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NOME: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Instituto de Matemática PRIMEIRA PROVA UNIFICADA � CÁLCULO II Politécnica, Engenharia Química - 10/10/2013. 1a QUESTÃO : Um barco a vela de massa m = 1 parte do cais com velocidade inicial de 11 km/h em direção à uma ilha distante 6 km. O barco é impulsionado pela força do vento f(t) = e−3t e sofre uma resistência da água proporcional à sua velocidade com constante de resistência igual a 2. (a) Determine a velocidade do barco em qualquer instante. (b) O barco chegará à ilha? Justifique! Solução: (a) Como temos duas forças atuando, a do vento e a da resistência da água, então: m dv dt = −2v + e−3t ⇐⇒ dv dt + 2v = e−3t Resolvendo esta equação linear de primeira ordem com fator integrante u = e2t, tem-se, (ve2t)′ = e−3te2t = e−t =⇒ ve2t = ∫ e−t dt = −e−t + c Logo, v = −e−3t + ce−2t como v(0) = 11⇒ v(0) = −1 + c = 11⇒ c = 12, assim, v(t) = −e−3t + 12e−2t (b) Para saber se o barco chegará à ilha, devemos determinar a distância x(t) percorrida pelo barco em cada instante. Assim, x(t) = ∫ v(t)dt = ∫ −e−3t + 12e−2tdt = 1 3 e−3t − 6e−2t + c Como x(0) = 1 3 − 6 + c = 0⇒ c = 17 3 . Portanto, x(t) = 1 3 e−3t − 6e−2t + 17 3 Como lim t→∞ x(t) = lim t→∞ ( 1 3 e−3t − 6e−2t + 17 3 ) = 17 3 < 6 o barco não chegará à ilha. 1 2aQUESTÃO : Considere as superfícies S1 : z = 9− x2 − y2 e S2 : x 2 4 + y2 − 2y = 0 (a) Esboce os gráficos de S1 e S2 separadamente, contendo pelo menos 3 curvas com destaque. (b) Determine uma parametrização para a curva γ de interseção entre as superfícies S1 e S2. Solução: (a) S1 : z = 9− x2 − y2 Fazendo as interseções com os planos coordenados: - z = 0⇒ x2 + y2 = 9, (circunferência no plano xy de raio 3). - x = 0⇒ z = 9− y2, (parábola no plano yz com vértice no ponto (0, 0, 9)). - y = 0 ⇒ z = 9 − x2, (parábola no plano xz com vértice no ponto (0, 0, 9)). Veja figura 1. S2 : x2 4 + y2 − 2y = 0 Como z é qualquer, a superfície é um cilindro paralelo ao eixo z. Completando o quadrado, tem-se, x2 4 + y2 − 2y = 0⇐⇒ x 2 4 + y2 − 2y + 1 = 1⇐⇒ x 2 4 + (y − 1)2 = 1 que é a equação de uma elipse no plano xy com centro em (0, 1). Logo sua figura é mostrada em 2. Figura 1: Parabolóide: z = 9− x2 − y2 Figura 2: Cilindro elíptico: x2 4 +y2−2y = 0 (b) A curva γ de interseção entre as superfícies S1 e S2 é a curva mostrada na figura 3. Logo, sua parametrização é: x = 2 cos(t) y = 1 + sen(t) z = 9− 4 cos2(t)− (1 + sen(t))2 para 0 ≤ t ≤ 2pi. 2 Figura 3: Boa Sorte! 3 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Instituto de Matemática Disciplina: Cálculo II Data: 10/10/2013 PRIMEIRA PROVA UNIFICADA 1. Determine uma solução particular para a equação diferencial: y′′ − 9y = t+ e3t. (a) A+Bt+ Cte3t (b) Ae3t +Be−3t (c) A+Bt+ Ce3t (d) At+Bt2 + Cte3t (e) Nenhuma das alternativas anteriores 2. Encontre o fator integrante correto para a seguinte equação diferencial: (cosx)y′ − 2(senx)y = e−x. (a) cos2 x (b) e2 cos x (c) e−2 sec 2x (d) e−2tg x (e) 2 cosx 3. A interseção de dois planos de equação x+ y + z = 1 e − x− y + z = 1 é a reta parametrizada por: (a) ~r(t) = (t,−t, 1), t ∈ R (b) ~r(t) = (2t,−2t, 1 + t), t ∈ R (c) ~r(t) = (t, t, 1 + t), t ∈ R (d) ~r(t) = (−t,−t, 1 + t), t ∈ R (e) Nenhuma das alternativas anteriores 4. Considere as duas curvas com parametrização dadas por ~c1(t) = (t, t 2 − t, sen t) e ~c2(s) = ( 2 pi cos (pi 2 s ) , s− 1, s2 − s ) . O plano que contém a reta tangente a ~c1 e a reta tangente a ~c2 ambas no ponto (0, 0, 0) é: (a) x+ y = 0 (b) x− y + z = 0 (c) −x+ y + z = 0 (d) x+ z = 0 (e) Nenhuma das alternativas anteriores 5. Qual o valor de a > 0 de modo a que o comprimento da hélice parametrizada por ~r(t) = (cos t, sen t, at), 0 ≤ t ≤ 2pi, seja 4pi? (a) Nenhuma das alternativas anteriores (b) 2 (c) 1 (d) √ 16pi2 − 1 (e) √ 2 Gabarito Pág. 1 6. Considere a curva C parametrizada pelas equações x = t3+3t2+2t e y = 3− 2t− t2, com −3 ≤ t ≤ 1. Em que ponto o vetor tangente a C é horizontal? (a) (0, 4) (b) (0, 3) (c) (−6, 0) e (0, 6) (d) Nenhum ponto (e) Nenhuma das alternativas anteriores 7. A curva C parametrizada pelas equações x = t3 + 3t2 + 2t e y = 3 − 2t − t2, com −3 ≤ t ≤ 1, possui um ponto de auto-interseção que está na reta y = 3. Qual é este ponto e quais são as equações das retas tangentes a C em tal ponto? (a) (0, 3) e y = 3± x (b) (0, 3) e y = 3± 3x (c) (1, 3) e y = 3±√2(x− 1) (d) (1, 3) e y = 3± 2(x− 1) (e) Nenhuma das alternativas anteriores 8. Indique qual figura corresponde à equação −x 2 9 + y2 + z2 4 = 1. (a) I (b) II (c) III (d) IV (e) V Gabarito Pág. 2 Gabarito dos 813 Testes Gerados Teste 001: 1C 2D 3E 4D 5B 6C 7B 8A Teste 002: 1E 2D 3E 4A 5D 6A 7B 8B Teste 003: 1A 2C 3D 4E 5E 6C 7B 8B Teste 004: 1D 2B 3C 4B 5A 6A 7E 8C Teste 005: 1A 2D 3E 4D 5B 6A 7B 8E Teste 006: 1A 2B 3B 4A 5C 6E 7C 8E Teste 007: 1C 2C 3B 4D 5B 6D 7E 8B Teste 008: 1E 2B 3D 4A 5A 6E 7B 8D Teste 009: 1A 2D 3C 4B 5B 6D 7A 8C Teste 010: 1B 2E 3D 4C 5B 6E 7D 8C Teste 011: 1D 2B 3B 4C 5E 6A 7C 8E Teste 012: 1B 2E 3D 4D 5E 6A 7B 8A Teste 013: 1C 2A 3D 4D 5E 6C 7B 8E Teste 014: 1C 2B 3E 4A 5D 6C 7B 8E Teste 015: 1C 2C 3D 4D 5E 6B 7A 8A Teste 016: 1B 2D 3C 4A 5C 6A 7E 8B Teste 017: 1E 2B 3A 4D 5B 6A 7D 8C Teste 018: 1D 2A 3D 4E 5C 6E 7C 8B Teste 019: 1C 2E 3C 4A 5B 6D 7A 8B Teste 020: 1D 2E 3E 4C 5D 6B 7C 8A Teste 021: 1C 2A 3C 4D 5A 6E 7B 8E Teste 022: 1C 2E 3C 4A 5E 6A 7B 8D Teste 023: 1A 2E 3B 4B 5A 6E 7C 8D Teste 024: 1A 2B 3C 4C 5E 6B 7D 8E Teste 025: 1B 2D 3E 4C 5D 6C 7A 8A Teste 026: 1E 2D 3D 4A 5E 6B 7C 8B Teste 027: 1D 2A 3B 4A 5B 6C 7D 8B Teste 028: 1A 2A 3B 4E 5D 6B 7C 8D Teste 029: 1E 2A 3A 4E 5B 6D 7D 8B Teste 030: 1E 2E 3D 4D 5A 6A 7D 8B Teste 031: 1B 2B 3E 4C 5C 6D 7E 8A Teste 032: 1D 2C 3E 4E 5B 6C 7A 8B Teste 033: 1B 2A 3C 4B 5D 6C 7A 8D Teste 034: 1B 2D 3C 4E 5B 6A 7C 8A Teste 035: 1C 2A 3A 4D 5C 6B 7B 8D Teste 036: 1C 2E 3A 4E 5D 6A 7D 8B Teste 037: 1D 2B 3C 4D 5E 6B 7C 8E Teste 038: 1E 2B 3E 4A 5B 6D 7A 8C Teste 039: 1E 2D 3C 4B 5C 6A 7A 8B Teste 040: 1D 2E 3D 4E 5B 6A 7A 8C Teste 041: 1B 2C 3D 4C 5A 6B 7E 8A Teste 042: 1B 2A 3C 4B 5A 6E 7E 8A Teste 043: 1A 2E 3C 4E 5C 6A 7B 8B Teste 044: 1A 2A 3D 4D 5B 6B 7C 8E Teste 045: 1B 2C 3B 4A 5E 6C 7E 8A Teste 046: 1C 2A 3C 4D 5E 6D 7A 8E Teste 047: 1E 2A 3E 4A 5B 6B 7C 8E Teste 048: 1C 2B 3E 4A 5D 6D 7E 8A Teste 049: 1D 2B 3E 4B 5D 6C 7C 8D Teste 050: 1C 2D 3D 4A 5E 6C 7B 8B Teste 051: 1A 2A 3A 4D 5D 6E 7B 8E Teste 052: 1B 2C 3A 4B 5C 6D 7E 8D Teste 053: 1D 2B 3B 4D 5E 6A 7C 8B Teste 054: 1D 2C 3C 4D 5A 6B 7B 8A Teste 055: 1A 2B 3A 4B 5E 6D 7E 8C Teste 056: 1C 2E 3B 4C 5D 6D 7E 8A Gabarito Pág. 1 UFRJ Instituto de Matemática Disciplina: Cálculo II Professor: Equipe de Cálculo II Data: 21 de maio de 2013 1a prova unificada de Cálculo II – 2013.1 1. Um objeto move-se no espaço R3, descrevendo uma curva de comprimento pi. Ele parte do ponto ( √ 3, 0, 0) no instante t = 0 e sua posição ao longo do tempo é dada por ( √ 3 cos t, √ 3 sin t, t). Sua posição final é: (a) (0, √ 3, pi/2) (b) (− √ 3, 0, pi) (c) ( √ 3, 0, 2pi) (d) (0,− √ 3, 1) (e) ( √ 15, pi/2, 0) (f) (3pi/2, 0, √ 7) 2. Considere a curva C parametrizada por (t, 3t2 − 2t, t3 + 2), t ∈ R. Uma equação para o plano que passa pelo ponto (1, 1, 3) e é perpendicular à reta tangente à curva C neste ponto é: (a) x+ 4y + 3z = 14 (b) x+ 3y + 3z = 13 (c) 3x+ y + 3z = 13 (d) 3x+ y + 6z = 22 (e) x+ y + 3z = 11 (f) x+ y + z = 5 3. A EDO x′′ + 2x′ + 5x = −2t sin(t) + 3et possui uma solução da forma: (a) xp(t) = (A0 +A1t) cos(t) + (B0 +B1t) sin(t) + Ce t (b) xp(t) = e −t ( A cos(2t) +B sin(2t) ) (c) xp(t) = e t ( A cos(2t) +B sin(2t) ) (d) xp(t) = e t ( (A0 +A1t) cos(t) + (B0 +B1t) sin(t) ) (e) xp(t) = 0 (f) nenhuma das demais alternativas 4. Um tanque contém inicialmente (em t = 0) 100 litros de água pura. Injetam-se no tanque 10 litros/hora de água com sal a uma concentração que varia com o tempo segundo a fórmula C(t) = e−t 2 kg/litro (para t medido em horas), e retiram-se 10 litros/hora da mistura resultante (assumida sempre homogênea). A função q(t), que representa a quantidade de sal no tanque ao longo do tempo, é solução da equação diferencial: (a) q′ = 10e−t 2 − 10 q 100 (b) q′ = 10− 10 q 100 (c) q′ = 10− 10 q 100 + e−t2 (d) q′ = 10e−t 2 − qe−t2 (e) q′ = 10 1 100 + e−t2 − 10 e −t 2 100 + e−t2 (f) nenhuma das demais alternativas Gabarito Pág. 1 5. Escreva uma EDO de segunda ordem, linear, homogênea, com coeficientes constantes, com solução geral da forma x(t) = e2t(C1 cos 3t+ C2 sin 3t), onde C1 e C2 são constantes arbitrárias. (a) x′′ − 4x′ + 13x = 0 (b) x′′ − 6x′ + 13x = 0 (c) x′′ + 4x′ + 13x = 0 (d) x′′ + 6x′ + 13x = 0 (e) x′′ − 5x′ + 6x = 0 (f) Não existe EDO com as propriedades requeridas. 6. Considere a curva C parametrizada por { x = ln(t) y = √ t , t > 0. A reta tangente a C no ponto (0, 1) corta o eixo-x no ponto: (a) (−2, 0) (b) (− 1 2 , 0) (c) (2, 0) (d) (ln(2), 0) (e) (1, 0) (f) nenhuma das demais alternativas 7. As interseções da superfície definida por x2 9 + y2 − z 2 4 = 1 com planos paralelos ao plano-xz estão representadas na seguinte figura: (I) (II) (III) (IV ) (V ) (a) nenhuma das demais alternativas (b) (I) (c) (II) (d) (III) (e) (IV) (f) (V) Gabarito Pág. 