução de obras, bem como para os programas especiais de trabalho, equipamento e material, bem como na constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro.
Inversões Financeiras
Destinam se a aquisição de imóveis ou de bens de capital já em utilização, aquisição de títulos representativos de empresas ou entidades já constituídas.
Transferência de Capital
Dotações para investimento ou inversão financeira que outras pessoas do direito público ou privado devam realizar, constituindo se em auxílios ou contribuições.
O objetivo específico desse plano é o de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
Art. 165.: § 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
Diretrizes Orçamentárias
Algo que irá orientar a elaboração do orçamento, direcioná-lo.
Todo ano se tem a lei de diretrizes para valer no ano seguinte.
Vai dispor também sobre alteração na legislação Tributária.
Trata-se também de política de aplicação das agências financeiras. ( contém toda a previsão do orçamento).
A Ldo também possui como dever a análise o orçamento anterior.
Na LDO tudo que é programado deve ter uma progressão futura de 3 anos de duração.4
Ela é um instrumento fiscal político.
O art. 165 §2º CF : A lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
A LDO deve traçar regras gerais para aplicação ao plano plurianual e também orçamentos anuais.
Trata-se de lei ANUAL, portanto tem natureza jurídica essencialmente de transitoriedade, e eficácia limitada.
O STF decidiu que a LDO tem por objeto orientar a elaboração da lei orçamentária anual e dispor sobre as alterações na legislação tributária, além de estabelecer a política de aplicação das agências financeiras e fomento.
Ela deverá conter:
- Assunto sobre as alterações tributárias, ou seja, quando pode haver a inserção das receitas.
- Metas e prioridades financeiras.
- Orientação à lei orçamentária anual.
- Dispor política de aplicação das agências financeiras e fomento.
- Tratar sobre equilíbrio entre receitas e despesas.
- Limitação de empenho: operação financeira de caráter contábil, visando à reserva de numerário para o pagamento da despesa comprometida, dentro da dotação específica.
- Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos: ou seja, fixar parâmetros para o administrador, no sentido de que existam critérios para os custos que serão assumidos. 
- Critérios para aferição de resultados de programas financeiros com recursos orçamentários.
- Condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas: ou seja, quando há transferência de recurso que são públicos, o ente pode estabelecer quais requisitos exige para a remessa e, inclusive, as suas finalidades. De outro lado, pode estabelecer critérios meramente formais para a transferência, tais como destinação do repasse, metas a serem atingidas etc.
- Anexo de metas ficais.
- Anexo de riscos ficais.
- Objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subsequente.
JUNTO COM A LDO DEVERÁ CONTER O ANEXO DE METAS FISCAIS E O ANEXO DE RISCOS FISCAIS!
Anexo de Metas Fiscais deverá conter:
- Fixação de receitas e despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referem e para os dois seguintes.
- Avaliação do cumprimento de metas relativas ao ano anterior.
- Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional.
- Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos.
- Avaliação da situação Financeira e atuarial dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao trabalhador.
- Demonstrativo das estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado: a renúncia de receita revela-se através de anistias, remissões, isenções, subsídios etc.
Lei de Responsabilidade Fiscal:
 Art. 4º § 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.
 § 2o O Anexo conterá, ainda:
 I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; 
II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional; 
III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos; 
IV - avaliação da situação financeira e atuarial: a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador; b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;
Anexo de Riscos Fiscais , deverá conter:
-Onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.
Art. 165.: •§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Lei de Responsabilidade Fiscal: Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e: I - disporá também sobre: a) equilíbrio entre receitas e despesas; b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9o e no inciso II do § 1o do art. 31; c) (VETADO) d) (VETADO) e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos; f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas;
Lei de Responsabilidade Fiscal: Art. 4º • V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. • § 3o A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. • § 4o A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação,
para o exercício subseqüente.
Orçamento Anual
É realizada todo ano.
Ela irá conter tudo que se precisa para o orçamento, tudo o que a união irá gastar.
- Orçamento Fiscal+ Orçamento de investimento (no caso de empresas estatais) + Orçamento seguridade social.
A lei orçamentária anual compreende:
- Orçamento Fiscal: relativo a receita e despesa.
			+
-Orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
			+
- Orçamento da seguridade social: significa os planos de atuação do Estado relativamente à saúde, à previdência e à assistência social.
Dois princípios regem a Lei orçamentária:
O da Universalidade: Peça única conterá o orçamento de todas as entidades que detenham ou recebam dinheiro público.
