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Módulo Locomoção - Problema 6 - Anatomia da Coluna Vertebral, Escoliose

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Thaís Pires 
1 
Problema 6 
1. Anatomia da coluna vertebral (vértebras, discos intervertebrais, ligamentos e musculaturas para 
vertebra); 
Composta habitualmente por 33 vértebras divididas em: 7 CERVICAIS, 12 TORÁCICAS, 5 LOMBARES, 5 
SACRAIS e 4 COCCÍGEAS – as 9 últimas vértebras (sacrais + coccígeas), as 5 sacrais estão fundidas no adulto 
formando o SACRO e as 4 coccígeas se fundem a partir dos 30 anos para formar o CÓCCIX / As vértebras 
tornam-se MAIORES progressivamente até o SACRO e depois progressivamente MENORES até o cóccix – 
isso é uma consequência da necessidade do suporte de peso, uma vez que as forças são maiores logo acima 
do sacro – abaixo dele, o peso é transferido para o cíngulo do membro inferior, justificando a diminuição do 
seu tamanho / A movimentação da coluna vertebral se dá pelo intercalar de vertebras e discos 
intervertebrais, principalmente no que tange às 25 PRIMEIRAS VERTEBRAS – embora haja pouco movimento 
aparente entre 2 vértebras adjacentes, o conjunto deles permite uma certa flexibilidade para a CV, embora 
seja rígida o suficiente para proteger a ME 
 
Características gerais de uma vértebra 
 
VÉRTEBRA = CORPO VERTEBRAL + ARCO VERTEBRAL + 7 
PROCESSOS 
 
 Corpo Vertebral – é a região anterior do osso, 
aproximadamente cilíndrica, que confere resistência a CV e 
SUSTENTA O PESO do corpo – são progressivamente maiores de 
T IV até T XII / é composto por OSSO ESPONJOSO vascularizado, 
que possui trabéculas verticais longas e horizontais curtas, 
entremeadas por MEDULA ÓSSEA VERMELHA (função 
hematopoiética) revestido por OSSO COMPACTO / na face 
posterior do corpo, um ou mais FORAMES dão passagem para 
as VEIAS BASIVERTEBRAIS que drenam a medula óssea / na 
superfície superior e inferior, é recoberto por cartilagem hialina, 
que é remanescente do molde para o desenvolvimento do osso 
– na periferia do osso, há um aspecto de OSSO LISO que indica 
a MARGEM EPIFISAL, derivada da epífise anular 
 
 Arco Vertebral – localizado posteriormente ao corpo 
vertebral – consiste em dois PEDÍCULOS que partem do corpo 
vertebral para o encontro de duas LÂMINAS de ossos largas e 
planas, que se unem na linha mediana posterior / o arco 
vertebral e a face posterior do corpo vertebral foram o FORAME 
VERTEBRAL, e a sucessão dos forames vertebrais forma o CANAL 
VERTEBRAL que contém a ME 
 
Em vista lateral, observam-se as INCISURAS VERTEBRAIS acima 
e abaixo de cada pedículo (entre os processos articulares 
superiores e inferiores e a projeção posterior do corpo vertebral) 
– a junção INCISURA VERTEBRAL SUPERIOR + INFERIOR = 
FORAME INTERVERTEBRAL, que permite a passagem dos 
NERVOS ESPINAIS e posteriormente dos GÂNGLIOS SENSITIVOS 
 
Thaís Pires 
2 
 Processos 
• Partindo da junção das duas lâminas posteriormente nos arcos vertebrais, parte o PROCESSO 
ESPINHOSO inferiormente – local de fixação dos músculos profundos do dorso 
• Na junção da lâmina com os pedículos, partes dois PROCESSOS TRANSVERSOS lateralmente - local 
de fixação dos músculos profundos do dorso 
• Na junção da lâmina com os pedículos, partem quatro PROCESSOS ARTICULARES, cada um com uma 
face articular – 2 superiores e 2 inferiores – os processos de uma vertebra superior estão em aposição 
aos da inferior, permitindo o encaixe da ARTICULAÇÃO ZIGAPOFISÁRIA (evita deslizamento ant-post 
das vértebras, alinhando a CV) 
 
