Buscar

AP v2 Administração de Terminais e Armazéns 09022017

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Administração 
de Terminais e 
Armazéns
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
ead.sestsenat.org.br 
CDU 656:658
Curso on-line – Administração de Terminais e 
Armazéns – Brasília: SEST/SENAT, 2016.
66 p. :il. – (EaD)
1. Terminal - administração. 2. Armazém -
administração. I. Serviço Social do Transporte. II. 
Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. 
Título.
3
Sumário
Apresentação 5
Unidade 1 | Terminais e Armazéns: Conceituação 7
1 Definições: Terminais e Armazéns 9
2 Armazenagem e Estocagem 12
Glossário 14
Atividades 15
Referências 16
Unidade 2 | Classificação de Terminais e Armazéns 17
1 Classificação dos Terminais e Armazéns 19
1.1 Em Relação à Propriedade 19
1.2 Em Relação ao Tipo de Carga 23
1.3 Em Relação à Função do Terminal ou Armazém 24
Glossário 25
Atividades 26
Referências 27
Unidade 3 | Funções dos Terminais e Armazéns 28
1 Funções e Operações nos Terminais e Armazéns 30
1.1 Operações em Terminais 30
1.2 Operações em Armazéns 32
2 Funções dos Armazéns e Terminais 36
2.1 Centros de Distribuição (CD) 36
2.2 Terminais do Tipo Pontos de Trânsito (“Transit Points”) 37
2.3 Terminais do Tipo “Cross Docking” 38
Glossário 40
Atividades 41
4
Referências 43
Unidade 4 | Organização de Terminais de Carga e Armazéns 
(Layout da Área Externa) 44
1 O Layout 46
1.1 Layout das Áreas de Recebimento e Expedição 46
1.1.1 Posicionamento dos Veículos Perpendicularmente à Plataforma 47
1.1.2 Posicionamento dos Veículos Diagonalmente à Plataforma, ou a 45 Graus 48
2 Outras Recomendações para as Áreas Externas 49
Glossário 51
Atividades 52
Referências 54
Unidade 5 | Decisões Relacionadas aos Terminais e Armazéns 55
1 Escolha da Localização do Armazém 57
2 Projeto da Instalação 58
3 Manuseio de Materiais 59
4 Sistemas de Gerenciamento de Armazéns (WMS) 60
Glossário 62
Atividades 63
Referências 64
Gabarito 65
5
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) ao curso Administração de Terminais e Armazéns! 
Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de 
cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, 
você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e 
ajudar na compreensão do conteúdo. 
O curso possui carga horária total de 30 horas e foi organizado em 5 unidades, conforme 
a tabela a seguir.
Unidades Carga Horária
Unidade 1 | Terminais e Armazéns: Conceituação 6 h
Unidade 2 | Classificação de Terminais e Armazéns 6 h
Unidade 3 | Funções dos Terminais e Armazéns 6 h
Unidade 4 | Organização de Terminais de Carga e Armazéns 
(Layout da Área Externa)
6 h
Unidade 5 | Decisões Relacionadas aos Terminais e Armazéns 6 h
6
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:
a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas 
“Aulas Interativas”;
b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; 
c) responder à “Avaliação de Reação”; e
d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.
Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de 
dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat.
org.br.
Bons estudos!
7
UNIDADE 1 | TERMINAIS E 
ARMAZÉNS: CONCEITUAÇÃO
8
Unidade 1 | Terminais e Armazéns: Conceituação
 f Você conhece as diferenças entre terminais de carga e armazéns? Entende a diferença entre estocagem e armazenagem? Sabe o motivo para se utilizar armazéns?
Nesta unidade você conhecerá os diferentes tipos de armazéns e terminais de cargas e 
as suas funções nas cadeias logísticas. Você também verá a diferença entre os conceitos 
de estocagem e de armazenagem, que seguidamente são confundidos ou tratados como 
sinônimos. 
9
1 Definições: Terminais e Armazéns 
 c
Embora o papel tradicional dos armazéns tenha sido o 
armazenamento do estoque, as novas instalações de 
armazenagem possuem funções bem mais amplas, tais como: 
consolidação e desconsolidação de cargas, terminais de 
intermodalidade, agrupamento de mercadorias e fracionamento 
de cargas, entre outras. 
No contexto da logística, as definições para um armazém são as seguintes:
O armazém é o elo que une o fornecimento de matéria-prima ao 
fabricante (fluxo de entrada). 
 
O armazém é o elo que une o fabricante ao cliente (fluxo de 
saída). 
Existem alguns motivos importantes para não armazenar produtos? Existem, sim, e os 
três principais são:
• A mercadoria armazenada tem um custo e imobiliza o capital que poderia ser 
investido em outras atividades estratégicas, como o marketing e a própria 
produção.
• A necessidade de edifícios para guardar as mercadorias gera custos de instalações 
e infraestrutura, de mão de obra, de equipamentos e de custos administrativos 
indiretos.
• O material “envelhece”, podendo perder a validade e o valor ao longo do tempo 
em que permanece armazenado. Produtos perecíveis, produtos farmacêuticos 
e produtos de tecnologia são alguns exemplos de materiais mais suscetíveis a 
esses problemas.
Todavia, há vários motivos favoráveis para a armazenagem de produtos. Vamos 
enumerar alguns?
10
• Nunca se conhece o consumo exato de um produto em determinado período. 
Em alguns períodos do ano, pode haver um consumo elevado de determinado 
produto. Por exemplo: na Páscoa, são consumidos muitos ovos de chocolate 
e, no verão, a cerveja é consumida em quantidades maiores do que nos outros 
períodos do ano. É o que se conhece por “demanda sazonal”.
• Produzir em maiores quantidades torna-se mais econômico do que fabricar 
pequenas quantidades, mas para isso é necessário ter espaço para estocar 
maiores volumes de mercadorias.
• Custa caro atender aos inúmeros clientes diretamente das unidades produtivas, 
as fábricas.
• O custo de perder uma venda pela falta de produto disponível é elevado.
Agora vejamos a definição de terminais de mercadorias.
Terminais de mercadorias são pontos fixos nas cadeias logísticas 
em que fluxos significativos de mercadorias têm origem, destino 
ou sofrem transferência de veículo ou de modalidade de 
transporte. 
Vamos ver um exemplo.
Digamos que você envie um sedex para sua filha, que está grávida, em uma cidade 
distante. A sua encomenda, um pacote, por exemplo, seguirá por um veículo rodoviário 
(um utilitário pequeno, um caminhão ou até mesmo uma carreta) até o aeroporto mais 
próximo. Ali, ele será juntado a diversos outros pacotes que terão como destino a 
mesma cidade ou região onde mora a sua filha. A carga será carregada a bordo de um 
avião, que seguirá até o aeroporto mais próximo da cidade onde mora sua filha. Ao 
chegar ao aeroporto de destino, o seu pacote seguirá em veículos rodoviários até a 
casa da sua filha.
Você pôde perceber como a sua encomenda foi transferida entre duas modalidades 
diferentes de transporte? A modalidade rodoviária e a aeroviária.
E qual instalação foi utilizada para essa troca de tipo de transporte? Isso mesmo, o 
aeroporto!
11
O aeroporto é, então, no exemplo que acabamos de ver, o terminal de mercadorias, 
utilizado na logística elaborada pelos Correios do Brasil para levar sua encomenda até 
sua filha, que mora em uma cidade distante da sua.
Da mesma forma, podemos dizer que um porto é um terminal de carga, à semelhança 
do aeroporto que estudamos no exemplo anterior. 
 a
Uma pequena diferença pode ser ressaltada entre um armazém 
e um terminal: nos armazéns, normalmente, a mercadoria 
permanece estocada por um período de tempo mais longo, até 
que ela seja requisitada para o consumo ou para o processo 
produtivo, enquanto os terminais, em geral, a mercadorianão 
permanece estocada por longos períodos. 
O terminal funciona, na maioria das 
vezes, como um ponto de transferência 
da mercadoria entre um modal de 
transporte e outro. Nos terminais é 
que se processa a intermodalidade, ou 
seja, a integração entre dois modos 
de transporte diferentes. Exemplo: a 
mercadoria pode ser transferida de um 
trem para um caminhão.
Veja a seguir outras definições de 
armazém.
Armazéns de mercadorias são, como o próprio nome diz, locais 
de armazenamento de materiais que têm como atividades 
principais a guarda, o controle e a movimentação de materiais. 
O armazém de mercadorias possui um conceito mais genérico, pois ele pode fazer 
parte de um terminal de mercadorias ou não, podendo estar, por exemplo, dentro de 
uma fábrica ou de uma loja de varejo.
12
De qualquer forma, tanto os terminais de mercadorias quanto os armazéns de 
mercadorias possuem um mesmo conceito econômico e não serão diferenciados no 
tratamento ao longo deste nosso curso. 
Armazéns de mercadorias ou terminais de mercadorias são 
interfaces entre os setores produtores ou consumidores e o 
transporte de suas matérias-primas (fluxos de entrada) ou seus 
produtos (fluxos de saída). 
 b Para entender melhor a diferença entre armazéns e terminais, assista aos dois vídeos disponíveis nos links a seguir. 
https://www.youtube.com/watch?v=Xw3m_skH8jQ 
 