O da exclusividade: Somente matéria orçamentária deve figurar no orçamento, ou seja, previsão de receita e destinação da despesa.
Deverá conter:
- Previsão do caráter compensatório entre a arrecadação e a renúncia de receita.
- Previsão quanto a reserva de contingência: passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. Reserva se a pagamentos imprevistos. Está a disposição do Executivo. 10%.
- Toda despesa relativa à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão.
- Todas as despesas do Banco Central
- Apenas normas para viger no mesmo exercício. 
- Resultados e balanço do Banco Central.
Constituição - Art. 165 – § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:
 I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
 II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
 III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
Constituição - Art. 165 – • 
§ 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. •
 § 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades interregionais, segundo critério populacional.
Lei 4320/64 Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Govêrno, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade. 
§ 1° Integrarão a Lei de Orçamento: 
I - Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Govêrno; 
II - Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categorias Econômicas, na forma do Anexo nº. 1; 
III - Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação; 
IV - Quadro das dotações por órgãos do Govêrno e da Administração.
Lei 4320/64 – Art. 2º:
 § 2º Acompanharão a Lei de Orçamento: 
I - Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos especiais;
 II - Quadros demonstrativos da despesa, na forma dos Anexos ns. 6 a 9;
 III - Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Governo, em termos de realização de obras e de prestação de serviços.
Lei de Responsabilidade Fiscal Art. 5o O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar: 
I - conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas constantes do documento de que trata o § 1o do art. 4o; 
II - será acompanhado do documento a que se refere o § 6o do art. 165 da Constituição, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado; 
III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao: a) (VETADO) b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
Lei de Responsabilidade Fiscal Art. 5o O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar: 
I - conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas constantes do documento de que trata o § 1o do art. 4o;
 II - será acompanhado do documento a que se refere o § 6o do art. 165 da Constituição, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado; 
III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao: a) (VETADO) b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
	 PPA
	 LDO
	 LOA
	Plano Plurianual
	Lei de Diretrizes Orçamentárias
	Lei de Orçamento Anual
	Instrumento de 
Planejamento de longo 
Prazo.
	Instrumento de 
Planejamento de curto 
Prazo. 
	
	Vigência: União, Estados, 
Municípios e Distrito 
Federal: 4 anos.
	Vigora por mais de um 
ano, porém traça as metas 
para o exercício 
subsequente.
	
	Efeitos: Segundo exercício 
financeiro do mandato do 
chefe do poder executivo 
até o final do primeiro 
exercício do mandato 
subsequente. 	
	
	
	Conteúdo principal: fixam, 
de forma regionalizada, as 
diretrizes, os objetivos e as 
metas do governo: 
despesas de capital; 
despesas concorrentes 
derivadas das despesas de 
capital; programas de 
duração continuada.
	Estabelece as metas e 
diretrizes da administração, 
incluindo as despesas de 
capital, para o exercício 
subseqüente.
	Estima as receitas e fixa as 
despesas, poderá conter 
autorização para abertura 
de crédito suplementares e 
para contratação de 
operações de crédito, ainda 
que por antecipação de 
receita(ARO). 
	Elaboração do PPA: a 
administração e o 
legislador deverão planejar 
a aplicação de recursos 
públicos de modo a 
diminuir as desigualdades.
	Deve ser elaborado em 
harmonia com o PPA e 
orientará a elaboração da 
LOA.
	Deverá ser compatível com 
o PPA e a LDO.
	O PPA orienta as demais 
leis orçamentárias, 
servindo de guia e de 
parâmetro para a 
elaboração da LDO e a 
LOA. 
	Disporá sobre as alterações 
na legislação tributária. 
Fixará a política de 
aplicação das agências 
financeiras oficiais de 
fomento. Autorizará a 
concessão de qualquer 
vantagem ou aumento re 
remuneração de servidores, 
a criação de cargos, 
empregos... 
	OF e o OI – Reduz as 
desigualdades entre regiões 
segundo critério 
populacional.
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
Universalidade
Significa que todas as receitas e despesas devem estar previstas na lei orçamentaria.
Não possibilidade de qualquer exclusão. Tudo o que está elencado no Art. 165 §5º, deve estar previsto no orçamento.
Anualidade
Significa que o orçamento deve ser atualizado todos os anos, ou seja, que para cada ano haja um orçamento. Tem se uma data de início e uma de fim.
Especialização
É preciso evidenciar todos os gastos do governo.
Art. 2ª da Lei 4320/64:” A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade.
