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RESPONSABILIDADE CIVIL

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Prévia do material em texto

RESPONSABILIDADE CIVIL 
 
Professora Daniela Barcellos - PLE 2020.1 
Transcrição: Gleice Genaro 
 
Bem-vindos a disciplina de responsabilidade civil e hoje a gente vai iniciar um dos principais elementos, as principais 
questões que dizem respeito à responsabilidade civil. 
 
Em breve apresentação dessas noções que a gente vai ver, hoje vamos acompanhar ao longo de toda a disciplina. 
Vou começar trazendo para vocês alguma coisa bastante antiga do Direito Romano: 
 
 
 
No Digesto se encontram 3 (três) elementos que são premissas que até hoje estão presentes tanto na justiça, nos 
nossos princípios morais e éticos, e também, especificamente na responsabilidade civil. São eles: 
 
● Honeste vivere​ - significa viver honestamente, que é um princípio ético. 
 
● Neminen laedere - indica como a gente não deve prejudicar o outro, que é um princípio moral, presente no 
nosso Código Civil, especificamente no art. 186; 
 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar o direito e causar dano à 
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
 
● Suum cuique tribuere​ - dar a cada um o que lhe pertence, o que é seu; 
 
No artigo 926 do Código Civil dizendo seguinte aquele que cometerá ato ilícito, tem o dever de indenizar. 
 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independente de culpa, nos casos especificados em lei, ou 
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de 
outrem. 
 
A responsabilidade Civil é definida por Cavalieri como: a responsabilidade civil é um dever jurídico sucessivo que surge 
para recompor o dano decorrente da violação de um dever jurídico originário. 
 
O que a gente tem um dever jurídico originário, por exemplo, uma norma contratual, ou ainda, uma norma 
extracontratual com essa que a gente acabou de ver no artigo 186 do CC, que não deveria causar dano à outrem. 
Conduto, veio alguém e causou o dano, tinha um mandamento contratual que deveria cumprir e o descumpriu, o que 
acontece? 
 
 
 
 
Nesse caso, surge a responsabilidade civil, que é um dever jurídico sucessivo, muitas vezes definido como dever 
jurídico secundário, que vai vir à tona para recompor a relação jurídica porque não houve o cumprimento do dever 
jurídico originário. Essa recomposição é feita através de uma indenização em dinheiro. 
 
 FONTE DA RESPONSABILIDADE CIVIL: 
 
 
 
Toda conduta humana que, violando o dever jurídico originário, causa prejuízo a outrem, é geradora de 
responsabilidade civil, através de uma indenização em dinheiro, 
 
Essa conduta humana violadora de um dever jurídico originário na base é um ilícito. 
 
Qual fonte da responsabilidade civil? É toda conduta humana, seja ela, positiva ou negativa, que violando o dever 
jurídico originário causa prejuízo a outra outrem, e é fonte geradora de responsabilidade civil, conduta humana 
violadora de um dever jurídico originário na base, é um ato ilícito. 
 
DEVER E RESPONSABILIDADE 
 
Essa noção de dever jurídico primário e secundário é de descumprimento de um dever jurídico originário gerando a 
responsabilidade civil, que é advento também dessa ideia alemã da Schuld (dever) e Haftung (responsabilidade). 
 
Então, toda norma jurídica, e consequentemente, nas normas contratuais, a gente tem um dever e uma 
responsabilidade, são coisa relativamente independentes, mas a responsabilidade só surge se houver descumprimento 
do dever. 
 
Há também a responsabilidade ali como uma espécie de potencialidade, se por acaso não houver o cumprimento do 
dever, ela está ali como uma potencialidade que pode se tornar concreção e vir a existir no plano da existência, vir a 
realmente responsabilizar aquele que descumpriu a norma originária, descumpriu o seu dever. 
 
Elementos da responsabilidade civil 
 
 
 
Há três elementos que estão sempre presentes, são eles: 
 
● Conduta - referente a conduta do agente, na forma de um ato ilícito, positivo ou negativo; 
● Nexo - referente a nexo de causalidade, que é a relação entre o dano causado que deve ter sido causado 
necessariamente pela pela conduta do agente; 
● Dano - é o dano propriamente dito, tem que ser um dano real, não pode ser uma potencialidade de dano, ele 
tem que ser uma realidade também. 
 
São os três elementos com os quais a gente vai trabalhar detalhadamente ao longo do semestre, a partir das próximas 
aulas. A gente vai começar a estudar separadamente de forma didática que cada um deles. 
 
Primeira conduta depois do nexo além dos elementos. 
 
Fundamentos da Responsabilidade Civil: 
 
A gente tem os fundamentos que já eram basicamente dois tipos de responsabilidade civil: 
 
● CULPA - que é a responsabilidade subjetiva, que tem presente o elemento culpa do agente. 
● RISCO - que é a responsabilidade civil objetiva, e por ocorrer independente da existência de culpa, seu 
fundamento é o risco da atividade. Então aquele que tem o bônus também vai ficar com o ônus, por exemplo, no 
âmbito do Direito Comercial, o comerciante coloca um produto ou serviço no mercado justamente por ele ter um lucro, 
de ter todos os benefícios de ter aquele produto circulando casa, e se aquele produto vir a causar dano ao consumidor 
ele vai responder objetivamente. 
 
 
 
Funções da Responsabilidade Civil: 
 
Função compensatória - a responsabilidade civil vai tentar, na medida do possível, fazer com que a pessoas esteja na 
mesma posição que ela estava antes do ato ilícito ter ocorrido, na mesma posição jurídica. Isso funciona muito bem 
quando se trata de um dano material, então se a pessoa que estava ali na posição jurídica dela e veio uma outra 
pessoa e gerou um dano a ela, a compensação é o pagamento daquele dano causado, do valor exato daquele dano 
causado, o que gera a recomposição. 
 
 
 
Há também uma função compensatória no âmbito do dano moral, porém existe uma dificuldade de quantificação em 
espécie em dinheiro do valor do dano moral. 
 
Função punitiva - é realmente punir o agente e junto com essa punição, se ela for suficientemente forte, já contém em 
si a punição sócio-educativa. Ou seja, ela tem a função de punir a si próprio para que ele não realize novamente essa 
conduta dolosa, eventualmente punir é, ter um caráter educativo, há outros agentes que não tenham sido esses que 
causaram o dano, mas fazer com que as pessoas fiquem alertas para não descumpri a lei e o contrato. 
 
BRUNO MIRAGEM 
DIREITO CIVIL - Responsabilidade Civil 
 
POSIÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL NO SISTEMA JURÍDICO CONTEMPORÂNEO 
 
- A responsabilidade Civil é a obrigação que pode incumbir a uma pessoa a reparar o dano causado a outrem 
por conduta sua ou de pessoas ou de coisas que dela dependam. 
- Desenvolvem-se, portanto, no âmbito da relação obrigacional, sendo o dever de prestação consistente em 
indenização, de regra pecuniária, constituindo devedor o causador do dano ou outro a quem a lei confira a obrigação. 
- O desenvolvimento da noção de responsabilidade jurídica se dá mediante o conhecido binômio 
preceito-sanção (“se A é, B deve ser, imperativo categórico kantiano), que se especializa a partir da relação entre um 
dever jurídico originário, decorrente de previsãonormativa genérica ou específica, e um dever jurídico sucessivo, 
relativamente à consequência imputada ao agente que viola o primeiro dever. 
- Distinguem-se a responsabilidade civil e as outras espécies de responsabilidade jurídica, notadamente, a 
penal, a administrativa e , especialização desta, a política, ou também denominada político-administrativa. 
 
DISTINÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL E OUTRAS DIMENSÕES JURÍDICAS DE RESPONSABILIDADE 
 
- No direito Alemão, a responsabilidade civil é percebida com base em uma relação dialética à noção de dever. 
- Diz-se Schuld and Haftung, Débito e Responsabilidade. Exprime a relação fundamental da responsabilidade 
civil entre o dever originário e dever sucessivo. 
- No caso, o dever originário decorre da lei ou do contrato, ou ainda, da eficácia jurídica vinculativa decorrente 
da normogenética dos princípios jurídicos (criadores de direito, e, portanto, de deveres jurídicos a serem observados 
pelas partes). Esses deveres originários destinam-se a ser observados e cumpridos pelas partes, sendo que sua 
violação (=descumprimento), uma vez que decorram danos injustos a outro sujeito a dada relação jurídica preexistente, 
ou formada em razão desses danos injustos, dá causa ao dever sucessivo, que é o dever de indenizar. 
- Distinguem-se três ordens de imputação: 1) Decorrente de causa material, pela qual se diz que alguém fez 
algo/ cometeu determinado ato. 2) relevante tanto moralmente quanto para certos âmbitos da responsabilidade jurídica 
- é aquela que define que alguém fez algo/cometeu determinado ato voluntariamente. 3) um juízo de imputação, pelo 
qual se diz que alguém fez algo voluntariamente contra a lei. 
- Apenas na presença dessas três hipóteses de imputação aplicáveis ao mesmo caso é que se admite a 
presença de um ato ilícito/delito, que é pressuposto da responsabilidade. 
- Costuma-se reconhecer, ao lado da responsabilidade civil, que se concentra nos danos causados à vítima do 
evento e , consequentemente, regula o dever de indenizar e/ou recompor o patrimônio jurídico lesado, também a 
responsabilidade penal, administrativa e a responsabilidade política. 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL E RESPONSABILIDADE PENAL 
 