https://www.youtube.com/watch?v=tmsEqu7kM80
2 Armazenagem e Estocagem
Na prática, as palavras armazenagem e estocagem são muitas vezes confundidas. 
Vamos aproveitar esta unidade do curso para diferenciá-las.
Nesse sentido, podem ser estabelecidas as seguintes definições para os dois termos:
Estocagem: em princípio, é a atividade relacionada à guarda 
segura e ordenada das mercadorias no armazém, em ordem de 
prioridade de uso nas operações de produção ou de 
comercialização. Também se refere à guarda das peças que 
serão despachadas para as operações de montagem nas 
indústrias.
13
Armazenagem: é a atividade que diz respeito à estocagem 
ordenada e forma adequada de distribuição dos produtos no 
interior dos armazéns ou das fábricas. Refere-se, também, ao 
espaço físico necessário para a estocagem das mercadorias. 
Assim, armazenagem pode ser entendida como a denominação genérica e ampla que 
inclui todas as atividades desenvolvidas num armazém, terminal ou fábrica, destinadas 
à guarda temporária dos produtos ou à distribuição dos materiais.
Já a estocagem é uma das atividades do fluxo de materiais no armazém e se relaciona 
ao ponto destinado à localização estática dos materiais no interior da instalação. Logo, 
concluímos que a estocagem é uma parte da armazenagem.
Vale ressaltar que, além da estocagem, existem outras atividades básicas ou funções 
consideradas na armazenagem. São elas:
• Recebimento (descarga);
• Identificação e classificação;
• Conferência;
• Endereçamento para o estoque;
• Estocagem;
• Separação dos pedidos;
• Embalagem;
• Expedição (carga); e
• Registro das operações.
14
Resumindo 
 
Armazéns e terminais podem ser considerados como sinônimos, pois ambos 
têm a função principal de guardar mercadorias até que elas sejam solicitadas 
para o processo produtivo ou para serem comercializadas. 
Glossário
Genérico: amplo, impreciso.
Intermodalidade: sistema integrado de transporte de cargas em que se utilizam dois 
ou mais modais ou meios de transporte.
15
 a
1) Marque Falso (F) ou Verdadeiro (V). 
 
a. ( ) Armazenagem e estocagem são sinônimos. 
 
b. ( ) Conferência é uma atividade desenvolvida fora do 
armazém. 
 
c. ( ) Recebimento e expedição são atividades relacionadas à 
carga e descarga dos produtos. 
 
d. ( ) Terminais e armazéns são conceitos totalmente 
diferentes. 
 
2) Produzir em maiores quantidades torna-se mais econômico 
do que fabricar pequenas quantidades, mas para isso é 
necessário ter espaço para estocar maiores volumes de 
mercadorias. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
3) Armazéns ou terminais de mercadorias são importantes 
para a logística, porque se constituem em interfaces entre os 
setores produtores ou consumidores e o transporte de suas 
matérias-primas (fluxos de entrada) ou seus produtos (fluxos 
de saída). 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
4) A armazenagem é uma das atividades do fluxo de materiais 
no armazém e se relaciona ao ponto destinado à localização 
estática dos materiais no interior da instalação. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso
Atividades
16
Referências
ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada. São Paulo: Pioneira, 1994.
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização 
e logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
BOWERSOX, D.; CLOSS, D.; COOPER, M. Gestão da cadeia de suprimentos e logística. 
Rio de Janeiro: Campus, 2007.
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 
2015.
MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo: 
IMAM, 1989.
______. Sistemas e técnicas de movimentação e armazenagem de materiais. São 
Paulo: IMAM, 1998.
NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro: 
Campus, 2015.
17
UNIDADE 2 | CLASSIFICAÇÃO DE 
TERMINAIS E ARMAZÉNS 
18
Unidade 2 | Classificação de Terminais e Armazéns
 f Você conhece os vários tipos de armazéns e terminais? Sabe quem pode ser proprietário de um armazém?
Os armazéns e terminais são pontos de apoio fundamentais para a consecução dos fluxos 
de mercadorias com qualidade e com eficiência ao longo da cadeia logística. Eles permitem 
a realização de diversas atividades importantes para que os produtos e mercadorias sejam 
disponibilizados aos consumidores no momento desejado e com a qualidade requerida. 
Nesta unidade, estudaremos as várias formas de classificação dos armazéns e terminais 
de cargas.
19
1 Classificação dos Terminais e Armazéns
A classificação de armazéns e terminais é realizada de várias formas. Eles podem ser 
categorizados em função da carga que armazenam, em função dos seus objetivos, 
em função de sua propriedade e também de acordo com a natureza das operações 
neles desenvolvidas. Por exemplo, há terminais classificados como intermodais, pois 
integram duas modalidades de transporte para a movimentação da mercadoria. Nesses 
terminais ocorre a transferência da mercadoria de um tipo de transporte a outro.
Os armazéns e terminais de mercadorias podem ser classificados em três tipos 
diferentes, a saber, em relação:
• à sua propriedade;
• ao tipo de carga; e
• ao objetivo funcional. 
Na sequência, vamos estudar detalhadamente cada uma dessas categorias.
1.1 Em Relação à Propriedade
No que diz respeito à propriedade dos armazéns e terminais, eles podem ser 
categorizados em públicos, privados e arrendados, ou, então, em próprios, públicos e 
contratados (BOWERSOX et al., 2007).
Privados 
 