• Vértebras Cervicais 
São as menores das vértebras MÓVEIS (sustentam menos peso), localizadas entre o crânio e as vértebras 
torácicas – embora possuam discos intervertebrais mais finos que os das outras regiões, eles são 
relativamente ESPESSOS quando avaliada a relação massa vértebra/massa disco – a espessura dos discos, 
somado ao fato de que os processos articulares adjacentes serem quase horizontais permite uma MAIOR 
AMPLITUDE de movimentação do que no resto da CV 
 
As vértebras de C3 a C7 são TÍPICAS, apresentando alterações no tamanho 
dos FORAMES VERTEBRAIS, que são maiores para acomodar a 
INTUMESCÊNCIA CERVICAL DA MEDULA ESPINAL, uma vez que faz a 
inervação dos MMSS / as margens superiores dos corpos vertebrais são 
ELEVADAS POSTEROLATERALMENTE (Unco) e DEPRIMIDAS 
ANTERIORMENTE, assemelhando-se a um banco → há um formato 
recíproco das vértebras adjacentes, o que permite uma movimentação de 
FLEXÃO E EXTENSÃO do pescoço, porém limita a ROTAÇÃO! 
 
Forame Transversário Oval – presente no processo 
transverso das vértebras, permite a passagem das 
ARTÉRIAS VERTEBRAIS E SUAS VEIAS ACOMPANHANTES 
 
Processos Transversos – terminam lateralmente em duas 
projeções: TUBÉRCULO ANTERIOR E POSTERIOR – esses 
tubérculos são fixação a um grupo de MÚSCULOS 
CERVICAIS LATERAIS (levantador da escápula e escalenos) 
/ os tubérculos anteriores da vértebra C VI são chamados 
de TUBÉRCULOS CARÓTICOS 
 
Processos Espinhosos – das vértebras C3 a C6, são CURTOS 
e BÍFIDOS – a C7 apresenta um processo espinhoso longo que pode ser observado na flexão do pescoço 
 
Atlas (C1) – não possui CORPO e PROCESSO ESPINHOSO – no lugar do corpo, possui duas MASSAS 
LATERAIS que sustentam o peso do crânio (daí o nome atlas) – das massas laterais originam-se os 
PROCESSOS TRANSVERSOS, estando localizados mais lateralmente do que os das outras vértebras 
→ vértebra mais LARGA que proporciona mais ALAVANCA para os músculos nele inseridos 
Thaís Pires 
3 
Suas FACES ARTICULARES SUPERIORES articulam-se com os CÔNDILOS OCCIPITAIS – o arco posterior 
do anel, possui um SULCO para a artéria vertebral 
 
 Áxis (C2) – é a mais forte das vértebras cervicais – C1 gira sobre C2 – possui duas grandes faces 
articulares superiores planas de sustentação, permitindo movimento de ROTAÇÃO / a principal 
característica do áxis é o DENTE que se projeta do corpo para cima – esse dente situa-se ANTERIORMENTE 
À ME, funcionando como eixo de rotação para a cabeça 
 
O dente do áxis é mantido contra a FACE POSTERIOR DO ARCO ANTERIOR do 
atlas pelo LIGAMENTO TRANSVERSO DO ATLAS – é um ligamento que se 
estende de uma massa lateral a outra do atlas, impedindo qualquer 
deslocamento horizontal do dente e permitindo apenas a rotação 
• Vértebras Torácicas 
Localizadas na parte superior do dorso e nelas fixam-se as COSTELAS, apresentando, portanto, as FÓVEAS 
COSTAIS para a articulação – as quatro vértebras intermediárias (T5 a T8) possuem todos os elementos 
típicos das torácicas 
 
 Processos Articulares – possuem orientação vertical quase 
coronal, definindo um arco cujo centro é o DISCO INTERVERTEBRAL – 
esse arco permite a ROTAÇÃO e algum grau de FLEXÃO LATERAL da 
coluna vertebral 
 
T1 – é atípica em relação às torácicas pois possui um processo espinhoso LONGO e QUASE HORIZONTAL, 
que pode ser quase tão saliente quanto do de C7 / na margem SUPERIOR, possui uma FÓVEA COMPLETA 
para a primeira costela, e, na superfície INFERIOR, uma HEMIFÓVEA para a segunda costela 
T12 - vértebra de transição para a região lombar, apresentando características torácicas na metade superior 
da vértebra (fóveas costais, processos articulares para rotação) e características lombares na metade inferior 
da vértebra (sem fóvea costal, processos articulares de extensão e flexão) → sujeita a estresse de transição, 
sendo FRATURADA mais frequentemente 
Thaís Pires 
4 
• Vértebras Lombares 
Como o peso que sustentam aumenta em direção a parte inferior da CV, essas vértebras possuem CORPOS 
VERTEBRAIS GRANDES 
 
