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Manual do Usuário. Sistemas Estruturais.

Prévia do material em texto

Universidade Federal do Rio de Janeiro
Escola de Engenharia
Departamento de Mecânica Aplicada e Estruturas
SALT
 Sistema de Análise de Estruturas
Manual do Usuário
(versão condensada: análise estática de
reticulados)
http://www.engenharia.ufrj.br/salt
salt@civil.ee.ufrj.br
Humberto Lima Soriano
Silvio de Souza Lima
NOTA:
O presente manual consiste em versão condensada do
original, objetivando iniciar o aluno da Universidade de Passo
Fundo na análise de estruturas compostas por elementos
unidimensionais. Desta forma, os recursos e conhecimentos
necesssários a esta etapa inicial de aprendizado foram compilados
do manual original, sendo no entanto mantido o índice completo de
modo a não omitir as imensas potencialidades do Sistema.
Assim, manifesto meu agradecimento aos colegas Humberto
Lima Soriano e Silvio de Souza Lima pela permissão concedida
para a confecção deste resumo, bem como minhas desculpas por
eventuais omissões.
Prof. Moacir Kripka
Curso de Engenharia Civil
Universidade de Passo Fundo
ÍNDICE
I - Introdução ao Sistema SALT 1
II - Arquivo de Dados do Módulo de Análise Estática 3
II. 1 - Modelo Estrutural 4
II. 2 - Coordenadas dos nós 5
II. 3 - Condições de Contorno 6
II. 4 - Tipos de Material 7
II. 5 - Tipos de Seção 8
II. 6 - Propriedades dos Elementos 9
II. 6. 1 - Elementos de Barra 10
II. 6. 2 - Elementos de Estado Plano de Tensões e Estado Plano de
Deformações
11
II. 6. 3 - Elementos de Flexão de Placa 13
II. 6. 4 - Elementos Sólidos (elasticidade tridimensional) 14
II. 6. 5 - Elementos de Casca 15
II. 7 - Barras com descontinuidades 17
II. 8 - Dependência entre deslocamentos 19
II. 9 - Casos de carregamentos 25
II. 9. 1 - Dados de cada Carregamento 25
II. 9. 2 - Cargas Nodais 25
II. 9. 3 - Ações nos Elementos 27
II. 9. 3. 1- Elementos de Barras 27
II. 9. 3. 1. 1- Carga Concentrada (tipo c) 27
II. 9. 3. 1. 2- Carga Linear (tipo l) 29
II. 9. 3. 1. 3- Carga Uniforme (tipo u) 30
II. 9. 3. 1. 4- Carga Linear Global (tipo s) 31
II. 9. 3. 1. 5- Carga Uniforme Global (tipo w) 31
II. 9. 3. 1. 6- Variação Uniforme de Temperatura (tipo t) 31
II. 9. 3. 1. 7- Gradiente de Temperatura (tipo g) 31
II. 9. 3. 1. 8- Carga de Protensão (tipo p) 32
II. 9. 3. 2- Elementos de Estado Plano de Tensões e de Deformações 33
II. 9. 3. 2. 1- Carga Lateral (tipo lateral) 33
II. 9. 3. 2. 2- Variação de Temperatura (tipo temp) 34
II. 9. 3. 3- Elementos de Flexão de Placa 35
II. 9. 3. 3. 1- Pressão Uniforme (tipo u) 35
II. 9. 3. 3. 2- Pressão Não Uniforme (tipo p) 35
II. 9. 3. 3. 3- Gradiente de Temperatura (tipo t) 36
II. 9. 3. 4- Elemento de Casca 37
II. 9. 3. 4. 1- Pressão Uniforme (tipo u) 37
II. 9. 3. 4. 2- Variação Uniforme de Temperatura (tipo t) 37
II. 9. 3. 4. 3- Gradiente de Temperatura (tipo g) 38
II. 9. 4- Peso Próprio Automático 38
II. 9. 5- Deslocamentos Prescritos 39
II. 9. 6- Ações de Temperatura em Treliça 40
II. 10- Combinações de carregamentos 40
III - Módulo de Análise Estática 42
III.1- Estado Plano 42
III.2- Flexão de Placa 43
III.3- Casca 44
IV- Módulo Gráfico 46
V - Análise Dinâmica 48
V. 1- Módulo para Cálculo de Frequências e Modos de Vibração 49
V. 1. 1- Arquivo de Dados 49
V. 1. 2- Utilização do Módulo para Cálculo de Frequências e Modos de
Vibração
50
V. 2- Módulo de Determinação de Respostas Dinâmicas por Superposição
Modal
51
V. 2. 1- Arquivo de Dados 51
V. 2. 1. 1- Início da Definição de Carregamentos 52
V. 2. 1. 2- Definição do Número de Modos de Vibração para o Cálculo
das Respostas
52
V. 2. 1. 3- Definição das Razões de Amortecimento dos Modos 53
V. 2. 1. 4- Cargas Harmônicas 53
V. 2. 1. 5- Cargas Não Harmônicas 55
V. 2. 2- Utilização do Módulo de Determinação de Respostas Dinâmicas
por Superposição Modal
56
V. 3- Módulo de Preparo de Saídas 57
V. 4- Módulo para Traçado de Históricos Deslocamento X Tempo 58
VI - Módulo Interpretador de Desenhos 59
VI. 1- Introdução 59
VI. 2- Criação de desenhos 60
VI. 3- Definição de Carregamentos 62
VI. 4- Arquivo DXF 64
VI. 5- Utilização do Módulo Interpretador de Desenhos 64
VII - Uso Futuro 65
VIII - Módulo para Traçado de Diagramas de Esforços Solicitantes em
Elementos de Barra
66
IX - Módulo de Animação de Modos de Vibração e Resposta Estática 68
X - Módulo para Traçado de Linhas de Influência 69
X. 1- Arquivo de Dados 69
X. 2- Utilização do Módulo para Traçado de Linhas de Influência 69
X. 3- Exemplo ( Pórtico Plano ) 79
XI - Módulo para Edifícios 85
XI. 1- Palavras-chaves 85
XI. 2- Sistema Global e Local adotado 86
XI. 3- Blocos de Entrada 86
XI. 3. 1- Palavra-chave:”Edifício” 86
XI. 3. 2- Palavra-chave:”Coordenadas dos nós em planta” 86
XI. 3. 3- Palavra-chave:”Tipos de Seção” 86
XI. 3. 3. 1- Palavra-chave:”Vigas” 87
XI. 3. 3. 2- Bloco de entrada “Pilares” 87
XI. 3. 4- Bloco de entrada “tipos de material” 87
XI. 3. 5- Palavra-chave:”Andares” 88
XI. 3. 5. 1- Palavra-chave:”Andar” 88
XI. 3. 5. 2- Palavra-chave:”Pé Direito” 89
XI. 3. 5. 3- Palavra-chave:”Vigas” 89
XI. 3. 5. 4- Palavra-chave:”Pilares” 90
XI. 3. 5. 5- Palavra-chave:”Lajes” 91
XI. 3. 5. 6- Palavra-chave:”Dependência Total” 92
XI. 3. 5. 7- Palavra-chave:”Apoios” 92
XI. 3. 6- Palavra-chave:”Cargas” 92
XI. 3 6 1- Palavra-chave:”Carregamento” 93
XI. 3 6 2- Palavra-chave:”Cargas Nodais” 93
XI. 3. 6. 2. 1- Entrada da carga nodal por andar 93
XI. 3. 6. 2. 2- Entrada da carga nodal em um intervalo de andares 93
XI. 3. 7- Como usar o Módulo para Edifício 94
XI. 3. 8- Exemplo 94
XI - Módulo Supervisor 99
Anexo 1 - O arquivo PROP.DAT 100
Anexo 2 - Exemplo de Arquivo de Dados 101
Anexo 3 - Exemlpo de Pórtico Plano com Dependência entre
Deslocamentos
104
Anexo 4 - Exemplo de Pórtico Espacial(Edifício) com Dependência entre
Deslocamentos
106
Anexo 5 - Mensagens de Erro 112
Anexo 6 - Orientação para Confecção de Malhas de Elementos Finitos 115
Créditos 124
Referências Bibliográficas 125
I - Introdução ao Sistema SALT
O Sistema SALT (Sistema de Análise de Estruturas) é um conjunto de programas para
análise estrutural, concebido de forma a oferecer recursos gráficos que possam facilitar
o trabalho de modelação e interpretação dos resultados, assim como processar a análise
de forma eficiente. Utiliza os mais eficientes recursos de análise que na presente versão
é linear. A sua estruturação é mostrada de forma simplificada na figura I.1. Sua
utilização requer um microcomputador PC AT486 ou superior, com um mínimo de 8
Mbytes de memória RAM, placa gráfica VGA ou superior e Windows 95 ou NT1.
