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Disco Intervertebral CINESIO

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1) Disco Intervertebral
O disco intervertebral separa os corpos vertebrais, permitindo às vértebras dobrar-se umas sobre as outras. A articulação entre os corpos vertebrais é uma anfiartrose. Ela esta constituída por dois platôs das vértebras adjacentes, sendo unidas pelo disco intervertebral. Sua estrutura é bem característica, sendo formada por duas partes. 
1° Parte - Parte Central: possui um núcleo pulposo, que é uma substância gelatinosa que tem origem através da corda dorsal do embrião, ocorrendo na fase embriológica. Esta gelatina é transparente composta por 88% de água, sendo assim muito hidrófila. Não se encontram vasos sanguíneos nem nervos no seu interior,mas é septado por tratos fibrosos que partem da periferia. 
2° Parte - Parte Periférica: é um anel fibroso, formado por varias camadas fibrosas concêntricas, possui fibras obliquas que cruzam quando passa de uma camada a outra. Sendo representada na parte esquerda do sistema(a), já na sua parte direita(b), pode-se contar que as fibras são verticais nas periferias e quanto mais se aproximam do núcleo mais elas se tornam obliquas. No centro em contato com o núcleo, as fibras são quase horizontais e descrevem um longo trajeto helicoidal para ir de um platô a outro. Então, o núcleo fica fechado num compartimento inextensível entre sues platôs, e o anel fibroso. Este anel fibroso é constituído por tecido fibroso, que em um jovem impede qualquer exteriorização da substância do núcleo.
O disco faz o papel de dissipação da energia mecânica, através de deformações que estes sofrem ao receber as forças solicitantes. Essa função é exercida pela combinação das propriedades de líquido do núcleo pulposo e das características elásticas do ânulo fibroso, funcionando de forma ambivalente para a dissipação e transmissão de forças. 
 Um dos aspectos mais relevantes da biomecânica do disco intervertebral é a variação de pressão que ocorre em sua estrutura nas diversas variações posturais. A pressão interna do disco aumenta de aproximadamente 100 kg em L3, quando o indivíduo muda da posição sentada com o tronco ereto para 150 kg. O risco de injúria é ainda maior quando o levantamento de peso está associado com movimentos rotatórios do tronco.
1.1) Biomecânica Disco Intervertebral
Flexão (Inclinação anterior)
-Deslizamento.
-Compressão na porção anterior do disco (anel fibroso) deslocamento do núcleo para o lado oposto da inclinação,
-Tensão na porção posterior do disco.
-Desabitação (afastamento das facetas articulares).
-Os tecidos moles da porção anterior implicam no movimento.
Extensão (inclinação posterior)
-Deslizamento
-Compressão na porção posterior do disco (anel fibroso) deslocamento do núcleo para o lado oposto da inclinação.
-Tensão na porção anterior do disco.
-Pequena imbricação (aproximação das facetas articulares).
-Os tecidos moles da porção posterior implicam no movimento.
Hiperextensão
-Deslizamento
-Compressão na porção posterior do disco (anel fibroso) deslocamento do núcleo para o lado oposto da inclinação.
-Tensão na porção anterior do disco.
-Imbricação (aproximação das facetas articulares).
-Toque das estruturas ósseas, (processos espinhosos e facetas articulares).
-Os tecidos moles da porção posterior implicam no movimento.
Inclinação Lateral (Direita e Esquerda).
-Deslizamento
-Compressão na porção lateral do disco (anel fibroso) deslocamento do núcleo para o lado oposto da inclinação.
-Tensão na porção oposta da inclinação.
-Rotação=
Cervical: Rotação do mesmo lado. 
Torácica: Rotação do lado oposto. 
4ºLombar: Rotação do lado oposto.
5ºLombar: Rotação do mesmo lado.
-Desabitação afastamento das facetas articulares na porção oposta da inclinação.
-Imbricação aproximação das facetas articulares na porção da inclinação.
-Os tecidos moles do lado oposto limitam o movimento.
Rotação (Direita e Esquerda).
