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Financiamento de Veículos Pesados SEST – Serviço Social do Transporte SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte ead.sestsenat.org.br CDU 347.4:656.1(81) Curso on-line – Financiamento de Veículos Pesados – Brasília: SEST/SENAT, 2017. 1. Contrato de financiamento. 2. Veículo - financiamento. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título. 27 p. :il. – (EaD) 3 Sumário Apresentação 4 Unidade 1 | Como Financiar um Veículo 5 1 Contextualizando o Financiamento 6 1.2 Chegou a Hora de Renovar a Frota 6 2 BNDES Procaminhoneiro 7 Atividades 11 Referências 12 Unidade 2 | Tipos de Financiamento 13 1 Introdução 14 2 CDC – Crédito Direto ao Consumidor 15 3 Leasing – Arrendamento Mercantil 17 3.1 Mais Detalhes sobre o Leasing 18 4 Consórcio 18 4.1 Mais Detalhes sobre o Consórcio 19 5 Finame – CDC e Leasing 20 5.1 Mais Detalhes sobre o BNDES Finame e o BNDES Finame Leasing 20 6 Mais Informações 21 Atividades 24 Referências 25 Gabarito 26 4 Apresentação Prezado(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) ao curso Financiamento de Veículos Pesados! Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, você verá ícones que têm a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e ajudar na compreensão do conteúdo. Este curso possui carga horária total de 10 horas e foi organizado em 2 unidades, conforme a tabela a seguir. Fique atento! Para concluir o curso, você precisa: a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas “Aulas Interativas”; b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; c) responder à “Avaliação de Reação”; e d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado. Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de dúvidas, entre em contato através do e-mail suporteead@sestsenat.org.br. Bons estudos! Unidades Carga Horária Unidade 1 | Como Financiar um Veículo 3h Unidade 2 | Tipos de Financiamento 7h 5 UNIDADE 1 | COMO FINANCIAR UM VEÍCULO 6 Unidade 1 | Como Financiar um Veículo 1 Contextualizando o Financiamento Todo caminhoneiro sabe que seu caminhão é sinônimo de seu ganha-pão. É por meio dos fretes que realiza que ele sustenta a família, coloca os filhos na escola, paga sua casa etc. Todo o caminhoneiro sabe também que nem sempre sobra muito dinheiro no final do mês para pensar em novas despesas, como por exemplo, trocar de caminhão. Isso explica por que, segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), 85% dos caminhões com mais de 20 anos estão nas mãos de caminhoneiros autônomos. Será que essa situação não pode ser mudada? Recentemente, podemos contar com melhores opções de financiamento que favorecem exatamente o caminhoneiro autônomo e o pequeno empresário do setor. Embora as parcelas de um financiamento possam, a princípio, comprometer o orçamento mensal da maioria dos caminhoneiros, existem outras fontes de economia que um novo veículo pode gerar e que devem ser consideradas, como: menor gasto com manutenção, menor consumo de combustível etc. A seguir veremos como você pode tornar realidade o desejo de adquirir um caminhão mais novo. 1.2 Chegou a Hora de Renovar a Frota Quando falamos em frota aqui, referimo-nos a qualquer número de veículos que esteja sob seu cuidado: podem ser dez, cinco ou apenas um – todos eles estão sujeitos aos mesmos problemas ao longo dos anos: desvalorização financeira, quebras e falhas cada vez mais constantes, custos de manutenção elevados etc. 7 h Você sabe se o preço do frete que você está cobrando leva em conta todas as despesas que você deveria considerar? Procure o curso Cálculo de Frete do SEST SENAT para se informar melhor. Em um mundo ideal, no custo de cada frete realizado estaria incluída uma parcela referente aos gastos com manutenção e uma parcela referente à desvalorização anual do veículo de forma que, ao final de um determinado período, o veículo pudesse ser substituído, mas não é sempre que isso acontece. Mas você sabe identificar qual o melhor momento para trocar o veículo? A resposta é: no momento em que o veículo apresentar: • Falhas constantes; • Custos de manutenção crescentes; • Aumento no gasto de combustível. Para solucionar o problema é hora de verificar se o financiamento de um veículo novo – ou pelo menos mais novo – não diminuiria significativamente esses gastos. No momento em que o repasse do aumento desses custos começa a tornar o valor do seu frete impraticável, é hora de pensar seriamente na substituição. 