Da forma em que está estruturado o Sistema, os limites do modelo numérico a ser
analisado (número máximo de nós, elementos, etc.) são muito amplos, sendo o fator
limitante de sua capacidade, em termos práticos, a quantidade de memória auxiliar
disponível, isto é, memória de disco rígido.
O Sistema possui procedimento de instalação automática auto explicativo. Consulte o
capítulo XII para informações de como ativar o Sistema SALT.
 Modelos considerados (reticulados):
• Pórtico plano
• Pórtico espacial
• Treliça plana
• Treliça espacial
• Grelha
II - Arquivo de Dados do Módulo de Análise Estática
Para cada modelo de estrutura ou modelo numérico deve ser criado um arquivo de dados
em um determinado sistemas de unidades, uma vez que o Sistema não faz
transformação de unidades. O arquivo de dados, que é do tipo texto, é criado pelo
usuário utilizando procedimentos de CAD ou através de um editor de texto, por
exemplo Bloco de Notas, Wordpad ou qualquer versão do Microsoft Word, lembrando
que o arquivo deve ser salvo com terminação .slt2.
O Módulo Interpretador de Desenhos, para geração gráfica de modelos via
AUTOCAD, cria o arquivo de dados automaticamente a partir do arquivo DXF criado
pelo AUTOCAD, entretando, havendo a necessidade de edição e/ou modificação do
arquivo de dados , isto deve serfeito via editor de texto.
O arquivo de dados é composto, entre outras, por palavras chaves, as quais em geral
definem o início de um bloco de dados. Estas palavras chaves podem ser escritas em
 
1
 Na versão de 16 bits pode-se utilizar o Windows 3.1.
2
 Apenas a partir da versão 6.0. Até a versão 5.0 (inclusive), o arquivo de dados não deve ter
extensão.
letras minúsculas e maiúsculas. Na tabela II.1 são listados os blocos de dados, com a
indicação se o bloco é obrigatório ou não. A ordem de apresentação destes blocos não
poderá ser alterada, porém os com indicação de não obrigatórios poderão ser
suprimidos. O final de cada bloco (com exceção do correspondente ao peso próprio) é
uma linha com caracter 0 (zero).
Tabela II.1 - Blocos de dados
BLOCO OBRIGATÓRIO
Modelo Estrutural SIM
Coordenadas dos nós SIM
Condições de contorno SIM
Tipos de material NÃO
Tipos de seção NÃO
Propriedades dos elementos SIM
Barras com descontinuidade NÃO
Dependência entre deslocamentos NÃO
Carregamentos SIM
Cargas nodais NÃO*
Ações nos elementos NÃO*
Peso próprio automático NÃO*
Deslocamentos prescritos NÃO*
Ações de temperatura em treliça NÃO*
Combinações de carregamentos NÃO
(*) - Deve ser fornecido pelo menos um tipo de carregamento
Obs.: As linhas dos arquivo de dados devem ter no máximo 80 colunas.
Ao longo deste manual, dados que aparecem entre colchetes devem ser entendidos como
não obrigatórios, e os colchetes NÃO devem aparecer no arquivo de dados em hipótese
alguma. Somente são aceitos caracteres do alfabeto inglês.
Existem dois tipos de dados numéricos : inteiros e reais. Os primeiros são sempre
identificados neste texto pela letra I e não deverão ser fornecidos com ponto decimal.
Os reais são identificados pela letra R e podem ser fornecidos com ponto decimal. A
notação científica também é permitida para este último caso.
II.1 - MODELO ESTRUTURAL
A primeira linha do arquivo de dados deve conter a palavra chave do modelo estrutural
e a seguir, é permitida (opcional) a inserção de um título. As palavras chaves dos
diversos modelos estruturais de interesse são :
• grelha
• portico plano
• portico espacial
• trelica plana
• trelica espacial
II.2 -COORDENADAS DOS NÓS
Palavra chave: coordenadas dos nos
Neste bloco são fornecidas as coordenadas dos pontos nodais do modelo estrutural. A
ordem de fornecimento destes nós pode ser qualquer e caso um determinado nó não
esteja ligado a nenhum elemento estrutural o nó pode ser omitido.
Obs.: Todo modelo deve ser definido em um sistema de referência global XYZ.
Modelos planos (grelha, pórtico plano, treliça plana) são obrigatoriamente definidos no
plano XY global e, portanto, a coordenada Z não deve ser fornecida.
Logo, no caso de modelo plano, tem-se :
COORDENADAS DOS NOS
I1 R1 R2 [I2 I3 R4 R5]
No caso de modelo tridimensional, tem-se :
COORDENADAS DOS NOS
I1 R1 R2 R3 [I2 I3 R4 R5 R6]
onde:
I1 número de nós
R1 coordenada X
R2 coordenada Y
R3 coordenada Z
I2 número de nós a serem gerados
I3 incremento na numeração dos nós
R4 incremento na coordenada X
R5 incremento na coordenada Y
R6 incremento na coordenada Z
As informações I2, I3, R4, R5 e R6 correspondem a uma geração semi-automática de
dados, muito útil na criação de arquivo de dados para modelos que têm certa
regularidade. Gerações semelhantes são possíveis com diversas outras palavras chaves
como especificado neste manual. A última linha do bloco deve conter um 0 (zero) sem
ponto decimal.