Inúmeras são as empresas produtoras e transportadoras que 
possuem alguma instalação própria para armazenagem de 
mercadorias. Nesse caso, as empresas investem em espaço e 
equipamentos necessários para o manuseio dos produtos nos 
armazéns e terminais. 
20
Quando a empresa investe em armazéns próprios, ela tem a expectativa de obter 
algumas vantagens. Vamos conhecê-las:
• Ter custo de armazenagem menos elevado do que a alternativa de alugar espaços 
para armazenar os produtos;
• Ter maior grau de controle sobre as operações de armazenagem;
• A propriedade privada pode ser a única alternativa para a armazenagem de 
determinados produtos que exigem cuidados especiais e pessoal e equipamento 
especializados (caso de produtos farmacêuticos e de certos produtos químicos);
• Obter benefícios derivados da propriedade doimóvel;
• Poder utilizar no futuro o espaço para outras finalidades produtivas; e
• Ter um espaço adequado para servir como base do departamento de vendas, da 
frota, do departamento de tráfego ou do departamento de compras.
 g
Há também o caso de empresas que fazem negócios com a 
provisão de serviços de armazenagem a outras organizações, 
utilizando armazéns próprios. É o caso dos armazéns gerais, de 
fornecedores de serviços logísticos, os chamados operadores 
logísticos. 
Assim, os tipos de armazéns privados podem ser pertencentes a diversos agentes 
econômicos:
• Do transportador: pertencente à administração da empresa de transporte, 
embora possa atender a outras empresas do setor e até a outras modalidades de 
transporte.
• Do usuário: pertence a uma empresa usuária, em geral uma fábrica ou indústria, 
que normalmente reserva o uso exclusivamente a seus produtos e/ou insumos, 
ainda que transportados por diferentes modalidades.
• De empresas de armazenagem: visam captar a armazenagem de usuários que 
não têm instalações próprias e podem ser servidos por uma ou mais modalidades, 
cobrando por seus serviços.
21
• De empresas ou cooperativas produtoras: para embarque de seus produtos ou 
descarga de seus insumos em um ou mais modos de transporte.
• De empresas consumidoras ou distribuidoras comerciais: para recepção e 
posterior consumo ou distribuição dos produtos desembarcados.
Públicos 
 
Os armazéns e terminais públicos procuram, em geral, 
especializar-se para servir a uma gama bem maior de 
necessidades das empresas. São muito mais padronizados na 
configuração do espaço e na utilização de equipamentos 
multiusos. 
 
Esse tipo de armazém procura oferecer uma série de serviços a 
fim de atrair e fidelizar os clientes. Oferecem serviços como 
recepção, estocagem, remessa, consolidação de lotes e 
combinação de cargas, entre diversos outros serviços ligados à 
estocagem e à movimentação dos produtos. 
A armazenagem pública traz algumas vantagens às empresas em oposição aos 
armazéns privados. Eis algumas delas:
• A empresa de transporte não imobiliza nenhum capital em instalações físicas de 
armazenagem;
• Os custos de armazenagem são menos elevados;
• A localização dos estoques de mercadorias é mais flexível; e 
• A empresa pode utilizar instalações situadas em diferentes locais.
22
 b Os armazéns públicos pertencem a órgãos e empresas ligados aos governos em todas as esferas da administração pública. São administrados pelo Poder Público. Um exemplo dos mais 
marcantes são os armazéns da Companhia Nacional de 
Abastecimento (Conab). Outros exemplos são os terminais 
aeroportuários administrados pela Infraero e os terminais 
portuários administrados pelas companhias Docas. Entre no site 
da Conab para conhecer melhor um tipo de armazém público, no 
link disponível e a seguir. 
 
 www.conab.gov.br
23
Armazéns arrendados 
 
O arrendamento de espaços em armazéns públicos e privados 
representa para muitas empresas uma opção intermediária. A 
vantagem de arrendar espaço de armazenagem é a possibilidade 
de conseguir uma tarifa mais favorável. A desvantagem é que os 
contratos de arrendamento em geral são realizados por um 
período um pouco longo. Nesse caso, o transportador ou a 
empresa perde alguma flexibilidade na questão da localização 
dos estoques de mercadorias. 
1.2 Em Relação ao Tipo de Carga
A segunda classificação refere-se ao tipo de carga movimentada no terminal ou 
armazém. Essa classificação é a mais usual no meio transportador para qualificar o 
terminal ou armazém, o qual pode ser enquadrado em uma das seguintes categorias 
(MOURA, 1998):
• Armazéns de commodities: seus serviços são limitados à estocagem e ao 
manuseio de commodities, tais como madeiras, algodão, fumo, produtos 
agrícolas etc.
• Armazéns de volumes de granéis: estocam e manuseiam granéis químicos, 
líquidos, petróleo e ácidos que podem evaporar.
• Armazéns frigoríficos: são armazéns com temperatura controlada e podem 
também regular a umidade do ambiente. Servem para estocar e manusear 
produtos perecíveis, como frutas e vegetais, alimentos congelados, produtos 
químicos e medicamentos.
• Armazéns de produtos residenciais: estocam e manuseiam utensílios 
domésticos e móveis. Embora sejam utilizados por muitos fabricantes de móveis, 
servem, sobretudo, às empresas de transporte de mudanças.
24
• Armazéns gerais de mercadorias: são o tipo mais comum de armazéns, 
manuseando e estocando uma grande variedade de produtos. Essas construções 
não necessitam, em geral, de instalações e equipamentos de manuseio 
diferenciados. 
 a Nesses armazéns, é frequente a prática de unitização das mercadorias, ou seja, a colocação dos produtos em paletes. 
• Mini-armazéns: são armazéns pequenos, com espaços reduzidos de estocagem. 
Seu objetivo é oferecer espaço extra e poucos serviços. Em geral, é sua localização 
próxima dos centros urbanos que os torna atrativos para os clientes.
1.3 Em Relação à Função do Terminal ou Armazém
A terceira classificação diz respeito à função que o terminal ou armazém desempenha 
na cadeia logística. Nesse sentido, as instalações de armazenagem podem ser 
classificadas nas seguintes categorias:
• Concentradores de produção: situam-se em regiões produtoras ou geradoras 
de carga, concentrando-as para carregamento e, assim, facilitando transporte de 
longa distância a partir de um único ponto de embarque.
• Beneficiadores: além de concentrar cargas, em particular as agrícolas, 
transformam os produtos antes do embarque, melhorando sua qualidade, a fim 
de alcançarem as especificações exigidas pelo mercado. Exemplo: secagem da 
soja antes de distribuí-la.
• Reguladores/estocadores: armazenam quantidades significativas de um ou 
mais produtos, particularmente os sazonais, de forma a atenuar os picos de 
transporte e homogeneizar a distribuição ao longo de maior período de tempo.
25
• Distribuidores: concentram produtos para a distribuição em determinada 
área, facilitando a comercialização. Exemplo: distribuidores de bebidas, de 
medicamentos, de alimentos.
Resumindo 
 
Existem várias formas de classificação dos armazéns e terminais de 
mercadorias. Não obstante essa grande variedade, os armazéns têm a 
função de servir como pontos de armazenagem de mercadorias que 
esperam o momento de serem consumidas pelos usuários finais ou de 
serem inseridas em um processo de produção de um novo produto. 
 