- A responsabilidade civil visa à recomposição do patrimônio jurídico lesado da vítima, mediante indenização e/ 
ou reparação específica de danos suscetíveis ou não de avaliação econômica (patrimoniais e extrapatrimoniais). 
- A responsabilidade penal, ao contrário de civil, tem a sua finalidade como sendo de manutenção da paz social, 
à segurança pública, individual e coletiva, mediante a definição estrita de certas condutas, que por seu caráter gravoso 
a interesses socialmente relevantes qualificados como bens jurídicos, são definidos como crimes. 
- Exige-se, nesse caso, o comportamento doloso (vontade), ou culposo (por negligência, imprudência ou 
imperícia), para imputação do crime ao agente. 
- Na responsabilidade civil, embora tenha elevado o elemento subjetivo da conduta (dolo/culpa) como 
pressuposto da imputação do dever de reparar o dano (lembre-se de Ihering: “sem culpa nenhuma reparação”), porém 
há situações de responsabilidade, mediante previsão expressa de lei, também independe da presença de dolo e culpa 
na conduta do agente, denominada responsabilidade objetiva. 
- Na Responsabilidade Civil, a sanção recai sobre o patrimônio daquele a quem se imputa responsabilidade, e 
obriga, como regra, os sucessores (Art. 943 do Código Civil: “O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la 
transmitem-se com a herança). E poderá responder como obrigação solidária, seja de modo subsidiário (na qual 
responde, por força de lei, no caso de outros responsáveis não virem a fazê-lo por qualquer razão). 
- Já a responsabilidade penal não ultrapassa a pessoa do responsável. Trata-se de responsabilidade pessoal, 
não patrimonial. 
- Apenas excepcionalmente, também pode haver a condenação ao pagamento de multa, que, embora tenha 
caráter patrimonial, tem por finalidade castigar o criminoso. 
- Por princípio da verdade real, quando decididos em juízo criminal (no qual se avalia a responsabilidade penal), 
fazem coisa julgada no âmbito civil, ou seja, não poderão ser questionados/ reexaminados em uma eventual ação 
indenizatória em que se discuta a responsabilidade civil de determinada pessoa (Art. 935 do Código Civil: “ a 
responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre 
quem seja o autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal”). 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL E RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA 
 
- A responsabilidade administrativa é aquela que decorre da violação de deveres inerentes à relação entre 
determinada pessoa e o Estado-Administração. É relação de direito público, subsidiariamente, as normas do Código 
Civil. Tem a finalidade de interesse público, impondo aos indivíduos que se relacionam com o Estado deveres cujo 
descumprimento dá causa à sanção. 
- Distingue-se em responsabilidade intraneus e extraneus. 
- Intraneus será a responsabilidade da pessoa que, investida em determinada qualidade de agente público 
(exercendo cargo, emprego ou função pública), viola deveres inerentes a esta condição, submetendo-se a sanções 
disciplinares no âmbito do poder disciplinar do Estado. Neste sentido, a responsabilidade administrativa possui nítido 
caráter retributivo. 
- Já a responsabilidade extraneus diz respeito àquela imposta ao administrado em vista do exercício do poder da 
polícia do Estado em face da população geral. Sua finalidade é a preservação da ordem pública e da paz social, 
suscitando a aplicação do que se vem denominando ​direito administrativo sancionador. 
- Como regra, a responsabilidade administrativa se traduz na aplicação de sanção pecuniária (multa e/ ou 
ressarcimento), advertência e restrição de direitos (inabilitação, interdição, apreensão, destruição de bens, etc), que, 
embora tenha reflexos patrimoniais, observa a finalidade de desestímulo à conduta infrativa de norma legal. 
- A natureza da responsabilidade administrativa, em face do seu caráter retributivo e sancionatório, guarda 
semelhanças com a responsabilidade penal, induzindo à existência de mesmas garantias ao indivíduo a quem se 
pretenda imputá-la. 
- Distingue-se claramente da responsabilidade civil, cuja característica principal diz respeito à sua finalidade de 
reparação da vítima e recomposição do patrimônio lesado. 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL E RESPONSABILIDADE POLÍTICA 
 
- A responsabilidade política é inerente ao Estado Moderno e consiste na possibilidade de que os agentes 
políticos, no exercício de funções públicas, possam vir a responder pelos atos que pratiquem nesta condição perante a 
comunidade política. 
- Para muitos autores, considera-se espécie de responsabilidade administrativa, daí falar-se em 
responsabilidade político-administrativa. 
- A principal distinção da responsabilidade política (ou político-administrativa, decorre da natureza do juízo que 
se estabelece nesse caso, vinculada não apenas à prática de determinado fato, mas também à sua repercussão nas 
condições políticas de o agente público a quem é imputada a conduta manter-se o exercício do cargo público no qual 
está investido. 
- São exemplos de responsabilidadepolítica os crimes de responsabilidade previstos na CF relativamente ao 
Presidente da República (Arts. 85 e 86, parágrafo 1º ,II, da CF), e que dão causa ao processo de julgamento que pode 
levar ao impedimento (​impeachment​), assim também as hipóteses de cassação de mandato eletivo em relação aos 
membros do Congresso Nacional. 
- Não resulta da responsabilidade política ​per se qualquer obrigação de reparar danos causados em decorrência 
da atividade do agente responsável. 
 
AULA 2 - TRANSCRIÇÃO 
 
Vídeo [1] - CONDUTA 
 
Sejam bem-vindos a nossa segunda semana da disciplina de responsabilidade civil, como nós podemos definir a 
responsabilidade civil e ela pode ser definida como um dever jurídico derivado que nasce do descumprimento de um 
dever jurídico originário. 
 
São TRÊS elementos: a conduta, o nexo e o dano. 
 
 
 
Hoje nós vamos iniciar nosso estudo com a conduta: 
 
A ​conduta é algo que se trabalha bastante no âmbito do Direito Penal e quando a gente fala em conduta 
juridicamente, a gente quer tratar de um comportamento humano voluntário através de uma ação ou de uma omissão. 
 
A conduta pode ser ​positiva ou ​negativa e ​comissiva ou omissiva​, ​então a conduta ​positiva é comissiva e a 
negativa é omissiva​. 
 
AÇÃO: Essa conduta é uma ação do comportamento corpóreo positivo, é um fazer corretamente, mas quando a gente 
pensa direito das obrigações, a gente poderia pensar também​ no dar​. 
 
OMISSÃO: É o que se produz deixando de se fazer o que se deveria fazer. O resultado danoso é gerador de 
responsabilidade civil. 
 
Conduta de quem tem é o realizador desta conduta? Essa questão é relevante e ela se conecta de outro elemento da 
conduta muito importante, que é a imputação. 
 
 
Quando a gente fala em responsabilidade civil, a pessoa é responsável pelo descumprimento de um dever jurídico 
originário e que gera esse dever jurídico que é a responsabilidade civil, que é o dever de indenizar. 
 
Geralmente esse descumprimento é da própria pessoa que se chama de responsabilidade civil de agente, quem vai 
ser responsabilizado é aquele a quem vai ser imputada a responsabilidade, isto é, conduta de fato próprio. 
 
Fato próprio: De regra, só responde pelo fato aquele que lhe dá causa. É o tipo de situação que mais ocorre a 
responsabilidade civil e por isso a gente chama a regra de fato. 
 
Nós respondemos também por outras situações que não são condutas próprias, as outras situações são duas: são as 
situações de fato de outrem. 
 
FATO DE OUTREM: Há sanção pelo fato de outrem,por descumprimento de um dever de agir para impedir o resultado 
danoso. Exemplo: Art. 932 do CC. 
 
Art. 932.​ São também responsáveis pela reparação civil: 
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes 
competir, ou em razão dele; 
 
Há uma lista no código civil de quem responde, como os pais respondem pelos filhos menores que tenham realizado 
algum tipo de situação geradora de responsabilidade civil, entre outro. 
 
FATO DAS COISAS: É quando a gente responde pelo fato das coisas, de tudo aquilo no qual nós somos proprietários, 
sejam estes objetos ou animais e esses objetos ou animais que causem dano, vão ser gerador de responsabilidade 
para o seu dono. 
Tem uma série de situações previstas no código civil, depois a gente vai estudar esses assuntos de forma detalhada. 
 
 
 
Quando a gente fala em culpa, não é conduta CULPOSA no âmbito da responsabilidade civil, a gente fala de ​Lato 
sensu que é diferente no Direito Penal, o que é a culpa ​Stricto Sensu​, ela já é uma penalização menos grave do que 
uma conduta dolosa. 
 
