Buscar

Aula 1 - Demanda por moeda

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Disciplina: Teoria Monetária II
1ª aula
Professor: Francisco Eduardo Pires de Souza (fepsouza@ie.ufrj.br)
PROGRAMA
 
I – Conteúdo
Primeira Parte – Demanda por Moeda: Teoria
 
Teoria Quantitativa da Moeda
O modelo clássico
Teoria Quantitativa da Moeda (TQM): as equações de Fisher e de Cambridge 
O Processo Cumulativo de Wicksell
 
Ref. Básica: Carvalho et al. (2007: cap. 3).
Ref. Complementar: Modenesi (2005: cap. 2, item 2.8.1).
 
Demanda por Moeda em Keynes
Economia monetária de produção
Demanda por moeda e preferência pela liquidez
 
Ref. Básica: Carvalho et al. (2007: cap. 4).
Ref. Complementar: Keynes (1936: cap. 13-15 e 17; 1971); Minsky (2008: cap. 4).
Modelos Neoclássicos de Demanda por Moeda
O modelo de Tobin
O modelo Baumol-Tobin
Assimetria de informação e racionamento de crédito: a contribuição de Stiglitz, Weiss e Jafee.
 
Ref. Básica: item 3.1 em Branson (pp. 320-35); Carvalho et al. (2007: cap. 5).
Ref. Complementar: Baumol (1952); Modenesi (2007); Jafee e Modigliani (1969); Jafee e Stiglitz (1990); Stiglitz e Weiss (1981; 1983); Tobin (1956; 1958).
 
Demanda por Moeda no Modelo Monetarista
Demanda por moeda em Friedman: o restabelecimento da TQM
Demanda por moeda na hiperinflação: a contribuição de Cagan
 
Ref. Básica: Carvalho et al. (2007: cap. 6).
Ref. Complementar: Cagan (1956); Friedman (1956; 1959; 1989); Modenesi (2005: cap. 2, item. 2.8.2).
Segunda Parte – Política Monetária: Teoria e Prática
 
Política Monetária de Keynes e dos Pós-Keynesianos
A não neutralidade da moeda 
Os instrumentos de política monetária
Operação da política monetária: as esferas de circulação monetária
A eficácia da política monetária
 
Ref. Básica: Carvalho et al. (2007: cap. 7).
Ref. Complementar: Arestis (1992), Carvalho (1992); Davidson (1974; 1978a; 1978b; 2003); Keynes (1936: cap. 11, 12 e 16); Minsky (2008: cap. 1, 3 e 5-7); Palley (1996).
 
 
Política Monetária no Modelo Keynesiano
Síntese neoclássica e pessimismo das elasticidades
O receituário velho-keynesiano e o modelo IS-LM: fiscalismo e impotência da política monetária
 
Ref. Básica: Carvalho et al. (2007: cap. 8).
Ref. Complementar: Hicks (1937); Klein (1952); Minsky (2008: cap. 2).
Política Monetária no Modelo Monetarista
As hipóteses do modelo: taxa natural de desemprego e expectativas adaptativas
A curva de Phillips Aceleracionista
Regra monetária e argumentos contrários ao discricionarismo 
O regime de metas monetárias: operacionalidade
 
Ref. Básica: Modenesi (2005: cap. 2).
Ref. Complementar: Carvalho et al. (2007: cap. 9); Friedman (1948; 1968; 1988); Friedman e Schwartz (1963a; 1963b).
 
Política Monetária no Modelo Novo-clássico
As hipóteses do modelo: expectativas racionais, equilíbrio continuo dos mercados e postulados da oferta agregada
A ineficácia da política monetária
A inconsistência temporal e o viés inflacionário
A tese da independência do Banco Central: os modelos de Rogoff e de Walsh
O regime de metas de inflação: operacionalidade e a experiência brasileira
 
Ref. Básica: Modenesi (2005: cap. 3 e 6).
Ref. Complementar: Alesina e Summers (1993); Bernanke et al. (1999); Carvalho et al. (2007: cap. 10 e 11); Cukierman et al. (1992); Friedman (1987); Kydland e Prescott (1977); Lucas (1972; 1973); Lucas e Rapping (1969); Modenesi (2008); Modenesi e Araújo (2009); Rogoff (1985); Sargent (1981); Sargent e Wallace (1981a; 1981b); Walsh (1995).
II – Bibliografia
 
A bibliografia se divide em dois conjuntos: i)Básica; e ii)Complementar. O primeiro contém as referências consideradas essenciais, cuja leitura é absolutamente indispensável e será cobrada em prova. A bibliografia complementar consiste em material que interessa especialmente aos alunos que desejam se aprofundar em determinado tema (por exemplo, aqueles que pretendem fazer monografia na área). 
 