Os armazéns e terminais podem ser classificados quanto à propriedade em 
próprios, públicos e contratados. 
 
Os armazéns e terminais são classificados de acordo com a propriedade, 
tipo de carga e objetivo funcional.
Glossário
Arrendar: ceder o uso de um bem por tempo e preço previamente determinado.
Insumo: elemento ou fator envolvido na produção de mercadorias ou serviços.
Sazonal: de determinada época ou estação.
26
 a
1) Assinale a alternativa que contém os tipos de armazéns 
em função da propriedade da instalação. 
 
a. ( ) Misto e leasing. 
 
b. ( ) Público, privado e arrendado. 
 
c. ( ) Terceirizado e leasing. 
 
d. ( ) Nenhuma das alternativas. 
 
2) Marque Falso (F) ou Verdadeiro (V). 
 
a. ( ) Os armazéns e terminais podem ser classificados em: 
propriedade, função e tipo de carga. 
 
b. ( ) Os armazéns públicos são utilizados somente para 
armazenar produtos do governo. 
 
c. ( ) A vantagem do armazém público é seu baixo custo para o 
usuário. 
 
d. ( ) Armazém de commodities armazena produtos de 
limpeza. 
 
3) Os armazéns beneficiadores transformam o produto que 
é, em geral, uma matéria-prima. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
4) O armazém público procura oferecer uma ampla gama de 
serviços a fim de atrair e fidelizar os clientes. Oferecem 
serviços como recepção, estocagem,remessa, consolidação 
de lotes e combinação de cargas, entre diversos outros 
serviços ligados à estocagem e à movimentação dos 
produtos. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso
Atividades
27
Referências
ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada. São Paulo: Pioneira, 1994.
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização 
e logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
BOWERSOX, D.; CLOSS, D.; COOPER, M. Gestão da cadeia de suprimentos e logística. 
Rio de Janeiro: Campus, 2007.
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 
2015.
MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo: 
IMAM, 1989.
______. Sistemas e técnicas de movimentação e armazenagem de materiais. São 
Paulo: IMAM, 1998.
NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro: 
Campus, 2015.
28
UNIDADE 3 | FUNÇÕES DOS 
TERMINAIS E ARMAZÉNS
29
Unidade 3 | Funções dos Terminais e Armazéns
 f Você conhece as operações realizadas nos armazéns e terminais? Compreende as diferenças nas operações desses dois tipos de instalações logísticas?
Nesta unidade apresentaremos algumas das operações realizadas nos terminais e nos 
armazéns de carga, com o intuito de identificar as diferenças nas operações entre essas 
duas instalações. Também veremos as principais funções desempenhadas pelos armazéns 
e terminais no apoio às atividades logísticas e de transportes nas cadeias de produção.
30
1 Funções e Operações nos Terminais e Armazéns
Diversas formas e funções de instalações de armazéns e terminais de mercadorias têm 
surgido nos últimos tempos, principalmente depois que as empresas e organizações 
começaram a praticar uma logística mais aperfeiçoada para o transporte e para a 
armazenagem, tanto no suprimento quanto na distribuição de mercadorias.
Essas novas formas e funções das instalações de armazenagem surgem como forma de 
reduzir os custos de transporte e de estoque, ao mesmo tempo em que aumentam a 
velocidade de resposta às solicitações dos clientes.
Para entender as diferenças e o funcionamento desses novos modelos de instalações 
de armazenagem, é fundamental que estejam bem entendidas as principais atividades 
ou funções realizadas no interior de um terminal ou armazém. 
Entre terminais e armazéns há uma pequena diferença nas atividades realizadas. A 
seguir discutiremos as principais operações realizadas nos terminais e armazéns.
1.1 Operações em Terminais 
Conforme os produtos manipulados, um terminal de carga efetua uma ou mais das 
seguintes operações descritas na Tabela 1.
31
Tabela 1: Operações Realizadas Comumente nos Terminais de Carga
Passo Atividade Descrição Forma
Passo 1 Recepção da carga
Verificação 
de sua 
documentação 
e integridade, 
autorização 
de ingresso ao 
terminal
Passo 2
Pesagem de 
controle 
Verificação do 
peso
- automática
- manual
- por estimativa
Passo 3
Classificação do 
produto 
- documental
- experimental
Passo 4 Pré-tratamento
Consiste no 
tratamento 
físico, químico ou 
biológico, com 
certificação, se 
for o caso
- total
- parcial
- por 
amostragem
Passo 5 Armazenagem 
- automática
- mecânica
- manual
Passo 6 Conservação 
Para evitar a 
deterioração e 
perdas naturais, 
por negligência 
ou criminosas
- automática
- por verificação
32
Fonte: adaptado de Moura, 1998 e Moura, 1989.
Agora vejamos quais são as principais atividades que um armazém deve desempenhar.
1.2 Operações em Armazéns
Em um armazém, sete atividades são tidas como principais, conforme descrito na 
Tabela 2.
Passo 7
Retirada para 
embarque
Separa os 
produtos 
que serão 
embarcados no 
veículo 
- automatizada
- mecânica
- manual
Passo 8
Contrapesagem e 
controle 
Conferência da 
pesagem
- estimativa
- amostragem
- automática
Passo 9
Manejo e 
carregamento 
- manual
- mecânico
- automatizado
Passo 10
Emissão de 
conhecimento de 
embarque e anexos
Emissão dos 
documentos 
legais e anexos 
para embarque
- manual
- automático
Passo 11
Despacho dos 
veículos
Inicio da 
operação de 
transporte
33
Tabela 2: Operações em um armazém
Passo 1 Recebimento 
As mercadorias 
chegam ao armazém ou 
depósito e devem ser 
descarregadas, conferidas 
e encaminhadas ao local 
de armazenagem. O local 
de recebimento, em que a 
mercadoria será retirada 
do veículo e conferida, é 
denominado doca.
Passo 2 Movimentação 
Depois de recebida, a 
mercadoria deverá ser 
movimentada até o local 
onde será estocada. No 
momento certo, essa carga 
deverá ser novamente 
movimentada para o local 
onde será preparada 
para ser embarcada em 
um novo veículo para a 
entrega ao cliente. Aqui 
é importante ressaltar 
que o deslocamento da 
mercadoria no interior 
do armazém é também 
um transporte, porém, 
é costumeiramente 
chamado de 
movimentação, por se 
tratar de distâncias bem 
curtas.
34
Passo 3
Armazenagem ou 
estocagem 
O produto ficará estocado 
em uma área determinada 