Seus processos articulares orientam-se VERTICALMENTE, sendo as 
suas faces articulares orientadas no plano SAGITAL inicialmente, mas 
adotando posição CORONAL à medida que desce / a orientação sagital 
inicial com faces articulares voltadas LATERALMENTE são 
complementadas por faces adjacentes voltadas MEDIALMENTE, 
facilitando a FLEXÃO E EXTENSÃO, mas impedindo a ROTAÇÃO 
LATERAL 
 
Os PROCESSOS TRANSVERSOS seguem direção POSTERIOR, SUPERIOR e LATERAL, e na base desses 
processos encontram-seos PROCESSOS ACESSÓRIOS, que servem para a fixação dos músculos 
intertransversários 
Na face posterior dos PROCESSOS ARTICULARES SUPERIORES, existem pequenos tubérculos, os PROCESSOS 
MAMILARES, que permitem fixação dos músculos multífidos e intertransversários 
 
• Sacro 
Possui formato cuneiforme, que é resultante da rápida diminuição de tamanho das suas 5 vértebras que são 
fundidas na idade adulta, uma vez que a metade inferior dele NÃO SUSTENTA PESO / compõe a metade 
posterior da pelve, garantindo a sua resistência e transmitindo o peso do corpo para o CÍNGULO DO MI 
 
É inclinado de forma que se articula com L5 no ÂNGULO LOMBOSSACRAL, que varia de 130° a 160° - é 
frequentemente mais largo na mulher do que no homem / a FACE PÉLVICA do sacro é lisa e côncava, 
apresentando 4 linhas transversais que indicam o local de fusão das vértebras, que antes estavam separadas 
por cartilagem hialina / a FACE DORSAL do sacro é convexa e rugosa, apresentando a CRISTA SACRAL 
MEDIANA (processos espinhosos rudimentares) + CRISTAS SACRAIS MEDIAIS (processos articulares 
fundidos) + CRISTAS SACRAIS LATERAIS (processos transversos fundidos) 
 
 
Thaís Pires 
5 
 
Canal Sacral – é a continuação do 
CANAL VERTEBRAL e contém o feixe de 
nervos espinais originados abaixo de L1, 
a CAUDA EQUINA 
 
Forames Sacrais – nas faces pélvica e 
dorsal do sacro, existem 4 pares de 
forames sacrais para a saída dos ramos 
posteriores e anteriores dos nervos 
espinais 
 
Base do Sacro – é formada pela face 
superior da vértebra S1 – seus processos articulares superiores articulam-se com os inferiores da L5 / a 
margem projetada anteriormente é o PROMONTÓRIO DA BASE DO SACRO 
 
• Cóccix 
É um pequeno osso triangular formado pela fusão de 4 VERTEBRAS RUDIMENTARES – a PRIMEIRA 
VÉRTEBRA COCCÍGEA permanece separada do grupo fundido – face côncava e lisa = pélvica; convexa e 
processos articulares = dorsal 
 
• Articulações dos Corpos Vertebrais 
São SÍNFISES (fibrocartilagem) destinadas a sustentação do 
peso e a resistência – as faces articulares (não processos!!) das 
vértebras adjacentes são unidas por DISCOS INTERVERTEBRAIS 
E LIGAMENTOS 
 
