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Teoria das Probabilidades Profª Marília do Amaral Dias A teoria das probabilidades é um ramo da Matemática que cria, elabora e pesquisa modelos para estudar experimentos aleatórios. Com a teoria das probabilidade, a estatística pode ser utilizada para tirar conclusões válidas e tomar decisões razoáveis com base na análise de dados, tais como na teoria da amostragem e predição. A teoria das probabilidades tem vários campos de aplicações Engenharia, Ciências, Matemática, Agricultura , Economia, Medicina, Psicologia... Os avanços tecnológicos em qualquer área de conhecimento humano devem-se, quase que exclusivamente, aos experimentos. Toda vez que empregamos Matemática a fim de estudar alguns fenômenos de observação, devemos construir modelos para explicá-los determinísticos probabilísticos (não determinísticos) Modelo determinístico a partir das condições de execução de um experimento pode-se determinar seu resultado por antecipação. V= d/t Modelo probabilístico as condições de execução de um experimento não determinam o resultado do mesmo, mas sim o comportamento probabilístico do resultado observável. experimentos dos quais resultam esse tipo de modelo chamam-se experimentos aleatórios. experimentos nos quais não podemos precisar por antecipação qual o resultado que ocorrerá cada experimento, mesmo repetido inúmeras vezes sob condições semelhantes, apresentam resultados imprevisíveis podemos definir o conjunto de resultados possíveis. *lançamento de um dado *tempo de vida de um animal *número de votos de um candidato *produtividade de uma lavoura conjunto de resultados possíveis de um determinado experimento aleatório. Representado por Ω ou por S Ω = {a1; a2; a3;...; an} espaços finitos Ω = { a1; a2; a3;.......} espaços infinitos. experimento do lançamento de um dado : Ω = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 } experimento de lançar uma moeda : Ω = {cara(c), coroa(k)} experimento de lançar uma moeda três vezes : Ω = {ccc, cck, ckc, kcc, ckk, kck, kkc, kkk} experimento de lançar uma moeda 4 vezes até aparecer apenas face “cara” Ω = { 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ....} qualquer subconjunto do espaço amostral , ou seja, qualquer conjunto de resultados de um experimento aleatório normalmente representado por uma letra maiúscula (A, B, C, D,...). o experimento de lançar um dado, cujo espaço amostral é Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, A = {1, 2, 4}, B = {1, 3, 5, 6}, C = {2, 5} e D = {4} são alguns eventos associados a esse espaço amostral. qualquer resultado particular de um experimento aleatório (cada um dos elementos) portanto um espaço amostral é constituído por uma coleção de pontos amostrais é usualmente representado por n Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6} contém 6 pontos amostrais de um espaço amostral 2 Є Ω , então 2 é um ponto amostral de Ω um determinado evento ocorre se o resultado do experimento aleatório ao qual ele está associado for um ponto amostral desse evento Ocorrer número ímpar no lançamento de um dado Espaço amostral: Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6} Evento A = {1, 3, 5} Como os eventos são subconjuntos do espaço amostral (Ω), todas as operações que podem ser realizadas com conjuntos são validas também para eventos Sejam A e B dois eventos de um determinado espaço amostral Ω Dizemos que o evento A ou B ocorrem se o resultado do experimento aleatório for um ponto de A ou de B A B é a ocorrência de A ou de B; A B é a ocorrência de A e de B; A B é a ocorrência de A e não a de B; Ā = Ω A é a não ocorrência de A. Evento certo evento que ocorre sempre toda vez que se realiza o experimento esse evento é o próprio Ω , que além de ser também o espaço amostral, é também um evento porque todo o conjunto é subconjunto de si mesmo(Ω Ω ). Espaço amostral : Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6} Evento A: ocorrência de um número menor que 7 e maior que 0 A = Ω Evento que nunca irá ocorrer ( Ω ). Espaço amostral : Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6} Evento B: ocorrência de um número maior que 6 B= Evento elementar Evento formado apenas por um elemento do espaço Evento C: ocorrência de um número maior que 5 B= {6} quando a intersecção entre dois (ou mais) eventos for igual ao conjunto vazio ( A B = ) o experimento de lançar um dado Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6} Define-se os eventos A = {1, 3, 4} e B = {2, 6}, sendo A B = * logo os eventos A e B assim definidos são eventos mutuamente exclusivos (e. m. e.). Lançamento de um dado Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6} Eventos: A:ocorrência de número par A= {2,4,6} B:ocorrência de múltiplo de 3 B= {3,6} C:ocorrência de número par ou múltiplo de 3 C= A B = {2,4,6} {3,6} = {2,3,4,6} D:ocorrência de número par e múltiplo de 3 A B = {2,4,6} {3,6} = {6} E:ocorrência de número ímpar E = {1,3,5} E= Ā (complementar de A em relação a Ω) A E= Espaço amostral Ω Eventos: A:sair o mesmo número em ambos os dados B:sair soma 7 C:sair soma maior que 10 D:sair soma menor que 5 E:sair soma maior que 12 F:sair soma maior que 1 e menor que 13 Se após “n” repetições de um determinado experimento, com “n” suficientemente grande, se verificar “k” ocorrências de um evento, então a probabilidade de ocorrência desse evento será a sua freqüência relativa dada por k/n. ( ou ƒ(A)/n) Quando num dado fenômeno( ou experimento) aleatório, com espaço amostral finito, consideramos que todo evento elementar tem a mesma chance de ocorrer( o espaço é equiprovável), a probabilidade de ocorrer um evento A indicada por P(A), é um número que mede essa chance e é dado por: A probabilidade de um evento A é igual ao quociente entre o número de pontos amostrais desse evento (k) e o número de pontos amostrais do espaço amostral (n) ao qual ele está associado, desde que todos o pontos do espaço amostral sejam igualmente prováveis (espaço equiprovável) a probabilidade de A é : P(A) = k/n . Verifica-se, ao observar o exemplo que a probabilidade que procuramos tende a 0,72 e quanto mais vezes lançarmos o dado mais essa probabilidade se aproximará de 0,72 é o que chamamos de regularidade estatística. nº de lançamentos ocorrências da face 6 probabilidade 10 8 0,8 100 71 0,71 1000 722 0,722 10000 7202 0,7202 100000 71995 0,71995 Seja Ω um espaço amostral associado a um experimento aleatório e seja A um evento desse espaço amostral, ou seja, A Ω. “P” é a chamada função de probabilidades e P(A) é a probabilidade de ocorrência do evento A se os seguintes axiomas forem obedecidos: 1. 0 P(A) 1 ( evento A qualquer) 2. P(Ω) = 1 (evento certo) 3. Se A e B forem eventos mutuamente exclusivos(e.m.e.), então P(A B) = P(A) + P(B) 1 . Considerando o experimento de lançar ao ar um dado “honesto”, cujo espaço amostral é Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, definindo-se os eventos: A = {2, 4, 6}, B = {1, 5} e C = {1, 2, 5, 6}, determina: P(A) = P(B) = P(C) = P()=0 (evento impossível) P(E) = 1/n (evento elementar,onde n(E)=1) Seja o complemento do evento A, então P(Ā) = 1 - P(A). Sejam A e B dois eventos quaisquer associados a um mesmo experimento aleatório, então P(A B) = P(A) P(A B) Sejam A e B dois eventos quaisquer associados a um mesmo experimento aleatório, então P(A B) = P(A) + P(B) P(A B)
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