II.3 - CONDIÇÕES DE CONTORNO
Palavra chave : condicoes de contorno
Neste bloco são fornecidas as condições geométricas de contorno (deslocamento
prescrito), bem como as constantes de mola no caso de apoios elásticos. O código de
uma direção é igual a:
0 se o deslocamento for livre ou corresponder a um apoio elástico;
1 se o deslocamento for nulo ou com valor diferente de zero.
O código da condição de contorno de um nó é obtido justapondo, da esquerda para a
direita, sem espaço, os códigos das direções correspondentes aos deslocamentos
possíveis do modelo estrutural em questão, observando-se:
 
a) primeiramente define-se as direções correspondentes aos deslocamentos lineares,
e depois as correspondentes aos deslocamentos angulares, obedecendo para cada
um destes grupos de deslocamentos a ordem das direções X, Y e Z;
b) no caso de modelos com mais de três deslocamentos por nó (pórtico espacial) o
código do nó é definido por dois números, pois cada sub-código representa no
máximo 3 deslocamentos.
A tabela II.2 mostra os deslocamentos nodais para cada um dos modelos estruturais.
Cada um dos símbolos pode ser substituído por 1 (um) ou 0 (zero). Por exemplo,o
código 101 para pórtico plano significa que o primeiro e o terceiro deslocamentos do
nó são restringidos, isto é, o deslocamento linear em X e a rotação em Z.
Tabela II.2 - Deslocamentos nodais dos modelos estruturais
Modelos Deslocamentos nodais
X Y Z XX YY ZZ
Treliça plana (em XY) ¦ ¦
Treliça espacial ¦ ¦ ¦
Grelha (em XY) ¦ ¦ ¦
Pórtico plano(em XY) ¦ ¦ ¦
Pórtico espacial ¦ ¦ ¦ ¦ ¦ ¦
Estas condições de contorno devem ser no mínimo suficientes para impedir os
deslocamentos de corpo rígido do modelo estrutural. Caso contrário, o modelo é
hipostático e o sistema interrompe a análise. As constantes de mola devem ser em
número igual ao de deslocamentos por nó do modelo em questão e podem ser omitidas
no caso de não se usar o recurso de geração semi-automática.
Logo, no caso de modelos com até 3 deslocamentos por ponto nodal, tem-se:
CONDICOES DE CONTORNO
I1 I2 [R1 ... I4 I5]
No caso de modelos com mais de 3 deslocamentos por ponto nodal, tem-se:
CONDICOES DE CONTORNO
I1 I2 I3 [R1 R2 R3 R4 ... I4 I5]
onde:
I1 número doponto nodal de condição de contorno
I2, I3 códigos de restrição de deslocamentos
R1, R2,... constantes de mola
I4 número de apoios a serem gerados
I5 incremento na numeração dos nós do apoio
A última linha do bloco deve ter um 0 (zero) sem ponto decimal.
II.4 - TIPOS DE MATERIAL
Palavra chave : tipos de material
Neste bloco são fornecidas as propriedades mecânicas dos materiais. O Sistema aceita
apenas materiais isotrópicos e no máximo 5 tipos diferentes de material. As
propriedades a serem fornecidas dependem do tipo de modelo a ser analisado, sendo:
Ε módulo de elasticidade longitudinal
µ coeficiente de Poisson
α coeficiente de dilatação térmica
γ peso específico
Pode-se, com o auxílio da tabela II.3, verificar, em função do modelo estrutural, quais
as propriedades relativas aos materiais que devem ser fornecidas. Assim, no caso do
modelo pórtico plano, tem-se :
TIPOS DE MATERIAL
I1 Ε µ α γ
.
.
0
onde I1 representa o número do tipo de material. A ordem de fornecimento das
propriedades é a indicada na tabela II.3. A última linha do bloco deve conter um 0
(zero) sem ponto decimal.
Tabela II.3 - Propriedades mecânicas dos materiais
MODELO ESTRUTURAL PROPRIEDADES
grelha
pórtico plano
pórtico espacial Ε, µ, α, γ 
treliças planas e espacial Ε, α, γ 
Este bloco pode ser omitido. Nesta circunstância, o Sistema assume a existência de
três tipos de material com as seguintes propriedades:
material 1 (aço estrutural) 2 (alumínio estrutural) 3 (concreto)
Ε 2.05 x 108 kN/m2 7.00x107 kN/m2 2.10x107 kN/m2
µ 0.3 0.33 0.2
α 1.2 x 10-5/ o C 2.4x10-5 / o C 10-5 / o C
γ 77.0 kN/m3 27.0 kN/m3 25.0 kN/m3
II.5 - TIPOS DE SEÇÃO
Palavra chave : tipos de secao
Este bloco só deve ser fornecido no caso de modelos reticulados (grelhas, pórticos e
treliças). Assim, são fornecidas as propriedades geométricas das seções transversais
das barras ou elementos. As propriedades a serem fornecidas dependem do modelo a
ser analisado. A tabela II.4 informa tais propriedades, assimcomo sua ordem de
fornecimento.
Tabela II.4 Propriedades geométricas das seções
TIPO DO MODELO PROPRIEDADES
treliça plana e espacial AX
grelha AX, AZ, IX, IY, WY
pórtico plano AX, AY, IZ, WZ
pórtico espacial AX, AY, AZ, IX, IY, IZ, WY, WZ
onde:
AX área transversal
AY área efetiva de cisalhamento na direção do eixo local y
AZ área efetiva de cisalhamento na direção do eixo local z
IX constante de torção ou momento de inércia de torção
IY momento de inércia em relação ao eixo local y
IZ momento de inércia em relação ao eixo local z
WY módulo de resistência à flexão em relação ao eixo local y
WZ módulo de resistecia à flexão em relação ao eixo local z
Os eixos y e z são principais de inércia da seção. A ordem de fornecimento destas
propriedades é a indicada na tabela II.4. Os módulos resistentes WY e WZ são
opcionais, caso não sejam fornecidos, o Sistema adota para ambos o valor unitário.
Caso não seja desejável considerar as deformações por esforço cortante, as áreas AY e
AZ devem ser fornecidas como nulas. A área transversal AX é usada, entre outras
finalidades, no cálculo da carga de peso próprio. Assim, no caso do modelo grelha,
tem-se:
TIPOS DE SECAO
I1 AX AZ IX IY [WY]
onde I1 representa o número do tipo de seção. A última linha do bloco deve conter um
0 (zero) sem ponto decimal.
Mesmo no caso de estruturas reticuladas, este bloco pode ser omitido, desde que exista
o arquivo PROP.DAT de seções padronizadas. Mais detalhes sobre este arquivo são
encontrados no anexo 1 deste manual.
II.6 - PROPRIEDADES DOS ELEMENTOS
Palavra chave : propriedades dos elementos
Neste bloco são fornecidas as características topológicas do modelo a analisar,
juntamente com as informações de tipo de material e de tipo de seção dos diversos
elementos constituintes. A última linha do bloco deve conter um 0 (zero) sem ponto
decimal.