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Instituto de Matema´tica PRIMEIRA PROVA UNIFICADA – CA´LCULO II Polite´cnica, Engenharia Qu´ımica e Cieˆncia da Computac¸a˜o 21/05/2013. GABARITO DAS QUESTO˜ES DISCURSIVAS 1a Questa˜o. (2.2 pontos). Resolva o problema de valor inicial xy′ + 2y = cos(x2), y( √ pi) = 2, no intervalo x > 0. • Soluc¸a˜o. Primeiro, divida a equac¸a˜o diferencial por x para obter a equac¸a˜o linear y′ + 2 x y = cos(x2) x . Este problema pode ser resolvido usando o fator integrante I(x) = exp (∫ 2 x dx ) = e2 lnx = x2, no intervalo x > 0. Em seguida, multiplique a equac¸a˜o diferencial por I(x). Assim, x2y′ + 2xy = x cos(x2) =⇒ (x2y)′ = x cos(x2). Integrando, obtemos que x2y = ∫ x cos(x2) dx = sen (x2) 2 + C =⇒ y = sen (x 2) 2x2 + C x2 . Como y( √ pi) = 2, y( √ pi) = sen (pi) 2pi + C pi = 2 =⇒ C = 2pi. Portanto, a soluc¸a˜o do problema de valor inicial e´ y = sen (x2) 2x2 + 2pi x2 . 2a Questa˜o. (2.2 pontos). Considere a superf´ıcie S definida por z = x2 + y2 − 3. a) Fac¸a um desenho da superf´ıcie, destacando as curvas de intersec¸a˜o com os planos x = 0, y = 0 e z = 0. b) Encontre uma parametrizac¸a˜o da curva C obtida como intersec¸a˜o de S com o plano 2y + z = 0. • Soluc¸a˜o. a) Os trac¸os do parabolo´ide com equac¸a˜o z = x2 + y2 − 3 sa˜o as para´bolas: z = x2 − 3, no plano xz (y = 0)(curvaverde). z = y2 − 3, no plano yz (x = 0)(curvavermelha), e o c´ırculo x2 + y2 = 3, no plano xy (z = 0)(curvaazul). Figura 1: Paraboloide: z = x2 + y2 − 3 b) Os pontos que pertencem a curva C satisfazem as equac¸o˜es z = x2 + y2 − 3 e 2y + z = 0. Consequentemente, x2 + y2 − 3 = z x2 + y2 − 3 = −2y x2 + (y + 1)2 − 4 = 0. Logo, a curva C tambe´m pertencem ao cilindro circular reto x2 + (y + 1)2 = 4. Assim, podemos escrever x = 2 cos t, y = 2 sen t− 1, 0 ≤ t ≤ 2pi. Da equac¸a˜o do plano, temos que z = −2y = −2(2 sen t− 1) = 2− 4 sen t. Deste modo, podemos escrever as equac¸o˜es parame´tricas para C, como x = 2 cos t, y = 2 sen t− 1, z = 2− 4 sen t, 0 ≤ t ≤ 2pi. A equac¸a˜o vetorial correspondente e´ ~r(t) = 2 cos t~i+ (2 sen t− 1)~j + (2− 4 sen t)~k, 0 ≤ t ≤ 2pi. NOME: ��������� �������� ������� @@@@@@@@@ @@@@@@@@ @@@@@@@ ��������� �������� ������� @@@@@@@@@ @@@@@@@@ @@@@@@@ Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto deMatemtica Departamento de Mtodos Matemticos Gabarito da 1a Prova de Cálculo II - 06/12/2012 1a QUESTÃO : Um tanque possui 10 litros de solução com cloro numa concentração de 4 mg/L. Se adicionamos água ao tanque por uma mangueira numa taxa de 1 L/min contendo 1 mg/L de cloro e a solução homogênea sai do tanque por um orifício em sua base com vazão de 2 L/min, determine: (a) o volume da solução homogênea no tanque no instante t; (b) a quantidade de cloro no tanque no instante t; Solução: Resolução. (a) O volume no tanque no instante t é dado pela fórmula: V (t) = 10 + (ve − vs)t; onde ve é a vazão de entrada 1 L/min e vs é a vazão de saída 2 L/min. Portanto, V (t) = 10− t. (b) A quantidade de cloro no tanque no instante t, Q(t), varia de acordo com a regra: Q′(t) = Qe −Qs, onde Qe é a taxa da quantidade de cloro que entra no tanque e Qs é a taxa da quantidade de cloro que sai do tanque, i.e. Qe = 1 mg min Qs = Q(t) V (t) · vs = 2 Q(t) 10− t mg min A equação diferencial obtida nesse caso é: Q′(t) + 2 Q(t) 10− t = 1. O fator integrante é µ(t) = 1 (10− t)2 e, portanto, multiplicando a equação por µ, obtemos (µ ·Q)′(t) = 1 (10− t)2 . Integrando dos dois lados, temos que 1 Q(t) (10− t)2 = ∫ 1 (10− t)2 dt = 1 10− t + C. onde C é a constante de integração. Daí segue que Q(t) = (10− t)(1+C(10− t)). Como Q(0) = 40, encontramos que C = 0, 3. Assim, Q(t) = 10− t+ 0, 3(10− t)2 = 40− 7t+ 0, 3t2 2a QUESTÃO : Seja C uma curva parametrizada por σ(t) = (x(t), y(t), z(t)), de modo que σ(0) = (0, 0, 0), σ′(0) = (−1,−1,−1) e σ′′(t) + 2σ′(t) + 2σ(t) = f(t) para todo t ∈ R, onde f(t) = (5 sen 2t, e−t, 5 sen 2t− e−t). Determine a parametrização σ(t). Solução: Como σ′′(t) + 2σ′(t) + 2σ(t) = f(t) = (5 sen 2t, e−t, 5 sen 2t− e−t) Então, (x′′, y′′, z′′) + 2(x′, y′, z′) + 2(x, y, z) = (5 sen 2t, e−t, 5 sen 2t− e−t) isto é, (x′′ + 2x′ + 2x, y′′ + 2y′ + 2y, z′′ + 2z′ + 2z) = (5 sen 2t, e−t, 5 sen 2t− e−t) E como σ(0) = (0, 0, 0), σ′(0) = (−1,−1,−1) temos 3 equações diferenciais de segunda ordem com condições iniciais: x′′ + 2x′ + 2x = 5 sen 2t , x(0) = 0, x′(0) = −1 (1) y′′ + 2y′ + 2y = e−t , y(0) = 0, y′(0) = −1 (2) z′′ + 2z′ + 2z = 5 sen 2t− e−t , z(0) = 0, z′(0) = −1 (3) Como podemos ver, a equação característica é a mesma para as três equações: r2 + 2r + 2 = 0 ⇒ r = −1 ± i. Assim, temos as seguintes soluções para as equações homogêneas associadas às três equações (1), (2) e (3) acima: xh = e −t(a1 cos t+ a2 sen t) yh = e −t(b1 cos t+ b2 sen t) zh = e −t(c1 cos t+ c2 sen t) Iremos, agora, encontrar uma solução particular para cada uma das equações (1), (2) e (3) acima, utilizando o método dos coeficientes a determinar. Pelo aspecto das funções que estão à direita das igualdades, temos as seguintes soluções particulares para as equações (1), (2): xp = d1 cos 2t+ d2 sen 2t (4) yp = ke −t (5) 2 Substituindo xp e yp em (1), (2), respectivamente, obtemos: xp = − cos 2t− 1 2 sen 2t (6) yp = e −t (7) Agora, note que a função 5 sen 2t−e−t que aparece à direita de (3) é uma diferença das duas funções que aparecem nas equações em (1) e (2). Assim uma solução particular para (3) é: zp = − cos 2t− 1 2 sen 2t− e−t Logo, temos as soluções: x = xp + xh = − cos 2t− 1 2 sen 2t+ e−t(a1 cos t+ a2 sen t) (8) y = yp + yh = e −t + e−t(b1 cos t+ b2 sen t) (9) z = zp + zh = − cos 2t− 1 2 sen 2t− e−t + e−t(c1 cos t+ c2 sen t) (10) Utilizando as condições iniciais dadas em (1), (2) e (3), obtemos as soluções: x(t) = − cos 2t− 1 2 sen 2t+ e−t(cos t+ sen t) (11) y(t) = e−t + e−t(− cos t− sen t) (12) z(t) = − cos 2t− 1 2 sen 2t− e−t + e−t(2 cos t+ sen t) (13) 3a QUESTÃO : A espiral logarítmica é a curva plana definida por γ(t) = (e−t cos t, e−t sen t). 1. Mostre que o vetor posição γ(t) faz sempre o mesmo ângulo constante com a reta tangente a espiral logarítmica nesse ponto. 2. Calcule o comprimento de arco entre γ(0) e γ(t). 3. Mostre que γ(t)→ (0, 0) quando t→ +∞. 4. Mostre que o comprimento do arco entre 0 e t tem um limite finito quando t→ +∞. Solução: 1. A reta tangente tem vetor direção γ′(t) = e−t(− cos t − sen t,− sen t + cos t). O ângulo θt entre γ ′(t) e γ(t) satisfaz cos(θt) = γ′(t).γ(t) |γ′(t)||γ(t)| . Calculamos γ′(t).γ(t) = e−2t[− cos t(cos t+ sen t) + sen t(− sen t+ cos t)] = −e−2t 3 e |γ′(t)||γ(t)| = e−t √ (cos t+ sen t)2 + (− sen t+ cos t)2e−t √ cos2 t+ sen2 t = e−2t √ 2. Logo, cos(θt) = − 1√ 2 ⇒ θ = 3pi 4 não depende de t. A espiral logarítmica é também chamada de espiral equiângulos. 2. Seja L(t) o comprimento de arco entre γ(0) e γ(t), temos L(t) = ∫ t 0 |γ′(t)| dt. Pelo item anterior, L(t) = ∫ t 0 e−t √ 2 dt = √ 2(1− e−t). 3. Temos lim t→+∞ e−t = 0 e ∀t ∈ R, −1 ≤ cos t, sen t ≤ 1, então pelo Teorema do confronto, lim t→+∞ e−t cos t = 0 e lim t→+∞ e−t sen t = 0, isso é lim t→+∞ γ(t) = (0, 0). 4. Vimos que o comprimento do arco entre 0 e t é L(t) = √ 2(1−e−t), então o limite lim t→+∞ L(t) = √ 2 é bem finito. 4a QUESTÃO : S1 : 2x 2 + 3y2 − z2 = 1 e S2 : z = √ x2 + y2 (a) Faça um esboço das superfícies S1 e S2, separadamente, destacando as curvas de interseção com os planos coordenados x = 0, y = 0 e z = 0. (b) Parametrize a curva γ de interseção de S1 com S2. (c) Determine as equações paramétricas da reta tangente à curva γ no ponto P0 = (−1, 0, 1). Solução: (a) S1: Hiperbolóide de uma folha: 2x 2 + 3y2 − z2 = 1 Determinando as curvas de interseção com os planos coordenados: Fazendo z = 0, obtemos a elípse 2x2+3y2 = 1 Fazendo as interseções com os planos coordenados x = 0 e y = 0, obtemos, respectivamente os traços: 3y2 − z2 = 1 : hipérbole no plano yz (curva vermelha na figura 1(a)) 2x2 − z2 = 1 : hipérbole no planoxz (curva verde na figura 1(a)) Para interseções com planos z = k, temos elípses (curvas azuis na figura 1(a)) para todo k ∈ R: 2x2 + 3y2 = 1 + k2 ⇔ x 2 1+k2 2 + y2 1+k2 3 = 1 4 (a) (b) Figura 1: Hiperbolóide de uma folha: 2x2 + 3y2 − z2 = 1 Com isto obtemos a superfície chamada Hiperbolóide de uma folha. S2: Folha de Cone: z = √ x2 + y2 z = √ x2 + y2 ⇒ z2 = x2 + y2. Esta última equação representa um cone, como veremos. A figura S1 é, então, a parte superior do cone (figura 3). A interseção com o plano z = 0, x2 + y2 = 0⇒ x = y = 0 o que nos dá apenas o ponto O = (0, 0). O traço no plano y = 0, nos dá um par de retas (verdes na figura 2) z2 = x2 ⇒ z = ±x e o traço no plano x = 0, outro par de retas (vermelhas na figura 2) z2 = y2 ⇒ z = ±y As interseções com planos z = k são circunferências de raio k nestes planos. Figura 2: z2 = x2 + y2 Figura 3: S1 : z = √ x2 + y2 (b) Substituindo z2 = x2 + y2 na equação do hiperbolóide, temos, 2x2 + 3y2 − x2 − y2 = 1⇒ x2 + 2y2 = 1⇔ x2 + y 2( 1√ 2 )2 = 1 5 que é a equação de uma elípse no plano xy. Parametrizando: x = cos t e y = 1√ 2 sen t, t ∈ [0, 2pi] Assim, temos a parametrização para γ: x = cos t , y = 1√ 2 sen t, e z = √ cos2 t+ sen2 t 2 , t ∈ [0, 2pi] (c) γ(t) = ( cos t, 1√ 2 sen t, √ cos2 t+ sen2 t 2 ) = (−1, 0, 1)⇒ t = pi e como γ′(t) = − sen t, 1√ 2 cos t, 2 cos t(− sen t) + sen t cos t 2 √ cos2 t+ sen 2 t 2 então, γ′(pi) = (0, −1√ 2 , 0) Logo, as equações paramétricas para a reta tangente no ponto P0 são: x = x(t) = −1 y = y(t) = −1√ 2 t z = z(t) = 1 ou x = x(t) = −1 y = y(t) = −t z = z(t) = 