pelo tempo necessário até 
ser solicitado pela área de 
embarque.
Passo 4 Preparação de pedidos 
Essa atividade é realizada 
em alguns armazéns em 
que os produtos da área 
de estocagem são levados 
a um certo local, onde o 
volume armazenado será 
separado em pequenos 
volumes e em seguida 
combinado com outros 
volumes para entrega aos 
clientes. Isso acontece 
quando o armazém 
entrega diversos produtos 
diferentes para seus 
clientes.
Passo 5 Embarque 
Uma vez preparado o 
pedido do cliente, ele 
deverá ser embarcado no 
veículo designado, usando, 
para isso, uma doca 
apropriada.
35
Fonte: adaptada de Moura, 1998 e Moura, 1989.
Uma vez que conhecemos as operações realizadas, estamos prontos para entender 
as diversas funções exercidas pelos terminais e armazéns de mercadorias nas cadeias 
logísticas.
Passo 6
Circulação externa e 
estacionamento 
Não é raro encontrar 
armazéns que utilizam 
as vias públicas para 
estacionamento de 
veículos ou fazem o 
próprio descarregamento 
em áreas públicas. 
Essa situação pode ser 
perigosa (risco de roubos 
e acidentes), além de 
ser prejudicial ao bom 
funcionamento das vias 
públicas. O correto é 
destinar áreas próprias 
para essa atividade dentro 
do terreno onde está 
localizado o armazém.
Passo 7 Serviços Acessórios
São serviços prestados 
pelos armazéns, além dos 
abrangidos pela atividade 
básica de armazenagem. 
Exemplos de serviços 
acessórios: embalagem, 
montagem, limpeza, 
vigilância etc.
36
2 Funções dos Armazéns e Terminais
Além de servir como instalações de guarda e de estocagem de produtos e desenvolver 
uma série de outras atividades relacionadas à movimentação dos produtos, os 
armazéns e terminais desempenham outras funções bastante relevantes para garantir 
a movimentação dos produtos com qualidade, eficiência e menores custos na cadeia 
logística. Assim, esses terminais e armazéns, nas suas diversas formas, podem servir 
como pontos de consolidação, de fracionamento, de transbordo, de transferência e de 
agrupamento de cargas. São essas funções específicas que veremos a seguir.
2.1 Centros de Distribuição (CD)
Os centros de distribuição são instalações que têm como uma 
de suas funções o fracionamento das cargas. 
Nesse caso, o centro de distribuição 
(CD) recebe de fábricas ou produtores 
mercadorias em grandes quantidades, 
que deverão ser fracionadas em 
quantidades menores e entregues a 
diferentes clientes (A, B e C).A função do centro de distribuição é 
a de permitir a utilização dos veículos 
com maior capacidade de transporte de 
mercadorias pelo maior tempo possível 
ao longo da cadeia logística. Essa forma permite a redução dos custos com o transporte.
37
 a
É fácil entender isso. Um veículo com maior capacidade 
consegue, em uma só viagem, levar uma quantidade maior de 
mercadorias. Dessa forma, pagando o frete uma só vez, é 
possível transportar maiores volumes de mercadoria. 
Quando se chega a um ponto predeterminado, não é viável continuar o transporte com 
esse tipo de veículo de grande capacidade, pois esse veículo perderia muito tempo 
nas visitas aos clientes, o que o tornaria improdutivo. Por isso, a partir do centro de 
distribuição, são usados veículos de menor capacidade de carga para atender aos 
diversos clientes que estão próximos ao CD.
 h
Quando existem diversos fornecedores, os centros de 
distribuição são ainda mais úteis, pois além de permitirem 
ganhos de escala no transporte, os produtos podem ser 
combinados. Ou seja, podem ser feitas entregas combinadas de 
diversos produtos aos clientes, como mostra a figura a seguir. 
Nessa situação, o armazém ou terminal desempenha primeiro a 
função de consolidação das cargas (produtos A, B e C) em 
grandes quantidades no CD e, depois, agrupa os três produtos 
nas quantidades requeridas por cada um dos clientes (A, B e C). 
2.2 Terminais do Tipo Pontos de Trânsito (“Transit Points”)
Nesse tipo de instalação, podem ser executadas funções de 
consolidação, de fracionamento, de agrupamento e de 
transbordo (transferência das cargas de um trem para um 
caminhão, por exemplo). 
38
Em geral, as cargas chegam à recepção do terminal ou armazém em veículos de alta 
capacidade, unitizadas em paletes ou contêineres. Depois de recebidas, são separadas 
em lotes menores e, sem perda de tempo, encaminhadas para a área de embarque, 
onde serão colocadas em veículos menores para entrega aos clientes.
Porém, para que isso seja possível, é necessário um alto volume de pedidos em curtos 
espaços de tempo, para que a carga possa chegar e ser despachada na mesma hora, 
sem ter que ficar armazenada aguardando novos pedidos para a entrega.
A vantagem é que esse tipo de terminal ou armazém não envolve uma grande estrutura, 
pois não há área de estocagem. Além disso, assim como nos centros de distribuição, 
é possível ter economias de escala no transporte, transportando por veículos de 
alta capacidade até o transit point e, em seguida, transferindo pequenos lotes de 
mercadorias para diversos clientes em veículos pequenos, de menor capacidade. 
 c
São esses terminais os mais usados pela maioria das empresas 
de transporte de cargas, já que as mercadorias ficam paradas o 
menor tempo possível. 
2.3 Terminais do Tipo “Cross Docking”
São semelhantes aos armazéns e terminais 
do tipo transit points. Todavia, eles 
apresentam uma característica adicional. 
As mercadorias chegam de diversos 
fornecedores, unitizadas em contêineres 
ou paletes. A seguir, são fracionadas em 
volumes menores e encaminhadas para a 
área de embarque, onde são combinadas 
com outras mercadorias para formar um 
lote consolidado para entrega ao cliente.
39
As vantagens relativas deste tipo de terminal são:
• Ganhos de escala no transporte;
• Combinação de mercadorias diversas para entrega aos clientes; e
• Não há necessidade de estocagem de produtos.
 e
Não podemos nos esquecer de que assim como os transit points, 
as instalações de cross docking necessitam de um grande 
volume de movimentação para que se tornem economicamente 
viáveis. 
 b Assista ao filme disponível no link a seguir para conhecer uma experiência real de terminal com função de cross docking. 
https://www.youtube.com/watch?v=CYyI8_ZshwI 
Resumindo 
 
