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Teorias E Sistemas em Psicologia

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
Curso de Psicologia
Teorias E Sistemas em Psicologia
Alexia Moreira Nascimento – RA: C626ED-1
Welder Rodrigo do Nascimento – RA: C6249F-8
Prof.ª Claudia
Goiânia
Setembro de 2015
Nosso cérebro, Gingerich nos diz, “é disparado o mais complexo objeto físico por nós conhecido em todo o cosmos”, isto é, nossos pensamentos, emoções e ações (e a interação com os demais) é algo que nos fascina. Curioso sobre essas interações, em Leipzig, na Alemanha Wilhelm Wundt pretendia medir “os átomos da mente”, assim teve inicio o que muitos consideram o primeiro experimento da psicologia. Este experimento da inicio a ciência psicológica.
A partir deste ponto varias escolas surgiram, neste sentido pontuamos o nascimento do Behaviorismo (em inglês: Behaviorism, de behavior = comportamento, conduta). John B. Watson (1878 -1958) é considerado o autor do behaviorismo, mas é necessário dizer que Watson foi, na verdade, o porta-voz dessa abordagem, devendo ser lembrado que antes dele, dois pesquisadores deram os primeiros passos dessa abordagem: o americano E. L. Thorndike (1874 -1949) e o russo Ivan Pavlov (1849 -1936). 
O termo "Behaviorismo" foi utilizado inicialmente em 1913 por John B. Watson, em um artigo denominado “Psicologia: como os behavioristas a veem”. Neste o autor defende que a psicologia não deveria estudar processos internos da mente, mas sim o comportamento, pois este é visível e, portanto, passível de observação por uma ciência positivista. 
Watson é conhecido como o pai do Behaviorismo Clássico ou Metodológico, que acredita ser possível prever e controlar toda a conduta humana, baseado no estudo do meio em que o indivíduo vive e nas teorias de Pavlov sobre o condicionamento – a conhecida experiência com o cachorro, que saliva ao ver comida, mas também ao mínimo sinal, gesto ou som que lembre a chegada de sua refeição. Assim o behaviorismo metodológico acredita na existência da mente, mas a ignora em suas explicações sobre o comportamento. Para o behaviorismo metodológico os estados mentais não se classificam como objeto de estudo empírico.
Opondo-se à concepção de Watson, Burrhus F. Skinner (1904 - 1990) criou, na década de 40, o Behaviorismo Radical, ele foi radicalmente contra causas internas, ou seja, mentais, para explicar a conduta humana e negou também à realidade e a atuação dos elementos cognitivos. 
Skinner no seu estudo inclui todos os comportamentos (públicos ou privados), tendo como foco o condicionamento operante: consequências (reforço ou punição). Para manter ou aumentar a frequência de um comportamento, temos: 
Reforço Positivo: ganhos obtidos com o comportamento. 
Reforço Negativo: Evita-se algo aversivo com o comportamento.
Para diminuir ou tentar extinguir um comportamento, temos:
Punição Positiva: “Ganha-se” algo ruim (aversivo) para tentar diminuir o comportamento.
Punição Negativa: “Perde-se algo bom” para tentar diminuir o comportamento
Ele também trabalhou com três níveis de seleção: Filogenética (aspectos biológicos, herança da espécie); Ontogenética (história de vida e experiência individual); Cultural (aspectos culturais que influenciam a conduta humana).  Resumidamente, ele acredita que o indivíduo é um ser único, homogêneo, não um todo constituído de corpo e mente.
O Behaviorismo e a Gestalt estudam o comportamento como objeto da Psicologia. O Behaviorismo estuda o comportamento estímulo-resposta tentando isolar o estímulo que corresponderia à resposta esperada. Já a Gestalt diz que o comportamento estudado de maneira isolada perderá seu significado. Mas o que é a Gestalt? É uma palavra de origem alemã que pode ser traduzida aproximadamente como, “Forma Total” ou “Forma Global”. Surgiu na Alemanha, e teve como principais expoentes Kurt Koffka (1886-1940), Wolfgang Köhler (1887-1967) e Max Werteimer (1880-1943).
Juntos eles desenvolveram a Escola de Berlin de Psicologia da Gestalt, inspirada na Fenomenologia da tradição de Brentano, e que buscava desenvolver uma Psicologia de cunho fenomenológico. Wertheimer e companheiros estudaram a percepção, inspirados nos princípios de Brentano – considerava artificial a introspecção utilizada por Wundt e defendia uma observação menos rígida e mais direta da experiência na forma como ela ocorre. 
A eles veio a juntar-se o neuro psiquiatra Kurt Goldstein (1878 - 1965), e destacou-se desenvolvendo a psicologia organísmica, uma perspectiva fenomenológica da psicologia, do ponto de vista da integração corpo-mente, o organismo. Köhler foi o porta-voz do movimento da Gestalt. Seus livros eram escritos com cuidado e precisão que acabaram se tornando os trabalhos-padrão da psicologia da Gestalt.
Ernst Mach (1838 - 1916)  exerceu influência mais direta, no qual discutia os padrões especiais, como figuras geométricas, bem como os padrões temporais, como as melodias, e os consideravam sensações. O enfoque na unidade da percepção encontra-se no trabalho do filósofo alemão Immanuel Kant (1724 - 1804). Ele alegava que, quando percebemos o que chamamos de objeto, encontramos os estados mentais que parecem compostos de partes e pedaços. 