1 para t ∈ R 6 Instituto de Matema´tica - IM/UFRJ Ca´lculo Diferencial e Integral II - MAC128 Gabarito Primeira Prova Unificada - Escola Polite´cnica / Escola de Qu´ımica - 26/04/2012 Questa˜o 1: (2.5 pontos) Considere a curva C parametrizada por α(t) = (t,−t2 + 3, 2t 3 3 ), t ∈ R. (a) (0.5 ponto) Deˆ a equac¸a˜o da reta tangente a` curva C no ponto (1, 2, 2/3); Soluc¸a˜o: α′(t) = (1,−2t, 2t2). Logo, α(1) = (1, 2, 2/3) e α′(1) = (1,−2, 2). Assim, a equac¸a˜o parame´trica da reta tangente e´ r(s) = α(1) + sα′(1) = (1 + s, 2− 2s, 2 3 + 2s), s ∈ R (b) (0.5 ponto) Deˆ a equac¸a˜o do plano normal a` curva C no ponto (1, 2, 2/3); Soluc¸a˜o: O vetor normal ao plano e´ n = α′(1). Assim, a equac¸a˜o do plano normal a´ curva C no ponto (1, 2, 2/3) e´ (1,−2, 2) • (x− 1, y − 2, z − 2 3 ) = 0, isto e´, x− 2y + 2z + 5 3 = 0. (c) (1.0 ponto) Calcule o comprimento do arco da curva C quando t varia de 0 a 1; Soluc¸a˜o: ‖α′(t)‖ =√(1 + 2t2)2 = 1 + 2t2. Assim, L = ∫ 1 0 1 + 2t2 dt = [ t+ 2t3 3 ]t=1 t=0 = 5 3 . (d) (0.5 ponto) Deˆ a equac¸a˜o do plano que conte´m os pontos α(0), α(−1) e α(1). Soluc¸a˜o: α(0) = (0, 3, 0), α(−1) = (−1, 2,−2/3) e α(1) = (1, 2, 2/3). Sejam u = α(−1)− α(0) = (−1,−1,−2/3) e v = α(1)− α(0) = (1,−1, 2/3). O vetor normal ao plano e´ n = u× v = (−4 3 , 0, 2). Assim, a equac¸a˜o do plano com vetor normal n contendo α(0) e´ (−4/3, 0, 2) • (x, y − 3, z) = 0 ⇒ −4 3 x+ 2z = 0. Pa´gina 1 de 4 Ca´lculo Diferencial e Integral II - MAC128 Gabarito Primeira Prova Unificada - Escola Polite´cnica / Escola de Qu´ımica - 26/04/2012(continuac¸a˜o) Questa˜o 2: (3.0 pontos) Solucione o problema de valores iniciais: y′′(t) + 25y(t) = 20 sin 5t y(0) = 1, y′(0) = 3. Soluc¸a˜o: Equac¸a˜o homogeˆnea associada: y′′(t) + 25y(t) = 0. Equac¸a˜o caracter´ıstica: r + 25 = 0 ⇒ r = ±5i. Soluc¸a˜o da equac¸a˜o homogeˆnea associada: yh(t) = C1 sin(5t) + C2 cos(5t). Soluc¸a˜o particular da equac¸a˜o na˜o homogeˆnea [y′′(t) + 25y(t) = 20 sin 5t]: yp(y) = At sin(5t) +Bt cos(5t). y′p(t) = (A− 5Bt) sin(5t) + (B + 5At) cos(5t). y′′p(t) = (−10B − 25At) sin(5t) + (10A− 25Bt) cos(5t). Assim, y′′p + 25yp = −10B sin(5t) + 10A cos(5t) = 20 sin(5t). Logo, A = 0 e B = −2 e yp(t) = −2t cos(5t). Soluc¸a˜o geral da equac¸a˜o na˜o homogeˆnea: y(t) = C1 sin(5t) + (C2 − 2t) cos(5t). y′(t) = (−5C2 + 10t) sin(5t) + (5C1 − 2) cos(5t). Usando os dados inicias, obtemos: y(0) = C2 = 1 e y ′(0) = 5C1 − 2 = 3 ⇒ C1 = 1. Assim, a soluc¸a˜o do problema de valores iniciais e´ y(t) = sin(5t) + (1− 2t) cos(5t). Pa´gina 2 de 4 Ca´lculo Diferencial e Integral II - MAC128 Gabarito Primeira Prova Unificada - Escola Polite´cnica / Escola de Qu´ımica - 26/04/2012(continuac¸a˜o) Questa˜o 3: (2.5 pontos) A posic¸a˜o de um objeto em cada instante t ≥ 0 e´ dada por α(t) = (x(t), y(t)), sendo que sua velocidade vetorial satisfaz α′(t) = ( 6t− 3tx t2 + 1 , 2t √ y − 1 ) , t ≥ 0. Supondo que α(0) = (3, 1), qual e´ a posic¸a˜o do objeto no instante t = 1? Soluc¸a˜o: As coordenadas da curva satisfazem as equac¸o˜es diferenciais x′ + 3t t2 + 1 x = 6t t2 + 1 e y′ = 2t √ y − 1. A primeira equac¸a˜o e´ linear e seu fator integrante e´ dado por µ(t) = exp ( ∫ 3t t2+1 dt ) = (t2+1)3/2. Consequentemente, temos [ (t2 + 1)3/2x ]′ = 6t(t2 + 1)1/2. Integrando ambos os lados, (t2 + 1)3/2x = 2(t2 + 1)3/2 + C. Portanto a soluc¸a˜o geral e´ x(t) = 2 + C(t2 + 1)−3/2. Para satisfazer a condia˜o inicial x(0) = 3 tomamos C = 1. A segunda equac¸a˜o e´ separa´vel. Ela tem duas soluc¸o˜es. Uma constante y(t) = 1 para todo t (que satisfaz a condic¸a˜o inicial y(0) = 1) e a outra e´ na˜o constante, obtida integrando-se∫ dy√ y − 1 = ∫ 2t dt ⇒ √ y − 1 = t 2 2 +K. Usando a condic¸a˜o inicial y(0) = 1, obtemos K = 0 e y(t) = 1 + t4 4 . Segue da´ı, que os poss´ıveis vetores posic¸a˜o sa˜o: α(t) = (2 + (t2 + 1)−3/2, 1) ⇒ α(1) = (2 + 2−3/2, 1). ou α(t) = (2 + (t2 + 1)−3/2, 1 + t4 4 ) ⇒ α(1) = (2 + 2−3/2, 5/4). Pa´gina 3 de 4 Ca´lculo Diferencial e Integral II - MAC128 Gabarito Primeira Prova Unificada - Escola Polite´cnica / Escola de Qu´ımica - 26/04/2012(continuac¸a˜o) Questa˜o 4: (2.0 pontos) Considere as superf´ıcies S1 = {(x, y, z) ∈ R3; z = 7− x2 − y2} e S2 = {(x, y, z) ∈ R3; z = x2 − 1}. (a) (1.0 ponto) Parametrize a curva C dada pela intersec¸a˜o das duas superf´ıcies S1 e S2. Soluc¸a˜o: Eliminado z nas equac¸a˜oes de S1 e S2, obtemos x2 4 + y2 8 = 1 (el´ıpse). Logo, a parametrizac¸a˜o da curva C e´ σ(t) = (2 cos t, 2 √ 2 sin t, 4 cos2 t− 1︸ ︷︷ ︸ 1+2 cos(2t) ), t ∈ [0, 2pi]. (b) (1.0 ponto) Encontre a equac¸a˜o parame´trica da reta tangente a C no ponto P0 = ( √ 2, 2, 1). Soluc¸a˜o: σ′(t) = (−2 sin t, 2 √ 2 cos t,−8 sin t cos t︸ ︷︷ ︸ −4 sin(2t) ), t ∈ [0, 2pi]. Para t = pi/4, σ(pi/4) = ( √ 2, 2, 1) = P0 e σ ′(pi/4) = (−√2, 2,−4). Assim, a equac¸a˜o da reta tangente a C no ponto P0 e´ r(s) = ( √ 2− √ 2s, 2 + 2s, 1− 4s), s ∈ R. Pa´gina 4 de 4 Boa prova! Questa˜o 1. Solucione explicitamente a equac¸a˜o diferencial de primeira ordem (x2 + 1) dy dx + 3xy = 6x. Resoluc¸a˜o. Podemos encontrar a soluc¸a˜o geral da equac¸a˜o de duas maneiras: usando fator integrante (ja´ que a equac¸a˜o e´ linear) ou integrando como uma equac¸a˜o separa´vel. (i) Dividindo a equac¸a˜o por (x2 + 1) 6= 0, obtemos a equac¸a˜o equivalente dy dx + 3x x2 + 1 y = 6x x2 + 1 . (1) O fator integrante sera´ µ = e ∫ 3x x2+1 dx = e 3 2 ln(x2+1) = (x2 + 1) 3 2 . Multiplicando a equac¸a˜o (1) por µ, obtemos d dx ((x2 + 1) 3 2y) = 6x(x2 + 1) 1 2 . Apo´s a integrac¸a˜o, teremos y = 2 + C(x2 + 1)− 3 2 como soluc¸a˜o geral da equac¸a˜o diferencial. (ii) Observe que a equac¸a˜o e´ equivalente a` (x2 + 1) dy dx = 3x(2− y). Da´ı segue que y = 2 e´ uma soluc¸a˜o. Vamos buscar as outras soluc¸o˜es; por unicidade, segue que para essas soluc¸o˜es y − 2 6= 0. Portanto, podemos dividir por 2− y e obter 1 2− y dy dx = 3x x2 + 1 . Logo, ∫ 1 2− y dy = ∫ 3x x2 + 1 dx⇔ −ln(|2− y|) = ln[(x2 + 1) 32 ] + C0. Da´ı seguira´ que y = 2± e−C0(x2 + 1)− 32 . Questa˜o 2. Encontre uma equac¸a˜o diferencial de segunda ordem com coeficientes constantes cuja soluc¸a˜o geral e´ y(x) = x+ A exp(x) cosx+B exp(x) sinx. 1 Resoluc¸a˜o. Pela forma da soluc¸a˜o, sabemos que a equac¸a˜o e´ na˜o-homogeˆnea e tem yp(x) = x como soluc¸a˜o particular. A equac¸a˜o homogeˆnea correspondente tem soluc¸a˜o geral dada por yh = A exp(x) cosx+B exp(x) sinx. Portanto, seu polinoˆmio caracter´ıstico tem ra´ızes complexas 1 − i e 1 + i. Logo, ele e´ dado por (r − (1− i))(r − (1 + i)) = r2 − (1 + i+ 1− i)r + (1 + i)(1− i) = r2 − 2r + 2, e a equac¸a˜o homogeˆnea e´ y′′−2y′+2y = 0 e a na˜o-homogeˆnea e´ y′′−2y′+2y = G(x), para alguma func¸a˜o G(x). Para encontrar a func¸a˜o G(x), lembramos que yp(x) = x e´ soluc¸a˜o particular e, portanto, G(x) = y′′p(x)− 2y′p(x) + 2yp(x) = −2 + 2x. Questa˜o 3. Encontre uma func¸a˜o vetorial ρ(t) = (x(t), y(t)) que satisfaz ρ′(t) = ( 2x(t)− y(t) + et, x(t)) , ρ(0) = (1, 2). Resoluc¸a˜o. Como ρ′(t) = (x′(t), y′(t)), temos que{ x′(t) = 2x(t)− y(t) + et y′(t) = x(t) Substituindo x(t) = y′(t) na primeira equac¸a˜o, temos que y(t) satisfaz y′′ − 2y′ + y = et y(0) = 2 y′(0) = 1, (2) um P.V.I. com uma equac¸a˜o linear de segunda ordem na˜o-homogeˆnea com coe- ficientes constantes. A equac¸a˜o homogeˆna correspondente tem polinoˆmio carac- ter´ıstico dado por r2 − 2r + 1 = (r − 1)2 = 0. Portanto, a soluc¸a˜o geral e´ yh(t) = Ate t +Bet. Para encontrar uma soluc¸a˜o particular, tentamos yp(t) = Ct 2et (observe que tanto et quanto tet sa˜o soluc¸o˜es da homogeˆnea). Para encontrar a constante C, substitua yp na equac¸a˜o (2). Temos et = Cet[(2 + 4t+ t2)− 2(2t+ t2) + t2] = 2Cet =⇒ C = 1 2 . 2 Portanto, a soluc¸a˜o geral da equac¸a˜o (2) e´ y(t) = 1 2 t2et + Atet + Bet. Logo, x(t) = y′(t) = 1 2 t2et + (A + 1)tet + (A + B)et. O fato de que x(0) = 1 e y(0) = 2 implica em A = −1 e B = 2. Finalmente, temos que ρ(t) = ( 1 2 t2et + et, 1 2 t2et − tet + 2et) Questa˜o 4. Considere a curva C parametrizada por: σ(t) = (3 cos(2t), 2t, 3 sen(2t)) 0 ≤ t ≤ 4pi. Resolva os seguintes itens: a. Calcule o comprimento de arco da curva C. b. Deˆ uma parametrizac¸a˜o para a reta que e´ tangente a` curva C no ponto P0 = (3, 2pi, 0). c. Encontre a equac¸a˜o cartesiana do plano perpendicular a` curva C no ponto P0 = (3, 2pi, 0). d. Suponha que σ(t) e´ o vetor posic¸a˜o de uma part´ıcula no instante t. Mostre que em qualquer instante t, o vetor acelerac¸a˜o A(t) e´ perpendicular ao vetor velocidade V (t). Resoluc¸a˜o. a. Derivando, obtemos que V (t) = σ′(t) = (−6 sen(2t), 2, 6 cos(2t)). O comprimento de arco e´ calculado como:∫ 4pi 0 √ 36 sen2(2t) + 4 + 36 cos2(2t) dt = ∫ 4pi 0 √ 40 dt = 8pi √ 10 b. Observe que o ponto P0 = σ(pi) e, portanto, o vetor tangente a` curva no ponto P0 e´ σ′(pi) = (0, 2, 6). Nesse caso, a eq. parame´trica da reta tangente e´ P0 + t(0, 2, 6), isto e´, x = 3, y = 2pi + 2t, z = 6t. 3 c. O plano perpendicular a` curva no ponto P0 tem equac¸a˜o dada por 0 = (x− 3, y − 2pi, z − 0) · (0, 2, 6) = 2(y − 2pi) + 6z ⇐⇒ 2y + 6z = 4pi. d. O vetor acelerac¸a˜o no instante t e´ dado porA(t) = σ′′(t) = (−12 cos(2t), 0,−12 sen(2t)). Devemos mostrar que A(t) · V (t) = 0 para todo instante . Por definic¸a˜o (re- lembre que V (t) do item a.), A(t) · V (t) = (−12 cos(2t))(−6 sen(2t)) + 0 + (−12 sen(2t))(6 cos(2t)) = 0. 