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Bielschowsky, R. e Mussi. C, Padrões de investimento

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Disciplina: Economia Brasileira 2
Professor: Ricardo Bielschowsky
Aluno: Diego Fangueiro Vieira
Fichamento: Bielschowsky, R. e Mussi. C, Padrões de investimento e de transformação estrutural na economia brasileira: a era desenvolvimentista (1945-1980) e depois (1981-2003 e 2004-2010), Brasilia, CGEE-CEPAL, mimeo, 2012;
• O sistema econômico essencialmente “agrário-exportador” existente no Brasil até os anos 1930 transformou-se, ao longo de meio século, em predominantemente urbano e industrial.
Século XIX-1930: industrialização inicial estimulada pela expansão cafeeira.
1930-80: “Era desenvolvimentista”
▪1930-50: processo de industrialização relativamente espontâneo
▪1951-62: governos armaram bases institucionais e introduziram políticas que estimularam a expansão industrial.
▪1963-64: Crise econômica e política 						 
▪1964-67: ampliado o arcabouço institucional orientado ao processo de industrialização. 
▪1968-80: forte ampliação da participação do Estado na condução da economia.
1980-2003: “Era de instabilidade macroeconômica inibidora do crescimento e da ideologia desenvolvimentista”
▪1980-1994: estagnação e redução do investimento público
•1995-1997: privatizações 
•1998-2003: 
2004-2008: expansão da produção intensiva em recursos naturais, aumento do investimento público
• 
1951-1980: política econômica torna-se explícita e consistentemente industrializante - “convenção do crescimento”
1980-1994: crise da dívida e alta inflação - “administração de crises” 
1994 em diante: taxas de juros elevadas e de câmbio valorizado - “convenção da estabilidade”
1951-80
▪1951-62: rápido crescimento (8,0% ao ano, em média)
▪1963-64: desaceleração (3,4% ao ano,	
▪1964-67: do crescimento. em média)	
▪1968-80: crescimento acelerado (8,9 % ao ano em média)
1980-2003
▪1981-1994: estagnação (1,6% ao ano, em média)
•1995-1997: recuperação da economia (taxas anuais superiores a 3,3%) 2,5% ao ano,
•1998-2003: crescimento reduzido (1,6% ao ano, em média) 		 em média
2004-2008: crescimento moderado (4,8% ao ano, em média)
• 1980- meados 2000: instabilidade macroeconômica, problemas de balanço de pagamentos, reduzido crescimento.
Anos 1990: Abertura comercial e financeira, privatizações e desregulamentação 
Meados 2000-2013: moderado crescimento e alguma redução da vulnerabilidade externa. Três frentes de expansão: mercado interno de consumo de massa, recursos naturais puxados pela expansão asiática e ampliação da infraestrutura.
•Houve um período, no Brasil – anos 1950 e primeira metade dos anos 1960 –, em que, à luz das preocupações da Cepal com a inelasticidade da oferta agrícola em alguns países da América Latina e de aumentos de preços de alimentos mais que proporcionais à inflação, se disseminou no país a percepção de que havia insuficiente capacidade de resposta da agricultura à expansão da demanda e de que isso poderia representar séria barreira estrutural ao crescimento e à industrialização. Rangel (1960), Rui Miller Paiva (1964), Delfim Netto (1968) e outros autores contestaram de forma convincente essa percepção, e a velocidade da expansão agrícola e pecuária desde então confirmou plenamente a refutação da tese.
•Processo decisório do investimento Orientação principal para o mercado interno e sua orientação principal a um perfil de distribuição de renda concentrado (exceto nos anos 2000).
Anos 2000: explosão das exportações de bens do setor primário, tanto em preços como em quantidades, movida pelas importações asiáticas. Houve, durante alguns anos, uma forte expansão das exportações de bens industriais. No caso de bens duráveis e de alguns bens não duráveis, como têxteis, confecções e calçados, a expansão se interrompeu em 2005. Nas demais “categorias de uso” (bens de capital, intermediários e em parte dos bens de consumo, como alimentos), ela se estendeu até 2008, ainda que não de maneira uniforme.
Problemas de competitividade industrial, por apreciação cambial, por insuficiência de inovações e por acirrada competição internacional
A economia brasileira evoluiu no período examinado com uma das piores distribuições de renda em todo o mundo. Combinaram-se, para isso, concentração de terras e de riqueza em geral, insuficiente aplicação de políticas sociais redistributivas e um mercado de trabalho que, como vimos, se caracterizou pelo excedente de oferta de trabalho.
Ditadura militar: compressão do salário real para fins de controle inflacionário e reforma tributária regressiva contribuíram para aumento da desigualdade de renda.
Além de funcionar em suporte ao barateamento de bens de capital para investimentos industriais e de infraestrutura, o sistema de câmbio múltiplo funcionou também como o principal mecanismo de proteção à indústria brasileira até 1957. A partir daí, a função foi progressivamente repassada ao sistema de tarifas alfandegárias por meio de uma reforma nas tarifas que suspendeu o regime de valores fixos e o substituiu pelo regime ad valorem, que neutralizou a perda com a inflação contida no sistema prévio.

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