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Bens Públicos pt2 Aula 24


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Teoria Microeconômica ITeoria Microeconômica I
Prof. Marcelo Matos
Aula 24
Bens Públicos
Varian - cap. 35
Definição / caracterizaçãoDefinição / caracterização 
• Não exclusivo – não há como excluir consumidor adicional 
• Não rival consumo de um não impossibilita consumo de outro• Não rival – consumo de um não impossibilita consumo de outro 
CMg provisão para mais um é nulo
• Bens Quase-Públicos ou Impuros - atende apenas parcialmente 
os princípios não exclusão e não rival. 
• Característica de bem público possibilita ocorra 
externalidade de consumo
Mesma quantidade do bem estará disponível para todos
Bem público discretoBem público discreto
E l TV d i l d t• Exemplo: TV para dois colegas de quarto. 
• Propensão máxima a pagar: preços de reserva: r1 andPropensão máxima a pagar: preços de reserva: r1 and 
r2
• Se r1 ≥ g1, r2 ≥ g2 e g1+g2 ≥ c, será eficiente comprar a 
TV
• Ou seja, r1 + r2 ≥ c
• A soma das propensões a pagar têm que ser ≥ o 
custo de provisão
O bl dO problema do carona
Aplicação
• Dois fazendeiros discutem a possibilidade de 
construção de uma canalização que faça a água deconstrução de uma canalização que faça a água de 
um rio das redondezas passar por seus terrenos
• Tanto José quanto Chico estão dispostos a contribuir 
com no máximo R$ 5 mil
• O custo da obra é de R$ 8 mil
M t t t d j d t• Monte a estrutura do jogo que corresponde a esta 
interação estratégica e argumente qual será o 
resoltado mais provável se eles não cooperaremresoltado mais provável se eles não cooperarem
• E se eles decidirem cooperar?
Diferente níveis de bem públicoDiferente níveis de bem público
• Ex.: aquisição de TV de diferentes qualidades: g1+g2 = G
• Custo – função de G: c(G)
Oti i ã i tilid d í l d t 1 d d• Otimização – maior utilidade possível do agente 1, dado um 
nível de utilidade do agente 2:
max G u1(x1 G)max x1,x2,G u1(x1,G)
s.a. u2(x2,G) = u2 ; x1+x2 + c(G) = w1 + w2
• Alocação eficiente: │TMS1│ + │TMS2│ = CMgG
• A soma das propensões marginais a pagar tem que se• A soma das propensões marginais a pagar tem que se 
igualar ao custo marginal de provisão
P i ã óti d b úbli tíProvisão ótima de bem público contínuo
35.01
AplicaçãoAplicação
• Dois indivíduos com preferências distintas
• UA ( G,x) = lnG + y e UB ( G,x) = G – G2+ y
O t d i ã d B P (G) 2 G 1• O custo de provisão do B.P: c(G) = 2*G + 1
 Qual será o nível ótimo de bem público? Qual será o nível ótimo de bem público?
• Se o custo de provisão do B P: c(G) = 2 G2• Se o custo de provisão do B.P: c(G) = 2*G
 Qual será o nível ótimo de bem público?
O problema do carona
35.02
VotaçãoVotação
• Problema do paradoxo da votação (conforme discutido no 
capítulo de Bem –Estar)
Q ti d t i ã f ê i it li i t• Que tipo de restrição nas preferências permite eliminar este 
problema?
 Utilidade líquida de diferentes níveis de gasto no bem público q g p
deve ter máximo único para cada indivíduo
 neste caso, as preferências sociais elevadas pela votação 
majoritária jamais apresentarão o problema de intransitividademajoritária jamais apresentarão o problema de intransitividade
 nível de gasto escolhido: gasto médio
• Em geral resultado não será eficiente de pareto• Em geral, resultado não será eficiente de pareto
• Pense no caso de alguém que deseje mais do bem público e 
estaria disposto a compensar aqueles que não querem
A t ã ã l t i t id d d f ê i• A votação não leva em conta a intensidade das preferências
Votaçãoç
Revelação da Demanda
• Pessoas podem escolher adulterar suas preferências 
verdadeiras.
A i t i d f dif t d i di i• Assim votaria de forma diferente do que indicariam 
suas verdadeiras preferências
Faz se necessário um mecanismo de revelação da• Faz-se necessário um mecanismo de revelação da 
demanda
• Exemplo mais simples com o caso de preferências• Exemplo mais simples com o caso de preferências 
quase-lineares
– haverá um único nível ótimo de bem públicohaverá um único nível ótimo de bem público
– A questão é se ele deve ser provido ou não
Votaçãoç
Revelação da Demanda
• Cada pessoa atribui o valor vi ao bem público
• É eficiente provê-lo se:
∑ v ≥ c∑ vi ≥ c
• Primeira opção
• cada indivíduo pagará a parcela proporcional ao valor declarado• cada indivíduo pagará a parcela proporcional ao valor declarado
• Incentivo ao carona  declarar valor inferior
• Segunda opçãoSegunda opção
• Cada um pagará cota igual ci, mas anuncia seu vi
• Se a soma dos valores líquidos ni = vi – ci for maior que zero, bem 
á idserá provido
• Incentivo ao exagero
 O problema com ambas as opções é que não há custo em se O problema com ambas as opções é que não há custo em se 
desviar da verdade
Votaçãoç
Revelação da Demanda
T i ã I t d G Cl k• Terceira opção – Imposto de Groves-Clarke
• Cada um pagará cota igual ci, mas anuncia seu vi
• Se a soma dos valores líquidos ni = vi – ci for maior que zero, bem 
será provido
• Punição daqueles que alteram a escolha, na medida em que 
invertam o sinal da soma dos valores líquidos Agentes pivôinvertam o sinal da soma dos valores líquidos  Agentes pivô
• Se a soma dos valores líquidos era positiva e a pessoa j a torna 
negativa, ela impõe aos demais um “dano” equivalente a 
Hj = ∑ ni > 0
• Impor este imposto sobre o agente pivô fará ele enfrentar o real custo 
de mudar a escolha social
• Exemplo: Três colegas e a escolha de comprar a TV
• Custo: R$ 300
• vA = vB = R$50
• vC = R$ 250
DiscussãoDiscussão
Á• Á luz da teoria sobre bens públicos, analise a provisão 
pública de educação.