4 Gabarito: Primeira Prova Unificada de Ca´lculo II Questa˜o 1. Um corpo, saindo do ponto x(0) = 2, se move ao longo do eixo x com velocidade dada por xt + t− 2x− 2, onde t e´ o tempo. 1. [1.5] Determine explicitamente a posic¸a˜o x(t) do corpo em cada in- stante t, 2. [0.5] Fac¸a um esboc¸o da curva x(t). 3. [0.5] Calcule limt→∞ x(t) e limt→−∞ x(t). Soluc¸a˜o: Item 1) Temos o problema com condic¸a˜o inicial dx dt = xt + t− 2x− 2 = (t− 2)(x+ 1), x(0) = 2 que possui a soluc¸a˜o o´bvia constante dada por x(t) = −1 que na˜o satisfaz a condic¸a˜o inicial dada. Portanto, podemos dividir ambos os lados por x + 1 obtendo ∫ dx x+ 1 = ∫ (t− 2) dt, ou seja, ln |x+ 1| = 1 2 t2 − 2t+ C. Como a soluc¸a˜o para a condic¸a˜o inicial dada satisfaz x(t) + 1 > 0 para todo t (visto que x(0) + 1 = 3 > 0 e consequentemente x(t) > −1 para todo t, pois, caso contra´rio, ter´ıamos x(t) = −1 para algum t e portanto x(t) = −1 para todo t) temos ln(x+ 1) = 1 2 t2 − 2t+ C. Tomando a exponencial em ambos os lados, concluimos que x(t) = D exp( 1 2 t2 − 2t)− 1, onde D = eC . Substituindo x = 2 e t = 0 na equac¸a˜o chegamos a` soluc¸a˜o desejada x(t) = 3 exp( 1 2 t2 − 2t)− 1. 1 OBS 1: As justificativas da divisa˜o por x + 1 e que ln |x+ 1| = ln(x + 1) sera˜o consideradas na avaliac¸a˜o. OBS 2: A equac¸a˜o diferencial tambe´m e´ linear e pode ser solucionada utilizando o me´todo do fator integrante. Por este me´todo: Temos: x′(t) = xt + t− 2x− 2⇐⇒ x′ + (2− t)x = t− 2 . A soluc¸a˜o e´ por fator integrante: µ(t) = e ∫ (2−t)dt = e2t−t 2/2. Portanto, x(t) = [e2t−t 2/2]−1{ ∫ (t− 2).e2t−t2/2dt+ C} = = [e2t−t 2/2]−1{−e2t−t2/2 + C} = −1 + C · et2/2−2t. Substituindo x(0) = 2 obtemos C = 3. Portanto, x(t) = 3e2t−t 2/2 − 1. Item 2) O gra´ fico de x(t) possui um ponto de mı´nimo quando t = 2 que e´ o u´nico ponto cr´ıtico de x(t) (visto que x′(t) = 3(t− 2) exp(1 2 t2 − 2t)) que corresponde no gra´fico ao ponto (2, x(2)) = (2, 3e−2−1), cruza o eixo vertical no ponto (0, 2) e cresce para ∞ quando t→ ±∞. x t 2 x(t) 2 Figure 1: Gra´fico de x(t). Item 3) limt→±∞ 1 2 t2 − 2t = +∞ =⇒ limt→±∞ 3 exp(12t2 − 2t)− 1 = +∞. Questa˜o 2. (2,5 pt.) Resolva o problema de valores iniciais y′′ − 3y′ + 2y = −10 cos 3x y(0) = 1, y′(0) = 3 2 Soluc¸a˜o: 1. O homogeˆneo associado: y′′ − 3y′ + 2y = 0. 2. polinoˆmio caracter´ıstico: pc(x) = x 2 − 3x+ 2 3. Ra´ızes de pc(x) : r1 = 2, r2 = 1. 4. Soluc¸a˜o geral do homogeˆneo : yH(x) = c1e x + c2e 2x. 5. g(t) = −10 cos 3x na˜o e´ soluc¸a˜o do homogeˆneo =⇒ yp(x) = A cos 3x+B sin 3x e´ um bom candidato. 6. Para o candidato acima: yp(x) = A cos 3x+B sin 3x y′p(x) = −3A sin 3x+ 3B cos 3x y′′p(t) = −9A cos 3x− 9B sin 3x 7. Escrevendo −10 cos 3x = y′′p(x)− 3y′p(x) + 2yp(x) temos −10 cos 3x = (−7A− 9B) cos 3x+ (9A− 7B) sin 3x =⇒ A = 7 13 e B = 9 13 =⇒ yp(x) = 7 13 cos 3x+ 9 13 sin 3x. 8. Soluc¸a˜o geral: y(x) = yH(x) + yp(x) = c1e x + c2e 2x + 7 13 cos 3x+ 9 13 sin 3x cuja derivada e´ y′ = c1e x + 2c2e 2x − 21 13 sin 3x+ 27 13 cos 3x. Substituindo y(0) = 1, y′(0) = 3 obtemos c1 = 0 e c2 = 6/13. Portanto y(x) = 12 13 e2x − 21 13 sin 3x+ 27 13 cos 3x. Questa˜o 3. Temos c(t) = (2t+1, sin t, cos t) e P0 = ((π/2+1, √ 2/2, √ 2/2). (a) (0,7 pt.) As equac¸o˜es parame´tricas da reta r(t) tangente a c(t) em P0 = c(π/4): Soluc¸a˜o: Temos: c ′(t) = (2, cos t,− sin t) ⇒ c′(π/4) = (2, √ 2/2,−√2/2) = V0. Como r(t) = P0 + tV0 ⇒ obtemos x(t) = π/2 + 1 + 2t y(t) = √ 2/2 + t √ 2/2 z(t) = √ 2/2− t√2/2, t ∈ R. 3 (b) (0,8 pt.) Equac¸a˜o do plano normal: Soluc¸a˜o: O vetor normal e´ igual a V0 = (2, √ 2/2,−√2/2)⇒ P = (x, y, z) ∈ P lano⇒ (x− x0, y − y0, z − z0) · V0 = 0 ⇒ (x− (π/2 + 1), y −√2/2, z −√2/2) · (2,√2/2,−√2/2)⇒ 2x+ √ 2/2y −√2/2z = π + 4. (c) (1,0 pt.) O comprimento ℓ: Temos: c′(t) = (2, cos t,− sin t)⇒ |c′(t)|2 = 5. Como ℓ = ∫ 2pi 0 |c′(t)|dt = ∫ 2pi 0 √ 5dt = 2 √ 5 π. Questa˜o 4. Temos: S1 : −9x2 − 9z2 + 36y2 = 36 S2 : −2x2 + z2 + 4y2 = 4. (a) S1 : tem dois termos quadrados com sinal negativo e um termo quadrado com sinal positivo ⇒ S1 e´ um hiperboloide de duas folhas. S2 : tem dois termos quadrados com sinais positivo e um termo quadrado com sinal negativo ⇒ S1 e´ um hiperboloide de uma folha. x y z Figure 2: S1: Hiperboloide de Duas Folhas. (b) Os trac¸os: veja abaixo. (c) Como os coeficientes de dois dos termos quadrados na equac¸a˜o de S1 sa˜o iguais concluimos que S1 e´ de revoluc¸a˜o. S2 na˜o e´ de revoluc¸a˜o porque todos os coeficientes dos termos quadrados sa˜o dois a dois distintos. Uma geratriz para S1: Como podemos escrever −9x2 − 9z2 + 36y2 = 36⇐⇒ x2 + z2 = 4(y2 − 1) = (2 · √ y2 − 1 )2 concluimos que f(y) = 2 · √y2 − 1 e´ uma geratriz de S1. 4 y z 1− 1 Figure 3: Trac¸o de S1 em x = 0 : Hipe´rbole y 2 − z2/4 = 1. y 1− 1 x Figure 4: Trac¸o de S2 em z = 0: Hipe´rbole 4y 2 − 2x2 = 4. 5 Universidade Federal do Rio de Janeiro INSTITUTO DE MATEMA´TICA Departamento de Me´todos Matema´ticos Gabarito da 1a Prova Unificada de Ca´lculo II - Engenharia 29/09/2010 1a Questa˜o: (2,5 pontos) Suponhamos que um compartimento tenha 1200 l de ar, inicialmente isento do mono´xido de carbono. No instante t = 0, uma corrente de ga´s, com 4% de mono´xido de carbono, e´ injetada no compartimento a` raza˜o de 0, 1 l/min e a mistura gasosa homogeˆnea sai do compartimento a esta mesma raza˜o. 1. Achar a expressa˜o da quantidade total q(t) de mono´xido de carbono no comparti- mento, em qualquer instante t > 0. (1 ponto) E a expressa˜o da concentrac¸a˜o x(t) de mono´xido de carbono? 2. A exposic¸a˜o demorada ao mono´xido de carbono, em concentrac¸a˜o ta˜o baixa quanto 0, 00012, e´ danosa para o organismo humano. Em que instante t esta concentrac¸a˜o sera´ atingida no compartimento? Modelagem: dq dt = 4 100 1 10 − q 1200 1 10 , q(0) = 0. A quantidade total: dq dt = 4 1000 − q 12000 = 48− q 12000 =⇒ ∫ dq 48− q = ∫ dt 12000 =⇒ − ln |48− q(t)| = t 12000 + C =⇒ ln |48− q(t)| = − t 12000 − C =⇒ |48− q(t)| = e− t12000−C = e− t12000 e−C = Ce− t12000 . Como q(0) = 0, 48 = C e |48− q(t)| = 48 e− t12000 , para t > 0. Como a concentrac¸a˜o ma´xima sera´ de 4%, q(t) ma´ximo sera´ 48, |48− q| = 48− q e: q(t) = 48− 48e− t12000 , para t > 0. A concentrac¸a˜o: x(t) = q(t) volume = 48− 48e− t12000 1200 , para t > 0. Quando x(t) = 12 100000 ? 12 100000 = 48− 48e− t12000 1200 ⇐⇒ 3 1000 = 1− e− t12000 ⇐⇒ e− t12000 = 997 1000 ⇐⇒ − t 12000 = ln ( 997 1000 ) ⇐⇒ t = −12000 ln ( 997 1000 ) . minutos 2a Questa˜o: (2,5 pontos) Determine a soluc¸a˜o geral da equac¸a˜o y′′ − 6y′ + 10y = 2 sen 2x . Soluc¸a˜o: A soluc¸a˜o da equac¸a˜o homogenea e´: yh(x) = C1e 3x cosx+ C2e 3x senx. Reescrevendo 2 sen 2x = 1− cos(2x), buscamos uma soluc¸a˜o particular do tipo yp(x) = A+B cos(2x) + C sen (2x), A, B e C, constantes a determinar. Calculando as derivadas primeira e segunda de yp(x) e substituindo na equac¸a˜o, determi- namos as constantes, A = 1/10, B = −1/30 e C = 1/15. Soluc¸a˜o geral: y(x) = C1e 3x cosx+ C2e 3x senx+ 1 10 − cos(2x) 30 + sen (2x) 15 . 3a Questa˜o: (2,5 pontos) Uma part´ıcula P1 se move ao longo da curva C1 definida por σ1(t) = (t 2, t3) , t ∈ IR e uma part´ıcula P2 se move ao longo da curva C2 definida por σ2(t) = (cos(2t), √ 2 cos2 t− 1) , t ∈ [0, pi/4]. 1. Determine as equac¸o˜es cartesianas das curvas acima. 2. Esboce a trajeto´ria das part´ıculas P1 e P2, separadamente, mostrando o sentido de percurso em cada uma delas. 3. Determine as equac¸o˜es parame´tricas da reta tangente a` curva σ1, no ponto (4,8). 4. Em que pontos as trajeto´rias dos pontos P1 e P2 se cruzam? As part´ıculas va˜o colidir? Soluc¸a˜o 1. Como (t2)3 = (t3)2, a equac¸a˜o cartesiana de C1 e´ x 3 = y2. Como √ 2 cos2 t− 1 = √ 2 ( cos(2t) + 1 2 ) − 1 = √ cos(2t), a equac¸a˜o cartesiana de C2 e´ y = √ x. 2. Esboc¸o das curvas 3. Temos σ1(t) = (4, 8) ⇐⇒ t = 2. Como V (t) = σ′1(t) = (2t, 3t2), o vetor tangente em t = 2 e´ V (2) = (4, 12). Equac¸o˜es parame´tricas da reta tangente: x(t) = 4 + 4t , y(t) = 8 + 12t, para t ∈ IR. 4. As trajeto´rias se cruzam quando x3 = y2 = x, isto e´, nos pontos (0, 0) e (1, 1). As part´ıculas na˜o colidem porque passam por estes pontos em valores distintos de t. 2 4a Questa˜o: (2,5 pontos) Uma part´ıcula partindo do ponto (0, 0, 1) se move com o vetor posic¸a˜o r(t) = (x(t), y(t), z(t)) e vetor velocidade V (t) = (−3z(t), 4, 3x(t)). 1. Determine o vetor posic¸a˜o r(t) = (x(t), y(t), z(t)). 2. Reconhec¸a a curva e fac¸a um esboc¸o da mesma indicando o sentido do percurso. 3. Determine a distaˆncia percorrida desde o instante t = 0 ao instante t = 2pi. Soluc¸a˜o 1. (x′(t), y′(t), z′(t)) = V (t) = (−3z(t), 4, 3x(t)) =⇒ x′′ = −3z′ = −9x , y′ = 4 e z′′ = 3x′ = −9z. As equac¸o˜es x′′ + 9x = 0 e z′′ + 9z = 0 tem soluc¸a˜o x(t) = A cos(3t) +B sen (3t) e z(t) = C cos(3t) +D sen (3t), respectivamente. A equac¸a˜o y′ = 4 tem soluc¸a˜o y(t) = 4t+ E. Como r(0) = (x(0), y(0), z(0)) = (0, 0, 1), enta˜o A = 0, E = 0 e C = 1. Como V (0) = (−3z(0), 4, 3x(0)) = (−3, 4, 0) e V (t) = (3B cos(3t), 4,−3 sen (3t) + 3D cos(3t)), enta˜o B = −1 e D = 0. Vetor posic¸a˜o: r(t) = (x(t), y(t), z(t)) = (− sen (3t), 4t, cos(3t)). 