-Deslizamento
-Compressão na porção do movimento.
-Tensão na porção oposta a rotação.
-Desabitação as facetas articulares se afastam.
-Inclinação vertebral no lado da rotação.
-Os tecidos moles do lado oposto limitam o movimento.
2) Coluna Cervical
A coluna cervical é responsável pela sustentação e movimentação da cabeça e proteção das estruturas neurais e vasculares.
É constituída por sete vértebras, sendo que as duas primeiras apresentam características anatômicas distintas das restantes. O atlas tem forma de anel, não possui corpo vertebral, articula-se com a base do crânio através da articulação atlanto-occipital, sendo responsável por grande parte do movimento sagital da coluna cervical. O áxis, a segunda vértebra, possui proeminência que emerge de seu corpo vertebral, chamada processo odontóide, que se projeta para o interior do atlas, pela sua porção inferior e anterior, formando um pivô no qual a articulação atlanto-axial consegue efetuar a rotação do crânio; 
Entre as duas primeiras vértebras não existe disco intervertebral, sendo separadas e sustentadas por vários ligamentos internos. As demais vértebras cervicais de C3 a C7 são mais homogêneas, possuem corpos vertebrais anteriores e arcos neurais posteriores e se diferenciam das vértebras torácicas e lombares por apresentarem os forames das artérias vertebrais localizados nos processos transversos. Os corpos vertebrais são separados pelos discos intervertebrais, essas estruturas são responsáveis pela absorção de impactos e pela dispersão da energia mecânica, sendo também importantes na gênese dos processos degenerativos da coluna cervical. Todas as raízes nervosas cervicais, com exceção da primeira e da segunda, estão contidas dentro do forame intervertebral. 
A flexão da coluna cervical aumenta o diâmetro vertical do forame intervertebral, enquanto a extensão diminui suas dimensões. O canal vertebral possui forma triangular com ângulos arredondados. O aspecto posterior do corpo vertebral é à base do triângulo. 
Os pedículos e o forame transverso compreendem as partes laterais, juntamente com as articulações interfacetárias, as lâminas e o ligamento amarelo. O canal é mais amplo no nível atlanto-axial e mais estreito na altura da lâmina de C6. 
Os corpos vertebrais estão envolvidos no seu aspecto anterior e posterior por dois ligamentos: longitudinal anterior e longitudinal posterior. O ligamento longitudinal posterior é mais largo na porção superior da coluna quando comparado com as regiões mais inferiores. As expansões laterais sobre os discos intervertebrais inferiores são menos resistentes e representam zonas vulneráveis às hérnias discais. As articulações entre os arcos vertebrais são sustentadas pelo ligamento supraespinhoso, que se torna o ligamento nucal na coluna cervical, pelos ligamentos interespinhosos, pelo ligamento amarelo e pelas articulações interfacetárias e suas cápsulas. O ligamento amarelo, entre a primeira e a segunda vértebra cervical são orientadas horizontalmente para manter a cabeça reta.
2.1) Biomecânica Cervical
Extensão 
-Deslizamento posterior
Inclinação Lateral (Direita e Esquerda).
-Deslizamento
-Inclinação
-Rotação do mesmo lado.
 Articulação Atlantooccipital 
As articulações são formadas pelos côndilos convexos, salientes, do occipital, que se ajustam, reciprocamente, nas faces articulares superiores, côncavas, do atlas. 
Articulação Atlantoaxiais 
A forma e a orientação das facetas articulares são convexas sentido antero-posterior.
Articulação Atlantondotediana 
Coluna Cervical Superior.
-Occipital a C1
-O movimento máximo ocorre no plano sagital.
-Os movimentos da cervical superior são movimentos da cabeça, movimentos pequenos.
Flexão
-Os côndilos occipitais e o Atlas realizam uma rotação e um deslizamento posterior.
Extensão
-Os côndilos occipitais e o Atlas realizam uma rotação e um deslizamento anterior.
Movimentos de Atlas e Axis.