Elementos de barra (pórticos, grelha e treliças)
As informações necessárias devem ser fornecidas da seguinte forma:
PROPRIEDADES DOS ELEMENTOS
I1 I2 I3 I4 I5 I6 [I7 I8 I9]
onde:
I1 número do elemento
I2 nó inicial (nó I)
I3 nó final (nó J)
I4 número do tipo de material
I5 número do tipo de seção
I6 nó K (somente para pórtico espacial)
I7 número de elementos gerados
I8 incremento na numeração dos elementos
I9 incremento na numeração dos nós
O nó inicial e o nó final definem a direção e sentido do eixo local x
(longitudinal) da barra. No caso do modelo treliça (plana ou espacial), nenhuma
outra definição de eixos é necessária. Porém, em se tratando dos modelos pórtico
plano e grelha, o sistema local de referência da barra é obtido fazendo o eixo z local
paralelo e com o mesmo sentido do eixo Z global. Como conseqüência, tendo-se x já
definido e sendo o sistema direto, o eixo y fica determinado. A figura II.1 esclarece
este fato. O Módulo Gráfico oferece opção de visualização do referêncial local dos
diversos elementos reticulados.
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Figura II.1 - Sistema de referência local da barra (pórtico plano e grelha).
No caso do modelo pórtico espacial, para completa definição do sistema local de
referência, há necessidade do fornecimento de um terceiro nó, chamado de nó K.
Este nó pode ser um nó pertencente à estrutura (nó ativo) ou um nó sem nenhum
elemento estrutural conectado ao mesmo (nó inativo). O eixo x local, juntamente
com o vetor definido pelo nó inicial do elemento (nó I) e pelo nó K, orientado de I
para K, definem o plano xy do elemento e como conseqüência, os eixos locais y e z.
A figura II.2 esclarece tal circunstância. Verifica-se que o nó K não poderá ser
colinear com os nós I e J, isto é, este nó K não poderá estar situado no eixo x do
elemento. O eixo y local aponta para o mesmo lado em que está o nó K, em relação
ao eixo da barra. É claro que os eixos locais y e z devem ser eixos principais de
inércia da seção transversal do elemento correspondente.
no I
no J
plano xynó K
y
x
z
Y
X
Z
Figura II.2 - Sistema de referência local no caso de pórtico espacial.
II.7 - BARRAS COM DESCONTINUIDADE (articulações generalizadas)
Palavra chave :articulacoes
Neste bloco são definidas as descontinuidades de deslocamentos em extremidades de
elemento ou articulações generalizadas. Só é aplicável a modelos em grelha, pórtico
plano e pórtico espacial. As informações necessárias devem ser fornecidas na seguinte
forma:
ARTICULACOES
I1 I2 I3 I4 [I5]
onde:
I1 número da barra
I2, I3... códigos das direções com descontinuidades
I4 número de barras a serem geradas
I5 incremento na numeração das barras
Os códigos ou numerações das direções dos deslocamentos de elementos são
mostradas na figura II.6 onde o vetor de seta dupla representa rotação. Pode ser
especificado para cada barra um número máximo de descontinuidades igual ao número
de deslocamentos por nó (consulte tabela II.2). Código igual a zero é ignorado (não
faz qualquer efeito) e, se maior que o número de deslocamentos por elemento, é
identificado erro.
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��� ����	
�
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Figura II.6 - Numerações dos deslocamentos e dos esforços de extremidades de
elementos reticulados.
Caso seja utilizada a opção de geração automática de barras com descontinuidade a
partir da barra I1 cujas descontinuidades são definidas , é necessário o fornecimento de
direções com descontinuidades em número igual ao de deslocamentos por nó e para
isto o código zero pode ser utilizado. Especial cuidado deve ser tomado quando da
introdução destas descontinuidades para não serem criados elementos e partes do
modelo hipostáticos. Na maioria das vezes em que isto ocorrer, o Sistema interromperá
o processamento em testes de consistência internas. A última linha do bloco deve
conter um 0 (zero) sem ponto decimal.
A figura II.7 apresenta exemplos relativos a articulações generalizadas em extremidade
de elemento.
a) Parte hipostática b) Elemento hipostático
c) Articulação em ponto nodal d) Articulações coincidentes com apoios
 5
 6
 3
 2
 4
 1
 1
 2
 4 3
 1
 5
 1
 2 3 4
 1 2
 3 4
Figura II.7 - Exemplos de modelos com articulações
No caso do pórtico plano representado na figura II.7c, por exemplo, pode-se
especificar:
ARTICULACOES
2 3
3 6
5 3
0
No caso do pórtico plano da figura II.7d tem-se duas situações distintas a saber: a
articulação no ponto nodal 3 é apenas de uma das extremidades da barra 3 e a
articulação no ponto nodal 4 coincide com condição geométrica de contorno. Caso se
especifique para a barra 4 liberação em sua extremidade é irrelevante fornecer como
código de contorno 110 ou 111. Caso não se especifique liberação para esta barra, o
código de contorno tem que ser forçosamente 001. Ambas as especificações
correspondem ao mesmo modelo físico, contudo, no primeiro caso o SALTE fornecerá
valor nulo para o deslocamento de rotação do nó 4 e no segundo caso fornecerá o
correto valor da rotação deste nó. O mais adequado é especificar articulação de
extremidade de elemento coincidente com condição geométrica de contorno através de
condição de contorno.
II.9 - CASOS DE CARREGAMENTOS
Palavra chave : numero de carregamentos
Neste bloco é fornecido o número de carregamentos básicos, assim :
NUMERO DE CARREGAMENTOS I1
onde I1 representa o número de carregamentos.
O Sistema executa de forma simultânea a análise deste conjunto de carregamentos.
Posteriormente, no bloco 10, podem ser especificadascombinações de resultados
destes carregamentos.
II.9.1 - Dados de Cada Carregamento
Palavra chave : carregamento
A descrição de cada carregamento é iniciada pela palavra chave anterior, seguida do
número do carregamento, sendo optativo o título do carregamento que é colocado
depois deste número. Assim, tem-se :
CARREGAMENTO I1 [título qualquer]
onde I1 representa o número do carregamento (que deve ser seqüêncial) e título é um
comentário qualquer formado por uma seqüência de caracteres .
Um carregamento pode ser composto de cargas nodais, ações aplicadas em
elementos, recalques de apoio e ou cargas de peso próprio. Cada uma destas ações
ou cargas pode existir ou não (ver tabela II.1). O fim de cada carregamento é
indicado pela palavra chave fim.
II.9.2 - Cargas Nodais 
Palavra chave: cargas nodais
Neste bloco são fornecidas, caso existam, as cargas diretamente aplicadas aos nós.
Cada carga é definida pelas suas componentes segundo o referêncial global. Cada
componente é definida por um código a saber :
px, py e pz são os códigos das forcas nas direções X, Y e Z
globais,respectivamente
mx, my e mz são os códigos dos momentos nas direções X, Y e Z
globais,respectivamente.
A seguir ao código é fornecido o valor numérico da carga. A ordem de entrada
destas componentes é qualquer. Componente com intensidade nula pode ser omitida.
Somente devem ser fornecidas as componentes compatíveis com o modelo estrutural
em estudo. A tabela II.10 informa tal compatibilidade.