Quando falamos em ​Lato Sensu igualmente no âmbito do Direito Penal, a gente abrange a culpa ​Stricto Sensu e o 
dolo, e consideramos, então, a culpa ​Lato Sensu o descumprimento, por omissão, de dever de guarda, vigilância ou 
cuidado em relação a pessoas ou coisas. 
 
Quando nós somos responsáveis por atos de outrem ou fato que é imputado por força de lei ou de contrato. 
 
 
 
Portanto, é importante pensar no âmbito de responsabilidade civil, ato culposo tem a culpa Lato Sensu que gera a 
responsabilidade civil, não importa se trata de uma conduta Stricto Sensu ou uma conduta dolosa no civil, a 
indenização será a mesma, não haverá diferença. 
 
 
Como é que essa culpa se exteriorizar? A gente tem normalmente uma tríade tradicional que são: negligência, 
imprudência ou imperícia. 
 
O código civil atual retirou do seu texto legal a expressão concorrência. Temos a esterilização da culpa do agente são 
de duas formas de: 
 
Negligência​ é a falta de cuidado, que é uma conduta negativa ou omissiva. 
 
Imprudência é a forma de agir afoita, com falta de cuidado, com a intenção de causar o dano, é a conduta positiva ou 
comissiva. 
 
Imperícia continua agindo continua existindo levante no ponto de vista da sua qualificação caracterização da 
responsabilidade civil mas o que era considerada com referência para o exercício da atividade que você está 
realizando, costumava dizer que aquele que agiu como médico fosse sem ser médico, ele estava agindo de forma com 
imperícia ou de uma forma empírica assim como que não sabe dirigir que não tem carteira de habilitação, que estava 
dirigindo, estava agindo com imperícia. Hoje em dia essa imperícia se conecta e se integra ao conceito de imprudência. 
 
 
 
A ​imputação ​é aquilo que vai ligar a conduta do agente ao seu devedor responsável, tem essa regra do Código Civil do 
artigo 396-A. 
Art. 396.​ Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em mora. 
 
Imputação​ é possibilidade de responsabilização ​daquele que descumpriu ​uma obrigação assumida. 
 
Obrigação de natureza contratual, seja a natureza da obrigação de natureza legal, tem a imputação de uma forma 
ampla como um conjunto de condições pessoais que dão ao agente a capacidade de responder pelas consequências 
de uma conduta contrária a um dever, seja essa a imputação relativa, é o mais normal, ou seja essa imputação é 
relativo a um fato de terceiro o que só ocorrerá por tanto deve estar prevista por força de lei e por fim também por força 
de lei quando a lei imputar a responsabilidade que é um agente em razão de um fato da coisa também a gente chama 
de fato da coisa ou do animal. 
 
 
 
Essa é a questão da imputação, são causas de imputação subjetiva culpa l​ato sensu. 
 
Isso é muito importante quando a gente trabalhar com a responsabilidade civil subjetiva porque a responsabilidade civil 
subjetiva tem como fundamento a culpa, para que ela ocorra precisa ter a conduta, o nexo e o dano. 
 
No âmbito da responsabilidade civil objetiva não há necessidade da presença de culpa, só na responsabilidade civil 
subjetiva. 
 
A culpa Lato Sensu vai ser sempre um descumprimento por ação ou omissão e omissão, de dever de guarda vigilância 
ou cuidado em relação a pessoas ou coisas, que antigamente chamava de ​culpa in contraendo​, ​culpa in eligendo ou 
culpa in vigilando​, retiraram porque se trata geralmente de situações em que a responsabilidade civil era percebida 
pelo código civil que hoje é de natureza objetiva, então não se fala mais Culpa In contrahendo culpa in eligendo eCulpa In vigilando. 
Quando se trata elas de responsabilidade civil de um pessoas terceiras pessoas ou em relação a coisas um animal o 
conceito de responsabilidade civil objetiva sem culpa. 
 
 
 
Último Ponto super importante dentro desse conceito de Conduta é imputação do incapaz. Como regra, o incapaz é 
irresponsável mas o código civil adotou uma teoria mitigada do incapaz em algumas hipóteses que o incapaz pode ser 
responsabilizado, são de acordo com o artigo 928 do CC. 
 
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação 
de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. 
Parágrafo único​. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar se privar do necessário 
o incapaz ou as pessoas que dele dependem. 
 
É um artigo muito importante, o incapaz responde se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo 
ou não dispuserem de meios suficientes. 
 
Em que situações pode ocorrer? Imagine que o incapaz, o menor de idade, pega um carro e causa um acidente e esse 
incidente causou a pessoa física permanente. Esse menor de idade que pegou o carro, como regra, são os pais que 
respondem e se os seus pais não tiverem meios suficientes e a criança tiver recursos próprios, podemos entender que 
quem responde é o pai ou mas o valor da indenização vai sair do montante do patrimônio deste incapaz. 
 
Há uma questão vinculada ao direito da dignidade da pessoa humana que diz que essa indenização prevista neste 
artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem. 
 
Esse patrimônio tem que sair do incapaz, se os pais não tiverem condições simultaneamente, se isso não privar a sua 
subsistência, mas existe a possibilidade de um capaz por causa de seu patrimônio virá responder pelos atos causados 
por ele. 
 
Culpa presumida ou contra a legalidade 
 
 
 
Além das ações ou omissões contrárias à lei, a gente tem algumas ações de responsabilidade civil complexa ou de 
violação de texto legal expresso. O que a gente entende da culpa presumida? Nesse caso o que acontece toda vez 
que eu venho aqui porque se trata de culpa contra a legalidade é uma presunção ​juris Tantum serve de prova em 
contrário, mas de que a pessoa está culpada é a forma culposa, então nesse caso o que acontece no processo civil, na 
hora de resposta é inversão do ônus da prova em favor da vítima, ou seja, a vítima não precisa provar dano culposa e 
sim vai se presumir essa culpa. 
 
 
 
Não é um caso, por exemplo, uma pessoa que atravessa fora da faixa, essa pessoa foi atropelada se presume que a 
culpa é da vítima e não do motorista que atropelou, porque ela não devia estar atravessando a rua fora da faixa, então 
ela vai ter que provar, embora esteja atravessando fora da faixa, o motorista agiu de forma culposa senão vai se 
presume que há a pessoa errada é a pessoa que atravessou fora da faixa e assim existem outras fontes em casos 
concretos que a gente presume a culpa contra a legalidade, por exemplo, aquele que teve o carro batido na porta se 
presume que aquele motorista que bateu na parte de trás é o responsável, é o culpado. 
 
Então é uma presunção ​juris Tantum. 
 
RESUMÃO PARA LEMBRAR: 
 
Elementos da responsabilidade civil: Conduta, nexo e dano. 
1. Conduta 
Ação: é um comportamento corpóreo positivo 
Omissão: é o que se produz não fazendo o que se deveria fazer 
Quem é o realizador da conduta? Isso se conecta com a imputação. 
Conduta de fato próprio: o q mais ocorre em responsabilidade civil. De regra, só responde pelo fato aquele que lhe da 
causa. 
Fato de outrem: há sanção pelo fato de outrem, por descumprimento de um dever de agir para impedir o resultado 
danoso. Ex: art. 932 CC 
Fato das coisas: se uma coisa (objeto ou animal) causa dano a alguém, o responsável por sua guarda, vigilância ou 
cuidado será responsabilizado. Ex: art. 936 CC 
· ​Culpa lato sensu 
Descumprimento, por omissão, de dever de guarda, vigilância ou cuidado em relação a pessoas ou coisas. 
Se divide em: culpa strictu sensu e dolo. P nós não importa se será strictu sensu ou dolosa, a responsabilidade será a 
mesma. 
· ​Exteriorização da culpa: 
Violação de um dever por: negligência e imprudência. O CC retirou a imperícia, não é relevante sua qualificação na 
respons. Civil. 
· ​Imputação: 
Liga a conduta ao seu dever de ser responsável. É a possibilidade de responsabilização daquele que descumpriu a 
obrigação assumida, seja legal ou contratual (art. 396 CC) – imputação geral 
A imputação é o conjunto de condições pessoais que dão ao agente capacidade para responder pelas consequências 
de uma conduta contrária a um dever. 
Causas de imputação subjetiva p fins de culpa lato sensu: descumprimento​, por omissão, de dever de guarda, 
vigilância ou cuidado em relação a pessoas ou coisas. Na resp civil objetiva não há necessidade da presença de 
culpa. 
· ​Imputação do incapaz: 
De regra, o incapaz é irresponsável. O CC adotou a teoria da responsabilidade mitigada do incapaz. 
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação 
de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. 
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se privar do necessário 
o incapaz ou as pessoas que dele dependem. 
Ex: um incapaz pega um carro e causa um acidente, os pais respondem, mas o valor da indenização sai do montante 
do patrimônio desse incapaz. 
• ​Culpa presumida ou contra a legalidade 
Nas situações que configuram hipóteses de responsabilidade civil complexa ou violação de texto legal expresso, há 
culpa presumida (​juris tantum​). Isso significa que há inversão do ônus da prova em favor da vítima, que não precisa 
provar a culpa. Ex: quem atravessa fora da faixa. 
 
