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Estudo Dirigido 3 Anatomia de Reprodutor (Sarah Schollmeier e Riane Wanzeler M3 2016.1) 1) Descreva as partes do pênis. O pênis é formado por raiz, corpo e glande. A raiz do pênis é a parte fixa, formada pelos ramos do pênis, bulbo do pênis e pelos músculos isquiocavernosos e bulboesponjoso. O corpo é a parte pendular livre suspensa sobre a sínfise púbica e não possui músculos. A glande, por sua vez, é uma expansão do corpo esponjoso, contendo o óstio externo da uretra. Apresenta coroa e colo (separa a glande do corpo). É recoberta pelo prepúcio e possui inferiormente um frênulo. Há também na coroa da glande glândulas prepuciais, que liberam esmegma (secreção que protege contra o atrito). 2) Descreva a vascularização arterial e venosa, além da inervação do pênis. O pênis é irrigado principalmente por ramos das artérias pudenda interna, que são as artérias dorsais do pênis, do bulbo do pênis e profundas do pênis, também chamadas de helicinas, quando o pênis se encontra flácido. O sangue dos espaços cavernosos é drenado por um plexo venoso que se une à veia dorsal profunda do pênis na fáscia profunda. Essa veia drena para o plexo prostático. O sangue da pele e da tela subcutânea do pênis drena para as veias dorsais superficiais que drenam para a veia pudenda externa superficial e parte do sangue também drena para a veia pudenda interna. A inervação sensitiva e simpática é garantida principalmente pelo nervo dorsal do pênis, um ramo terminal do nervo pudendo. Os ramos do nervo ilioinguinal suprem a pele na raiz do pênis. Os nervos cavernosos que conduzem fibras parassimpáticas em separado do plexo prostático, inervam as artérias helicinas do tecido erétil. 3) Quais são os ligamentos do pênis? O pênis possui os ligamentos suspensor do pênis e fundiforme do pênis. O primeiro se origina na sínfise púbica e se une à fáscia profunda do pênis. Suas fibras são curtas e tensas. O ligamento fundiforme se origina na linha alba e se funde à túnica dartos, formando inclusive o septo do escroto. Essas fibras são longas e frouxas. 4) Descreva as fáscias penianas. A fáscia superficial do pênis se continua no escroto com a túnica Dartos, que se continua no períneo com a fáscia de Colles na coxa, com a fáscia lata que se continua no tórax e com Scaroa que é fáscia do tórax superficial. A fáscia profunda é a túnica albugínea. 5) Como é a drenagem linfática do pênis? A linfa da pele de todas as partes do períneo drena para os linfonodos inguinais superficiais. A drenagem linfática das partes membranácea e proximal da uretra e dos corpos cavernosos segue para os linfonodos inguinais profundos. 6) Descreva os processos de Ereção, Emissão, Ejaculação e Remissão. Sob estímulos eróticos, há a ativação do sistema parassimpático (S2S4), com a liberação de acetilcolina e NO sobre o tecido erétil do pênis, especialmente nos corpos cavernosos. Isso promove um relaxamento da musculatura lisa dos vasos, com sua vasodilatação. Isso preenche os espaços com sangue arterial, sendo que os músculos bulboesponjoso e isquiocavernoso, da raiz do pênis, fazem a compressão das veias para evitar o retorno do sangue. O pênis tornase, então, ereto. Tanto a emissão quanto a ejaculação são controladas pelo sistema simpático (T12L2). A emissão consiste na passagem dos espermatozoides pelos dúctos deferentes, e a incorporação das secreções das glândulas seminais e prostáticas. A ejaculação é a emissão desse sêmen. A remissão resulta do relaxamento dos músculos bulboesponjoso e isquiocavernoso e vasoconstrição das artérias helicinas, tornando o pênis flácido. 7) Descreva a túnica dartos e septo escrotal. A túnica Dartos não tem gordura e é contínua anteriormente com o estrato membranáceo da tela subcutânea do abdome (fáscia de Scarpa) e contínua posteriormente com a camada membranácea da tela subcutânea do períneo (fáscia de Colles). O septo escrotal é uma continuação da túnica dartos que divide internamente o escroto em compartimentos direito e esquerdo. 