2 BNDES Procaminhoneiro Lançado em 2006, o programa BNDES Procaminhoneiro tem como objetivo oferecer apoio ao transportador autônomo por meio do financiamento de veículos novos, cadastrados no BNDES e usados, além de financiamento de sistemas de rastreamento e seguro do bem. g Para saber se o produto que você está procurando está cadastrado, basta conferir no portal oficial do BNDES, acessível através do link a seguir. www.bndes.gov.br 8 h Para solicitar o financiamento por meio do programa, o transportador autônomo deverá estar inscrito no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga – RNTRC. O registro é gratuito e emitido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT (Tel.: 0800-610300). Os financiamentos não são concedidos diretamente pelo BNDES, mas por meio de instituições financeiras credenciadas, que incluem bancos públicos e privados. Entre as instituições financeiras cadastradas de maior destaque no território nacional estão Banco do Brasil, Banco Itaú-Unibanco, HSBC e Santander. Você ainda pode contar com os bancos das próprias fabricantes, como Volkswagen, Volvo, Scania, Mercedes etc. g Para mais informações sobre instituições cadastradas, consulte o portal oficial do BNDES e verifique essas informações acessando o link a seguir. http://www.bndes.gov.br Essas instituições serão responsáveis por receber os documentos do interessado, verificar se ele atende os requisitos mínimos para solicitação de financiamento e realizar a sua análise de crédito. Apenas depois de aprovada em todas essas fases é que a documentação será encaminhada pela instituição ao BNDES, para aprovação e liberação dos recursos. Por isso, é importante manter um bom relacionamento com o seu banco, por meio de seu gerente. a) Requisitos mínimos para o financiamento: • As pessoas físicas devem estar inscritas no RNTRC como transportadores autônomos de carga. 9 • O veículo que será financiado deve estar em situação regular nos órgãos de trânsito competentes. • O interessado deve estar em dia com obrigações fiscais, tributárias e sociais. • O interessado deverá apresentar cadastro satisfatório. b) Qual o caminho das pedras? 1. Primeiro passo – O interessado deve se dirigir a uma instituição financeira credenciada pelo BNDES. Para facilitar a análise de crédito, recomenda-se que ele se dirija a uma instituição na qual já tenha negócios (conta corrente, conta poupança, empréstimos, investimentos etc.). É nessa fase que deve ser identificado o veículo desejado, seu fabricante, valor etc. 2. Segundo passo – A instituição financeira escolhida irá realizar sua análise de crédito. É importante que o solicitante tenha conhecimento de que cada instituição está autorizada a utilizar procedimentos próprios para avaliar a concessão de crédito, dentro de parâmetros estabelecidos pelo BNDES. Isso significa que o tempo de aprovação, bem como os documentos de comprovação financeira,podem variar de banco para banco. Informe-se sempre sobre eles na instituição que você escolher. 3. Terceiro passo – Uma vez aprovado o financiamento pela instituição cadastrada, é a vez da aprovação pelo BNDES. Essa homologação leva por volta de cinco dias úteis. 4. Quarto passo – Com a homologação do BNDES, a instituição financeira entra em contato com o cliente para assinatura da documentação exigida. Após os registros contratuais necessários, o banco solicita ao BNDES a liberação do crédito. 