RESUMÃO PARA LEMBRAR 
Elementos da responsabilidade civil: Conduta, nexo e dano. 
1. Conduta 
Ação: é um comportamento corpóreo positivo 
Omissão: é o que se produz não fazendo o que se deveria fazer 
Quem é o realizador da conduta? Isso se conecta com a imputação. 
Conduta de fato próprio: o q mais ocorre em responsabilidade civil. De regra, só responde pelo fato aquele que lhe da 
causa. 
Fato de outrem: há sanção pelo fato de outrem, por descumprimento de um dever de agir para impedir o resultado 
danoso. Ex: art. 932 CC 
Fato das coisas: se uma coisa (objeto ou animal) causa dano a alguém, o responsável por sua guarda, vigilância ou 
cuidado será responsabilizado. Ex: art. 936 CC 
· ​Culpa lato sensu 
Descumprimento, por omissão, de dever de guarda, vigilância ou cuidado em relação a pessoas ou coiosas. 
Se divide em: culpa strictu sensu e dolo. P nós não importa se será strictu sensu ou dolosa, a responsabilidade será a 
mesma. 
· ​Exteriorização da culpa: 
Violação de um dever por: negligência e imprudência. O CC retirou a imperícia, não é relevante ssua qualificação na 
respons. Civil. 
· ​Imputação: 
Liga a conduta ao seu dever de ser responsável. É a possibilidade de responsabilização daquele que descumpriu a 
obrigação assumida,seja legal ou contratual (art. 396 CC) – imputação geral 
A imputação é o conjunto de condições pessoais que dão ao agente capacidade para responder pelas consequências 
de uma conduta contrária a um dever. 
Causas de imputação subjetiva p fins de culpa lato sensu: descumprimento​, por omissão, de dever de guarda, 
vigilância ou cuidado em relação a pessoas ou coisas. Na resp civil objetiva não há necessidade da presença de 
culpa. 
· ​Imputação do incapaz: 
De regra, o incapaz é irresponsável. O CC adotou a teoria da responsabilidade mitigada do incapaz. 
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação 
de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. 
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se privar do necessário 
o incapaz ou as pessoas que dele dependem. 
Ex: um incapaz pega um carro e causa um acidente, os pais respondem, mas o valor da indenização sai do montante 
do patrimônio desse incapaz. 
• ​Culpa presumida ou contra a legalidade 
Nas situações que configuram hipóteses de responsabilidade civil complexa ou violação de texto legal expresso, há 
culpa presumida (​juris tantum​). Isso significa que há inversão do ônus da prova em favor da vítima, que não precisa 
provar a culpa. Ex: quem atravessa fora da faixa. 
 
 
TEXTO - SÉRGIO CAVALIERI FILHO 
PROGRAMA DE RESPONSABILIDADE CIVIL 
 
RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL SUBJETIVA 
1) Pressupostos: Conduta Culposa 
 
- A responsabilidade subjetiva era a regra no Código Civil de 1916, já que todo o sistema de responsabilidade 
estava apoiado na culpa provada, tal como prevista na cláusula geral do art. 159 - tão hermética que, a rigor, não abria 
espaço para responsabilidade outra que não fosse subjetiva. 
- O Código Civil de 2002 fez profunda modificação na disciplina da responsabilidade civil estabelecida no Código 
anterior, na medida em que incorporou ao seu texto todos os avanços anteriormente alcançados. 
- O Código de 1916 era subjetivista, o Código atual prestigia a responsabilidade objetiva. Mas isso não significa 
dizer que a responsabilidade subjetiva sido inteiramente afastada, pois faz parte da própria essência do Direito, sua 
ética, da sua moral - enfim, do sentido natural e justiça. Decorre daquele princípio superior de Direito de que ninguém 
pode causar dano a outrem. 
- o Código de 2002 não poderia deixar de prever uma cláusula geral de responsabilidade subjetiva. E essa 
cláusula é encontrada no seu art. 927, combinado com o art. 186. Dispõe o art. 927: “Aquele que, por ato ilícito (arts. 
186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.” O Código colocou aqui, com toda clareza, que quem 
praticar ato ilícito, causando dano a outrem, vai ter que indenizar. Mas não diz o que é ato ilícito, nem quando alguém o 
pratica. 
 
A conduta 
 
- O art. 186 do Código Civil refere-se a esse elemento ao falar em "ação ou omissão". Preferimos, todavia, o 
termo "conduta”, porque abrange as duas formas de exteriorização da atividade humana. Conduta é gênero de que são 
espécies a ação e a omissão. 
- Entende-se, pois, por conduta o comportamento humano voluntário que se exterioriza através de uma ação ou 
omissão, produzindo conseqüências jurídicas. A ação ou omissão é o aspecto físico, objetivo, da conduta, sendo a 
vontade o seu aspecto psicológico, ou subjetivo. 
 
A ação 
 
- A ação é a forma mais comum de exteriorização da conduta, porque, fora do domínio contratual, as pessoas 
estão obrigadas a abster-se da prática de atos que possam lesar o seu semelhante, de sorte que a violação desse 
dever geral de abstenção se obtém através de um fazer. Consiste, pois, a ação em um movimento corpóreo comissivo, 
um comportamento positivo, como a destruição de uma coisa alheia, a morte ou lesão corporal causada em alguém, e 
assim por diante. 
- Já, a omissão, forma menos comum de comportamento, caracteriza-se pela inatividade ​de, abstenção de 
alguma conduta devida. Vieira dizia, com absoluta propriedade, que omissão é aquilo que se faz não fazendo. 
 
Relevância jurídica da omissão 
 
- A omissão, todavia, como pura atitude negativa. quando este tem dever jurídico de agir, de praticar um ato 
para impedir o resultado. 
- não impedir o resultado significa permitir que a causa opere. O omitente coopera na realização do evento com 
uma condição negativa, ou xando de movimentar-se, ou não impedindo que o resultado se concretize. 
- Somente os pais, por exemplo, respondem, civil e penalmente, pela omissão alimentar dos filhos, porque a 
eles cabe o dever legal de alimentá-los; somente o médico contratado pelo paciente, ou que está adstrito ao 
atendimento pela omissão, responde pela falta desse atendimento, porque assumiu a posição de garantidor da não 
ocorrência do resultado, e assim por diante. 
 
Fato próprio, de outrem e da coisa 
 
- De regra, só responde pelo fato aquele que lhe dá causa, por conduta própria. É a responsabilidade direta, por 
fato próprio, cuja justificativa está no próprio princípio informador da teoria da reparação. A lei, todavia, algumas vezes 
faz emergir a responsabilidade do fato de outrem ou de terceiro, a quem o responsável está ligado, de algum modo, 
por um dever de guarda, vigilância e cuidado. 
- Nos termos do art. 932 do Código Civil, os pais respondem pelos atos dos filhos menores que estiverem sob o 
seu poder e em sua companhia; o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados; o patrão, por seus empregados etc. 
- A imputabilidade depende da capacidade psíquica de entendimento e autodeterminação do agente. 
- “Imputar" é atribuir a alguém a responsabilidade por alguma coisa. Imputabilidade é, pois, o conjunto de 
condições pessoais que dão ao agente capacidade para poder responder pelas consequências de uma conduta 
contrária ao dever; imputável é aquele que podia e devia ter agido de outro modo. 
- São dois elementos da imputabilidade: Maturidade (desenvolvimento mental) e sanidade mental (higidez). 
 
Menoridade 
 
- Os menores de 16 anos não são responsáveis porque são incapazes, nos termos do art. 3o, I, do Código Civil. 
Falta-lhes maturidade, desenvolvimento mental suficiente para autodeterminar-se. 
- Por eles respondem os pais se estiverem sob sua autoridade e em sua companhia. Quanto ao menor 
relativamente incapaz (entre 16 e 18 anos), o Código de 1916, em seu art, 156, o equiparava ao maior no tocante às 
obrigações resultantes de ato ilícito. Esse artigo, todavia, não foi agasalhado pelo Código de 2002. 
- O Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe, em seu art. 116, que, tratando-se de ato infracional com 
reflexos patrimoniais, a autoridade poderá determinar que o adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento do 
dano ou, por outra forma, compense o prejus ​vítima​. "Adolescente", segundo o art. 2o do mesmo estatuto, é a pessoa 
entre e 18 anos de idade. 
- A insanidade são igualmente irresponsáveis, são aqueles que por enfermidade ou deficiência mental, não 
tiverem o necessário discernimento para a prática dos atos da vida civil. 
- O Código Civil optou por um critério mitigado e subsidiário em seu art. 928 no que diz respeito àresponsabilidade do incapaz. Responderá o incapaz pelos prejuízos que causar se as pessoas por ele responsáveis 
não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. Aduz o parágrafo único desse artigo: "A 
indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as 
pessoas que dele dependem.” 
- Podemos, então, concluir dizendo que a inimputabilidade não exclui o dever de reparar o dano se ocorrerem 
duas condições. Primeira, ser o ato tal que, se praticado por alguém imputável, configure a violação de um dever. Se o 
inimputável agiu em condições em que não se lhe poderia atribuir culpa alguma caso fosse imputável, não poderá ser 
obrigado a indenizar. Seria um contra-senso tratar o inimputável, nesse aspecto, com maior severidade do que as 
pessoas imputáveis, exigindo dele uma conduta que a estas se não impõe. Segunda, ter o inimputável bens em valor 
superior ao necessário para lhe assegurar os alimentos adequados ao seu estado e condição e os alimentos que 
legalmente deva a outrem. Essa reparação é imposta objetivamente por uma razão de eqüidade, como expressamente 
declara o parágrafo único do art. 928. 
- Como o art. 928 refere-se ao incapaz de forma geral, abrange não tais, mas também os menores de 18 anos. 
 
RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL SUBJETIVA 
2) Pressupostos: Nexo Causal 
 
- O nexo causal é o segundo pressuposto da responsabilidade civil a ser examinado. Trata-se de noção 
aparentemente fácil, mas que, na prática, enseja algumas perplexidades. A rigor, é a primeira questão a ser enfrentada 
na solução de qualquer caso envolvendo responsabilidade civil. Antes de decidirmos se o agente agiu ou não com 
culpa teremos que apurar se ele deu causa ao resultado. O Código Penal, que tem norma expressa sobre o nexo 
causal (art. 13), é muito claro ao dizer: "O resultado de que depende a existência do crime, somente é imputável a 
quem lhe deu causa.” 
- São dois pontos que não se confundem - a relação causal e a imputabilidade. Quando se cogita de 
imputabilidade ou da culpabilidade, temos que determinar quais as condições necessárias a que um resultado deva ser 
imputado subjetivamente ao seu autor, enquanto o problema do nexo causal diz respeito às condições mediante as 
quais o dano deve ser imputado objetivamente à ação ou omissão de uma pessoa, No primeiro caso, temos uma 
questão de uma imputatio iuris, ao passo que, na segunda, um problema de ​imputatio facti. Na imputatio iuris impõe-se 
responder ao seguinte questionário: o causador de dano deve ser também considerado dele culpado, para os efeitos 
da responsabilidade? 
- Não basta, portanto, que o agente tenha praticado uma conduta ilícita; tampouco que a vítima tenha sofrido um 
dano. É preciso que esse dano tenha sido causado pela conduta ilícita do agente, que exista entre ambos uma relação 
de causa e efeito. Em síntese, é necessário que o ato ilícito seja a causa do dano, que o prejuízo sofrido pela vítima 
seja resultado desse ato, sem o que a responsabilidade não correrá a cargo do autor material do fato. Daí a relevância 
do chamado nexo causal. 
- O conceito de nexo causal não é jurídico, decorre das leis naturais. É o vínculo, a ligação ou relação de causa 
e efeito entre a conduta e o resultado. 
- o nexo de causalidade é elemento indispensável em qualquer espécie de responsabilidade civil. Pode haver 
responsabilidade sem culpa, como teremos oportunidade de ver quando estudarmos a responsabilidade objetiva, mas 
não pode haver responsabilidade sem nexo causal. 
- Quando o resultado decorre de um ​fato simples​, a questão não oferece a menor dificuldade, porquanto a 
relação de causalidade é estabelecida de los direta entre o fato e o dano. O problema torna-se um pouco mais 
complexo nas hipóteses de ​causalidade múltipla​, isto é, quando há uma cadeia de condições, várias circunstâncias 
concorrendo para o evento danoso, e temos que precisar qual dentre elas é a causa real do resultado. 
 
Teoria da equivalência dos antecedentes 
 
- Essa teoria não faz distinção entre causa (aquilo de que uma coisa depende quanto à existência) e condição (o 
que permite à causa produzir seus efeitos positivos ou negativos). Se várias condições concorrem para o mesmo 
resultado, todas têm o mesmo valor, a mesma relevância, todas se equivalem. Não se indaga se uma delas foi mais ou 
menos eficaz, mais ou menos adequada. Causa é a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido, sem 
distinção da maior ou menor relevância que cada uma teve. Por isso, essa teoria é também chamada da ​conditio sine 
qua no​n, ou da equivalência das condições. 
- Critica-se essa teoria pelo fato de conduzir a uma exasperação da causalidade e a uma regressão infinita do 
nexo causal. Por ela, teria que indenizar a vítima de atropelamento não só quem dirigia o veículo com imprudência, 
mas também quem lhe vendeu o automóvel, quem o fabricou, quem forneceu a matéria-prima etc. 
 
Teoria da causalidade adequada 
 
- Diferentemente da teoria anterior, esta faz distinção entre causa e condição: entre os antecedentes que tiveram 
maior ou menor relevância. Estabelecido que várias condições concorreram para o resultado, e isso é feito através do 
mesmo processo mental hipotético (até aqui as teorias seguem os mesmos caminhos), é necessário agora verificar 
qual foi a mais adequada. Causa será apenas aquela que foi mais determinante, desconsiderando-se as demais. 
- A idéia fundamental da doutrina é a de que só há uma relação de ​causalidade adequada entre ​fato e ​dano 
quando o ato ilícito praticado pelo agentes de molde a provocar o dano sofrido pela vítima. 
 
A teoria acolhida pelo nosso Direito Civil 
 
- A teoria dominante na atualidade é a da causa adequada, segundo a qual nem todas as condições necessárias 
de um resultado são equivalentes: só o são, é certo, em concreto, isto é, considerando-se o caso particular, não, 
porém, em ge ral ou em abstrato, que é como se deve plantar o problema. Para aferir a responsabilidade civil pelo 
acidente, o juiz deve retroceder até o momento da ação ou da omissão, a fim de estabelecer se esta era ou não idônea 
para produzir o dano. ​A pergunta que, então, se faz é a seguinte: a ação ou omissão do presumivelmente responsável 
era, por si mesma, capaz de normalmente causar o dano? 
- Tal pergunta é uma conseqüência deste princípio: para se estabelecer a causa de um dano é preciso fazer um 
juízo de probabilidades. Portanto, se se responde afirmativamente, de acordo com a experiência da vida, se se declara 
que a ação ou omissão era adequada a produzir o dano, então, este é objetivamente imputável ao agente. O juízo de 
probabilidades ou previsibilidade das conseqüências é feito pelo juiz, retrospectivamente, e em atenção ao que era 
cognoscível pelo agente, como exemplar do tipo do homem médio. 
- O que se deve indagar é, pois, qual dos fatos, ou culpas, foi adequado para O evento danoso, isto é, qual dos 
atos imprudentes fez com que o outro, que não teria conseqüências por si só, determinasse, adjuvado por ele, oacidente” 
- O problema da relação de causalidade é, questão científica de probabilidade. Dentre os antecedentes do dano, 
há destacar aquele que está em condições de necessariamente tê-lo produzido, Praticamente, em toda ação de 
indenização, o juiz tem de eliminar fatos menos relevantes, que possam figurar entre os antecedentes do dano. São 
aqueles que seriam indiferentes à sua efetivação. O critério eliminatório consiste em estabe. lecer que, mesmo na sua 
ausência, o prejuízo ocorreria. Após este processo de expurgo, resta algum que, no curso normal das coisas, provoca 
um dano dessa natureza. Em conseqüência, a doutrina que se constrói neste processo técnico se diz da causalidade 
adequada, porque faz salientar, na multiplicidade de fatores causais, aquele que normalmente pode ser o centro do 
nexo de causalidade. 
 
O artigo 403 do Código Civil 
 
- Não há no atual Código Civil, tal como no de 1916, regra expressa sobre o nexo causal, ao contrário do Código 
Penal, cujo art. 13 disciplina a matéria. 
- Boa parte da doutrina e também da jurisprudência sustenta que a teoria da causalidade direta ou imediata 
acabou positivada, teoria essa que, em sua formulação mais simples, considera como causa jurídica apenas o evento 
que se vincula diretamente ao dano, sem a interferência de outra condição sucessiva. Embora o art. 403 fale em 
inexecução​, o que é próprio da responsabilidade contratual, está consolidado o entendimento de que também aplica à 
responsabilidade extracontratual. 
- De se ressaltar que a expressão "efeito direto e imediato" não indica a causa cronologicamente mais ligada ao 
evento, temporalmente mas sim aquela que foi a mais direta, a mais determinante segundo o curso natural e ordinário 
das coisas. Com freqüência a causa temporalmente mais próxima do evento não é a mais determinante, caso em que 
deverá ser desconsiderada, por se tratar de mera concausa. 
- De acordo com essa teoria, rompe-se o nexo causal não só quando o credor ou terceiro é autor da causa 
próxima do novo dano mas, ainda, quando a causa próxima é fato natural. 
- Por exemplo, se o locatário é injustamente forçado a mudar-se e sobrevém, durante a mudança, uma 
tempestade que lhe estraga os móveis, não teria ele de quem haver o dano resultante deste fato. Isso é assim porque 
o legislador não quis que o autor do dano respondesse senão pelas conseqüências diretas, imediatas, derivadas 
necessariamente do inadimplemento. A mesma conclusão impor-se-ia se a perda dos móveis decorresse de acidente 
causado pela imprudência do motorista do caminhão que fazia a mudança. Haverá, nesses casos, causa 
superveniente que, rompendo o nexo causal anterior, erige-se em causa direta e imediata do novo dano. 
- A jurisprudência contemporânea insiste cada vez mais no tocante ao vínculo de causalidade. Exige que a culpa 
tenha sido causa direta do prejuízo, sem o que a responsabilidade não ocorrerá a cargo do autor material do fato. 
- Para que a ação de responsabilidade possa ter cabimento em proveito da vítima, é necessário que o dano se 
ligue diretamente à falta do réu, e que tal relação não seja interrompida. É o que expressa a ​in jure civili non remota 
causa sed praxima spectatur. Seria infindável para o Direito procurar a causa das causas, e as origens de cada uma 
delas; desse modo, se limita à causa imediata e julga os atos praticados, sem remontar mais além [...]. 
- Assim, o condutor de um automóvel que feriu uma pessoa não é responsável pela morte dela, se essa morte 
resulta da falta do médico que lhe assiste. 
 