Há uma diversidade muito grande de armazéns e terminais. Cada categoria 
tem a sua função. Há armazéns para estocar mercadorias, há terminais para 
triagem e consolidação de cargas e há terminais apenas para a realização 
do transbordo da mercadoria de uma modalidade de transporte para 
outra. 
 
Todos os tipos de armazéns e terminais fornecem serviços que melhoram o 
nível de atendimento aos clientes da cadeia logística. 
 
As operações realizadas em armazéns e terminais são distintas.
40
Glossário
Contrapesagem: avaliar, pesar, compensar.
Unitizado: reunido em um único volume.
41
 a
1) São funções dos armazéns ou terminais (marque Verdadeiro 
ou Falso). 
 
a. ( ) Guardar mercadorias. 
 
b. ( ) Produzir bens. 
 
c. ( ) Consolidar cargas. 
 
d. ( ) Executar operações de transferência de cargas. 
 
2) Assinale a alternativa que não contém operação executada 
nos armazéns. 
 
a. ( ) Recebimento de mercadorias. 
 
b. ( ) Desenvolvimento da embalagem. 
 
c. ( ) Preparação de pedidos. 
 
d. ( ) Estocagem de mercadorias. 
 
3) São tipos de armazéns e terminais: 
 
a. ( ) Transit points e cross docking. 
 
b. ( ) Centrais de distribuição e armazéns de consolidação. 
 
c. ( ) Fábricas e depósitos. 
 
d. ( ) Transit points e terminais de passageiros. 
 
e. ( ) Portos e aeroportos.
Atividades
42
4) Nos terminais de cross docking, as mercadorias chegam de 
diversos fornecedores, unitizadas em contêineres ou paletes. 
A seguir, são fracionadas em volumes menores e encaminhadas 
para a área de embarque, onde são combinadas com outras 
mercadorias para formar um lote consolidado para entrega 
ao cliente. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso
43
Referências
ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada. São Paulo: Pioneira, 1994.
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização 
e logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
BOWERSOX, D.; CLOSS, D.; COOPER, M. Gestão da cadeia de suprimentos e logística. 
Rio de Janeiro: Campus, 2007.
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 
2015.
MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo: 
IMAM, 1989.
______. Sistemas e técnicas de movimentação e armazenagem de materiais. São 
Paulo: IMAM, 1998.
NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro: 
Campus, 2015.
44
UNIDADE 4 | ORGANIZAÇÃO 
DE TERMINAIS DE CARGA E 
ARMAZÉNS (LAYOUT DA ÁREA 
EXTERNA)
45
Unidade 4 | Organização de Terminais de Carga e 
Armazéns (Layout da Área Externa)
 f Você já ouviu falar em layout? Sabe como organizar a área externa de um armazém ou terminal?
Nesta unidade, nós estudaremos como é organizada a área externa de um armazém 
ou terminal. Isso significa tratar do layout da área externa, que influencia muito nas 
atividades e nos fluxos de pessoas e mercadorias. 
46
1 O Layout
O layout pode ser definido como sendo o arranjo de homens, 
máquinas e materiais. É a integração do fluxo típico de materiais, 
da operação dos equipamentos, combinados com as 
características que conferem maior produtividade ao elemento 
humano (DIAS, 2015). 
Segundo Moura (1998), os objetivos de um layout ou de um plano de armazenagem de 
um armazém são focados na busca de redução de custos e, também, de aumento da 
produtividade por meio de:
• Melhor utilização do espaço disponível;
• Redução da movimentação de material e pessoal;
• Fluxo mais racional;
• Menor tempo para o desenvolvimento dos processos; e
• Melhores condições de trabalho.
Nesta unidade, focaremos nossa atenção apenas na definição do layout das áreas 
externas do armazém. 
1.1 Layout das Áreas de Recebimento e Expedição
Um primeiro ponto a ser analisado diz respeito às áreas de acostagem de veículos ou 
plataformas de acostagem. Podemos citar duas principais formas para as plataformas 
de acostagemou docas de carga e de descarga (ALVARENGA; NOVAES, 1994):
• Posicionamento dos veículos perpendicularmente à plataforma, ou a 90 graus.
• Posicionamento dos veículos diagonalmente à plataforma, ou a 45 graus.
47
Vejamos cada uma delas!
1.1.1 Posicionamento dos Veículos Perpendicularmente à 
Plataforma
Conhecida como acostagem a 90 graus, nesse caso a plataforma 
forma uma linha reta e contínua e a descarga é realizada pela 
traseira do veículo. Caminhões-baú, por exemplo, são 
descarregados pela traseira. 
Há alguns cuidados que devem ser 
tomados para garantir a execução dos 
serviços de carga e descarga dos veículos. 
Vamos ressaltar aqui o cuidado mais 
importante: a extensão mínima de cada 
posição de acostagem, que chamaremos 
de doca, é de 3,3 m.
No entanto, para não prejudicar o 
rendimento com a espera por manobras 
de veículos, a prática recomenda docas 
de 3,5 m de largura. Dependendo do caso, os equipamentos utilizados para descarga 
dos caminhões (como empilhadeiras, carrinhos, paletes etc.) podem exigir que essa 
largura seja maior, podendo chegar, por exemplo, a 5 m.
 a
Outra dimensão que deve ser prevista é o espaço de manobra 
para os veículos. O mínimo absoluto é de 33,5 m, para situações 
extremas, sendo que a recomendação para situações normais é 
de que esse espaço não seja menor do que 35 m. 
48
Deve-se também prever uma faixa operacional de descarga, para que as pessoas tenham 
acesso aos veículos e para reservar um espaço para as primeiras movimentações da 
mercadoria. Essa faixa fica entre a carroceria e a porta de descarga do armazém e faz 
parte da doca. A faixa deve ter aproximadamente 5 m de largura.
Além da faixa operacional de descarga, outra área deve ser prevista no interior do 
armazém para o processo de recebimento ou de expedição. É a chamada área de 
acumulação da carga que foi retirada dos veículos (carga recebida) ou que vai ser 
carregada (carga a ser expedida). Nessa área, a mercadoria passará pela primeira 
triagem para ser, depois, encaminhada ao local de armazenagem ou à plataforma de 
embarque, se for o caso de um transit point ou um cross docking.
1.1.2 Posicionamento dos Veículos Diagonalmente à 
Plataforma, ou a 45 Graus
Esta é a forma mais usada quando a carga e a descarga dos 
veículos são realizadas não só pela parte traseira, mas também 
pela lateral do veículo. 
Da mesma forma que na acostagem a 90 
graus, há alguns cuidados que devem ser 
tomados para garantir a execução dos 
serviços de carga e descarga dos veículos. 
Vamos ressaltar aqui os cuidados mais 
importantes.
49
 a
A largura da doca a 45 graus deve ser um pouco maior que a da 
forma a 90 graus, passando de 3,5 m para 4,4 m, com a plataforma 
formando uma linha em dente de serra. 
 
O espaço de manobra de veículos, nesse caso, é bem menor que 
a forma a 90 graus, pois a manobra é facilitada. Sugere-se uma 
área com dimensão de 25 m. 
 
A faixa de descarga e a área de acumulação de cargas podem ter 
as mesmas configurações e dimensões da doca a 90 graus. 
2 Outras Recomendações para as Áreas Externas
Algumas outras recomendações podem ser bastante úteis para o planejamento e a 
gestão das áreas de circulação e plataformas de um terminal ou armazém. Vamos ver 
algumas delas.
Portaria: a portaria é o ponto de contato do terminal ou armazém 
com o ambiente externo. Quanto mais portarias houver no 
terminal ou armazém, mais “aberto” será o terminal ao ambiente 
externo. 
Existem diversos motivos para utilizar somente uma portaria, mas também não se 
pode esquecer os inconvenientes desta escolha.
Nesse sentido, os motivos para a utilização de apenas uma portaria são:
• Centralização do controle de entradas e saídas do pessoal e de visitantes, bem 
como dos veículos de carga;
• Maior segurança devido à facilidade de controle de entrada e saída; e
• Diminuição do número de funcionários (porteiros) necessários.
50
Por outro lado, os inconvenientes são:
• Congestionamento de veículos nos horários de início e fim de expediente de 
trabalho;
• Confusão entre veículos de passeio (visitantes e funcionários) e veículos de carga; 
e
• Confusão entre veículos entrando e saindo do terminal ou armazém.
 a
Uma boa sugestão é que se tenha uma portaria de entrada para 
veículos que chegam com a carga unitizada dos fornecedores, 
uma portaria de saída para veículos que farão a distribuição aos 
clientes e uma portaria para funcionários e visitantes. 
Balança: a balança deve ficar próxima à portaria. Ela deve 
permitir a conferência do peso do veículo antes e depois de 
descarregado, permitindo a verificação da quantidade de carga 
que ficou ou que saiu do armazém. 
Também deverá ser previsto pelo layout espaço para circulação de veículos. Depois de 
entrarem no terminal, os veículos deverão circular na área do terreno até o 
estacionamento na doca de recebimento e, após a descarga, devem circular até a saída, 
ou vice-versa.
Acrescente-se, a todos os espaços 
que acabamos de estudar, o espaço 
de manobra dentro do terminal para 
estacionamento e partida de veículos. 
Sugere-se que a entrada no terminal siga 
um fluxo horário, para que os veículos 
estacionem de ré na doca, no sentido anti-
horário. Isso permitirá que o motorista 
tenha a perfeita visão do terminal, não 
tendo que confiar exclusivamente em 
espelhos retrovisores.
51
Resumindo 
 
A elaboração adequada do layout do pátio externo é fundamental para que 
o prazo de preparação dos pedidos e os tempos de carga e descarga das 
mercadorias sejam minimizados. Isso contribui com a melhoria do nível de 
serviço logístico. 
 
