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Como o nosso cérebro se adapta ao estresse

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11/11/2017 Como o nosso cérebro se adapta ao estresse?
http://emais.estadao.com.br/blogs/joel-renno/como-o-nosso-cerebro-se-adapta-ao-estresse/ 1/3
DR. JOEL RENNÓ
Transtornos mentais e suas diferenças entre homens
e mulheres
Adaptação
Como o nosso cérebro se adapta ao
estresse?
POR JOEL RENNÓ
23/04/2016, 10h00 
QUEM FAZ
JOEL RENNÓ JR é Ph.D em Ciências, professor colaborador médico
do Departamento de Psiquiatria da FMUSP e diretor do Programa de
Saúde Mental da Mulher do Instituto de Psiquiatria da USP (IPq-USP).
Também coordena a Comissão de Estudos e Pesquisa da Saúde Mental
da Mulher da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e é médico do
Corpo Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein em São Paulo.
11/11/2017 Como o nosso cérebro se adapta ao estresse?
http://emais.estadao.com.br/blogs/joel-renno/como-o-nosso-cerebro-se-adapta-ao-estresse/ 2/3
O estresse é uma carga importante na vida de muitas
pessoas que afeta sua saúde e bem-estar. Uma
pesquisa recente realizada pela Universidade de Bristol
descobriu que genes no cérebro com uma importante
função na adaptação comportamental a desafios
estressantes, são controlados por mecanismos
epigenéticos.
Sabe-se que a adaptação ao estresse requer
modificações na expressão dos chamados genes de
expressão rápida no cérebro, particularmente no
hipocampo, uma região do cérebro que tem um papel
crucial na aprendizagem e na memória.
No entanto, até agora não estavam claros os
mecanismos moleculares subjacentes que controlam a
expressão destes genes. A investigação da
Universidade de Bristol, em colaboração com King’s
College London e a Universidade de Exeter, financiada
pela BBSRC, revelou que os eventos estressantes
causam uma modificação epigenética dentro dos genes
dentro de expressão imediata em neurónios do
hipocampo.
A modificação epigenética que se examinou foi a
metilação do DNA que atua suprimindo a expressão
dos genes. Os resultados, publicados na revista
internacional Proceedings of National Academy of
Sciences (PNAS), mostraram que o estresse provoca
demetilação do DNA nos genes de expressão imediata
libertando desta forma a expressão reprimida destes
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11/11/2017 Como o nosso cérebro se adapta ao estresse?
http://emais.estadao.com.br/blogs/joel-renno/como-o-nosso-cerebro-se-adapta-ao-estresse/ 3/3
libertando desta forma a expressão reprimida destes
genes no hipocampo, facilitando assim a manifestação
de respostas comportamentais adaptativas.
Os investigadores descobriram que as respostas
genéticas de comportamento ao estresse dependem da
concentração do composto SAM (s-adenosil metionina).
A SAM é um chamado doador de metilos, necessários
para a enzima que metila o DNA. Quando aumentam os
níveis da SAM, um evento estressante não causa a
demetilação do DNA, mas provoca um aumento da
metilação do DNA nos genes de expressão imediata,
que suprimem sua expressão e causam uma adaptação
comportamental alterada.
Hans Reul, professor de neurociências da Faculdade de
Ciências Médicas de Bristol, disse: “Em nossos estudos
encontramos uma associação entre a SAM, um
composto produzido pelo fígado, e a resposta cerebral
relacionadas ao estresse, o que é importante para
continuar com mais pesquisas.”
“Os distúrbios psiquiátricos relacionados ao estresse,
como depressão maior, ansiedade e transtorno de
estresse pós-traumático estão atualmente entre as
doenças mais debilitantes conhecidas em seres
humanos. Considera-se que a prevenção dos efeitos
prejudiciais do estresse depende de um manejo e
respostas comportamentais adaptativas efetivas
prolongadas.”
Segundo os cientistas, esta nova investigação poderia
levar ao desenvolvimento de novas intervenções
farmacológicas e terapêuticas de outro tipo que
promovem respostas comportamentais adequadas ao
estresse e ajudam a tratar os distúrbios psiquiátricos
desencadeados pelo estresse.
Referências:
Emily A. Saunderson, Helen Spiers, Karen R. Mifsud,
Maria Gutierrez-Mecinas, Alexandra F. Trollope, Abeera
Shaikh, Jonathan Mill, and Johannes M. H. M. Reul.
Stress-induced gene expression and behavior are
controlled by DNA methylation and methyl donor
availability in the dentate gyrus. PNAS, April 2016 DOI:
10.1073/pnas.1524857113
Fonte: Science Daily

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