AULA 3 - DANO MATERIAL 
 
Nesta terceira semana a gente vai trabalhar com terceiro elemento da responsabilidade civil depois da conduta e do 
nexo, o DANO. 
 
 
 
O objetivo da responsabilidade civil principal é tornar o lesado sem dano ou, em outras palavras, ​indene. 
 
Por isso é fundamental o que seja o prejuízo indenizável ou dano. 
 
É fundamental saber que no âmbito da responsabilidade civil não existe responsabilização sem dano. 
 
 
 
O Sérgio Cavalieri definiu o dano como sendo o vilão da responsabilidade civil, pois a responsabilidade civil só ocorre 
se alguma coisa ruim acontecer e essa coisa que efetivamente pode vir acontecer é o dano. 
 
O dano, portanto, se a responsabilidade civil não existisse dano, ele tem que ser certo e atual. 
 
Diferentemente do Direito Penal, existe uma tentativa de crime, não existe crime de mera conduta ou de perigo abstrato 
em se falando de responsabilidade civil, portanto dano tem que ser certo e atual. 
 
 
O dano é a diminuição de um bem jurídico moral ou patrimonial, também tem uma outra definição bastante comum e 
utilizada que é a ​teoria da diferença​. 
 
Frederich Mommsen diz que que o dano é a diferença entre o que tem e o que se teria. ​O que se teria, s​e a conduta 
do agente ilícita não tivesse ocorrido e não tivesse causado esse prejuízo à vítima. 
 
 
Então, podemos conceituar o ​dano patrimonial ou também conhecido como dano material como aquele que atinge 
os bens integrantes do patrimônio da vítima, entendendo-se como tal o conjunto de relações jurídicas de uma pessoa 
apreciáveis em dinheiro. 
 
 
 
Dano patrimonial é aquele que é suscetível de avaliação na área, podendo ser reparado diretamente mediante a 
restauração natural ou reconstituição específica da situação anterior à lesão ou indiretamente, mediante indenização 
pecuniária. 
 
Exemplo: se alguém bate no meu carro e ele fica danificado, uma das formas de fazer a reparação direta. Se a pessoa 
tiver habilidades, ela pode consertar o carro e fazer com que o carro fique exatamente como estava antes da batida 
ocorrer, uma outra forma mais comum é pagar pelo valor do conserto. 
 
 
 
Existem também uma situação muito interessante conhecida na jurisprudência e que vai estar na nossa leitura com 
mais detalhes, é conhecido como ​dano patrimonial indireto. 
 
Esses são as violações que atingem os direitos personalíssimos como nome a reputação a saúde a imagem e a honra, 
e que podem configurar ​dano patrimonial indireto​ tais danos refletirem no patrimônio da vítima. 
Por exemplo​, se houver um mudando o nome da pessoa, em função disso ela perder o seu emprego, ela perder 
rendimentos, por exemplo se ela é uma artista, um jogador de futebol que tem direito de imagem e postar envolvida 
indevidamente em algum alguma calúnia, ela vier a sofrer algum tipo de prejuízo perdendo recursos materiais e isso vai 
ser considerada dano patrimonial indireto. 
 
 
Além disso, é importante saber que o dano material se divide em ​quatro espécies​. 
 
Duas estão presentes no Código Civil, ​o dano emergente e lucro cessante. ​As duas são construções jurisprudenciais 
e doutrinárias, a perda de uma chance e dano por ricochete. 
 
 
 
O ​dano emergente é aquele que surge em decorrência da conduta ilícita do agente, está previsto no artigo 402 do 
Código Civil que diz o seguinte salvo as exceções expressamente previstas em lei, as Perdas e Danos devidas ao 
credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar. 
 
Então essas duas expressões correspondem simultaneamente ao dano emergente e lucro cessante, o ​dano 
emergente é aquilo que ele efetivamente perdeutal como diz o artigo 402. E o dano emergente importa na efetiva 
diminuição do patrimônio da vítima em razão da conduta do agente. Orlando Gomes define o dano emergente como 
depreciação ativa ou ​aumento do passivo que são de fato as duas situações que geram o chamado ​dano 
emergente. 
 
 
 
Por consistir em tudo o que se perdeu, tem que ter uma reparação, ou seja, uma indenização integral. É o princípio da 
reparação integral que também conhecida como seu o nome romano​ restitutio in integrum. 
 
A indenização dá em dinheiro, tem que ser suficiente para cobrir os prejuízos que a vítima sofreu em função da 
conduta do agente. 
 
Então a pergunta que se faça e a resposta que se dá em razão do dano emergente, é qual era o patrimônio da vítima 
antes da ocorrência do dano esse vê qual é o patrimônio da vítima após a ocorrência do dano e essa diferença é que 
vai ser passível de indenização que é conhecida como dano emergente e lucros cessantes. 
 
 
 
Conforme o art. 402 do CC, aquilo que razoavelmente se deixou de lucrar, por isso a expressão de um lucro cessante 
que pode ser definido como um reflexo futuro sobre o patrimônio da vítima e consiste na perda do ganho esperável na 
frustração da expectativa do lucro ou na diminuição do patrimônio da vítima. 
 
Por exemplo, imagine a seguinte situação, a pessoa tem um carro e com esse carro ela trabalha como Uber, o carro foi 
batido. Com esse dano no para-choque, o valor de um para-choque novo é o dano emergente. Mas, se ela ficou 
parada durante todo o feriado e durante esse feriado ela faria mais corridas até mais do que normalmente durante uma 
semana com ela, então o valor é dessas corridas não feitas em função da batida do carro, é o chamado de lucro 
cessante. 
 
 
 
É muito importante lembrar como eu disse bem do início, o dano que é passível de indenização no âmbito do direito 
civil é sempre um dando certo e atual, é um direito não indeniza a lucro hipotético. 
 
O ​lucro cessante é sempre um acréscimo patrimonial frustrado dado que a sua situação jurídica anterior é como se 
fosse, é aquilo que razoavelmente se deixou de ganhar conforme o artigo 402, tem que ser razoável. Não pode haver o 
enriquecimento sem causa às custas do agente ainda que ele tenha feito uma conduta ilícita. 
 
 
 
As duas formas de dano material previstas na doutrina e na jurisprudência, o primeiro é a teoria da perda de uma 
chance​, que vem da França conhecida como teoria da perda de uma chance que ocorre nas situações que o ato ilícito 
tira da vítima uma oportunidade de obter uma situação futura melhor. 
 
Se aquela conduta do agente não tivesse ocorrido, a perda de uma chance é a perda da oportunidade. Existe uma 
coisa chamada ali é o risco com correria e ela tentaria sua sorte e poderia ganhar ou perder, então não é uma coisa 
certa, mas ela perdeu certamente a chance de tentar. É por isso se chama a teoria da perda de uma chance. 
 
Exemplo, um caso mais conhecido, um verdadeiro líder in Case no âmbito do Direito Civil brasileiro que é o caso do 
Show do Milhão para entender o que é a teoria da perda de uma chance. 
 
 
 
O caso do Show do Milhão que era um programa de televisão no SBT apresentado pelo Silvio Santos que consistia o 
programa de perguntas e respostas, a pessoa que fosse acertando e a progredindo tinha chance de chegar a ganhar 
até um milhão de reais. Uma moça chamada Carla que era estudante de Direito, para participar do Show do Milhão 
estudou para tentar acertar as respostas e conseguiu ir evoluindo, ganhando no jogo até chegar na pergunta que valia 
R$ 500.000,00 e depois dessa pergunta vem a pergunta valendo um milhão de reais que os telespectadores mais 
esperavam no programa e a pergunta valendo um milhão era uma pergunta jurídica. 
 