8) Descreva o escroto, apontando sua vascularização arterial, drenagem venosa, inervação e drenagem linfática. Como é feita a anestesia do escroto? O escroto é uma bolsa cutânea que envolve os testículos, formada por uma camada de pele delgada mais pigmentada que o restante do corpo e uma túnica dartos. A túnica dartos é uma lâmina fascial sem gordura contendo músculo liso (dartos). É vascularizado por: 1 Ramos escrotais posteriores (ramo da perineal pudenda interna); 2 Ramos escrotais anteriores (ramo da pudenda externa femoral); 3 Artéria cremastérica (ramo da epigástrica inferior). As veias acompanham as artérias e a drenagem linfática é feita para linfonodos inguinais superficiais. A inervação da região anterior do escroto é dada pelo plexo lombar, enquanto que a região posterior é inervada pelo plexo sacral. Assim, uma anestesia dessa região deve bloquear os ramos escrotais anteriores (n. íleoinguinal L1) e ramos escrotais posteriores (Pudendo S2S4) 9) Descreva os componentes do testículo, apontando sua vascularização arterial/venosa, drenagem linfática e inervação. O testículo é revestido pela túnica vaginal, com as lâminas visceral e parietal, além da túnica albugínea, que projeta septos para o interior do testículo, que o divide em lóbulos, tornandose delgadas para formar o mediastino do testículo. Esses lóbulos possuem túbulos seminíferos contorcidos, onde ocorre a espermiogênese. Os espermatozóides passam, então pelos túbulos retos até a rede testicular e, então para o epidídimo por meio dos dúctulos eferentes. As artérias testiculares são ramos da aorta, abaixo da saída das artérias renais. Passam pelos aneis inguinais e pelo funículo espermático, onde se anastomosa com a artéria do ducto deferente. A drenagem venosa feita para o plexo pampiniforme, um sistema termorregulador que drena o sangue do testículo e epidídimo para as veias testiculares direita (desemboca na veia cava inferior) e esquerda (desemboca na veia renal esquerda). A drenagem linfática é feita para linfonodos pré aórticos e lombares direito e esquerdo(cavais e aórticos). Os nervos autônomos dos testículos originamse com o plexo nervoso testicular, que contém as fibras parassimpáticas vagais, aferentes viscerais, fibras simpáticas do segmento T7 da medula espinhal. 10) Diga os componentes do funículo espermático e seu revestimento. O funículo espermático é revestido pelas fáscias: 1 Espermática interna; 2 Cremastérica; 3 Espermática externa; E possui como componentes: 1 Ducto deferente; 2 Artéria do ducto deferente; 3 Artéria testicular. 11) Cite as porções do epidídimo. O epidídimo pode ser dividido em cabeça corpo e cauda. A cabeça é mais superior, que recebe os dúctulos eferentes, enquanto que a cauda é a porção mais inferior, contínua com o ducto deferente. 12) Disserte sobre ducto deferente. Ducto deferente é um tubo muscular que dá passagem dos espermatozoides do epidídimo para o ducto ejaculatório. É a continuação do ducto do epidídimo. O ducto deferente aumenta para formar a ampola do ducto deferente antes do seu término. 13) Descreva o trajeto do ducto deferente, incluindo sua vascularização. O ducto deferente é contínuo com a cauda do epidídimo e ascende para acessar o funículo espermático. Passa pelo canal inguinal e segue pela parede lateral da pelve. Quando há a desembocadura da vesícula seminal, passa a se chamar ductos ejaculatórios. A vascularização arterial é dada pela artéria do ducto deferente, ramo da vesical superior. Se anastomosa com a testicular. A primeira porção do ducto deferente é drenada para o plexo pampiniforme e, então, para as veias testiculares. A porção terminal drena para o plexo vesical/prostático 14) Onde é feita a vasectomia? A vasectomia (diferentectomia) é um método anticoncepcional cirúrgico, no qual se ligam os ductos deferentes. Assim, há a ereção e ejaculação, sendo que o líquido fomado será oriundo da próstata e vesícula seminal, sem a presença de espermatozóides. A produção hormonal também é normal.. 