Os veículos podem encostar nas docas para a carga e a descarga das 
mercadorias a 90 e a 45 graus de inclinação com as docas. 
 
Balança, área de estacionamento e circulação e portarias são aspectos 
fundamentais da elaboração do layout das áreas externas dos armazéns e 
terminais.
Glossário
Acostagem: aproximar-se ao cais, à costa ou a outra embarcação; encostar.
Diagonalmente: transversalmente; inclinadamente.
Perpendicularmente: formando ângulo reto com outra linha.
52
 a
1) Assinale as alternativas com F (falso) ou V (verdadeiro). 
 
a. ( ) As docas para descarga podem ser projetadas a 90 graus 
e a 30 graus. 
 
b. ( ) Não há necessidade de prever espaço para estacionamento 
de veículos no pátio dos terminais. 
 
c. ( ) A balança somente deve ser construída em terminais. Nos 
armazéns ela não é necessária. 
 
d. ( ) O layout externo refere-se aos procedimentos necessários 
para estocar o produto no armazém. 
 
2) As duas maneiras mais comuns de projetos de docas para 
carga e descarga de mercadorias são: 
 
a. ( ) 90 e 45 graus. 
 
b. ( ) 90 e 50 graus. 
 
c. ( ) 45 e 100 graus. 
 
d. ( ) 90 e 120 graus. 
 
e. ( ) Enhuma das alternativas. 
 
3) Marque Falso (F) ou verdadeiro (V). O layout possibilita: 
 
a. ( ) Melhor utilização do espaço disponível. 
 
b. ( ) Aumento da movimentação de material e pessoal. 
 
c. ( ) Fluxo mais racional. 
 
d. ( ) Aumento dos acidentes de trabalho.
Atividades
53
4) A balança deve permitir a conferência do peso do veículo 
antes e depois de descarregado, permitindo a verificação da 
quantidade de carga que ficou ou que saiu do armazém. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso
54
Referências
ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada. São Paulo: Pioneira, 1994.
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização 
e logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
BOWERSOX, D.; CLOSS, D.; COOPER, M. Gestão da cadeia de suprimentos e logística. 
Rio de Janeiro: Campus, 2007.
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 
2015.
MOURA, R. A. Logística:suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo: 
IMAM, 1989.
______. Sistemas e técnicas de movimentação e armazenagem de materiais. São 
Paulo: IMAM, 1998.
NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro: 
Campus, 2015.
55
UNIDADE 5 | DECISÕES 
RELACIONADAS AOS 
TERMINAIS E ARMAZÉNS
56
Unidade 5 | Decisões Relacionadas aos Terminais e 
Armazéns
 f Você sabe quais decisões são importantes para gerenciar e planejar o funcionamento de um armazém ou terminal? Sabe como proceder para definir onde será instalado o armazém ou 
terminal? Conhece algum sistema informatizado para gerenciar 
a movimentação dos produtos no armazém?
Nesta unidade, estudaremos alguns aspectos importantes ligados às decisões de 
gestão e planejamento de armazéns e terminais. Assim, enfocaremos o processo de 
escolha da localização das instalações, do seu projeto, do manuseio de materiais, do 
dimensionamento do armazém e dos sistemas de gerenciamento de armazéns (WMS – 
Warehouse Management Systems).
57
1 Escolha da Localização do Armazém
Identificar o local onde deve ser instalado um terminal ou armazém para uma empresa 
de transporte ou outra organização produtiva que trabalhe com armazenagem de 
produtos é fundamental para reduzir custos de transporte na distribuição dos produtos 
aos clientes.
A localização geral considera normalmente os fluxos de cargas 
ou os mercados que a empresa possui. Comumente, há uma 
cadeia logística com origem dos fluxos (fornecedores) e destinos 
(clientes e mercados consumidores). A empresa procura então 
se localizar em algum ponto dessa cadeia para minimizar as 
distâncias percorridas na movimentação das mercadorias entre 
os pontos de produção e de consumo. 
Uma vez definida a localização geral, parte-se para a definição do local específico para 
a construção da instalação. O local específico pode ser uma cidade, um bairro, um 
terreno numa avenida.
 a
Áreas típicas de atração de armazéns e terminais são regiões 
com concentração industrial e comercial significativa, além de 
áreas suburbanas e próximas das principais artérias de 
transporte. 
As empresas levam em consideração diversos fatores para a definição da localização 
específica de um armazém ou terminal. Dentre esses fatores, podem ser citados os 
seguintes:
• Custo do terreno;
• Custos de transporte para o suprimento das mercadorias ao armazém e para a 
sua distribuição aos clientes;
• Custo de implantação e de operação do estabelecimento;
58
• Infraestrutura de transporte disponível e facilidade de acesso;
• Infraestrutura de comunicações;
• Incentivos fiscais (isenções de impostos concedidos pelo Poder Público);
• Disponibilidade de mão de obra qualificada;
• Disponibilidade de energia e de matéria-prima;
• Existência de universidades e institutos de pesquisa nas proximidades.
• Leis ambientais restritivas; e
• Outros fatores como o clima, a temperatura, a geografia e a qualidade de vida.
 e
Há diversos fatores influenciando a tomada de decisão. Porém, 
na maior parte dos casos, o custo de transporte é um dos 
elementos preponderantes na tomada de decisão. 
2 Projeto da Instalação
Basicamente, o projeto do armazém ou terminal deve considerar a natureza do produto 
que será armazenado. Um armazém de cargas gerais tem um projeto diferente de um 
armazém frigorífico.
Pesquisadores recomendam que se analisem prioritariamente três fatores no momento 
de realizar o projeto: 
• A quantidade de andares da instalação física; 
• O plano de utilização do espaço cúbico; e 
• O fluxo de produtos no interior do armazém.
Algumas recomendações são importantes para projetar um prédio adequado. Veja 
quais são elas:
59
 a
• O projeto de um prédio de um andar elimina a necessidade de 
movimentação dos produtos verticalmente. O uso de dispositivos 
de manuseio vertical, como elevadores e esteiras rolantes, para 
movimentar mercadorias de um andar para outro, requer mais 
energia, tempo e gera dificuldades no manuseio. 
 