 
A pergunta era o seguinte: A constituição reconhece direito aos índios de quanto do território brasileiro? 
A 22 % B 02 % C 04% ou D 10%, então todo mundo quando escuta essa questão fica logo pensando: ”Nossa, nós 
que temos o direito à pergunta, era jurídica, então uma grande chance de ganhar assim como a Carla que era moça do 
caso concreto, só que qual é o percentual de terras indígenas, já chegou na Constituição, todo mundo pára para 
pensar e tenta buscar o número, mas nenhuma das alternativas estava certa, porque não existe um percentual previsto 
na Constituição e optou por não responder, até porque se responder errado ela perderia 500 mil que ela já tinha ganho 
e depois foi pesquisar na Constituição, percebeu este equívoco por parte do SBT, ele provou não tava agindo de má-fé 
é feito. a Essa pergunta numa fonte não adequada é uma enciclopédia não muito conhecida, enciclopédia estava 
errada e esse caso foi a juízo. 
 
 
 
A Justiça pediu os 500 mil que ela tinha deixado de ganhar, ela tinha perdido a chance de responder porque não tinha 
nenhuma resposta correta dentro da formuladas como respostas possíveis. Em primeiro grau, ela ganhou os 500 mil e 
em 2º instância também. E foi parar no Tribunal de Justiça da Bahia e foi parar no Superior Tribunal de Justiça com 
recursos do SBT. E o que foi decidido foi que se desse R$ 500.000,00 seria muito injusto porque estaria pressupondo 
que essa moça certamente teria acertado a questão enquanto ela tinha uma chance em quatro de acertar. 
 
 
 
Então, na verdade o STJ estava aplicando a teoria da perda de uma chance, e reconheceu que ela, sim teria perdido a 
chance, mas seria um em quatro. Então como 500.000 seria aquilo que ela ganharia se tivesse lá na hora de responder 
e acertar, mas a chance era 125.000 porque corresponde a um quarto do valor dos 500 mil. Ela ficou com os 500 mil 
que ela já tinha e ganhou em cima dos 125 mil com juros e correção monetária, uma aplicação da teoria da perda de 
uma chance pelo STJ. 
 
 
 
A última forma de dano material é chamado de ​dano por ricochete também da teoria francesa também chamadas no 
Brasil, ​de dano reflexo. 
 
É o dano que não reflete diretamente sobre a vítima, mas sim sobre a pessoa que com ela possui uma relação 
jurídica. Esse é o ricochete que nem pedra, quando a gente atira na água, ela ricocheteia nela, fica cantando na água 
até cair e afundar. 
 
O dano por ricochete seria alguma coisa semelhante, ele atingiria uma vítima e depois atingiria por ricochete uma 
outra pessoa ligada àquela vítima em razão do dano sofrido por esta vítima, então ​um exemplo bem conhecido, que é 
o caso do falso HIV positivo. 
 
 
 
Uma mulher grávida para fazer exames de saúde fez os exames de saúde inclusive o exame de HIV e deu como se ela 
estivesse com HIV positivo, ou seja, com AIDS, que depois que foi descobrir que ela não estava e que tinha um 
engano. 
 
Então, qual é a questão que ninguém discute, que a mulher sofreu, mas além dela, o marido que descobriu essa 
notícia que a mulher estaria com AIDS, ela sofreu horrores em função da esposa com HIV positivo e o eventual bebê, o 
nascituro pode ter HIV positivo, de repente estar soropositivo e não saber e de uma possível traição dentro do 
casamento,mas quando se viu o exame tinha sido feito de forma correta mas a interpretação do exame que é feito 
com o laudo técnico escrito em língua portuguesa, que estava errado. Isso é o dano por ricochete, que é a ampliação 
da indenização que não atinge não atinge somente a vítima mas o marido que não fez o exame sofreu dano moral e 
material, porque ele era o titular do plano de saúde em que ela fez exame. Pode sim, para ela entrar em juízo e receber 
reparação. 
 
É uma forma indireta o dano por ricochete, pode ocorrer como dano material e também dano moral. 
 
 
 
Em função dessa situação, a esposa ganhou uma indenização de R$ 15.000,00 e o marido no caso concreto de 
R$7.500,00. 
 
TEXTO DE LEITURA DA SEMANA 3 
A NOÇÃO JURÍDICA DE DANO 
 
- No campo da Responsabilidade Civil, o dano apresenta-se como elemento central, sem o qual não se 
configura o dever de indenizar. 
- Para o Direito, nem todo dano é ressarcível; nem todo dano é injusto. 
- O dano nada mais é do que o resultado da diferença entre a situação do lesado antes do evento danoso e 
aquela se verifica após a sua ocorrência se chama TEORIA DA DIFERENÇA, no entanto, essa teoria é duramente 
criticada pela doutrina porque não se consegue explicar todas as categorias de dano. 
 
Dano emergente X Lucro Cessante 
 
- Dano emergente é o que efetivamente se perdeu, mas tal faceta do dano patrimonial não se reduz à luz à 
diminuição do ativo, abrangendo também o aumento do passivo. 
- Os Lucros cessantes associam-se à noção mais abstrata, no art. 402 do Código Civil, representam aquilo que 
“razoavelmente” se deixou de lucrar. 
- Tradicionalmente, diz-se que, na reparação dos lucros cessantes tem -se de abstrair de tudo que seria apenas 
possível, pois é preciso considerar o lucro frustrado tomando-se por base o curso normal das coisas e as 
circunstâncias especiais, determináveis no caso concreto. 
- Lucros cessantes representam a diminuição “potencial” do patrimônio da vítima, não se pode, simplesmente, 
situá-los no passado, como aquilo que se deixou de lucrar. Quando o lesado se coloca no momento da propositura da 
ação indenizatória, ele pode referir-se, no pretérito, aos lucros que deixou de ganhar, ou, no futuro, aos lucros que irá 
deixar de ganhar; por outro lado, quando se posiciona ao tempo do fato causador, então sim, os lucros cessantes 
serão sempre futuros, já que sua extensão depende ainda do desenrolar dos acontecimento. 
 
Dano patrimonial: Interesse negativo e interesse positivo. 
 
- O dano patrimonial causado ao credor pelo inadimplemento absoluto ou pela mora pode ser calculado de duas 
formas diversas: com base no interesse positivo ou interesse negativo. 
- O interesse é a situação hipotética em que estaria o lesado sem o evento lesivo. 
- O interesse positivo corresponde, então, à situação em que o credor estaria caso o devedor tivesse cumprido 
perfeitamente sua obrigação. O credor que reclama indenização pelo interesse positivo demanda a execução do 
contrato, o que se verifica nos casos de mora, quando a prestação ainda é possível ser adimplida pelo devedor e útil 
para o credor, ou de inadimplemento absoluto quando o credor pretende obter a execução pelo equivalente pecuniário 
da prestação do devedor. 
- O interesse negativo engloba, com efeito, o prejuízo que o lesado evitaria se não tivesse confiado que a 
manifestação de vontade do ofensor produziria o efeito que dela se esperava: o adimplemento da obrigação. 
- No Brasil, a doutrina se inclina por admitir a indenização pelo interesse negativo uma vez resolvida a relação 
obrigacional por inadimplemento absoluto. 
- O interesse negativo não se confunde com os lucros cessantes. A indenização pelo interesse negativo abrange 
tanto os danos emergentes quanto os lucros cessantes. 
 
Dano patrimonial e equivalente pecuniário da prestação 
 
- Cuida-se o equivalente pecuniário da prestação de verba de natureza diversa do dano patrimonial. 
 
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AULA DA SEMANA 4 
 
Dando continuidade aos estudos sobre responsabilidade civil e também aos danos, especialmente, morais. A nossa 
aula de hoje vai ser sobre os novos danos, em especial, o dano moral coletivo. 
 
 
 
Os novos danos que vem surgindo são sempre danos não patrimoniais e são considerados, no âmbito do direito 
brasileiro, como dano moral, embora já existam outros autores. 
 
Eu acho que seria bastante pertinente que diferenciam todos esses danos morais que entendem que eles poderiam se 
chamar serem de várias categorias, por exemplo, o dano moral em sentido estrito que seria aquele dano psicológico, 
seja ele, interno ou externo. Como a gente falou a dor da humilhação, a depressão ou o externo que seria aquele dano 
vexatório, humilhação pública, esse seria o primeiro tipo de grupo de dano moral que seria o dano moral propriamente 
dito, não é o dano moral em sentido estrito, que é o dano físico, que abrange tanto a questão da perda de um membro 
ou até mesmo dano estético que é perda de um membro, isso é visível e gera uma alteração externa na , um dano 
estético que, em ver, percebe que ela tem uma anomalia, uma deficiência, uma perda, uma deformidade. 
 
São esses três grupos de danos que, atualmente, o direito brasileiro tem e chama tudo de dano moral. 
 
 
 
São exemplos de novos danos, que vem surgindo, e esses novos danos são inspiração para o direito brasileiro no 
âmbito do direito italiano, a pessoa jurídica pode pleitear um dano pela perda da capacidade de concorrência e também 
pode haver nome do Direito do Trabalho da pessoa física, por redução de capacidade laboral genérica, ou seja, pega 
da sua capacidade de trabalhar. 
 