2. Repare que x2 + z2 = 1 e a coordenada y(t) e´ linear no paraˆmetro t. Logo a curva e´ uma he´lice partindo do ponto com coordenadas (0, 0, 1) sobre o eixo z, e enrolando-se ao redor do eixo y, no sentido trigonome´trico, na direc¸a˜o do aumento de y. 3. A distaˆncia e´ dada por ∫ 2pi 0 ||V (t)|| dt = ∫ 2pi 0 √ 9 + 16 dt = 10pi. 3 Gabarito da Primeira Prova Unificada de Ca´lculo II - 2010/1 Questa˜o 1. Considere uma populac¸a˜o P = P (t) com frac¸o˜es constantes de natalidade e mortalidade α > 0 e β > 0, respectivamente. Seja m > 0 a taxa constante de emigrac¸a˜o. Assuma que a taxa com que a populac¸a˜o varia com o tempo pode ser modelada pela equac¸a˜o dP dt = κP −m, onde κ = α− β > 0. (1) (a) (1,0 pt.) Encontre a soluc¸a˜o P (t) de (1) que satisfaz P (0) = P0. (b) (1,0 pt.) Encontre relac¸o˜es entre P0, κ e m para que a populac¸a˜o cresc¸a exponencialmente, permanesc¸a constante ou decresc¸a. (c) (0,5 pt.) Em 1847 a populac¸a˜o de um certo pa´ıs era de 8 milho˜es de habitantes a diferenc¸a entre as taxas de natalidade e mortalidade era de 1,6% da populac¸a˜o. Devido a uma escassez de alimentos entre 1840 e 1850, em torno de 210 mil habitantes por ano emigraram. Nessa e´poca a populac¸a˜o daquele pa´ıs estava crescendo ou declinando ? Soluc¸a˜o de (a): 1. Vamos resolver a EDO de primeira ordem linear dP dt −κP = −m com valor inicial P (0) = P0. 2. O fator integrante e´ µ = exp(− ∫ κdt) = e−κt. 3. Multiplicando a equac¸a˜o pelo fator integrante, obtemos: d(e−κtP (t)) dt = −me−κt 3. Integrando a relac¸a˜o anterior em t, segue que e−κtP (t) = − ∫ me−κtdt = m κ e−κt + C 4. Logo P (t) = m κ + Ceκt (*) 5. Impondo o dado inicial P (0) = P0 a (*), obtemos C = P0 − mκ e P (t) = m κ + ( P0 − m κ ) eκt 1 Soluc¸a˜o de (b): Condic¸a˜o para crescimento exponencial: P0 − mκ > 0 ⇒ κP0 > m. Condic¸a˜o para populac¸a˜o constante: P0 − mκ = 0 ⇒ κP0 = m. Condic¸a˜o para decrescimento: P0 − mκ < 0 ⇒ κP0 < m. Soluc¸a˜o de (c): Nesse caso, P0 = 8.000.000, κ = 0, 016 e m = 210.000. Assim, κP0 = 128.000 < 210.000 = m, o que implica um decrescimento da populac¸a˜o. 2 Questa˜o 2. (2,5 pt.) Resolva o problema de valores iniciais y′′ + 6y′ + 5y = 2e−t y(0) = 0, y′(0) = 1 Soluc¸a˜o: 1. O homogeˆneo associado: y′′ + 6y′ + 5y = 0. 2. Polinoˆmio caracter´ıstico: pc(x) = x 2 + 6x+ 5 3. Ra´ızes de pc(x) : r1 = −5, r2 = −1. 4. Soluc¸a˜o geral do homogeˆneo : yH(t) = c1e −5t + c2e−t. 5. g(t) = 2e−t e´ soluc¸a˜o do homogeˆneo =⇒ yp(t) = Ate−t. 6. Para o candidato acima: yp(t) = Ate −t y′p(t) = Ae −t − Ate−t y′′p(t) = −2Ae−t + Ate−t 7. Escrevendo 2e−t = y′′p + 6y ′ p + 5yp temos 2e−t = 4Ae−t =⇒ A = 1 2 =⇒ yp(t) = 12te−t. 8. A soluc¸a˜o geral e´: y(t) = yH(t) + yp(t) = c1e −5t + c2e−t + 12te −t e substi- tuindo y(0) = 0, y′(0) = 1 obtemos c1 = −18 e c2 = 18 . Portanto y(t) = −1 8 e−5t + 1 8 e−t + 1 2 te−t. 3 Questa˜o 3. Considere r1(t) = (cos t, sen t, t) e r2(t) = (1, t 2, t3), t ≥ 0, os vetores posic¸a˜o de dois objetos. (a) (0,5 pt.) Encontre todos os pontos de intersec¸a˜o das trajeto´rias dos dois objetos. (b) (1,0 pt.) Determine as velocidades vetoriais e as velocidades escalares (rapidez) dos objetos nos pontos encontrados no item (a). (c) (1,0 pt.) Calcule o distaˆncia percorrida pelo segundo objeto (cuja vetor posic¸a˜o e´ r2) entre os pontos (1,0,0) e (1,4,8). Soluc¸a˜o de (a): 1. Para encontrar os pontos de intersec¸a˜o das trajeto´rias, resoveremos o sis- tema: cos t′ = 1 sen t′ = t2 t′ = t3 2. Da primeira equac¸a˜o obtemos t′ = 2kpi, k = 0, 1, 2, . . .. Assim, os u´nicos valores de t e t′ que satizfazem as treˆs equac¸o˜es simultaneamente sa˜o t = t′ = 0. 3. Logo, o u´nico ponto de intersec¸a˜o das trajeto´rias e´ r1(0) = r2(0) = (1, 0, 0). Soluc¸a˜o de (b): r′1(t) = (−sen t, cos t, 1), r′2(t) = (0, 2t, 3t2). No ponto (1,0,0): Velocidades Vetoriais: r′1(0) = (0, 1, 1) e r ′ 2(0) = (0, 0, 0). Velocidades Escalares: ‖ r′1(0) ‖= √ 2 e ‖ r′2(0) ‖= 0. Soluc¸a˜o de (c): 1. ‖ r′2(t) ‖= √ 4t2 + 9t4 = t √ 4 + 9t2, t ≥ 0. 2. r2(0) = (1, 0, 0) e r2(2) = (1, 4, 8). 3. L2 = ∫ 2 0 t √ 4 + 9t2 dt = 1 18 ∫ 40 4 √ u du = [ u3/2 27 ]u=40 u=4 = 80 √ 10− 8 27 . Na integral acima utilizamos a substituic¸a˜o: u = 4 + 9t2; dt = du 18t t = 0→ u = 4; t = 2→ u = 40; 4 Questa˜o 4. Um objeto se desloca no plano e sua posic¸a˜o no instante t ≥ 0 e´ dada por r(t) = (x(t), y(t)). Se sua acelerac¸a˜o e´ dada por −2r(t) (t ≥ 0) e no instante t = 0 o objeto parte do ponto (4,0) com velocidade inicial v0 = (0, 4), encontre: (a) (1,5 pt.) As equac¸o˜es parame´tricas da trajeto´ria do objeto, isto e´, o vetor r(t) (t ≥ 0); (b) (1,0 pt.) A equac¸a˜o cartesiana da trajeto´ria do objeto e identifique a curva. Soluc¸a˜o de (a): 1. r(t) = (x(t), y(t)) =⇒ r′(t) = (x′(t), y′(t)) =⇒ r′′(t) = (x′′(t), y′′(t)). 2. Hipo´tese: r′′(t) = (x′′(t), y′′(t)) = (−2 x(t),−2 y(t)) = −2r(t) 3. Portanto temos:{ x′′(t) = −2 x(t) y′′(t) = −2 y(t) 4. De x′′(t) = −2 x(t) obtemos x′′(t) + 2 x(t) = 0 que e´ uma equac¸a˜o diferencial ordina´ria de ordem 2. Para resolve-la: 4.1. polinoˆmio caracteristico pc(x) = x 2 + 2 e suas raizes : r = ±√2 i. 4.2. soluc¸a˜o geral: x(t) = c1 cos( √ 2t) + c2 sin( √ 2t). 4.3. como r(0) = (4, 0) e r′(0) = (0, 4) obtemos c1 = 4 e c2 = 0. Portanto x(t) = 4 cos( √ 2t). 4.4. Do mesmo modo obtemos y(t) = c1 cos( √ 2t) + c2 sin( √ 2t) e utilizando r(0) = (4, 0) e r′(0) = (0, 4) obtemos c1 = 0 e c2 = 2 √ 2. Portanto y(t) = 2 √ 2 sin( √ 2t). 5. Finalmente, r(t) = (4 cos( √ 2t), 2 √ 2 sin( √ 2t)). Soluc¸a˜o de (b): Como r(t) = (4 cos( √ 2t), 2 √ 2 sin( √ 2t) = (x, y), obtemos x2 16 + y2 8 = 1, que e´ a equac¸a˜o de uma elipse. 5 ¡¡¡¡¡¡¡¡¡ ¡¡¡¡¡¡¡¡ ¡¡¡¡¡¡¡ @@@@@@@@@ @@@@@@@@ @@@@@@@ ¡¡¡¡¡¡¡¡¡ ¡¡¡¡¡¡¡¡ ¡¡¡¡¡¡¡ @@@@@@@@@ @@@@@@@@ @@@@@@@ Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto deMatema´tica Departamento de Me´todos Matema´ticos www.dmm.im.ufrj.br 1a Prova Unificada de Ca´lculo II Escola Polite´cnica e Escola de Qu´ımica - 15/10/2009 1a Questa˜o: (2,5 pontos) Suponha que no instante t = 0, a metade de uma populac¸a˜o de 100.000 coelhos e´ infectada por um v´ırus que comec¸a crescendo com uma taxa de 1.000 coelhos por dia. Assumindo que a taxa com que o v´ırus se espalha e´ proporcional a` quantidade de coelhos infectados vezes a quantidade de coelhos na˜o infectados, determine o tempo que levara´ para que o v´ırus se espalhe por 80% da populac¸a˜o. 2a Questa˜o: (a) (0,5 pontos) Determine a soluc¸a˜o geral da equac¸a˜o y′′ + 4y′ + 4y = 0 (b) (1,5 pontos) Utilize o resultado do item (a) para determinar a soluc¸a˜o geral da equac¸a˜o y′′ + 4y′ + 4y = e−2x(x+ 2) (c) (0,5 pontos) Utilize o resultado do item (b) para determinar a soluc¸a˜o do problema de valor inicial y ′′ + 4y′ + 4y = e−2x(x+ 2) y(0) = −1, y′(0) = 1. 3a Questa˜o: Dada a curva Γ definida por ~r (t) = 〈 et cos t, et sen t, et 〉, t ≥ 0. (a) (0,5 pontos) Esboce a curva Γ e indique com setas a direc¸a˜o na qual o paraˆmetro cresce. (b) (1,5 pontos) Determine as equac¸o˜es parame´tricas da reta tangente a` curva no ponto P = (−epi, 0, epi). Determine, tambe´m, uma equac¸a˜o do plano normal (ortogonal) a` curva no ponto P . (c) (0,5 pontos) Determine o comprimento da curva quando t varia de 0 ate´ 1. 4a Questa˜o: Dada a func¸a˜o f(x, y) = 5− √ 4x2 + y2. (a) (0,5 pontos) Determine e identifique as curvas de n´ıvel de f(x, y). (b) (0,8 pontos) Determine, justificando, um esboc¸o para a superf´ıcie S que e´ o gra´fico de f(x, y). (c) (0,7 pontos) Determine uma parametrizac¸a˜o para a curva C obtida pela intersec¸a˜o da superf´ıcie S com o elipso´ide 4x2 + y2 + (z − 5)2 = 8. (d) (0,5 pontos) Determine os pontos sobre a curva C nos quais a reta tangente e´ paralela a` reta y = 2x do plano xy. Gabarito da 1a Prova Unificada de Ca´lculo II 15/10/2009 1a Questa˜o (i) Por hipo´tese y(t) medido em milhares de coelhos, t em dias, temos assim o problema de valor inicial y ′(t) = ky(100− y) y(0) = 50 (ii) Da condic¸a˜o y′(0) = 1, segue 1 = k50(100− 50), enta˜o k = 1 502 = 0, 0004 (iii) A equac¸a˜o e´ equivalente a y′ y(100− y) = 0, 0004 Observando que 1 y(100− y) = 1 100y + 1 100(100− y) , a primeira igualdade fica y′ y + y′ 100− y = 0, 04. Integrando de ambos os lados e, em seguida, tomando exponencial, temos: y 100− y = Ke 0,04t, K ∈ IR. Usando a condic¸a˜o inicial y(0) = 50, temos y(t) = 100 1 + e−0,04t . (iv) Se t1 e´ o nu´mero de dias ate´ que 80 mil coelhos tenham sido infectados, devemos ter 80 = 100 1 + e−0,04t1 , de modo que t1 = 25(ln 4) ∼= 34, 66 dias. 2a Questa˜o: (a) A equac¸a˜o caracter´ıstica e´ r2 + 4r + 4 = 0, r1 = r2 = −2 Portanto, a soluc¸a˜o geral da equac¸a˜o complementar e´ dada por yc = e−2x(c1 + c2x), (c1, c2 ∈ IR). (b) Do item (a) uma soluc¸a˜o particular e´ da forma yp = e−2x(A+Bx)x2 = e−2x(Ax2 +Bx3), A e B a determinar. Calculando y′p e y ′′ p e substituindo na equac¸a˜o obtemos A = 1 e B = 1 6 . Portanto, yp(x) = e−2x(x2 + 16x 3) e´ uma soluc¸a˜o particular. A soluc¸a˜o geral sera´ y = yc + yp = e−2x(c1 + c2x+ x2 + 1 6 x3), (c1, c2 ∈ IR). (c) Do item (b) segue: y′ = e−2x(−2c1 − 2c2x− 2x2 − 13x3 + c2 + 2x+ 12x2) 1 Substituindo x = 0, y = −1 e y′(0) = 1, segue c1 = c2 = −1. Portanto, a soluc¸a˜o do problema de valor inicial e´ y = e−2x(−1− x+ x2 + 1 6 x3). 3a Questa˜o: (a) As equac¸o˜es parame´tricas da curva Γ sa˜o: x = et cos t, y = et sen t, z = et, t ≥ 0, elas satisfazem x2 + y2 = z2, z > 0; a curva Γ descreve uma espiral na parte superior do cone circular x2 + y2 = z2, tendo ponto inicial (1, 0, 1). O trac¸ado e´ para cima e no sentido anti-hora´rio quando visto desde a origem. (b) ~r ′(t) = 〈et(cos t− sen t), et( sen t+ cos t), et〉. O ponto P corresponde ao valor t = pi, logo ~r ′(pi) = 〈−epi,−epi, epi〉. Portanto, as equac¸o˜es parame´tricas da reta tangente a` curva Γ no ponto P sa˜o: x = −epi(t+ 1), y = −tepi, z = epi(1 + t), t ∈ IR. O plano normal a` Γ no ponto P tem equac¸a˜o: −epi(x+ epi)− epiy + epi(z − epi) = 0 ou − x− y + z = 2epi. (c) Do item (b), |~r ′(t)| = √ e2t[(cos t− sen t)2 + ( sen t+ cos t)2 + 1] = et √ 3. Logo, o comprimento de arco da curva quando t varia de t = 0 ate´ t = 1 e´ dado por L = ∫ 1 0 |~r ′(t)| dt = ∫ 1 0 √ 3 et dt = √ 3(e− 1). 