Discos Intervertebrais – oferecem fixações fortes entre os 
corpos vertebrais e formam a metade inferior da margem 
anterior do forame intervertebral – eles representam de 20 a 
25% da altura da CV – permitem MOVIMENTAÇÃO + 
ABSORÇÃO CHOQUE / cada disco é formado por um ANEL 
FIBROSO externo (com lamelas concêntricas de fibrocartilagem) 
e um NÚCLEO PULPOSO central (com uma massa gelatinosa) / 
Entre C1-C2 não há disco intervertebral e sua espessura aumenta a medida que a coluna vertebral desce – a 
espessura relacionada à vértebra é definida pela amplitude do movimento permitido na região (mais 
movimento, mais disco em relação à vértebra – cervical e lombar) 
 Anel Fibroso – anel de FIBROCARTILAGEM que forma a circunferência do 
disco – esse anel se insere nas MARGENS EPIFISIAIS das faces articulares dos 
corpos vertebrais, formada pelas epífises anulares fundidas → as fibras de cada 
lamela seguem OBLIQUAMENTE de uma vértebra a outra, formando um ângulo 
de 30° com o eixo vertical – o anel é mais fino posteriormente e a sua 
vascularização diminui progressivamente em direção ao centro 
 Núcleo Pulposo – inicialmente, é composto por cerca de 88% de água e 
é mais CARTILAGÍNEO, tornando mais fibroso ao longo do desenvolvimento / 
sua natureza semilíquida é responsável pela FLEXIBILIDADE e RESILIÊNCIA do 
disco vertebral / é AVASCULAR e nutrido por difusão de vasos sanguíneos 
localizados na periferia do anel fibroso 
Thaís Pires 
6 
Articulações Uncovertebrais (fendas de Luschka) – se desenvolvem entre os 
uncos dos corpos das vértebras cervicais e as faces inferolaterais dos corpos 
superiores a elas → assim, estão localizadas na MARGEM LATERAL E 
POSTEROLATERAL dos discos intervertebrais – são recobertas por cartilagem 
umedecida por um líquido contido em uma cápsula (podem ser consideradas 
sinoviais) 
 
Ligamento Longitudinal Anterior – faixa fibrosa forte e larga que recobre os 
corpos das vertebras e os discos intervertebrais ANTEROLATERALMENTE (até 
o forame intervertebral), estendendo-se desde a face pélvica do sacro até C1 / 
impede a HIPEREXTENSÃO DA CV → é o único ligamento que limita a extensão, 
todos os outros são para limitar a flexão 
 
Ligamento Longitudinal Posterior – uma faixa mais estreita que o lig. 
long. Anterior que segue DENTRO DO CANAL VERTEBRAL na face 
posterior do corpo vertebral – sua fixação é MAIOR nos DISCOS 
INTERVERTEBRAIS do que nas vértebras / entre ele a superfície óssea, 
mantém GORDURA E VASOS / ajuda a EVITAR ou REDIRECIONAR 
herniação posterior do núcleo pulposo e é extremamente suprido por 
nociceptores!!! 
 
• Articulações dos Arcos Vertebrais 
São aquelas dos PROCESSOS ARTICULARES, também chamadas de 
ZIGOAPOFISÁRIAS – são articulações SINOVIAIS PLANAS, portanto 
possuem cápsula articular fina que vai vértebra superior a inferior → 
na cervical, é muito fina, o que reflete a grande amplitude do 
movimento / essas articulações permitem o deslizamento entre os 
processos articulares, sendo o sentido desse movimento determinado 
pelo FORMATO E DISPOSIÇÃO dos processos 
 
 Ligamentos Acessórios das Art. Intervertebrais – as lâminas 
dos arcos vertebrais adjacentes são unidas por LIGAMENTO 
AMARELO, que se estendem de uma vertebra a outra, unindo-se na 
linha mediana → esses ligamentos se espessam a medida que 
alcançam a lombar / realizam a limitação da flexão abrupta da CV + preservam as curvaturas normais da CV 
 
Os processos espinhosos são unidos por ligamentos FRACOS, os LIGAMENTOS INTERESPINAIS, e por 
ligamentos FORTES e FIBROSOS, os LIGAMENTOS SUPRAESPINAIS, que se fundem na parte superior com o 
ligamento nucal / O nucal é um 
ligamento FORTE E LARGO que se 
estende desde a PROTUBERÂNCIA 
OCCIPITAL – PROCESSOS ESPINHOSOS 
DAS VÉRTEBRAS / os ligamentos 
INTERTRANSVERSÁRIOS unem 
processos TRANVERSOS adjacentes 
 
 
 
