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DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS METABOLISMO DO CÁLCIO >99% está localizado no esqueleto, dando estabilidade mecânica e reservatório para manter a [LEC]. Aumenta ao longo da infância com auge nos adultos, declinando 1-2%/ano. A alteração total é lenta, mas a diária alterna-se muito. 1% do Ca é intercambiável com o LEC. A [LEC] tem estreita faixa, pela ampla gama de funções celulares do Ca. O intracelular é 10mil vezes menor que a [Ca+] no sangue ou LEC. Isso permite o rápido influxo de cálcio para funções celulares, quando seus canais transmembrana são abertos. No sangue está em 8,5-10,5mg/dl, 50% ionizado. O restante se liga a ptns de carga negativa (albumina e Ig) ou forma complexos (fosfato, citrato, sulfato). A acidose reduz a associação à ptns. O controle é feito pelo intestino e rins, auxiliado pelo PTH e Vitam. D: O Ca+ do sangue reduz PTH diretamente (receptores de cálcio na paratireoide - CaSR) e por meio do 1,25 (OH)2D, que inibe o PTH. Ingestão normal: 400-1.500mg/dia Absorção: 200-400mg/dia – ativa (controlado pelo 1,25(OH)2D – 20-70%) e passiva (não é saturável – 5%) – pp no duodeno e jejuno proximal. Taxas ótimas requerem ácido gástrico. Em altos niveis de ingestão, a 1,25 (OH)2D tem sua sintese reduzida, diminuindo absorção. Excreção por secreção intestinal: 100-200mg (não controlável por hormônios calciotrópicos) Excreção renal: 8 a 10g/dia são filtrados, mas 2-3% aparecem na urina Reabsorção renal: tubulos proximais (passiva, paracelular, acoplada a NaCl – 65%) tubulo ascendente espesso cortical da Alça de Henle (20% - paracelular, inibida por aumento da [Ca] e [Mg] no sangue pela presença de CaSR) túbulo contorcido distal (transcelular – intensificado pelo PTH) – local de ação dos diuréticos tiazídicos, bloqueando o transportador de NaCl. Reabsorção osteoclástica: quando a absorção (<200mg/dia) não repõe as perdas obrigatórias pelo intestino, rins, suor, etc – aumento do PTH e 1,25 (OH)2D levam a perda progressiva do osso (também aumenta reabsorção renal e absorção intestinal). Hipercalciúria: ocorre quando a reabsorção é muito alta (>4g/dia): absorção intestinal passiva continua a enviar calcio para o LEC, apesar da regulação máxima renal e intestinal. Pode levar a nefrocalcinose, IR, hipercalcemia. METABOLISMO DO FÓSFORO 85% está no osso mineral, importante constituinte intracelular (ânion livre ou em compostos), em concentrações semelhantes a do LEC. Aparece pp como fosfato e, no soro, 12% está ligado as ptns. 50% de variação sérica diária, com ritmo circadiano. Absorção: fácil, amplamente disponível em alimentos, mesmo sem vitamina D – 500-1000mg/dia Intensificada pela 1,25 (OH)2D (ativação de co-transportadores) Inibida por: sais de cálcio, antiácidos (hidróxico de alumínio), 1,25(OH)2D Reabsorção renal: 1,25 (OH)2D é estimulada no túbulo proximal pela baixa [sangue] Carboidratos reduzem o fosfato sérico por rápida captação e utilização do fosfato pelas células Controle: taxa de reabsorção tubular renal da taxa filtrada (4-6g/dia) – túbulo proximal (regulada por co-transportador – inibido pelo PTH) Excreção renal: varia com a taxa de absorção. Intensificada pela expansão do volume do LEC e comprometida pela desidratação Hipofosfatemia Absorção intestinal inadequada – quase não ocorre mais (exceto jejum e inanição) Excreção excessiva – doenças crônicas, hiperparatireoidismo, hipercalcemia, deficiência de Vit. D Distribuição rápida para do LEC para os ossos ou tecidos moles – pacientes hospitalizados. Após terapia intensa com insulina, glicose IV, inanição ou desnutrição prévias, alcalose, catecolaminas. - Também pode ser transitória (semanas-meses) durante a formação acelerada de ossos, após paratireoidectomia, tto da deficiência de Vit. D, metástases osteoblásticas, etc. Achados clínicos e laboratoriais: Defeito generalizado no metabolismo energético celular pela depleção de ATP, desvio para glicólise, disfunção de órgãos e tecidos. Quando crônica tende a ser menos grave e apresenta-se por queixas musculoesqueléticas com dores ósseas, pseudofraturas e fraqueza muscular proximal. Se em crianças, raquitismo e baixa estatura. Quando grave apresenta fraqueza, letargia, confusão, desorientação, alucinação, disartria, disfagia, paralisia oculomotora, anisocoria, nistagmo, ataxia, tremor cerebelar, balismo, hiporreflexia, paralisia, coma, morte. Sequelas