15) O que são vesículas seminais e quais são suas características? A glândula seminal é uma estrutura alongada, situada entre o fundo da bexiga e o reto. Apresenta como características não armazenarem espermatozoides, secretarem um líquido alcalino espesso com frutose que é fonte de energia para os espermatozoides e secretarem também agente coagulante que se mistura aos espermatozoides no seu trajeto para os ductos ejaculatórios e uretra. 16) Disserte sobre ductos ejaculatórios. Os ductos ejaculatórios são tubos delgados que se originam pela união dos ductos das glândulas seminais com os ductos deferentes. Os ductos ejaculatórios se originam perto do colo da bexiga e seguem juntos ânteroinferiormente, atravessando a parte posterior da próstata e ao longo das laterais do utrículo prostático. Os ductos ejaculatórios convergem para se abrir no colículo seminal por meio de pequenas aberturas semelhantes a fendas sobre a abertura do utrículo prostático. Embora os ductos ejaculatórios atravessem a próstata glandular, as secreções prostáticas se unem ao líquido seminal na parte prostática da uretra após o fim dos ductos ejaculatórios. 17) Descreva os ductos ejaculatórios, com sua vascularização. Os ductos ejaculatórios carregam os espermatozoides e o líquido seminal, atravessam a parte posterior da próstata e se abrem no colículo seminal. É nutrido pelas artérias do ducto deferente e drenado para o plexo prostático e vesical. 18) Cite as faces da próstata. A próstata possui; *Uma base intimamente relacionada ao colo da bexiga; *Um ápice em contato com a fáscia na face superior dos músculos esfíncter da uretra e com o transverso profundo do períneo; *Uma face anterior muscular: representa principalmente as fibras musculares transversais, forma um hemiesfíncter vertical deprimido, que faz parte do esfíncter da uretra, separado da sínfise púbica por gordura retroperitoneal no espaço retropúbico; *Uma face posterior que está relacionada com a ampola do reto; *Faces ínferolaterais que estão relacionadas ao músculo levantador do ânus. 19) Descreva os lobos prostáticos. A próstata é dividida didaticamente em ístmo da próstata e lobos direito e esquerdo. Esses lobos ainda podem ser divididos em lóbulos: Inferolateral, superomedial, inferoposterior, anteromedial. 20) O que é o lobo médio? O lobo médio pode ser comparado à zona central e é formado quando há uma hipertrofia das regiões superomedial e anteromedial, conforme avança a idade, sob estímulo hormonal. 21) Descreva a vascularização arterial e a drenagem venosa da próstata, explicando a comum ocorrência de metástases ósseas em cânceres de próstata. A próstata é vascularizada pelas artérias prostáticas, ramo das vesicais inferiores da artéria ilíaca interna. A drenagem venosa é dada pelo plexo venoso prostático, que é contínuo com o plexo vesical anteriormente e se comunica posteriormente com o plexo venoso vertebral interno (de Batson). Essa drenagem venosa aumenta a probabilidade de metástases em vértebras, de origem prostática. 22) Explique como é a drenagem linfática e inervação da próstata. Os vasos linfáticos terminam principalmente nos linfonodos ilíacos internos, mas parte da drenagem pode passar para linfonodos sacrais. A próstata é ricamente inervada por fibras nervosas simpáticas. As fibras simpáticas préganglionares originamse de corpos celulares na coluna intermédia de células dos segmentos T12L2 (ou L3) da medula espinhal e atravessam os gânglios paravertebrais dos troncos simpáticos para se tornarem componentes dos nervos esplâncnicos lombares (abdominopélvicos) e dos plexos hipogástricos e pélvicos. As fibras parassimpáticas préganglionares dos segmentos S2 e S3 da medula espinhal atravessam os nervos esplâncnicos pélvicos, que também se unem aos plexos hipogástricos/pélvicos inferiores. 