CARVALHO, F.J.C., PIRES, SOUZA, F.E., SICSÚ, J., PAULA, L.F.R. e STUDART, R. (2007), Economia Monetária e Financeira. Rio de Janeiro: Campus. 
MODENESI, A.M. (2005), Regimes Monetários: Teoria e a Experiência do Real. Barueri (SP): Manole.
A bibliografia se divide em dois conjuntos: i)Básica; e ii)Complementar. O primeiro contém as referências consideradas essenciais, cuja leitura é absolutamente indispensável e será cobrada em prova. A bibliografia complementar consiste em material que interessa especialmente aos alunos que desejam se aprofundar em determinado tema (por exemplo, aqueles que pretendem fazer monografia na área). 
 
Básica:
CARVALHO, F.J.C., PIRES, SOUZA, F.E., SICSÚ, J., PAULA, L.F.R. e STUDART, R. (2007), Economia Monetária e Financeira. Rio de Janeiro: Campus. 
MODENESI, A.M. (2005), Regimes Monetários: Teoria e a Experiência do Real. Barueri (SP): Manole.
 
Provas
1ª Prova: 18/10
2ª Prova: 13/12
3ª Prova: 20/12
Os Primórdios da Teoria Quantitativa da Moeda: o Debate Monetário nos Séculos XVIII e XIX
(“desde os seus primórdios, o desenvolvimento da teoria monetária esteve relacionado à necessidade de definição de diretrizes políticas para aplicação no mundo real”)
A TQM com Dinheiro Mercadoria
“David Hume (1752), após Cantillon, foi pioneiro, desenvolvendo TQM para moeda mercadoria.
Para Hume, a TQM valia para o longo prazo. O efeito da emissão monetária, no curto prazo, se daria também sobre o nível de atividades. Apenas no LP o efeito seria inteiramente sobre os preços (argumento da neutralidade da moeda)
O mecanismo preço-fluxo de metais preciosos (price-specie-flow mechanism) de Hume
Mecanismo de ajuste simétrico, com preços flexíveis e sem fluxo de capitais
 
País A (deficitário)
(X-M) < 0 => saída de ouro => Ms (Oferta de Moeda)↓ => P↓ => competitividade ↑ => (X-M) ↑
 
País B (superavitário)
(X-M) > 0 => entrada de ouro => Ms↑ => P↑ => competitividade↓ => (X-M) ↓
 
Mecanismo de ajuste simétrico, com preços flexíveis e fluxo de capitais
 
País A (deficitário)
(X-M) < 0 => saída de ouro => Ms↓ => i↑ + P↓ => competitividade ↑; i > i* => (X-M) ↑ + F↑
Obs: neste caso tanto o ajuste para baixo dos preços quanto o ajuste necessário na balança comercial são menores do que no caso anterior, sem fluxo de capitais.
 