5. Quinto passo – Em condições normais, o BNDES fará o repasse dos recursos em até cinco dias úteis para a instituição financeira, que terá outros três dias úteis para repassar o valor ao fornecedor do veículo. Entretanto, esse prazo pode sofrer alterações, principalmente conforme a demanda por esse tipo de financiamento. E pronto! 10 Como você viu, o Procaminhoneiro atua em prol do transportador e oferece o direcionamento e as condições para que o caminhoneiro autônomo realize seu financiamento. Mais adiante você verá algumas opções de financiamento disponíveis para quem pretende financiar um novo veículo – com ou sem a ajuda do programa. 11 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. Os financiamentos são concedidos diretamente pelo BNDE. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. O programa BNDES Procaminhoneiro tem como objetivo oferecer apoio ao transportador autônomo por meio do financiamento de veículos novos, cadastrados no BNDES e usados, além de financiamento de sistemas de rastreamento e seguro do bem. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 12 Referências BNDES – BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL. Programa de Financiamento a Caminhoneiros – BNDES Procaminhoneiro. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Areas_de_Atuacao/ Comercio_Servicos_e_Turismo/procaminhoneiro.html>. Acesso em: 20 set. 2010. BANCOVW – BANCO VOLKSWAGEN. Produtos – Financiamento. Disponível em: <http://www.vw.com.br/bancovw/app/frames/frameset_financiamento.asp>. Acesso em: 20 set. 2010. FAGUNDES, E. Incentivo para caminhões turbina banco de montadora. DCI – Diário do Comércio, Indústria & Serviços. São Paulo, 30 de agosto de 2010. Disponível em: <http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=7&id_noticia=340219>. Acesso em: 20 set. 2010. GIOPATO, D. Frota – A um passo da renovação. Revista O Carreteiro. São Paulo, novembro de 2009. Disponível em: <http://www.revistaocarreteiro.com.br/modules/ revista.php?recid=780&edid=69>. Acesso em: 20 set. 2010. ________. Financiamento – Procaminhoneiro ainda “patina”. Revista O Carreteiro. São Paulo, setembro de 2007. Disponível em: <http://www.revistaocarreteiro.com.br/ modules/revista.php?recid=467>. Acesso em: 20 set. 2010. ITAÚ. Financiamento de veículos, máquinas e equipamentos. Portal da internet, 2017. Disponível em: <https://www.itau.com.br/empresas/creditos-financiamentos/ longo-prazo/leasing/>. Acesso em: 27 jun. 2017. LIMA, A. S. D.; DI AUGUSTINI, C. A. Leasing operacional: estratégias mercadológica e econômico-financeira. Rio de Janeiro: FGV, 2001. MONTENEGRO, S. Substituição de frota é discutida na Câmara. Portal CNT - Canal de Notícias. Brasília, 7 de maio de 2009. Disponível em: <http://www.cnt.org.br/portal/ webCanalNoticiasCNT/noticia.aspx?id=f60b6de6-b8ef- 459a-89b7-b04407d1f20b>. Acesso em: 20 set. 2010. SIQUEIRA, K. Modercarga – Renovação começa a tomar forma. Revista O Carreteiro. São Paulo, janeiro de 2004. Disponível em: <http://www.revistaocarreteiro.com.br/ modules/revista.php?recid=28&edid=5>. Acesso em: 20 set. 2010. VALENTE, A. M. et al. Gerenciamento de transporte e frotas. 2ª. ed. São Paulo: CENGAGE Learning, 2008. 13 UNIDADE 2 | TIPOS DE FINANCIAMENTO 14 Unidade 2 | Tipos de Financiamento 1 Introdução Agora que você já sabe que há um programa do governo especificamente pensado para a situação do caminhoneiro autônomo, você está mais próximo do seu financiamento – mas ainda existem outras coisas que você precisa considerar antes de dar entrada no seu pedido de financiamento, por exemplo: • Qual modalidade de financiamento você irá escolher? • Qual o prazo de financiamento? • Quais garantias deverão ser oferecidas? • Quais as taxas de juros? As respostas para essas perguntas podem variar em cada instituição financeira. Por hora, vamos ajudar você a compreender as diferentes modalidades de financiamento existentes. Um dos primeiros nomes que você irá conhecer é o Crédito Direto ao Consumidor (CDC). Nessa modalidade de financiamento, a grande vantagem é que você poderá negociar o valor do bem à vista, pois o dinheiro levantado com o financiamento é depositado diretamente na conta do cliente, de forma que ele possa fazer o repasse do valor integral ao vendedor, como numa compra à vista. 