4a Questa˜o: (a) z = c : se c > 5, conjunto vazio; se c = 5 e´ o ponto (0, 0); se c < 5, e´ a elipse 4x2 + y2 = (5− c)2. (b) Para esboc¸ar a superf´ıcie S, gra´fico de f , observamos que a equac¸a˜o z = 5− √ 4x2 + y2 e´ equivalente a (z − 5)2 = 4x2 + y2, z ≤ 5 (1) As sec¸o˜es verticais de S sa˜o: Se x = 0, as semi-retas concorrentes z − 5 = ±y, z ≤ 5; x = k, k 6= 0, ramo inferior da hipe´rbole (z − 5)2 − y2 = 4k2. Se y = 0, as semi-retas concorrentes z − 5 = ±2x, z ≤ 5; y = k, k 6= 0, ramo inferior da hipe´rbole (z − 5)2 − 4x2 = k2. Do item (a) e as curvas acima, conclui-se que a superf´ıcie S e´ a parte inferior de um cone el´ıptico com ve´rtice (0, 0, 5) e eixo z. (c) Para parametrizar a curva C, obtida pela intersec¸a˜o do semi-cone S de equac¸a˜o (1) com o elipso´ide 4x2 + y2 + (z − 5)2 = 8, observamos que a curva C esta´ no plano z = 3 e sua projec¸a˜o no plano xy e´ a elipse x2 + y2 4 = 1. Enta˜o uma parametrizac¸a˜o de C e´ dada por ~r(t) = cos t~i+ 2 sen t ~j + 3 ~k = 〈 cos t, 2 sen t, 3 〉, 0 ≤ t ≤ 2pi. (d) Para a reta y = 2x, temos a parametrizac¸a˜o ~σ(s) = 〈 s, 2s, 0〉, s ∈ IR; um vetor direc¸a˜o dessa reta e´ 〈1, 2, 0〉. Do item (c) segue ~r ′(t) = 〈 − sen t, 2 cos t, 0 〉 = k 〈1, 2, 0〉, com k 6= 0, donde − sen t = k e 2 cos t = 2k, 0 ≤ t ≤ 2pi. Logo, t = 3pi 4 ou t = 7pi 4 . Portanto, os pontos sa˜o (− √ 2 2 , √ 2, 3) e ( √ 2 2 ,− √ 2, 3). 2 ¡¡¡¡¡¡¡¡¡ ¡¡¡¡¡¡¡¡ ¡¡¡¡¡¡¡ @@@@@@@@@ @@@@@@@@ @@@@@@@ ¡¡¡¡¡¡¡¡¡ ¡¡¡¡¡¡¡¡ ¡¡¡¡¡¡¡ @@@@@@@@@ @@@@@@@@ @@@@@@@ Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto deMatema´tica Departamento de Me´todos Matema´ticos www.dmm.im.ufrj.br 1a Prova Unificada de Ca´lculo II Escola Polite´cnica, Escola de Qu´ımica e Instituto de F´ısica 30/04/2009 1a Questa˜o: (a) (2,0 pontos) Determine a soluc¸a˜o geral expl´ıcita y(x) da equac¸a˜o diferencial (x2 + 1)y′ + 3xy = 6x. (b) (0,5 pontos) Utilize o resultado do item (a) para obter a soluc¸a˜o do problema de valor inicial (x 2 + 1)y′ + 3xy = 6x y(0) = −2 2a Questa˜o: (2,5 pontos) Considere um tanque que possui, 1000 litros de a´gua pura. Suponha que ele comece a receber produtos qu´ımicos, completamente dilu´ıdos em a´gua, a uma taxa de 200 litros por hora, e que a concentrac¸a˜o desses produtos na a´gua que ali esta´ entrando varia periodicamente com o tempo t (medido em horas), de acordo com a fo´rmula f(t) = 5 + sen t 100 quilogramas por litro. A soluc¸a˜o enta˜o e´ misturada completamente e sai do tanque tambe´m a` taxa de 200 litros por hora. Determine a quantidade de produtos qu´ımicos (em quilogramas) que permanece no tanque apo´s t horas. Veja abaixo Lembrete. 1 3a Questa˜o: (a) (0,5 pontos) Determine a soluc¸a˜o geral da equac¸a˜o y′′ − 9y = 0. (b) (1,5 pontos) Utilize o resultado do item (a) para determinar a soluc¸a˜o geral da equac¸a˜o y′′ − 9y = 9x2 + e3x. (c) (0,5 pontos) Utilize o resultado do item (b) para determinar a soluc¸a˜o do problema de valor inicial y ′′ − 9y = 9x2 + e3x y(0) = 0; y′(0) = 16 4a Questa˜o: Dada a func¸a˜o f(x, y) = √ 5− 25x2 + 5y2. (a) (0,5 pontos) Determine algebricamente e identifique as curvas de n´ıvel de f(x, y). (b) (0,8 pontos) Determine, justificando, um esboc¸o para a superf´ıcie S que e´ o gra´fico de f(x, y). (c) (0,7 pontos) Determine uma parametrizac¸a˜o para a curva C obtida pela intersec¸a˜o de S com o plano y = 3. (d) (0,5 pontos) Determine as equac¸o˜es parame´tricas da reta tangente a C no ponto (1, 3, 5). 1 ∫ eat sentdt = 1 a2+1 eat(a sen t− cos t) + C, C ∈ IR, a 6= 0. Gabarito da 1a Prova Unificada de Ca´lculo II 30/04/2009 1a Questa˜o: (a) Dividindo ambos os lados da equac¸a˜o por x2 + 1 obtemos dy dx + 3x x2 + 1 y = 6x x2 + 1 que e´ linear com fator integrante I(x) = exp ( 3 2 ln(x2 + 1)) = (x2 + 1)3/2 Multiplicando ambos os lados da equac¸a˜o diferencial por I(x) temos d dx ((x2 + 1)3/2y) = 6x(x2 + 1)1/2. Integrando ambos os lados, (x2 + 1)3/2y = 2(x2 + 1)3/2 + C. Portanto, a soluc¸a˜o geral e´ y(x) = 2 + C(x2 + 1)−3/2, C ∈ IR (b) Substituindo x = 0 e y = −2 na soluc¸a˜o geral obtida no item (a) temos −2 = 2 + C, ou C = −4. Portanto a soluc¸a˜o do problema de valor inicial e´ y(x) = 2− 4(x2 + 1)−3/2 2a Questa˜o: Q(t) = quantidade (em kg) de produtos qu´ımicos que permanece no tanque apo´s t horas. Taxa de entrada = [( 5 + sen t 100 ) kg/l][200 l/h] = (10 + 2 sen t) kg/h Taxa de sa´ıda = [( Q(t) 1000 ) kg/l][200 l/h] = Q(t) 5 kg/h. Assim, dQ dt = 10 + 2 sen t− Q(t) 5 , dQ dt + 1 5 Q(t) = 10 + 2 sen t (1) Fator integrante: I(t) = exp ∫ 1/5 dt = et/5. Multiplicando a equac¸a˜o (1) pelo fator integrante, obtemos d dt (et/5 Q(t)) = 10et/5 + 2 et/5 sen t, et/5Q(t) = 10 ∫ et/5 dt+ 2 ∫ et/5 sen t dt. et/5Q(t) = 50et/5 + 2 ∫ et/5 sen t dt (2) 1 Lembrando que: ∫ eat sen t dt = eat a2 + 1 (a sen t− cos t) + C, C ∈ IR Segue, ∫ et/5 sen t dt = 5 26 et/5 sen t− 25 26 et/5 cos t+ C. (3) Finalmente, substituindo (3) em (2), obtemos: et/5Q(t) = 50et/5 + 5 13 et/5 sen t− 25 13 et/5 cos t+ C, Q(t) = 50 + 5 13 sen t− 25 13 cos t+ Ce−t/5. Como inicialmente a a´gua no tanque era pura. Q(0) = 0, e da´ı, 0 = Q(0) = 50− 25 13 + C, ou C = −625 13 . Portanto, Q(t) = 50 + 5 13 sen t− 25 13 cos t− 625 13 e−t/5 que representa a quantidade (em kg) de produtos qu´ımicos no tanque apo´s t horas. 3a Questa˜o: (a) A equac¸a˜o caracter´ıstica e´ r2 − 9 = 0, r1 = −3 e r2 = 3 Portanto, a soluc¸a˜o geral da equac¸a˜o homogeˆnea e´ dada por yh = c1e−3x + c2e3x, (c1, c2 ∈ IR). (b) Do item (a) segue que uma soluc¸a˜o particular y1p para a equac¸a˜o y′′ − 9y = e3x (1) e´ da forma y1p = kxe 3x, k a determinar. Substituindo na equac¸a˜o (1) segue k = 16 . Agora procuramos uma soluc¸a˜o particular y 2 p da equac¸a˜o y′′ − 9y = 9x2 (2) y2p deve ter a forma y 2 p = Lx 2+Mx+N, L,M e N a determinar. Substituindo na equac¸a˜o (2) obtemos: L = −1, M = 0 e N = −2/9, e portanto, y2p = −x2 − 2/9. Logo, uma soluc¸a˜o particular da equac¸a˜o dada e´ yp = y1p + y2p = x 6 e 3x − (x2 + 2/9). A soluc¸a˜o geral sera´ y = c1e−3x + c2e3x + x 6 e3x − (x2 + 2 9 ), (c1, c2 ∈ IR). (c) Do item (b) segue: y′ = −3c1e−3x + 3c2e3x + e3x( 16 + 12x)− 2x Substituindo x = 0, y = 0 e y′(0) = 16 , segue c1 = c2 = 1 9 . Portanto, a soluc¸a˜o do problema de valor inicial e´ y = 1 9 (e−3x + e3x) + x 6 e3x − (x2 + 2 9 ). 2 4a Questa˜o: (a) Para todo c ≥ 0, a curva de n´ıvel e´ dada por√ 5− 25x2 + 5y2 = c, elevando ao quadrado ambos os lados da equac¸a˜o 5− 25x2 + 5y2 = c2, ou −25x2 + 5y2 = c2 − 5 (1) A equac¸a˜o (1) corresponde a uma hipe´rbole, exceto quando c = √ 5, em cujo caso obtemos o par de retas concorrentes y = ±√5 x, que sa˜o as ass´ıntotas da famı´lia de hipe´rboles definidas pela equac¸a˜o (1). (b) Para obter a superf´ıcie S, gra´fico de f , observamos que a equac¸a˜o z = √ 5− 25x2 + 5y2 e´ equivalente a z2 = 5− 25x2 + 5y2, z ≥ 0 ou 25x2 − 5y2 + z2 = 5, z ≥ 0 (2) As sec¸o˜es com os planos y = c, c constante, sa˜o semi-elipses e as sec¸o˜es com os planos x = c, c constante, sa˜o hipe´rboles ou um par de semi-retas concorrentes ( c = ±1/√5); do item (a) sabemos que as sec¸o˜es horizontais z = c, c ≥ 0 sa˜o hipe´rboles ou um par de retas concorrentes. Portanto, S e´ a metade superior de um hiperbolo´ide de uma folha cujo eixo e´ o eixo y. (c) Para parametrizar a curva C, intersec¸a˜o do semi-hiperbolo´ide da equac¸a˜o (2) do item (b) com o plano y = 3, substituimos y = 3 na equac¸a˜o (2), obtendo 25x2 + z2 = 50, z ≥ 0 ou x2 2 + z2 50 = 1, z ≥ 0 que corresponde a uma semi-elipse no plano xz, com centro na origem e com semi-eixos √ 2 e 5 √ 2, respectivamente. Enta˜o uma parametrizac¸a˜o de C e´ dada por ~r(t) = √ 2 cos t~i+ 3~j + 5 √ 2 sen t ~k, 0 ≤ t ≤ pi. (d) Se P = (1, 3, 5), enta˜o ~OP = ~r(pi/4), por outra parte ~dr dt (t) = − √ 2 sen t~i+ 5 √ 2 cos t ~k, e assim ~dr dt (pi/4) = −~i+ 5~k. Em consequeˆncia, as equac¸o˜es parame´tricas da reta tangente a C no ponto (1, 3, 5) sa˜o x = 1− t y = 3, −∞ < t < +∞ z = 5 + 5t 3 M INSTITUTO DE MATEMA´TICA Universidade Federal do Rio de Janeiro 1 a Prova Unificada de Ca´lculo II Engenharia e Engenharia Qu´ımica 01/10/2008 1 a Questa˜o: (2 pontos) Determine a soluc¸a˜o da equac¸a˜o diferencial linear de segunda ordem com coeficientes constantes: y′′(x) + 2y′(x) + 5y(x) = 5x2; y(0) = 1; y′(0) = 1. 2 a Questa˜o: (2,5 pontos) Um tanque tem a forma de um cone com base circular de raio 6m e altura 18m, como mostra a figura ao lado. Ele esta´ inicialmente repleto com a´gua. A a´gua vaza por um orif´ıcio circular O situado no ve´rtice do cone com vaza˜o (isto e´, taxa de variac¸a˜o do volume por unidade de tempo) dada pela fo´rmula: Vz(t) = π 9 √ 2gh(t) m3/s, onde h(t) e´ a altura do n´ıvel da a´gua no instante t. Con- sidere aqui a acelerac¸a˜o da gravidade g = 9m/s2. De- termine o tempo necessa´rio para se esvaziar este tanque. 18m h(t) Vz(t) O 6 m 3 a Questa˜o: (2,5 pontos) Duas part´ıculas se movem no plano R2 de acordo com os seguintes vetores posic¸a˜o ~r1 = (1 + t)~ı + (3t− 2)~, ~r2 = (1− t)~ı + t2~, onde o tempo t e´ o mesmo para as duas part´ıculas. 