Thaís Pires 
7 
• Articulações Craniovertebrais 
São divididas em atlantoccipitais e atlantoaxiais, sendo ambos os tipos SINOVIAIS → incluem côndilo 
occipital, atlas e axis 
 Articulações Atlantoccipitais – faces articulares superiores do atlas + condilos occipitais – permite a 
FLEXÃO E EXTENSÃO – articulação sinovial elipsóideas com cápsulas articulares finas / o crânio e C1 também 
estão unidos por MEMBRANAS ATLANTOCCIPITAIS ANTERIOR E POSTERIOR, sendo a anterior mais 
resistente que a posterior 
 Articulações Atlantoaxiais – são DUAS LATERAIS (entre as facetas articulares inferiores de C1 e as 
superiores de C2 – sinovial plana) e uma MEDIANA (entre atlas e o dente do áxis - trocóidea) → essas 
articulações permitem a rotação da cabeça em “não” – quando há movimentação, o CRÂNIO+ATLAS se 
movimentam como um só sobre o áxis 
 Fascículos Longitudinais (superior e inferior) – seguem do ligamento transverso do atlas até o 
occipital superiormente e até o corpo do áxis inferiormente, formando o LIGAMENTO CRUCIFORME DO 
ATLAS 
 Ligamentos Alares – estendem-se das laterais dos dentes do áxis até as margens do 
forame magno – fixam C1 ao crânio e impedem a rotação excessiva 
 Membrana Tectória – é a continuação do ligamento longitudinal posterior 
superiormente, seguindo sobre a articulação atlantoaxial mediana e seus ligamentos 
 
• Curvaturas da Coluna Vertebral 
Em adultos, a coluna vertebral tem 4 CURVATURAS – CERVICAL, TORÁCICA, LOMBAR E 
SACRAL 
➔ as CIFOSES TORÁCICA E SACRAL são côncavas anteriormente 
➔ as LORDOSES CERVICAL E LOMBAR são convexas anteriormente 
As cifoses torácica e sacral são CURVATURAS PRIMÁRIAS, i.e., desenvolvidas durante o 
período fetal → mantidas durante toda a vida 
As lordoses cervical e lombar são CURVATURAS SEUNDÁRIAS, i.e., desenvolvidas pela 
extensão da posição fletida original → são resultado da diferença de espessura entre osThaís Pires 
8 
discos intervertebrais anterior e posteriormente / a lordose CERVICAL torna-se evidente quando o lactente 
começa a levantar a cabeça quando está em decúbito ventral e a mantê-la ereta na posição sentada, já a 
LOMBAR torna-se evidente quando as crianças começam a assumir uma postura VERTICAL (mais acentuada 
nas mulheres- termina no ângulo lombossacral) 
 
• Músculos do Dorso 
A maior parte do peso corporal está localizada ANTERIORMENTE À CV, daí a importância de tantos músculos 
fortes fixados aos processos espinhosos e transversos / esses músculos são divididos em EXTRÍNSECOS DO 
DORSO (músculos superficiais e intermediários) que produzem e controlam os movimentos dos MEMBROS 
e movimentos RESPIRATÓRIOS, respect., e os MÚSCULOS INTRÍNSECOS E PROFUNDOS que atuam 
diretamente na CV, mantendo a postura e realizando movimentos 
 
 Músculos Extrínsecos Superficiais – trapézio, latíssimo dorso, levantador da escápula e romboides – 
são TORACOAPENDICULARES, i.e., unem o esqueleto axial ao apendicular superior, e PRODUZEM E 
CONTROLAM os movimentos dos membros 
 Músculos Extrínsecos Intermediários – serrátil posterior – são FINOS e comumente designados 
MUSCULOS RESPIRATÓRIOS SUPERFICIAIS, atuando mais como propriocepção do que como motor / o 
serrátil posterior superior está profundamente aos romboides e o posterior inferior profundamente ao 
altíssimo dorso 
 
 Músculos Intrínsecos – inervados pelos ramos posteriores dos nervos espinais – MANTEM A 
POSTURA E CONTROLAM OS MOVIMENTOS DA COLUNA – esses músculos se estendem da pelve até o 
crânio e são revestidos por FÁSCIA MUSCULAR que se fixa medialmente ao ligamento nucal 
Camada Superficial – músculos 
ESPLÊNIOS estão localizados na face lateral e 
posterior do pescoço – estendem-se até as 
vértebras cervicais e ao crânio, respectivamente, 
ESPLÊNIO DO PESCOÇO e ESPLÊNIO DA CABEÇA / 
eles revestem os músculos profundos e os 
mantém em posição 
Camada Intermediária – os músculos 
ERETORES situam-se em cada lado da coluna 
vertebral, entre os processos espinhosos e o 
ângulo das costelas – são denominados músculos 
longos e DINÂMICOS, responsáveis por gerar 
movimento → o ERETOR DA ESPINHA é o 
principal extensor da coluna e é dividido em 3 
colunas: MÚSCULO ILIOCOSTAL, MÚSCULO 
LONGUÍSSIMO, MÚSCULOS ESPINAL 
Camada Profunda – grupo oblíquo de 
músculos mais curtos, os TRANSVERSOESPINAIS 
= músculos semiespinais, multífidos e rotadores – 
em ordem superficial → profundo / possuem origem nos processos transversos e segue até os 
espinhosos das vertebras superiores / semiespinal tem origem na metade da coluna, sendo dividido 
de acordo com as suas fixações superiores: SEMIESPINAL DA CABEÇA, DO TÓRAX E DO PESCOÇO 
 Os músculos INTERESPINAIS, INTERTRANSVERSÁRIOS e LEVANTADORES DA COSTELA são pequenos 
músculos profundos 
 