Uma outra possibilidade é o dano sexual, ou seja, o dano ao Livre do livre exercício da sua atividade sexual, nesse 
caso foi bastante conhecido em que um casal teve a seguinte situação, o marido sofreu um dano físico, sofreu um 
acidente grave dentro do navio, demorou um ano se recuperando e sofrendo vários tratamentos de saúde em função 
desse problema, é gerado por esse ato ilícito dentro do âmbito desse navio, a sua esposa ficou sem poder exercer a 
sua sexualidade, pois ele estava impossibilitado e ela entrou na justiça pedindo um dano por ricochete, pela não 
possibilidade de exercício de sua atividade sexual e isso foi reconhecido no âmbito do direito italiano. 
 
E uma outra situação, o dano por filho indesejado, ou seja, em função de anticoncepcionais que não funcionam 
adequadamente, seja em função do tratamento para fertilização. 
 
E ainda um Dano existencial de emissão de um ruídos externos e impossibilitando que a pessoa tenha um sossego, 
que ela durma bem à noite e que ela possa estar em casa em silêncio. 
 
 
 
Há alguns exemplos, no Direito Europeu, que são bastante utilizados no direito brasileiro hoje, o dano por férias 
arruinadas, geralmente, pacotes de viagem que não dão certo, dando por um processo lento. 
 
São processos muito antigos, a gente tem um julgamento de um processo que foi endereçado pela família imperial 
brasileira, a família monarquia brasileira, demorou mais de 100 anos para ser julgado e foi julgado neste ano. 
Brincadeiras cruéis, conhecido como ​Bullying​ é assédio moral conhecido como ​mobbing​. 
 
 
 
No direito alemão,a questão do dano à identidade pessoal, uma pessoa possa exercer livremente a sua identidade 
pessoal, seja em razão de alguma questão de reconhecimento e como pessoa de outro gênero, seja em razão do seu 
nome, seja em razão da sua aparência física e ainda o direito à integridade física que é tão amplo que chega a ser 
reconhecido como numa situação de destruição do sêmen por um banco de sêmen de forma negligente, tão 
reconhecendo que o sêmen congelado, um banco de sêmen seriam atingimento a integridade física da pessoa. 
 
 
No direito brasileiro, é uma das situações de responsabilidade civil novas, situações reconhecidas como um dano moral 
decorrente de rompimento de noivado de uma forma bruta, geralmente, com repercussão na esfera patrimonial. A 
pessoa está se preparando para casar, comprando casa, é que essas da festa de casamento, questões para móveis 
para integrar sua casa e tem que arcar esse rompimento do noivado de forma abrupta e inesperada, a separação após 
notícia de gravidez ou de forma mais ampla, o abandono de gestante, o abandono afetivo. Geralmente dos pais em 
relação para com os seus filhos. 
 
Morte de animais e Danos e lesões corporais por ricochete, ou seja, um sócio e aquele com quem ele conviveu, de 
quem ele depende, entraria na justiça em função dessa situação. 
No âmbito da responsabilidade civil ainda tem um nicho 
bastante específico de novos danos que é referente à reprodução humana assistida, a gente tem tem aí, só de forma 
exemplificativa. São cinco tipos de dano dessa situação: 
 
1) Fazer uso de bebê medicamento, ou seja, o pai que tem um filho para ajudar a curar um outro filho ou a sua 
numa linha genético do do seu cônjuge. 
 
2) Práticas eugênicas na redução em morte, e retirada do feto do útero para evitar que ela nasça com algum tipo 
de doença genética ou ainda de um sexo ou de outro. 
 
3) Experiência científica com o embrião que não seja corrigir anomalia hereditária do próprio embrião. 
 
4) Chamada redução embrionária, que consiste numa espécie de aborto que seria retirada de embriões no útero 
da mulher, que faz geralmente inseminação artificial, quando mais de um embrião fica sendo viável. 
 
5) E ainda bastante chocante a comercialização do nascituro para fabricação de cosmético e de sabão. 
 
 
 
O perigo da ampliação excessiva desses novos danos como fala o jurista italiano Stefano Rodotà, é que essa 
multiplicação de novas figuras de dano pode vir a ter como únicos limite as a fantasia do intérprete e a flexibilidade da 
jurisprudência. 
 
 
 
São dois casos exemplificativos, considerados os casos extremos. 
 
Temos um caso: Dano da moto nova. Duas pessoas foram presas em flagrante por ter furtado uma moto em Milão e o 
tribunal conheceu, não apenas o dano patrimonial, mas também o dano moral afetivo da moto. O dono da moto tinha 
um vínculo afetivo com o objeto, já que ele havia adquirido a moto com seu primeiro salário. A professora questiona se 
isso não é um pouco exagerado. 
 
 
 
Uma outra situação na França também reconhecida como um caso extremo, é o caso Affaire Perruche, a corte de 
cassação francesa Cour de Cassation que reconheceu o direito do filho de ser indenizado por ter nascido com uma 
deficiência física decorrente de rubéola. Ele ingressou com uma ação contra os médicos, tendo em vista que a 
genitora, sua mãe, expressou em contratos celebrados com os médicos, o desejo de interromper a gravidez caso o seu 
diagnóstico de rubéola fosse confirmado, o que aconteceu na prática e aí o filho com deficiência física conseguiu a 
indenização por dano moral, esse caso acabou gerando uma alteração na lei francesa que proibiu a indenização por 
simples nascimento indesejado, limitando o remédio ressarcitório àquelas hipóteses em que o erro médio provocado 
tenha provocado diretamente a deficiência ou tenha agravado ou impedido providências para atenuá-lo. 
 
 
 
 
No Código Civil brasileiro, através do artigo 944 que diz que a indenização mede-se pela extensão do dano. 
 
Quando a gente vai pensar em uma indenização, temos de trabalhar com a extensão do dano e não necessariamente 
com a capacidade de pagamento do agente causador. 
 
 
 
A quinta jornada de Direito Civil reconheceu que a expressão “dano” no artigo 944 abrange não só os danos individuais 
materiais e imateriais, mas também dando sociais, difusos, coletivos e individuais homogêneos a serem reclamados 
pelos legitimados para propor ações coletivas. 
 
 E aí surge aquilo chamado de dano moral coletivo é o segundo tema dessa aula de hoje. 
 
 
O dano moral coletivo é reconhecido como embasamento na lei da ação civil pública, lei nº7.347 que reconhece a 
possibilidade de demanda em juízo, não só quando o atendimento de esfera individual, mas também direitos 
individuais homogêneos coletivos e difusos, ou seja, todas as situações que atingem uma situação de social, é um 
direito metaindividual. A ação condenatória, nessa situação teria dupla função, a função condenatória e também 
punitiva até porque aquele que está causando um dano moral coletivo está atingindo toda a sociedade. O seu potencial 
danoso é enorme, nesses casos o valor da condenação não vai para uma das partes, porque se trata de um 
reconhecimento de dano moral coletivo e nem é distribuído individualmente para todos atingidos e sim, exerce para um 
fundo e tem como missão, coibir esse dano, evitar que ele aconteça novamente e também trabalhar em campanhas 
preventivas. 
 
 
 
Um dos casos em que a configuração do dano moral coletivo foi reconhecido, é a resp 1221.756 do Rio de Janeiro, 
que foi julgada no âmbito do STJ. 
 
 
 
Há dois elementos fundamentais que é preciso que o fato transgressor seja razoável em termos de significância e 
transborde os limites da tolerabilidade. Ele tem que ser grave para produzir verdadeiros sofrimentos, intranquilidade 
social e alterações relevantes na ordem extrapatrimonial coletivo. 
 
 
 
Neste caso, o que aconteceu foi um caso de uma agência bancária sem acessibilidade e para pessoa chegar lá, ela 
tinha que subir necessariamente 23 de degraus. Então, se entendeu a configuração de um dano moral coletivo e que 
poderia atingir as pessoas com deficiências físicas ou aquelas que estão com dificuldade de mobilidade, seja até 
mesmo por causa transitória como alguém que quebrou uma perna, para ter que subir subir todos esses lances de 
escadas, em função disso, agência bancária foi condenada a uma indenização moral coletiva de R$ 50.000,00. 
 
 
 
AULA DA SEMANA 4 - DANO MORAL 
 
Depois de ter estudado os elementos que configuram a responsabilidade civil, a conduta, o nexo e o dano material, a 
gente vai dar seguimento a esse estudo, um dos pontos mais interessantes e também polêmicos do direito da 
responsabilidade civil que é o dano moral. 
 
 
 
Existem várias definições e ao longo do tempo também de concepções do que era o dano moral, esse o direito, 
poderiam não indenizá-lo uma das primeiras formulações de dano moral, foi pensada, por exemplo, por René Savatier 
que dizia que qualquer sofrimento que não é causado por uma perda pecuniária, configura um dano moral. 
 
Atualmente, nas decisões

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