A psicologia da Gestalt não era contra as ideias de Wundt apenas. Eles acreditavam no valor da consciência humana, enquanto os psicólogos behavioristas descartavam a consciência. Os psicólogos da Gestalt também não aceitavam a tentativa de reduzi-la a elementos ou átomos. O princípio básico da teoria gestaltista é que o inteiro é interpretado de maneira diferente que a soma de suas partes. A Gestalt trabalha com Leis Básicas, são 6:
Semelhança: elementos da mesma cor e forma tendem a ser agrupados e constituir unidades. E estímulos mais próximos e semelhantes, possuem a tendência de serem mais agrupados.
Proximidade: Elementos vão parecer mais próximos e unificados quanto menor for a distância entre eles. 
Continuidade: elementos próximos tendem a ser agrupados visualmente: unidade de dentro do todo.
Pregnância: é a lei básica da percepção da Gestalt. Diz que todas as formas tendem a ser percebidas em seu caráter mais simples. É o princípio da simplificação natural da percepção.
Fechamento: o princípio de que a boa forma se completa, se fecha sobre si mesma, formando uma figura delimitada.
Unidade: um elemento se encerra nele mesmo; vários elementos podem ser percebidos como um todo.
A psicologia da Gestalt  também fala da questão da “figura/fundo”, onde nosso cérebro tende a organizar os elementos em perspectivas, figuras de duplo sentido, por exemplo, só possuem essa característica, devido à capacidade do cérebro em ver a figura em diferentes perspectivas. O movimento da Gestalt contribui quanto ao que se refere à percepção, a aprendizagem, o pensamento, a personalidade, a psicologia social e a motivação..
A trajetória e historia da psicanálise está indissociavelmente ligada à vida de Sigmund Freud (1856-1939), ele nasceu em Freiberg, mas sua família se mudou para Viena quando ele tinha três anos de idade. Freud só deixou a capital austríaca em 1938, após a ocupação nazista; já idoso e doente, instala-se em Londres. 
Enquanto o Behaviorismo nasce como uma reação a diversas ideias que tentavam lidar com o funcionamento não observável da mente, a Gestalt diz que o comportamento estudado de maneira isolada perderá seu significado. A psicanálise, entretanto, não é uma escola da psicologia, é uma área do conhecimento independente, que surgiu como uma forma alternativa de dar conta do sofrimento psíquico e de entender o funcionamento mental como um todo, isto é, é a ciência do inconsciente, entendido no sentido do texto freudiano – onde se desenvolve uma metodologia à investigação deste objeto.
 É inseparável a articulação da teoria e da prática na abordagem da questão psicanalítica. O modelo psicanalítico considera que a atividade mental é baseada no papel central do inconsciente dinâmico. 
A psicanálise compreende as grandes manifestações da psique como um conflito entre as tendências sexuais ou libido e as fórmulas morais e limitações
sociais impostas ao indivíduo. Esses conflitos geram os sonhos, que seriam, segundo a interpretação freudiana, as expressões deformadas ou simbólicas de desejos reprimidos. Geram também os atos falhos ou lapsos, distrações falsamente atribuídas ao acaso, mas que remetem ou revelam aqueles mesmos desejos.
A teoria psicanalítica está sintetizada essencialmente em três publicações: Interpretação dos Sonhos, de 1900; Psicopatologia da Vida Cotidiana”, que contém os primeiros princípios da Psicanálise; e “Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade”, na qual estão os esboços básicos desta doutrina.
Entretanto, em 1923, no livro "O Ego e o Id" – também de grande importância para a ciência freudiana – Freud expôs uma divisão da mente humana em três partes: 1) o ego que se identifica à nossa consciência; 2) o superego, que seria a nossa consciência moral, ou seja, os princípios sociais e as proibições que nos são inculcadas nos primeiros anos de vida e que nos acompanham de forma inconsciente a vida inteira; 3) o id, isto é, os impulsos múltiplos da libido, dirigidos sempre para o prazer. 
Outros pontos importantes da psicanálise são os conceitos de perversão – ocorre quando o Ego sucumbe às pressões do Id, escapa do controle do Superego e não consegue se sublimar, e pode assim atingir uma dimensão social ou coletiva.
Freud também elaborou as fases do desenvolvimento sexual, cada uma delas correspondente ao órgão que é estimulado pelo prazer e o objeto que provoca. Na fase oral, o desejo está situado na boca, na deglutição dos alimentos. Na fase anal, o prazer vem da excreção das fezes, das brincadeiras envolvendo massas, tintas, barro, tudo que provoque sujeira. Na fase genital ou fálica, o desejo e o prazer se direcionam para os órgãos genitais, bem como para pontos do corpo que excitam esta parte do organismo. Nesse momento, os meninos elegem a mãe como objeto de seu desejo: Complexo de Édipo, enquanto para as garotas o pai se torna o alvo do desejo: Complexo de Eletra.
Referências 
Hothersall, D. História da psicologia moderna. SP, McGraw-Hill, 2006.
PERLS e orgs. Isto é Gestalt. Summus: São Paulo, 1977.
BLACKBURN, S. Dicionário Oxford de Filosofia; trad. Desidério Murcho et al. – Rio de Janeiro: Zahar, 1997.
SKINNER, F.B. Sobre o Behaviorismo; trad. Mª da P. Villalobos. – São Paulo: Cultrix, 1988.

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