-Na flexão o atlas, realiza uma rotação e um deslizamento posterior, enquanto que o áxis realiza uma inclinação e deslizamento anterior.
-Na extensão ocorre o movimento inverso.
Inclinação Lateral
-Kapandji
afirma que não existe movimento entre C1/C2 (articulação atlantoaxial)
-Entre C0/C1 ocorre deslizamento de 3º do occipital sobre o atlas para o lado oposto da inclinação.
-Entre C2/C3 inclinação com deslizamento para o mesmo lado.
Rotação nas articulações Atlantooocipitais.
-Rotação associada a um deslizamento e uma inclinação para o lado oposto.
-Tensão do ligamento Alar do processo odontoide.
Rotação na articulação Atlantoaxial e atlantoodontoide.
-Avanço e recuo das massas laterais do atlas descendo sobre o áxis.
Movimentos Combinados durante a Rotação.
C0/C1/C2
-Durante a rotação da cabeça o occipital e atlas se movem como uma unidade sobre o áxis.
-Próximo ao fim da rotação de C1/C2, em torno de 30º ocorre rotação entre C0/C1.
-Neste momento Axis começa a girar sobre C3 e no sentido descendente continua este movimento para a coluna cervical inferior.
-A rotação é acompanhada pela inclinação lateral para o mesmo lado.
Movimentos Combinados Durante a Inclinação Lateral
C0/C1 a C7
-A inclinação lateral é acompanhada pela rotação para o mesmo lado.
-A relação entre o atlas e o áxis altera-se durante a flexão lateral:
Até 15º ocorre rotação do Axis e não do occipital
Além de 15º ocorre rotação adicional entre C1/C2.
Coluna Cervical Inferior.
-Diferença da vértebra cervical Inferior:
Processo Espinhoso
Processo Unciforme 
-As facetas estão orientadas a 45º, dependendo também do seguimento.
-As orientações das facetas articulares estão para cima e para trás, são planas na linha horizontal.
-O eixo passa atrás do corpo vertebral.
Movimentos Elementares das Vértebras cervicais Inferiores
Flexão (Inclinação anterior)
-Deslizamento anterior
-Imbricação
-Desabitação
Rotação (Direita e Esquerda)
-Deslizamento
-Rotação
-Inclinação
-Imbricação
-Desabitação
Movimentos Elementares da Articulação Unco-Vertebral
-Inclinação Pura: Realiza uma rotação para o lado oposto
-Rotação Pura: Realiza uma inclinação para o lado oposto.
Movimentos puros se compensam para o lado oposto
O movimento compensatório ocorre na coluna cervical superior (suboccipital)
A flexão lateral às vezes é acompanhado por flexão.
Junção Cervicotorácica C6-T2
Cervical: Mobilidade
Torácica: Estabilidade.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
3) Coluna Torácica
As torácicas possuem o corpo reforçado e maior do que o das cervicais, articulam com as costelas para formar o suporte posterior da caixa torácica e por isso possuem quatro Fóveas Costais, duas no corpo e duas no Processo Transverso. Seu Processo Espinhoso é mais comprido e inclinado para Baixo. O processo espinhoso não é bifurcado e se apresenta descendente e pontiagudo, sendo que as superfícies articulares dessas vértebras são chamadas fóveas e hemi-fóveas. As fóveas podem estar localizadas no corpo vertebral, pedículo ou nos processos transversos. As vertebras torácicas são maiores do que as vertebras cervicais e aumentam de tamanho de cima T1 para baixo T12. Cada vertebra torácica possui um processo espinhoso longo, e inclinado obliquamente para baixo, e fóveas para articulação com as costelas. 
T1 a T4 tem algumas das características das vertebras cervicais, enquanto que as vertebras torácicas inferiores T9 a T12 possuem algumas das características das vértebras lombares. Essas vértebras de transição, muitas vezes, são referidas como componentes das regiões cervicotorácica e toracolombar, respectivamente; as vertebras torácicas consideradas típicas são T5 a T8.
3.1) Biomecânica Torácica
-As facetas articulares se articulam com as costelas.