Tabela II.10 Componentes de cargas nodais compatíveis com os diversos modelos
TIPO DO MODELO COMPONENTES
Pórtico plano px, py, mz
Grelha pz, mx, my
Treliça plana px, py
Treliça espacial px, py, pz
Pórtico espacial px, py, pz, mx, my, mz
Assim para o modelo grelha, pode-se ter :
CARGAS NODAIS
 I1 mx R1 pz R2 [g I2 I3]
onde:
I1 Representa o número do nó
mx,pz descrevem os tipos de componentes de cargas
R1, R2 são os valores de mx e pz respectivamente
g Indica o início dos dados para geração semi-automática
I2 é o número de nós a serem gerados
I3 é o incremento na numeração dos nós
A última linha do bloco deve conter um 0 (zero) sem ponto decimal.
II.9.3 - Ações Nos Elementos
Palavra chave : cargas nos elementos
Neste bloco são fornecidas as ações aplicadas diretamente aos elementos. A última
linha do bloco deve conter um 0 (zero) sem ponto decimal.
- Elementos de barra
Somente grelha, pórtico plano e pórtico espacial admitem ações aplicadas
diretamente nas barras. Treliça plana e treliça espacial não podem ter ações em
suas barras, a menos de variações de temperatura que são definidas no bloco 9.5
especificado na tabela II.1 e descritas no item II.9.6.
Estas ações podem ser dos seguintes tipos:
• concentrada
• uniforme no sistema local
• linear no sistema local
• uniforme no sistema global
 (somente para pórtico plano espacial) 
• linear no sistema global
 (somente para pórtico plano espacial)
• variação de temperatura
 (uniforme ao longo do comprimento do elemento)
Os tipos de ação são definidos por códigos como na tabela II.11.
Tabela II.11 Código de definição das ações em elementos de barra
TIPO DE CARGA TIPO SISTEMA DE REFERÊNCIA
concentrada c local
linear l local
uniforme u local
linear (global) s global
uniforme (global) w global
variação de temperatura t --------
II.9.3.1.1 - Carga concentrada (tipo c).
Esta carga é definida pela distância da seção na qual é aplicada até o nó
inicial da barra e pelas suas componentes segundo o sistema local de
referência. As componente são definidas pelos códigos:
px, py e pz representam forcas nas direções x, y e z locais,
respectivamente
mx, my e mz representam momentos nas direções x, y e z locais,
respectivamente
Em seguida ao código, deve ser fornecido o valor numérico da componente.
Somente devem ser fornecidas as componentes compatíveis com o modelo
estrutural em análise, e componentes com intensidade nula podem se omitidas. A
tabela II.11 informa tal compatibilidade. Assim, para o modelo pórtico espacial,
pode-se ter:
I1 c R1 mx R2 px R3 [g I2 I3]
onde:
I1 representa o número do elemento
c descreve o tipo da carga
R1 é a distância LA da seção de aplicação da carga ao nó inicial da
barra (ver Figura II.9)
mx,px descrevem tipos de componentes de cargas
R2, R3 são os valores de mx e px, respectivamente
g indica o início dos dados para geração semi-automática
I2 é o número de elementos a serem gerados
I3 é o incremento na numeração dos elementos
�
�
�
��
�
��
��
	
Figura II.9 - Carga concentrada em elemento de barra.
II.9.3.1.2 - Carga linear (tipo l)
Esta carga é definida pela distância da seção de início de aplicação da carga ao nó
inicial, pela distância da seção final de aplicação da carga também ao nó inicial e
por suas componentes segundo os eixos locais de referência. Tais componentes
são:
wxa, wxb componentes segundo a direção x na seção inicial e final de
aplicação da carga, respectivamente
wya, wyb idem, segundo a direção y
wza, wzb idem, segundo a direção z.
�
�
�����
��� ��
	
�
�
�
��
�
�
��
	��
���
�
�
���
��� 
� ���
�
�
���
���
Figura II.10 - Carga linear em elemento de barra.
Em seguida a cada código de componente desta carga deve ser fornecido o valor
numérico desta componente. Componentes nulas não necessitam ser fornecidas.
Somente devem ser fornecidas as componentes compatíveis com o modelo
estrutural em estudo, de acordo com a tabela II.12.
Tabela II.12 Componentes compatíveis de cargas lineares em elementos
reticulados
 MODELO ESTRUTURAL COMPONENTES
pórtico plano wx , wy
grelha wz
pórtico espacial wx , wy ,wz
Para um modelo pórtico plano, pode-se ter :
I1 I R1 R2 wxa R3 wxb R4 Wya R5 [g I2 I3]
onde:
I1 é o número do elemento
R1,R2 representam as distâncias LA da seção inicial e LB da
seção final de aplicação da carga ao nó inicial do
elemento, respectivamente, no sistema local (ver Figura
II.10)
mxa, mxb, mya descrevem tipos de componentes de carga
R3, R4, R5 são os valores de wxa, wxb e wya, respectivamente
g indica início de dados para geração semi-automática
I2 é número de elementos igualmente carregados a serem
gerados
I3 é incremento na numeração dos elementos
No caso de carga ao longo de todo o elemento, pode-se fornecer LA=0 e LB=0
que o Sistema interpretará LB igual ao comprimento do elemento.
II.9.3.1.3 - Carga uniforme (tipo u)
Esta carga é definida pela distância da seção de início de aplicação da carga ao nó
inicial, pela distância da seção final de aplicação da carga também ao nó inicial e
por suas componentes segundo os eixos locais de referência. Tais componentes
são:
wxa componente segundo a direção x
wya componente segundo a direção y
wza componente segundo a direção z.
Em seguida ao código de cada componente deve ser fornecido o valor numérico
desta componente. Componentes nulas não necessitam ser fornecidas. Somente
devem ser fornecidas as componentes compatíveis com o tipo da estrutura. Para
tanto, pode-se consultar a tabela II.12. Assim, para um modelo em pórtico
espacial, pode-se ter :
I1 u R1 R2 wza R3 wxa R4 wya R5 [g I2 I3]
onde:
I1 representa o número do elemento
u descreve o tipo da carga
wza,wxa,wya descrevem tipos de componentes de carga
R1, R2 são as distâncias LA da seção inicial e LB da seção final de
aplicação da carga ao nó inicial do elemento
respectivamente, no sistema local (ver Figura II.10)
R3, R4, R5 são os valores de wza, wxa e wzb, respectivamente
g indica início dos dados para geração semi-automática
I2 é o número de elementos a serem gerados
I3 é o incrementona numeração dos elementos
No caso de carga ao longo de todo o elemento, pode-se fornecer LA=0 e LB=0
que o sistema interpletará LB igual ao comprimento do elemento.
II.9.3.1.4 - Carga linear global (tipo s)
A entrada de dados é igual ao da carga descrita no item II.9.3.1.2, mudando o tipo
para s. No presente caso, as componentes da carga são em relação ao sistema de
referência global.
II.9.3.1.5 - Carga uniforme global (tipo w)
Idem ao item II.9.3.1.3, trocando o tipo para w. No presente caso, as componentes
da carga são em relação ao sistema de referência global.