Exclusividade
Na lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho
à previsão da receita e a fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
A exclusividade significa que não pode o texto da lei orçamentária instituir tributo, por exemplo, nem qualquer outra determinação que fuja às finalidades específicas de previsão de receita e fixação de despesa. O próprio dispositivo abre exceções.
Exceções: 1- Crédito suplementar
	 2- Empréstimo de crédito por antecipação da receita.
art. 165: § 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
 Exceções: Lei 4320/64:
 Art. 7° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:
 I - Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo 43;
 II - Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa. § 1º Em casos de déficit, a Lei de Orçamento indicará as fontes de recursos que o Poder Executivo fica autorizado a utilizar para atender a sua cobertura. Reserva de Contingência – Art. 5º inciso III da LRF.
Unidade
A peça orçamentária deve ser única e uma só, contento todos os gastos e receitas. Documento único.
Não Afetação
É vedado a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa.
É possível se vincular taxas e contribuições de melhoria, salvo quando se tratar de fundos e recursos de educação e saúde.
Tal princípio significa que não pode haver mutilação das verbas públicas. O Estado deve ter disponibilidade da massa de dinheiro arrecadado, destinando-o a quem quiser, dentro dos parâmetros que ele próprio elege como objetivos preferenciais. 
O artigo veda a vinculação de impostos, significando que pode haver vinculação para as outras espécies tributárias (taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios). É por isso que a falecida CPMF pode ser vinculada à saúde!!!!
Exceções:
Art. 167. São vedados:
§ 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
– Todos os fundos constitucionais: FPE, FPM, Centro Oeste, Norte, Nordeste, Compensação pela exportação de produtos industrializados etc.;
– Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Básico e da Valorização do Magistério (FUNDEB);
– Ações e serviços públicos de saúde;
– Garantias às operações de crédito por antecipação da receita (ARO);
– Atividades da Administração Tributária;
– Vinculação de impostos estaduais e municipais para prestação de garantia ou contragarantia à União (contragarantia é a garantia que o Estado ou Município são obrigados a oferecer à União, quando esta concede uma garantia para uma entidade internacional, por exemplo, o Banco Mundial, referente a um empréstimo tomado por Estado ou Município).
 Legalidade – Art. 37 CF
A legalidade nas finanças públicas é chamada de legalidade estrita, saber onde e como gastar. Todo o procedimento será submetido a isso.
O princípio da legalidade é básico na estrutura funcional do Estado. Legalidade entendida como sujeição à lei em relação ao Estado e ao administrado. Estes somente podem ser obrigados a fazer ou deixar de fazer alguma coisa em virtude de lei. 
Publicidade 
As finanças por serem do Estado, acabam se aplicando este princípio, contudo, aqui a publicidade se aprofunda, é preciso além da publicidade a existência de uma transparência. É preciso publicar previamente o orçamento e posteriormente o relatório orçamentário.
O princípio da publicidade estabelece que nenhum ato ou comportamento da Administração Pública pode ser sigiloso ou secreto, salvo, aqueles de segurança nacional expressamente excepcionadas pela CF. O administrado tem o direito de saber o que se passa no exercício da atividade administrativa de todas as atividades do Estado.
Proibição de Estorno
O Princípio da Proibição do Estorno de Verbas é previsto no art. 167, VI da CF, ele se refere ao administrador público e sua impossibilidade de remanejar, transferir verbas de uma categoria de programação ou de um órgão para outro. Se for o caso de haver insuficiência ou a carência de verbas, o Poder Executivo que deve recorrer à abertura de crédito, sendo suplementar ou especial, ato que deve ser feito baseado na autorização do Poder Legislativo, além de ser necessário visar a Lei nº 4.320 e preencher os requisitos presentes.
Exceção: se for na mesma categoria de programação, o Poder Executivo pode remanejar os recursos de forma discricionária. ART. 167 §5º CF.
Art. 167 §5º: A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
NORMA PROGRAMÁTICA
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
§ 9º Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto no § 11 do art. 166. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015).
Para plena eficácia dos dispositivos orçamentários, impõe-se a existência de uma lei complementar que disporá sobre matéria prevista nos três orçamentos e nas respectivas leis.
CLASSIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS
- Ordinário: Previstos na lei orçamentária.
- Adicional, são aqueles créditos que não estavam planejados. Adicional é gênero que se subdivide em 3 espécies: 
Suplementar: complementação de um crédito previsto anteriormente, mas se mostrou insuficiente.