15 Outra modalidade de financiamento muito comum é o leasing, também conhecido como arrendamento mercantil. Nesse tipo de financiamento, a instituição financeira escolhida arrenda o bem ao cliente, como uma forma de aluguel, por um número de parcelas determinado em contrato. Ao final do arrendamento, o bem passa da instituição financeira para o arrendatário. A terceira forma de financiar o seu novo veículo não se trata propriamente de um financiamento – é o consórcio. Nessa modalidade, forma-se um grupo de pessoas com o objetivo de levantar fundos para a aquisição do veículo. Os fundos levantados pelo grupo são gerados a partir de contribuições mensais e administrados pela empresa responsável pelo consórcio. Em assembleias mensais, são escolhidos os contemplados do mês por meio de sorteios entre os participantes do grupo, ou de forma antecipada por meio de lances financeiros – como em um leilão. Por contar com menores parcelas e maior prazo de pagamento, o consórcio é uma ótima opção para quem não pode comprometer grande parte da renda mensal, mas precisa programar a renovação da sua frota. Por outro lado, como não é possível prever a contemplação ao longo do prazo de pagamento, essa não é uma boa opção para quem precisa renovar a frota imediatamente. A seguir veremos cada uma dessas modalidades em mais detalhes para que você possa escolher aquela que vai ao encontro de seus interesses e, principalmente, de seu bolso. 2 CDC – Crédito Direto ao Consumidor O CDC é uma das formas mais populares de parcelar um veículo novo ou usado e normalmente está disponível tanto para pessoas físicas (caminhoneiros autônomos) quanto para pessoas jurídicas (micro e pequenas empresas em sua maioria) e pode ser contratado em instituições financeiras públicas e privadas. A documentação solicitada varia de instituição para instituição, mas normalmente a documentação mínima exigida consiste em: 16 Após apresentar a documentação, o banco irá preencher sua ficha e realizar a análise de crédito para determinar o valor máximo que você poderá financiar. O número de parcelas também poderá variar de acordo com a possibilidade de comprometimento de sua renda mensal, de forma que não ultrapasse 30% dela. Por exemplo: se você tem uma renda mensal de R$ 2.000,00; o valor mensal da sua parcela não poderá passar de R$ 600,00. Conheça mais detalhes sobre o CDC: • Incidência de Impostos – Por ser uma operação financeira, o CDC está sujeito ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A instituição financeira recolhe o imposto no início do financiamento, e o cliente o paga de forma parcelada ao longo do seu financiamento. • Taxa de Juros – Varia de banco para banco, devendo ser sempre consultada na hora da solicitação de informações. • Prazo de Financiamento – De 6 a 72 meses, de acordo com o banco e a capacidade de pagamento do cliente. • Garantia– Pode variar de acordo com a instituição financeira, porém, na maioria dos casos, trata-se do próprio bem financiado. e Taxistas e deficientes físicos, que possuem carta da Receita Federal comprovando sua condição, podem contratar operações de financiamento sem a incidência de IOF. PESSOA FÍSICA PESSOA JURÍDICA • Carteira de identidade • CPF • Comprovante de residência • Comprovante de rendimentos • Contrato social atualizado • Cartão do CNPJ • Ficha cadastral dos sócios • Relação de faturamento (12 meses) • 3 últimos balanços 17 3 Leasing – Arrendamento Mercantil Diferentemente do que acontece no CDC, o leasing é isento de IOF e, portanto, possui prestações mais baratas. Nesse tipo de financiamento, o cliente pagará parcelas mensais por um prazo estabelecido em contrato e, ao final desse prazo, com a quitação de todas as parcelas, o veículo é transferido para o seu nome. Existem alguns termos específicos relacionados à modalidade leasing que o interessado