II.9.4 - Peso próprio automático
Palavra chave: peso proprio
Na linha seguinte a esta palavra chave, devem ser fornecidas as relações das
componentes da aceleração da gravidade para cada uma das direções do sistema de
referência global, isto é, devem ser fornecidas as relações gx/g, gy/g, e gz/g. Em que
:
gx, gy, gz são as componentes da aceleração da gravidade nas
direções X, Y e Z do sistema global
g é a aceleração da gravidade
No caso de estruturas planas, devem ser fornecidos apenas gx/g e gy/g, sendo que
para grelhas a aceleração da gravidade deve estar obrigatoriamente na direção Z.
Logo, deve ser fornecido apenas um valor entre 1 e -1, informando se g é no sentido
positivo ou negativo do eixo Z.
Não deve ser utilizado o caracter 0 (zero) ao final da definição desta seção.
Pode-se ter, por exemplo:
...
Carregamento 1 Contrario a Z de portico espacial
Peso proprio
0. 0. -1
...
II.10 - Combinações de carregamentos
É possível a combinação de carregamentos que tenham sido definidos no bloco 9,
podendo cada um destes carregamentos básicos ser multiplicado por um fator .
Inicialmente, informa-se o número total de combinações, a saber:
numero de combinacoes I1
onde I1 representa este número.
A seguir deve ser informada a composição de cada combinação em ordem seqüencial.
Cada combinação é iniciada com a palavra chave combinacao seguida de seu número
e, em cada linha seguinte, o número de um dos carregamentos básicos que a compõe
seguido do seu fator multiplicativo. Ao final de cada combinação, colocar um 0
(zero). sem ponto decimal.
Assim, pode-se ter:
combinacao I1
I2 R1
I3 R2
I4 R3
0
onde:
I1 representa o número da combinação;
I2, I3 e I4 são os números dos carregamentos que compõem a
combinação;
R1, R2 e R3 são os fatores multiplicativos para os carregamentos
anteriormente referidos;
0 indica fim da combinação.
III - Módulo de Análise Estática
Os resultados ou comentários acerca dos dados de entrada estarão disponíveis em um
arquivo cujo nome é o do arquivo de dados, porém com extensão .L. Assim, sendo o
nome do arquivo de dados nomedados, os resultados ou comentários estarão no arquivo
nomedados.L. Os deslocamentos de rotação são fornecidos em radianos.
O arquivo de saída é em sua maior parte auto-explicativo, porém alguns esclarecimentos
adicionais são fornecidos neste manual.
IV - Módulo Gráfico
Este é o módulo do sistema que executa uma série de tarefas gráficas de pós e pré-
processamentos, visando facilitar o trabalho de modelação e interpretação de resultados.
O módulo é totalmente interativo com o usuário, sendo as diversas opções oferecidas
através de menus auto-explicativos, dispensando portanto maiores detalhes. A seguir são
apresentadas algumas saidas gráficas obtidas com o módulo.
VIII-Módulo Traçador Gráfico de Diagramas de Esforços Solicitantes em
Elementos de Barra
Trata-se de um pós-processador para traçado de diagramas de esforços solicitantes
(esforços normal, de torção, cortantes e momentos fletores) em estruturas compostas
por elementos de barra em análise estática . Portanto, o módulo somente pode ser
acionado após a execução do Módulo de Análise Estática.
A utilização deste módulo é totalmente interativa com o usuário dispensando maiores
comentários. Entretanto, são necessários algumas informações acerca dos critérios
utilizados para o traçado dos diagramas, a saber :
a) os diagramas de momentos fletores (My e Mz) são desenhados sempre do lado da
fibra tracionada;
 
b) os diagramas de esforços cortantes ( Qy e Qz ) são desenhados observando - se
as componentes dos eixos locais y e z em relação aos eixos globais. Assim, caso a
componente do eixo local, paralelo ao cortante em análise, em relação ao eixo
global Y seja positiva, o cortante positivo será marcado do lado positivo do eixo
local. Caso o eixo local, paralelo ao cortante em estudo, seja perpendicular ao eixo
global Y, sendo a componente daquele em relação ao eixo global X positiva, o
cortante positivo será marcado do lado negativo do eixo local. Entretanto, se o eixo
local paralelo ao cortante for perpendicular ao plano XY global, e caso esta
componente seja positiva, o cortante positivo será marcado do lado negativo do
eixo local.
A regra acima é válida desde que o eixo local z tenha, em relação ao eixo global Z,
componente positiva. Caso o eixo local z seja perpendicular ao global Z sua
componente segundo o eixo global X seja negativa. E caso o eixo local z seja
perpendicular ao plano global XZ, sua componente no eixo global Y seja negativa.
c) o diagrama de esforço normal é desenhado observando-se a componente do eixo
local x no eixo global X ; se for positiva, este esforço quando de compressão será
marcado do lado negativo do eixo local y. Se a barra for perpendicular ao eixo x,
então se a componente Y do eixo local x for positiva, aquele esforço de compressão
será marcado do lado positivo do eixo local y . Se a barra for perpendicular ao plano
XY, a comparação é feita com a componente Z do eixo local x Vale a mesma
ressalva com relação ao eixo local z feita no item b.
 
d) o diagrama de esforço de momento de torção é desenhado segundo o mesmo critério
usado para o esforço normal, substituindo força normal de compressão por momento
de torção positivo (esforço que provoca giro anti-horário segundo o plano yz local)
No caso de pórtico espacial, os diagramas de momento fletor e esforço cortante são
desenhados nos planos correspondentes rebatidos no plano da tela .
A figura XIII.1 apresenta resultados deste módulo.
XII - MÓDULO SUPERVISOR
Este módulo tem como função conduzir o usuário na utilização do Sistema SALT-
UFRJ. O Sistema só pode ser acionado por este módulo.Para ativar o Supervisor
selecione Iniciar/Programas/SALT-UFRJ-Supervisor.
Com o botão direito do mouse tem-se acesso a menús com vários recursos e
facilidades. O uso do botão direito não é exclusivo deste módulo, todos os outros
módulos fornecem menús rápidos quando aquele botão é acionado.
O módulo supervisor substitui, a partir da versão 7.0, o módulo Orientador.
Anexo 1 - O arquivo PROP.DAT
O arquivo PROP.DAT é do tipo texto e contém informações acerca das propriedades
geométricas de seções padronizadas. Tal arquivo pode ser ampliado e/ou modificado
pelo usuário, usando um editor de texto como, por exemplo: Bloco de Notas, Wordpad
ou qualquer outra versão do Microsoft Word.
As 3 primeiras linhas dos arquivos são destinadas a comentários. Recomenda-se que o
usuário não as altere. As demais contém as seguintes informações: número da seção,
área AX, área AY, área AZ, constante de torção IX, momento de inércia IY, momento
de inércia IZ, módulo de resistência à flexão WY, módulo de resistência à flexão WZ. A
última linha do arquivo deve ter apenas um 0 (zero) sem ponto decimal.