Thaís Pires 
9 
 
2. Citar as deformidades da coluna 
A transformação quadrúpede → bípede permite que ainda hoje se encontrem os desvios posturais, sendo 
consequência de encurtamento muscular, estrutura corporal fraca, forma de comportamento postural ... 
 
As alterações da curvatura da coluna podem ocorrer no: PLANO FRONTAL (escoliose) e no PLANO SAGITAL 
(hipercifose e hiperlordose) 
 
 Hiperlordose – desvio na região LOMBAR (5 vértebras) que apresenta uma curvatura mais acentuada 
na parte interna do corpo, i.e., um aumento da convexidade 
 Hipercifose – fisiologicamente, essa curvatura existe com a angulação de 20°-40°→ na forma 
patológica, apresenta-se com valores acima de 50°-55° para a coluna torácica 
 Costa Plana – consiste em uma diminuição da curvatura cervical, torácica, lombar e sacral 
 Escoliose – do grego curvatura – desvio acima de 10° da coluna do eixo vertical → curvatura 
acentuada da coluna LATERALMENTE, seja somente para um lado (forma de C) ou para os dois lados (forma 
de S) → curvatura no plano FRONTAL/CORONAL / está associada a um componente ROTACIONAL que se 
manifesta com uma elevação das costelas, uma omoplata proeminente, obliquidade pélvica 
 
3. Estudar a epidemiologia, o quadro clínico, os exames complementares da escoliose; Citar as formas 
de tratamento e as complicações da escoliose. 
 
Epidemiologia 
Utilizando o padrão de 10° como ângulo de corte, cerca de 2 a 4% da população dos EUA tem escoliose, com 
igual distribuição entre os sexos → nesse ponto de corte, mais de 90% dos casos não evolui a ponto de 
necessitar de intervenção cirúrgica / Assim, o encaminhamento para o cirurgião é indicado para desvios 
acima de 15-20° com história de progressão 
Curvaturas maiores do que 20 e 30° apresentam predominância no SEXO FEMININO → 10:1 
 
O lado escoliose é dado pelo lado da CONVEXIDADE da curva e o segmento da CV que acomete, e a 
quantificação é feita em graus, medindo-se o ângulo formado pelas VÉRTEBRAS-LIMITE da extremidade da 
curva 
 Na classificação, são divididas em escolioses NÃO ESTRUTURAIS (compensatória, postural, escoliose 
antágica da ciatalgia – são flexíveis) e ESTRUTURAIS (rígidas) 
 
 Escoliose Não-Estrutural – desvio lateral da coluna não relacionado a alterações estruturais das 
vértebras e dos discos – não progressiva, flexível, simétrica → caso presente em crianças em fase de 
crescimento, pode tornar-se estrutural por deformação das vértebras / Compensatória – são aquelas em 
que não existe DEFEITO NA COLUNA, mas ela encontra-se curvada como mecanismo compensatório, como 
quando um membro é encurtado / o tratamento é dirigido para a causa PRIMÁRIA e não para a CV em si / 
Thaís Pires 
10 
Radiograficamente, essa escoliose se apresenta por uma CURVA ÚNICA, DE GRANDE 
RAIO, SEM ROTAÇÃO DO CORPO VERTEBRAL e SEM DEFORMIDADE DA CAIXA 
TORÁCICA 
 
