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Artigo - Responsabilidade Civil por Erro Médico

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RESPONSABILIDADE CIVIL POR ERRO MÉDICO:
Direito negocial, civil e do consumidor
Henrique Gabriel Barroso – Universidade Estadual de Londrina
Henrique.g.barroso@gmail.com
PALAVRAS-CHAVE: Responsabilidade civil; erro médico; dano moral.
O dano é uma ofensa a um determinado bem jurídico, podendo ser ele material ou moral. Danos morais são aqueles que abalam a honra, o âmbito psíquico de um determinado indivíduo, sua honra ou sua privacidade. São danos referentes a um estado de espírito de cada pessoa. Eles podem provir de erro médico uma vez que durante algum procedimento feito ele algo ocorre fora do esperado e, para que haja a indenização por tais erros, deve ter ocorrido a violação de um interesse jurídico patrimonial ou extrapatrimonial de uma pessoa física ou jurídica, bem como haver a certeza do dano. Obrigação de meio é aquela na qual o profissional não se compromete a um resultado certo, porém faz de tudo para alcançá-lo. Os resultados advindos do seu trabalho não são necessariamente os esperados. Já a obrigação de resultado é aquela na qual o profissional se compromete a atingir determinado resultado com certeza e se não o fizer, não cumpriu o que foi acordado entre as partes. Em regra geral, os médicos praticam atos cuja teoria que cabe é a da obrigação de meio, já que não se comprometem a curar plenamente ou a salvar a vida da pessoa que requer os seus cuidados. Não obstante, a obrigação do cirurgião plástico é de resultado, já que ele se compromete a atingir um fim específico. Erro médico é uma falha do profissional imputada ao mesmo quando há um nexo causal entre o dano e a negligência, imperícia ou falta do médico que propicie um resultado inesperado, bem como há a necessidade, na responsabilidade subjetiva, da existência da culpa. Não há uma legislação específica que trate de fato dos danos causados por erro médico, porém a Constituição Federal Brasileira de 1988 resguarda os direitos de indenização no inciso X do artigo 5º no qual diz que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Tal prerrogativa é conferida à pessoa danificada uma vez que a Constitucional sempre preza pela dignidade humana da população como um todo e dos direitos que dela provém. Não obstante, o novo Código Civil Brasileiro de 2002 também pondera acerca dos danos morais quando afirma em seu artigo 186. Após o ato ser classificado como ilícito e a culpa atribuída ao médico, cabe a sua responsabilização pelo menos no âmbito civil. Ainda para fins de aplicação do Código do Consumidor em seu artigo 6º inciso VI, podemos entender a relação entre o médico e o paciente como uma relação de consumo, cabendo mais uma vez a indenização uma vez que tal dispositivo de lei afirma ser direito do consumidor a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos.

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