irá encontrar nas instituições financeiras que devem ser de seu conhecimento. Por exemplo, as parcelas mensais de pagamento recebem o nome de “contraprestação”. Existe também o VRG (Valor Residual Garantido), que corresponde ao preço estipulado no contrato para que a pessoa possa exercer a opção de compra do veículo. h Tanto no CDC quanto no leasing, o cliente pode decidir trocar o veículo ou transferir a dívida ao longo do financiamento. No entanto, em ambos os casos, a troca ou transferência deve ser aprovada pela instituição financeira responsável. Para solicitar o leasing, o interessado deve seguir os mesmos procedimentos recomendados para o CDC, ou seja, deve procurar a instituição financeira desejada de posse da documentação mínima exigida e aguardar a análise de crédito. PESSOA FÍSICA PESSOA JURÍDICA • Carteira de identidade • CPF • Comprovante de residência • Comprovante de rendimentos • Contrato social atualizado • Cartão do CNPJ • Ficha cadastral dos sócios • Relação de faturamento (12 meses) • 3 últimos balanços 18 3.1 Mais Detalhes sobre o Leasing Incidência de Impostos: Por ser uma operação de arrendamento, não está sujeito à incidência de IOF. Taxa de Juros: Varia de banco para banco, devendo ser sempre consultada na hora da solicitação de informações. Prazo de Financiamento: De 24 a 60 meses, de acordo com a capacidade de pagamento do cliente. Garantia: Durante o período do contrato, a garantia é o próprio bem, uma vez que, até o encerramento do contrato, o bem será de propriedade da instituição financeira e apenas alienado em nome do cliente. 4 Consórcio O consórcio é uma ótima opção de financiar um novo veículo, gastando menos, para quem não tem urgência na troca ou tem dinheiro reservado para dar lance. Mas você sabe como o consórcio funciona? A principal diferença entre o consórcio e as demais formas de financiamento vistas anteriormente, como o CDC e o leasing, é que ele não necessita de análise de crédito. Por ser formado por meio de um grupo que contribui para a compra do bem e não que o financia, não há análise de crédito envolvida. 19 4.1 Mais Detalhes sobre o Consórcio Grupo: É o conjunto de pessoas que formam o consórcio. Por meio de contribuições mensais são adquiridos mensalmente bens que são distribuídos aos participantes através de sorteios e lances. Cota: É a unidade básica de formação do grupo, ou seja, cada pessoa participante do grupo é responsável por uma cota. Cada cota dá direito a um bem e nada impede que uma pessoa possa adquirir mais de uma cota por grupo, como forma de aumentar as chances de contemplação. Taxa de Administração: É a porcentagem cobrada pela instituição financeira responsável por cuidar da organização do grupo e das cotas, lances, sorteios, assembleias etc. Ela pode variar de instituição para instituição – portanto, pergunte sempre antes de fechar o negócio. Lance: Mensalmente os cotistas têm a possibilidade de ofertar lances, como em um leilão, para antecipar o recebimento do bem. Esses lances são feitos normalmente pelo número de parcelas e não pelo valor nominal. Ou seja, é possível que uma pessoa que ofereça 12 parcelas de R$ 550,00 saia na frente de alguém que ofereça 10 parcelas de R$ 1.000,00. Assim como em um leilão, só é preciso desembolsar o valor do lance se a sua oferta for considerada a vencedora. Sorteio: São realizados nas assembleias mensais do grupo, em local e horário estipulados no contrato. O número de bens sorteados mensalmente também pode variar de grupo para grupo. 20 5 Finame – CDC e Leasing Até agora falamos de modalidades de financiamento que envolvem recursos próprios das instituições financeiras. Mas, como você deve estar lembrado, existe o programa Procaminhoneiro do BNDES e linhas exclusivas de financiamento para o caminhoneiro autônomo. Uma dessas opções é o financiamento por meio do FINAME (Financiamento de Máquinas e Equipamentos) – uma linha de crédito especial do BNDES que, entre diversas opções de financiamento, pode ser utilizada para financiar caminhões novos e usados de fabricação nacional. Ele se apresenta em duas modalidades de financiamento: BNDES Finame (semelhante ao CDC) e BNDES Finame Leasing (arrendamento mercantil). Por contar com recursos especiais para o financiamento de veículos pesados para os caminhoneiros autônomos, as opções Finame apresentam taxa de juros diferenciada, prazos de pagamento mais extensos e carência no pagamento. 