Especiais: Se presta a cobrir um dinheiro que não estava previsto na LDO, originalmente.
Extraordinários: são usadas em casos de emergência, imprevistos, casos de guerra, ou calamidade pública, comoção interna. (Não precisa de licitação). Contudo, o presidente posteriormente deve ser apresentado a câmara. No momento deve ser apenas dar conhecimento a defesa civil, sob pena de anulação dos atos. 
Lei 4320/64: Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo. Constituição – art. 167, V – Veda:
 - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; 
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa. 
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
 I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
 II - os provenientes de excesso de arrecadação; 
III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em Lei;
 IV - o produto de operações de credito
autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-las.
§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas.
 § 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício. 
§ 4° Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.
 Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
 Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos, salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.
 Art. 46. O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do mesmo e a classificação da despesa, até onde for possível.
PROCESSO LEGISLATIVO ORÇAMENTÁRIO
É a iniciativa do Presidente da República.
O poder judiciário e o MP elaboraram suas propostas orçamentárias dentro dos limites estabelecidas pela LDO.
PRAZOS:
Plano Plurianual: será encaminhado até 4 meses antes do encerramento do 1º exercício financeiro.
Como ele é um plano com excelência, o próximo já assume com um aprovado, e elabora outro para seu sucessor.
Ele deverá ser devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
Acontece a cada 4 anos no segundo semestre.
Lei de Diretrizes Orçamentárias: deve ser enviado 8/5 do encerramento do exercício financeiro.
Acontece todo ano.
Deve acontecer antes da Lei Orçamentária.
Ela acontece no 1º semestre.
Deve estar devolvida até o encerramento do 1º período da sessão legislativa.
Todo ano no 1º semestre.
Orçamento Anual: Até 4 meses antes do encerramento.
Deve ser devolvido 22/12.
Todo ano no segundo semestre.
Prazos – ADCT art. 35:
 § 2º - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
 I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
 II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa; 
III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
	 PPA 
	 LDO
	 LOA
	Envio: até 31 de Agosto do 1º ano.
	Envio: até 15 de Abril.
	Envio: até 31 agosto.
	Devolução: até 22 de Dezembro do 1º ano.
	Devolução: até 17 de julho.
	Devolução: até 22 de Dezembro.
	Validade:2º ano do mandato até o 1º ano do mandato subsequente.
	Validade: 1º de agosto a 31 de dezembro do ano seguinte.
	Validade: 1º de janeiro a 31 de dezembro. Todo ano.
 Casos excepcionais:
Plano Plurianual: 
O que se sucede se o Presidente não envia o projeto de plano plurianual?
Primeira providencia seria a instauração de processo por crime de responsabilidade.
A restrição a que se teria aqui, é a de que não se poderia iniciar qualquer atividade que envolvesse despesa de capital e outras dela e para as relativas aos programas de duração continuada, nos exatos dizeres do §1º do Art. 165. Toda e qualquer obra ou serviço que envolvesse mais de um exercício não poderia ser iniciado, salvo autorização legislativa.
O que se sucede se o Congresso não devolver ou rejeitar o plano plurianual?
Em ambos os casos, o Presidente poderia promulgar seu próprio projeto, assumindo o risco de administrar o país. Outra solução é a de que o Presidente deveria solicitar, desde que incidisse o dispositivo mencionado no parágrafo anterior, autorização legislativa. 
Lei de Diretrizes Orçamentárias:
O que acontece se o Presidente não encaminha o projeto de lei de diretrizes orçamentárias?
Deverá efetuar atualização na lei do exercício anterior e o Congresso promulgaria seu texto, sem prejuízo da instauração de processo por crime de responsabilidade. Outra situação complicada ocorrerá quando da apreciação do projeto de orçamento anual. Como não foram estabelecidos parâmetros pela lei de diretrizes orçamentárias, haverá necessidade de autorização legislativa específica para cada despesa.
O que sucede na não devolução ou rejeição do texto?
O presidente pode promulgar o texto enviado ou impor-se-á a aplicação do contido no §2º do art. 57 da CF, isto é, “a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias”. 
Se o projeto for rejeitado, ou haverá publicação do texto pelo Presidente promulgando-o, ou haverá necessidade de solicitação específica de verbas adicionais a todo instante.
Lei orçamentária anual:
E se o Presidente não enviá-la? 
O parlamento poderá considerar a lei orçamentária que estava em vigor.
E se o parlamento não devolver?
Em tese o presidente não poderia gastar, contudo, isso traria o caos, assim o presidente toma como proposta o orçamento do ano anterior, em 1/12. Deliberará sobre esse orçamento antigo.