23) Quais os músculos responsáveis pela resposta ao frio para levantar o testículo? Os músculos que atuam na manutenção da temperatura ideal para a espermatogênese (cerca de 2º C abaixo da corporal) são os músculos Cremastérico e Dartos, que contraem para levantar o saco escrotal em resposta ao frio e relaxam em resposta ao calor. O músculodartos é liso e possui inervação autônoma, enquanto que o músculo cremastérico é estriado e responde à inervação do ramo renital do nervo genitofemoral do plexo lombar (somático). 24) Qual a inervação autônoma dos órgãos genitais masculinos internos? Não se conhecem funções na genitália interna do sistema parassimpático. No entanto, o sistema simpático (de T12 a L2) provoca a contração do esfincter interno da uretra (para evitar o fluxo retrógrado do sêmen para a bexiga); peristalse no ducto deferente (para propelir os espermatozoides) e Secreção das glândulas seminais e próstata. 25) Como ocorre a resposta nervosa para a ereção e ejaculação? Durante um orgasmo, o sistema simpático estimula a contração do músculo esfíncter interno da uretra para evitar a ejaculação retrógrada. Ao mesmo tempo, estimula contrações peristálticas rápidas do ducto deferente e a contração e secreção associadas das glândulas seminais e da próstata que garantem o veículo (sêmen) e a força expulsiva para liberar os espermatozoides durante a ejaculação. As fibras parassimpáticas que atravessam o plexo nervoso prostático formam os nervos cavernosos que seguem até os corpos eréteis do pênis, responsáveis pela ereção peniana. 26) Defina períneo, mencionando seus limites anatômicos. Períneo é um compartimento profundo limitado pela abertura inferior da pelve e separado da cavida pélvica pela fáscia que reveste a face inferior do diafragma da pelve, formado pelos músculos levantador do ânus e isquiococcígeo. Inclui o ânus e os órgãos genitais externos. Área romboide que se estende do monte do púbis às faces mediais da coxa quando os membros inferiores estão abduzidos. Parte óssea: sínfise púbica, anteriormente, sacro e cóccix posteriormente, ramos do púbis e do ísquio, ânterolateralmente, ligamentos sacrotuberais, pósterolateralmente e túberes isquiáticos, lateralmente. 27) Conceitue trígono urogenital e trígono anal, citando o conteúdo dessas regiões. Há uma linha transversal que une os túberes isquiáticos divide o períneo em 2 triângulos. O ânus e o canal anal se localizam no trígono anal, enquanto que a vagina e o óstio externo da uretra perfura o diafragma da pelve no trígono urogenital. 28) Defina corpo perineal e sua importância. Massa irreglar de fibras colágenas e elásticas, músculo esqueletico e liso. É o local de convergência de fibras de vários músculos (bulboesponjoso, esfíncter externo do ânus, transversos superficiais e profundo do períneo, músculos esfíncter externo da uretra, levantador do ânus e túnicas musculares do reto). 29) Diferencie pelve maior de pelve menor. São divididas pela abertura superior da pelve. A pelve maior, falsa, está localizada entre as asas do ilíaco e ocupada pelas vísceras abdominais inferiores, enquanto que a pelve menor é o espaço entre o púbis e o ísquio. 30) Compare a pelve masculina com a feminina, indicando os tipos de pelve. *Androide: abertura superior em formato de coração, mais encontrada nos homens; *Antropoide: abertura superior oval (presente também em macacos); *Ginecoide: abertura superior achatada presente nas mulheres; *Platipeloide: diâmetro AP é curto e transverso é longo; 31) Defina diafragma pélvico, citando a composição e função. É o assoalho da pelve, formada pelos músculos ísquiococcígeo e levantador do ânus. O levantador do ânus se divide em puboretal, pubococcígeo e íleococcígeo. A função é a sustentação das vísceras abdominopélvicas e resistir aos aumentos de pressão intraabdominal. 