 Escoliose Estrutural – possui 3 componentes principais: 
o Retração dos tecidos moles na concavidade da curva 
o Alteração na forma dos corpos vertebrais, nas lâminas, nos pedículos 
e nos processos transversos 
o Deformidade em ROTAÇÃO FIXA das vértebras, com rotação do corpo 
da vértebra no sentido da concavidade 
São curvas decorrentes de alterações da própria coluna → geralmente há uma curva 
mais importante (CURVA PRIMÁRIA) e uma ou duas curvas contrárias (CURVAS COMPENSATÓRIAS) → 
apresenta rotação do corpo vertebral / são caraterizadas pela ROTAÇÃO dos corpos vertebrais (processos 
espinhosos para o lado da curva – causa a PROEMINÊNCIA) e pela ASSIMETRIA dos movimentos na flexão 
lateral da coluna / Tem caráter PROGRESSIVO enquanto houver crescimento vertebral, havendo o 
ENRIJECIMENTO da coluna no ápice da curva → sem correção do desvio com manobras de inclinação lateral 
 Idiopáticas – etiologia desconhecida, porém de causa multifatorial – ainda não ficou 
estabelecido se o processo patológico primário é um DISTÚRBIO DE CRESCIMENTO ÓSSEO ou uma 
DISFUNÇÃO DO SNC → há uma teoria com relação a disfunção do reflexo VESTÍBULO-OCULAR, mostrando 
que a postura instável de indivíduos com EI seria devido a um conflito entre INFORMAÇÕES VISUAIS X 
VESTIBULARES, assim não há como integrar dados sensoriais e motores, dando INSTABILIDADE AOS 
MOVIMENTOS POSTURAIS 
 Congênitas – dividida de acordo com os defeitos congênitos encontrados na vértebra: DE 
FORMAÇÃO (hemivértebra, vértebra cuneiforme) ou DE SEGMENTAÇÃO (barra óssea, bloco ósseo) ou 
MISTA 
 Neuropáticas – por assimetria do tônus muscular – poliomielite, paralisia cerebral 
 Osteoáticas – anomalias ósseas congênitas ou traumáticas – hemivértebra 
 Miopáticas – desequilíbrios musculares – distrofias musculares (Duchenne) 
 Trauma – fratura do corpo vertebral 
 Infecção – TB crônica 
 
Escoliose X Atitude Escoliótica – em ambas encontra-se um OMBRO mais elevado que o outro; 
proeminência ESCAPULAR; dismetria da PELVE; dor INTERESCAPULAR → existem fatores que diferenciam 
as duas, como: 
 
 Rigidez da Curva – ao fazer uma inclinação lateral, a CURVA mantem-se na ESTRUTURADA e 
desaparece na ATITUDE ESCOLIÓTICA, mostrandoa rigidez e a flexibilidade de cada uma / isso é observado 
em radiografias DINÂMICAS com o pct ereto, em flexão lateral direita e esquerda → na atitude, a flexão é 
igual nos dois lados, mas na estrutural a amplitude a flexão lateral é maior no lado da CONCAVIDADE do que 
da CONVEXIDADE 
 Acunhamento Vertebral (a perda da forma quadrangular típica dos corpos vertebrais) – o corpo 
tende a crescer mais na ZONA DA CONCAVIDADE → lei de Delpech afirma que haverá crescimento ósseo 
onde houver menor pressão 
 Rotação Vertebral – na estruturada, os corpos vertebrais rodam e os processos espinhosos também, 
consequentemente o gradil costal ipsilateral acompanha a proeminência!! 
 
 
 
Thaís Pires 
11 
Classificação da Idiopática 
 Quanto a idade: Infantil (antes dos 3 anos); Juvenil (entre 3 anos e início da puberdade) e Adolescente 
(durante ou logo após o início da puberdade) 
 Quanto a angulação: 
 Grau 1 – x < 20° 
 Grau 2 – 20° < x < 30° 
 Grau 3 – 31° < x < 50° 
 Grau 4 – x > 51° 
 Quanto a localização: é definida pelo ÁPICE DA CURVA, que é a vértebra mais rotacionada → 
Cervical Ápice C1-C6 
Cervico-Torácica Ápice C7-T1 
Torácica Ápice T2-T11 
Toraco-Lombar Ápice T12-L1 
Lombar Ápice L2-L4 
Lombossacra Ápice L5 para baixo 
 
Exame Físico – embora haja uma queixa direcionada principalmente para a postura, é importante avaliar o 
paciente da forma mais completa possível – buscar por manchas de pele de coloração café com leite 
(indicativo de neurofibromatose), alterações renais, cardíacas – muitas vezes, a deformidade é pequena, não 
apresentando sinais claros de desvio da coluna, porém apresenta assimetria de ombros, escápulas, mamas, 
cintura pélvica 
 