COMISSÃO MISTA DE ORÇAMENTO
Art.166.
Os três projetos são analisados pelas duas casa do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
Essa comissão cuida unicamente sobre assuntos orçamentários.
§2º O deputado poderá emendar o orçamento. Para isso é preciso ser apresentado na comissão mista.
§3º Elas só podem aprovar tal emendas nos casos previstos: I,II (a,b,c) III (a,b):
- Compatíveis com PPA e LDO.
- Indicar recursos necessários.
- Dizer de onde virá o dinheiro.
- Mostrar de onde esse dinheiro sairá e para onde irá.
- Serviço da dívida (juros) Bancos.
 §4º As emendas ao projeto não podem ser aprovados quando incompatíveis com o plano plurianual.
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
 § 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
 I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; 
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.
§ 2º - As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
 § 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
 I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; 
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: a) dotações para pessoal e seus encargos; b) serviço da dívida; c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
 III - sejam relacionadas: a) com a correção de erros ou omissões; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. 
§ 5º - O Presidente
da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. 
§ 6º - Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º. 
§ 7º - Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
REJEIÇÃO DA LOA OU NÃO DEVOLUÇÃO
Caso sobre algo por veto, rejeição ou etc, o Presidente pode pedir autorização para utilizar esse crédito suplementar.
CR/88 – art. 166: § 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
VEDAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS
Art. 167. São vedados: 
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
Visa o dispositivo evitar que a mudança de governo ou mesmo a orientação demagógica de algum político possam adulterar o orçamento. Da mesma forma, visa a ausência de planos e veda a improvisação administrativa. É decorrente do princípio da legalidade e da universalidade.
 II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais; 
Procura limitar o comportamento do administrador. O agente público tem limite de gastos. . Não se pode gastar além dos créditos já previstos, autorizados.
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
Não pode haver empréstimos excedentes . De qualquer forma, no caso de necessidade, deve haver aprovação do legislativo.
Aqui se tem o princípio JUSTIÇA INTERGERACIONAL ORÇAMENTÁRIA, no qual quando se onera um orçamento, esse dinheiro tem que ser investido em despesa de capital, ou seja algo que dura mais de dois anos. Transmite para a próxima geração de orçamento o uso fruto do bem, pois são eles que no futuro irão pagar o empréstimo.
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003).
Princípio da não – afetação
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;
Reforça-se o Legislativo e não se autoriza crédito suplementar ou especial sem a indicação de recursos.
 VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
. Uma vez que, se aprovado o orçamento, deve ele ser cumprido. Não pode o Executivo, a pretexto de melhor atendimento das necessidades públicas, alterar as categorias de programação nem transferir verbas de um órgão para outro, porque se estaria adulterando a definição das necessidades, dada pelo próprio Legislativo.
Princípio proibição do estorno. 
 VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
Não pode se dar crédito ilimitado a quem quer que seja, sob pena de quebra da seriedade do orçamento e de seu princípio básico, que é o equilíbrio. 
 VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º;
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
 X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998).
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998).
O dispositivo introduzido é altamente salutar. Impede que as contribuições sociais do empregador sobre folha de salários, receita ou faturamento e lucro e do trabalhador pobre sejam destinadas a outra finalidade que não o pagamento dos benefícios ao próprio trabalhador sujeito ao regime geral da providência, tal como previsto no art. 201 da CF.
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
Impõe-se o planejamento, no mundo atual. Não mais pode o agente dispor sobre verbas públicas de acordo com a vontade pessoal do governante. Se a planificação impõe alguma obra que demande mais de um ano para sua execução, deve ela estar prevista no plano plurianual ou deve haver autorização legislativa específica, para início da obra.
 § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente. 
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
§ 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contra garantia à União e para pagamento de débitos para com esta.
Exceção ao princípio da Não- Afetação.
 § 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI deste artigo.
Exceção ao princípio da Proibição do Estorno.
RECURSOS DOS PODERES 
Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º. Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004).
Obriga-se o Executivo a repassar as verbas orçamentárias de cada órgão de Poder até dia 20 de cada mês. A não liberação constitui exercício irregular de poder e, pois, habilita o órgão preterido a ingressar em juízo para obter os recursos. No caso, o Executivo funciona apenas como órgão de arrecadação. A verba é do Judiciário, do Legislativo, do MP e da Defensoria Pública,
sendo vedada ao Executivo retê-la, seja q que título for.

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