32) Cite os tipos de prolapsos genitais existentes, explicando como partos vaginais podem predispor. *Cistocele: bexiga; *Retocele: reto; *Enterocele: intestino delgado; O assoalho pélvico sustenta a cabeça do bebê durante o parto, podendo romper o músculo levantador do ânus e suas fáscias, tornando o diafragma da pelve menos resistente. 33) Conceitue vulva, mencionando a importância e os componentes anatômicos. A vulva é formada pelo monte do púbis, lábios maiores, lábios menores, clitóris, bulbos do vestíbulo e glândulas vestibulares maiores e menores. Serve como proteção contra a entrada de material estranho, direciona o fluxo da urina e possui tecido erétil excitável. 34) Defina rima do pudendo, comissura anterior e posterior da vulva. As comissuras são formadas pela união dos lábios, anteriormente e posteriormente, enquanto que a rima do pudendo é a fenda entre os lábios maiores, também chamada de vestíbulo. 35) Quais são as divisões anatômicas do clitóris e os seus elementos formadores? O clitóris é um órgão erétil localizado no ponto de encontro dos lábios menores anteriormente e que consiste em uma raiz e um corpo, formados por dois ramos, dois corpos cavernosos e a glande do clitóris, que é coberta por um prepúcio. Ao contrário do pênis, o clitóris não tem relação funcional com a uretra ou a micção, funcionando apenas como órgão de excitação sexual. É também altamente sensível e aumenta à estimulação tátil. 36) Diferencie glândulas vestibulares maiores (de Bartholin) de glândulas vestibulares menores. As glândulas vestibulares maiores estão localizadas de cada lado do vestíbulo, pósterolateralmente ao óstio da vagina e inferiormente a membrana do períneo. Essas glândulas secretam muco para o vestíbulo durante a excitação sexual. As glândulas vestibulares menores estão de cada lado do vestíbulo e se abrem entre o óstio da uretra e da vagina, essas glândulas secretam muco para o vestíbulo o que umedece os lábios e o vestíbulo. 37) Descreva hímen. Himén é uma prega anular fina de mucosa, que circunda a luz imediatamente dentro do óstio da vagina e que não tem função fisiológica estabelecida. É considerado um vestígio do desenvolvimento, mas sua condição frequentemente oferece evidências em casos de abusos de crianças e estupro. Após a ruptura do hímen permanecem remanescentes, as carúnculas himenais que são visíveis. 38) Como é a vascularização arterial e a drenagem venosa da vulva? O suprimento arterial abundante da vulva provém das artérias pudendas externas e internas. A artéria pudenda interna irriga a maior parte da pele, a genitália externa e osmúsculos do períneo. As artérias labiais são ramos da artéria pudenda interna, assim como as do clitóris. As veias labiais são tributárias das veias pudendas externas e veia acompanhantes da artéria pudenda interna. O ingurgitamento venoso durante a fase de excitação da resposta sexual causa aumento de tamanho e consistência do clitóris e do bulbo do vestíbulo. 39) Como é a drenagem linfática e a inervação da vulva? A vulva contém uma rica rede de vasos linfáticos que segue lateralmente até os linfonodos inguinais superficiais. A glande do clitóris e a parte anterior dos lábios menores também podem drenar para linfonodos inguinais profundos ou diretamente para os linfonodos ilíacos internos. A face anterior da vulva é suprida por derivados do plexo lombar: os nervos labiais anteriores, derivados do nervo ilioinguinal e o ramo genital do nervo genitofemoral. A face posterior da vulva é suprida por derivados do plexo sacral: o ramo perineal do nervo cutâneo femoral posterior lateralmente e o nervo pudendo centralmente. O nervo pudendo é o nervo primário do períneo. Seus nervos labiais posteriores suprem os lábios, ramos profundos e musculares do nervo perineal suprem o óstio da vagina e os músculos superficiais do períneo e o nervo dorsal do clitóris supre os músculos profundos do períneo e a sensibilidade do clitóris. 