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Considerações sobre recursos necessários para atendimento em PCR A parada cardiorrespiratória (PCR), considerada como a cessação súbita da função cardíaca e da respiração, está entre as principais ocorrências que exige atendimento de emergência, o qual é possibilitado por uma equipe devidamente capacitada e pela disponibilidade dos materiais e equipamentos necessários para o suporte básico e avançado de vida. As drogas e equipamentos utilizados para a reversão da PCR situam-se no Carro de emergência (CE), que funciona como um armário e cuja padronização é proposta pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) com base nas normas da American. Heart Association (AHA) O CE armazena materiais destinados à avaliação e diagnóstico da PCR, controle de vias aéreas, acesso vascular, controle circulatório e medicamentos. Para sua organização considera-se como setor de permanência para o CE o Centro Cirúrgico (CC), as Unidades de Internação (UI), a Unidades de Terapia Intensiva (UTI) ou o Pronto Socorro (PS) e inclui-se a idade da vítima (adulto ou criança) e a demanda de PCR no local. A disponibilidade do conteúdo do CE baseia-se em três níveis de prioridade: os itens de nível I, que são considerados como essenciais, pois devem estar disponíveis no momento imediato à PCR; os de nível II, que são altamente recomendados e que devem estar disponíveis em, no máximo, quinze minutos; os itens classificados como de nível III são recomendados, mas de disponibilidade opcional. Entre os itens de nível I estão: desfibrilador externo automático, equipamentos de proteção individual (EPI), cânula orofaríngea, bolsa valva-máscara com reservatório de oxigênio, tubo endotraqueal, cânula para traqueostomia, laringoscópio (com lâmina curva, para adulto, e reta, para criança), cânula nasal tipo óculos, cânula de aspiração flexível, jelco, agulha de intracath, equipo, frasco a vácuo, gaze, micropore, agulha, soro fisiológico (1000 ml), ringer lactato (1000 ml) e soro glicosado 5% (500 ml). Há ainda os medicamentos essenciais, como água destilada (10 ml, 250 ml, 500 ml), aspirina, atropina, adrenalina, amiodarona, lidocaína, adenosina, β-bloqueador, nitroprussiato, nitroglicerina, cloreto de cálcio, gluconato de cálcio, sulfato de magnésio, procainamida, bicarbonato de sódio, glicose 50%, furosemida e broncodilatador. Da Silva, Hilderjane C; Da Silva, Alanny K M; Dantas, Rodrigo A N; Pessoa, Renata L; Menezes, Rejane M P; Hospital de urgência norte-rio-grandense, Enfermaria Global Nº 31 Julho 2013 Página 187. Outros materiais necessários no atendimento a PCR: - Tábua de massagem cardíaca; - Ambú, ventilador ou similar; - Material de entubação (laringoscópio, sondas endotraqueais, mandril); - Aspirador de secreções; - Oxigênio; - Desfibrilador; - Cânulas de Guedell; - Sondas de aspiração de diversos calibres; - Eletrocardiógrafo; Protocolo atendimento PCR, hospital SÍRIO LIBANÊS: OBJETIVO Este protocolo tem por objetivo padronizar o atendimento à parada cardiorrespiratória (PCR), para um atendimento rápido e organizado, com o intuito de aumentar a chance de sucesso das manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP). APLICAÇÃO Este documento aplica-se ao Hospital Sírio-Libanês e unidades externas Itaim, Jardins e Brasília. DEFINIÇÕES DE PCR Define-se como parada cardiorrespiratória (PCR) a interrupção súbita e brusca da circulação sistêmica e ou da respiração. Iniciar prontamente as manobras de reanimação, antes mesmo da chegada da equipe de suporte avançado aumenta a chance de sobrevida e evita sequelas pós-PCR. São sinais clínicos de PCR: Inconsciência; Ausência de movimentos respiratórios; Ausência de pulso. Está disponível para consulta em todos os carros de emergência e na intranet, o manual de atendimento à PCR da instituição, atualizado a cada 5 anos, que contém, além dos sinais clínicos de PCR, todas as recomendações para o atendimento a ser prestado, segundo as recomendações da AHA. Acionamento do código azul Para auxiliar no atendimento à PCR de forma segura, utiliza-se a nomenclatura internacionalmente conhecida como “Código Azul” para as situações de PCR. O acionamento do Código Azul não se aplica para o atendimento de pacientes internados nas áreas críticas (Unidade de Terapia Intensiva - UTI, Unidade Crítica Cardiológica - UCC, Unidade Crítica Geral - UCG, Pronto Atendimento - PA, Centro Cirúrgico - CC), que contam com equipe médica local 24h por dia. Composição do time de resposta rápida: O time de resposta rápida das unidades de internação é composto por: médico plantonista; fisioterapeuta; auxiliar de enfermagem trainee. O time de resposta rápida do pronto atendimento é composto por: médico líder do PA ou médico clínico do PA; enfermeira líder do PA; auxiliar de enfermagem trainee. -Atribuição de cada profissional, de acordo com a orientação da American Heart Association (AHA), a equipe de atendimento deve dispor de cinco elementos assim distribuídos: Um na ventilação; Um na compressão torácica; Um anotador de medicamentos e de tempo; Um na manipulação dos medicamentos; Um no comando, próximo ao monitor/ECG. Dentro da realidade da nossa instituição, procuramos padronizar as funções dessas pessoas com atribuições mais específicas, tornando o atendimento mais eficiente e rápido. Enfermeiro Coordena as ações e direciona as atribuições da equipe de enfermagem. Instala o desfibrilador semiautomático (DEA) e se indicado realiza a desfibrilação. Prepara o desfibrilador convencional. Instala o monitor, no caso de não haver possibilidade ou necessidade de realizar a desfibrilação, ou quando a primeira desfibrilação não teve sucesso. Auxilia o médico nas manobras de RCP, assumindo a ventilação ou a compressão torácica. Auxiliar e Técnico de Enfermagem (treinados em suporte básico de vida) Auxilia a enfermeira neste atendimento inicial e fica a disposição para as seguintes tarefas: Aproximação do carro de emergência e colocação da tábua rígida; Preparo de medicação; Controle do tempo de administração de cada medicamento; Obtenção de via de acesso venoso. Auxiliar de enfermagem Jr. Providencia ou auxilia na obtenção de equipamentos e/ ou materiais necessários como, por exemplo, desfibrilador e ventiladores. Ajuda no transporte do paciente após a reanimação. Fisioterapeuta Responsável pela ventilação Auxilia o médico na intubação e na utilização do respirador artificial. Médico: Procede à intubação. Controla os medicamentos utilizados, o tempo de PCR, o tempo entre uma dose e outra das várias drogas utilizadas e o número de desfibrilações efetuadas e suas cargas. Prescreve a medicação. Determina o momento de cessar as manobras de reanimação. Bibliografia: http://www.hospitalsiriolibanes.org.br/sociedade-beneficente-senhoras/Documents/protocolos-institucionais/protocolo-parada-cardiorespiratoria.pdf Basicamente, precisamos para o atendimento eficaz em PCR: Equipe com conhecimento técnico cientifico adequado para as manobras de ressuscitação, em quantidade suficiente com capacidade de sincronia neste atendimento; Material de monitorização sinais vitais; Desfibrilador, marca-passo, medicamentos antiarrítmicos, drogas vasoativas, sedativas, soros, eletrólitos, aparelho para verificação de glicemia, materiais de suporte para ventilação mecânica respiratória, aspiradores, iluminação e ambiente adequada livre de riscos a equipe e ao paciente.
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