• O projeto de um armazém deve tentar maximizar a utilização 
do espaço cúbico. Assim, a maioria dos armazéns é projetada 
com pés direitos entre 6 e 9 metros de altura. Isso facilita o uso 
de equipamentos de manuseio da carga. 
 
• O projeto de um armazém ou terminal deve facilitar o fluxo de 
produtos direta e continuamente no interior do prédio. Sempre 
que possível, devem ser evitados os cruzamentos e obstáculos e 
devem ser estabelecidos fluxos e direções para a movimentação 
dos produtos no armazém. A definição das áreas e dos fluxos é 
realizada pelo estudo do layout interno do armazém. 
3 Manuseio de Materiais
Um sistema de manuseio e movimentação de materiais é um dos elementos orientadores 
do projeto do armazém ou terminal. Assim, dependendo do tipo de mercadoria e das 
funções da instalação, devem então ser definidos os equipamentos e a tecnologia de 
manuseio de materiais.
Alguns dos equipamentos mais utilizados em armazéns e terminais para o manuseio e 
a movimentação das cargas são: 
• Empilhadeiras; 
• Paleteiras; 
• Veículos de reboque (tratores); 
• Correias transportadoras; 
60
• Esteiras rolantes; e 
• Guindastes.
Por outro lado, os paletes e os contêineres 
ganham cada vez mais destaque no 
manuseio e na movimentação das cargas 
nos armazéns os artefatos de unitização 
de cargas. Esses equipamentos permitem 
transportar maior volume de carga com 
um único movimento, uma única viagem. 
Esses artefatos são úteis tanto para a 
armazenagem dos produtos como para 
a sua movimentação. São utilizados 
no armazém e também para carga e 
descarga de veículos, além do transporte das mercadorias.
4 Sistemas de Gerenciamento de Armazéns (WMS)
 g
Os sistemas de gerenciamento de armazéns são programas 
computacionais (softwares) que auxiliam as empresas a 
padronizar procedimentos de trabalho e estimular as melhores 
práticas de gestão das atividades logísticas nos terminais e 
armazéns. 
Um dos principais usos de um WMS é coordenar a separação de pedidos, indicando 
aos trabalhadores do terminal algumas informações importantes para a realização da 
tarefa, tais como: 
• Endereço exato em que o produto está estocado no armazém; 
• Código do item; Informações acerca das características do produto e de sua 
produção (código de barras e etiquetas inteligentes); 
61
• Procedimento ideal para a coleta dos itens nas prateleiras para formar os pedidos; 
e 
• Fluxo de movimentação no armazém para realizar a separação e coleta dos itens.
Além dessa função, um WMS também coordena procedimentos de trabalho importantes 
para viabilizar o recebimento e a expedição de mercadorias no armazém e para indicar 
onde a mercadoria deve ser estocada, além de auxiliar a coordenação das atividades 
do armazém para personalizar produtos e oferecer serviços com valor agregado. Essas 
últimas atividades referem-se à: 
• Embalagem do produto; 
• Rotulagem; 
• Construção de kits; e 
• Montagem de mostruários.
 b Para conhecer melhor a utilização dos sistemas WMS, assista ao vídeo disponível no link a seguir. 
https://www.youtube.com/watch?v=FauuqKudsxg 
Resumindo 
 
Para realizar a gestão dos terminais e armazéns com qualidade, é importante 
que sejam consideradas também decisões relacionadas ao projeto da 
instalação e de seus equipamentos de manuseio e de movimentação. 
 
Os sistemas WMS são essenciais para auxiliar a coordenação das diversas 
atividades realizadas no interior do armazém. 
 
A localização do armazém ou terminal permite reduzir os custos logísticos, 
notadamente os custos de transporte para a distribuição dos produtos.
62
Glossário
Artéria de transporte: via de comunicação de grande importância para o transporte.
Preponderante: que tem mais importância,mais influência, mais valor ou consideração.
63
 a
1) A localização dos terminais e armazéns pode reduzir os 
custos com o transporte das mercadorias para os clientes 
porque determina a distância entre a instalação e os mercados 
consumidores e produtores. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
2) São funções de um WMS: coordenar a separação de pedidos 
e coordenar procedimentos de recebimento e expedição de 
mercadorias no armazém. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
3) Dentre as alternativas a seguir, assinale aquela que não 
contém fatores influenciadores da localização de um terminal 
ou armazém. 
 
a. ( ) Uso de contêineres e paletes. 
 
b. ( ) Clima e infraestrutura viária. 
 
c. ( ) Mão de obra qualificada e incentivos fiscais. 
 
d. ( ) Existência de universidades e de escolas. 
 
4) Áreas típicas de atração de armazéns e terminais são 
regiões com concentração industrial e comercial significativa. 
Porém, é recomendável que não fiquem localizadas próximas 
às principais artérias de transporte, visando reduzir os riscos 
de roubos e acidentes. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso
Atividades
64
Referências
ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada. São Paulo: Pioneira, 1994.
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização 
e logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
BOWERSOX, D.; CLOSS, D.; COOPER, M. Gestão da cadeia de suprimentos e logística. 
Rio de Janeiro: Campus, 2007.
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 
2015.
MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo: 
IMAM, 1989.
______. Sistemas e técnicas de movimentação e armazenagem de materiais. São 
Paulo: IMAM, 1998.
NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro: 
Campus, 2015.
65
Gabarito
Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4
Unidade 1 F - F - V - F V V F
Unidade 2 B V - F - V - F V V
Unidade 3 V - F - V - V B A V
Unidade 4 F - F - F - F A V - F - V - F V
Unidade 5 V V A F
	Apresentação
	Unidade 1 | Terminais e Armazéns: Conceituação
	1 Definições: Terminais e Armazéns 
	2 Armazenagem e Estocagem
	Glossário
	Atividades
	Referências
	Unidade 2 | Classificação de Terminais e Armazéns 
	1 Classificação dos Terminais e Armazéns
	1.1 Em Relação à Propriedade
	1.2 Em Relação ao Tipo de Carga
	1.3 Em Relação à Função do Terminal ou Armazém
	Glossário
	Atividades
	Referências
	Unidade 3 | Funções dos Terminais e Armazéns
	1 Funções e Operações nos Terminais e Armazéns
	1.1 Operações em Terminais 
	1.2 Operações em Armazéns
	2 Funções dos Armazéns e Terminais
	2.1 Centros de Distribuição (CD)
	2.2 Terminais do Tipo Pontos de Trânsito (“Transit Points”)
	2.3 Terminais do Tipo “Cross Docking”
	Glossário
	Atividades
	Referências
	Unidade 4 | Organização de Terminais de Carga e Armazéns (Layout da Área Externa)
	1 O Layout
	1.1 Layout das Áreas de Recebimento e Expedição
	1.1.1 Posicionamento dos Veículos Perpendicularmente à Plataforma
	1.1.2 Posicionamento dos Veículos Diagonalmente à Plataforma, ou a 45 Graus
	2 Outras Recomendações para as Áreas Externas
	Glossário
	Atividades
	Referências
	Unidade 5 | Decisões Relacionadas aos Terminais e Armazéns
	1 Escolha da Localização do Armazém
	2 Projeto da Instalação
	3 Manuseio de Materiais
	4 Sistemas de Gerenciamento de Armazéns (WMS)
	Glossário
	Atividades
	Referências
	Gabarito

Outros materiais