Teste com Inclinação do Tronco – Teste de Adams – pct inclina o tronco em direção ao chão – na escoliose 
há desvio lateral + rotação da coluna + costelas elevadas no ápice da curva 
TESTE DE 1 MINUTO - engloba a avaliação em pé, em flexão da coluna, marcha 
 
Radiografia – o padrão ouro para diagnóstico é um RX EM PA e PERFIL de tora a coluna torácica e lombar – 
se feito um RX panorâmico, avaliar tridimensionalmente, i.e., presença de HIPERLORDOSE ou HIPERCIFOSE 
 A avaliação das escolioses deve ser uma PADRONIZAÇÃO, permitindo controle da EVOLUÇÃO DAS 
CURVAS 
 Avaliação do ângulo de Cobb – mais simples e mais exato – encontrar as vértebras viradas para a 
concavidade → traçar linhas sobre a borda superior da vértebra mais proximal e na borda inferior da mais 
distal no RX → traçam-se 2 linhas perpendiculares às primeiras e mede-se o ÂNGULO ENTRE AS 
PERPENDICULARES!! / também avaliar o ângulo se estiver associado com hiperlordose ou hipercifosw 
 Avaliação por Ferguson – utiliza a mesma sistemática para determinar as vértebras-limite (rotação) 
→ traçar uma linha no centro dessas vertebras até o centro da vértebra mais apical da curva 
 
RM – indicado em quando o pct apresenta sinais positivos para o EXAME NEUROLÓGICO (perda de força, 
déficit sensitivo) para assegurar que não há anomalia intravertebral 
TC; Eletromiografia 
 
Tratamento 
 A primeira fase do tratamento é a OBSERVAÇÃO SERIADA – como a escoliose é uma doença 
progressiva, são necessários dois pontos no tempo para avaliar a significância da deformidade (a não ser que 
já seja grave) → sexo feminino e grau de curvatura predizem um pior prognóstico de DEFORMIDADE 
PROGRESSIVA (RX de 4-4 meses no período de crescimento e 6-6 meses adulto) 
Na vida adulta, se x < 30° não requer acompanhamento de rotina 
 
Thaís Pires 
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Se a curva evoluir para 20-25° em pcts SEM MATURIDADE ESQUELÉTICA, há indicação para o USO DO 
COLETE → toracolombar e noturno – o mais utilizado é o TORACOLOMBAR (BOSTON) que deve ser usado 
por 20 a 22h por dia – possui material plástico fino a fim de ser utilizado sob a roupa → tem como principal 
objetivo EVITAR A PROGRESSÃO e não corrigir permanentemente a escoliose / possui eficácia de 75% dos 
indivíduos tratados / os aparelhos NOTURNOS foram introduzidos para substituir, principalmente na 
adolescência, o uso das órteses na escola – é considerada uma técnica mais DOLOROSA e menos EFETIVA 
Medidas gerais também podem ajudar a REDUZIR A DOR e a CURVATURA – reduzir peso das mochilas, 
mochilas com rodas, usar duas alças da mochila 
 
Quando a curva é maior que 45-50°, há indicação de TERAPIA CIRÚRGICA para fusão de vértebras via 
posterior, anterior ou combinada → fixação vertebral rígida + algum grau de desestabilização do segmento 
vertebral (fasciotomia, liberação de ligamento) + correção por implantes e fixação a parafusos + enxerto 
ósseo para estimular fusão sólida → tem como principais objetivos IMPEDIR AGRAVAMENTOS FUTUROS E 
CORRIGIR A DEFORMIDADE 
Embora pareça bastante agressiva, essa intervenção não costuma cursar com muitas complicações – a 
principal delas, e a mais temida, é a LESÃO DA MEDULA ESPINAL (<1%), seja por mau posicionamento do 
implante ou pela própria correção da DEFORMIDADE 
 
Complicações da Escoliose 
- Problemas emocionais e baixa autoestima podem ocorrer como um resultado da doença ou de seu 
tratamento (principalmente com o uso de órtese) 
- Incapacidade dos ossos se encaixarem (embora seja muito raro em escoliose idiopática) 
- Artrite e dor na coluna lombar na idade adulta 
- Problemas respiratórios decorrentes de uma curvatura grave 
- Danos na medula ou no nervo espinhal decorrentes da cirurgia ou da incorreta curvatura grave 
- Infecção na coluna vertebral após a cirurgia

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