As propriedades das seções do arquivo PROP.DAT, fornecidas na presente versão,
estão no Sistema Internacional de Unidades, isto é:
área m2
constante de torção m4
momento de inércia m4
módulo de resistência à flexão m3
Anexo 2 - Exemplo de arquivo de dados 
A seguir é apresentada listagem de um arquivo de dados do módulo SALTE:
portico plano exemplo de uso
 coordenadas dosnos
 1 0.0 0.0
 2 0.0 5.0
 3 0.0 8.0
 4 5.0 5.0
 5 5.0 1.0
 6 7.0 8.0
 7 7.0 5.0
 8 9.0 8.0
 9 10.0 5.0
 10 10.0 1.0
 0
 condicoes de contorno
 1 111
 5 111
 10 111
 0
 tipos de material
 1 2.1e8 0.2 1.0e-5 25.0
 0
 tipos de secao
 1 0.15 0.0 0.003125 0.20
 0
 propriedades dos elementos
 1 1 2 1 1
 2 2 3 1 1
 3 2 4 1 1
 4 3 6 1 1
 5 4 5 1 1
 6 4 7 1 1
 7 6 7 1 1
 8 6 8 1 1
 9 7 9 1 1
 10 9 10 1 1
 0
 articulacoes
 7 6
 0
 numero de carregamentos 3
 carregamento 1 carga cobertura (C01)
 cargas nodais
 8 PY -0.8
 0
 fim
 carregamento 2 carga permanente (C02)
 cargas nos elementos
 4 u 0.0 7.0 wya -2.0
 8 u 0.0 2.0 wya -2.0
 0
 fim
 carregamento 3 carga nivel intermediario (C03)
 cargas nos elementos
 3 u 0.0 5.0 wxa -2.0
 6 u 0.0 2.0 wxa -2.0
 9 u 0.0 3.0 wxa -2.0
 0
 fim
 numero de combinacoes 3
 combinacao 1 C01 + C02
 1 1.0
 2 1.0
 0
 combinacao 2 1.5 X C01 + 2.0 X C03
 1 1.5
 3 2.0
 0
 combinacao 3 C01 + 1.5 X C02 + 3 X C03
 1 1.0
 3 3.0
 2 1.5
 0
A seguir são apresentadas saída gráfica do pórtico deste exemplo, obtidas através do
Módulo Gráfico:
ANEXO 5 - Mensagens de Erro
A seguir são apresentados os principais erros de execução ( RUN TIME ERROR)
detectados pelo sistema operacional;
002 ARQUIVO NÃO ENCONTRADO
003 "PATH" NÃO ENCONTRADO
004 EXCESSIVO NÚMERO DE ARQUIVOS ABERTOS
015 NÚMERO DO DRIVE INVÁLIDO
101 PROVAVELMENTE O DISCO ESTÁ CHEIO (DISK FULL)
106 FORMATO NUMÉRICO INVÁLIDO
150 DISCO PROTEGIDO PARA GRAVAÇÃO
152 UNIDADE DE DISCO COM PROBLEMA (DISK NOT READY)
154 ERRO CRC (CONSULTE O MANUAL DO DOS)
159 IMPRESSORA SEM PAPEL
160 DISPOSITIVO DE ESCRITA COM PROBLEMAS
162 HARDWARE COM PROBLEMA (HARDWARE FAILURE)
200 DIVISÃO POR ZERO
202 STACK OVERFLOW
203 HEAP OVERFLOW
A seguir são listados os erros detectados pelo Sistema SALT:
1 NÚMERO DE NÓS COM RESTRIÇÃO MAIOR QUE O PERMITIDO
2 NÚMERO DE NÓS MAIOR QUE O PERMITIDO
3 NÚMERO DO MATERIAL MAIOR QUE O PERMITIDO OU INCONSISTENTE
4 NÚMERO DE TIPOS DE MATERIAL MAIOR QUE O PERMITIDO
5 NÚMERO DA SEÇÃO MAIOR QUE O PERMITIDO OU INCONSISTENTE
6 NÚMERO DE TIPOS DE SEÇÃO MAIOR QUE O PERMITIDO
7 NÚMERO DO NÓ/ELEMENTO MAIOR QUE O PERMITIDO OU INCONSISTENTE
8 ELEMENTO GERADO COM NÚMERO MAIOR QUE O PERMITIDO
9 A MATRIZ NÃO É POSITIVA DEFINIDA
10 A MATRIZ É MAIOR QUE O ESPAÇO PARA ARMAZENAMENTO
11 NÚMERO DO NÓ GERADO MAIOR QUE O NÚMERO TOTAL/ MÁXIMO DE NÓS
12 NÚMERO DO ELEMENTO GERADO MAIOR QUE O NÚMERO TOTAL/ MÁXIMO
13 TIPO DE CARGA NÃO RECONHECIDO
14 ELEMENTO COM COMPRIMENTO NULO
15 NÚMERO DO NÓ/ELEMENTO CARREGADO MAIOR QUE O TOTAL/MÁXIMO
16 COMANDO NÃO RECONHECIDO OU FORA DE ORDEM
17 NÚMERO DO NÓ COM RESTRIÇÃO MAIOR QUE O PERMITIDO OU INCONSISTENTE
18 ERRO NA LEITURA DE DADOS
19 CARREGAMENTO FORA DE ORDEM
20 DADOS INCOMPLETOS
21 A BARRA É HIPOSTATICA
22 DESLOCAMENTO NÃO RECONHECIDO
23 PROVALVELMENTE O DISCO ESTÁ CHEIO
24 EXISTEM NÓS/APOIOS INDEFINIDOS
25 NÃO EXISTE MEMÓRIA SUFICIENTE PARA AS VARIÁVEIS
26 CARGA APLICADA FORA DA BARRA
27 ERRO NA CARGA DISTRIBUÍDA LA>LB ?
28 ELEMENTO NÃO RECONHECIDO
29 EXITEM ELEMENTOS INDEFINIDOS
30 NÚMERO DE CARREGAMENTOS MAIOR QUE O PERMITIDO
31 ELEMENTO NÃO DEFINIDO
32 DESLOCAMENTO IMPOSTO EM NÓ NÃO DEFINIDO COMO APOIO
33 DESLOCAMENTO IMPOSTO EM DIREÇÃO NÃO RESTRINGIDA
34 CARGA NÃO RECONHECIDA
35 COMBINAÇÃO FORA DE ORDEM
36 NÚMERO DO CARREGAMENTO MAIOR QUE O NÚMERO DE CARREGAMENTOS
37 TIPO DE ESTRUTURA NÃO RECONHECIDO
38 ERRO NA DEFINICAO DO NÓ "K" DE ELEMENTO TIPO PÓRTICO ESPACIAL
39 ERRO NA CARGA LINEAR LB=LA ?
40 HIPOSTÁTICA
41 ERRO NO ARQUIVO PROP.DAT
42 ARQUIVO PROP.DAT NÃO ENCONTRADO
43 CÓDIGO DO APOIO DESCONHECIDO
44 A NUMERAÇÃO DAS SEÇÕES DEVE SER SEQUENCIAL
45 MASSA NODAL EM DIREÇÃO NÃO COMPATÍVEL COM O MODELO
46 INCLINACAO DE APOIO NAO IMPLEMENTADO PARA ESTA ESTRUTURA
47 DADOS DE INCLINAÇÃO DE APOIO INCOMPLETOS
48 DADOS PARA GERAÇÃO INCOMPLETOS
49 ELEMENTO NÃO CONHECIDO NA LINHA DE DADOS OU COMANDO FORA DEORDEM
50 DADOS DE INCLINAÇÃO INCOMPATÍVEIS
51 NÓ COM RECALQUE NÃO DEFINIDO NA SEÇÃO CONDIÇÕES DE CONTORNO
52 NÓ DEPENDENTE DE MAIS DE UM MESTRE
53 MEMÓRIA DA PILHA INSUFICIENTE
54 DEPENDENCIA PROVOCANDO LAÇO INFINITO
55 NÓ DEPENDENTE OU MESTRE LIDO NÃO PERTENCE AO CONJUNTO DOS NÓS
56 NÓ DEPENDENTE ESCRAVO OU MESTRE GERADO NÃO PERTENCE AO CONJUNTO DOS
NÓS
57 NÓ DEPENDENTE ESCRAVO PARA DEFINIÇÃO DE MESTRE MAIOR QUE O NÚMERO DE
NÓS
58 NÓ DEPENDENTE P/ DEFINIÇÃO DE MESTRE NÃO ESTÁ NO BLOCO PREVISTO DA
MEMÓRIA
59 DEPENDÊNCIA DE DESLOCAMENTO NÃO IMPLEMENTADA PARA ESTA ESTRUTURA
60 NÃO É PERMITIDA DIREÇÃO DE APOIO COMO DEPENDENTE
61 DESLOCAMENTO INCOMPATÍVEL COM O TIPO DE ESTRUTURA
62 CÓDIGO DE DIREÇÃO MESTRE/ ESCRAVO DESCONHECIDO
63 ERRO NA CONVERSÃO NUMÉRICA, FORMATO NUMERICO INVÁLIDO
64 NÚMERO DE MODOS ESPECIFICADOS PELO USUÁRIO MAIOR QUE NÚMERO DE
MODOS CALCULADOS
65 ESFORÇO NÃO RECONHECÍDO OU INCOMPATÍVEL COM O MODELO
66 LINHA DE INFLUÊNCIA DE REAÇÃO EM DIREÇÃO NÃO RESTRINGIDA
67 LINHA DE INFLUÊNCIA DE REAÇÃO EM NÓ NÃO DEFINIDO COMO APOIO
68 PROVAVELMENTE AS UNIDADES FORNECIDAS NÃO SÃO CONSISTENTES COM OS
DADOS DO TREM TIPO
69 O NÚMERO DE CARGAS CONCENTRADAS DO TREM TIPO NÃO PODE SER NULO OU
NEGATIVO
70 A DISTÂNCIA DA CARGA AO INÍCIO DO VEÍCULO NÃO PODE SER NEGATIVA
71 O COMPRIMENTO DO VEÍCULO NÃO PODE SER NULO NEM NEGATIVO
72 NÚMERO MÁXIMO DE CARGAS CONCENTRADAS PARA O VEÍCULO MAIOR QUE O
PERMITIDO
73 O COMPRIMENTO DO VEÍCULO É MAIOR QUE O COMPRIMENTO TOTAL DAS BARRAS
DA SEQÜÊNCIA DE TRÁFEGO
74 EXISTE(M) CARGA(S) CONCENTRADA(S) DO VEÍCULO FORA DO COMPRIMENTO DO
VEÍCULO
75 A CARGA DISTRIBUIDA MÁXIMA NÃO PODE SER MENOR QUE A MÍNIMA
CRÉDITOS
Alunos bolsistas da U.F.R.J. que colaboram ou colaboraram no desenvolvimento do
Sistema:
• Alessandra Moreira Ramos
• André Corrêa Lopes
• Cláudio Augusto Giestes dos Anjos
• Cláudio Cruz Nunes
• Daniel Maltarolli de Moraes Rego
• Eduardo Luna Mendes
• Eliete Conceição Cerqueira
• Joseane Ila Granja de Souza
• Marcelo da Silva Labres
• Patrícia da Silva Barros
• Paulo Sérgio Favero
• Renan Oliveira de Barros Leal
• Rogério Curty Dias
• Sandro de Freitas Valpassos
• Sylvia Cotias Vasconcelos
• Wagner Guimarães de Sá
• Wagner Piazza Gaglianone
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Soriano, H. L. e Souza Lima, S., “Structured Types in Pascal for Structural
Analysis”, Computer & Structures, Vol. 45, No 4, 1993.
[2] Soriano, H. L. e Souza Lima, S., “On Plotting of Section Forces Components
Diagrams for Framed Structures, Computer & Structures, vol.54, no 6, 1995.
[3] Souza Filho, R. S., “Utilização do AUTOCAD como Pré-processador Gráfico
de Sistemas de Análise de Estruturas, Tese de M.Sc., COPPE/UFRJ, 1992
[4] Souza Lima, S, “Processamento Gráfico em Análise de Estruturas”, Tese de
D.Sc., COPPE/UFRJ, 1994.
[5] Leal, R. O. B., “Módulo de Análise Dinâmica por Superposição Modal para o
Sistema SALT”, Tese de M.Sc., COPPE/UFRJ, 1991.
[6] Nunes, C. C. ,"Dependência Linear Generalizada entre Deslocamentos de
Modelos Reticulados, Placas e Cascas", Tese de M.Sc., Engenharia Civil, IX,
131 p, Rio de Janeiro - RJ, COPPE/UFRJ, 1994.
[7] Soriano, H. L. e Souza Lima, S. , “Método dos Elementos Finitos”,
publicação técnica da Escola de Engenharia da U.F.R.J., 1996.
[8] Soriano, H. L. , “Sistemas de Equações Lineares em Problemas Estruturais”,
Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 1981.
[9] Soriano, H. L. e Nunes, C. C. ,”Generalized Linear Relationship Among
Displacements of Framed Structures”, Computer & Structures, vol. 57,no 3,
1995.
[10] Soriano, H. L. e Souza Lima, S. ,”Análise de Estruturas em Computadores:
Estruturas Reticuladas - Volume 1”, Série Cadernos Didáticos da
U.F.R.J.,1993.
[11] Soriano, H. L. ,”Formulação do Método dos Elementos Finitos em Análise de
Estruturas”, publicação técnica da Escola de Engenharia da U.F.R.J., 1993.
[12] Soriano, H. L. e Souza Lima, S. ,”Linhas de Influência em Estruturas
Hiperestáticas”, publicação técnica da Escola de Engenharia, 1995.
[13] Anjos, C. A. , Soriano, H. L. e Souza Lima, S. ,”Traçado de Diagramas de
Esforços Solicitantes”, XIV Congresso Ibero Latino-Americano de Métodos
Computacionais em Engenharia, 1993.
[14] Gaglianone, W. P. , Soriano, H. L. e Souza Lima, S. ,”Geração de Malhas 3D
para Análise de Estruturas em Computadores”, Iberian Latin American
Conference on Computational Methods for Engineering, 1995.

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