40) Descreva a vagina e suas relações anatômicas da vagina? A vagina é um órgão muscular oco, piriforme, de paredes espessas, o útero não grávido geralmente está localizado na pelve menor, com o corpo sobre a bexiga urinária e o colo entre a bexiga urinária e o reto. Apresenta relações anatômicas; *Anteriormente com o fundo da bexiga e da uretra; *Posteriormente (da parte inferior para a superior) com o canal anal, reto e escavação retouterina; *Lateralmente com o músculo levantador do ânus, a fáscia visceral da pelve e os ureteres. 41) O que são e para que servem os fórnices vaginais? O fórnice da vagina, o recesso ao redor do colo tem partes anterior, posterior e lateral. É o recesso ao redor do colo do útero, que é descrito como tendo partes anterior, posterior e laterais. A parte posterior do fórnice é mais profunda e está intimamente relacionada com a escavação retrouterina. A diferença do fórnix posterior para com os demais é importante para a reprodução, visto que por ser mais profundo, é a região onde os espermatozoides ficam retidos após a ejaculação. 42) Quais as divisões e relações anatômicas do útero? O útero apresenta 3 divisões: corpo, colo e fundo. Apresenta como relações anatômicas uterinas; *O peritônio cobre o útero anterior e superiormente, com exceção do colo do útero; *O peritônio é refletido anteriormente do útero sobre a bexiga urinária e posteriormente sobre a parte posterior do fórnice da vagina até o reto; *Anteriormente, o corpo do útero é separado da bexiga urinária pela escavação vesicouterina, onde o peritônio é refletido do útero sobre a margem posterior da face superior da bexiga urinária; *Posteriormente, o corpo do útero e a porção supravaginal do colo são separadas do colo sigmoide por uma lâmina de peritônio e da cavidade peritoneal e do reto pela escavação retouterina; *Lateralmente, a artéria uterina cruza o ureter superiormente, perto do colo do útero. 43) Cite os ligamentos da genitália interna feminina. O útero possui ligamentos presos ao colo do útero (sustentação) e ligamentos presos ao corpo do útero (fixação). Os ligamentos de sustentação são os uterossacrais, transversos do colo (cardinais ou de Mackenrodt), vésicouterino (anterior) e reto uterino (posterior). Os ligamentos de fixação são o largo do útero (mesossalpinge, mesovário, mesométrio), redondo do útero e úteroovárico (ou próprio do ovário). 44) Diferencie perimétrio, endométrio e miométrio. Perimétrio é uma serosa ou revestimento seroso externo, que consiste em peritônio sustentado por uma fina lâmina de tecido conjuntivo. Miométrio é uma camada média de músculo liso, muito distendido (mais extenso, porém muito mais fino) durante a gravidez. Endométrio é a camada mucosa interna e está firmemente aderido ao miométrio subjacente. 45) Como é a inervação, vascularização arterial, drenagem venosa e inervação da genitália interna feminina? A vascularização arterial da vagina deriva das artérias uterinas. As artérias que suprem as partes média e inferior da vagina são ramos das artérias vaginal e pudenda interna. A vascularização arterial uterina é derivada principalmente das artérias uterinas, com possível suprimento colateral das artérias ováricas. As veias vaginais formam plexos venosos vaginais ao longo das laterais da vagina e na túnica mucosa vaginal. Essas veias são contínuas com o plexo venoso uterino, formando o plexo venoso uterovaginal, que drena para a uterina e depois para as veias ilíacas internas. Esse plexo também se comunica com os plexos venosos vesical e retal. As veias uterinas entram nos ligamentos largos com as artérias e formam um plexo venoso uterino de cada lado do colo. As veias do plexo uterino drenam para as veias ilíacas internas. Apenas parte inferior da vagina tem inervação somática (proveniente do nervo pudendo). Apenas essa parte é sensível ao toque, à temperatura e estimulação sexual, prazer. A maior parte (superior principalmente) tem inervação visceral. Os nervos para essa parte da vagina e para o útero são derivados do plexo nervoso uterovaginal (do plexo hipogástrico inferior), que é sensível à distensão. 