5.1 Mais Detalhes sobre o BNDES Finame e o BNDES Finame Leasing Custo do Financiamento Existem duas opções possíveis: a) Taxa de juros fixa: 4,5% a.a., incluída a remuneração da instituição financeira credenciada. Nesta opção, as prestações são fixas e as amortizações são calculadas pelo Sistema de Amortização Constante (SAC). b) Taxa de juros variável: Custo financeiro (TJLP – Taxa de Juros de Longo Prazo) + Remuneração do BNDES (de 1% ao ano) + Remuneração da instituição financeira credenciada ou da arrendadora (de até 6% ao ano). Nesta opção, as amortizações são calculadas pelo Sistema de Amortização Constante (SAC). 21 O valor das amortizações é calculado dividindo o valor da dívida pelo número de prestações de amortização. Supondo um custo financeiro constante, durante a fase de amortização, como os juros são calculados sobre o saldo devedor remanescente, as prestações são decrescentes. Alguns sites de bancos disponibilizam uma ferramenta para que sejam feitas as simulações de financiamento. Prazo de Financiamento: Será definido após análise da capacidade de pagamento do cliente (no caso do CDC) ou arrendatário (no caso do leasing), e pode chegar até 96 meses com os prazos de carência e amortização juntos. Prazo de Carência: É o período em que o cliente/arrendatário não realizará pagamentos de juros, logo no início do contrato. Nas operações com taxa de juros fixa, o prazo de carência, quando houver, deverá ser de 3 ou 6 meses. Nas operações com taxa de juros variável, o prazo de carência, quando houver, deverá ser necessariamente múltiplo de 3 meses. Percentual de Financiamento: Para caminhões e/ou equipamentos novos, pode-se financiar até 100% do valor do bem. Já no caso de caminhões e/ou equipamentos usados, são financiados até 90% do valor dos veículos com até 7 anos de fabricação e até 80% dos veículos com 8 a 10 anos. 6 Mais Informações Quais itens podem ser financiados? Dentro dos programas apoiados pelo BNDES, podem ser financiados: • Caminhões; • Chassis; • Carrocerias; 22 • Caminhões-tratores; • Carretas; • Cavalos mecânicos; • Reboques e semirreboques; • Sistemas de rastreamento novos, quando adquiridos emconjunto com um dos bens acima; e • Seguro dos itens financiados. Antes de efetuar a operação, você deverá verificar se o produto que deseja está cadastrado no BNDES acessando o portal oficial do BNDES (www.bndes.com.br) ou junto ao gerente do banco, no qual você realizará o financiamento. a) É preciso estar com o nome limpo para realizar esse tipo de financiamento? Sim. Para que a sua análise de crédito seja aprovada, é preciso comprovar ser “bom pagador”. Por conta disso, esses tipos de financiamento não são autorizados a pessoas físicas ou jurídicas que não estejam em dia com suas obrigações fiscais, tributárias e sociais. Já no consórcio, não há necessidade de tais comprovações para adquirir uma cota. b) Qual a renda necessária para iniciar um financiamento? Não existe um valor mínimo estabelecido oficialmente, mas há a necessidade de que sua renda mensal seja capaz de acomodar as prestações. Estima-se que a parcela do financiamento não deva ultrapassar 30% da renda mensal. As instituições financeiras considerarão na análise de crédito se o seu rendimento atual pode financiar adequadamente o bem até o número máximo de parcelas. Além disso, a instituição financeira poderá solicitar garantias para o financiamento, isso pode ser negociado caso a caso e dependerá de seu histórico junto à instituição. 