País B (superavitário)
(X-M) > 0 => entrada de ouro => Ms↑ => i↓ + P↑ => competitividade↓; i < i* => (X-M) ↓ + F↓
Os problemas monetários com o advento da moeda de papel
Sempre houve episódios de desvalorização das moedas por redução de seu conteúdo metálico, para financiar governos.
Mas com a emissão de notas de papel pelos bancos, surgiu a possibilidade de uma expansão da quantidade de moeda não relacionada à produção de metais preciosos se tornou uma possibilidade permanente. Uma expansão monetária associada a decisões dos bancos ou dos governos.
A Institucionalidade (desenvolvimento do sistema monetário inglês)
O Banco da Inglaterra (BOE) foi criado em finais do século XVII para lidar com dívida pública. Privado, mas com privilégios e funções que o aproximavam (na sua parte não comercial) de um Banco Central.
Reservas dos bancos do interior => depósitos em bancos londrinos; Reservas dos bancos londrinos =>depósitos e notas bancárias do Banco da Inglaterra; Reservas do Banco da Inglaterra => lingotes de ouro, moedas de ouro, títulos (em menor escala).
Suas notas eram conversíveis em ouro até 1797, quando a conversibilidade foi suspensa; em 1821 a conversibilidade foi restaurada.
Lei Bancária de 1844 dividiu o BOE em dois departamentos, um bancário e um de emissões. Este último se tornou uma espécie de “Currency Board”, na medida em que a lei atrelou a emissão de notas às reservas em ouro
A Controvérsia Bulionista
Fev/1797 na Inglaterra: corrida bancária => suspensão (pelo governo) da conversibilidade; financiamento da guerra; inflação e depreciação cambial
Posição bulionista (Thornton, Ricardo e outros) – inflação decorre da expansão monetária provocada pela compra de títulos públicos (usados para financiar a guerra) pelo Banco da Inglaterra, o que só foi possível graças à suspensão da conversibilidade.A posição bulionista, portanto, está associada à TQM. Solução para estabilizar os preços e a taxa de câmbio seria o retorno a conversibilidade.
Posição anti-bulionista (defendida principalmente pela direção do BOE) – inflação decorreu da quebra de safras e consequente escassez de alimentos, queda das exportações (que contribuía para a desvalorização da moeda em relação ao ouro e a outras moedas) além dos gastos de guerra ...
Relatório da Comissão do Ouro (Bullion Comittee’s Report) de 1810 deu razão à posição bulionista. Parlamento não acatou recomendações. Só após o fim das guerras napoleônicas (1815). Em 1821 retorna a conversibilidade.
 
gold bullion
Suponha que os conteúdos de ouro na libra e no franco francês sejam respectivamente de: £1 = 6 gramas de ouro e FRF1 = 3 gramas de ouro
Taxa de paridade => FRF2 = £1
Se no mercado francês uma libra está custando 1,5 francos, vale a pena comprar uma libra, enviar para a Inglaterra, trocar por 6 gramas de ouro, e na França trocar estas 6 gramas de ouro por 2 francos, fazendo um lucro de 0,5 francos, ou 33% (ganho de arbitragem). Esta operação vale a pena enquanto o ganho de arbitragem for superior ao custo de remessa das libras para a Inglaterra + o custo da remessa do ouro para a França. Neste caso haverá um fluxo de ouro da Inglaterra para a França e de Libras, da França para a Inglaterra, até que a escassez de libras no mercado francês eleve o preço da libra para 2 francos.
Mas se, supondo o caso acima, em que a libra está desvalorizada, a conversibilidade no Banco da Inglaterra estiver suspensa, então a taxa desvalorizada da libra de papel poderá continuar.
O Debate entre as Escolas do Meio Circulante e Bancária
Debate envolve as políticas do BOE (deveria ter o monopólio da emissão de notas? Deveria ou não haver regras de emissão?).
Escola do Meio Circulante (Currency School) – advoga regra rígida de emissão de notas: emissão deve estar atada à variação no estoque de ouro. Assim, comportamento do estoque de moeda mista seria semelhante ao comportamento do estoque de moeda metálica (mecanismo de Hume).
Escola Bancária (Banking School) – volume de notas em circulação é determinado pela demanda derivada das necessidades dos negócios. Deve ser flexível para se adaptar a esta. Nunca será excessiva se o Banco apenas descontar títulos reais
Escola dos Bancos Livres (Free Banking School) – livre competição entre bancos, para emprestar e para emitir notas, porque a competitividade no setor depende da manutenção da confiança.
A lei bancária de 1844: concedeu o monopólio da emissão de notas na Inglaterra ao BOE e estabeleceu que toda emissão teria que estar atada a um aumento do estoque de ouro, (vitória da escola do Meio Circulante). Colocou a Inglaterra num padrão ouro pleno.
As novas regras não evitaram crises bancárias. Mas nos momentos em que houve pânico bancário, o governo agia de forma pragmática, autorizando a suspensão temporária dos limites legais sobre a emissão fiduciária.

Outros materiais