-O eixo de rotação das vértebras torácicas se encontra no centro do corpo, ele roda encima do disco do seu eixo.
A região torácica apresenta duas articulações sinoviais.
-Costovertebral
-Costotransversal
Essas articulações sofrem rotações quando é feito qualquer movimento.
Flexão e Extensão da Região Torácica.
Movimentos que apresentam quatro ângulos:
-Costovertebral
-Esternocostal superior e inferior
-Condrocostal (cartilagem)
Quando se realiza um movimento de flexão esses ângulos se abrem, já quando se tem um movimento de extensão esses ângulos se fecham.
Inclinação Lateral
-Lado da convexidade: Elevação do tórax, alargamento dos espaços intercostais, abertura do ângulo condrocostal e consequentemente expansão torácica. (afastamento das costelas).
-Lado da concavidade: Abaixamento do tórax, diminuição dos espaços intercostais, fechamento do ângulo condrocostal e conseqüente retração torácica.
Rotação.
-O esterno gira em torno de um eixo longitudinal
-O tórax limita o movimento de toda região torácica.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000
4) Coluna Lombar
As cinco vertebras lombares, são as maiores por sustentarem maior pressão e peso do corpo. Elas possuem o corpo mais volumoso e seu processo espinhoso é reto e curto. Já as vértebras sacrais, posicionadas em tamanho descrente, são independentes na infância do indivíduo, porém na fase adulta apresentam-se fundidas, formando o osso Sacro e não possuem discos intervertebrais. Facilmente identificadas pelos seus corpos pesados e processos espinhosos espessos e rombos para fixação dos poderosos músculos do dorso, são as maiores vertebras da coluna vertebral. Os seus processos articulares do par também são característicos, já que as faces articulares do par superior são dirigidas medialmente em vez de posteriormente e as faces articulares do par inferior são dirigidas lateralmente em vez de anteriormente. 
A articulação de L5 com o sacro são feita por seus processos articulares e do disco intervertebral. Nessa junção, a transformação da lordose lombar na convexidade do sacro, forma o ângulo lombossacral. O processo espinhal não é bifurcado, além de estar disposto em posição horizontal. Apresenta o forame vertebral em forma triangular e processos mamilares. Apresenta um processo transverso bem desenvolvido chamado apêndice costiforme. Pode ser diferenciado também por não apresentar forame no processo transverso e nem a fóvea.
4.1) Biomecânica Lombar
As Facetas articulares das vértebras lombares são orientadas de tal forma:
-Superiores: Para cima, para trás e para fora.
-Inferiores: Para baixo, para frente e para dentro.
As vértebras lombares são inclinadas anteriormente a 60º.
Quanto maior o grau de inclinação maior será a mobilidade.
-O eixo de rotação das vértebras lombares, situa-se no arco posterior na base da apófise espinhosa.
-O disco de L3 é horizontal os outros discos estão inclinados
-A proteção do anel fibroso é dado pelo ligamento longitudinal posterior.
Articulação Lombossacra.
Região de suporte da coluna lombar, região que precisa de muita estabilidade, essa estabilidade é dada pelo ligamento Iliolombar.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
REFERÊNCIAS
1) CHEN, Michael YM; PAPA, Thomas L.;OTT, David J. Radiologia Básica. Acessado em https://books.google.com.br/books?id=lFlQPwW7pn4C&pg=PA380&dq=radiografia+de+coluna+vertebral&hl=pt&sa=X&ei=GXunUanbJYWD0QHoq4HwCw&ved=0CEwQ6AEwBA#v=onepage&q=radiografia%20de%20coluna%20vertebral&f=false.
2) ELSEVIER. Radiografia da região cervical, torácica e lombar. Acessado em http://blogelseviersaude.elsevier.com.br/medicina/radiografia-da-regiao-cervical-toracica-e-lombar/.
3) KAPANDJI, A.I. Fisiologia Articular, volume 3: tronco e coluna vertebral. São Paulo, Ed. Panamericana, 5ª edição, 2000.
4) NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

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