1. Determine os pontos onde as trajeto´rias se cruzam. 2. Mostre que as duas part´ıculas nunca se encontram. 3. Determine os instantes em que as duas part´ıculas teˆm a mesma velocidade escalar. 4 a Questa˜o: (3 pontos) Considere a superf´ıcie S em R3 dada pela equac¸a˜o x2 − 2x+ y2 + z2 − 4z = 6. 1. Identifique a superf´ıcie qua´drica S e desenhe a figura correspondente a essa qua´drica. 2. Parametrize a curva C obtida pela intersec¸a˜o de S com o plano y + z = 4 e calcule a distaˆncia ao longo da curva C, do ponto A = (4, 1, 3) ao ponto B = (−2, 1, 3). 3. Determine a equac¸a˜o da reta tangente a` curva C passando pelo ponto A do item anterior. Soluc¸a˜o da 1a Prova de Ca´lculo II 1a QUESTA˜O Considere a equac¸a˜o diferencial y′′(x) + 2y′(x) + 5y(x) = 5x2 (1) e a diferencial homogeˆnea associada , isto e´: y′′(x) + 2y′(x) + 5y(x) = 0. (2) Podemos encontrar a soluc¸a˜o de (2) atrave´s do polinoˆmio caracter´ıstico, que para esta equac¸a˜o e´ : r2 + 2r + 5 = 0 que tem por ra´ızes { r1 = −1 + 2 i r2 = −1− 2 i Asssim, a soluc¸a˜o de (2) sera´ yh = ke −x sin 2x+ k1e−x cos 2x onde k e k1 sa˜o constantes a serem determinadas futuramente. A soluca˜o particular da equac¸a˜o y′′(x) + 2y′(x) + 5y(x) = 5x2 e´ da forma : yp(x) = ax 2 + bx+ c. Substituindo yp(x) na eq. diferencial temos: 5ax2 + (4a+ 5b)x+ (2a+ 2b+ 5c) = 5x2 Resolvendo o sistema de equac¸o˜es: 5a = 5 4a+ 5b = 0 2a+ 2b+ 5c = 0 Obtemos a = 1 , b = -4/5 , c = -2/25 Portanto, a soluc¸a˜o de (1) e´ : y(x) = ke−x sin 2x+ k1e−x cos 2x+ x2 − (4/5)x− 2/25 Utilizando as condic¸o˜es iniciais y(0) = 1 e y’(0) = 1, podemos encontrar k e k1 : k = 36/25 e k1 = 27/25. Assim, temos : y(x) = (e−x/25){36 sin 2x+ 27 cos 2x}+ x2 − (4/5)x− 2/25 2a QUESTA˜O Considere os triaˆngulos semelhantes da figura ao lado. Temos que : 6 18 = r(t) h(t) . Logo r(t) = h(t)/3. Assim o volume V(t) do l´ıquido no cone quando a altura deste for h(t) sera´ : V (t) = pih3(t) 27 . A vaza˜o Vz e´ igual a variac¸a˜o do volume de l´ıquido no cone, portanto: −pi √ 18h(t) 9 = d V (t) d t E apo´s simplificac¸a˜o temos: h′(t) = dh dt = − √ 18h(t) h2(t) Resolvendo esta equac¸a˜o diferencial por separac¸a˜o de varia´veis: h2√ 18h dh = −dt Integrando ambos os lados, obtemos: 2 5 √ 18 h 5/2(t) = −t+ C. Quando t=0 temos h(0) = 18, assim C=2 5 182 Portanto, h 5/2(t) = 5 √ 18 2 (−t+ 2 5 182). Para h=0, teremos o tempo t= 2 5 182 . 3a QUESTA˜O 1. Podemos escrever: ~r1 = x1~i+ y1~j e ~r2 = x2~i+ y2~j , onde R : { x1(t) = 1 + t y1(t) = −2 + 3t (1) P : { x2(t) = 1− t y2(t) = t 2 (2) Em R temos t = x1 − 1 e subtituindo em (1) obtemos y1 = 3x1 − 5. Fazendo o mesmo em P temos t = 1 − x2 e substituindo em (2) obtemos y2 = (1− x2)2. Portanto, a trageto´ria da part´ıcula R e´ uma reta e a da part´ıcula P e´ uma para´bola que se encontram quando 3x− 5 = (1− x)2. Resolvendo esta equac¸a˜o temos { x = 2 x = 3. Assim, estas trajeto´rias se encontram nos pontos A=(2,1) e B=(3,4) . 2. Caso elas se encontrassem ter´ıamos x1(t) = x2(t). Portanto, 1 + t = 1 - t e ter´ıamos t=0. Logo, y1(t) 6= y2(t). Assim, elas na˜o podem se encontrar. 3. As velocidades escalares sa˜o: v1 = √ (x′1)2 + (y ′ 1) 2 e v2 = √ (x′2)2 + (y ′ 2) 2 Assim obtemos: 10 = 1 + 4t2 , e em t=±3/2 as part´ıculas R e P teˆm a mesma velocidade escalar. 4a QUESTA˜O I. A equac¸a˜o x2 − 2x+ y2 + z2 − 4z = 6 pode ser escrita como: (x− 1)2 + y2 + (z − 2)2 = 11 que representa uma esfera de raio √ 11 , centrada no ponto P = (1,0,2) II. Fazendo z = 4 - y e substituindo na equac¸a˜o x2 − 2x+ y2 + z2 − 4z = 6 temos : (x − 1)2 + 2(y − 1)2 = 9 que e´ a projec¸a˜o em XOY da intersec¸a˜o da esfera com o plano y+z = 4 . Esta equac¸a˜o no plano XOY representa a el´ıpse : (x− 1)2 9 + (y − 1)2 (3/ √ 2)2 = 1 Assim, a parametrizac¸a˜o da curva C em R3pode ser dada por: x(t) = 1 + 3 cos(t) y(t) = 1 + (3/ √ 2) sin t z(t) = 3− (3/√2) sin t Como a intersec¸a˜o de um plano com uma esfera e´ uma circunfereˆncia, a curva C e´ uma circunfereˆncia no plano y+z=4. O ponto A e´ tal que o paraˆmetro t vale zero, e para o ponto B temos t=pi. Assim, a distaˆncia de A ao ponto B, ao longo de C e´ pir = 3pi, ja´ que o raio da circunfeˆrencia C vale 3. III. O vetor x′(t)~i+ y′(t)~j + z′(t)~k , onde : x′(t) = −3 sin(t) y′(t) = (3/ √ 2) cos t z′(t) = −(3/√2) cos t e´ tangente a` curva C. Portanto, o vetor ~u = (3/ √ 2 )~j − (3/√2 )~k e´ tangente a` C no ponto A. A reta tangente pode ser dada parame´tricamente por: x(t) = 4 y(t) = 1 + (3/ √ 2)t z(t) = 3− (3/√2)t Instituto de Matema´tica - IM/UFRJ Ca´lculo Diferencial e Integral II - MAC128 Primeira prova - 07/05/2008 Questa˜o 1: (2.5 pontos) Seja a equac¸a˜o diferencial ordina´ria y ′(t) = 2y(t) (y(t)− 1). (a) (1.5 ponto) Obtenha a soluc¸a˜o geral da EDO acima de forma expl´ıcita. (b) (1.0 ponto) Seja y0 = y(0). Encontre a expressa˜o para y(t) envolvendo y0. Suponha que 0 < y0 < 1, calcule o limite da soluc¸a˜o deste problema quando t tende a infinito. Questa˜o 2: (2.5 pontos) Seja a equac¸a˜o diferencial ordina´ria y ′′(t)− 4y ′(t) + 4y(t) = f(t). (a) (0.8 ponto) Considere f(t) ≡ 0. Encontre a soluc¸a˜o geral desta equac¸a˜o dife- rencial ordina´ria. (b) (1.7 ponto) Considere, agora, que f(t) = te3t, y(0) = 6 e y ′(0) = 15. Encontre a soluc¸a˜o para este problema de valor inicial. Questa˜o 3: (3.0 pontos) Seja uma part´ıcula cuja posic¸a˜o no espac¸o ao longo do tempo e´ descrita pela func¸a˜o vetorial s(t) = (cos(2t), sen(2t), t), com t ∈ [0, 2pi]. (a) (0.5 ponto) Fac¸a um esboc¸o da trajeto´ria percorrida pela part´ıcula. (b) (1.0 ponto) Calcule o comprimento de arco (distaˆncia percorrida pela part´ıcula) entre os tempos t = pi 4 e t = pi. (c) (1.0 ponto) Encontre as equac¸o˜es da reta tangente a` curva descrita pela part´ıcula no ponto ( 1 2 , √ 3 2 , pi 6 ) . (d) (0.5 ponto) Calcule a velocidade e acelerac¸a˜o vetoriais da part´ıcula. Questa˜o 4: (2.0 pontos) Seja a qua´drica cuja equac¸a˜o cartesiana e´ dada por 2x2 + y2 + 2y + z2 = 9. (a) (1.0 ponto) i. Identifique a qua´drica ii. Determine a equac¸a˜o da intersec¸a˜o da qua´drica com os planos coordenados xz e yz iii. Identifique as curvas obtidas no subitem anterior iv. Fac¸a um esboc¸o da superf´ıcie (b) (1.0 ponto) Encontre uma parametrizac¸a˜o para a curva C que corresponde a` intersec¸a˜o da qua´drica com o plano y + z = 1 Pa´gina 1 de 1 Boa prova! Instituto de Matema´tica - IM/UFRJ Ca´lculo Diferencial e Integral II - MAC128 Primeira prova - 07/05/2008 Questa˜o 1: (2.5 pontos) Seja a equac¸a˜o diferencial ordina´ria y ′(t) = 2y(t) (y(t)− 1). (a) (1.5 ponto) Obtenha a soluc¸a˜o geral da EDO acima. Soluc¸a˜o: Considerando y /∈ {0, 1}, fazendo algum manuseio alge´brico e aplicando frac¸o˜es parciais obtemos ( 1 y − 1 − 1 y ) y ′ = 2. Integrando com relac¸a˜o a t obtemos ln (∣∣∣∣y − 1y ∣∣∣∣) = 2t+ c1. Aplicando exponencial segue que∣∣∣∣y − 1y ∣∣∣∣ = Ce2t. Enta˜o obtemos y(t) = 1 1− Ce2t se y(t) /∈ {0, 1} (b) (0.5 ponto) Sendo y(0) tal que 0 < y(0) < 1, calcule o limite da soluc¸a˜o deste problema quando t tende a infinito. Soluc¸a˜o: Seja y0 := y(0). Substituindo na expressa˜o anterior vemos que y(t) = y0 y0 − (y0 − 1)e2t se y(t) /∈ {0, 1}. Se y0 ∈ (0, 1) vemos que o denominador e´ estritamente positivo e tende a +∞ quando t tende a infinito. Portanto a soluc¸a˜o tende a zero quando t tende a infinito. (c) (0.5 ponto) Suponha, agora, que y(0) > 1. Existe soluc¸a˜o para o problema de valor inicial definida para todo t > 0? Justifique adequadamente. Soluc¸a˜o: Analisando a expressa˜o para a soluc¸a˜o obtida no item anterior, vemos que o Pa´gina 1 de 4 Ca´lculo Diferencial e Integral II - MAC128 Primeira prova - 07/05/2008(continuac¸a˜o) denominador se anula para t satisfazendo t1 := 1 2 ln ( y0 y0 − 1 ) e, portanto, a soluc¸a˜o so´ existe quando t < t1. Questa˜o 2: (2.5 pontos) Seja a equac¸a˜o diferencial ordina´ria y ′′(t)− 4y ′(t) + 4y(t) = f(t). (a) (0.8 ponto) Considere f(t) ≡ 0. Encontre a soluc¸a˜o geral desta equac¸a˜o dife- rencial ordina´ria. Soluc¸a˜o: A equac¸a˜o caracter´ıstica e´ r2 − 4r + 4 = 0, que tem raiz dupla igual a 2. Enta˜o a soluc¸ao geral desta EDO homogeˆnea sera´ y(t) = c1e 2t + c2te 2t. (b) (1.7 ponto) Considere, agora, que f(t) = t2e3t, y(0) = 6 e y ′(0) = 15. Encontre a soluc¸a˜o para este problema de valor inicial. Soluc¸a˜o: Necessitamos encontrar a soluc¸a˜o particular yp(t). Da forma do termo na˜o homegeˆneo temos que yp(t) e´ da forma yp(t) = (at 2 + bt + c)e3t. Derivando obtemos yp ′(t) = (3at2 + (3b + 2a)t + b + 3c)e3t e yp ′′(t) = (9at2 + (9b + 12a)t+(2a+6b+9c))e3t. Substituindo na EDO e simplificando obtemos que (at2 + (4a+ b)t+ (2a+ 2b+ c)− t2)e3t = 0. Conclui-se que a = 1, b = −4 e c = 6 e, portanto yp(t) = (t 2 − 4t+ 6)e3t. Da´ı, temos que a soluc¸a˜o geral da EDO na˜o homogeˆnea e´ dada por y(t) = (t2−4t+6)e3t+c1e2t+c2te2t. Como y(0) = 6 conclui-se que c1 = 0. Derivando temos y ′(t) = (3t2−10t+14)e3t+ c2e 2t+2c2te 2t. Como y ′(0) = 15 vem que c2 = 1 e y(t) = (t2−4t+6)e3t+te2t. Questa˜o 3: (3.0 pontos) Seja uma part´ıcula cuja posic¸a˜o no espac¸o ao longo do tempo e´ descrita pela func¸a˜o vetorial s(t) = (cos(2t), sen(2t), t), com t ∈ [0, 2pi]. (a) (0.5 ponto) Fac¸a um esboc¸o da trajeto´ria percorrida pela part´ıcula. Soluc¸a˜o: Pa´gina 2 de 4 Ca´lculo Diferencial e Integral II - MAC128 Primeira prova - 07/05/2008(continuac¸a˜o) (b) (1.0 