sérias: <0,8mg/dl, Irespiratória e disfunção cardíaca:1,5-2,5mg/dl TTO: Quando grave: <2mg/dl – deve ser corrigida imediatamente: tto empírico – fosfato IV (monitorização constante, evitando exceder 50mmol pelo risco de calcificação) Menos grave: fosfato VO, fracionada (altas doses causam distensão abdominal e diarréia) Crônica: causas do distúrbio. Hiperfosfatemia (fosfato em jejum >5,5mg/d; em crianças e neonatos >7mg/dl) Filtração e TFG normais: controle sérico é ajustado pela reabsorção pelo co-transportador tubular proximal NaPi-2, regulado pp pelo PTH. Comprometimento da FG - Disfunção renal crônica: reduz TFG ( reduz 1,25(OH)2D e estimula PTH (causa de hiperparatireoidismo secundário) Hipoparatireoidismo – aumento da expressão de co-transportadores; hipocalcemia (infusão de cálcio induz hiperfosfatúria) Liberação excessiva de fosfato para LEC (do intestino, ossos, tto parenteral) – mesmo com a função renal normal. Causada por tto IV excessivo, lesões e necrose de tecidos moles, anemia hemolítica. Combinação dos fatores Achados clínicos: Precipitados disseminados de fosfato de cálcio e hipocalcemia. Ocorre tetani, convulsões, nefrocalcinose acelerada (IR, hiperpotassemia, hiperuricemia, acidose metabólica), calcificações pulmonares ou cardíacas. TTO: Expansão do volume (aumenta depuração), antiácidos (H. de alúmínio), HD (mais eficaz) METABOLISMO DO MAGNÉSIO Principal cátion divalente intracelular. Junto ao Ca+ são cruciais para atividade neuromuscular. Forma complexo com o ATP e é co-fator importante. [sérica]: 1,7-2,4mg/dl, 30% ligado a ptns e 15% em complexos frouxos. 50% está no osso, dos quais ½ é insolúvel na fase mineral. O extra-esquelético está intracelular (95% ligado a ptns e macromoléculas). 1% no LEC Varia na dieta entre 140-360mg/dia. 30-40% absorvidos no jejuno e íleo, estimulado pela 1,25 (OH)2D e pela privação de Mg. A excreção normalmente acompanha a absorção e é cerca de 100mg/dia. O controle é pela reabsorção renal (20% do filtrado é reabsorvido pelo túbulo proximal): aumentada pelo PTH; inibida por hipercalcemia ou hipermagnesemia. Hipomagnesemia Má absorção intestinal – geralmente combinados com deficiência de 1,25(OH)2D Vômitos, diarréias ou drenagem intersticial prolongada Defeito na reabsorção tubular renal – falta de ptns e co-transportadores, lesão renal, expansão do LEC, hipercalcemia e depleção de fosfato grave, glicosúria, etanol, acidose metabólica Rápidos deslocamentos do LEC para as c[elulas, ossos ou 3º espaço – recuperação da cetoacidose, inanição ou acidose respiratória, mestátases osteoblásticas, rápida formação de osso pós paratireoidectomia, tto da deficiência da vit. D - Deficiência nutricional: improvável, exceto no alcoolismo - Perdas: gestação, lactação, pancreatite aguda, queimadas extensas, sudorese prolongada e grave Achados clínicos e laboratoriais: Função neuromuscular: tetania, tremores, convulsões, fraquezas, ataxia, nistagmo, vertigem, depressão, delirium e psicose. São assintomáticos em [sérica] >1,2mg/dl, mas a gravidade não pode se correlacionar com essa concentração. Pode ocorrer arritmias, hipocalcemia, hipocalciúria, hipopotassemia. Quando <1mg/dl há defeito na secreção de PTH. TTO: Leve e assintomática: magnésio VO, fracionado (diarréia em doses maiores) Grave: MgCl2 IV, MgSO4 IV (não IM) Monitorização 12-24h Co-existencia da deficiência de vita D: Vit D ou 25(OH)D, VO ou parenteral Hipermagnesemia Raramente na ausência de disfunção renal, já que rins normais excretam grandes quantidades. Leve: reabsorção excessiva (mutação em receptores) Fatal: Exposição maciça de Mg exógeno (pp pelo TGI) – sobrepuja a taxa de excreção Rápida e alta liberação de Mg para o LEC: extensas lesões ou necrose dos tecidos moles (traumatismo, choque, sepse, parada cardíaca, queimaduras graves) Achados clínicos e Laboratoriais: Vasodilatação e o bloqueio neuromuscular ([séricas] >4,8mg/dl) ( hipotensão, nauseas, fraqueza, I. respiratória, paralisia, coma, hipomotilidade GI, ileo paral[itico, rubor facial, midríase, bradicardia paradoxal, BAV, assistolia. TTO: Suprimir a fonte de magnésio e aumentar a depuração do LEC – catárticos e enemas sem magnésio (depuram do TGI), hidratação IV, HD (eficaz, pp em disfunção renal significativa), Ca IV (1-2h – melhora temporária sintomática) �PAGE � �PAGE �1�
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