23 Conclusão Como você pode ver, existem diversas formas de financiar a renovação da sua frota: CDC, leasing, consórcio – e até opções com apoio do governo para que você realize esse sonho de forma mais segura. O financiamento de um novo veículo – ou simplesmente de um veículo mais novo – pode representar um alto investimento, mas você verá que é um investimento que se paga na diminuição dos seus gastos com manutenção, excesso de combustível etc. Tudo isso sem contar a maior segurança de um veículo em melhores condições, para você, para quem dirige ao seu lado e para o meio ambiente. Esperamos que este curso tenha contribuído para esclarecer essas opções. E não se esqueça: o SEST SENAT tem sempre informações que podem ajudá-lo nas estradas e fora delas. 24 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. O Leasing é a forma mais popular de parcelamento de veículo novo ou usado e normalmente está disponível tanto para pessoas físicas, quanto para pessoas jurídicas. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. A principal diferença entre o consórcio e as demais formas de financiamento vistas anteriormente, como o CDC e o leasing, é que ele não necessita de análise de crédito. Por ser formado por meio de um grupo que contribui para a compra do bem e não que o financia, não há análise de crédito envolvida. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 25 Referências BNDES – BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL. Programa de Financiamento a Caminhoneiros – BNDES Procaminhoneiro. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Areas_de_Atuacao/ Comercio_Servicos_e_Turismo/procaminhoneiro.html>. Acesso em: 20 set. 2010. BANCOVW – BANCO VOLKSWAGEN. Produtos – Financiamento. Disponível em: <http://www.vw.com.br/bancovw/app/frames/frameset_financiamento.asp>. Acesso em: 20 set. 2010. FAGUNDES, E. Incentivo para caminhões turbina banco de montadora. DCI – Diário do Comércio, Indústria & Serviços. São Paulo, 30 de agosto de 2010. Disponível em: <http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=7&id_noticia=340219>. Acesso em: 20 set. 2010. GIOPATO, D. Frota – A um passo da renovação. Revista O Carreteiro. São Paulo, novembro de 2009. Disponível em: <http://www.revistaocarreteiro.com.br/modules/ revista.php?recid=780&edid=69>. Acesso em: 20 set. 2010. ________. Financiamento – Procaminhoneiro ainda “patina”. Revista O Carreteiro. São Paulo, setembro de 2007. Disponível em: <http://www.revistaocarreteiro.com.br/ modules/revista.php?recid=467>. Acesso em: 20 set. 2010. ITAÚ. Financiamento de veículos, máquinas e equipamentos. Portal da internet, 2017. Disponível em: <https://www.itau.com.br/empresas/creditos-financiamentos/ longo-prazo/leasing/>. Acesso em: 27 jun. 2017. LIMA, A. S. D.; DI AUGUSTINI, C. A. Leasing operacional: estratégias mercadológica e econômico-financeira. Rio de Janeiro: FGV, 2001. MONTENEGRO, S. Substituição de frota é discutida na Câmara. Portal CNT - Canal de Notícias. Brasília, 7 de maio de 2009. Disponível em: <http://www.cnt.org.br/portal/ webCanalNoticiasCNT/noticia.aspx?id=f60b6de6-b8ef- 459a-89b7-b04407d1f20b>. Acesso em: 20 set. 2010. SIQUEIRA, K. Modercarga – Renovação começa a tomar forma. Revista O Carreteiro. São Paulo, janeiro de 2004. Disponível em: <http://www.revistaocarreteiro.com.br/ modules/revista.php?recid=28&edid=5>. Acesso em: 20 set. 2010. VALENTE, A. M. et al. Gerenciamento de transporte e frotas. 2ª. ed. São Paulo: CENGAGE Learning, 2008. 26 Gabarito Questão 1 Questão 2 Unidade 1 F V Unidade 2 F V Apresentação Unidade 1 | Como Financiar um Veículo 1 Contextualizando o Financiamento 1.2 Chegou a Hora de Renovar a Frota 2 BNDES Procaminhoneiro Atividades Referências Unidade 2 | Tipos de Financiamento 1 Introdução 2 CDC – Crédito Direto ao Consumidor 3 Leasing – Arrendamento Mercantil 3.1 Mais Detalhes sobre o Leasing 4 Consórcio 4.1 Mais Detalhes sobre o Consórcio 5 Finame – CDC e Leasing 5.1 Mais Detalhes sobre o BNDES Finame e o BNDES Finame Leasing 6 Mais Informações Atividades Referências Gabarito
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