ponto) Calcule o comprimento de arco (distaˆncia percorrida pela part´ıcula) entre os tempos t = pi 4 e t = pi. Soluc¸a˜o: Temos que s ′(t) = (−2 sen(2t), 2 cos(2t), 1) e, portanto ‖s ′(t)‖ = √5. Enta˜o o comprimento e´ dado pela integral l = ∫ pi pi/4 √ 5dt = 3 √ 5 4 pi (c) (1.0 ponto) Encontre a reta tangente a` curva descrita pela part´ıcula no ponto( 1 2 , √ 3 2 , pi 6 ) . Soluc¸a˜o: Por comparac¸a˜o vemos que o ponto corresponde a t = pi/6. O vetor direc¸a˜o da reta e´ o vetor s ′(pi/6) = (−2 sen(2pi 6 ), 2 cos(2pi 6 ), 1), isto e´, um vetor tan- gente a` reta e´ dado por (−√3, 1, 1) e a equac¸a˜o parame´trica da reta e´ r(t) = ( − √ 3 ( t− 1 2 ) , t− √ 3 2 , t− pi 6 ) , t ∈ R. (d) (0.5 ponto) Calcule a velocidade e acelerac¸a˜o da part´ıcula. Soluc¸a˜o: v = s ′(t) = (−2 sen(2t), 2 cos(2t), 1) e a = s ′′(t) = (−4 cos(2t),−4 sen(2t), 0) Questa˜o 4: (2.0 pontos) Seja a curva C obtida pela intersec¸a˜o da qua´drica 2x2+ y2+2y+ z2 = 9 com o plano y + z = 1. (a) (0.5 ponto) Identifique a qua´drica Pa´gina 3 de 4 Ca´lculo Diferencial e Integral II - MAC128 Primeira prova - 07/05/2008(continuac¸a˜o) Soluc¸a˜o: Completando quadrado temos 2x2 + 2(y + 1/2)2 + z2 = 8.5, isto e´, trata-se de um elipso´ide com centro no ponto (0,−1/2, 0) (b) (1.5 ponto) Encontre uma parametrizac¸a˜o para a curva C ( sugesta˜o: encontre a projec¸a˜o da curva no plano coordenado xy ) Soluc¸a˜o: Da equac¸a˜o do plano temos que z = 1 − y. Substituindo na equac¸a˜o do elipso´ide temos que 2x2 + y2 + 2y + (1 − y)2 = 9. Simplificando obtemos 2x2+2y2 = 8, isto e´, a projec¸a˜o da curva no plano coordenado xy e´ um c´ırculo de centro na origem e raio 2. Enta˜o, uma parametrizac¸a˜o para a curva sera´ σ(t) = (2 cos(t), 2 sen(t), 1 − 2 sen(t), com t ∈ [0, 2pi]; a func¸a˜o coordenada z(t) foi obtida substituindo a func¸a˜o coordenada y(t) na equac¸a˜o do plano. Pa´gina 4 de 4 Boa prova! NOME: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Instituto de Matemática PRIMEIRA PROVA UNIFICADA � CÁLCULO II Politécnica, Engenharia Química e Ciência da Computação 21/05/2013. 1a QUESTÃO : Dada a função f(x, y) = xy2 3x2 − y4 , (x, y) 6= (0, 0) 0 , (x, y) = (0, 0) (a) Calcule o lim (x,y)→(0,0) f(x, y), se este limite existir. Justifique sua resposta! (b) A função é contínua na origem? Justifique sua resposta! (c) A função é diferenciável na origem? Justifique sua resposta! Solução: (a) Calculando o limite pela reta y = mx: lim x→0 x(mx)2 3x2 − (mx)4 = limx→0 x3m2 x2(3−m4x2) = limx→0 xm2 3−m4x2 = 0 Calculando o limite através da parábola x = y2: lim x→0 x2 3x2 − x2 = 1 2 Portanto, como os valores dos limites acima são diferentes, o limite não existe na origem. (b) A função não é contínua na origem, pois o lim(x,y)→(0,0) f(x, y) não existe. (c) A função não é diferenciável na origem, pois a função não é contínua aí. 2a QUESTÃO : Encontre o valor máximo e o valor mínimo da função f(x, y) = x2 + y2 na região D = {(x, y) ∈ R2;x2 − xy + y2 ≤ 9} Solução: Seja g(x, y) = x2 − xy + y2. Primeiramente, encontraremos os pontos críticos pertencentes à região D: ∇f(x, y) = (2x, 2y) = (0, 0)⇔ (x, y) = (0, 0). Agora encontraremos os candidatos a pontos extremos da função na fronteira da região D, i.e., na curva g(x, y) = 9. Note que ∇g(x, y) = (2x− y,−x+ 2y) = (0, 0)⇔ (x, y) = (0, 0). 1 Como o ponto (0, 0) não pertence à curva g(x, y) = 9, então podemos aplicar o método dos multiplicadores de Lagrange para encontrar extremos absolutos da função f restrita a esta curva. Como ∇f(x, y) = (2x, 2y), devemos então resolver o seguinte sistema: 2x = λ(2x− y) 2y = λ(2y − x) x2 − xy + y2 = 9 Se y = 2x, da primeira equação segue que x = 0. Logo, y = 0. Entretanto os valores x = y = 0 não satisfazem a terceira equação do sistema, logo y 6= 2x. Analogamente mostra-se que x 6= 2y. Assim, segue da primeira e segunda equações que λ = 2x 2x− y e λ = 2y 2y − x . Então 2x 2x− y = 2y 2y − x ⇒ 4xy − 2y2 = 4xy − 2x2 ⇒ y2 = x2 ⇒ y = ±x. Agora da terceira equação obtemos que se y = x então x = ±3 e se y = −x então x = ±√3. Portanto, os candidatos a pontos extremos na curva g(x, y) = 9 são os pontos (3, 3), (−3,−3), (√3,−√3) e (−√3,√3). Calculando os valores da função f em cada um dos pontos encontrados anterior- mente, obtemos que f(0, 0) = 0, f(3, 3) = f(−3,−3) = 18, f( √ 3,− √ 3) = f(− √ 3, √ 3) = 6. Logo, o valor mínimo de f na região D é f(0, 0) = 0 e o valor máximo é f(3, 3) = f(−3,−3) = 18. 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JA- NEIRO Instituto de Matemática Disciplina: Cálculo II Data: 21/11/2013 SEGUNDA PROVA UNIFICADA 1. Determine a direção em que ocorre a menor taxa de variação da função f(x, y, z) = x2y3+(1+zx)4 no ponto (1, 0,−2). (a) (−8, 0, 4) (b) (−6, 0,−4) (c) (−8, 3,−4) (d) (6, 3, 4) (e) Nenhuma das outras alternativas. 2. A função f(x, y) = y sen (x) possui (a) infinitos pontos de sela. (b) infinitos pontos de máximo local. (c) infinitos pontos de mínimo local. (d) exatamente um ponto de mínimo local e um de máximo local. (e) Nenhuma das outras alternativas. 3. Seja f(x, y) uma função diferenciável no ponto (x0, y0) tal que ∂f ∂x (x0, y0) = 1 e D(√2 2 , √ 2 2 )f(x0, y0) = 0. Quanto vale D(−√22 ,√22 )f(x0, y0)? (a) −√2 (b) √ 2 (c) −1 (d) √ 2/2 (e) Nenhuma das outras alternativas. 4. Considere a função f(x, y) = x4 sen 6(x+ y5) x2 + y2 , se (x, y) 6= (0, 0), 0, se (x, y) = (0, 0). Qual afirmação abaixo é verdadeira? (a) A função é contínua em R2. (b) A função é contínua somente na origem. (c) A função é contínua somente em R2 \ (0, 0). (d) A função não é contínua. (e) Nenhuma das outras alternativas. 5. Considere a superfície S dada pela equação cos(pix)− x2y + exz + yz = 4. Quais são as equações do plano tangente e da reta normal a S no ponto (0, 1, 2)? (a) 2x+2y+z = 4 e x = 2t, y = 1+2t, z = 2+t. (b) x+ y + z = 3 e x = 2t, y = 1 + t, z = 2 + 2t. (c) 2x+2y+z = 4 e x = t, y = 1+2t, z = 2+2t. (d) 2x+ y + z = 3 e x = t, y = 1 + 2t, z = 2 + t. (e) Nenhuma das outras alternativas. 6. Seja z = 4ex ln y, onde x = ln(u cos(v)) e y = u sen (v). Calcule ∂z ∂v quando u = 2 e v = pi/4. (a) 4 √ 2(1− ln√2) (b) −4√2(1 + ln√2) (c) 4 √ 2(1 + ln √ 2) (d) √ 2(1 + ln √ 2) (e) Nenhuma das outras alternativas. Gabarito Pág. 1 Gabarito dos 824 Testes Gerados Teste 001: 1D 2A 3C 4A 5D 6C Teste 002: 1E 2D 3D 4C 5B 6C Teste 003: 1D 2D 3E 4B 5B 6C Teste 004: 1E 2E 3B 4A 5B 6D Teste 005: 1D 2C 3E 4C 5D 6A Teste 006: 1C 2E 3B 4A 5C 6A Teste 007: 1A 2E 3E 4A 5B 6D Teste 008: 1E 2B 3B 4E 5A 6B Teste 009: 1B 2A 3A 4B 5D 6C Teste 010: 1B 2A 3D 4B 5E 6C Teste 011: 1E 2D 3B 4B 5A 6A Teste 012: 1B 2D 3B 4E 5C 6C Teste 013: 1D 2A 3A 4C 5D 6E Teste 014: 1A 2B 3A 4B 5D 6D Teste 015: 1A 2A 3D 4C 5C 6E Teste 016: 1C 2D 3A 4A 5E 6C Teste 017: 1E 2D 3A 4E 5A 6C Teste 018: 1A 2D 3B 4D 5C 6E Teste 019: 1C 2A 3D 4C 5B 6E Teste 020: 1A 2A 3B 4B 5E 6D Teste 021: 1E 2C 3B 4A 5C 6E Teste 022: 1A 2A 3C 4D 5B 6C Teste 023: 1C 2B 3C 4D 5A 6A Teste 024: 1E 2A 3A 4C 5E 6D Teste 025: 1D 2D 3A 4E 5B 6B Teste 026: 1D 2D 3B 4B 5E 6C Teste 027: 1B 2B 3C 4E 5D 6E Teste 028: 1D 2E 3E 4A 5A 6C Teste 029: 1E 2B 3E 4D 5A 6D Teste 030: 1A 2B 3D 4C 5E 6D Teste 031: 1A 2D 3D 4C 5A 6E Teste 032: 1A 2A 3D 4C 5E 6D Teste 033: 1E 2C 3B 4C 5E 6A Teste 034: 1D 2E 3A 4E 5C 6B Teste 035: 1B 2E 3A 4B 5A 6D Teste 036: 1E 2E 3B 4B 5A 6A Teste 037: 1A 2E 3E 4C 5D 6A Teste 038: 1E 2D 3D 4C 5E 6A Teste 039: 1B 2C 3C 4E 5D 6E Teste 040: 1C 2A 3E 4A 5C 6E Teste 041: 1E 2D 3B 4D 5B 6E Teste 042: 1D 2B 3D 4C 5B 6E Teste 043: 1B 2D 3D 4A 5B 6A Teste 044: 1A 2D 3C 4E 5E 6A Teste 045: 1C 2B 3B 4E 5D 6E Teste 046: 1C 2D 3D 4C 5B 6B Teste 047: 1D 2B 3D 4C 5B 6A Teste 048: 1D 2A 3B 4A 5D 6E Teste 049: 1A 2D 3E 4B 5C 6B Teste 050: 1C 2E 3B 4D 5B 6E Teste 051: 1D 2A 3C 4C 5D 6B Teste 052: 1E 2C 3C 4A 5E 6A Teste 053: 1B 2C 3B 4C 5A 6D Teste 054: 1E 2E 3A 4D 5B 6C Teste 055: 1E 2B 3C 4C 5A 6A Teste 056: 1B 2D 3A 4B 5E 6D Gabarito Pág. 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Instituto de Matema´tica SEGUNDA PROVA UNIFICADA – CA´LCULO II Polite´cnica, Engenharia Qu´ımica e Cieˆncia da Computac¸a˜o - 04/07/2013. QUESTO˜ES DISCURSIVAS 1a Questa˜o. (2.2 pontos). Considere a superf´ıcie S formada pelos pontos (x, y, z) ∈ R3 satisfazendo a equac¸a˜o xyz = eβx, onde β e´ um nu´mero real. (a) Escreva a equac¸a˜o do plano tangente a S no ponto P0 = ( 3, 1 3 , e3β ) ∈ S. (b) Encontre β de modo que o plano tangente a S no ponto P0 contenha a origem. Resoluc¸a˜o: (a) A superf´ıcie S pode ser vista como uma superf´ıcie de n´ıvel para F (x, y, z) = xyz−eβx. Calculando o gradiente de F no ponto P0 = (3, 1 3 , e 3β) obtemos ∇F ( 3, 1 3 , e3β ) = ( −βe3β + 1 3 e3β, 3e3β, 1 ) . O plano tangente a S, portanto, tem equac¸a˜o( −βe3β + 1 3 e3β ) (x− 3) + 3e3β ( y − 1 3 ) + (z − e3β) = 0 (1) (b) Encontre β de modo que o plano tangente a S no ponto P0 = ( 3, 13 , e 3β ) contenha a origem. (b) A origem (0, 0, 0) pertence ao plano (1) se, se somente se,( −βe3β + 1 3 e3β ) (0− 3) + 3e3β ( 0− 1 3 ) + (0− e3β) = 0⇔ e3β(3β − 3) = 0 ⇔ 3β − 3 = 0 ⇔ β = 1. 2a Questa˜o. (2.2 pontos). Calcule, se existirem, o ma´ximo e o mı´nimo absolutos de f(x, y, z) = 2x2 + y2 + z na regia˜o x2 + y2 + z2 = 1. Resoluc¸a˜o: f e´ uma func¸a˜o cont´ınua e a regia˜o R : x2 + y2 + z2 = 1 dada e´ limitada e fechada, logo o ma´ximo e mı´nimo
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