46) Descreva as porções da tuba uterina. As tubas uterinas podem ser divididas em quatro partes, da região lateral para medial; *Infundíbulo: a extremidade distal afunilada da tuba que se abre na cavidade peritoneal através do óstio abdominal / os processos digitiformes da extremidade fimbriada do infundíbulo (fímbrias) abremse sobre a face medial do ovário; *Ampola: a parte mais larga e mais longa da tuba, que começa na extremidade medial do infundíbulo / a fertilização do ovócito geralmente ocorre na ampola; *Istmo: a parte da tuba que tem parede espessa entra no corno uterino; *Porçãointramural: é o segmento da tuba que atravessa a parede do útero e se abre através do óstio uterino para a cavidade do útero. 47) Descreva a vascularização arterial e inervação da tuba uterina. A artéria ovárica e a uterina ascendente terminam bifurcandose em ramos ováricos e tubários e irrigam ovários e tubas uterinas das extremidades opostas. Por fim, anastomosamse entre si, criando uma circulação colateral de origem abdominal e pélvica para ambas as estruturas. É derivada em parte do plexo ovárico descendo com os vasos ováricos e em parte do plexo uterino (pélvico). 48) Quais são os ligamentos ováricos? Cada ovário é suspenso por uma curta prega peritoneal ou mesentério, o mesovário, que é uma subdivisão de um mesentério maior do útero, o ligamento largo. O ligamento suspensor do ovário se torna contínuo com o mesovário. O ligamento úteroovárico localizado medialmente no mesovário, é curto e fixa o ovário ao útero. 49) Descreva a vascularização arterial do ovário. As artérias ováricas originamse da parte abdominal da aorta e descem ao longo da parede abdominal posterior. Na margem da pelve cruzam sobre os vasos ilíacos externos e entram nos ligamentos suspensores. 50) Descreva o espaço retromamário. O espaço retromamário é um plano de tecido conjuntivo frouxo ou espaço virtual que se encontra entre a mama e a fáscia peitoral. Apresenta importância, pois esse plano, que contém uma pequena quantidade de gordura, permite que a mama tenha algum grau de movimento sobre a fáscia peitoral. 51) Descreva o parênquima e estroma mamários. O parênquima (substância funcional) é onstituído por ductos lactíferos que dão origem a brotos que formam 15 a 20 lóbulos da glândula mamária. O estroma é um tecido fibroso que une os seus lóbulos e tecido adiposo interlobular. 52) Descreva a vascularização arterial, drenagem venosa, linfática e inervação das mamas. Os ramos mamários mediais de ramos perfurantes e ramos intercostais anteriores da artéria torácica interna originados da artéria subclávia, a artéria torácica lateral e toracoacromial, ramos da artéria axilar e as artérias intercostais posteriores, ramos da parte torácica da aorta no 2º, 3º e 4º espaços intercostais são as principais responsáveis por irrigar as mamas. A drenagem venosa ocorre principalmente para a veia axilar, mas também há drenagem para a veia torácica interna. A drenagem linfática é feita principalmente para linfonodos axilares. Os nervos da mama derivam dos nervos cutâneos anteriores e laterais dos 4º6º nervos intercostais. Os ramos dos nervos intercostais atravessam a fáscia peitoral e que cobre o músculo peitoral maior para chegar à tela subcutânea superposta e a pele da mama. Os ramos dos nervos intercostais conduzem fibras sensitivas da pele da mama e fibras simpáticas para os vasos sanguíneos nas mamas e músculo liso na pele e papila mamária sobrejacente.
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